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FUPAC - UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS CURSO DE PEDAGOGIA Janete Batista dos Santos SISTEMAS RESPIRATORIO, CIRCULATORIO, URINARIO

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Page 1: Sistema Rspiratorio e Urinario Cardiaco

FUPAC - UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS

CURSO DE PEDAGOGIA

Janete Batista dos Santos

SISTEMAS RESPIRATORIO, CIRCULATORIO, URINARIO

TEÓFILO OTONI

JUNHO DE 2011

Page 2: Sistema Rspiratorio e Urinario Cardiaco

FUPAC - UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS

CURSO DE PEDAGOGIA

SUMARIO

SISTEMA  RESPIRATÓRIO PAG – 03

SISTEMA CIRCULATÓRIO SANGUÍNEO PAG – 22

SISTEMA  URINÁRIO PAG - 46

Page 3: Sistema Rspiratorio e Urinario Cardiaco

SISTEMA  RESPIRATÓRIO

A função do sistema respiratório é facultar ao organismo uma troca de gases com o ar atmosférico, assegurando permanente concentração de oxigênio no sangue, necessária para as reações metabólicas, e em contrapartida servindo como via de eliminação de gases residuais, que resultam dessas reações e que são representadas pelo gás carbônico.

Este sistema é constituído pelos tratos (vias) respiratórios superior e inferior. O trato respiratório superior é formado por órgãos localizados fora da caixa torácica: nariz externo, cavidade nasal, faringe, laringe e parte superior da traquéia. O trato respiratório inferior consiste em órgãos localizados na cavidade torácica: parte inferior da traquéia, brônquios, bronquíolos, alvéolos e pulmões. As camadas das pleura e os músculos que formam a cavidade torácica também fazem parte do trato respiratório inferior. 

O intercâmbio dos gases faz-se ao nível dos pulmões, mas para atingi-los o ar deve percorrer diversas porções de um tubo irregular, que recebe o nome conjunto de vias aeríferas.

As vias aeríferas podem ser divididas em:

Nariz Faringe Laringe Traquéia Brônquios Pulmões

NARIZ 

O nariz é uma protuberância situada no centro da face, sendo sua parte exterior denominada nariz externo e a escavação que apresenta interiormente conhecida por cavidade nasal. 

O nariz externo tem a forma de uma pirâmide triangular de base inferior e cuja a face posterior se ajusta verticalmente no 1/3 médio da face. 

As faces laterais do nariz apresentam uma saliência semilunar que recebe o nome de asa do nariz. 

O ar entra no trato respiratório através de duas aberturas chamadas narinas. Em seguida, flui pelas cavidades nasais direita e esquerda, que estão revestidas por mucosa respiratória. O septo nasal separa essas duas cavidades. Os pêlos do interior das narinas filtram grandes partículas de poeira que podem ser inaladas. Além disso, a cavidade nasal contêm células receptoras para o olfato.

Page 4: Sistema Rspiratorio e Urinario Cardiaco

A cavidade nasal é a escavação que encontramos no interior do nariz, ela é subdividida em dois compartimentos um direito e outro esquerdo. Cada compartimento dispõe de um orifício anterior que é a narina e um posterior denominado coana. As coanas fazem a comunicação da cavidade nasal com a faringe. É na cavidade nasal que o ar torna-se condicionado, ou seja, é filtrado, umedecido e aquecido. 

 

Na parede lateral da cavidade nasal encontramos as conchas nasais (cornetos) que são divididas em superior, média e inferior. de Lateral do Nariz

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Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

O esqueleto ósseo do nariz é formado pelo osso frontal, ossos nasais e maxilares.A cavidade nasal contêm várias aberturas de drenagem, pelas quais o muco dos seios paranasais é drenado. Os seios paranasais compreendem os seios maxilares, frontal, etmoidal e o esfenoidal. 

Seios Paranasais ou Seios da Face - Vistas Lateral e Anterior

Page 6: Sistema Rspiratorio e Urinario Cardiaco

FARINGE 

A faringe é um tubo que começa nas coanas e estende-se para baixo no pescoço. Ela se situa logo atrás das cavidades nasais e logo a frente às vértebras cervicais. Sua parede é composta de músculos esqueléticos e revestida de túnica mucosa. A faringe funciona como uma passagem de ar e alimento. 

A faringe é dividida em três regiões anatômicas: nasofaringe, orofaringe e laringofaringe.

A porção superior da faringe, denominada parte nasal ou nasofaringe, tem as seguintes comunicações: duas com as coanas, dois óstios faringeos das tubas auditivas e com a orofaringe. A tuba auditiva se comunica com a faringe através do ósteo faríngeo da tuba auditiva, que por sua vez conecta a parte nasal da faringe com a cavidade média timpânica do ouvido.

A parte intermediária da faringe, a orofaringe, situa-se atrás da cavidade oral e estende-se do palato mole até o nível do hióide. A parte da orofaringe tem comunicação com a boca e serve de passagem tanto para o ar como para o alimento. 

A laringofaringe estende-se para baixo a partir do osso hióide, e conecta-se com o esôfago (canal do alimento) e posteriormente com a laringe (passagem de ar). Como a parte oral da faringe, a laringofaringe é uma via respiratória e também uma via digestora. 

Faringe - Vista Lateral

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Page 7: Sistema Rspiratorio e Urinario Cardiaco

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

LARINGE 

A laringe é um órgão curto que conecta a faringe com a traquéia. Ela se situa na linha mediana do pescoço, diante da quarta, quinta e sexta vértebra cervicais. 

A laringe tem três funções:  Atua como passagem para o ar durante a respiração; Produz som, ou seja, a voz (por esta razão é chamada de caixa de voz); Impede que o alimento e objetos estranhos entrem nas estruturas respiratórias (como a traquéia). 

A laringe desempenha função na produção de som, que resulta na fonação. Na sua superfície interna, encontramos uma fenda ântero-posterior denominada vestíbulo da laringe, que possui duas pregas: prega vestibular (cordas vocais falsas) e prega vocal (cordas vocais verdadeiras).

A laringe é uma estrutura triangular constituída principalmente de cartilagens, músculos e ligamentos. 

A parede da laringe é composta de nove peças de cartilagens. Três são ímpares (cartilagem tireóidea, cricóidea e epiglótica) e três são pares (cartilagem aritenóidea, cuneiforme e corniculada). 

A cartilagem tireóidea consiste de cartilagem hialina e forma a parede anterior e lateral da laringe, é maior nos homens devido à influência dos hormônios durante a fase da puberdade. As margens posteriores das lâminas apresentam prolongamentos em formas de estiletes grossos e curtos, denominados cornos superiores e inferiores. 

Laringe - V

Page 8: Sistema Rspiratorio e Urinario Cardiaco

ista Anterior das Cartilagens

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

A cartilagem cricóide localiza-se logo abaixo da cartilagem tireóide e antecede a traquéia. 

A epiglote se fixa no osso hióide e na cartilagem tireóide. A epiglote é uma espécie de "porta" para o pulmão, onde apenas o ar ou substâncias gasosas entram e saem dele. Já substâncias líquidas e sólidas não entram no pulmão, pois a epiglote fecha-se e este dirige-se ao esôfago. 

