soares, jaqueline mendes. propriedade intelectual e o

61
ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA DEPARTAMENTO DE ESTUDOS CAEPE 2015 MONOGRAFIA (CAEPE) PROPRIEDADE INTELECTUAL E O DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL NO BRASIL: UM ESTUDO DO PATENTEAMENTO DE POLIMORFOS DE FÁRMACOS Química Jaqueline Mendes Soares

Upload: lyminh

Post on 09-Jan-2017

227 views

Category:

Documents


7 download

TRANSCRIPT

ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA

DEPARTAMENTO DE ESTUDOS CAEPE 2015

MONOGRAFIA (CAEPE)

PROPRIEDADE INTELECTUAL E O DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL NO BRASIL: UM ESTUDO DO PATENTEAMENTO DE

POLIMORFOS DE FÁRMACOS

Química Jaqueline Mendes Soares

JAQUELINE SOARES

PROPRIEDADE INTELECTUAL E O DESENVOLVIMENTO

INDUSTRIAL NO BRASIL: UM ESTUDO DO

PATENTEAMENTO DE POLIMORFOS DE FÁRMACOS

Trabalho de Conclusão de Curso – Monografia apresentada ao Departamento de Estudos da Escola Superior de Guerra como requisito para obtenção do diploma do Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia. Orientador: Arthur Camara Cardozo

Rio de Janeiro 2015

C2014 ESG

Este trabalho, nos termos de legislação que resguarda os direitos autorais, é considerado propriedade da ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA (ESG). É permitido a transcrição parcial de textos do trabalho, ou mencioná-los, para comentários e citações, desde que sem propósitos comerciais e que seja feita a referência bibliográfica completa. Os conceitos expressos neste trabalho são de responsabilidade do autor e não expressam qualquer orientação institucional da ESG _________________________________

Assinatura do autor

Biblioteca General Cordeiro de Farias

Soares, Jaqueline Mendes.

Título da obra : Propriedade Intelectual e o desenvolvimento industrial no Brasil: Um estudo do patenteamento de polimorfos de fármacos. Jaqueline Mendes Soares - Rio de Janeiro, RJ, 2015.

50 f.: il.

Orientador: Arthur Camara Cardozo Trabalho de Conclusão de Curso – Monografia apresentada ao

Departamento de Estudos da Escola Superior de Guerra como requisito à obtenção do diploma do Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia (CAEPE), ano.

1. Propriedade Industrial. 2. Polimorfos. 3Desenvolvimento

Industrial I.

Dedico este trabalho à minha família pelo

constante incentivo às minhas

realizações profissionais, aos amigos do

coração e a você: meu “malvado

favorito”.

AGRADECIMENTOS

Aos estagiários da Turma “Destinos do Brasil”, a melhor de todos os tempos

do CAEPE, pelos inúmeros momentos de alegria, das discussões filosóficas e das

idas à mureta da Urca.

Ao Corpo Permanente da ESG, e em especial ao seu Comandante,

Tenente-Brigadeiro-do-Ar Rafael Rodrigues Filho, ao Diretor do Curso, Brigadeiro

Intendente Marcos Antônio Diniz Chagas, e ao orientador do Trabalho de Conclusão

do CAEPE, Arthur Camara Cardozo, pela orientação deste trabalho.

Viva aceso, olhando e conhecendo o mundo que o rodeia, aprendendo como um índio(...) seja um índio na sabedoria

Darcy Ribeiro

RESUMO

Hoje, em um mundo globalizado, é inegável a relevância dos temas relativos à

propriedade intelectual. Os debates e discussões nesta área do conhecimento vêm

crescendo nos últimos anos, principalmente no que tange aos impactos do sistema

de propriedade industrial para o desenvolvimento científico, tecnológico e econômico

de um país, bem como às políticas de saúde pública, principalmente quanto ao

acesso da população aos medicamentos. Nesse contexto, os questionamentos

quanto à patenteabilidade das inovações incrementais têm despertado o interesse

de diversos atores da sociedade civil e da esfera governamental. O presente

trabalho tem por objetivo avaliar como o Instituto Nacional da Propriedade Industrial

(INPI) está conduzindo o exame dos pedidos de patentes das modificações

cristalinas de fármacos (polimorfos) de forma mais rigorosa, com o intuito de evitar a

concessão de patentes de baixa qualidade, contribuindo assim para a inovação e a

competitividade nacional.

Palavras Chave: Propriedade Industrial, Polimorfos, Desenvolvimento Industrial

ABSTRACT

Today in a globalized world is of undeniable relevance the issues concerning

intellectual property. The debates and discussions in this area of knowledge have

been growing in recent years, especially with regard to the impacts of the industrial

property system for the scientific, technological and economic development of a

country as well as to public health policies, particularly with regard to the population

access to medicines. In this context, questions about the patentability of incremental

innovations have attracted the interest of various actors of civil society and the

governmental sphere. This study aims to evaluate how the National Institute of

Industrial Property (INPI) is leading the examination of patent applications from the

crystal modifications of drugs (polymorphs) more rigorously in order to avoid the

granting of low quality patents and thereby contribute to innovation and national

competitiveness

Keywords: Industrial property, Polymorphs, Industrial Development

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 08

1.1 O regime da propriedade industrial............................................................... 09

1.2 Patentes: definição, requisitos de patenteabilidade e estrutura .................... 11

1.3 A legislação da propriedade industrial no Brasil ........................................... 17

1.4 O processamento administrativo do pedido de patente no INPI ................... 19

1.5 Polimorfos: definição e a proteção patentária ............................................ 22

1.6 Polimorfismo: debate público ...................................................................... 24

2 METODOLOGIA .......................................................................................... 27

2.1 Estratégia de busca ...................................................................................... 27

2.2 Levantamento de dados ............................................................................... 28

2.3 Resultados e discussão ................................................................................ 28

3 CONCLUSÃO........................................ ....................................................... 37

REFERÊNCIAS.............................................................................................39

ANEXO A - Fluxo de Análise para Pedidos de Patentes, envolvendo Anuência Prévia, de Produtos e Processos Farmacêuticos .........................44

ANEXO B - Proposta de diretriz de exame do INPI para pedidos de patentes de polimorfos de fármacos ...........................................................................45

ANEXO C - Fluxograma do processamento de um pedido de patente no INPI ..............................................................................................................47

ANEXO D - Pedidos de polimorfos de fármacos analisados pelo INPI entre

janeiro de 2008 a fevereiro de 2012 .............................................................50

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1 Folha de rosto do pedido de patente PI0313695-71 ........................ 14

FIGURA 2 Micrografias das formas anidras (A e B) e hidratadas (C e D) do diclofenaco de potássio ............................................................................................. 23 QUADRO 1 Estratégia de busca realizada no banco de dados do INPI ....................................................................................................................................28 QUADRO 2 Pedidos de polimorfos de fármacos analisados pelo INPI no período de janeiro de 2008 a fevereiro de 2012 .........................................................................29 QUADRO 3 Correspondentes europeu e norte-americanos aos pedidos de patentes brasileiros recuperados na busca na base de dados do INPI ................................... 34

LISTA DE ABREVIATURAS

ABIFINA Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina,

Biotecnologia e suas Especialidades

ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária

CAMEX Câmara de Comércio Exterior

CEME Central de Medicamentos

CIP Classificação Internacional de Patentes

CODETEC Companhia de Desenvolvimento Tecnológico

COOPI-ANVISA Coordenação de Propriedade Intelectual da ANVISA

CPI Código da Propriedade Industrial

CUP Convenção da União de Paris

FINEP Financiadora de Estudos e Projetos

FIOCRUZ Fundação Oswaldo Cruz

GATT General Agreement on Tariffs and Trade (Em tradução

livre para o português: Acordo Geral sobre Tarifas e

Comércio)

GIPI Grupo Interministerial da Propriedade Intelectual

INID International Agreed Numbers for the Identification of

Date

INPI Instituto Nacional da Propriedade Industrial

INTERFARMA Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa

LPI Lei da Propriedade Industrial – Lei 9.279/96

MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio

Exterior

MU Patente de Modelo de Utilidade

OMC Organização Mundial de Comércio

PI Patente de Invenção

PL Projeto de Lei

RPI Revista da Propriedade Industrial

TRIPS Trade Related Aspects of Intellectual Property Rights

SUS Sistema Único de Saúde

12

1 INTRODUÇÃO

Em um mundo globalizado é inegável a importância do sistema de patentes

tanto para a ciência e a tecnologia, quanto para o desenvolvimento industrial e

econômico dos países que visam resguardar e estimular a sua capacidade

inovadora (MARQUES, 1999).

Inovar é primordial para a sobrevivência das empresas do setor industrial. Na

indústria farmacêutica geralmente leva-se 12 anos para a comercialização de um

novo medicamento, o que representa um processo complexo, longo e muito caro. A

inovação na indústria farmacêutica não está relacionada apenas à descoberta de um

novo princípio ativo (inovação radical), mas também ao aperfeiçoamento de um

produto farmacêutico sem grandes saltos tecnológicos (inovação incremental)

(VIEIRA, OHAYON, 2006).

Os medicamentos inovadores protegidos por patentes comercializados no

Brasil são oriundos de empresas estrangeiras que detêm grandes centros de

pesquisa, além de elevados investimento neste setor (COHEB, 2005).

Podemos considerar que hoje uma das estratégias do Governo para reverter

este quadro de dependência em relação aos países estrangeiros é a aprovação na

Câmara dos Deputados um Projeto de Lei (PL)1 que objetiva revisar o nosso sistema

de patentes de modo a promover a inovação e a competitividade nacional. Dentre as

proposta sugeridas pelo dito Projeto de Lei podemos destacar a não concessão de

patentes para novas formas cristalinas de fármacos conhecidos, ou seja, os

polimorfos, por serem mera descobertas derivadas de formas já conhecidas e,

consequentemente não são considerados invenção de acordo com a nossa lei de

patentes.

O projeto preconiza que de um modo geral no mundo a qualidade das

patentes concedidas está se deteriorando, tendo em vista o baixo padrão de análise

dos requisitos de patenteabilidade (novidade, atividade inventiva e aplicação

industrial). Para tal, o PL n°5402/13 propõe a apli cação dos referidos requisitos com

maior vigor, de forma a evitar a concessão de patentes nulas, o que vem a

1 Revisão da lei de patentes – inovação em prol da competitividade, 2013. Disponível em: <http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0CB0QFjAAahUKEwjT1836zf7GAhVJbj4KHboODd0&url=http%3A%2F%2Fbd.camara.gov.br%2Fbd%2Fbitstream%2Fhandle%2Fbdcamara%2F14796%2Frevisao_lei_patentes.pdf%3Fsequence%3D1%2520&ei=iN63VdPzEsnc-QG6nbToDQ&usg=AFQjCNG3UACnncwriHNDj2RFx9hZJqcYWA>. Acesso em 10 jun, 2015.

13

comprometer a concorrência no mercado, e, consequentemente, o desenvolvimento

industrial do País.

A discussão acerca do patenteamento de novas formas de substâncias já

conhecidas não está dissociada da discussão das políticas públicas na área da

saúde, já que o prolongamento do monopólio patentário de forma indevida impacta

no preço dos medicamentos, dificultando assim o acesso da população aos mesmos

(MARQUES, 2000). Sendo assim, em 2007, o Instituto Nacional da Propriedade

Industrial (INPI) iniciou um ciclo de discussões acerca da patenteabilidade de

polimorfos de fármacos para subsidiar a sua proposta de diretriz de exame e,

consequentemente, aplicar de forma mais rigorosa os critérios de patenteabilidade

de maneira a impedir a concessão de patentes indevidas. Em outras palavras,

quando os critérios de patenteabilidade são aferidos de maneira equivocada significa

que o monopólio de determinada tecnologia será concedido indevidamente, gerando

exclusividade da exploração ou ainda, que o escopo de proteção da patente estará

mais amplo e, portanto, em tais circunstâncias terceiros que tenham interesse em

pesquisar este campo tecnológico serão destinados. No caso dos medicamentos, a

concessão indevida de uma patente impede o acesso da população às versões

genéricas que têm preços mais baixos.

Em função do exposto, a presente monografia tem como objetivo principal

avaliar como o exame de patentes de polimorfos de fármacos do INPI, na atualidade,

à luz da atual Lei de Propriedade Industrial, (LPI) - lei 9.279/96 - e da sua proposta

de diretriz de exame está contribuindo para evitar a concessão de patentes de baixa

qualidade, que afetam indevidamente o domínio público e trazem efeitos negativos à

inovação e, consequentemente, ao desenvolvimento industrial do País, além de

comprometer o acesso aos medicamentos pela população.

1.1 O regime da propriedade intelectual

A propriedade intelectual diz respeito à soma dos direitos relativos às obras

literárias, artísticas, descobertas científicas, às interpretações dos artistas intérpretes

e às execuções dos artistas executantes, aos fonogramas, às invenções em todos

os domínios da atividade humana, às descobertas científicas, aos desenhos e

modelos industriais, às marcas industriais, comerciais e serviço e todos os outros

14

direitos inerentes à atividade intelectual. Já a propriedade industrial, que é um

subconjunto da propriedade intelectual, é mais restrita e diz respeito aos direitos

referentes às patentes de invenções, aos modelos de utilidade, aos desenhos

industriais, às marcas, as indicações de procedência, assim como à proteção contra

a concorrência desleal (MACEDO; MULLER; MOREIRA, 2001).

A concessão de privilégios outorgados aos inventores data do século XIV na

Europa e, particularmente, em Veneza (século VX), verifica-se o uso sistemático de

privilégios monopolistas aos inventores, como por exemplo, a outorga de 10 anos

aos inventores de máquinas e artes. Após este período, em outros países é possível

também visualizar a concessão de privilégios, como por exemplo, na Inglaterra em

1623 e na Suíça no final do século XIX (PENROSE, 1974).

