slide micotoxinas

57
FACULDADE SANTO AGOSTINHO – FSA DISCIPLINA: MICROBIOLOGIA DOS ALIMENTOS CURSO: BACHARELADO EM NUTRIÇÃO TURMA: 17T3A TURNO: TARDE FUNGOS PRODUTORES DE MICOTOXINAS E VÍRUS DE ORIGEM ALIMENTAR COMPONENTES LANA MAURA LUCIANE DE CASTRO MARIA DA CRUZ MAYSA CAVALCANTE ROSSANA MADEIRA STEPHANNIE RAIANE TASSIANA PAZ

Upload: rossana-martins

Post on 24-Jul-2015

627 views

Category:

Health & Medicine


5 download

TRANSCRIPT

Page 1: Slide Micotoxinas

FACULDADE SANTO AGOSTINHO – FSADISCIPLINA: MICROBIOLOGIA DOS

ALIMENTOSCURSO: BACHARELADO EM NUTRIÇÃO

TURMA: 17T3A TURNO: TARDE

FUNGOS PRODUTORES DE MICOTOXINAS E VÍRUS DE

ORIGEM ALIMENTAR

COMPONENTESLANA MAURA

LUCIANE DE CASTROMARIA DA CRUZ

MAYSA CAVALCANTEROSSANA MADEIRA

STEPHANNIE RAIANETASSIANA PAZ

Page 2: Slide Micotoxinas

Sumário• Introdução• Histórico• Tipos de Micotoxinas;• Fungos produtores de  micotoxinas;• Pagilhas spp;• Penicilium spp;• Fusarium spp;• Claviceps spp;• Vírus de origem alimentar

Page 3: Slide Micotoxinas

Introdução

• Micotoxinas são metabólitos secundários aparentemente sem qualquer função no metabolismo normal dos fungos.

• Os fungos Fusarium, Aspergillus e Penicilium são os principais e mais abundantes mofos que contaminam os alimentos destinados à alimentação de humanos e animais.

• A contaminação pode se dar das formas:• Indireta: quando alimentos/rações são

previamente contaminados por um fungo toxinogênico;

• Direta: ocorre quando o alimento se torna contaminado posteriormente; durante produção, processamento,transporte e armazenamento (FRISVAD e SANSON, 1992).

Page 4: Slide Micotoxinas

Histórico

• A história das micotoxinas começa em 1960, com surto de aves no Reino Unido, devido à ração contaminada com uma substância produzida pelo fungo Aspergillus Flavus.

• O caso mais conhecido de contaminação por micotoxinas é o ergotismo,  que foi responsável por milhares de mortes. 

Page 5: Slide Micotoxinas

Tipos de Micotoxinas• A aflatoxina é a micotoxina mais

estudada,  as principais aflatoxinas são B1, B2, G1, G2, com base na fluorescência emitidas por elas sob a luz ultravioleta; elas são produzidas por A. flavus e  A. parasiticus, embora as espécies A. nomius, A. bombices e A.pseutomari, também tenham se mostrado aflatoxigênicas.

• São encontradas como contaminantes em: amendoins,nozes, castanhas, feijão, leite, milho,trigo, aveia, arroz etc.

Page 6: Slide Micotoxinas

Tipos de micotoxinas

• Esterigmatocistina: é relacionada à aflatoxiana e, como estas possui atividade hepatocarcinogênica.

• Fungos produtores de esterigmatocistina: Aspegillus versicolor, A.nidulans, A. rugulous; sob luz ultravioleta, essa toxina emite cor vermelho -tijolo

• Ocorre em trigo,café e aveia.

Page 7: Slide Micotoxinas

Tipos de micotoxinas

• Rubratoxina : produzida pelo fungo P.rubrum, provoca doenças hemorrágicas, o cereal mais comumente envolvido é o milho.

• Patulina: é produzida pelo gênero Penicilium, incluindo P. calviforme, P.expansum e P. patulum. Pode ser ainda produzida pelo gênero aspergillus como (A.clavatus, A.terreus).