Laringe - Vista Po

sterior das Cartilagens

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

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A cartilagem aritenóide articula-se com a cartilagem cricóide, estabelecendo uma articulação do tipo diartrose. As cartilagens aritenóides são as mais importantes, porque influenciam as posições e tensões das pregas vocais (cordas vocais verdadeiras). 

A cartilagem corniculada situa-se acima da cartilagem aritenóide. 

A cartilagem cuneiforme é muito pequena e localiza-se anteriormente à cartilagem corniculada correspondente, ligando cada aritenóide à epiglote. 

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

TRAQUÉIA

A traquéia é um tubo de 10 a 12,5cm de comprimento e 2,5cm de diâmetro. Constitui um tubo que faz continuação à laringe, penetra no tórax e termina se bifurcando nos 2 brônquios principais. Ela se situa medianamente e anterior ao esôfago, e apenas na sua terminação, desvia-se ligeiramente para a direita. 

O arcabouço da traquéia é constituído aproximadamente por 20 anéis cartilagíneos incompletos para trás, que são denominados cartilagens traqueais. 

Internamente a traquéia é forrada por mucosa, onde abundam glândulas, e o epitélio é ciliado, facilitando a expulsão de mucosidades e corpos estranhos. 

Inferiormente a traquéia se bifurca, dando origem aos 2 brônquios principais: direito e esquerdo. 

A parte inferior da junção dos brônquios principais é ocupada por uma saliência ântero-posterior que recebe o nome de carina da traquéia, e serve para acentuar a separação dos 2 brônquios. 

Traquéia - Vista Anterior

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Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

BRÔNQUIOS

Os brônquios principais fazem a ligação da traquéia com os pulmões, são considerados um direito e outro esquerdo. A traquéia e os brônquios extrapulmonares são constituídos de anéis incompletos de cartilagem hialina, tecido fibroso, fibras musculares, mucosa e glândulas.

O brônquio principal direito é mais vertical, mais curto e mais largo do que o esquerdo. Como a traquéia, os brônquios principais contém anéis de cartilagem incompletos. 

Os brônquios principais entram nos pulmões na região chamada HILO. Ao atingirem os pulmões correspondentes, os brônquios principais subdividem-se nos brônquios lobares. 

Os brônquios lobares subdividem-se em brônquios segmentares, cada um destes distribuindo-se a um segmento pulmonar. 

Os brônquios dividem-se respectivamente em tubos cada vez menores denominados bronquíolos. As paredes dos bronquíolos contém músculo liso e não possuem cartilagem. Os bronquíolos continuam a se ramificar, e dão origem a minúsculos túbulos denominados ductos alveolares. Estes ductos terminam em estruturas microscópicas com forma de uva chamados alvéolos. 

Os alvéolos são minúsculos sáculos de ar que constituem o final das vias respiratórias. Um capilar pulmonar envolve cada alvéolo. A função dos alvéolos é trocar oxigênio e dióxido de carbono através da membrana capilar alvéolo-pulmonar.

Hematose - Trocas Gasosas

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Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

* Tabelas esquematizando os brônquios lobares e segmentares de cada pulmão. As imagens podem ser visualizadas a seguir.

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Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Page 13: Sistema Rspiratorio e Urinario Cardiaco

PULMÕES 

Os pulmões são órgãos essenciais na respiração. São duas vísceras situadas uma de cada lado, no interior do tórax e onde se dá o encontro do ar atmosférico com o sangue circulante, ocorrendo então, as trocas gasosas (HEMATOSE). Eles estendem-se do diafragma até um pouco acima das clavículas e estão justapostos às costelas. 

O pulmão direito é o mais espesso e mais largo que o esquerdo. Ele também é um pouco mais curto pois o diafragma é mais alto no lado direito para acomodar o fígado. O pulmão esquerdo tem uma concavidade que é a incisura cardíaca. 

Cada pulmão têm uma forma que lembra uma pirâmide com um ápice, uma base, três bordas e três faces. 

Ápice do Pulmão: Está voltado cranialmente e tem forma levemente arredondada. Apresenta um sulco percorrido pela artéria subclávia, denominado sulco da artéria subclávia. No corpo, o ápice do pulmão atinge o nível da articulação esterno-clavicular 

Base do Pulmão: A base do pulmão apresenta uma forma côncava, apoiando-se sobre a face superior do diafragma. A concavidade da base do pulmão direito é mais profunda que a do esquerdo (devido à presença do fígado). 

Margens do Pulmão: Os pulmões apresentam três margens: uma anterior, uma posterior e uma inferior. A borda anterior é delgada e estende-se à face ventral do coração. A borda anterior do pulmão esquerdo apresenta uma incisura produzida pelo coração, a incisura cardíaca. A borda posterior é romba e projeta-se na superfície posterior da cavidade torácica. A borda inferior apresenta duas porções: (1) uma que é delgada e projeta-se no recesso costofrênico e (2) outra que é mais arredondada e projeta-se no mediastino 

Peso: Os pulmões tem em média o peso de 700 gramas. 

Altura: Os pulmões tem em média a altura de 25 centímetros. 

Faces: O pulmão apresenta três faces: 

a) Face Costal (face lateral): é a face relativamente lisa e convexa, voltada para a superfície interna da cavidade torácica. 

b) Face Diafragmática (face inferior): é a face côncava que assenta sobre a cúpula diafragmática. 

c) Face Mediastínica (face medial): é a face que possui uma região côncava onde se acomoda o coração. Dorsalmente encontra-se a região denominada hilo ou raiz do pulmão. pulmonar. 

Divisão: Os pulmões apresentam características morfológicas diferentes. 

O pulmão direito apresenta-se constituído por três lobos divididos por duas fissuras. Uma fissura obliqua que separa lobo inferior dos lobos médio e superior e uma fissura horizontal, que separa o lobo superior do lobo médio. 

O pulmão esquerdo é dividido em um lobo superior e um lobo inferior por uma fissura oblíqua. Anteriormente e inferiormente o lobo superior do pulmão esquerdo apresenta uma estrutura que representa resquícios do desenvolvimento embrionário do lobo médio, a língula do pulmão. 

Cada lobo pulmonar é subdividido em segmentos pulmonares, que constituem unidades pulmonares completas, consideradas autônomas sob o ponto de vista anatômico. 

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Pulmão Direito 

* Lobo Superior: apical, anterior e posterior* Lobo Médio: medial e lateral* Lobo Inferior: apical (superior), basal anterior, basal posterior, basal medial e basal lateral 

Pulmão Esquerdo 

* Lobo Superior: Apicoposterior, anterior, lingular superior e lingular inferior* Lobo Inferior: apical (superior), basal anterior, basal posterior, basal medial e basal lateral 

lmões - Lobo

uras

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Pleuras: 

É uma membrana serosa de dupla camada que envolve e protege cada pulmão. 

A camada externa é aderida à parede da cavidade torácica e ao diafragma, e é denominada Pleura Parietal (reflete-se na região do hilo pulmonar para formar a pleura visceral). A camada interna, a Pleura Visceral reveste os próprios pulmões (adere-se intimamente à superfície do pulmão e penetra nas fissuras entre os lobos). 

Entre as pleuras visceral e parietal encontra-se um pequeno espaço, a cavidade pleural, que contém pequena quantidade de líquido lubrificante, secretado pelas túnicas. Esse líquido reduz o atrito entre as túnicas, permitindo que elas deslizem facilmente uma sobre a outra, durante a respiração. 

