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PESSOAS JURÍDICAS: ASSOCIAÇÕES, FUNDAÇÕES SOCIEDADES Prof. MSc. Ilda Valentim

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Slides sobre personalidade jurídica prevista no CC 2002

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Page 1: Slides personalidade jurídica

PESSOAS JURÍDICAS: ASSOCIAÇÕES, FUNDAÇÕES SOCIEDADES

Prof. MSc. Ilda Valentim

Page 2: Slides personalidade jurídica

PESSOA JURÍDICA Doutrina: Capanema, 2010. Conjunto de seres humanos ou de bens

constituídos sob a forma da lei e aos quais se confere uma personalidade distinta da personalidade dos seus integrantes.

Pessoas Jurídicas constituídas por bens? As fundações são pessoas jurídicas representando um

conjunto de bens e não de seres humanos. É claro que as fundações são administradas por seres humanos, mas, na verdade, a fundação é um conjunto de bens o qual a lei confere uma personalidade própria. Ex. Fundação Roberto Marinho. É uma pessoa jurídica com personalidade própria, é um conjunto de bens alocados para um determinado propósito.

Page 3: Slides personalidade jurídica

PESSOA JURÍDICA

Resumindo: toda pessoa jurídica ou é um conjunto de seres humanos e a isso chamamos de “Universitas personarum” ou são conjuntos de bens – “Universitas bonorum” (são as fundações).

Nas pessoas jurídicas que se constituem por seres humanos há bens, e, esses bens, estão a serviço dos seres humanos que integram a pessoa jurídica. Nas fundações os seres humanos estão a serviço dos bens.

Page 4: Slides personalidade jurídica

PESSOA JURÍDICA

Fundação é quando alguém destaca de seu patrimônio particular determinados bens e aloca esses bens a um fim determinado pela fundação. Por ex: proteção a criança; incentivo a cultura etc.

Esses bens são administrados por pessoas naturais que irão retirar desses bens rendimentos e frutos civis para poder atender a finalidade da fundação.

Page 5: Slides personalidade jurídica

PESSOA JURÍDICA

Não basta organizar um conjunto de pessoas ou de bens, sob a forma da lei, para fazer nascer uma pessoa jurídica. É preciso que o objetivo dessa pessoa jurídica seja lícito e moral. Não se pode, por ex, criar uma associação dos apontadores de jogo de bicho, nem se pode estabelecer um sindicato dos exploradores das prostitutas.

 

Page 6: Slides personalidade jurídica

PESSOA JURÍDICA

Historicamente o que teria feito nascer as pessoas jurídicas?

A origem das pessoas jurídicas está na pré história, porque o homem primitivo percebeu, intuitivamente, que se ele se reunisse a outros seres humanos, dividindo tarefas do dia a dia, eles teriam muito mais facilidade para sobreviver. E o que é uma pessoa jurídica, a rigor, senão isto? Uma reunião de seres humanos que têm ideais comuns para que se torne mais fácil alcançar suas metas e sobreviver.

Page 7: Slides personalidade jurídica

PESSOA JURÍDICA: NATUREZA JURÍDICA

Muito se escreveu para saber a natureza jurídica da pessoa jurídica.

Até o séc. XIX prevaleceram as chamadas teorias ficcionistas das quais a maior e mais importante foi a Teoria de Savigny. Para ele a pessoa jurídica é uma ficção jurídica, ela não existe na realidade, aliás no direito existe uma série de ficções.

Page 8: Slides personalidade jurídica

PESSOA JURÍDICA: NATUREZA JURÍDICA Dizia Savigny que só o ser humano é capaz de

pensar, querer, ter sentimentos. A vontade da pessoa jurídica nada mais seria que a projeção da vontade de seus integrantes. Ou seja, a pessoa jurídica não existia no plano da realidade, só existindo na inteligência dos seres humanos. Esta ficção jurídica é necessária para permitir que estes conjuntos de seres humanos pudessem se tornar sujeitos de direitos, facilitando assim a aquisição e a transferência desses direitos.

Para Savigny a única personalidade real, era a natural. No século XIX isto era uma verdade absoluta.