• Citrina: produzido por P.citrinum e P.ctreoviridae; é carcinogênica e têm sido detectada em arroz polido, pão mofado, presunto curado,trigo aveia, centeio, etc. 

Page 8: Slide Micotoxinas
Page 9: Slide Micotoxinas

Fungos produtores de micotoxinas

Claviceps ssp

Aspergillus ssp

Penicilium ssp

Fusarium ssp

Page 10: Slide Micotoxinas

Aspergillus spp. Fungos filamentosos; Encontrados em todas as

estações do ano, dispersos no solo, em vegetais ou qualquer matéria em decomposição, o que garante a dispersão dos conídeos, a forma infectante;

Há aproximadamente 900 espécies de Aspergillus, os quais foram classificadas em dezoito grupos respeitando-se os parâmetros morfológicos;

Page 11: Slide Micotoxinas

EPIDEMIOLOGIA ASPERGILOSE PULMONARESA forma infectante é veiculada pelo ar;

Doença de ocorrência universal;

As infecções pelas espécies de Aspergillus causam um largo espectro de doenças nos humanos dependendo do estado imune do hospedeiro;

O isolamento desse organismo em secreções respiratórias de hospedeiros normais geralmente reflete colonização, e não infecção;

As principais síndromes relacionadas à aspergilose são:

Page 12: Slide Micotoxinas

Forma InvasivaFequentemente chamada API subaguda;

Tem sido descrita em pacientes com AIDS e doença granulomatosa crônica;

Indivíduos imunocomprometidos, alguns conídios germinam no pulmão em forma de hifas, a forma invasiva do fungo, o que causa infecção angioinvasiva grave.

Page 13: Slide Micotoxinas

Formas Pulmonares Em indivíduos atópicos, o fungo dispara

fenômenos imunes, incluindo rinite alérgica, asma, pneumonite por hipersensibilidade e aspergilose broncopulmonar alérgica (ABPA);

Em pacientes com lesões cavitárias preexistentes, o crescimento saprofítico do fungo leva aos aspergilomas

Formas ExtrapulmonaresObserva-se a sinusite, a otite, a endoftalmite

e a endocardite em valva protética.

Page 14: Slide Micotoxinas

Características da DoençaA aspergilose é considerada uma infecção fúngica oportunista;Os principais fatores de patogenicidade:1) Pequeno tamanho dos conídeos2) Temperatura de crescimento do fungo em torno

de 37oC;3) Capacidade de adesão ao endotélio e epitélio;4) Invasão dos vasos sanguíneos;5) Produção de toxinas como elastase,

restrictocina, fumigatoxina, dentre outras.

Page 15: Slide Micotoxinas

Aspergilose Broncopulmonar Alérgica

 Aspergilus fumigatus;O processo patológico é caracterizado pela reação de

hipersensibilidade dos tipos I, III e IV;O processo inicia-se com a inalação dos esporos que

migrarão para os brônquios de maior calibre;Através de várias reações imunológicas;Há, então, um processo de vasodilatação com

aumento da permeabilidade vascular, contração da musculatura lisa do brônquio;

Distingue-se, portanto, das doenças auto-imunes pela produção decomplexos antígenos-anticorpos no local.

Page 16: Slide Micotoxinas

DiagnósticoFase inicial da doença broncopulmonar

alérgica é marcado pela associação com a asma e dosagem de IgE específica elevada;

Os exames de imagem, como a teleradiografia de tórax, são quase patognomônicos, quando se observa o aspergiloma ou a bola fúngica, geralmente localizadas em ápices pulmonares

Page 17: Slide Micotoxinas

Medidas de ControleO uso de corticoterapia está indicado em

pacientes que apresentam o componente alérgico;

O afastamento da fonte alérgica é desejável;Entre os corticóides disponíveis, prefere-se a

prednisona;É necessário o acompanhamento da dosagem

de IgE total por um ano de tratamento, já que esta é, atualmente, considerada um marcador da fase aguda da doença.

