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Universidade Federal do Amazonas – UFAM FCA – Faculdade de Ciências Agrárias. Agronomia Anatomia e Fisiologia Animal Sistema Sensorial

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Page 1: Sistema sensorial relatorio.docx

Universidade Federal do Amazonas – UFAM

FCA – Faculdade de Ciências Agrárias.

Agronomia

Anatomia e Fisiologia Animal

Sistema Sensorial

Manaus - Am

2013

Page 2: Sistema sensorial relatorio.docx

Adrea Regina Carvalho

Robson Lincon Passos dos Santos

Samuel Jansley

Anatomia e Fisiologia Animal

Sistema Sensorial

Manaus – AM

2013

Trabalho apresentado para

avaliação na disciplina Anatomia

e Fisiologia Animal do curso de

Agronomia – Profº Gilberto

Regis Pereira de Morais –

Universidade Federal do

Amazonas - UFAM.

Page 3: Sistema sensorial relatorio.docx

Sumário

1 INTRODUÇÃO 4

2 O SISTEMA SENSORIAL 6

2.1 Tipos de receptores sensoriais 6

3 VISÃO 7

3.1 A visão nos invertebrados 7

3.2 A visão nos vertebrados 8

3.3 O olho humano 8

3.4 Fisiologia da visão 10

4 AUDIÇÃO 13

4.1 Morfologia e fisiologia do ouvido humano 13

4.2 Audição em outros animais 15

5 TATO 17

6 OLFATO 19

6.1 Olfato humano 19

6.2 Olfato em outros animais 20

7 PALADAR 21

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS 22

9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 23

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1 INTRODUÇÃO

Sistema sensorial é o sistema dos animais que engloba órgãos que

recebem estímulos que são repassados para o sistema nervoso central, onde

são interpretados e podem resultar numa reação do organismo[1].

O sistema sensorial é composto por receptores sensoriais, estruturas

responsáveis pela percepção de estímulos provenientes do ambiente

(exterorreceptores) e do interior do corpo (interorreceptores). Essas

terminações sensitivas do sistema nervoso periférico são encontradas nos

órgãos dos sentidos: pele, ouvido, olhos, língua e fossas nasais. Estes têm a

capacidade de transformar os estímulos em impulsos nervosos, os quais são

transmitidos ao sistema nervoso central, que por sua vez, determina as

diferentes reações do nosso organismo.

Os sentidos fundamentais do corpo humano - visão, audição, tato,

gustação ou paladar e olfato - constituem as funções que propiciam o nosso

relacionamento com o ambiente. Por meio dos sentidos, o nosso corpo pode

perceber muita coisa do que nos rodeia; contribuindo para a nossa

sobrevivência e integração com o ambiente em que vivemos.

Existem determinados receptores, altamente especializados, capazes de

captar estímulos diversos. Tais receptores, chamados receptores sensoriais,

são formados por células nervosas capazes de traduzir ou converter esses

estímulos em impulsos elétricos ou nervosos que serão processados e

analisados em centros específicos do sistema nervoso central (SNC), onde

será produzida uma resposta (voluntária ou involuntária). A estrutura e o modo

de funcionamento destes receptores nervosos especializados é diversa.

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O objetivo é a introdução dos alunos ao sistema sensorial podendo assim

compreender melhor suas funções e características.

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2 O SISTEMA SENSORIAL

O sistema sensorial é composto por receptores sensoriais, estruturas

responsáveis pela percepção de estímulos provenientes do ambiente

(exterorreceptores) e do interior do corpo (interorreceptores). Essas

terminações sensitivas do sistema nervoso periférico são encontradas nos

órgãos dos sentidos: pele, ouvido, olhos, língua e fossas nasais. Estes têm a

capacidade de transformar os estímulos em impulsos nervosos, os quais são

transmitidos ao sistema nervoso central, que por sua vez, determina as

diferentes reações do nosso organismo.

2.1 Tipos de receptores sensoriais

Os receptores sensoriais são classificados de acordo com o estímulo que

conseguem captar.