A Convenção da União de Paris (CUP) foi o primeiro tratado que regula os

direitos da propriedade industrial. A CUP foi assinada em 1883 e não objetivava

uniformizar as diferentes legislações relativas a patentes, assim como os demais

ativos intangíveis, nos âmbitos nacionais, e sim promover garantias mínimas aos

inventores no plano internacional. Dito de outra forma, a CUP estabelece princípios

gerais, deixando a critério dos países membros a legislação sobre o sistema de

patentes, interditando apenas a colisão com os referidos princípios da Convenção. A

convenção sofreu várias revisões, sendo que a mais recente foi a revisão de

Estocolmo, em 1967. Salienta-se que o Brasil se encontrava entre os 11 países

signatários deste primeiro tratado (BARBOSA, 2003).

Tendo em vista que a CUP não estabelecia os padrões mínimos relativos à

proteção da propriedade intelectual, este tema passou a fazer parte das Rodadas de

negociações comerciais multilaterais. Dentre as referidas Rodadas, a mais

importante foi a Rodada do Uruguai que foi estabelecida dentro do Acordo Geral

sobre Tarifas e Comércio (General Agreement on Trade and Tarifs – GATT), em

1994. A Rodada do Uruguai, uma das mais longas negociações multilaterais do

GATT, teve como principal resultado a criação da Organização Mundial de Comércio

(OMC) em substituição ao GATT, na qual foram assinados diversos acordos

multilaterais, dentre eles o Acordo Trade-Related Aspects of Intellectual Property2

(TRIPS), (GUISE, 2007).

2 Em tradução livre para o português: Aspectos de Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio (ADPIC).

15

O TRIPS entrou em vigor em 01 de janeiro de 1995, e estabeleceu padrões

mínimos de proteção à propriedade intelectual a serem adotados por todos os

países signatários e fixou a obrigatoriedade de proteção à invenção de todos os

campos tecnológicos, desde que os requisitos de patenteabilidade sejam

preenchidos (BARBOSA, 2003).

1.2 Patentes: definição, requisitos de patenteabili dade e estrutura

A patente é um título conferido pelo Estado ao inventor, de forma que ele

possa impedir terceiros, sem o seu consentimento, de produzir, usar, colocar à

venda, vender ou importar a matéria da patente (BARROSO, 2003).

Araújo (1984) cita que a patente possui três funções básicas: do ponto de

vista técnico, ela permite a descrição de uma tecnologia que será difundida através

da publicação do pedido ou da patente, além de fixar uma data para a busca do

estado da técnica3; no plano legal confere ao inventor um direito de propriedade

exclusivo de acordo com a área de proteção, e, sob o plano econômico, o inventor é

remunerado pelo seu invento, podendo explorá-lo diretamente ou de forma indireta,

sob licenciamento (quando o inventor licencia terceiros, por meio de contrato, em

seu interesse).

As patentes podem ser de dois tipos: patentes de invenção (PI) e modelo de

utilidade (MU). A patente de invenção diz respeito à concepção resultante do

exercício da capacidade de criação do homem que possa produzir um efeito técnico

novo em uma determinada área tecnológica. A título de exemplo de MU, no século

passado eram comuns os relógios de bolso que para ver a hora, a pessoa sacava do

bolso o relógio, via a hora e tornava a colocá-lo no bolso. Para facilitar esta tarefa foi

adaptada uma correia ao relógio de modo a prendê-lo no pulso. Logo, este

aperfeiçoamento introduzido no relógio de bolso tornou mais prática a maneira de

usá-lo (RODRIGUES, 1998).

De acordo com Cerqueira (1986, p. 221), a invenção pela sua origem

caracteriza-se como uma criação intelectual, como o resultado da atividade inventiva

do espírito humano, pelo modo de sua realização classifica-se como uma criação de

3 Conforme dispõe o Art. 11, parágrafo 1° da LPI: “O estado da técnica é constituído por tudo aquilo tornado acessível ao público antes da data de depósito do pedido de patente, por descrição escrita, oral, por uso ou qualquer outro meio, no Brasil ou no exterior [...]”.

16

ordem técnica e pelos seus fins constitui um meio de satisfazer às exigências e

necessidades práticas do homem.

Já o modelo de utilidade protege o objeto de uso prático, ou parte deste,

suscetível de aplicação industrial, que apresenta nova forma ou disposição, que

resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação (Art. 9° da LPI).

O conteúdo tecnológico revelado em uma patente torna-se disponível ao

público após um período de sigilo, que é de 18 meses, contados da data de depósito

do pedido ou da prioridade mais antiga (Art. 30 LPI).

Segundo o Art. 40 da LPI, a patente de invenção vigora por um prazo de 20

anos e, o modelo de utilidade por 15 anos, a contar da data de depósito. A vigência

de uma patente não pode ser inferior a 10 anos para a patente de invenção e de 7

anos para o modelo de utilidade, a contar da data da concessão.

Para que uma invenção seja passível de obter o privilégio de patente é

necessário que a mesma apresente os requisitos de: novidade, atividade inventiva e

aplicação industrial (Art. 8° da LPI).

A invenção e o modelo de utilidade são considerados novos quando não

compreendidos no estado na técnica (Art. 11 da LPI). Portanto, é conveniente que o

pesquisador antes do depósito de pedido de patente, faça uma busca prévia,

principalmente nas fontes de literatura científica e em bancos de patentes para que o

pedido não careça do requisito de novidade e para o pesquisador não perca tempo

“reinventando a roda” (BARROSO; QUONIAM; PACHECO, 2009).

Para que uma invenção seja dotada de atividade inventiva, é preciso que,

para um técnico no assunto, a mesma não decorra de maneira evidente ou óbvia do

estado da técnica (Art. 13 da LPI). É importante ter em mente que a matéria a ser

protegida não pode ser uma simples mudança de forma/composição ou uma mera

justaposição de meios. A verificação da não-obviedade, tal como a de novidade, é

feita com base na comparação com o estado da técnica (MACEDO; MULLER;

MOREIRA, 2001).

O requisito aplicação industrial tem como finalidade a avaliação da

possibilidade de uso ou produção em qualquer tipo de indústria (Art. 15 da LPI).

A LPI exclui algumas matérias da proteção patentária por não serem passíveis

de serem consideradas nem invenção e nem modelo de utilidade, segundo seu

artigo 10:

“Art. 10 - Não se considera invenção nem modelo de utilidade:

17

I- descobertas , teorias científicas e métodos matemáticos;

II- concepções puramente abstratas;

III- esquemas, planos, princípios ou métodos comerciais, contábeis,

financeiros, educativos, publicitários, de sorteio e de fiscalização;

IV- as obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas ou qualquer

criação estética;

V- programas de computador em si;

VI- apresentação de informações;

VII - regras de jogo;

VIII - técnicas e métodos operatórios, bem como métodos terapêuticos ou de

diagnóstico, para aplicação no corpo humano ou animal; e

IX - o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos

encontrados na natureza, ou ainda que dela isolados, inclusive o genoma ou

germoplasma de qualquer ser vivo natural e os processos biológicos naturais”.

Além desses casos, há matérias que, embora possam ser novas invenções

ou modelos de utilidade, também são excluídas de patenteabilidade:

“Art. 18 - Não são patenteáveis:

I - o que for contrário à moral, aos bons costumes e à segurança, à ordem e à

saúde pública;

II - as substâncias, matérias, misturas, elementos ou produtos de qualquer

espécie, bem como a modificação de suas propriedades físico-químicas e os

respectivos processos de obtenção ou modificação, quando resultantes de

transformação do núcleo atômico;

III - o todo ou parte dos seres vivos, exceto os microorganismos transgênicos

que atendam aos três requisitos de patenteabilidade - novidade, atividade

inventiva e aplicação industrial - previstos no art. 8°, e que não sejam mera

descoberta.

Parágrafo único - Para os fins desta lei, microorganismos transgênicos são

organismos, exceto o todo ou parte de plantas ou de animais, que

expressem, mediante intervenção humana direta em sua composição

genética, uma característica normalmente não alcançável pela espécie em

condições naturais”.

18

Um documento de patente é composto pelas seguintes partes ou seções:

folha de rosto, relatório descritivo, reivindicações, desenhos (opcional), e resumo.

Na folha de rosto estão contidos os dados identificadores do pedido tais

como: o n° do pedido de patente, nome do inventor, país de origem (prioridade

unionista), nome do titular da patente, Classificação Internacional de Patentes (CIP),

resumo, entre outros. Os dados que compõem a folha de rosto são identificados por

códigos numéricos, ou seja, uma numeração específica entre parênteses que é

padronizada mundialmente de modo que o usuário do sistema de patentes acesse

um documento de patentes em uma língua que não domina ou conhece. Os códigos

numéricos são conhecidos como códigos INID (International Agreed Numbers for the

Identification of Date) (OLIVEIRA et al., 2005). Exemplos de alguns códigos INID

são: (11) Número do documento, (21) Número designado ao documento quando do

seu depósito, (22) Data de depósito da solicitação e (51) Classificação Internacional

de Patente, como pode ser verificado na figura abaixo:

FIGURA 1: Folha de rosto do pedido de patente PI0313695-7

19

O campo (51), referente à Classificação Internacional de Patentes, conforme

será visto mais adiante nesta monografia, é o campo mais importante para a

recuperação da informação contida nos documentos de patentes, já que ela está

organizada segundo uma normatização internacional estabelecida por um tratado

internacional, o Acordo de Estrasburgo (MACEDO; BARBOSA, 2000, p. 69). Em

outras palavras, nos documentos de patentes, as informações estão organizadas

segundo uma Classificação Internacional de Patentes; e é esta codificação que nos

permite um caminho para a recuperação da informação.

A Classificação Internacional de Patentes tem por objetivo organizar os

documentos de patente de forma a facilitar o acesso às informações contidas nos

mesmos pelos usuários do sistema de patentes (ARAÚJO, 1981). É revisada a cada

cinco anos de forma a aperfeiçoar o sistema e acompanhar a evolução tecnológica.

Está dividida, de forma hierárquica, em seções, subseções, classes, subclasses,

grupos e subgrupos de maneira a cobrir todas as áreas do conhecimento (MACEDO;

MULLER; MOREIRA, 2001).

As oito seções são designadas por um símbolo em letra maiúscula e um

título, como pode ser verificado a seguir:

A. Necessidades Humanas

B. Operações de Processamento; Transporte

C. Química e Metalurgia

D. Têxtil e Papel

E. Construções Fixas

F. Engenharia Mecânica; Iluminação; Aquecimento; Armas; Explosão

G. Física

H. Eletricidade

Cada seção é dividida em classes que consistem da letra pertinente à seção

seguida de um número de dois algarismos, por exemplo, A61 (ciência médica ou

veterinária; higiene). As classes são divididas em subclasses que consistem no

símbolo da classe acompanhado por uma letra maiúscula, por exemplo, A61K

(preparados para finalidades médicas, odontológicas ou higiênicas). As subclasses

são divididas em grupos principais que por sua vez são divididos em subgrupos. O

grupo principal consiste no símbolo da subclasse seguido de um número de até três

algarismos, uma barra oblíqua e o número 00, por exemplo, A61K 31/00

20

(preparações medicinais contendo ingredientes ativos orgânicos). O subgrupo

consiste no símbolo da subclasse seguido de um número de um a três algarismos do

grupo principal, da barra oblíqua e um número com no mínimo, dois algarismos que

não seja 00, por exemplo, A61K 31/075 (éteres ou acetais) (MACEDO; BARROSO,

2002).

No relatório descritivo, a invenção deve estar apresentada de forma clara,

concisa e completa, de modo que um técnico no assunto (pessoa detentora dos

conhecimentos medianos na matéria e não um especialista na matéria) seja capaz

de reproduzi-la e usá-la, conforme disposto no Art 24 da LPI relativo à suficiência

descritiva do pedido de patente. Para Macedo, Muller, Moreira (2001), o conteúdo do

relatório descritivo deve estar elaborado da seguinte maneira:

• Título: claro, conciso e preciso de forma a evitar expressões genéricas;

• Fundamentos da invenção: inicialmente é apresentada a finalidade da

invenção, em seguida é feita a descrição do estado da técnica mais próximo,

mencionando suas fontes de informação, bem como as desvantagens das soluções

anteriormente apresentadas e que não lograram sucesso;

• Sumário da Invenção: descrição resumida da invenção, indicando sua

natureza e substância, além de seu(s) objetos(s);

• Breve descrição das figuras: representações e esquemas que sejam

imprescindíveis para facilitar o entendimento da invenção;

• Descrição detalhada da invenção: exposição de todos os detalhes (etapas,

materiais, condições, componentes, etc) das invenções reivindicadas , exemplos;

As reivindicações compreendem a parte mais importante do pedido de

patente, visto que elas determinam a extensão (escopo) da proteção através do seu

teor, interpretado com base no relatório descritivo e desenhos (segundo o Art. 41 da

LPI, a extensão da proteção conferida pela patente será determinada pelo teor das

reivindicações, interpretado com base no relatório descritivo e nos desenhos). As

reivindicações podem ser de dois tipos: independentes e dependentes. As

independentes protegem as características essenciais da invenção; já as

dependentes protegem detalhes específicos da invenção, que estão contidos nas

reivindicações independentes a que se referem.

O resumo deve conter as informações mais pertinentes relativas à invenção

de forma a orientar a busca do estado da técnica (MACEDO; MULLER; MOREIRA,

2001).

21

1.3 A legislação de propriedade industrial no Brasi l

No tocante à legislação de propriedade industrial no Brasil, mais

especificamente ao patenteamento de medicamentos, o marco inicial é o Alvará

Régio, de 28 de abril de 1809 (BRASIL, 1809), seguido de alguns decretos

promulgados com o intuito de consolidar a legislação de propriedade industrial no

País. No período do regime militar iniciado em 1964, foram editados: o Decreto-Lei

n° 254 de 28 de fevereiro de 1967 (BRASIL, 1967) e o Decreto-Lei n° 1.005 de 21 de

outubro de 1969 (BRASIL, 1969). E em 1971, a Lei n° 5.772 (BRASIL, 1971), que

instituiu o Código da Propriedade Industrial (CPI) (MALAVOTA, 2006).

Em seu artigo 9°, alínea c, o CPI dispõe que: “ não são patenteáveis “[...] as

substâncias, matérias, misturas ou produtos alimentícios, químico-farmacêuticos e

medicamentos, de qualquer espécie, bem como os respectivos processos de

obtenção ou modificação”.

Assim, constata-se que na história recente do Brasil, por um período de 25

anos ficou proibida a concessão de patentes para produtos e processos

farmacêuticos.

