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Senhora de José de Alencar

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Senhorade José de Alencar

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Senhora é um dos romances do escritor brasileiro José de Alencar.

Foi publicado em 1875. Na narrativa do livro o autor mostra a

hipocrisia da sociedade daquela época.Segundo Império. Através do romance entre Aurélia Camargo e Fernando Seixas, ele leva o leitor a refletir a respeito da influência do dinheiro nas relações amorosas e principalmente, sua influência nos casamentos da época.

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José Martiniano de Alencar

Foi um jornalista, político, advogado, orador, crítico, cronista,polemista, romancista e dramaturgo brasileiro.

Formou-se em Direito, iniciando-se na atividade literária no Correio Mercantil e Diário do Rio de Janeiro.

Foi casado com Ana Cochrane. Filho do senador José Martiniano Pereira de Alencar, irmão do diplomata Leonel Martiniano de Alencar, barão de Alencar, e pai de Augusto Cochrane de Alencar.

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No ano de 1876, Alencar vendeu tudo o que tinha e viajou para a Europa

com Georgina e seus filhos, buscando tratamento para sua tuberculose. Em

1877, Alencar morre no Rio de Janeiro.

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Análise:

Aurélia Camargo, filha de uma pobre costureira e órfã de pai, apaixonou-se por Fernando Seixas – homem ambicioso - a quem namorou. Este, porém, desfez a relação, movido pela vontade de se casar com uma moça rica, Adelaide Amaral, e pelo dote ao qual teria direito de receber.Passado algum tempo, Aurélia, já órfã de mãe também, recebe uma grande herança do avô e ascende socialmente.Passa, pois, a ser figura de destaque nos eventos da sociedade da época.

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Dividida entre o amor e o orgulho ferido, ela encarrega seu tutor e tio, Lemos, de negociar seu casamento com Fernando por um dote de cem contos de réis. O acordo realizado inclui, como uma de suas cláusulas, o desconhecimento da identidade da noiva por parte do contratado até as vésperas do casamento.Ao descobrir que sua noiva é Aurélia, Fernando fica muito feliz, pois, na verdade, nunca deixou de amá-la. A jovem, porém, na noite de núpcias, deixa claro: "comprou-o" para representar o papel de marido que uma mulher na sua posição social deve ter.

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Romance urbano que tematiza as contradições entre o sentimento e a necessidade de 'subir na vida', um dos famosos 'perfis de mulher' de José de Alencar. Observe que Aurélia Camargo, a protagonista do romance, é idealizada como uma rainha, como uma heroína romântica, pelo narrador.

A contradição entre o anjo e o demônio, a bela e a fera, constitui um elemento de grande importância neste romance.

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Personagens:

Aurélia Camargo (Senhora)  Uma mulher diferente de todas as outras que naquela época

viviam. Destacava-se pela sua beleza e pela sua maneira de agir e de pensar. Opunha-se a algumas regras determinadas pela sociedade que não lhe agradavam. Aurélia a todos pode dominar e tem tudo o que quer ter. Era educada, delicada, corajosa, elegante, informada, inteligente, experiente. Era com certeza, alguém que nasceu para a riqueza e para a alta sociedade, e talvez, a característica que consideramos a mais importante, que pode ser a explicação de seu sucesso no domínio das pessoas: a sua frieza e seu estimável auto-controle.

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Fernando Seixas 

Uma importante característica de Seixas é o enorme contraste entre a sua vida social que levava na alta sociedade e a que tinha em casa com sua família. Seixas era um homem de classe, que possui bens caríssimos, só disponíveis às pessoas da mais alta sociedade. Fernando era fino, nobre, elegante, educado e extremamente inteligente Era um moço extremamente jovem e carinhoso, sabia perfeitamente como tratar as irmãs (que o bajulavam a toda hora e brigavam ciumentas por ele).

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Lemos

Era baixo, não muito gordo, mas rolho e bojudo como um vaso chinês. Era vivaz, extremamente alegre e confiante. Lemos era ainda um velho otimista, principalmente nos negócios que costumava fazer, e sabia perfeitamente conduzir uma transação, mesmo que esta não se acomode em bons resultados de início, como foi o caso da sua conversa com Seixas pelo dote de cem mil contos de réis oferecidos por Aurélia.

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D. Firmina – mãe de encomenda de Aurélia que lhe fazia companhia nas festas e compras.

D. Emília – mãe de Aurélia e irmã de Lemos a quem este abandonou por ter-se casado com o Pedro Camargo.

Pedro Camargo - pai de Aurélia e filho natural do fazendeiro Lourenço Camargo, que deixa, ao morrer, uma herança à neta, Aurélia.

Adelaide – Pelo dote que seu pai oferece tira Fernando Seixas de Aurélia, mas mesmo Torquato Ribeiro sendo pobre ela o amava e conseguiu casar-se com ele graças a Aurélia.