- Quimiorreceptores: transmissores de informações acerca de substâncias

químicas dissolvidas no ambiente. Localizam-se principalmente na língua e no

nariz.

- Termorreceptores: detectam estímulos de variação térmica. São

encontrados na pele.

- Mecanorreceptores: conseguem captar estímulos mecânicos. Localizam-

se na pele.

- Fotorreceptores: detectores de luz encontrados nos olhos.

- Receptores de dor: classe de dendritos presentes na pele humana.

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3 VISÃO

Visão é o processo fisiológico por meio do qual se distinguem as formas e

as cores dos objetos. Em linhas gerais, o olho funciona como uma câmara

fotográfica que projeta uma imagem invertida do mundo exterior em sua porção

interna posterior, onde existe um revestimento fotossensível, a retina, que

envia informações codificadas ao sistema nervoso central, dando ao indivíduo

a sensação da visão.

3.1 A visão nos invertebrados

A visão se produz em nível molecular graças a substâncias

fotossensíveis, os fotopigmentos. Estes são responsáveis por transformações

que produzem estímulos em células e fibras sensoriais, que são transmitidos

aos centros nervosos correspondentes.

A sensibilidade à luz está presente em alguns seres unicelulares. Os

protozoários contêm em seu citoplasma órgãos ou manchas pigmentárias

capazes de perceber as variações de intensidade da luz.

Muito rudimentares são também as células fotorreceptoras da medusa,

que são cílios modificados. Entre os platelmintos, vermes achatados sem

celoma, as planárias apresentam manchas ocelares, células fotorreceptoras

dispostas sob a epiderme.

Os moluscos apresentam grande diversidade de órgãos visuais: nos

gastrópodes, são ocelos esféricos, com cristalinos arredondados e retinas

simples onde situam-se as células receptoras; em certos bivalves há uma

retina dupla, uma das quais reflete a luz recebida; e em muitos cefalópodes

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observam-se olhos muito complexos, que podem ser comparados aos dos

vertebrados.

Nos artrópodes, muitas classes apresentam, além dos ocelos, os

chamados olhos compostos, que constam de grande número de unidades

funcionais denominadas omatídios. Cada uma dessas unidades dispõe de sua

própria lente e de células fotorreceptoras.

3.2 A visão nos vertebrados

Entre os vertebrados, o olho mais perfeito e desenvolvido é o dos

mamíferos. Algumas espécies têm olhos atrofiados ou pouco desenvolvidos,

enquanto outras dispõem de visão binocular, na qual os campos visuais de

cada olho se superpõem em parte, como resultado da posição frontal dos

órgãos oculares. O animal percebe os objetos de forma tridimensional, o que

aumenta sua eficiência.

3.3 O olho humano

No homem, os dois globos oculares estão alojados no interior das

cavidades orbitárias e se unem às paredes ósseas graças aos chamados

músculos extrínsecos. Os músculos retos possibilitam a movimentação do

globo ocular para todos os lados. Outros dois, o oblíquo maior e menor permite

ao olho deslocar-se em todas as direções.

O olho humano é constituído de três camadas. A mais externa, fibrosa,

tem função protetora e é chamada esclerótica. Em sua porção anterior, a

esclerótica é transparente e recebe o nome de córnea. Na parte posterior e

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lateral, é opaca. A camada intermediária é abundante em vasos sangüíneos e

é formada pela coróide, pelo corpo ciliar e pela íris (conjunto de estruturas

chamado trato uveal). A camada interna é a retina, onde se localizam as

células fotorreceptoras. A córnea é recoberta pela conjuntiva, fina membrana

que se estende também pela face interna das pálpebras.

A coróide abastece de nutrientes e oxigênio os tecidos oculares. Nela

situam-se também células pigmentares, cuja função é absorver luz para evitar

que reflexos prejudiquem a qualidade da imagem projetada na retina.

O corpo ciliar é o prolongamento anterior da coróide, formado pelos

chamados processos ciliares e pelo músculo ciliar. Os processos ciliares são

ligamentos que unem ao músculo ciliar o cristalino. O músculo ciliar controla o

grau de curvatura do cristalino e permite ajustar o foco.