De acordo com Cassier & Corrêa (2008), um dos objetivos do Código para

não proteger produtos e processos farmacêuticos no país foi o de fomentar a

transferência de tecnologia industrial aos laboratórios locais, como foi o caso da

Central de Medicamentos (CEME) que nos anos de 1980 estipulou diversos

contratos com a Companhia de Desenvolvimento Tecnológico (CODETEC). A

CODETEC tinha o objetivo de integrar pesquisadores universitários e empresários

para desenvolver matérias-primas farmacêuticas de interesse para a saúde pública

no Brasil. Assim, a CODETEC se dedicou ao desenvolvimento, por meio de

engenharia reversa, de processos de produção de fármacos e medicamentos

essenciais para o Ministério da Saúde. Foram construídas plantas-piloto integradas e

versáteis para produção também de produtos de química fina, e vários laboratórios

de apoio. A CODETEC chegou a empregar cerca de 300 funcionários, desenvolveu

80 processos, dos quais 20 chegaram a ser comercializados por empresas nacionais

(LEITE, 2008).

A cópia de medicamentos por meio da engenharia reversa foi uma das

estratégias adotada pelo Brasil para incentivar a produção interna de medicamentos,

22

principalmente os antirretrovirais, em uma época em que o país não concedia

patentes para produtos farmacêuticos (LOYOLA, 2008).

A partir da promulgação da LPI, o Brasil passou a conceder patentes para o

setor farmacêutico a partir de 14 de maio de 1997, quando a lei vigente entrou em

vigor para atender às exigências do Acordo TRIPS (EPSZTEJN, 1998).

Com o estabelecimento do Acordo TRIPS, inúmeros impasses foram

provocados nos países em desenvolvimento no campo da saúde, visto que até

aquele momento, grande parte desses Estados não concediam patentes relativas

aos produtos e processo farmacêuticos.

Ao mesmo tempo em que define os parâmetros mínimos de proteção, o

TRIPS determina medidas que podem ser adotadas pelos países membros visando

a promoção do bem estar econômico e social da população (artigo 7°), para

proteção da saúde pública, da nutrição e do interesse público em áreas de suma

importância sócio-econômica (artigo 8.1) e a prevenção do abuso de direitos de

propriedade intelectual por parte dos detentores (artigo 8.2). Por conseguinte, o

Acordo prevê flexibilidades ou salvaguardas que podem ser incluídas nas

legislações nacionais, as quais dependendo do escopo podem favorecer ou dificultar

a implementação de políticas de saúde. Dentre as principais flexibilidades

relacionadas à saúde pública destacamos a atuação do setor de saúde na análise

dos pedidos de patente de produtos e processos farmacêuticos (CHAVES et al.,

2007).

De fato, a internalização do TRIPS pelos países em desenvolvimento

comprometeu a sustentabilidade dos programas nacionais públicos de saúde destas

nações. Durante o ano de implementação da LPI, no Brasil, o custo médio da terapia

de ARV saltou de US$3810 para US$4860 (TEIXEIRA; VITÓRIA; BARCAROLO,

2003). Em função disto, entidades da sociedade civil, especialmente as

organizações não governamentais (ONG), iniciaram campanhas na defesa do

acesso ao tratamento antirretroviral como medida de justiça social e de proteção dos

direitos humanos (LOYOLA, 2008). Neste contexto, destaca-se a maior organização

internacional de ajuda humanitária na área de saúde no mundo, a organização

Médicos Sem Fronteira (MSF) que atua no Brasil desde 1993 (VILLELA, 2010).

As evidências negativas dos efeitos das patentes farmacêuticas sobre o

acesso aos medicamentos suscitaram discussões jurídicas sobre a relação entre o

TRIPS e a saúde pública que culminaram, em 2001, na promulgação da Declaração

23

Ministerial sobre o Acordo TRIPS e Saúde Pública, conhecida como Declaração de

Doha. A Declaração reconhece a gravidade dos problemas de saúde pública,

especialmente aqueles resultantes da AIDS, tuberculose, malária e outras

epidemias, que afetam os países em desenvolvimento e os menos desenvolvidos

(CORREA, 2005). A Declaração reafirma o direito dos membros da OMC de

utilizarem, em toda sua extensão, as disposições do acordo TRIPS que fornecem as

flexibilidades necessárias à proteção da saúde pública (BERMUDEZ; OLIVEIRA;

ESHER, 2004). Para Correa (2005), a maior ou menor flexibilidade na aplicação dos

requisitos de patenteabilidade varia de país para país, que deve interpretar e aplicar

as disposições do TRIPS de maneira a alcançar um equilíbrio entre os interesses

públicos e privados, assim como evitar os abusos e excessos de direitos que

corroem a credibilidade do regime de patentes.

A participação do setor de saúde nos processos de análise de pedidos de

patentes farmacêuticas (implícita no artigo 8° do A cordo TRIPS) conduz à atuação

de profissionais do Ministério da Saúde (MS) na área da propriedade industrial

(CHAVES, 2005). No Brasil, a referida participação passou a vigorar a partir de 14

de fevereiro de 2001, com a edição da Lei n° 10.196 /2001, que estabeleceu o

mecanismo da prévia anuência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária

(ANVISA) no Art. 229-C (OLIVEIRA, 2004).

Assim, no Brasil, a partir de 2001, os pedidos de patentes na área

farmacêutica passaram também a ser examinados pela Coordenação de

Propriedade Intelectual da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (COOPI-

ANVISA). Até então, os pedidos de patentes de todos os campos tecnológicos eram

examinados apenas pelo INPI. A introdução de um órgão vinculado ao Ministério da

Saúde no exame de pedidos de patentes de fármacos, competência até então, de

exclusividade INPI, gerou, e continua gerando, opiniões técnicas divergentes, não só

por parte destes dois órgãos, mas também por parte de vários segmentos da

sociedade e de representantes do governo. (GUIMARÃES, 2008, 2010).

1.4 O processamento administrativo do pedido de pat ente no INPI

O depósito de um pedido de patente pode ser realizado de forma manual na

sede do INPI ou em uma de suas delegacias e representações de cada estado, por

via postal, ou ainda, de forma eletrônica (Sistema e-Patentes/Depósito).

24

Segundo o Art. 19 da LPI, o pedido de patente conterá: I) requerimento, II)

relatório descritivo, III) reivindicações, IV) desenhos, se for o caso, V) resumo e VI)

comprovante de pagamento da retribuição relativa ao depósito. Uma vez

apresentado o pedido, ele será submetido a exame formal preliminar e, se

devidamente preenchido será protocolizado considerada a data de depósito a de sua

apresentação (Art. 20 da LPI). Caso o pedido não tenha condições de ser aceito, o

mesmo sofrerá exigências para a correção, se estas não forem cumpridas, o pedido

será arquivado. Uma vez depositado o pedido, este será publicado após 18 meses,

e após esta fase de sigilo, o conteúdo tecnológico revelado na patente torna-se

disponível após a fase de sigilo (18 meses) com a publicação do pedido de patente.

A Revista da Propriedade Industrial (RPI) é a publicação oficial do INPI onde

são publicados todos os seus atos, despachos e decisões relativas ao sistema de

propriedade industrial no Brasil. É editada semanalmente e pode ser consultada

gratuitamente na biblioteca do INPI e nas delegacias, representação regional e

postos avançados, bem como no endereço eletrônico do INPI (www.inpi.gov.br). A

RPI apresenta uma tabela de código de despachos e cada código vem

acompanhado de explicação precisa da fase processual dos pedidos, patentes e

desenhos industriais que tramitam no INPI, bem como das providências a serem

tomadas. Assim, é possível verificar a matéria do pedido de patente e identificar o

andamento do pedido ou patente através dos códigos de despacho.

O parágrafo primeiro do Art. 30 da LPI diz que a publicação do pedido poderá

ser antecipada a requerimento do depositante. Uma vez publicado o pedido de

patente, o exame do mesmo deverá ser requerido pelo depositante ou por qualquer

interessado, no prazo de 36 meses contados da data de depósito, sob pena de

arquivamento do mesmo (Art. 33 da LPI).

No processamento de exame de um pedido de patente, o examinador deve

emitir um parecer técnico (Art. 35 da LPI) expondo suas conclusões, que podem ser:

a) concessão da patente; b) elaboração de exigências técnicas; c) ciência de

parecer (quando o pedido não atende aos requisitos para proteção) e d)

indeferimento do pedido.

Se a decisão for pela concessão da patente (com código de despacho de

16.1), ou seja, decisão de deferimento significa que não foram encontradas

anterioridades impeditivas, que o pedido atende aos requisitos de patenteabilidade e

aos Atos Normativos do INPI. Caso sejam formuladas exigências técnicas (publicado

25

como código de despacho 6.1) para reformulação do pedido, a fim de que o mesmo

possa receber a patente requerida, o depositante terá 90 dias para o cumprimento

das mesmas. Quando a exigência não é respondida, o pedido é arquivado

definitivamente (Art. 36 da LPI). Respondida a exigência, e ainda que não cumprida,

o examinador pode formular novas exigências técnicas no sentido de sanar as

irregularidades do pedido de patente (segundo exame) e, novamente o depositante

terá 90 dias para o cumprimento das mesmas. No caso de um pedido de patente

possuir evidências de não patenteabilidade é emitido um parecer de ciência

(publicado com código de despacho 7.1) e o depositante terá 90 dias para se

manifestar e apresentar suas argumentações acerca do mesmo. Caso o examinador

considere as argumentações apresentadas pelo depositante como pertinentes, o

pedido será deferido. Entretanto, caso as argumentações ainda não sejam

suficientes para sanar totalmente as evidências de não patenteabilidade, um novo

parecer de exigência ou ciência pode ser emitido. E ainda, se as argumentações

forem consideradas improcedentes, o pedido será indeferido. O indeferimento do

pedido (publicado com código de despacho 9.2) significa que o mesmo não atende

aos requisitos e condições de patenteabilidade expressos na LPI. Cabe ressaltar

que o pedido de patente não pode ser indeferido em primeiro exame, ou seja, só

pode ser indeferido após parecer de exigência não cumprida ou de ciência.

Em uma segunda instância, o depositante terá oportunidade de se manifestar

antes de uma decisão final através da interposição de recurso contra o

indeferimento, no prazo de sessenta dias da notificação do indeferimento na RPI. Na

fase de recurso o pedido de patente é examinado por um técnico diferente daquele

que opinou pelo indeferimento e após julgamento por um colegiado é emitido um

novo parecer técnico que pode decidir por manter o indeferimento (publicado com

código de despacho 9.2.4) ou pela reversão do mesmo. Caso o parecer seja por

manter o indeferimento, neste momento é encerrada a fase administrativa e a

discussão acerca da patenteabilidade do pedido ainda poderá ser questionada na

instância judicial. Se o colegiado decidir pela reversão do indeferimento, o exame

segue o trâmite normal, e, em seguida é expedida a carta patente.

Convém destacar que hoje o mecanismo da anuência prévia da Coopi-Anvisa

no exame de patentes farmacêuticas segue um novo fluxo processual (ANEXO A)

proposta pelo Grupo Interministerial da Propriedade Intelectual (GIPI), com o

propósito de harmonizar a atuação do INPI e da Anvisa na análise de pedidos de

26

patentes de produtos e processos farmacêuticos, bem como promover a

compatibilização da inovação com o acesso e a saúde pública.

Para uma melhor compreensão de como ocorre o procedimento administrativo

de um pedido de patente no INPI, foi recuperado no sítio eletrônico do Instituto, o

fluxograma do seu processo administrativo de um pedido de patente conforme pode

ser verificado no ANEXO B desta monografia.

1.5 Polimorfos: definição e a proteção patentária

O termo polimorfismo pode ser definido como a capacidade que uma molécula

tem de apresentar alterações em seu arranjo cristalino. Em outras palavras, é a

capacidade de uma substância de cristalizar-se sob duas ou mais formas. Quando

moléculas de solvente estão presentes na estrutura cristalina, como por exemplo, os

hidratos em que a molécula solvatante é a água, este fenômeno é denominado de

pseudopolimorfismo (VIPPAGUNTA; BRITTAIN; GRANT, 2001).

As propriedades químicas das diferentes formas cristalinas de uma substância

são idênticas, assim como suas propriedades farmacológicas; mas o mesmo não

ocorre com suas propriedades físicas e físico-químicas, como por exemplo, ponto de

fusão, condutividade, volume, densidade, cor, índice de refração, solubilidade,

higroscopicidade, estabilidade e perfil de dissolução, o que tem impacto na

farmacoténica (GIRON et al., 2002; BRITTAIN, 2006).

Na figura 2 abaixo é possível observar as micrografias das formas anidras (A

e B) e das formas hidratadas (C e D) do antiinflamatório diclofenaco de potássio

(CUFFINI et al, 2001).

27

FIGURA 2: Micrografias das formas anidras (A e B) e hidratadas (C e D) do diclofenaco de potássio

Vários estudos têm demonstrado que é possível ocorrer transformações

morfológicas do cristal de um fármaco originando outras formas, por exemplo,

metaestáveis, amorfas e pseudopolimórficas durante a fabricação de um

medicamento. Assim, o monitoramento do fenômeno do polimorfismo na indústria

farmacêutica é um parâmetro de fundamental importância, uma vez que o mesmo

pode interferir em determinadas propriedades durante o processo de formulação do

fármaco. Desta forma, a pesquisa de polimorfos desconhecidos de substâncias

antigas ou de novas substâncias é uma tarefa que pode causar grande impacto

econômico na vida de uma indústria farmacêutica (BERNSTEIN, 2000; KNAPMAN,

1989).

Sabe-se que durante os processos de formulação e armazenamento de um

fármaco existe a possibilidade de ocorrer espontaneamente modificações cristalinas

no mesmo, as quais devem ser avaliadas durante a fabricação do medicamento para

assegurar que uma dada forma cristalina permaneça inalterada no produto final. Tal

28

fato pode ser evidenciado no caso do ritonavir, onde após a entrada do produto

(Norvir) no mercado, as cápsulas semi-sólidas apresentaram lotes com problemas

no teste de solubilidade, que foram atribuídos à cristalização de um polimorfo do

ritonavir nas cápsulas, posteriormente denominada de forma II (BAUER, 2001).