Hilo do Pulmão: 

A região do hilo localiza-se na face mediastinal de cada pulmão sendo formado pelas estruturas que chegam e saem dele, onde temos: os brônquios principais, artérias pulmonares, veias pulmonares, artérias e veias bronquiais e vasos linfáticos. 

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Os brônquios ocupam posição caudal e posterior, enquanto que as veias pulmonares são inferiores e anteriores. A artéria pulmonar ocupa uma posição superior e mediana em relação a essas duas estruturas. A raiz do pulmão direito encontra-se dorsalmente disposta à veia cava superior. A raiz do pulmão esquerdo relaciona-se anteriormente com o nervo frênico. Posteriormente relaciona-se com o nervo vago. 

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Ventilação pulmonar

A inspiração, que promove a entrada de ar nos pulmões, dá-se pela contração da musculatura do diafragma e dos músculos intercostais. O diafragma abaixa e as costelas

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elevam-se, promovendo o aumento da caixa torácica, com conseqüente redução da pressão interna (em relação à externa), forçando o ar a entrar nos pulmões.

A expiração, que promove a saída de ar dos pulmões, dá-se pelo relaxamento da musculatura do diafragma e dos músculos intercostais. O diafragma eleva-se e as costelas abaixam, o que diminui o volume da caixa torácica, com conseqüente aumento da pressão interna, forçando o ar a sair dos pulmões.

 

Transporte de gases respiratórios

O transporte de gás oxigênio está a cargo da hemoglobina, proteína presente nas hemácias. Cada molécula de hemoglobina combina-se com 4 moléculas de gás oxigênio, formando a oxi-hemoglobina.

Nos alvéolos pulmonares o gás oxigênio do ar difunde-se para os capilares sangüíneos e penetra nas hemácias, onde se combina com a hemoglobina, enquanto o gás carbônico (CO2) é liberado para o ar (processo chamado hematose).

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Nos tecidos ocorre um processo inverso: o gás oxigênio dissocia-se da hemoglobina e difunde-se pelo líquido tissular, atingindo as células. A maior parte do gás carbônico (cerca de 70%) liberado pelas células no líquido tissular penetra nas hemácias e reage com a água, formando o ácido carbônico, que logo se dissocia e dá origem a íons H+ e bicarbonato (HCO3-), difundindo-se para o plasma sangüíneo, onde ajudam a manter o grau de acidez do sangue. Cerca de 23% do gás carbônico liberado pelos tecidos associam-se à própria hemoglobina, formando a carboemoglobina.  O restante dissolve-se no plasma.

OBS: O monóxido de carbono, liberado pela “queima” incompleta de combustíveis fósseis e pela fumaça dos cigarros entre outros, combina-se com a hemoglobina de uma maneira mais estável do que o oxigênio, formando o carboxiemoglobina. Dessa forma, a hemoglobina fica impossibilitada de transportar o oxigênio, podendo levar à morte por asfixia. Veja as tabelas abaixo, retiradas da prova do ENEM de 98:

Um dos índices de qualidade do ar diz respeito à concentração de monóxido de carbono (CO), pois esse gás pode causar vários danos à saúde. A tabela abaixo mostra a relação entre a qualidade do ar e a concentração de CO.

Qualidade do arConcentração de CO – ppm* (média de

8h)

Inadequada 15 a 30

Péssima 30 a 40

Crítica Acima de 40

* ppm (parte por milhão) = 1 micrograma de CO por grama de ar 10 –6 g

 Para analisar os efeitos do CO sobre os seres humanos, dispõe-se dos seguintes dados:

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Concentração de CO (ppm) Sintomas em seres humanos

10 Nenhum

15 Diminuição da capacidade visual

60 Dores de cabeça

100 Tonturas, fraqueza muscular

270 Inconsciência

800 Morte

 Controle da respiração

Em relativo repouso, a freqüência respiratória é da ordem de 10 a 15 movimentos por minuto.

A respiração é controlada automaticamente por um centro nervoso localizado no bulbo. Desse centro partem os nervos responsáveis pela contração dos músculos respiratórios (diafragma e músculos intercostais). Os sinais nervosos são transmitidos desse centro através da coluna espinhal para os músculos da respiração. O mais importante músculo da respiração, o diafragma, recebe os sinais respiratórios através de um nervo especial, o nervo frênico, que deixa a medula espinhal na metade superior do pescoço e dirige-se para baixo, através do tórax até o diafragma. Os sinais para os músculos expiratórios, especialmente os músculos abdominais, são transmitidos para a porção baixa da medula espinhal, para os nervos espinhais que inervam os músculos. Impulsos iniciados pela estimulação psíquica ou sensorial do córtex cerebral podem afetar a respiração. Em condições normais, o centro respiratório (CR) produz, a cada 5 segundos, um impulso nervoso que estimula a contração da musculatura torácica e do diafragma, fazendo-nos inspirar. O CR é capaz de aumentar e de diminuir tanto a freqüência como a amplitude dos movimentos respiratórios, pois  possui quimiorreceptores que são bastante sensíveis ao pH do plasma. Essa capacidade permite que os tecidos recebam a quantidade de oxigênio que necessitam, além de remover adequadamente o gás carbônico. Quando o sangue torna-se mais ácido devido ao aumento do gás carbônico, o centro respiratório induz a aceleração dos movimentos respiratórios. Dessa forma, tanto a freqüência quanto a amplitude da respiração tornam-se aumentadas devido à excitação do CR.

Em situação contrária, com a depressão do CR, ocorre diminuição da freqüência e amplitude respiratórias.

A respiração é ainda o principal mecanismo de controle do pH do sangue.

O aumento da concentração de CO2 desloca a reação para a direita, enquanto sua redução desloca para a esquerda.

Dessa forma, o aumento da concentração de CO2 no sangue provoca aumento de íons H+ e o plasma tende ao pH ácido. Se a concentração de CO2 diminui, o pH do plasma sangüíneo tende a se tornar mais básico (ou alcalino).

Se o pH está abaixo do normal (acidose), o centro respiratório é excitado, aumentando a freqüência e a amplitude dos movimentos respiratórios. O aumento da ventilação pulmonar determina eliminação de maior quantidade de CO2, o que eleva o pH do plasma ao seu valor normal.

Caso o pH do plasma esteja acima do normal (alcalose), o centro respiratório é deprimido, diminuindo a freqüência e a amplitude dos movimentos respiratórios. Com a diminuição na ventilação pulmonar, há retenção de CO2 e maior produção de íons H+, o que determina queda no pH plasmático até seus valores normais.

A ansiedade e os estados ansiosos promovem liberação de adrenalina que, freqüentemente levam também à hiperventilação, algumas vezes de tal intensidade que o indivíduo torna seus

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líquidos orgânicos alcalóticos (básicos), eliminando grande quantidade de dióxido de carbono, precipitando, assim, contrações dos músculos de todo o corpo.

Se a concentração de gás carbônico cair a valores muito baixos, outras conseqüências extremamente danosas podem ocorrer, como o desenvolvimento de um quadro de alcalose que pode levar a uma irritabilidade do sistema nervoso, resultando, algumas vezes, em tetania (contrações musculares involuntárias por todo o corpo) ou mesmo convulsões epilépticas.