Page 18: Slide Micotoxinas

Caso RealUma mulher, de 42 anos de idade, arquiteta, referia

tosse havia dez anos, com início na época em que passava as férias numa casa de praia, onde notou cheiro intenso de mofo. Desde então vinha apresentando períodos de crise de tosse, ora seca, ora com expectoração esverdeada e espessa. Além do mofo, outros fatores mencionados como desencadeantes da tosse foram poeira, tempo frio e o ato de dar risada. Referia que durante todo o período não ocorreu febre, dor torácica ou dispnéia, mas que esporadicamente apresentava chiado no peito e que, certa vez, teve episódio de expectoração com sangue.

A paciente possui antecedentes familiares de asma, rinite alérgica e enfisema, e pessoais de rinite alérgica na adolescência.

Page 19: Slide Micotoxinas

A avaliação clínica revelou roncos e sibilos difusos bilaterais. Os exames subsidiários mostraram: espirometria normal, teste alérgico cutâneo imediato (Prick teste) positivo para A. fumigatus, hemograma com eosinofilia (13%), IgE sérica total maior que 1.000 ng/ml, teste sérico para determinação de IgE específica (RAST) para A. fumigatus classe 3. Na radiografia simples de tórax observaram-se imagens de opacidade em "dedo de luva" no terço superior direito e na tomografia computadorizada de alta resolução, bronquiectasias centrais .

Page 20: Slide Micotoxinas

Os achados de asma, eosinofilia, imagem de opacidade pulmonar e bronquiectasias centrais associados ao IgE > 1.000 ng/ml, Prick teste e RAST classe 3 positivos para A. fumigatus preenchem os critérios para o diagnóstico de ABPA.

Na vigência desses dados, a paciente foi tratada com prednisona em dose de 50 mg por dia durante quatro semanas e salbutamol spray 100 mcg em duas inalações, de seis em seis horas. A dose de prednisona foi diminuída progressivamente a cada semana nas oito semanas subseqüentes.

A paciente evoluiu com melhora da tosse, da expectoração e do chiado, ausência de eliminação de moldes brônquicos, ausculta pulmonar normal, RAST para A. fumigatus classe 2, diminuição da eosinofilia (4%) e da IgE sérica total 608 ng/ml.

Page 21: Slide Micotoxinas

Penicillium spp

Page 22: Slide Micotoxinas

Característica do Microrganismo • Sintetizam elevada quantidade de metabólitos secundários,

atingindo em certos casos, uma produção 73% superior a de outras classes de microrganismos Estes fungos anamorfos são representados por aproximadamente 225 espécies com 347 sinonímias.

• Espécies de Penicillium têm uma alta diversificação, tanto morfológica quanto de metabólitos secundário, a exemplo de antibióticos, micotoxinas, antioxidantes, anticancerígenos, inseticidas, herbicidas, enzimas e fungicidas,reportam que existe um grande número de extratos de fungos e/ou produtos extracelulares com atividade antimicrobiana

• Sobre as espécies de Penicillium sp. Entre outros, P. brevicompactum, P. carneus, P. citrinum, P. flavigenum, P. griseofulvio, P. persicinum são espécies relatadas como fontes de antibióticos, especialmente de penicilina e griseofulvina

Page 23: Slide Micotoxinas

Característica da DoençaRubratoxina: produzida pelo P.rubrum que

provoca doenças hemorrágicas em animais.Patulina: micotoxina produzido por algumas

espécies de fungos em geral Penicillium, é geralmente encontrado em frutas, vegetais e outros alimentos, principalmente em suco de maçãs.

Citrinina: produzida pelo P.citrinum e por outros bolores. A citrinina afeta os rins e causas doenças semelhante a nefrose tóxica em animais experimentalmente inoculados.

Page 24: Slide Micotoxinas

EpidemiologiaExpressão diferencial de genes nas interações

entre sementes de milho e Aspergillus flavus, Fusarium verticillioides e Penicillium spp.