Page 9: Slides personalidade jurídica

PESSOA JURÍDICA: NATUREZA JURÍDICA

Hoje prevalecem as teorias realistas. As teorias ficcionistas foram inteiramente abandonadas.

P J é uma realidade e não uma ficção. Elas existem, assim como os seres humanos existem. Elas estão inseridas no plano da existência.

A teoria hoje dominante, é a de um europeu chamado Hauriou, constitucionalista francês que criou a teoria da realidade das instituições jurídicas. Ele raciocinou assim: não foram as instituições jurídicas que atribuíram aos seres humanos uma personalidade? Claro pois, no passado, haviam seres humanos que não eram pessoas. Foi a lei que atribuiu a todos os seres humanos uma personalidade.

Page 10: Slides personalidade jurídica

PESSOA JURÍDICA: NATUREZA JURÍDICA

de conferir aos seres humanos uma personalidade jurídica, também é capaz de conferir a um conjunto de pessoas ou bens, uma personalidade.

É uma questão de conveniência da vida social. Portanto, a personalidade jurídica é mais um

fruto da própria ordem jurídica, das instituições jurídicas.

Page 11: Slides personalidade jurídica

PERSONALIDADE JURÍDICA Durante muito tempo prevaleceu como regra, quase

absoluta, essa dicotomia entre personalidade jurídica e a personalidade natural de seus integrantes – CC/1916 – art. 20.

Este artigo do Código Bevilácqua (1916), era claro ao informar que não se confundia a personalidade de seus integrantes, assim como o patrimônio de seus integrantes.

As obrigações da PJ= patrimônio da PJ Teoria Mitigada = desconsideração da

personalidade jurídica, = CDC e agora consagrada no Artigo 50 CC.

A regra geral, que continua prevalecendo, é a que a personalidade jurídica da P J não se confunde com a personalidade natural de seus integrantes.

Page 12: Slides personalidade jurídica

PERSONALIDADE JURÍDICA

Há uma profunda identidade entre as PJ e as pessoas naturais.

Ambas têm nome; ambas nascem, crescem, envelhecem e morrem; ambas têm registros de nascimento e de morte; ambas têm domicílio; ambas têm patrimônio.

É por isso, portanto, que as teorias realistas acabaram derrotando as teorias ficcionistas.

Page 13: Slides personalidade jurídica

PERSONALIDADE JURÍDICA

A doutrina moderna, quase que pacificamente, sustenta que a PJ tem alma. Alma objetiva, não subjetiva; mas tem alma.

Tem conceito, credibilidade, tanto que hoje se admite dano moral para a PJ, desde que seja para proteger sua honra objetiva, dado o conceito que essa PJ tem na sociedade.

Claro que a PJ não pode ter honra subjetiva, que é aquela formada pelos sentimentos íntimos que só as pessoas naturais possuem. O fato de as P J não terem vontade própria, ou seja, não pensar, não amar etc. não quer dizer que elas não existam.

 

Page 14: Slides personalidade jurídica

PERSONALIDADE JURÍDICA

Entre todas as classificações, a mais importante é a que divide as pessoas jurídicas em Direito Público e Direito Privado, porque o regime jurídico das PJ de Direito Público é completamente diferente do regime jurídico das PJ de Direito Privado.

Nossa primeira preocupação diante de uma PJ é saber se ela é de Direito Público ou Privado.

Page 15: Slides personalidade jurídica

As P J de Direito Público ainda se dividem em P J de D. Público Interno e P J de D. Público Externo.

Artigo 41 – Interno : “... A União, os Estados membros

da Federação, os Municípios, o DF, os Territórios Federais, as Autarquias e todos os demais entes da Administração Direta, além das Fundações Públicas”.

Artigo 42 – Externo: “....São os estados estrangeiros, os organismos internacionais, tais como: a ONU, OEA, etc.”

As P J de Direito Público são submetidas a um controle rígido. São fiscalizadas permanentemente pelas leis. Criaram-se órgãos de controle apenas para esta finalidade.

Page 16: Slides personalidade jurídica

Já as P J de Direito Privado, têm uma liberdade de ação muito maior; se auto delimitam; podem exercer seus próprios controles.