A indústria farmacêutica vem utilizando estratégias de estender a proteção

patentária de fármacos que estão prestes a expirar, como por exemplo, aquelas que

protegem seus polimorfos, possibilitando assim o estabelecimento de altos preços

dos medicamentos durante a vigência da patente e, portanto, retardando a

introdução dos medicamentos genéricos no mercado. (JANNUZZI;

VASCONCELLOS; SOUZA, 2008).

Inúmeros litígios sobre infração de patentes envolvendo formas cristalinas têm

sido relatados na literatura. Como exemplos mais representativos têm-se as

discussões acerca da patenteabilidade das formas cristalinas I, II e IV da

atorvastatina, da Warner Lambert, e do cloridrato de paroxetina hemiidratado, da

Smithkline Beecham (SOARES; CORREA; LAGE, 2010).

Correa (2005) aponta que nos últimos anos vem aumentando o número de

depósitos de pedidos de patentes de baixa qualidade, ou seja, modificações triviais a

partir de medicamentos já conhecidos. Esta prática geralmente ocorre quando as

patentes de medicamentos genuinamente inovadores estão expirando e, por

conseguinte, representam um mecanismo de prolongar seus monopólios comerciais,

prática esta conhecida como evergreening.

Nessa perspectiva, a Organização de Cooperação e Desenvolvimento

Econômico (OCDE, 2004) enfatiza que atualmente o sistema de patentes deve ser

revisto no que diz respeito a qualidade das patentes, já que invenções pouco

inovadores estão sendo protegidas, o que de certa forma é prejudicial à sociedade

por segregar o mercado a eventuais concorrentes. Dentre os mecanismos

apontados pelo OCDE para melhorar a qualidade das patentes recomenda-se o

exame de pedidos de patentes de forma mais rigorosa, de modo a desencorajar o

depósito de pedidos de patentes triviais.

1.6 Polimorfismo: o debate público

A problemática acerca da patenteabilidade de polimorfos no Brasil começou a

fazer partes de fóruns de discussões e audiências públicas e contou com a

29

participação de vários segmentos da sociedade e de representantes do governo

(SOARES; CORREA; LAGE, 2010).

É imprescindível destacar a atuação do Grupo Interministerial da Propriedade

Intelectual (GIPI) que tem desempenhado um papel importante para a governança

da propriedade industrial no Brasil, com o objetivo de compatibilização dos direitos

de propriedade intelectual com a inovação e o acesso a saúde pública em nosso

país

O GIPI, em 2008, propôs a não concessão de patentes de polimorfos de

fármacos, já que estas são patentes triviais e, além disso:

a) representam a extensão do monopólio patentário de moléculas já conhecidas, ou

seja, o patenteamento sucessivo de algo já revelado no estado da técnica;

b) dificultam a introdução de novos medicamentos genéricos no mercado brasileiro,

já que seriam necessários dados físico-químicos de caracterização do sólido do

medicamento genérico para comprovar que não contém um dado polimorfo do

mesmo objeto de patente; e

c) comprometem as políticas de acesso da população aos medicamentos, devido ao

impacto no preço dos medicamentos disponibilizados gratuitamente pelo Sistema

Único de Saúde (SUS), uma vez que novas versões de fármacos que estão em

domínio público estariam sob proteção patentária e, consequentemente, com preços

diferenciados no mercado.

No Brasil, a LPI não faz menção a patenteabilidade, ou não, de polimorfos dos

medicamentos e devido às controvérsias sobre a matéria, o INPI em 2007 organizou

um ciclo de discussões técnicas, cujo objetivo central foi o de discutir as condições

de patenteabilidade dos polimorfos com o propósito de aprimorar a qualidade da

análise destes pedidos de patentes. O ciclo de discussão contou com a participação

de técnicos de outros órgãos e autoridades, tais como a ANVISA e Fundação

Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), de

representantes da Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina e suas

Especialidades (ABIFINA) e da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa

(INTERFARMA), além agentes da propriedade industrial (INPI, 2009).

Como fruto deste ciclo de discussões técnicas, o INPI em 2007 elaborou uma

proposta de diretriz de exame (ANEXO C) para garantir a aplicação mais rigorosa

dos requisitos e das condições de patenteabilidade e, consequentemente assegurar:

30

a) a competitividade da industrial nacional, b) defender os interesses nacionais e c)

permitir maior segurança jurídica ao sistema de propriedade industrial no Brasil.

Em função do supracitado, e tendo em vista o objetivo principal desta

monografia foram coletados e analisados os pedidos de patente de polimorfos de

fármacos já examinados pelo Instituto, no período de janeiro de 2008 a janeiro de

2012, de forma a demonstrar que após o uso da referida diretriz de exame, houve

uma melhoria no padrão de análise dos requisitos de patenteabilidade, e, portanto,

um aprimoramento da qualidade da análise destas patentes no País, o que contribui

para o desenvolvimento científico e tecnológico do mesmo, assim como o acesso da

população aos medicamentos.

31

2. METODOLOGIA

O universo deste estudo são os pedidos de patente relativos a polimorfos de

fármacos analisados pelo INPI e já notificados na RPI, no período de janeiro de 2008

até fevereiro de 2012. O levantamento destes pedidos foi realizado no banco de

dados do escritório de patentes brasileiro (www.inpi.gov.br).

2.1 Estratégia de busca

Para fazer o levantamento da presente monografia foi escolhida a base de

dados do INPI disponível no sítio eletrônico do Instituto. Trata-se de uma base

disponível na internet, de fácil acesso, além de permitir, através dos códigos de

despacho, a verificação da fase processual em que se encontram os pedidos de

patente. Ou seja, apenas com a pesquisa em uma única base de dados foram

recuperadas as informações relevantes para esta monografia.

Assim, no modo “busca avançada” da base de patentes do INPI, foi utilizado o

método de pesquisa booleana -operador booleano or-, na qual inseriram-se as

palavras: cristal/cristais/cristalino/cristalina/cristalização e polimorfo/polimórfica no

título.

As palavras-chaves supracitadas foram escolhidas tendo em vista a

freqüência com que as mesmas aparecem nos pedidos de patente que reivindicam

polimorfos de um fármaco. Além disso, a pesquisa foi limitada às Classificações

Internacionais de Patente pertinentes à matéria em estudo, ou seja, “Preparações

para finalidades médicas, odontológicas ou higiênicas” (A61K) e/ou “Compostos

Heterocíclicos” (C07D).

Tais classificações foram pesquisadas de forma separada nos pedidos de

patente de polimorfos de fármacos uma vez que foi verificado que em alguns

pedidos apenas apresentam uma das classificações.

A pesquisa foi realizada em quatro partes combinando as palavras-chaves no

título com cada uma das Classificações sendo eliminados os pedidos de patentes

colidentes após cada busca realizada. A estratégia de busca efetuada encontra-se

resumida no quadro abaixo:

32

Quadro 1 - Estratégia de busca realizada na base de dados do INPI. Fonte: A autora

Palavras -chaves

Campo de

busca

CIP Total de pedidos

recuperados

Total de pedidos co m parecer notificado na RPI

entre janeiro de 2008 a fevereiro de 2012

Cristal (is) or cristalino (a) or cristalização

Título A61K 558 48

C07D 423 45

Polimorfo or polimórfica

Título A61K 86 14

C07D 72 16

2.2 Levantamento de dados

A coleta dos pedidos de patente de polimorfos de fármacos analisados pelo

INPI entre janeiro de 2008 a fevereiro de 2012 correspondeu aos pedidos

depositados nos anos entre 1996 a 2002. Em outras palavras, no período em que foi

realizado este levantamento apenas os pedidos depositados entre 1996 e 2003

tinham sido examinados e, conseqüentemente tinham sido emitidos pareceres

técnicos pelo INPI. Isto se deve ao fato de que hoje o Instituto está com um atraso

no exame de pedidos de patente, na área farmacêutica, de cerca de 12 anos. Este

atraso na realização do exame para a concessão de patentes pelo INPI é conhecido

como backlog.

Foram coletados os dados referentes ao número do pedido de patente,

Classificação Internacional de Patentes, título e o último código de despacho relativo

aos pareceres técnicos. Os dados coletados foram armazenados em um quadro que

se encontra no ANEXO D.

2.3 Processamento e análise

Os pedidos de patentes recuperados na busca foram listados em uma tabela

contendo o número do pedido, o resumo, a CIP e o código de despacho notificado

na RPI após o exame do INPI.

33

A análise dos dados coletados visou delinear o perfil de exame de polimorfos

na área farmacêutica realizado após a aplicação da proposta de diretrizes de exame

do INPI na referida área.

2.4 Resultados e Discussão

O universo deste estudo é constituído de 64 pedidos de patente de polimorfos

de fármacos analisados pelo INPI, no período de janeiro de 2008 a fevereiro de

2012, conforme ANEXO D.

A quantidade de pedidos de patentes de polimorfos de fármacos já analisados

pelo INPI no período supracitado e seus respectivos códigos de despacho estão

resumidos no quadro 2 abaixo:

Quadro 2 : Quantidade de pedidos de patentes de polimorfos de fármacos já examinados pelo INPI e seus respectivos códigos de despacho

CÓDIGO DE DESPACHO Nº DE PEDIDOS DE PATENTES

6.1 – Exigência técnica 1

7.1 – Ciência de parecer 1

9.2 – Indeferimento 7

9.2.4 – Mantido o indeferimento por não ter sido apresentado recurso no prazo legal

27

11.2 – Arquivamento definitivo por não haver manifestação quanto a exigência formulada

1

12.2 – Recurso contra o indeferimento 6

15.23 – Pedido “sub judice” 4

16.1 – Patente concedida 2

100 – Decisão de recurso: deferido o pedido 1

104 – Recurso reconhecido e provido. Reformada a decisão recorrida.

1

111 – Decisão de recurso: mantido o indeferimento 12

121 – Cumprimento de exigência em fase de recurso 1

34

A partir do quadro 2 podemos verificar que para a maior parte dos pedidos de

patentes analisado foi mantido o indeferimento, já que não foi apresentado recurso

no prazo legal (60 dias) contra o parecer pela não patenteabilidade dos polimorfos

de fármacos, ou seja, 42,2% do total. Nestes casos, inicialmente o INPI emitiu

parecer questionando um ou mais requisitos de patenteabilidade dos polimorfos

(parecer de ciência), no qual o depositante se manifestou e, em seguida, o Instituto

manteve a sua opinião negativa, em face de manifestação não satisfatória do

depositante, e, portanto, indeferiu o pedido. A partir deste resultado podemos

inicialmente inferir que para estes pedidos os eventuais detentores desta tecnologia

não tiveram interesse em protegê-la aqui no Brasil e, consequentemente, não deram

prosseguimento a fase processual dos mesmos.

Um percentual de 18,8% (12 pedidos) do total de pedidos foi mantido o

indeferimento mesmo após a análise em fase de recurso, ou seja, após a análise de

um colegiado do INPI.

9.4% dos pedidos estão em fase de recurso, ou seja, o INPI emitiu parecer

negativo à patenteabilidade dos mesmos (parecer de indeferimento) e, para os

pedidos que ainda despertam interesse nos depositantes, estes deram entrada na

fase recursal na tentativa de reverter a posição do Instituto.

Verifica-se que 7 pedidos foram indeferidos (10,9%), o que provavelmente vai

ser mantido o indeferimento após a fase de recurso, em função da tendência do

Instituto em manter o indeferimento após a fase recursal.

Quatro pedidos de patente (6,3%) estão “sub judice”, ou seja, após o

encerramento da fase administrativa, em que o INPI decidiu pela não

patenteabilidade da matéria referente aos polimorfos de fármacos, o depositante

propôs ação judicial para anular a decisão administrativa do INPI. Estes pedidos de

patentes que hoje se encontram na esfera judicial provavelmente correspondem a

polimorfos de fármacos que possuem relevância comercial.

Dois pedidos (3,1%) tiveram a sua carta patente expedida, o que demonstra

que poucos pedidos de patentes de polimorfos de fármacos para o INPI atendem

aos requisitos de patenteabilidade e, portanto, devem ser concedidos.

Para melhor compreensão dos questionamentos acerca dos requisitos de

patenteabilidade dos polimorfos reivindicados, a seguir, serão apresentados alguns

trechos extraídos dos argumentos utilizados em alguns dos pareceres listados no

quadro supracitado pelos examinadores do INPI. Cabe ressaltar que hoje por meio

35

do sistema e-Parecer o INPI disponibiliza gratuitamente na internet os pareceres

relativos aos pedidos de patente publicados na RPI. Através do endereço eletrônico

<http://eparecer.inpi.gov.br/eparecer.php> é possível recuperar os pareceres dos

pedidos de patente por meio do número da RPI ou pelo número do pedido. O

sistema e-Patentes/Parecer permite ao usuário do INPI acessar os pareceres

gerados de acordo com o Artigo 35 da LPI, por ocasião do exame e pedidos de

patente. Os pareceres estão disponíveis na forma de arquivos com extensão PDF e

certificação digital, assim como os documentos de anterioridade citados. O principal

objetivo deste sistema é facilitar o acesso à documentação produzida pelos

examinadores de patentes do INPI e agilizar a manifestação do depositante no prazo

determinado pelo Artigo 36 da LPI.

Da leitura dos pareceres técnicos dos pedidos de patente que compõem o

ANEXO D foi verificado que, na grande maioria dos casos, quanto à novidade do

polimorfo pleiteado não foi possível aferir a mesma, uma vez que não foram

apresentados dados comparativos de caracterização físico-química entre o polimorfo

pleiteado e o material revelado no estado da técnica. Ou seja, na maior parte dos

pedidos, observou-se que o sólido pleiteado não estava perfeitamente caracterizado

através de um conjunto de dados físico-químicos, e, portanto, não seria possível

distingui-lo do sólido revelado no estado da técnica e, consequentemente, aferir a

sua novidade.