Page 25: Slide Micotoxinas

•A infecção é causada crescente à medida que se aumenta o tempo de inoculação, porém a qualidade fisiológica não é alterada pelo patógeno. As sementes são importante meio para a sobrevivência e para a veiculação de patógenos, que produzem toxinas prejudiciais à saúde humana e animal.• Dessa forma, torna-se importante o desenvolvimento de metodologias de detecção rápidas e seguras de patógenos em sementes. O objetivo trabalho e detectar genes diferencialmente expressos associados à presença de A. flavus, F. verticillioides e Penicillium spp. em lotes de sementes de milho.

Page 26: Slide Micotoxinas

Medida de ControleA prevenção da contaminação de algumas culturas já é

possível através do controle biológico; uma raça não toxigênica de Aspergillus flavus é introduzida no solo através do uso de um produto formulado e, pelo princípio da bioexclusão competitiva, reduz as populações de raças toxigênicas a níveis que não provocam mais a contaminação.

A técnica reduz em no mínimo 85% a contaminação , quanda comparado com lotes não tratados. Por ocorrer ainda na fase agrícola, a técnica reduz o risco de contaminações também em armazenamento. Ela não exclui, no entanto, a necessidade de secagem dos produtos, sendo indicada a secagem artificial em secadores estático.

Page 27: Slide Micotoxinas

Casos Reais Fungos anemófilos na sala de periódicos da biblioteca de

ciências da saúde da Universidade Federal do Ceará Os fungos anemófilos ou alergizantes pertencem a diversos gêneros

e espécies e quase todos são contaminantes, isto é,podem ser isolados facilmente do ar em placas de ágar Sabouraud. numerosos fungos encontrados na poeira e no ar desempenham papel importante na patologia médica, como elementos alergizantes que são. Assim asmas e rinites ditas de “clima” estão na dependência ou em relação íntima com a microbiota fúngica do ar. Tendo como premissa o grande número de pessoas que sentiam algum tipo de alergia na sala de periódicos da biblioteca de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Ceará, teve-se como objetivo a determinação da microbiota fúngica anemófila. Foram expostas 50 placas de Petri na referida sala, durante quinze minutos. As placas foram levadas para o laboratório de Microbiologia de DACT/FFOE/UFC. Após o crescimento nas placas, os fungos foram identificados de acordo com a metodologia clássica de micologia. Das 50 exposições foram isolados 13 gêneros fúngicos considerados anemófilos, isto é, veiculados pelo ar atmosférico. Os fungos anemófilos mais freqüentes em ordem decrescente foram: Aspergillus sp., Penicilliumsp., Curvularia sp., Cladosporium sp. e Myceila sterilia. De acordo com o estudo concluímos que a sala de periódicos da Biblioteca das Ciências da Saúde da Universidade Federal do Ceará é um local insalubre, porque possui fungos que podem desencadear uma alergia respiratória nos freqüentadores da referida sala.

Page 28: Slide Micotoxinas

Fusarium sppOs bolores do gênero Fusarium (F.

gramineum, F. tricinctum e F. moniliforme) podem produzir pelo menos três tipos de micotoxinas: os tricotecenos, as fumonisinas e a zearalenona.

Page 29: Slide Micotoxinas

TricotecenosProduzidos principalmente no trigo, cevada, aveia,

centeio e milho;Sua produção é dependente das condições climáticas,

ocorrendo principalmente quando a colheita é feita nos meses de inverno, quando a temperatura é mais baixa;

É necessário frizar que normalmente os tricotecenos são produzidos por Fusarium sob temperaturas abaixo de 15°C;

Os tricotecenos não são destruídos pelo aquecimento a 100°C.

Page 30: Slide Micotoxinas

FumonisinasProduzida pelo fusarium moniliforme;Associados á LEME (leucoencefalomalácia

equina) e EPS (edema pulmonar em suínos);

Page 31: Slide Micotoxinas

ZearalenonaA zearalenona, produzida pelo F. graminearum, É uma micotoxina que constitui um sério problema

em rações à base de milho, representando um sério risco à criação de animais.