Na porção anterior do cristalino, a íris controla a quantidade de luz que

atinge a retina. Pigmentos na íris lhe dão cor característica, que varia do negro

ao azul. As musculaturas lisas radiais e circulares da íris abrem e fecha seu

orifício central, a pupila. O espaço entre a córnea e o cristalino - câmara

anterior -, é preenchido pelo humor aquoso, que mantém constante a pressão

interna do globo ocular. Já a cavidade entre o cristalino e a retina, a câmara

posterior, contém uma substância gelatinosa chamada como humor vítreo.

Na retina estão situadas as células encarregadas de registrar as

impressões luminosas e transmiti-las ao cérebro por intermédio do nervo

óptico, que sai da parte posterior do globo ocular. As células fotorreceptoras

são chamadas cones e bastonetes, em virtude da forma de seus

prolongamentos. Os cones dispõem-se na região central da retina e são

responsáveis pela visão colorida, enquanto os bastonetes, mais abundantes

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nas regiões periféricas, processam uma visão de contornos, de contraste claro-

escuro. A região de onde parte o nervo óptico é chamada ponto cego, por ser

insensível à luz. Já a região chamada fóvea, composta apenas de cones e

situada acima do ponto cego, é a área da retina onde a visão é mais nítida.

Alguns órgãos anexos ou acessórios protegem o globo ocular: as

pálpebras; as sobrancelhas; os cílios; e o aparelho lacrimal, produtor de

lágrimas.

3.4 Fisiologia da visão

Para a formação da imagem do mundo exterior sobre a retina, o olho

dispõe de um conjunto de elementos refratores, constituídos pela córnea,

humor aquoso, cristalino e humor vítreo. As propriedades ópticas das

superfícies refratoras estão relacionadas com seu grau de curvatura e com o

índice de refração dos meios que ela separa.

A face anterior da córnea é a principal superfície refratora do olho:

pequenas irregularidades que nela se verifiquem podem redundar em graves

problemas para a visão perfeita. A principal função do cristalino está

relacionada com sua capacidade de acomodação, ou seja, com a propriedade

de, mudando de forma variar seu poder refrator. O cristalino permite, dessa

maneira, uma focalização perfeita da imagem sobre a fóvea, funcionando como

o ajuste de foco de uma máquina fotográfica.

Distinguem-se na retina três camadas de células, em que os corpos

celulares dos neurônios se agrupam densamente, separadas por duas

camadas sinápticas, em que se misturam prolongamentos de dendritos e

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axônios. A primeira camada é formada pelas células fotorreceptoras, os cones

e bastonetes. Os axônios da primeira camada fazem sinapse com dendritos de

células da segunda camada, as células bipolares. Os axônios da segunda

camada, por sua vez, fazem sinapse com os dendritos das células

ganglionares, da terceira camada celular.

Uma vez formada a imagem sobre a retina, essa luz estimulará os cones

e os bastonetes. Os elementos fotossensíveis da retina contêm um pigmento,

que, no caso dos bastonetes, é a rodopsina. Estimulada pela luz, essa

substância desencadeia um complexo de reações químicas que culminará com

a ativação das células bipolares e ganglionares e o aparecimento de uma

informação, no nervo óptico, sob a forma de impulso nervoso.

Os campos visuais de cada olho são diferentes, mas se superpõem em

parte. A retina divide-se em zonas -- a interna (nasal) e a externa (temporal) --

em função do trajeto das vias ópticas que se dirigem para o córtex cerebral. As

fibras nervosas das duas zonas temporais (olhos direito e esquerdo) passam

para o córtex cerebral do hemisfério correspondente, enquanto as das regiões

nasais cruzam-se no quiasma óptico, indo para o córtex cerebral do hemisfério

oposto.

A luz que emana de um objeto visualizado atinge a zona temporal de um

globo ocular e a zona nasal do outro. Em função da disposição das vias

ópticas, a atividade nervosa resultante vai para o mesmo hemisfério cerebral. A

superposição de campos visuais permite ao cérebro uma interpretação

estereoscópica, com percepção de altura, largura e profundidade.