PI0213570-1:

“[...] No relatório descritivo só foram discriminados os sinais de RMN-1H para ambas as amostras, ou seja, a simples menção dos ditos sinais não são suficientes para averiguar a perfeita caracterização físico-química das referidas formas cristalinas. Em relação aos resultados de DRX4, enfatiza-se que os mesmos não são suficientes para a caracterização das formas α e β, uma vez que não foram apresentadas as intensidades relativas das flexões obtidas, assim como não há qualquer menção no relatório descritivo dos ângulos de Bragg e dos índices de Miller das distâncias interplanares [...]”

4 A difração de Raios-x (DRX) permite identificar a forma estrutural de pequenas moléculas dentro do cristal. É um método rápido e eficiente para a determinar se uma amostra encontra-se na forma amorfa ou cristalina (Ansel; Popovich; Allen, 2000). Já a difração de raios-x de cristal único (monocristal) é de custo elevado e uma de suas limitações decorre da dificuldade de obter cristais únicos (simples) para análise (YU; REUTZEL; STEPHENSON, 1998).

36

PI9812866-3:

“[...] Para a aferição da novidade de uma forma polimórfica, deve ser demonstrada que a estrutura cristalina apresentada no presente pedido é diferente daquela revelada no estado da técnica. Para isso, o relatório descritivo deve conter características necessárias à completa descrição da nova forma cristalina, de acordo com as tecnologias inerentes a sua perfeita caracterização [...]”

No que concerne à atividade inventiva da forma cristalina reivindicada

observou-se que na grande parte dos pareceres foi questionado a obviedade de se

obter um polimorfo frente aos ensinamentos revelados no estado da técnica, e além

disso, destacou-se que não foram apresentados dados experimentais que

demonstrassem um efeito inesperado, ou seja, não previsível em relação à forma já

descrita no estado da técnica.

PI0313695-1:

‘[...] Entende-se que caberia a um técnico no assunto, ciente da existência das formas polimórficas I e II (documento D1), investigar outras formas polimórficas do composto em questão. Com base no conhecimento termodinâmico descrito e bem explorado no estado técnica, a adição de um elemento nucleante a um composto com tendências polimórficas é uma das formas de obtenção de um novo cristal com características diferenciadas; portanto, a obtenção da forma polimórfica III, através do método revelado no presente pedido, decorre de maneira evidente e óbvia para um técnico no assunto (art. 13 da Lei 9279/96) [...]”.

PI9915669-5:

“[...] Contudo, ratificando o parecer anterior, para aferição da atividade inventiva de uma forma cristalina é importante que os resultados específicos e comparativos em relação ao estado da técnica sejam claramente demonstrados. Embora a recorrente tenha alegado que a forma cristalina A é menos higroscópica que aquela revelada em D1, não foi apresentado nenhum estudo demonstrando que tal forma é de fato mais estável. Uma forma adequada para demonstrar esta característica seria um estudo estabilidade acelerada. Face ao exposto, conclui-se que o reconhecimento da atividade inventiva da forma cristalina A está condicionada à apresentação de resultados que comprovem tal estabilidade [...]”.

37

No tocante ao processo de obtenção dos polimorfos, na maioria dos

pareceres técnicos foi apontado que os parâmetros considerados essenciais em um

processo de cristalização não estavam descritos de forma a permitir a sua

reprodução por um técnico no assunto (Art. 24 da LPI). Por exemplo, não estavam

descritos no pedido a taxa de resfriamento usada no processo de cristalização, as

concentrações das soluções de cristalização, a temperatura utilizada e nem mesmo

como foi obtida a semente do cristal que foi utilizado no processo de semeadura.

PI0108378-3:

“[...] Além disso, é de conhecimento que mesmo uma pequena variação de qualquer um dos parâmetros inter-relacionados pode acarretar na síntese de uma forma cristalina não desejada ou até em um fracasso no processo de cristalização, tamanha a dependência em relação aos mesmos. Nesse contexto, no presente pedido encontra-se descrito no exemplo 1 (página 8, linhas 26-27) que “A mistura foi agitada a 30ºC por 90 minutos e em seguida esfriada a 3ºC”, já no exemplo 2 (página 13, linhas 13-14), que “a solução foi permitida aquecer à temperatura ambiente e agitada por 2 horas”. Portanto, no presente pedido não encontram-se descritos o torque, bem como as taxas de resfriamento (quantos graus por minuto a solução foi resfriada) e aquecimento utilizadas em dois momentos do processo de cristalização dos produtos reivindicados, as quais são imprescindíveis para a reprodução por um técnico no assunto [...]”

Ainda no que se refere aos processos de obtenção de um polimorfo, os

examinadores do INPI alegaram que os mesmos decorrem de maneira óbvia e

evidente para um técnico no assunto, que detém conhecimentos de síntese

orgânica, de purificação e cristalização de um composto químico e, assim, os

mesmos não atendem ao requisito de atividade inventiva segundo o Art. 8° e 13 da

LPI.

PI9714081-3:

“[...] Quanto à atividade inventiva do processo de preparação reivindicado no presente pedido, ressalta-se que, conforme descrito nos pareceres anteriores, já é conhecido do estado da técnica que

38

fármacos podem ser cristalizados através de diversos processos de preparação empregando diferentes condições experimentais (ex. temperatura, tipo de solvente e tempo de resfriamento) [...]”

A partir do conteúdo dos pareceres técnicos do INPI aqui reproduzidos é

possível verificar uma abordagem bastante criteriosa e bem fundamentada da sua

proposta de diretriz de exame quanto aos requisitos de patenteabilidade e a

condição de suficiência descritiva previstos na LPI.

Com o objetivo de evidenciar o caráter mais restritivo do exame de polimorfos

de fármacos do INPI quando comparado aos exames dos escritórios europeu e

norte-americano, foi realizado um levantamento dos pedidos correspondentes aos

pedidos brasileiros do ANEXO 2 no sítio eletrônico do Escritório Europeu de

Patentes (EPO)5, como pode ser verificado abaixo:

Quadro 3 - Correspondentes europeu e norte-americanos aos pedidos de patentes brasileiros recuperados na busca na base de dados do INPI. Fonte: A autora

Nº DO PEDIDO BRASILEIRO

CORRESPONDENTES NORTE-AMERICANO E EUROPEU

PI9610567-4 US6121469 PI9609872-4 US5969156; EP1148049 PI9603270-7 US5677443; EP0757991 PI9610201-2 EP0761656 PI9708248-1 EP0910369 PI9711151-1 US6441014; EP0920422 PI9711981-4 US6335330; EP0964684 PI9706099-2 US6469208; EP0919540 PI9714287-5 US5945405; EP107988* PI9804946-1 US6740669; US8076362; EP0994864 PI9804947-0 US6740669; US8076362; EP0994864 PI9816198-9 Não cadastrado na base PI9810920-0 US6894051; EP0998473 PI9811061-6 US6372734; EP1000043 PI9811920-6 US6255316; EP1007516 PI9804183-5 Sem correspondentes PI9803949-0 US6344591; EP0905138 PI9812866-3 US1021439 PI9814476-6 US6288241; EP1082304 PI9814496-0 US6362214; EP1051398 PI9908156-3 US6638536; EP1056444 PI9908825-8 EP1064282 * PI9909471-1 US6482939; EP1070078 PI9912210-3 US6899894; EP1089719

5 Através do endereço eletrônico: <http://worldwide.espacenet.com/advancedSearch?locale=en_EP> é possível recuperar a família de patentes de cada documento brasileiro cadastrado nesta base de dados.

39

PI9917696-3 Não cadastrado na base PI9912622-2 US6441024; EP1100793 PI9915111-1 US6951657; EP1126829 PI9915682-2 US6664268; EP1133497 PI9915669-5 US6436955; EP1133496 PI9915592-3 US6475524; EP1133285 PI0008520-0 US6492399; EP1159277* PI0008493-0 US6649762; EP1155018 PI0011094-9 US6255320, EP1181290 PI0003211-5 Sem correspondentes PI0003209-3 Sem correspondentes PI0016052-0 US6403790, EP1237892 PI0008088-8 US7476744, EP1150960 PI0107921-2 US6410520, EP1252170 PI0108604-9 US7138521, EP1259513 PI0108378-3 US6841554, EP1873148 PI0109712-1 US82747402, EP1270575 PI0104689-6 Sem correspondentes PI0112244-4 US7259181, EP1294689 PI0112367-0 US2003186896* EP 1296947 PI0114584-3 EP1326862 PI0210661-2 US6992211, EP1404641 PI9712072-3 US6294669, EP0937083 PI9712390-0 US5859258*, EP0937068* PI9714081-3 EP0950050 PI9806568-8 US6995272, EP0903345 PI9815292-0 US6346603, EP10331565 PI9906539-8 US6225474, EP1020454, EP1956015 PI0008566-9 US6303792, EP1155004 PI0011674-2 US6664276, US8884019, US7737282, US7339064, US7339064, US7569697,

EP1129088, EP1977751 PI0107667-1 EP1255754 PI0109507-2 US6953854, EP1272489 PI0109508-0 US6673806; US6800635 PI0109433-5 EP1268442 PI0112211-8 US2004248817, EP1296948 PI0210537-3 EP1401445* PI0213570-1 US7892049*, US7342117*, EP1932838*, EP1440969* PI0017522-6 US6673929, US6541634, EP1031575 PI9611229-8 EP1019402 PI9810360-1 Sem correspondentes PI9812866-3 EP1021439 PI9911219-1 US6504030, US6429210, EP1087976 PI0017522-6 US6541634, US6673929, EP1031575, EP1449842* PI0009932-5 US6806280, EP1173435, EP1304330* PI0015544-6 US69000221, EP1233948, EP2168581* PI0111140-0 EP1296951 PI0211601-4 Sem correspondents PI9906539-8 US7459458, US6903106, EP1532152 *Pedidos em análise

40

Do quadro 3 se pode aferir que com exceção de seis pedidos (PI9804183-5,

PI0003211-5, PI0003209-3, PI0104689-6, PI9810360-1 e PI0211601-4) que só

tiveram depósito no Brasil, e o PI9917696-3 que não está cadastrado no banco de

dados do escritório europeu, apenas dez pedidos de patente (PI9714287-5,

PI9908156-3, PI0008520-0, PI0112367-0, PI9712390-0, PI0210537-3, PI0213570-1,

PI0017522-6, PI0009932-5 e PI0015544-8) ainda não foram concedidos no escritório

europeu ou no norte-americano, ou seja, (17,5%). Convém ressaltar que deste total

de dez pedidos, pelo menos uma patente européia ou norte-americana já foi

concedida para o polimorfo do fármaco específico.

Mesmo que não tenha sido um dos objetivos da presente monografia, mas

dada a relevância do resultado, é oportuno destacar que durante o levantamento das

informações verificou-se que alguns pedidos de polimorfos de fármacos, depositados

entre 1995 e 1997, foram deferidos pelo INPI e anuídos pela COOPI-ANVISA6. São

eles: PI9607295-4, PI9607790-5, PI9609872-4 e PI9709725-0. Logo, no passado, os

dois órgãos foram favoráveis a patenteabilidade de polimorfos de fármacos, o que

de certa forma sugere: a) insegurança jurídica ao sistema de propriedade industrial

relativos à esta matéria, tendo em vista que hoje tais pedidos de patente dificilmente

seriam concedidos ou anuídos, respectivamente e, ao mesmo tempo b) uma

evolução quanto ao maior rigor na aplicação dos requisitos e condições de

patenteabilidade. Dito de outra forma, se tais pedidos fossem analisados hoje à luz

da proposta de diretriz de exame do INPI para polimorfos de fármacos, fatalmente os

mesmos não seriam deferidos pelo órgão, tampouco anuídos pela COOPI-ANVISA,

que já a Agência se definiu oficialmente contrária a concessão destas patentes.

6 Após consulta a base de dados da Agência que disponibiliza, através do seu endereço eletrônico (www.anvisa.gov.br).

41

CONCLUSÃO

O patenteamento de polimorfos de fármacos no Brasil está inserido nas

agendas governamental e de diversos setores da sociedade civil, além de ser um

tema bastante polêmico principalmente, no que diz respeito à inovação, ao acesso

aos medicamentos e, consequentemente ao desenvolvimento industrial do país.

A lei de propriedade industrial em vigor no Brasil não proíbe a concessão de

patentes para polimorfos e, considerando que pedidos de patentes nesta área

representam uma das estratégias da indústria de prolongar seu monopólio, é preciso

avaliar se este tipo de mecanismo é de interesse para o País. Tal assertiva se

baseia no fato de que muitas das substâncias ativas de vários medicamentos, que

hoje se encontram em domínio público, podem se tornar indisponíveis, caso sejam

protegidas por meio de seus polimorfos, o que causaria impactos negativos a nossa

produção de genéricos e, consequentemente, o acesso da população a

medicamentos mais baratos.

Nesse sentido, enquanto projetos de leis que visam proibir a concessão de

patentes de polimorfos de fármacos no Brasil não são aprovados, verificou-se que a

iniciativa do INPI por meio da sua proposta de diretriz de exame de polimorfos de

fármacos foi um passo muito importante para a harmonização da aplicação das

condições e dos requisitos de patenteabilidade sobre a referida matéria, que até o

presente momento é passível de proteção por patentes de acordo com a LPI.

Por meio dos resultados obtidos na presente monografia, verificou-se que os

pedidos de patente relativos a polimorfos farmacêuticos analisados pelo INPI, no

período estudado, não são passiveis de proteção patentária (61%), uma vez que

para a grande maioria foi mantido o indeferimento por falta de apresentação de

recurso no prazo legal (42,2%) ou mesmo após análise em fase recursal (18,8%).

Quanto aos pedidos que foram indeferidos, que estão “sub judice” e em fase de

recurso, somam 26,6% do total. Assim, em torno de 88% dos pedidos analisados

não são protegidos por patentes aqui no Brasil.

Os principais motivos dos pareceres de indeferimento do INPI foram a falta de

novidade, de atividade inventiva e de suficiência descritiva dos polimorfos

reivindicados, o que sugere um caráter mais restritivo do exame destes pedidos de

patentes pelo Instituto. Tal fato é corroborado quando comparamos o exame do INPI

42

e os exames escritórios europeu e norte-americano, que juntos concederam 83%

dos pedidos de patente correspondentes aos pedidos brasileiros.