Torquato Ribeiro - moço bom e humilde que procurou ajudar Aurélia nos vários momentos difíceis, quando pobre.

Eduardo Abreu - pretendente de Aurélia. Moço bom que custeou as despesas do enterro de sua tia.

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Enredo

Os títulos das quatro partes em que se divide o romance - O preço, Quitação, Posse e O Resgate - anunciam a problemática da contradição entre o dinheiro e o amor desenvolvida no enredo, na medida em que constituem palavras relacionadas às fases de uma transação comercial.

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Primeira parte - O preço

A principal ação desta primeira parte do romance começa quando Aurélia pede ao tio que ofereça ao jovem Fernando Seixas, recém-chegado na corte após uma longa viagem ao Nordeste, a sua mão em casamento. Entretanto, uma aura de mistério cobre o pedido, pois Fernando não deve saber a identidade da pretendente e além disso a quantia do dote proposto deve ser irrecusável: cem contos de réis ou mais, se necessário.

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Segunda parte - Quitação

Aqui há um flash-back, um retorno a acontecimentos anteriores da vida de ambos os protagonistas, o que explica ao leitor o procedimento cruel de Aurélia em relação a Fernando.

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Terceira parte – Posse

Em Posse assistimos à punição que Aurélia infrige a Fernando e à reabilitação dele, seduzido pela grandeza e pelo fascínio de Aurélia. Fiel à palavra dada, o moço reage, com resignação e firmeza que não possuía, aos maus tratos da mulher, que tudo faz para humilhá-lo ao mesmo tempo que em alguns momentos não consegue esconder que ainda o ama.

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Quarta parte - o resgate.

Nesta parte intensificam-se os caprichos e as contradições do comportamento de Aurélia. Intensifica-se também a transformação de Fernando, que não usufrui da riqueza de Aurélia, tornando-se modesto nos trajes, assíduo na repartição onde trabalhava, e assim adquirindo,sem perder a elegância, uma dignidade de caráter que nunca tivera.No final, Fernando, um ano após o casamento, negocia com Aurélia o seu resgate.

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No final, Fernando, um ano após o casamento, negocia com Aurélia o seu resgate. Devolve-lhe os vinte contos de réis, que correspondiam ao adiantamento do montante total do dote com o qual possibilitava o casamento da irmã, e mais o cheque que Aurélia lhe dera, de oitenta contos de réis, na noite de núpcias

Separam-se, então, a esposa traída e o marido comprado, para se reencontrarem os amantes, a última recusa de Seixas sendo debelada quando Aurélia lhe mostra o testamento que fizera, quando casaram, revelando-lhe o seu amor e destinando-lhe toda a sua fortuna.

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Tempo, espaço e narrador

Narrado em terceira pessoa, por um narrador-observador, o romance Senhora tem na observação de detalhes exteriores, que iluminam a personalidade e os lances da vida, uma de suas fortes características.

Em termos de tempo, podemos destacar o contraponto, no livro, entre o passado, que corresponde à segunda parte - Quitação - e o presente, ao qual estão mais diretamente ligadas as outras três partes. O passado se associa com a 'cor local', na medida em que nele predomina a pobreza de Aurélia e com ela o provincianismo, o acanhamento, a 'brutalidade' singela, simples.

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Quanto ao presente, podemos relacioná-lo com o lado cosmopolita, refinado, europeu, do romance, cujo cenário[espaço] é a sociedade fluminense, em várias passagens criticada, pelo narrador, por sua submissão aos costumes estrangeiros.

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Conclusão

Pode-se perceber a preocupação com a psicologia dos personagens e

também a mistura do romanesco e da realidade, que fazem desta obra um exemplo de literatura romântica na qual se procura imprimir certos traços realistas. Estes traços, assim como o estilo mais denso de alguns romances urbanos de JA, especialmente Lucíola e Senhora, revelam a influência de Balzac, o mestre do realismo francês.

O conflito psicológico em Senhora coloca uma questão central para o romance realista, contextualizado no mundo capitalista e burguês: a questão do dinheiro, da necessidade de 'subir na vida', em oposição ao ideal da realização amorosa.

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Referências

Alencar, J.: Senhora. Brasil, 1875.

_______. Material COC- 1º ano E.M. (2011).

_______. Nova Enciclopédia Ilustrada FOLHA, volume 2. Brasil, 1996.

_______. Senhora de José de Alencar (2002). Disponível em: http://vestibular.uol.com.br/resumos-de-livros/senhora.jhtm

_______. Senhora de José de Alencar (2011). Disponível em : http://pt.wikipedia.org/wiki/Senhora_(livro)

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Alunas:

Natália Gonçalves Rodrigues Santana, nº 30

Isabela Calegari, nº 17

1º ano EM