A produção deste fungo no milho e em outros cereais é favorecida por temperaturas alternadas (dias quentes, noites frias) e pelo excesso de umidade durante o armazenamento de grãos.

Page 32: Slide Micotoxinas

Caracteristicas da Doença:Aleucia Tóxica Alimentar (ATA)É um doença grave;Caracterizada por causar a destruição da médula óssea;Poucas horas a ingestão do cereal contaminado,

aparecem sintomas de queimação na boca, faringe, esôfago e estômago;

Seguida de gastrenterite;Fase seguinte aparecem problemas sanguineos:

leucemia, agranulocitose, anemia e redução do número de plaquetas;

Em seguida, os pulmões são também afetados com o surgimento de abcessos e hemorragias.

Page 33: Slide Micotoxinas

EpidemiologiaOs responsáveis foram os tricotecenos,

micotoxinas produzidas por espécie fusarium;Associado ao morfo fusarium no trigo, cevada

Page 34: Slide Micotoxinas

Medida de ControleMelhor método para controlar a contaminação

de micotoxinas em alimentos é prevenir o crescimento de fungos;

O uso de inibidores de crescimento fúngico em grãos armazenados tem sido muito utilizado como um método preventivo.

Os métodos de detoxificação podem ser através da remoção física de grãos ardidos, remoção de aflatoxinas por solventes polares, destruição através do calor ou degradação de micotoxinas por substâncias químicas ou microorganismos;

Page 35: Slide Micotoxinas

Claviceps purpurea Claviceps purpúrea também chamada Ergot ou esporão do centeio .É

uma cravagem do fungo que cresce nas espigas de centeio

relacionados cereais .O Fungo de gramíneas de diversas espécies,

formando na semente um escleródio de maior tamanho ,de consistência

dura e de coloração preta ou marrom-escura(FREIRE et al., 2007).Doença muito preocupante em vários países, pois produz um

alcalóide muito tóxico ao homem e aos animais. Em doses, esse

alcalóide é usado como medicamento abortivo. O Ergot ocorre

esporadicamente em centeio, no entanto, deve ser considerado

grave. Elas também são conhecidas pelos nomes de doença

açucarada, mela das inflorescências, gota-de-mel ou secreção doce.

No campo, as doenças são identificadas pela presença de gotas de

um líquido viscoso opaco e pelos

esclerócios produzidos nas inflorescências das plantas atacadas.

Page 36: Slide Micotoxinas

Claviceps ssp• Da família Clavicipitaceae;

•  É um fungo chamado vulgarmente de cravagem, este fungo infecta principalmente o centeio e outros cereais;

•Seu corpo frutífero (escleróide), produz alcalóides que causam o ergotismo, também conhecido como fogo de Santo Antônio,  causando no sistema vascular, vasoconstricção dos vasos sanguíneos, o que pode levar à gangrena e perda de membros devido à forte redução da circulação do sangue.

Page 37: Slide Micotoxinas

Claviceps ssp• Provoca dois tipos de ergotismo:Gangrenoso: onde ocorre queimação nos pés e mãos (chamado de fogo de Santo Antônio),diminui o fluxo de sangue, resultando em gangrena e em casos mais graves, amputação.

Page 38: Slide Micotoxinas

Claviceps ssp

• E o ergotismo convulsivo: quando ocorre ação neurotóxica (deivido aos polipeptídeos do ácido lisérgico), causa alucinações e até a morte.

• É possível identificar o Claviceps ssp através de seu aspecto, possui uma coloração avermelhada e tem aspecto semelhante à grânulos.

Page 39: Slide Micotoxinas

EpidemiologiaClaviceps purpúrea tem sido conhecida a humanidade por um longo tempo, e seu

aparecimento tem sido associado a invernos extremamente frios, e chuvosos .