Existem algumas ocasiões em que a concentração de oxigênio nos alvéolos cai a valores muito baixos. Isso ocorre especialmente quando se sobe a lugares muito altos, onde a concentração de oxigênio na atmosfera é muito baixa ou quando uma pessoa contrai pneumonia ou alguma outra doença que reduza o oxigênio nos alvéolos. Sob tais condições, quimiorreceptores localizados nas artérias carótida (do pescoço) e aorta são estimulados e enviam sinais pelos nervos vago e glossofaríngeo, estimulando os centros respiratórios no sentido de aumentar a ventilação pulmonar.

A capacidade e os volumes respiratórios

O sistema respiratório humano comporta um volume total de aproximadamente 5 litros de ar – a capacidade pulmonar total. Desse volume, apenas meio litro é renovado em cada respiração tranqüila, de repouso. Esse volume renovado é o volume corrente

Se no final de uma inspiração forçada, executarmos uma expiração forçada, conseguiremos retirar dos pulmões uma quantidade de aproximadamente 4 litros de ar, o que corresponde à capacidade vital, e é dentro de seus limites que a respiração pode acontecer.

Mesmo no final de uma expiração forçada, resta nas vias aéreas cerca de 1 litro de ar, o volume residual.

Nunca se consegue encher os pulmões com ar completamente renovado, já que mesmo no final de uma expiração forçada o volume residual permanece no sistema respiratório. A ventilação pulmonar, portanto, dilui esse ar residual no ar renovado, colocado em seu interior

O volume de ar renovado por minuto (ou volume-minuto respiratório) é obtido pelo produto da freqüência respiratória (FR) pelo volume corrente (VC): VMR = FR x VC.

Em um adulto em repouso, temos:FR = 12 movimentos por minutoVC = 0,5 litrosPortanto: volume-minuto respiratório = 12 x  0,5 = 6 litros/minutoOs atletas costumam utilizar o chamado “segundo fôlego”. No final de cada expiração,

contraem os músculos intercostais internos, que abaixam as costelas e eliminam mais ar dos pulmões, aumentando a renovação.

Doenças

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Asma

“A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas. Em indivíduos susceptíveis esta inflamação causa episódios recorrentes de tosse, chiado, aperto no peito, e dificuldade para respirar. A inflamação torna as vias aéreas sensíveis a estímulos tais como alérgenos, irritantes químicos, fumaça de cigarro, ar frio ou exercícios”.

“Quando expostos a estes estímulos, as vias aéreas ficam edemaciadas (inchadas), estreitas, cheias de muco e excessivamente sensíveis aos estímulos”. (GINA – Iniciativa Global para a Asma)

Na definição acima, temos algumas pistas importantes sobre esta doença:

 Doença inflamatória: – significa que seu tratamento deve ser feito com um antiinflamatório.  Doença crônica: – a asma não tem cura, mas pode ser

controlada.  Indivíduos susceptíveis: – nem todas as pessoas têm asma; é

preciso ter uma predisposição genética que, somada a fatores ambientais, determinam a presença da doença.  Episódios recorrentes de sintomas:- os sintomas não estão

presentes o tempo todo, são as manifestações de uma piora da inflamação, esta sim presente cronicamente.  A inflamação torna as vias aéreas sensíveis a estímulos: é a

inflamação que deixa as vias aéreas mais sensíveis, o que confirma o importante papel da inflamação nesta doença.  Quando expostos a estímulos, as vias aéreas se tornam

edemaciadas, estreitas, cheias de muco: - existem estímulos que desencadeiam as crises de asma. A presença destes estímulos, que também chamamos de desencadeadores, causa o inchaço, a presença de muco e o estreitamento das vias aéreas dificultando a passagem de ar, daí os sintomas da asma nos momentos de crise.

Os mecanismos que causam a asma são complexos e variam entre a população. Nem toda a pessoa com alergia tem asma e nem todos os casos de asma podem ser explicados somente pela resposta alérgica do organismo a determinados estímulos.

Se não for tratada, a asma pode ter um impacto significativo na qualidade de vida de uma pessoa. No entanto, se controlada, é possível levar uma vida produtiva e ativa.

Antigamente, a asma era chamada de bronquite, bronquite alérgica ou bronquite asmática. O nome asma estava vinculado aos casos mais graves. O nome correto é simplesmente ASMA.

A bronquite é, na verdade, a inflamação dos brônquios e diferente da asma pode ter sua causa bem definida, por exemplo, uma infecção por bactérias ou vírus. Também difere da asma por apresentar um tempo de início definido e poder ser totalmente tratada.

BRONQUITE

A bronquite é uma inflamação dos brônquios causada, geralmente, por uma infecção.

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A doença é, geralmente, ligeira e costuma curar-se totalmente. No entanto, a bronquite pode ser grave em pessoas com doenças crónicas que sofrem de afecções cardíacas ou pulmonares e também em pessoas de idade avançada.

CAUSAS

A bronquite infecciosa manifesta-se com maior frequência durante o Inverno. Pode ser causada por vírus, bactérias e, especialmente, por gérmenes semelhantes às bactérias, como Mycoplasma pneumoniae e Chlamydia. Podem sofrer de ataques repetidos os fumadores e as pessoas que sofrem de doenças crónicas pulmonares ou das vias aéreas inferiores, que dificultam a eliminação de partículas aspiradas nos brônquios. As infecções recorrentes podem ser consequência de uma sinusite crónica, de bronquiectasias, de alergias e, nas crianças, de amígdalas e de adenóides inflamados.

A bronquite irritativa pode ser causada por várias espécies de poeiras, vapores de ácidos fortes, amoníaco, alguns solventes orgânicos, cloro, sulfureto de hidrogénio, dióxido de enxofre e brometo, substâncias irritantes da poluição, como o ozone e o peróxido de azoto, o tabaco e outros fumos.

SINTOMAS E DIAGNÓSTICO

Muitas vezes, a bronquite infecciosa começa com os sintomas de um resfriado comum: nariz que pinga, cansaço, calafrios, dores nas costas e nos músculos, febre ligeira e inflamação da garganta. O sintoma da tosse assinala, geralmente, o começo da bronquite.

No início, a tosse é seca e pode continuar assim, mas, com frequência, ao fim de um ou dois dias a pessoa expectora pequenas quantidades de expectoração branca ou amarelada. Mais tarde, pode expulsar muito mais expectoração, que pode ser de cor amarela ou verde. Em pessoas com bronquite grave pode aparecer febre elevada durante 4 ou 5 dias, ao fim dos quais os sintomas melhoram. No entanto, a tosse pode persistir durante várias semanas. Quando as vias aéreas inferiores estão obstruídas, a pessoa pode sentir falta de ar. Também são frequentes os sibilos, especialmente depois de tossir. Pode desenvolver-se uma pneumonia.

Habitualmente, o diagnóstico de bronquite baseia-se nos sintomas, especialmente no aspecto da expectoração. Se os sintomas persistirem, é necessário efectuar uma radiografia do tórax para se ter a certeza de que a pessoa não evoluiu para uma pneumonia.

TRATAMENTO

Os adultos podem tomar aspirina ou paracetamol para baixar a febre e aliviar o mal-estar, mas as crianças devem tomar somente paracetamol. Recomenda-se o repouso e a ingestão abundante de líquidos.