Ademais, no período anterior a esta discussão, alguns pedidos de patente

foram deferidos pelo INPI, e também anuídos pela COOPI-ANVISA, o que

demonstra a evolução do pensamento e do posicionamento de ambos os órgãos

quanto à problemática do patenteamento de polimorfos de fármacos.

Não podemos deixar de pontuar que um exame de patentes de polimorfos de

fármacos mais rígido também atinge os inventores nacionais que eventualmente

tenham depositados pedidos de patentes nesta área.

A realização de um exame de patenteabilidade de polimorfos de fármacos

mais rígido colabora significativamente para melhorar a qualidade da concessão

destas patentes, já que patentes potencialmente nulas não serão concedidas e,

portanto, não vão afetar o domínio público e eventualmente trazer efeitos nocivos à

inovação em nosso país. Sendo assim, estará disponível no estado da técnica a

tecnologia envolvida na obtenção dos polimorfos de fármacos contribuindo para

ampliar a indústria de genéricos e, consequentemente, o incentivo à inovação

tecnológica em nosso País, e, portanto, o desenvolvimento industrial no Brasil.

43

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, V. R. H. Patente como ferramenta da inovação. Ciência da Informação , Brasília, v. 10, n. 1, p. 27-32, 1981. _____. Uso da informação contida em patentes nos países em desenvolvimento. Ciência da Informação , Brasília, v. 13, n. 1, p. 53-56, jan./jun. 1984. BARBOSA, D. B. Uma introdução à propriedade intelectual . 2. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris. 2003. 1267p. BARROSO, W. B. G. Analysis of a database of public domain Brazilian patente documents base don the IPC. World Patent Information , n. 25, p. 63-69, 2003. ______; QUONIAM, L.; PACHECO, E. Patents as technological information in Latin America. World Patent Information , n. 31, p. 207-215, 2009. BAUER, J. Ritonavir: an extraordinary example of conformational polymorphism. Pharmaceutical Research, v. 18, n. 6, p. 859-866, 2001. BERMUDEZ, J. A. Z.; OLIVEIRA, M. A.; ESHER Â. Acesso a medicamentos : derecho fundamental papel del estado. Rio de Janeiro, FIOCRUZ/ENSP, 2004. 274p.

BERNSTEIN, J. Polimorphic predictions. American Chemical Society. Modern Drug Discovery, v. 3, n. 2, 2000. BRASIL. Alvará de 28 de abril de 1809. Isenta de direitos as matérias primas do uso das fábricas e concede outros favores aos fabricantes e da navegação nacional. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/alvara/anterioresa1824/alvara-40051-28-abril-1809-571629-publicacaooriginal-94774-pe.html>. Acesso em: 08 maio. 2015. ______. Decreto Lei nº 254, de 28 de fevereiro de 1967. Código da Propriedade Industrial. Disponível em: <www.leonardos.com.br/Vademecum/PI/Leis/DL%20254-1967.pdf>. Acesso em: 09 abr. 2015. ______. Decreto Lei nº 1005, de 21 de outubro de 1969. Código da Propriedade Industrial. Disponível em: <http://www.inpi.gov.br/menu-esquerdo/patente/pasta_legislacao/de_1005_1969_html>. Acesso em: 09 abr. 2015.

44

______. Lei nº 5.772, de 21de dezembro de 1971. Código da Propriedade Industrial. Disponível em: <http://www.inpi.gov.br/menu-esquerdo/patente/pasta_legislacao/lei_5772_1971_html>. Acesso em: 15 abr. 2015. ______. Lei nº. 9.279, de 14 de maio de 1996. Lei da Propriedade Industrial. Regula direitos e obrigações relativos à Propriedade Industrial. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/Leis/L9279.htm>. Acesso em: 15 abr. 2015. BRITTAIN, H. G. Polymorpism and solvatomorphism. Journal of Pharmaceutical Science , v. 96, n. 4, p. 705-728, 2006. CASSIER, M.; CORREA, M. Scaling up reverse engineering acquisition of industrial knowledge by copying drugs in Brazil. In: CORIAT, B. (Coord.). The political economy of HIV/Aids in develoing countries : the impacts of TRIPS on public health in the south. London. E. Elgar, 2008. CHAVES, G. C. O processo de implementação do Acordo TRIPS da OMC em países da América Latina e Caribe : análises das legislações de propriedade industrial sob a ótica da saúde pública. 2005. 191f. Tese (Mestrado em saúde pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro. 2005. ______. et al. A evolução do sistema internacional de propriedade intelectual: proteção patentária para o setor farmacêutico e acesso a medicamentos. Cadernos de Saúde Pública , Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, p. 257-267, 2007. COHEB, F. J. Macro trends in pharmaceutical innovation. Nat. Rev. Drug Discov. Jan; 4(1):78-84, 2005. CORREA, C. O acordo TRIPS e o acesso a medicamentos nos países em desenvolvimento. SUR – Revista Internacional de Direitos Humanos , São Paulo, ano 2, n. 3, p. 26-39, 2005. CUFFINI, S. L.; FAUDONE, S.; DABBENE, V. ; BADINI, R. ; RUBIO, M. Polymorfphism and pseudopolymorphism in pharmaceutical drugs. In: SARX2002 (VII SEMINÁRIO LATINO-AMERICANO DE ANÁLISES POR TÉCNICAS DE RAIOS X). 2001. Nova Friburgo, Rio de Janeiro, Brasil. Resumos. VIII seminário Latino-Americano de Análises por Técnicas de raios X, 2001. p. 75. EPSZTEJN, R. Primeiros efeitos da nova lei brasileira de proprie dade industrial (maio/1996) sobre a dinâmica de desenvolvimento dos setores farmacêutico e de biotecnologia . 1998. 234f. Tese (Doutorado em Ciências) - Coordenação de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1998.

45

GIRON, D. et al. Solid-state characterizations of pharmaceutical hydrates. Journal of Thermal Analysis and Calorimetry , v. 68, p. 453-465, 2002.

GUIMARÃES, E. R. B. Direito à saúde e direitos de propriedade intelectual: o dispositivo da anuência prévia da Anvisa para pedidos de patente farmacêutica. In: CASSIER, M.; CORREA, M. (Org.). Aids e saúde pública : contribuições à reflexão sobre uma nova economia política do medicamento no Brasil. Rio de Janeiro; EdUerj, 2010. 242p. GUIMARÃES, E. R. B. Direito à saúde pública e propriedade intelectual d e medicamentos no Brasil : a anuência prévia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 2008. 132f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) - Instituto de Medicina Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 2008.

GUISE, M. S. Comércio internacional, patentes e saúde pública . São Paulo: Juriá, 2007. 159p. INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL (Brasil). Proposta de diretrizes para exame de pedidos de patentes de nov as formas polimórficas : metodologia usada e os dados coletados sobre patentes de formas polimórficas em outros países. Rio de Janeiro, 2009. Disponível em: <www.inpi.gov.br>. Acesso em: 20 jan. 2009. JANNUZZI, A. H. L.; AMORIM, R. C. R.; SOUZA, C. G. Implicações da categorização e indexação na recuperação da informação tecnológica contida nos documentos de patentes. Ciência da Informação , Brasília, v. 33, n. 2, p. 27-34, maio/ago. 2007. KNAPMAN, K. Polymorphic in drug design and delivery. Progress in Clinical and Biological Research ., v. 289, 1989. LEITE, R. C. C. Codetec – Companhia de Desenvolvimento Tecnológico. Revista Brasileira de Inovação , v. 7, n. 2, p. 483-489, jul./dez. 2008. LOYOLA, M. A. Medicamentos e saúde pública em tempos de Aids. Ciência & Saúde Coletiva , Rio de Janeiro, v. 13, supl., p. 763-778, 2008.

MACEDO, M. F. G.; BARBOSA, A. L. F. Patentes, pesquisa & desenvolvimento: um material de propriedade industrial. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2000. 161p. ______; BARROSO, W. G. B. Curso condensado de classificação internacional de patentes e busca em documentos de patente. Rio de Janeiro, 2002. 26p. ______.; MULLER, A. C. A.; MOREIRA, A. C. Patenteamento em biotecnologia. Brasília: EMBRAPA, 2001. 200p.

46

MALAVOTA, L. M. Patentes, marcas e transferência de tecnologia dura nte o regime militar : um estudo sobre a atuação do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (1970-1984). 2006. 342f. Tese (Mestrado em História) - Instituto de Filosofia e Ciências Sociais. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2006. MARQUES, M. B. Planejamento e gestão da política de ciência e tecnologia: hora de rever?. Revista Ciência & Saúde Coletiva . Rio de Janeiro, v. 4, n. 2, p. 383-92, 1999. MARQUES, M. B. Patentes farmacêuticas e acessibilidade aos medicamentos no Brasil. História Ciência Saúde – Manguinhos , Rio de Janeiro, v. 7, n. 1, p. 7-21, 2000. ORGANIZAÇÃO DE COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO (OCDE). Patents, Innovation and Economic Performance: OECD Conference Proceedings, 2004. Disponível em: <http://www.oecd-ilibrary.org/docserver/download/9789264015272-sum-pt.pdf?expires=1433718588&id=id&accname=guest&checksum=7E0105143554F6CB2BCA4F3BF77D1A31>. Acesso em 10 maio, 2015. OLIVEIRA, M. A. et al. Has the implementation of the TRIPS Agreement in Latin América and the Caribbean produced intellectual property legislation that favours public health? Bulletin of the World Health Organization , v. 82, n. 11, p. 815-821, 2004. OLIVEIRA, L. G. et al. Informação de patentes: ferramenta indispensável para a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico. Química Nova , v. 28, supl., S26-S40, 2005. PENROSE, K.; WEBSTER, A. Inventing boundaries: the prior art of the social world. Social Studies of Science , vol. 25, n. 1, p. 57-105, 1995.

RODRIGUES, A. O. A nova lei de patentes, a indústria química e a universidade. Química Nova , v. 21, n. 2, p. 228-242, 1998. SOARES, J. M; CORREA, M. C. D. V.; LAGE, L. E. C. Patentes de formas polimórficas na área de fármacos no Brasil e o impacto na saúde pública. RECIIS, v. 4, n. 2, p. 43-52, jun. 2010.

TEIXEIRA, P; VITÓRIA, M; BARCAROLO, J. The Brazilian experience in providing universal acess to antiretroviral therapy. In: MOATTI, J. et al. (Org.). Economics of AIDS and acess to HIV/AIDS care in developing count ries . Paris: ANRS, 2003. (Collection Sciences et Sida).

VILLELA. P. ONG/Aids, patentes e regulação de medicamentos. In: CASSIER, M.; CORREA, M. Aids e saúde pública : contribuições à reflexão sobre uma nova economia política do medicamento no Brasil. Rio de Janeiro: Ed Uerj, 2010. 242p.

47

VIPPAGUNTA, S.; BRITTAIN, H. G.; GRANT, D. J. W. Crystalline solids. Advanced Drug Delivery Reviews , v. 48, p. 3-26, 2001. YU, L. X.; REUTZEL, S. M.; STEPHENSON, G. A. Physical characterization of polymorphic drugs: an integrated characterization strategy. Pharmaceutical Science & Techbology , v. 1, n. 3, p. 118-127, 1998.

48

ANEXO A – Fluxo de Análise para Pedidos de Patentes, envolvendo Anuência Prévia, de Produtos e Processos Farmacêuticos

49

ANEXO B – Proposta de diretriz de exame do INPI para pedidos de patentes de polimorfos de fármacos

a) Polimorfo

Análise quanto ao requisito de novidade segundo o Art. 11 da LPI

A comparação entre os difratogramas de difração de raios-x de cristal único

entre a forma polimórfica reivindicada e aquela já revelada no estado da técnica é

suficiente para aferir a novidade do produto reivindicado. Entretanto, não havendo

tais dados faz-se necessária à comparação entre os mesmos através da técnica de

difração de raios-x pelo método de pó com indexação, além de outros métodos de

análise, tais como espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) de

Carbono no estado sólido, espectrometria na região do Infravermelho (IV),

espectroscopia Raman, microscopia eletrônica e análise Térmica (calorimetria

diferencial exploratória (DSC), termogravimetria (TG) e análise térmica diferencial

(DTA)). A informação quanto ao grau de pureza7 da amostra também é importante

na aferição da novidade de um polimorfo pleiteado visto que impurezas na amostra

podem causar interferências na qualidade dos resultados da análise de

caracterização da estrutura cristalina. Cabe ressaltar, que para efeito da aferição da

novidade da forma cristalina reivindicada apenas os dados de caracterização da

forma cristalina revelada no estado da técnica poderão ser apresentados após a

data de depósito da forma pleiteada no pedido de patente.

Análise quanto ao requisito de atividade inventiva segundo o Art. 13 da LPI

O polimorfo deverá solucionar um problema do estado da técnica

suficientemente diferenciador, por exemplo, aumento na estabilidade, solubilidade e

processabilidade, que não decorra de maneira óbvia e evidente do estado da

técnica.

b) Processo de obtenção de um polimorfo

Análise quanto ao requisito de novidade segundo o Art. 11 da LPI

O processo para obter um polimorfo será novo quando o mesmo não estiver

descrito no estado da técnica.

7Cabe destacar que, apesar de não estar discriminado na proposta de diretriz o tipo de pureza, seja química ou cristalográfica, dos pedidos de patente já analisados pelo INPI o questionamento residiu quanto ao grau de pureza química da amostra.

50

Análise quanto ao requisito de atividade inventiva segundo o Art. 13 da LPI

O processo de obtenção de um polimorfo não deverá decorrer de maneira

óbvia ou evidente do estado da técnica. Ou seja, processos usuais de cristalização,

em princípio, não seriam patenteáveis visto que é óbvia para um técnico no assunto

a utilização dos mesmos para produzir polimorfos na área químico-farmacêutica.

Análise quanto à condição de suficiência descritiva segundo o Art. 24 da LPI

Uma vez que uma simples modificação em um processo de cristalização pode

acarretar alterações na forma cristalina do produto obtido, é imprescindível que

todos os parâmetros envolvidos em um processo de cristalização estejam descritos

no pedido de patente, no ato de depósito, de forma a possibilitar a sua reprodução

por um técnico no assunto. Alguns exemplos de parâmetros são: solvente,

temperatura, concentração, taxa de resfriamento, adição de sementes de cristais,

entre outras.