A capacidade de discriminação de cores pelo olho está relacionada com a

existência de três tipos de cones caracterizados pela presença de três

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diferentes fotopigmentos. Esses pigmentos são sensíveis principalmente aos

comprimentos de luz azul, verde e vermelha

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4 AUDIÇÃO

O ouvido, órgão responsável pela audição e pela manutenção do

equilíbrio, é composto por diferentes estruturas sensoriais, que identificam os

sons e emitem impulsos, os quais alcançam os centros cerebrais receptores

através do nervo auditivo. No homem, o órgão divide-se em três partes: ouvido

externo, médio e interno.

4.1 Morfologia e fisiologia do ouvido humano

Nos seres humanos, o ouvido externo atua como receptor das ondas

sonoras, sendo dividido em pavilhão auditivo ou orelha e canal auditivo. Ao

contrário de alguns animais que possuem a capacidade de orientar livremente

o pavilhão auditivo para captar com maior facilidade a fonte sonora, a orelha

humana é imóvel.

O pavilhão auditivo é recoberto por uma estrutura cartilaginosa, à exceção

do extremo inferior do lóbulo, que se apresenta carnoso e pendular. O rebordo

externo, ou hélice da orelha, circunda uma segunda dobra interna, ou antélice,

a qual, por sua vez, delimita a concha do canal auditivo. Na concha existem

duas saliências, que constituem o extremo da antélice. O canal auditivo,

delimitado por uma estrutura fibrocartilaginosa, apresenta pêlos e glândulas

ceruminosas, que produzem o cerume ou cera, substância que protege o

acesso ao ouvido médio.

Várias cavidades ligadas entre si, que constituem a denominada caixa do

tímpano, formam o ouvido médio. Este se encontra limitado exteriormente pelo

tímpano, membrana sensível que transmite as vibrações sonoras aos ossos do

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ouvido. O primeiro desses ossos, o martelo, está fixado à membrana timpânica,

seguido da bigorna e do estribo, comunicando-se este último com a chamada

janela oval, que marca a transição para o ouvido interno. A vibração desses

minúsculos ossos, fixados à parede da cavidade auditiva por meio de

pequenos ligamentos, reduz a amplitude das ondas sonoras que os atingem,

ao mesmo tempo em que amplificam-lhes a intensidade. Esse sistema é

fundamental para que as ondas que se propagam nesse meio possam passar

ao meio líquido do ouvido interno.

A pressão do ar sobre ambos os lados do tímpano deve ser equivalente à

atmosférica para que a transmissão dos sons seja adequada. Esse equilíbrio é

alcançado pela trompa de Eustáquio, canal que comunica o ouvido médio à

garganta. O ar contido na cavidade auditiva é absorvido pela mucosa que a

recobre, sendo substituído pelo que penetra na trompa com a deglutição da

saliva.

O ouvido interno, também denominado labirinto, devido a sua

complexidade estrutural, consta basicamente de um conjunto de cavidades

situadas na região mastóidea do osso temporal do crânio, as quais se

encontram cheias de um líquido denominado perilinfa; e de um grupo de

membranas internas, em cujo interior flui a chamada endolinfa. Assim,

estabelece-se uma diferença entre o labirinto ósseo e o membranoso. A

estrutura óssea é formada por três cavidades: o vestíbulo, em contato com o

ouvido médio por meio da janela oval; a cóclea ou caracol, orgânulo disposto

em espiral em torno de um eixo cônico; e os três canais semicirculares, ligados

ao vestíbulo por cinco aberturas.

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Aos orgânulos ósseos correspondem várias partes membranosas do

labirinto. Assim, ao vestíbulo correspondem dois divertículos membranosos, o

utrículo e o sáculo, enquanto os canais semicirculares apresentam os condutos

homônimos como equivalente membranoso. É nessas minúsculas estruturas

que se localizam as células responsáveis pelo equilíbrio, as quais contêm os

chamados estatolitos e otólitos, corpúsculos reguladores dessa função.

Na cóclea óssea está situado o canal coclear, sede do órgão de Corti.