Os antibióticos administram-se a doentes com sintomas de bronquite produzidos por uma infecção bacteriana (no caso de uma expectoração com expectoração de cor amarela ou verde e febre alta) e a doentes que já sofrem de uma doença pulmonar. Os adultos podem tomar trimetoprim/sulfametoxazol, tetraciclina ou ampicilina.

Administra-se, com frequência, eritromicina quando se considera a possibilidade de uma pneumonia por Mycoplasma.

Nas crianças, a amoxicilina é o fármaco preferido habitualmente. Os antibióticos não são úteis em infecções víricas. Uma cultura da expectoração pode indicar a necessidade de outro tipo de antibiótico quando os sintomas forem persistentes ou recorrentes ou quando a bronquite for muito

Page 23: Sistema Rspiratorio e Urinario Cardiaco

grave.

SISTEMA CIRCULATÓRIOSANGUÍNEO

´

O sistema circulatório é dividido em sistema circulatório sanguíneo, com as funções de levar

oxigênio e nutrientes aos tecidos e deles trazer seus produtos, que serão redistribuídos a outros

órgãos e tecidos e seus resíduos, que serão eliminados (ver sistema urinário) e em sistema

circulatório linfático, que transporta para a circulação sanguínea o excesso de líquido intersticial,

bem como substâncias de grande tamanho, incapazes de passar diretamente dos tecidos para

aquela. Além disto ajuda na defesa do organismo contra o ataque de microrganismos.

Em síntese o sistema circulatório pode ser dividido em: sistema sanguíneo composto por : artérias, veias, capilares e coração e cujo fluido é o sangue e em sistema linfático, formado por vasos linfáticos, linfonodos, tonsilas e órgãos hemoatopoiéticos e cujo fluido é a linfa.

SISTEMA CIRCULATÓRIO SANGUÍNEO

O sistema circulatório sanguíneo é formado por um circuito fechado de tubos (artérias, capilares e veias) dentro dos quais circula o sangue e por um órgão central, o coração, que atua como bomba aspirante-premente.

ARTÉRIAS

As artérias são os vasos que transportam o sangue centrifugamente ao coração. Distribuem-se por

praticamente todo o corpo, iniciando por grandes troncos que vão se ramificando progressivamente.Estes

ramos podem ser colaterais ou terminais. Quando uma artéria dá ramos e deixa de existir por causa desta

Page 24: Sistema Rspiratorio e Urinario Cardiaco

divisão, diz-se que estes ramos são terminais. Quando a artéria emite ramos e continua a existir,estes

ramos são chamados de colaterais. Estes, que são a grande maioria dos ramos arteriais,se separam do

tronco arterial mais comumente em ângulo agudo, mas podem fazê-lo em ângulo reto ou, mais raramente,

em ângulo obtuso. Estes seguem um trajeto retrógrado e são denominados de recorrentes.

CAPILARES

As artérias se ramificam e se tornam, progressivamente, menos calibrosas e com as paredes

mais finas, até chegarem aos capilares, que são de dimensões microscópicas e cujas paredes são

uma simples camada de células (endotélio). Sua distribuição é quase universal no corpo, sendo rara

sua ausência, como ocorre na epiderme, na cartilagem hialina, na córnea e na Lente do olho. É ao

nível dos capilares, graças a aberturas existentes entre células endoteliais vizinhas( poros capilares),

que ocorrem as trocas entre o sangue e os tecidos. Estas aberturas variam de dimensões de tecido

para tecido.

VEIAS

As veias são os vasos que transportam o sangue centripetamente ao coração. Sua formação lembraa formação dos rios: afluentes vão confluindo no leito principal e o caudal deste torna-se progressivamente

mais volumoso. As veias recebem numerosas tributárias e seu calibre aumenta à medida que se aproximam

do coração, exatamente o oposto do que ocorre com as artérias, nas quais o calibre vai diminuindo à medida

que emitem ramos e se afastam do coração. De acordo com sua localização em relação às camadas do

corpo, as veias são classificadas em superficiais e profundas.Estas podem ser solitárias ou seja, não

acompanham artérias ou , o que é mais comum, satélites, quando acompanham as artérias. Neste caso

são, , geralmente, em número de duas para cada artéria. As veias superficiais possuem trajeto independente

do das artérias e se comunicam com as profundas por inúmeras anastomoses. Na superfície interna de

muitas veias existem pregas membranosas, de forma semilunar, geralmente aos pares, denominadas

válvulas,as quais, por direcionarem o fluxo sanguíneo, contrabalançam a ação da gravidade,desfavorável à

circulação

nas veias de trajeto ascendente. Assim, nas veias dos membros as válvulas são comuns,

enquanto na cabeça e pescoço são ausentes ou vestigiais.

CORAÇÃO

O coração, localizado no mediastino torácico ( porção mediana do tórax, compreendida entre

as cavidades pulmonares é um órgão muscular oco que funciona como uma bomba contrátil-propulsora. O

tecido muscular que forma o coração é de tipo especial, tecido muscular estriado cardíaco, e constitui

camada média, o miocárdio. Este é revestido internamente por endotélio, o qual é contínuo com a camada

íntima dos vasos que chegam ou saem do coração. Esta camada interna é o endocárdio. Externamente ao

miocárdio, há uma serosa revestindo-o, denominada epicárdico. A cavidade do coração é subdividida em

quatro câmaras: duas à direita, o átrio e o ventrículo direitos e duas à esquerda, o átrio e o ventrículo

esquerdos. O átrio direito se comunica com o ventrículo direito através do óstio atrioventricular direito, no

qual existe um dispositivo direcionador do fluxo, a valva atrioventricular direita. O mesmo ocorre à esquerda,

através do óstio atrioventricular esquerdo, cujo dispositivo direcionador de fluxo é a valva atrioventricular

esquerda. As cavidades direitas são separadas das esquerdas pelos septos interatrial e interventricular.

Ao átrio direito, através das veias cavas inferior e superior chega o sangue venoso do corpo (com

baixa pressão de O2 e alta pressão de CO2). Ele passa ao ventrículo direito através do óstio

atrioventricular direito e deste vai ao tronco pulmonar e daí, através das artérias pulmonares direita e

esquerda, dirige-se aos pulmões, onde ocorrerá a troca gasosa, com CO2 sendo liberado dos capilares

pulmonares para o meio ambiente e com O2 sendo absorvido do meio ambiente para os capilares

pulmonares. Estes capilares confluem e, progressivamente, se formam as veias pulmonares que levam

sangue rico em O2 para o átrio esquerdo. Deste, o sangue passa ao ventrículo esquerdo através do óstio

atrioventricular esquerdo e daí vai para a artéria aorta, que inicia sua distribuição pelo corpo.

O trajeto ventrículo esquerdo aorta artérias de calibres progressivamente menores : capilares , veias de calibres progressivamente maiores , veias cavas superior e inferior , átrio direito, é chamado

Page 25: Sistema Rspiratorio e Urinario Cardiaco

de grande circulação ou circulação sistêmica.

O trajeto ventrículo direito tronco pulmonar artérias pulmonares direita e esquerda, com redução progressiva de calibre , capilares pulmonares , veias pulmonares com aumento progressivo de calibre, átrio esquerdo, é chamado de pequena circulação ou circulação pulmonar.