Quanto aos processos em que é feita semeadura de um determinado cristal, a

descrição do processo de obtenção da semente é necessária para que o técnico no

assunto consiga reproduzi-lo.

c) Composição farmacêutica contendo um polimorfo

Análise quanto ao requisito de novidade segundo o Art. 11 da LPI

Uma vez constatado que o polimorfo reivindicado é novo, a composição

contendo o mesmo também será considerada nova.

Análise quanto ao requisito de atividade inventiva segundo o Art. 13 da LPI

A avaliação da atividade inventiva deve ser efetuada de forma

independente,ou seja, para que a composição contendo um novo polimorfo

apresente atividade inventiva, deve-se avaliar se o efeito é diferenciador e se resolve

um problema técnico de forma comprovada, baseado em parâmetros específicos

comparativos da mesma em relação ao estado da técnica. Tendo em vista que

qualquer efeito de uma composição pode ser proveniente das ações independentes

dos seus ingredientes ou, ainda, das interações de seus ingredientes, para que o

examinador possa avaliar os efeitos provenientes do novo polimorfo em uma

composição devem ser apresentados dados comparativos de composições

quantitativamente iguais das formas contidas no estado da técnica”.

51

ANEXO C – Fluxograma do processamento de um pedido de patente no INPI.

52

ANEXO C – Fluxograma do processamento de um pedido de patente no INPI

(continuação)

53

ANEXO C – Fluxograma do processamento de um pedido de patente no INPI

(continuação)

54

ANEXO D - Pedidos de polimorfos de fármacos analisados pelo INPI entre janeiro de 2008 a fevereiro de 2012 (continuação). Fonte: A autora. Nº DO

PEDIDO TÍTULO CLASSIFICAÇÕES

INTERNACIONAIS DE PATENTE (CIP)

CÓDIGO DE DESPACHO

PUBLICADO NA RPI APÓS EXAME

DO INPI PI9610567-4 HEMI SAL CÁLCIO DE ÁCIDO (R-

(R*,R*)-2-(4-FLUOROFENIL)- BETA-DELTA -DIHIDRÓXI-5-(1-METIL-ETIL )-3-FENIL -4-((FENILAMINO)CARBONIL)- 1H-PIRROL -1-HEPTANÓICO (ATORVASTATÍNA) DE FORMA CRISTALINA III.

C07D 207/34; A61K 31/40

9.2.4 (RPI nº2147, de

28/02/2012

PI9708248-1 COMPOSTO, FORMULAÇÃO FARMACÊUTICA E SAL DE CLORIDRATO CRISTALINO NÃO-SOLVATADO

A61K 31/38; C07D 333/56

15.23 (RPI n°2177, de

25/09/2012

PI9711151-1 Forma cristalina de 4-[5-metil-3-fenilisoxazol-4-IL]Benzenossulfonamida.

C07D 261/08; A61K 31/42

9.2 (RPI nº1942, de

25/03/2008) PI9706099-2 PROCESSO PARA A

PREPARAÇÃO DE IOHEXOL CRISTALINO ISENTO DE SOLVENTES E IOHEXOL CRISTALINO OBTIDO

C07C 235/68; C07C 237/46; C07C 231/24;

A61K 49/04

111 (RPI n°2025, de

27/10/2009

PI9714287-5 ANTIBIÓTICO CRISTALINO DESIGNADO SOLVATO 6-O-METILERITROMICINA FORMA 0, SOLVATO DE 6-O-METILERITROMICINA FORMA 0, COMPOSIÇÃO, PROCESSOS PARA TRATAMENTO DE INFECÇÕES BACTERIANAS EM UM MAMÍFERO HOSPEDEIRO COM NECESSIDADE DE TAL TRATAMENTO E PARA PREPARAÇÃO DE SOLVATO DE 6-O-METILERITOMICINA A FORMA 0, 6-O-METILERITROMICINA FORMA 0--ETANOLATO, SUSPENSÃO PARA ADMINISTRAÇÃO ORAL, E, COMPLEXO DE SOLVATO DE 6-O-METILERITROMICINA A FORMA 0-CARBÔMERO.

C07H 17/08; A61K 31/70

111 (RPI n°2256, de

01/04/2014

PI9804946-1 Modificação de cristal de um agente farmacêutico.

C07D 249/04; A61K 31/41

111 (RPI n°2083, de

07/12/2010

PI9804947-0 Modificação de cristal de um agente farmacêutico

C07D 249/04; A61K 31/41

15.23 (RPI n°2307, de 24/03/2015

PI9816198-9 FORMA CRISTALINA DE SAL DE ADIÇÃO DE ÁCIDO MONOMETANOSSULFÔNICO

C07D 401/04; A61K 31/505

15.23 (RPI n°2174, de

04/09/2012 PI9810920-0 MODIFICAÇÃO DA FORMA DE C07D 401/04 ; 15.23

55

CRISTAL DE UM DERIVADO DE N-FENIL-2-PIRIMIDINOAMINA, PROCESSOS PARA SUA FABRICAÇÃO E SEU USO

A61K 31/505 (RPI n°2174, de 04/09/2012

PI9811061-6 11-(4-[2-(2-HIDROXIETOXI) ETILA] -1- PIPERAZINILA) - DIBENZO[B,F] [1,4] TIAZEPINA CRISTALINA , USO DESTA, PROCESSOS PARA A PREPARAÇÃO E PURIFICAÇÃO DA MESMA, E, COMPOSIÇÃO FARMACÊUTICA

C07D 281/16; A61K 31/55

111 (RPI n°2090, de 25/01/2011)

PI9811920-6 FORMAS POLIMORFAS DE CRISTAIS DE DICICLANIL E HIDRATOS DOS MESMOS E SUA PREPARAÇÃO

C07D 239/50; A61K 31/505

9.2.4 (RPI n°2079, de

09/11/2010

PI9803949-0 CRISTAIS DE MALTITOL DE FORMAS PARTICULARES, COMPOSIÇÕES CRISTALINAS CONTENDO OS MESMOS E PROCESSO PARA FABRICAÇÃO DOS MESMOS

C07H 15/04; A61K 47/26; A23L 1/236

9.2 (RPI nº2159, de

22/05/2012)

PI9812866-3 POLIMORFO ANTIFÚNGICO CRISTALINO

C07D 405/14; A61K 31/495; A61K 31/41

111 (RPI nº2188, de

11/12/2012) PI9814476-6 "FORMA POLIMÓRFICA

CRISTALINA DE GUAIACIL ÉSTER DE ÁCIDO 1-METIL-5-P-TOLUOILPIRROL-2 ACETAMIDO ACÉTICO (MED 15)"

C07D 207/323; A61K 31/40; A61P 29/00

111 (RPI n°2096, de

09/03/2011)

PI9814496-0 COMPOSTO, PROCESSOS PARA A PREPARAÇÃO DE CRISTAIS DE SEMENTES DA MODIFICAÇÃO TERMODINAMICAMENTE ESTÁVEL I DE RAMATROBAN, PARA A PREPARAÇÃO DE UMA FORMA TERMODINAMICAMENTE ESTÁVEL DE RAMATROBAN, MEDICAMENTO, E, USO DE UMA MODIFICAÇÃO TERMODINAMICAMENTE ESTÁVEL DE RAMATROBAN

C07D 209/88; A61K 31/403;

A61P 7/02

9.2 (RPI n°1962, de 12/08/2008)

PI9908156-3 PROCESSO PARA EFETUAR UMA CRISTALIZAÇÃO EM ESTADO SÓLIDO DE UM COMPOSTO ORGÂNICO MOLECULAR ALOTRÓPICO EM UMA PARTÍCULA DE TAMANHO E FORMA DEFINIDOS,PARTÍCULA ESTÁVEL NA ESTOCAGEM, E, PROCESSO PARA EFETUAR UMA CRISTALIZAÇÃO EM ESTADO SÓLIDO DE UMA MISTURA CONTENDO PELO MENOS UM COMPOSTO ORGÂNICO ALOTRÓPICO MOLECULAR.

A61K 9/16 111 (RPI n°2196, de

05/02/2013)

PI9909471-1 FORMAS VI E CRISTALINA DE 5,6-DICLORO-2-(ISOPROPILAMINO)-1-BETA-L-RIBOFURANOSIL-1H-BENZIMIDAZOL, COMPOSIÇÃO,

C07H 19/052; C07H 19/052; A61K 31/70

6.1 (RPI n°2192, de

08/01/2013)

56

COMPOSTO, USO DE 5,6-DICLORO-2-(ISOPROPILANIMNO)-1-BETA-L-RIBOFURANOSIL-1H-BENZIMIDAZOL, E, PROCESSOS PARA O TRATAMENTO OU PROFILAXIA DE UMA INFECÇÃO VIRAL EM SER HUMANO E PARA A PRODUÇÃO DE 5,6-DICLORO-2-(ISOPROPILAMINO)-1-BETA-L-RIBOFURANOSIL-1H-BENZIMIDAZOL

PI9912210-3 SISTEMA TERAPÊUTICO TRANSDERMAL, CONTENDO HORMÔNIOS E INIBIDORES DE CRISTALIZAÇÃO

A61K 9/70; A61F 13/02;

A61K 31/565; A61K 47/32; A61K 47/34; A61K 47/36

9.2.4 (RPI nº2057, de

08/06/2010)

PI9917696-3 USO DE COMPOSIÇÕES DE ZIPRASIDONA E PROCESSO PARA A PREPARAÇÃO DE CRISTAIS GRANDES DE CLORIDRATO DE ZIPRASIDONA MONO-HIDRATADO

A61K 31/495; C07D 417/14;

A61K 9/14; A61P 25/18

12.2 (RPI n°2127, de

11/10/2011)

PI9912622-2 ÁCIDO R- OU S-LIPÓICO CRISTALINO ENANCIOMERICAMENTE PURO, PROCESSO PARA A PREPARAÇÃO DE ÁCIDO LIPÓICO CRISTALINO, ÁCIDO LIPÓICO, E, USO DO MESMO

C07D 339/04; C07B 57/00; A61K 31/385;

A23L 1/30

9.2.4 (RPI nº2146, de

22/02/2012)

PI9915111-1 PARTÍCULAS REVESTIDAS DE IBUPROFENO CRISTALINO GRANULADO

A61K 9/50; A61K 31/19

9.2.4 (RPI n°2021, de

29/09/2009)

PI9915682-2 MODIFICAÇÃO CRISTALINA B DE ÁCIDO 8-CIAN-1-CICLOPROPIL-7-(1S, 6S-2,8-DIAZABICICLO-[4.3.0]NONAN-8-IL)-6-FLÚOR-1,4-DIHIDRO-4-OXO-3-QUINOLINCARBOXÍLICO

C07D 471/04; A61K 31/4709;

A61P 31/04

9.2 (RPI n°2038, de

26/01/2010)

PI9915669-5 MODIFICAÇÃO CRISTALINA A DO ÁCIDO 8-CIANO-1-CICLOPROPIL-7-(1S,6S-2,8-DIAZABICICLO-[4.3.0]NONAN-8-IL)-6-FLÚOR-1,4-DIIDRO-4-OXO-3-QUI-NOLINOCARBOXÍLICO

C07D 471/04; A01N 43/90; A61K 31/47

9.2 (RPI n°2038, de 26/01/2010)

PI9915592-3 PROCESSOS PARA CONVERSÃO DAS REGIÕES CRISTALINAS META-ESTÁVEIS E/OU AMORFAS DE PARTÍCULAS PRÉ-FORMADAS PARA UM ESTADO ESSENCIALMENTE CRISTALINO PARA TRATAMENTO DE UMA CONDIÇÃO ALÉRGICA E/OU INFLAMATÓRIA DO NARIZ OU DOS PULMÕES, PARA TRATAMENTO DE DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (COPD), RINITE OU ASMA E PARA TRATAMENTO DE

A61K 9/14; A61K 31/00; A61K 38/00

9.2.4 (RPI n° 2057, de

08/06/2010)

57

DOENÇAS DE INTESTINO INFLAMATÓRIO (IBD), DOENÇA DE CROHN OU COLITE ULCERATIVA, FORMULAÇÃO FARMACÊUTICA, USO DA MESMA, PARTÍCULAS NO ESTADO ESSENCIALMENTE CRISTALINO, E, PARTÍCULAS DE LACTOSE MONO-HIDRATADA NO ESTADO ESSENCIALMENTE CRISTALINO

PI0008520-0 MODIFICAÇÃO DE CRISTAL D DE ÁCIDO 8-CIANO-1-CICLOPROPIL-7-(1S,6S-2,8-DIAZABICICLO[4.3.0]NONAN-8-IL)-6-FLÚOR-1,4-DIHIDRO-4-OXO-3QUINOLINCARBOXÍLICO

C07D 471/04; A61K 31/44; A61P 31/04

9.2.4 (RPI n° 2066, de

10/08/2010)

PI0008493-0 MODIFICAÇÃO CRISTALINA C DE 8-CIANO-1-CICLOPROPIL-7-(IS,6S-2,8-DIAZABICICLO [4.3.0]NONAN-8-ILA)-6-FLÚOR-1,4-DIHIDRO-4-OXO-3-QUINOLINCARBONO

C07D 471/04 ; A61K 31/4709 ;

A61P 31/04

9.2.4 (RPI nº 2067, de 17/08/2010)

PI0011094-9 POLIMORFOS DE UM CITRATO CRISTALINO DE AZOBICICLO[2,2,2]OCTAN-3-AMINA E SUAS COMPOSIÇÕES FARMACÊUTICAS

C07D 453/02; A61K 31/439;

A61P 1/08

9.2.4

(RPI n° 2090, de 25/01/2011)

PI0003211-5 FORMA CRISTALINA DE CLORIDRATO DE 6-HIDRÓXI-3-(4-[2-(PIPERIDIN-1-IL)-ETÓXI]FENÓXI)-2-(4-METOXIFENIL)-BENZO[b]TIOFENO, FORMULAÇÃO COMPREENDENDO A MESMA E PROCESSO PARA A SUA PREPARAÇÃO

C07D 409/12; A61K 31/445; A61P 9/00; A61P 25/28; A61P 35/00; A61P 19/10

9.2.4 (RPI n° 2076, de

19/10/2010)