Este é o sistema terminal acústico e compreende os bastonetes de Corti, as

células auditivas e seus correspondentes elementos de apoio. Em seu interior

realiza-se a transformação das vibrações sonoras em impulsos nervosos que,

transmitidos ao nervo acústico, passam ao cérebro.

4.2 Audição em outros animais

Na maior parte dos grupos taxonômicos são encontrados sistemas de

percepção das vibrações sonoras com diversos graus de desenvolvimento. Nos

invertebrados, há algumas espécies que apresentam sistemas auditivos

constituídos por vesículas destinadas à audição, denominadas estatocistos ou

otocistos, vinculadas também à manutenção do equilíbrio e ao deslocamento

do organismo.

A complexidade dos órgãos auditivos dos vertebrados é proporcional ao

grau de evolução que a espécie alcançou. Nesse contexto, os ciclóstomos

(lampreias) apresentam um canal semicircular, sem diferenciação de ouvido

externo, médio ou interno. O mesmo ocorre no grupo dos peixes.

Subindo nessa escala evolutiva, os répteis dispõem de órgãos auditivos

nos quais se observa uma distinção clara entre o ouvido interno e a cóclea,

enquanto nas aves desenvolveram-se cavidades correspondentes ao ouvido

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médio. A estrutura trilocular, com ouvido externo, é característica específica do

grupo dos mamíferos.

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5 TATO

O sentido do tato permite obter informações sobre grande número de

características dos corpos físicos, como suas propriedades mecânicas, textura

e grau de dureza. O tato abrange três tipos de sensibilidade: mecânica, térmica

e dolorosa. Os receptores sensoriais táteis estão presentes na maior parte das

espécies animais, tanto na superfície do corpo como em diferentes órgãos

internos. Permitem conhecer as características do ambiente e também o

estado de muitas estruturas orgânicas.

Nos invertebrados, os receptores táteis costumam aparecer como

filamentos, pêlos ou projeções sensíveis ao atrito, ao contato ou à pressão. Um

bom exemplo são os tentáculos táteis dos moluscos gastrópodes, como o

caracol, ou as antenas de crustáceos e insetos, que cumprem também uma

importante função olfativa. Em geral, trata-se de terminações nervosas livres,

providas de ramificações.

Nos vertebrados, os receptores táteis cutâneos são terminações de

células epiteliais em cuja base conecta-se uma fibra nervosa. Alguns desses

receptores para estímulos mecânicos fornecem dados sobre postura corporal e

movimentos de algumas partes do corpo com relação a outras. As regiões do

corpo que estão mais expostas ao contato com objetos do ambiente externo

contam com um número maior de receptores táteis.

As terminações sensoriais podem ser livres ou protegidas por uma

cápsula, caso em que são chamadas corpúsculos. Os três tipos principais de

corpúsculos são: os de Meissner (responsável pela percepção da forma e da

textura dos objetos); os corpúsculos de Pacini (pressão); os de Ruffini (calor):

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os de Krause (frio); os discos de Merkel (encarregados de manter a pressão da

pele constante); e as terminações nervosas livres (dor).

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6 OLFATO

O sentido do olfato regula a percepção das substâncias voláteis e

intervém, em maior ou menor medida, segundo as espécies, na busca de

alimentos, no reconhecimento do território e na procura de parceiros para o

acasalamento.

6.1 Olfato humano

No homem, os receptores olfativos localizam-se na parte superior das

fossas nasais, mais precisamente na chamada mucosa olfativa. Externamente,

o órgão olfativo é o nariz. Seu suporte ósseo é composto pelos ossos nasais da

parte superior e, em sua seção central, consta de uma membrana cartilaginosa

unida ao osso vômer, que separa as fossas. Em cada fossa nasal distinguem-

se canais delimitados pelos chamados cornetos ou ossos turbinados.

As vias nasais são recobertas pela mucosa olfativa. Os receptores

olfativos situados nessa mucosa são células epiteliais específicas, ou células

olfativas. Cada célula olfativa se prolonga num axônio, que atravessa a lâmina

crivada do osso etmóide do crânio para terminar no bulbo olfativo, onde ocorre

a sinapse com os dendritos das células mitrais, que formam os glomérulos

olfativos. Estas formações comunicam-se, por sua vez, com os centros

olfativos do sistema nervoso central.