A etapa de escleródios de C. purpúrea visível sobre as cabeças dos ryes e outros tais

grãos é conhecido como ergot. Escleródios germinam na primavera, após um período

de baixa temperatura. É necessária uma temperatura de 0-5 ° C durante pelo menos

25 dias (Kichhoff 1929). Temperaturas favoráveis para a produção estroma estão na

gama de 10-25 ° C. Temperaturas favoráveis para o crescimento micelial são na gama

de 20-30 ° C, com um óptimo a de 25 ° C (Mitchell 1968) .A luz solar tem um efeito

cromogênico no micélio com coloração intensa(Tulasne 1853).

Page 40: Slide Micotoxinas

Medidas de controle Para o controle da doenças de centeio

causada por Claviceps purpúrea e de

outros cereais de inverno, é importante

obedecer às normas de rotação de

culturas e usar materiais resistentes e

semente de procedência. 

Page 41: Slide Micotoxinas

Casos reais O envenenamento devido ao efeito de alcaloides presentes no esclerócio de C. purpúrea é conhecido desde a muito tempo, como o ocorrido na Idade Média, no ano de 994, quando ficou conhecido como"Fogo de Santo Antonio". Nessa época, a ingestão de grãos infestados pelo fungo, ocasionou a morte de milhares de pessoas no oeste da Europa. Mais recentemente, em 1951, numa pequena aldeia francesa, cerca de 30 pessoas foram intoxicadas, sendo que 5 delas morreram devido ao consumo de farinha contaminada.Pois tem um efeito sobre o sistema circulatório , sendo assim provoca danos ao sistema nervoso de animais domésticos , causando paralisia e morte .

Page 42: Slide Micotoxinas

VÍRUS DE ORIGEM ALIMENTAR

● Os vírus são um dos principais causadores de doenças de origem alimentar no mundo.● A transmissão do vírus de origem alimentar ocorre devido a incorreta higienização de alimentos e objetos, higiene pessoal inadequada e consumo de alimentos crus ou mal cozidos. Tais vírus podem gerar doenças gastrointestinais, doenças hepáticas e doença no sistema nervoso central.● A prevenção, em geral, é a higienização correta de alimentos e objetos, preparo correto dos alimentos e higiene pessoal adequada. Não há vacinas para todas as doenças virais de origem alimentar. A reidratação oral e o repouso são os principais tratamentos para casos não complicados.

Page 43: Slide Micotoxinas

Os vírus são microrganismos que se multiplicam somente em organismo vivo (SANTOS et al., 2008)

Os principais patógenos causadores de doenças transmitidas por alimentos (DTAs) de origem viral são o rotavírus, o adenovírus entérico, o norovírus, o astrovírus, o vírus da hepatite A, o vírus da hepatite E o vírus da poliomielite (TAVARES et al., 2005).

Page 44: Slide Micotoxinas

Os vírus são formados, geralmente, por um tipo de ácido nucléico, RNA ou DNA, de fita simples ou dupla. Os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios, pois são incapazes de gerar energia e de se reproduzem fora de célula viva (LEVINSON & JAWETZ, 2005).

As doenças de origem alimentar e hídrica são doenças provenientes de alimentos ou da água contaminados, causando ou não doença e reações sintomáticas (FRANCO & LANDGRAF, 2005). Os sintomas mais comuns são diarréia, dor de estômago, vômito e febre (BRASIL, 2009).

CARACTERÍSTICAS DO MICRORGANISMO

Page 45: Slide Micotoxinas

CARACTERÍSTICAS DA DOENÇA

As DTAs de origem viral podem causar doenças gastrointestinais, doenças hepáticas e doença do sistema nervoso central (TAVARES et al., 2005).

Page 46: Slide Micotoxinas

ALIMENTOS POTENCIALMENTE CONTAMINADOS POR VÍRUS

FRUTAS (FRESCAS, CONGELADAS,DESIDRATADAS…)

LEGUMES CRUSERVAS E ESPECIARIASBIVALVES (OSTRAS, MEXILHÕES,VIEIRAS)ALIMENTOS PREPARADOS SEM

CONFECÇÃO (SALADAS FRIAS…)ÁGUASUPERFÍCIES (BANCADA DE PREPARAÇÃO, LINHAS DE PRODUÇÃO...)