Artigo 44 – “São pessoas jurídicas de direito privado: As Associações, as Sociedades, as Fundações particulares, os Partidos políticos, as Igrejas, as Organizações religiosas”

Page 17: Slides personalidade jurídica

PERSONALIDADE JURÍDICA O Código anterior falava em Associações,

Sociedades Civis e Sociedades Comerciais. As Associações eram um conjunto de seres

humanos que se reuniam sem fins lucrativos. As Sociedades Civis tinham interesse econômico. As Sociedades Comerciais eram aquelas que

também perseguiam o lucro, só que praticando os atos do comércio.

Então um colégio, um hospital seriam uma Sociedade Civil e não uma Sociedade Comercial, mas também não seriam uma Associação, porque aferem lucro.

Hoje porém, (Artigo 44) mudou tudo. Não há mais Sociedade Civil, esta desapareceu.

Page 18: Slides personalidade jurídica

PERSONALIDADE JURÍDICA

O Código Civil de 2002 só fala em Associação e Sociedade, porque fez-se a união das Sociedades Civis e Comerciais.

Associação não tem fins lucrativos, mas sociedade tem, seja ela destinada ao comércio ou não.

Vigora como garantia constitucional o direito de associar-se, independente de alegação do motivo. É possível criar qualquer associação, destinada a qualquer fim, desde que lícito e moral.

Também, não há como compelir alguém a permanecer associado. Isto é garantia constitucional, está no art. 5º o direito de se associar e de se desligar de uma associação.

Page 19: Slides personalidade jurídica

PERSONALIDADE JURÍDICA

O Código Civil de 2002 só fala em Associação e Sociedade, porque fez-se a união das Sociedades Civis e Comerciais.

Associação não tem fins lucrativos, mas sociedade tem, seja ela destinada ao comércio ou não.

Vigora como garantia constitucional o direito de associar-se, independente de alegação do motivo. É possível criar qualquer associação, destinada a qualquer fim, desde que lícito e moral.

Também, não há como compelir alguém a permanecer associado. Isto é garantia constitucional, está no art. 5º o direito de se associar e de se desligar de uma associação.

Page 20: Slides personalidade jurídica

ENTES DESPERSONALIZADOS Há situações em que encontraremos grupos de

seres humanos e de bens aos quais a ordem jurídica não confere uma personalidade própria. Chamam-se entes despersonalizados ou pessoas formais. Ou seja, têm aparência de PJ, apresentam características de PJ, mas não são.  Exemplos conhecidos:

- a família; - o espólio; - a massa falida; - a herança jacente; - as sociedades de fato; - o condomínio; - os grupos de consórcio.

Page 21: Slides personalidade jurídica

ENTES DESPERSONALIZADOS Se não têm personalidade, não podem adquirir ou

transmitir direitos, nem contrair obrigações, exatamente porque lhes falta personalidade, não sendo, portanto, sujeitos de direito.

Mas, como podem estar em juízo se não possuem personalidade? Ex: condomínios edilícios que contratam empregados e não pagam...  

Essas pessoas formais são desprovidas de personalidade, mas são dotadas de legitimidade ad causam e ad processum para que possam exatamente defender direitos e interesses que são de seus integrantes. Assim, por ex, credores e devedores são os condôminos e não o condomínio; são os herdeiros do espólio e não o próprio espólio.

Page 22: Slides personalidade jurídica

ENTES DESPERSONALIZADOS

Por que se nega a essas pessoas formais uma personalidade autônoma, distinta de seus integrantes?

Porque lhes falta o substrato da personalidade jurídica, a sua razão de ser que se chama affectio societatis.

A força que leva a constituição de uma P J chama-se affectio societatis.

Affectio societatis é um sentimento comum que leva as pessoas a se unirem, perseguindo um determinado objetivo. As pessoas identificam um interesse comum e através da forma prevista em lei constituem uma PJ. Tanto isso é verdade que se romper a affectio societatis não há como se manter a P J.

Page 23: Slides personalidade jurídica

QUANDO HÁ AQUISIÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA?

Art. 45 – Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do poder executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.

Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no registro.

Basicamente é um estatuto ou um contrato social que é levado ao registro.