PERICÁRDIO

Envolvendo o coração, separando-o dos outros órgãos do tórax e limitando sua distensão existe

um saco fibro-seroso, o pericárdio. Ele é constituído por uma camada externa fibrosa, o pericárdio fibroso

e por uma camada interna serosa, o pericárdio seroso. Este possui uma lâmina parietal, aderente ao

pericárdio fibroso e uma lâmina serosa, aderente ao miocárdio, ou seja, a lâmina serosa é o epicárdio.

CORAÇÃO

Page 26: Sistema Rspiratorio e Urinario Cardiaco

CORAÇÃO E VASOS DA BASE

1- ARCO DA AORTA 11- V. PULMONAR SUPERIOR DIREITA

2- AORTA ASCENDENTE 12- V. PULMONAR INFERIOR ESQUERDA

3- A. TRONCO PULMONAR 13 - VEIA JUGULAR INTERNA DIREITA

4- AURÍCULA ESQUERDA 14 - VEIA JUGULAR INTERNA ESQUERDA

5- ÁTRIO DIREITO 15 - VEIA SUBCLÁVIA DIREITA

6- AURÍCULA DIREITA16 - VEIA SUBCLÁVIA ESQUERDA

17 - VEIAS TIREÓIDEAS INFERIORES7- VENTRÍCULO DIREITO

18 - RAMO INTERVENTRICULAR ANTERIOR8- VENTRÍCULO ESQUERDO DA ARTÉRIA CORONÁRIA ESQUERDA

9- ÁPICE DO CORAÇÃO 19 - ARTÉRIA CARÓTIDA COMUM ESQUERDA

10 - VEIA CAVA SUPERIOR 20 - ARTÉRIA SUBCLÁVIA ESQUERDA

1913 17

15

10

11

56

7

1420

16

1

2 3

4

12

8

18

Page 27: Sistema Rspiratorio e Urinario Cardiaco

FACE DIAFRAGMÁTICA

VISTA PÓSTERO-INFERIOR

ÁTRIO ESQUERDO V. CAVA SUPERIOR

A. PULMONAR ESQUERDA

A. PULMONAR DIREITAAURÍCULA ESQUERDA

31

V. OBLÍQUA DO ÁTRIO 2 4 SULCO TERMINALESQUERDO

V. CARDÍACA MAGNA ÁTRIO DIREITO

V. CAVA INFERIORSEIO CORONÁRIO

SULCO CORONÁRIOE A. CORONÁRIA DIREITA

VENTRÍCULO DIREITO

VENTRÍCULO ESQUERDO

Sulco interventricular posterior e

ramo interventricular posterior da

artéria coronária direita

1 - V. PULMONAR SUPERIOR ESQUERDA 3 - V. PULMONAR SUPERIOR DIREITA

2 - V. PULMONAR INFERIOR ESQUERDA 4 - V. PULMONAR INFERIOR DIREITA

Page 28: Sistema Rspiratorio e Urinario Cardiaco

1 - Pericárdio fibroso

2 - V. Cava Superior

3 - V. braquiocefálica direita

4 - Artéria e veia subclávia (dir. e esq.)5 6 6 5

5 - V.V. jugulares internas (dir. e esq.)4 4

6 - A. Carótida comum (dir. e esq.) 37 - Pleura diafragmática

8 - M. Diafragma 2

1

78

VISTA ANTERIOR

Traquéia Arco da Aorta (seccionado)

Brônquio principal direito

Artéria pulmonar direita

Veia pulmonar superior direita

Veia pulmonar inferior direita

Aorta ascendente (seccionada)

Page 29: Sistema Rspiratorio e Urinario Cardiaco

PLANO DA SECÇÃO

AORTA ASCENDENTE

A. CORONÁRIA DIREITAVALVA DA AORTA

ÁTRIO ESQUERDO

VALVAATRIOVENTRICULAR

ESQUERDA

CORDASTENDÍNEAS

AURÍCULA DIREITA

VALVA ATRIOVENTRICULAR DIREITA

M. PAPILAR ANTERIOR

SEPTO INTERVENTRICULAR

Page 30: Sistema Rspiratorio e Urinario Cardiaco

ESQUEMA - SISTEMA CIRCULATÓRIO SANGUÍNEO

ARTÉRIAS

1

2

3

4 12

5

6

7

8

9

10

11

1 - A. Carótida comum direita 7 - A. Radial direita

2 - A. Subclávia direita 8 - A. Ulnar direita

3 - A. Axilar direita 9 - A. Femoral direita

4 - A. Braquial direita 10 - A. Tibial anterior direita

5 - A. Aorta (parte abdominal) 11 - A. Tibial posterior direita

6 - A. Ilíaca comum direita 12 - Arco da Aorta

Page 31: Sistema Rspiratorio e Urinario Cardiaco

ESQUEMA - SISTEMA CIRCULATÓRIO SANGUÍNEO

VEIAS

1

82

3 11

412

5

69

10

7

1 - V. Jugular externa 7 - V. Safena magna2 - V. Jugular interna 8 - V. Subclávia esquerda3 - V. Braquial 9 - V. Cava inferior4 - V. Cefálica direita 10 - V. Ilíaca comum5 - Intermédia do antebraço 11 - Veia Cava superior6 - V. Basílica 12 - Veia Braquial

Page 32: Sistema Rspiratorio e Urinario Cardiaco

O sistema circulatório ou cardiovascular tem uma estrutura básica que é

comum a todos os seus segmentos.O revestimento interno chama-se

Endotélio. É formado por uma camada de células endoteliais finas sobre uma

membrana basal e por tecido conjuntivo; o conjunto é chamado Túnica íntima.

A camada ou Túnica média é formada por fibras musculares. A camada

externa é chamada Túnica adventícia e é formada por tecido conjuntivo.

Nos grandes vasos a nutrição dos tecidos destas camadas efetua-se através de

pequenas artérias próprias chamadas vasa vasorum (vasos dos vasos).

Os vasos de menor calibre se nutrem por difusão de sua própria luz.

A camada muscular não aparece nos capilares, porém em outros segmentos tem

uma presença muito importante; no coração, por exemplo, constitui praticamente sua

totalidade. O fluxo do sangue depende da atividade dessa camada muscular.

Page 33: Sistema Rspiratorio e Urinario Cardiaco

ESTRUTURA DE UMA ARTÉRIA

Luz vascular

EndotélioTúnica íntima

Túnica elástica

interna

Túnica média

Túnica adventícia

Túnica elástica

externa

ESTRUTURA DE UMA VEIA

Luz vascular

Túnica íntima

Túnica média

Túnica adventícia

Válvulas vasculares

Page 34: Sistema Rspiratorio e Urinario Cardiaco

HEMÁCIAS EM UMA ARTERÍOLA

ARTÉRIAS DA MÃO E ANTE-BRAÇO

ARTÉRIAS DO CORPO HUMANO

Page 35: Sistema Rspiratorio e Urinario Cardiaco

Sistema circulatório – grande e pequena circulação

As trocas gasosas com a ambiente são feitas nos pulmões. É aí que o corpo absorve o oxigênio e elimina o gás carbônico. Mas a oxidação (transformações químicas que consomem o oxigênio combinando-o com outras substâncias) dos alimentos ocorre por todo o corpo. Portanto o oxigênio precisa ser levado dos pulmões para todas as células. O contrário acontece com o gás carbônico, que precisa ser transportado das várias partes do corpo para os pulmões e assim ser eliminado.O sistema circulatório humano compreende a circulação sanguínea e a circulação linfática.O sistema circulatório humano, podemos observar que ele se compõe de três partes fundamentais: sangue, vasos sanguíneos e o coração.O sangue rico em oxigênio é chamado de arterial e o sangue rico em gás carbônico é chamado de sangue venoso.Como o sangue só circula pelos vasos sanguíneos, a circulação humana é definida como fechada.O sangue é constituído pelo plasma, glóbulos vermelhos e os glóbulos brancos.