PI0003209-3 FORMA CRISTALINA DE CLORIDRATO DE 6-HIDRÓXI-3-(4-[2-(PIPERIDIN-1-IL)ETOXI] FENÓXI)-2-(4-METOXIFENIL) BENZO [b] TIOFENO FORMULAÇÃO FARMACÊUTICA COMPREENDENDO A MESMA E PROCESSO PARA A SUA PREPARAÇÃO

C07D 409/12; A61K 31/445; A61P 9/00; A61P 25/28; A61P 35/00; A61P 19/10

9.2.4 (RPI n° 2076, de

19/10/2010)

PI0016052-0 PROCESSO PARA A PREPARAÇÃO DE CLORIDRATO DE EPINASTINA NA MODIFICAÇÃO DE CRISTAL DE ELEVADO PONTO DE FUSÃO

C07D 487/04; A61K 31/55; A61P 37/08; A61P 11/06

9.2.4

(RPI n° 2110, de 14/06/2011)

PI0008088-8 FORMA CRISTALINA E FORMA SÓLIDA DE CELECOXIB, COMPOSIÇÃO FARMACÊUTICA E PROCESSOS DE TRATAR OU DE PREVENIR UMA CONDIÇÃO OU UM DISTÚRBIO MEDIADO POR CICLOOXIGENASE-2 EM UM INDIVÍDUO E DE PREPARAR

C07D 231/12; A61K 31/415; A61P 29/00

9.2.4 (RPI n° 2066, de 10/08/2010)

58

CELECOXIB E UMA FORMA CRISTALINA DE CELECOXIB

PI0107921-2 CRISTALIZAÇÃO SELETIVA DE SÓDIO DE ÁCIDO 3-PIRIDIL-1-HIDROXIETILIDENO-1,1-BISFOSFÔNICO COMO O MONOHIDRATO OU HEMIPENTAHIDRATO

C07F 9/58; A61K 31/663; C07F 9/02;

A61K 31/675; A61P 19/00; A61P 19/02; A61P 19/08; A61P 19/10; A61P 3/14

12.2 (RPI n°2170, de

07/08/2012)

PI0108604-9 FORMA CRISTALINA DE ÁCIDO N-[4-[2-(2-AMINO-4,7 -DIIDRO-4-OXO-3HPIRROLO[2-3-D]PIRIMIDIN-5-IL)ETIL]BENZOIL]-L-GLUTÂMICO E PROCESSO PARA SUA PREPARAÇÃO

C07D 487/04; A61K 31/519; A61P 35/00

7.1 (RPI n° 2297,de

13/01/2015)

PI0108378-3

SAL CRISTALINO DE UM COMPOSTO, COMPOSIÇÃO FARMACÊUTICA, PROCESSO PARA A MANUFATURA DO DITO SAL, E, USO DO MESMO

C07D 239/42; A61K 31/505;

A61P 3/06

9.2.4 (RPI nº 2232, de

15/10/2013)

PI0109712-1 FORMA DE CRISTAL DE DERIVADO DE PIRROLIDITIOCARBAPENEMO

C07D 477/20; C07D 477/02; A61K 31/407 ;

A61P 31/04

9.2 RPI nº 2123, de

13/09/2011)

PI0104689-6 PROCEDIMENTOS PARA PREPARAR COMPOSIÇÕES FARMACÊUTICAS EM COMPRIMIDOS DE DESINTEGRAÇÃO RÁPIDA, SUBSTANCIALMENTE ISENTOS DE CRISTAIS DO PRINCÍPIO FARMACOLOGICAMENTE ATIVO, PROVENIENTES DA MODIFICAÇÃO DA ESTRUTURA CRISTALINA DO CITADO AGENTE DURANTE AS OPERAÇÕES DE FABRICAÇÃO DOS MESMOS E AS COMPOSIÇÕES FARMACÊUTICAS OBTIDAS

A61K 9/20 12.2 (RPI n° 2225, de 27/08/2013)

PI0112244-4 FORMA CRISTALINA BETA DO SAL DE TERC-BUTILAMINA DO PERINDOPRIL, RESPECTIVO PROCESSO DE PREPARAÇÃO E COMPOSIÇÕES FARMACÊUTICAS QUE A CONTÊM

C07D 209/42 ; A61K 31/404 ;

A61P 9/00

9.2.4 (RPI nº 2127, de

11/10/2011)

PI0112367-0 FORMA CRISTALINA ALFA DO SAL DE TERC-BUTILAMINA DO PERINDOPRIL

C07D 209/42; A61K 31/475; A61P 9/12

9.2.4 (RPI nº 2127, de

11/10/2011)

PI0114584-3 MONOHIDRATO CRISTALINO , PROCESSOS PARA A SUA PREPARAÇÃO E SUA APLICAÇÃO PARA A PREPARAÇÃO DE UM MEDICAMENTO

C07D 451/10; A61K 31/46; A61P

11/00; A61P 11/04

12.2 (RPI nº 2170, de

07/08/2012)

PI0210661-2 FORMA CRISTALINA DE UMA FENILETANOLAMINA, A

C07C 217/74; C07C 213/10; A61K 31/215

9.2.4 (RPI nº 2171, de

59

RESPECTIVA PREPARAÇÃO E COMPOSIÇÕES FARMACÊUTICAS QUE A CONTÊM

14/08/2012)

PI9712072-3 Substância cristalina de cefditoren pivoxil e a produção da mesma

C07D 501/00 ; C07D 501/04

111 (RPI nº 2090, de 25/01/2011)

PI9712390-0 PROCESSO PARA A CRISTALIZAÇÃO DE LOSARTANO-POTÁSSIO

C07D 403/10 100 (RPI nº 2041, de

17/02/2010) PI9714081-3 PROCESSO PARA A

CRISTALIZAÇÃO DO CLORIDRATO DE 1-[2-(2-NAFTIL)ETIL]-4(3-TRIFLUORO METILFENIL)- 1,2,3,6- TETRAIDRO PIRIDINA *SR 57746 A), FORMAS I,II E III DO MESMO, E, COMPOSIÇÃO FARMACÊUTICA.

C07D 211/70 111 (RPI nº 2196, de

05/02/2013)

PI9806568-8 FORMA DE CRISTAL DE N-(4-TRIFLUORMETILFENIL)-5-METILISOXAZOL-4-CARBOXAMIDA

C07D 261/08; C30B 28/06; C30B 29/60; C30B 30/02; A61P 37/00

9.2.4 (RPI nº 2046, de

23/03/2010)

PI9815292-0 CRISTAL DE DERIVADO DE DESPSIPEPTÍDEO E MÉTODO PARA A SUA PRODUÇÃO

C07D 273/00 9.2.4 (RPI nº 2046, de

23/03/2010) PI9906539-8 POLIMORFO DE ÁCIDO 2-(3-

CIANO-4-ISOBUTIL-ÓXI-FENIL)-4-METIL-5-TIAZOL-CARBOXÍLICO, COMPOSTO AMORFO, PROCESSOS PARA PRODUÇÃO DE UM COMPOSTO AMORFO, PARA PRODUÇÃO DE CRISTAL, A, B, C, D, G DE ÁCIDO. 2-(3-CIANO-4-ISOBUTIL-ÓXI-FENIL)-4-METIL-5-TIAZOL-CARBOXÍLICO, E, POLIMORFO

C07D 277/56 111 (RPI nº 2115, de

19/07/2011)

PI0008566-9 PROCESSO PARA CRISTALIZAÇÃO DE N-(4-TRIFLUORMETILFENIL)-5-METIL-ISOXAZOL-4-CARBOXAMIDA.

C07D 261/18 16.1 (RPI nº 2098, de

22/03/2011)

PI0011674-2 CRISTAL , COMPOSIÇÃO FARMACÊUTICA, MÉTODO PARA TRATAR OU PREVENIR ÚLCERA DIGESTIVA EM UM MAMÍFERO EM NECESSIDADE DESTE, E, USO DO CRISTAL

C07D 401/12; C07D 401/12 A61P 1/04 A61P 1/00

121 (RPI nº 2305, de 10/03/2015)

PI0107667-1 COMPOSTO DE LINEZOLIDA EM FORMA DE CRISTAL QUE E FARMACEUTICAMENTE ÚTIL COMO AGENTE ANTIBACTERIANO E MÉTODO DE PREPARAÇÃO DO MESMO

C07D 413/10 9.2.4 (RPI nº

2110, de 14/06/2011)

PI0109507-2 PROCESSO PARA PREPARAÇÃO DE FORMA I, CRISTALINA , DE CARBEGOLINA

C07D 457/04 9.2.4 (RPI nº 2119, de

16/08/2011) PI0109508-0 FORMA II, CRISTALINA , DE

CABERGOLINA C07D 457/06 9.2.4

(RPI nº 2148, de 06/03/2012)

PI0109433-5 SUBSTÂNCIA FARMACÊUTICA C07D 239/00 9.2.4

60

CRISTALINA (RPI nº 2094, de 22/02/2011)

PI0112211-8 FORMA CRISTALINA GAMA DO SAL DE TERC-BUTILAMINA DO PERINDOPRIL, SEU PROCESSO DE PREPARAÇÃO E COMPOSIÇÕES FARMACÊUTICAS CONTENDO O MESMO

C07D 209/42 9.2.4 (RPI nº 2126, de

04/10/2011)

PI0210537-3 ANTICOLINÉRGICO CRISTALINO , PROCESSO PARA A SUA PREPARAÇÃO E SUA APLICAÇÃO PARA A PREPARAÇÃO DE UM MEDICAMENTO

A61K 31/439; A61K 9/14; C07D 451/10 ; C07D 491/18 ; A61P 11/00; A61P 11/06

9.2.4

(RPI nº 2198, de 19/02/2013)

PI0213570-1 CRISTAL NA FORMA ALFA OU FORMA BETA DE DERIVADO DE ACETANILIDA

C07D 277/40 ; A61P 3/10

12.2 (RPI nº2250, de

18/02/2014)

PI0017522-6 PROCESSO PARA PREPARAÇÃO DE SECRETAGOGOS DE HORMÔNIO DE CRESCIMENTO E POLIMORFO

C07D 471/04 ; C07D 471/04 A61K 31/437 ; A61P 19/10

16.1

(RPI nº 2229, de 24/09/2013)

PI9611229-8 Forma polimórfica do composto

metanossulfonato de n-[1(r) -[ (1,2-di-hidro-1-metanossulfonil espiro [3h-indol-3,4' -piperdin]1l' il ) carbonil ] -2- ( fenilmetil-oxi ) etil ] -2 amino-2 metilpropanamida , composição farmacêutica

C07D 471/10 ; A61K 31/445

12.2 (RPI nº 2157, de

08/05/2012)

PI9810360-1 FORMA POLIMÓRFICA DO COMPOSTO 2-(R)-(1-(R) - (3,5-BIS(TRI-FLUOROMETIL)FENIL)ETOXI) -3-(S) - (4-FLUORO) FENIL-4(3- (5-OXO-1H,4H-1,2,4-TRIAZOLO) METILMORFOLINO, PROCESSO PARA PREPARAÇÃO DA FORMA 1 DO MESMO, COMPOSIÇÃO FARMACÊUTICA, PROCESSO PARA ANTAGONIZAR O EFEITO DA SUBSTÂNCIA P EM SEU SÍTIO RECEPTOR OU PARA O BLOQUEIO DOS RECEPTORES DA NEUROCININA-1 EM UM MAMÍFERO, PROCESSOS PARA TRATAR OU PREVENIR UMA CONDIÇÃO SELECIONADA, A ÊMESE, UM DISTÚRBIO DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL, A DEPRESSÃO, A ANSIEDADE, E ESQUIZOFRENIA EM UM MAMÍFERO, E, PRODUTO

C07D 265/32; A61K 31/535

111 (RPI nº 2089, de

18/01/2011)

PI9911219-1 FORMA POLIMÓRFICA DE HIDROGENO SULFATO DE CLOPIDOGREL

C07D 495/04 ; A61K 31/44

104 (RPI nº 2240, de

10/12/2013)

61

PI0009932-5 POLIMORFO DE SAL DE ÁCIDO

MALÉICO DE 5-[4-[2-(N-METIL-N-(2-PIRIDIL)AMINO)ETÓXI]BENZIL]TIAZOLIDINA-2,4-DIONA

C07D 417/12 ; A61K 31/44 ; A61P 3/10

9.2.4 (RPI nº 2076, de

19/10/2010)

PI0015544-6 POLIMORFO ESTÁVEL DE CLORIDRATO DE N-( 3-ETINILFENILAMINO )-6,7-BIS( 2-METOXIETÓXI)-4-QUINAZOLINAMINA, MÉTODOS DE PRODUÇÃO, E USOS FARMACÊUTICOS DOS MESMOS

C07D 239/04 ; A61K 31/505

111 (RPI nº 2198, de

19/02/2013)

PI0111140-0 FORMA POLIMÓRFICA , COMPOSIÇÃO FARMACÊUTICA, MÉTODOS PARA O TRATAMENTO DE UMA DOENÇA INFLAMATÓRIA, DE UMA DOENÇA MEDIADA POR CICLOOXIGENASE, DE DOR, E, PROCESSO PARA FABRICAR UM POLIMORFO DE FORMA V

C07D 213/61; A61K 31/444 ; A61P 29/00

12.2 (RPI nº 2226, de

03/09/2013)

PI0211601-4 POLIMORFO ESTÁVEL DE FLIBANSERINA, PROCESSO TÉCNICO PARA A PREPARAÇÃO DO MESMO E O USO DO MESMO PARA A PREPARAÇÃO DE MEDICAMENTOS

C07D403/06; A61K 31/495; A61P 25/00

9.2.4 (RPI nº 1232, de

15/10/2013)

PI0313695-7 POLIMORFO DE N-METIL-N-(3-{3-[2-TIENIL CARBONIL]PIRAZOL-[1,5-ALFA]PIRIMIDIN-7-IL}FENIL) ACETAMIDA E COMPOSIÇÕES E PROCESSOS RELACIONADOS AO MESMO

C07D487/04; A61K 1/519; A61P25/00

9.2 (RPI nº 2313, de

05/05/2015)