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QUANDO HÁ AQUISIÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA?

Deve constar no ato constitutivo os requisitos do art. 46 do CC, além daqueles referidos em norma específica:

Art. 46. O registro declarará: I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o

fundo social, quando houver; II - o nome e a individualização dos fundadores ou

instituidores, e dos diretores; III - o modo por que se administra e representa, ativa e

passivamente, judicial e extrajudicialmente; IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à

administração, e de que modo; V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente,

pelas obrigações sociais; VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino

do seu patrimônio, nesse caso.

Page 25: Slides personalidade jurídica

CLASSIFICAÇÃO DAS PESSOAS JURÍDICAS

Quanto à nacionalidade: Nacional ou Estrangeira

Art. 11. As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as sociedades e as fundações, obedecem à lei do Estado em que se constituirem. LINDB:

Quanto à estrutura: Corporações (universitas personarum) – prevalece a soma de pessoas (universalidade de pessoas).

Dividem-se em: a) Sociedades

> Simples – são as antigas civis. > Empresárias – são as antigas comerciais.

Page 26: Slides personalidade jurídica

CLASSIFICAÇÃO DAS PESSOAS JURÍDICAS

# Sociedade entre cônjuges: (art. 977) é possível. A restrição imposta é de que não tenha casado no regime de comunhão universal de bens ou no da separação obrigatória.

Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória.

Page 27: Slides personalidade jurídica

ASSOCIAÇÕES Art. 53 – Constituem-se as associações pela

união de pessoas que se organizem para fins nãoeconômicos.

Art. 55. Os associados devem ter iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir categorias com vantagens especiais.

A associação é formada por um: I) conselho deliberativo; II) um conselho fiscal; III) uma presidência; IV) a assembléia geral de associados

Page 28: Slides personalidade jurídica

ASSOCIAÇÕES O ato constitutivo é o estatuto (art. 54 CC). De

acordo com o Código Civil, o estatuto das associações conterá, sob pena de nulidade (art.54):

I - a denominação, os fins e a sede da associação; II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos

associados; III - os direitos e deveres dos associados; IV - as fontes de recursos para sua manutenção; V – o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos

deliberativos; (Redação dada pela Lei nº11.127, de 2005) VI - as condições para a alteração das disposições

estatutárias e para a dissolução. VII – a forma de gestão administrativa e de aprovação das

respectivas contas. (Incluído pela Lei nº11.127, de 2005)

Page 29: Slides personalidade jurídica

ASSOCIAÇÕES Interessante a exigência de devido

processo legal para exclusão de um associado: (art. 57)

Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida em procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto.

Page 30: Slides personalidade jurídica

ASSOCIAÇÕES Quando da extinção de uma associação, qual a

destinação de seus bens? Art. 61. Dissolvida a associação, o remanescente do

seu patrimônio líquido, depois de deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único do art. 56, será destinado à entidade de fins não econômicos designada no estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos associados, à instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes.

§ 2º Não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no Território, em que a associação tiver sede, instituição nas condições indicadas neste artigo, o que remanescer do seu patrimônio se devolverá à Fazenda do Estado, do Distrito Federal ou da União.

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FUNDAÇÕES (UNIVERSITAS BONORUM) –(UNIVERSALIDADE DE BENS) Art. 62. Para criar uma fundação, o seu

instituidor fará, por escritura pública ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá- la.

Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins religiosos, morais, culturais ou de assistência.

Page 32: Slides personalidade jurídica

FUNDAÇÕES

Esse rol de finalidades previstos no art. 62 e taxativo ou exemplificativo?

Art. 62, parágrafo único: a constituição de fundação para fins científicos, educacionais ou de promoção do meio ambiente está compreendida no CC, art. 62, parágrafo único.

Art. 62, parágrafo único: o art. 62, parágrafo único, deve ser interpretado de modo a excluir apenas as fundações com fins lucrativos.

Posicionamento para Prova: Taxativo.

Page 33: Slides personalidade jurídica

FUNDAÇÕES Etapas para a criação de uma fundação - há uma série

ordenada de etapas que devem ser observadas: 1º) Afetação de Bens Livres por meio do Ato de Dotação

Patrimonial, seja mediante Escritura Pública (para atos inter vivos) ou Testamento.