Existem três tipos de vasos sanguíneos: artérias, veias e capilares.O coração humano está dividido em quatro partes ou cavidades:duas cavidades na parte superior – átrios – e duas na parte inferior – ventrículos.A circulação é dupla no homem.Nosso coração bombeia sangue para todas as partes do corpo.Existem dois circuitos principais de distribuição de sangue: um deles conecta o coração com os pulmões – é a pequena circulação ou circulação pulmonar – e o outro circuito manda o sangue para todo o organismo e o recebe de volta – é a grande circulação ou circulação sistêmica. Por isso se diz que nossa circulação é dupla.Na pequena circulação, o sangue venoso do ventrículo direito e bombeado para as artérias pulmonares pela sístole ventricular. Desta maneira, este sangue atinge os capilares dos pulmões onde ocorrem as trocas gasosas. Daí, agora arterial, ele

retorna ao coração pelas veias pulmonares, chegando ao átrio esquerdo.Na grande circulação, o sangue arterial do ventrículo esquerdo é bombeado para a artéria aorta pela sístole ventricular. Desta maneira, este sangue atinge os capilares dos tecidos de todo o organismo, onde ocorrem as trocas gasosas e metabólicas. Daí, agora venoso, ele retorna ao coração pelas veias cavas superiores e inferiores, chegando ao átrio direito.

Page 36: Sistema Rspiratorio e Urinario Cardiaco

SISTEMA  LINFÁTICO

A linfa é um líquido transparente e esbranquiçado, levemente amarelado ou rosado, alcalino e

de sabor salgado, constituído essencialmente pelo plasma sanguíneo, proteínas e porglóbulos

brancos. A linfa é transportada pelos vasos linfáticos em sentido unidirecional e filtrada

nos linfonodos (também conhecidos como nódulos linfáticos ou gânglios linfáticos). Após a

filtragem, é lançada no sangue, desembocando nas grandes veias torácicas.

É produzida pelo excesso de líquido que sai dos capilares

sanguíneos ao espaço intersticial ou intercelular, sendo

recolhida pelos capilares linfáticos que drenam aos vasos

linfáticos mais grossos até convergir em condutos que se

esvaziam nas veias subclávias.

Percorre o sistema linfático graças a débeis contrações

dos músculos, da pulsação das artérias próximas e do

movimento das extremidades. Se um vaso sofre uma obstrução,

o líquido se acumula na zona afetada, produzindo-se um

inchaço denominado edema.

A linfa é composta por um líquido claro pobre em proteínas e

rico em lípidios, parecido com o sangue, mas com a diferença

de que as únicas células que contém são os glóbulos

brancos que migram dos capilares sanguíneos, sem conter hemácias. A linfa é mais abundante

do que o sangue.

Este fluido é responsável pela eliminação de impurezas que as células produzem durante seu

metabolismo. Pode conter microorganismos que, ao passar pelo filtros dos gânglios

linfáticos e baço são eliminados. Por isso, durante certas infecções pode-se sentir dor e inchaço

nos gânglios linfáticos do pescoço, axila ou virilha, conhecidos popularmente como "íngua".

Ao contrário do sangue, que é impulsionado através dos vasos através da força do coração, a

linfa depende exclusivamente da ação de agentes externos para poder circular. Ao

caminharmos, os músculos da perna comprimem os vasos linfáticos, deslocando a linfa em seu

interior. A linfa bombeada pela ação muscular segue desta forma em direção ao abdome, onde

será filtrada e eliminará as toxinas com a urina e fezes. Outros movimentos corporais também

deslocam a linfa, tais como a respiração, atividade intestinal e compressões externas, como a

massagem. Permanecer por longos tempos parado em uma só posição faz com que a linfa tenha

a tendência a se acumular nos pés, por influência da gravidade, causando inchaço.

Page 37: Sistema Rspiratorio e Urinario Cardiaco

Circulação Linfática 

A circulação linfática é responsável pela absorção de detritos e macromoléculas que as células produzem durante seu metabolismo, ou que não conseguem ser captadas pelo sistema sanguíneo. 

O sistema linfático coleta a linfa, por difusão, através dos capilares linfáticos, e a conduz para dentro do sistema linfático. Uma vez dentro do sistema, o fluido é chamado de linfa, e tem sempre a mesma composição do que o fluido intersticial. 

A linfa percorre o sistema linfático graças a débeis contrações dos músculos, da pulsação das artérias próximas e do movimento das extremidades. Todos os vasos linfáticos têm válvulas uni direcionadas que impedem o refluxo, como no sistema venoso da circulação sanguínea. Se um vaso sofre uma obstrução, o líquido se acumula na zona afetada, produzindo-se um inchaço denominado edema. 

Pode conter microorganismos que, ao passar pelo filtro dos linfonodos (gânglios linfáticos) e baço são eliminados. Por isso, durante certas infecções pode-se sentir dor e inchaço nos gânglios linfáticos do pescoço, axila ou virilha, conhecidos popularmente como "íngua". 

Page 38: Sistema Rspiratorio e Urinario Cardiaco

O Sistema Linfático Humano 

Ao contrário do sangue, que é impulsionado através dos vasos pela força do coração, o sistema linfático não é um sistema fechado e não tem uma bomba central. A linfa depende exclusivamente da ação de agentes externos para poder circular. A linfa move-se lentamente e sob baixa pressão devido principalmente à compressão provocada pelos movimentos dos músculos esqueléticos que pressiona o fluido através dele. A contração rítmica das paredes dos vasos também ajuda o fluido através dos capilares linfáticos. Este fluido é então transportado progressivamente para vasos linfáticos maiores acumulando-se no ducto linfático direito (para a linfa da parte direita superior do corpo) e no duto torácico (para o resto do corpo); estes ductos desembocam no sistema circulatório na veia subclávia esquerda e direita.

Ducto Linfático Direito 

Esse ducto corre ao longo da borda medial do músculo escaleno anterior na base do pescoço e termina na junção da veia subclávia direita com a veia jugular interna direita. Seu orifício é guarnecido por duas válvulas semilunares, que evitam a passagem de sangue venoso para o ducto. Esse ducto conduz a linfa para circulação sangüínea nas seguintes regiões do corpo: lado direito da cabeça, do pescoço e do tórax, do membro superior direito, do pulmão direito, do lado direito do coração e da face diafragmática do fígado. 