Para que a mucosa olfativa seja impressionada adequadamente, a

substância odorante deve ser volátil a tal ponto que suas moléculas se

desprendam e sejam carregadas para dentro das narinas pela corrente de ar.

Além disso, a umidade da mucosa nasal precisa manter-se dentro de

determinados limites.

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6.2 Olfato em outros animais

Muitos animais inferiores detectam as substâncias químicas presentes no

ambiente por meio de quimiorreceptores situados em diferentes partes do

corpo. Nos vermes, por exemplo, não há distinção entre os receptores

gustativos e olfativos, o que já não ocorre com os insetos. Os receptores

olfativos desses animais situam-se nas antenas, que possuem poros

cuticulares minúsculos por meio dos quais as ramificações dendríticas da

célula sensorial são postas em contato com o ar.

Nos vertebrados o órgão olfativo se forma a partir de um espessamento

epidérmico situado na região etmoidiana do crânio. O estímulo olfativo nesses

animais ocorre somente depois que a molécula da substância é dissolvida no

muco que recobre a membrana pituitária. Em muitos répteis e mamíferos

existe, junto ao órgão olfativo principal, um órgão acessório, chamado órgão

vômero-nasal de Jacobson, que se comunica com a cavidade bucal pelo canal

de Sténon. As fibras de suas células sensoriais vão até o bulbo olfativo

acessório. O órgão vômero-nasal é capaz de reconhecer os odores das

substâncias presentes na cavidade bucal.

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7 PALADAR

Paladar é o sentido pelo qual se percebem os sabores. Os receptores do

paladar são as papilas gustativas que existem no epitélio da língua, sensíveis a

quatro modalidades básicas de sabores: doce, amargo, ácido e salgado.

O alimento, uma vez solubilizado, provoca nos corpúsculos gustativos das

papilas a sensação que, transmitida pelos nervos até o bulbo raquidiano, se

encaminha aos centros corticais conscientes, situados na parte média da

circunvolução do hipocampo.

As sensações gustativas podem provocar prazer ou desprazer, ou um

reflexo de rejeição, dependendo dos hábitos alimentares do indivíduo e

também de sua constituição genética. Os quatro gostos fundamentais não são

percebidos com a mesma intensidade em todos os pontos da língua. O amargo

é melhor percebido na parte posterior, e o doce, na ponta.

A intensidade da percepção depende: do número de papilas; da

penetração da substância no interior das mesmas; e da natureza,

concentração, capacidade ionizante e composição química da substância.

A velocidade da percepção é também variável para cada um dos sabores.

O tempo de percepção de cada solução gustativa muda sempre da mesma

forma sempre que alguma variável se altera, mantendo-se constantes as

demais. O tempo de percepção é inversamente proporcional a qualquer uma

das seguintes condições: pressão; concentração; temperatura; e área

estimulada. Cada animal tem sua sensibilidade gustativa própria.

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8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao final deste trabalho conclui-se que o sistema sensorial é fundamental

para o corpo, pois constituem as funções que prociciam o nosso

relacionamento com o ambiente. Por meio dos sentidos, o nosso corpo pode

perceber muita coisa que nos rodeia, nos ajudando na nossa sobrevivência e

integração com o ambiente.

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9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GUYTON, Arthur. C. Fisiologia Humana. 5ª Edição. Rio de Janeiro:

Interamericana, 1981.

FRANCONE, Clarice Ashworth; JACOB, Stanley W.; LOSSOW, Walter J.

Neurociências: Anatomia e Fisiologia Humana – 5ª Edição. Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan, 1990.

CONNORS, Barry W.; BEAR, Mark F.; PARADISO, Michael A.; Desvendando o

Sistema Nervoso – 2ª Edição. Porto Alegre: Artmed, 2002.

HANSEN, Jonh T.; KOEPPEN, Bruce M. Atlas de fisiologia humana de Netter -

1ª. Edição. Porto Alegre: Artmed, 2003.