O instituidor está obrigado a indicar a finalidade fundacional, mas indicará se quiser o modo de administrá-la.

O ato de instituição, acaso realizado por mecanismo inter vivos, é irretratável.

Art. 64. Constituída a fundação por negócio jurídico entre vivos, o instituidor é obrigado a transferir-lhe a propriedade, ou outro direito real, sobre os bens dotados, e, se não o fizer, serão registrados, em nome dela, por mandado judicial. ou semelhante.

Page 34: Slides personalidade jurídica

FUNDAÇÕES

Caso o patrimônio afetado seja insuficiente – art. 63 do CC/2002:

Art. 63. Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão, se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante.

Page 35: Slides personalidade jurídica

FUNDAÇÕES 2º) Elaboração dos Estatutos (não é contrato

social); - Pode ser:

a) Direta: feita pelo próprio instituidor. b) Indireta ou Fiduciária: quando nomeia alguém para fazê-

lo. 3º) Aprovação dos Estatutos Quem aprova é o MP Art. 65. Aqueles a quem o instituidor cometer a

aplicação do patrimônio, em tendo ciência do encargo, formularão logo, de acordo com as suas bases (art. 62), o estatuto da fundação projetada, submetendo-o, em seguida, à aprovação da autoridade competente, com recurso ao juiz.

Page 36: Slides personalidade jurídica

4º) Realização do Registro Civil (no Cartório de Pessoa Jurídica) – é a partir daí que a fundação terá personalidade, podendo praticar atos jurídicos.

A Alteração do Estatuto já registrado apenas poderá ser feita se presente os seguintes requisitos disciplinados no Código Civil (art. 67):

Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma:

I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação;

II - não contrarie ou desvirtue o fim desta; III - seja aprovada pelo órgão do Ministério

Público, e, caso este a denegue, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado.

Page 37: Slides personalidade jurídica

A minoria de gestores vencida (aqueles 1/3 que opinaram em desfavor da alteração), terão o prazo de 10 dias para impugnar a modificação estatutária. Esse prazo é decadencial (art. 68).

Art. 68. Quando a alteração não houver sido aprovada por votação unânime, os administradores da fundação, ao submeterem o estatuto ao órgão do Ministério Público, requererão que se dê ciência à minoria vencida para impugná-la, se quiser, em dez dias.

Page 38: Slides personalidade jurídica

A Fiscalização (§2°, art. 66) das fundações deve ser feita pelo MP Estadual, ainda que as referidas as Fundações tenham abrangência nacional, sendo a competência a da localização da fundação.

“Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas.

§ 1º. Se funcionarem no Distrito Federal, ou no Território, caberá o encargo ao Ministério Público Federal.

§ 2º. Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caberá o encargo, em cada um deles, ao respectivo Ministério Público”.

Diga-se que o §1º do art. 66 foi declarado inconstitucional pelo ADI 2794, proposta pela ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO – CONAMP.

Page 39: Slides personalidade jurídica

No caso de extinção da fundação – art. 69 do CC:

Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, incorporando- se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante.

Page 40: Slides personalidade jurídica

QUESTÃO:

Para que uma fundação particular adquira personalidade jurídica será preciso:

a) elaboração de seu estatuto pelo instituidor ou por aquele a quem ele cometer a aplicação do patrimônio.

b) aprovação do seu estatuto pelo Ministério Público.

c) dotação e aprovação da autoridade competente com recurso ao juiz.

d) dotação e registro do seu estatuto. e) dotação, elaboração e aprovação dos

estatutos, e registro.

Page 41: Slides personalidade jurídica

QUESTÃO:

Para que uma fundação particular adquira personalidade jurídica será preciso:

a) elaboração de seu estatuto pelo instituidor ou por aquele a quem ele cometer a aplicação do patrimônio.

b) aprovação do seu estatuto pelo Ministério Público.

c) dotação e aprovação da autoridade competente com recurso ao juiz.

d) dotação e registro do seu estatuto. e) dotação, elaboração e aprovação dos

estatutos, e registro.