Page 47: Slide Micotoxinas

ROTAVÍRUSUma em cada 300 crianças morre por causa do

rotavírus. A transmissão do rotavírus é fecal-oral, ou seja,

pelo consumo de alimentos, de água contaminada ou ainda do contato oral com objetos sujos. "O vírus é um dos principais causadores da gastrenterite aguda, conhecida popularmente como diarreia aguda e virose intestinal.

Além da diarreia, caracterizada por evacuações aquosas e de aspecto gorduroso, outros sintomas podem acompanhar a infecção como é o caso dos vômitos, da febre, do mal-estar, da coriza e da tosse. "Geralmente os sintomas duram por sete dias e regridem espontaneamente por causa da ação do sistema imunológico de cada indivíduo.

Período de incubação: de dois a oito dias.

Page 48: Slide Micotoxinas
Page 49: Slide Micotoxinas

Lave as mãos cuidadosamente e com frequência, especialmente depois de usar o banheiro e de trocar as fraldas das crianças, antes das refeições e quando for preparar os alimentos;

Lave bem e deixe mergulhados em solução desinfetante frutas e legumes que vão ser ingeridos crus;

Use água tratada para beber e no preparo dos alimentos;

Mantenha sempre bem limpos os utensílios de mesa e os que são usados na cozinha;

Cuidado ao consumir alimentos e água fora de casa, verifique as condições de higiene.

PREVENÇÃO

Page 50: Slide Micotoxinas

Adenovírus entéricoOs adenovírus pertencem a família Adenoviridae, e o

gênero que atinge o homem é o Mastadenovírus. O adenovírus possui 51 sorotipos (ANDREASI, 2008).

A infecção por adenovírus tem distribuição mundial. Nas regiões de clima tropical ocorre em todos os meses do ano (TAVARES et al., 2005).

A infecção por adenovírus entérico apresenta como sintomas diarréia, vômito e febre, tendo como período de incubação 8 dias (SANTOS et al., 2008).

A prevenção é feita através de boas condições sanitárias e higiene pessoal. O principal tratamento da infecção é a reposição de líquidos e eletrólitos para evitar consequências da desidratação (SANTOS et al., 2008).

O período de incubação da infecção das vias respiratórias varia entre 2 e 14 dias; o da gastroenterite, entre 3 e 10 dias.

Page 51: Slide Micotoxinas

NOROVÍRUSO norovírus pertece a família Caliviridae. São vírus

esféricos não envelopados e medem cerca de 27 a 40 nm (ANDREASI, 2008).

Segundo o CDC, (2009) o norovírus afeta pessoas de todas as idades e pode ocorrer em diversos lugares, tais como residências, hospitais, restaurantes, escolas, creches, quartéis, navios. A transmissão se dá através dos alimentos contaminados (principalmente os alimentos marinhos como ostras, mexilhões), da água contaminada e do contato direto entre as pessoas (GARCÍA, 2006).

Período de incubação: 24-36 horas depois de comer um alimento contaminado, mas pode ser 15-72 horas.

Page 52: Slide Micotoxinas

Em estudo do CDC, (2009) em um campus da Universidade da Califórnia, os infectados por norovírus apresentaram como principais sintomas náusea (87%), fadiga (83%), vômito (78%), dores de estômago (73%), diarréia (70%), cefaléia (61%), dores no corpo (55%), febre (47%), tendo duração média de 2,4 dias, sendo 64% dos pacientes do sexo feminino, com média de idade de 20,4 anos.

Não há vacinas ou antivirais, tendo como principal maneira de prevenir a norovirose a higiene adequada das mãos e dos alimentos, descarte ou desinfecção do material contaminado para evitar propagação da doença.

Page 53: Slide Micotoxinas

A Organização Mundial de Saúde �� �Selecionar cuidadosamente os alimentos;Os alimentos devem ser completamente

cozinhados;Consumir o mais breve possível os alimentos após � �

seu preparo.O armazenamento dos alimentos deve ser

efetuado de acordo com as suas características e �corretamente acondicionados;

O reaquecimento dos alimentos deve ser completo;

Evitar o contato entre alimentos crus e cozinhados;

Lavar as mãos sempre que necessário e � �repetidamente;

Manter todas as superficies e utensilios que � �contatem com os alimentos devidamente higienizados;

Proteger os alimentos de insetos, roedores e outros animais;

Utilizar sempre água potável.� �

Page 54: Slide Micotoxinas

Casos ReaisMais de 400 pessoas são afetadas por

gastroenterite em cruzeiros no Caribe.Mais de cem pessoas foram contaminadas por um

vírus em um cruzeiro que viaja pelo sul da Flórida, nos Estados Unidos, informou a companhia Princess Cruise Lines neste domingo.De acordo com a empresa, 92 passageiros e 13 tripulantes foram afetados pelo norovírus, que causa vômito, diarreia e dor de estômago. O navio, chamado Ruby Princess, está voltando para Fort Lauderdale, de onde partiu. No sábado, outro navio da companhia, o Crown Princess, voltou para Fort Lauderdale após cerca de 364 passageiros e 30 tripulantes apresentarem sintomas do norovírus. O navio levava mais de três mil a bordo e já teria voltado ao mar, após uma limpeza em todas as cabines e áreas comuns.

Page 55: Slide Micotoxinas

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASALMEIDA, C. F. et al. Perfil epidemiológico das

intoxicações alimentares notificadas no Centro de Atendimento Toxicológico de Campina Grande, Paraíba . Revista Brasileira de Epidemiologia. v. 11, n. 1, p. 139-146, 2008.

ANDREASI, M. S. A. Detecção de vírus entéricos em crianças com gastroenterite aguda e idoso institucionalizados em Campo Grande, MS, 2008. 88 p. Tese de doutorado em Ciências da Saúde – Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Goiás, Goiânia.

ANDREASI , M. S. A. et al. Adenovirus, calicivirus and astrovirus detection in fecal samples o hospitalized children with acute gastroenteritis from Campo Grande, MS, Brazil.

Page 56: Slide Micotoxinas

ARAÚJO, E. C. et al. Segurança, imunogenecidade e eficácia protetora de duas doses da vacina RIX 4414 contendo rotavírus atenuado de origem humana. Jornal de Pediatria. v. 83, n. 3, 2007.

ARAÚJO, F. R. C. Avaliação da susceptibilidade de Cavia Porcellus ao vírus da Hepatite A, 2007. 90 p. Tese de mestrado em Tecnologia de Imunobiológicos – Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro.

BARRELLA, K. M. Pesquisa de vírus entéricos humanos em lodos de esgoto originários de duas ETEs do Estado de São Paulo:estabelecimento e avaliação de metodologia para recuperação e detecção viral, 2008. 59 p. Tese de doutorado em Microbiologia - Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, São Paulo.

Page 57: Slide Micotoxinas

AMORIM, D. S.; MOREIRA, N. L. M.; AMORIM, C. D. R.; SANTOS, S. S.; OLIVEIRA, J. M.; NUNES, C. P.; OLIVEIRA, P. C.; GOMES, A. P. Infecções por Aspergillus spp: aspectos gerais. PULMÃO. Rio de Janeiro. v.13, n.2, p.111-118.abr-mai-jun.2004.

MENDOÇA, D. U.; MAIA, J. G. S.; ARAUJO, F. C.; TEIXEIRA, M. A. F.; LOPES, M. F. B.; SENA, W. M.; FILHO, A. H. S. M. Aspergilose pulmonar em paciente imunocompetente e previamente Sadio. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical . v.44, n.1, p.124-126. jan-fev. 2011.

KALIL, M. E.; FERNANDES, A. L. G.; CURZEL, A. C. S.; CORTEZ, M. Z.; LIMA, G. C. G.A. Aspergilose broncopulmonar alérgica com imagem radiológica em "dedo de luva“. J. bras. pneumol. São Paulo. v.32, n.5 Sept./Oct. 2006