Ducto Torácico Conduz a linfa da maior parte do corpo para o sangue. É o tronco comum a todos os vasos linfáticos, exceto os vasos sitados acima (ducto linfático direito). Se estende da segunda vértebra lombar para a base do pescoço. Ele começa no abdome por uma dilatação, a cisterna do quilo, entra no tórax através do hiato aórtico do diafragma e sobe entre a aorta e a veia ázigos. Termina por desembocar no ângulo formado pela junção da veia subclávia esquerda com a veia jugular interna esquerda. 

Órgãos Linfáticos: 

O baço, os linfonódos (nódulos linfáticos), as tonsilas palatinas (amígdalas), a tonsila faríngea (adenóides) e o timo (tecido conjuntivo reticular linfóide rico em linfócitos) são órgãos do sistema linfático. Alguns autores consideram a medula óssea pertencente ao sistema sistema linfático por produzirem os linfócitos. Estes órgãos contém uma armação que suporta a circulação dos linfócitos A e B e outras células imunológicas tais como os macrófagos e células dendríticas. Quando micro-organismos invadem o corpo ou o mesmo encontra outro antígeno (tal como o pólen), os antígenos são transportados do tecido para a linfa. A linfa é conduzida pelos vasos linfáticos para o linfonodo regional. No linfonodo, os macrófagos e células dendríticas fagocitam os antígenos, processando-os, e apresentando os antígenos para os linfócitos, os quais podem então iniciar a produção de anticorpos ou servir como células de memória para reconhecer o antígeno novamente no futuro.

Page 39: Sistema Rspiratorio e Urinario Cardiaco

Baço: 

O baço está situado na região do hipocôndrio esquerdo, porém sua extremidade cranial se estende na região epigástrica. Ele está situado entre o fundo do estômago e o diafragma. Ele é mole, de consistência muito friável, altamente vascularizado e de uma coloração púrpura escura. O tamanho e peso do baço varia muito, no adulto tem cerca de 12cm de comprimento, 7cm de largura e 3cm de espessura. 

O baço é um órgão linfóide apesar de não filtrar linfa, ou seja, é um órgão excluído da circulação linfática porém interposto na circulação sangüínea e cuja drenagem venosa passa, obrigatoriamente, pelo fígado. Possui grande quantidade de macrófagos que, através da fagocitose, destroem micróbios, restos de tecidos, substâncias estranhas, células do sangue em circulação já desgastadas como eritrócitos, leucócitos e plaquetas. Dessa forma, o baço “limpa” o sangue, funcionando como um filtro desse fluído tão essencial. O baço também tem participação na resposta imune, reagindo a agentes infecciosos. Inclusive, é considerado por alguns cientistas, um grande nódulo linfático. Suas principais funções são as de reserva de sangue, para o caso de uma hemorragia intensa, destruição dos glóbulos vermelhos do sangue e preparação de uma nova hemoglobina a partir do ferro liberado da destruição dos glóbulos vermelhos. 

Linfonódos (Nódulos Linfáticos): 

São pequenos órgãos em forma de feijões localizados ao longo do canal do sistema linfático. São os órgãos linfáticos mais numerosos do organismo. Armazenam células brancas (linfócitos) que tem efeito bactericida, ou seja, são células que combatem infecções e doenças. Quando ocorre uma infecção, podem aumentar de tamanho e ficar doloridos enquanto estão reagindo aos microorganismos invasores. Eles também liberam os linfócitos para a corrente sanguínea. Possuem estrutura e função muito semelhantes às do baço. Distribuem-se em cadeias ganglionares (ex: cervicais, axilares, inguinais etc). O termo popular “íngua” refere-se ao aparecimento de um nódulo doloroso. 

Os linfonódos tendem a se aglomerar em grupos (axilas, pescoço e virilha). Quando uma parte do corpo fica infeccionada ou inflamada, os linfonodos mais próximos se tornam dilatados e sensíveis. Existem cerca de 400 glânglios no homem, dos quais 160, encontram-se na região do pescoço.

Page 40: Sistema Rspiratorio e Urinario Cardiaco

 Macrófagos: Eles tem capacidade de fagocitose, podendo ingerir até 100 bactérias antes deles mesmos morrerem, o que os tornam também, importantes na eliminação de tecidos necrosados.  Linfócitos: Um tipo de glóbulo branco do sangue. 99% dos glóbulos brancos presentes na

linfa são linfócitos. Produzem anticorpos para defender o organismo de infecções. Tal como outros tipos de células sangüíneas, os linfócitos se desenvolvem na medula óssea e se deslocam no sistema linfático. 

Há dois tipos principais de linfócitos: 

 Células T - Eles começam a viver como células imaturas chamadas de células-tronco. Ainda na infância, alguns linfócitos migram para o timo, onde amadurecem e se transformam em células T. Em condições normais, a maioria dos linfócitos em circulação no corpo são células T. Sua função é a de reconhecer e destruir células anormais do corpo (por exemplo, as células infectadas por vírus). Os linfócitos T aprendem como diferenciar o que é próprio do organismo do que não é ainda no timo. Os linfócitos T maduros deixam o timo e entram no sistema linfático, onde eles atuam como parte do sistema imune de vigilância. 

 Células B - Permanecem na medula óssea e amadurecem transformando-se em células B. As células B reconhecem células e materiais ‘estranhos’ (como bactérias que invadiram o corpo). Quando essas células entram em contato com uma proteína estranha (por exemplo, na superfície das bactérias), elas produzem anticorpos que ‘aderem’ à superfície da célula estranha e provocam sua destruição. Derivados de uma célula-tronco (célula-mãe) da medula óssea e amadurecem até transformarem-se em plasmócitos, os quais secretam anticorpos. 

Ambos linfócitos T e B desempenham papel importante no reconhecimento e destruição de organismos infecciosos como bactérias e vírus. As células assassinas naturais, discretamente maiores que os linfócitos T e B, são assim denominadas por matarem determinados micróbios e células cancerosas. O “natural” de seu nome indica que elas estão prontas para destruir uma variedade de células-alvo assim que são formadas, em vez de exigirem a maturação e o processo educativo que os linfócitos B e T necessitam. As células assassinas naturais também produzem algumas citocinas, substâncias mensageiras que regulam algumas das funções dos linfócitos T, dos linfócitos B e dos macrófagos. 

Tonsilas Palatinas (Amígdalas): 

A tonsila palatina encontra-se na parede lateral da parte oral da faringe, entre os dois arcos palatinos. Produzem linfócitos. 

Tonsila Faríngea (Adenóides): 

É uma saliência produzida por tecido linfático encontrada na parede posterior da parte nasal da faringe. Esta, durante a infância, em geral se hipertrofia em uma massa considerável conhecida como adenóide.

Page 41: Sistema Rspiratorio e Urinario Cardiaco

Timo: 

O timo de uma criança é um órgão proeminente na porção anterior do mediastino superior, enquanto o timo de adulto de idade avançada mal pode ser reconhecido, devido as alterações atróficas. Durante seu período de crescimento ele se aproxima muito de uma glândula, quanto ao aspecto e estrutura. 

O timo consiste de dois lobos laterais mantidos em estreito contato por meio de tecido conjuntivo, o qual também forma uma cápsula distinta para o órgão todo. Ele situa-se parcialmente no tórax e no pescoço, estendendo-se desde a quarta cartilagem costal até o bordo inferior da glândula tireóidea. Os dois lobos geralmente variam em tamanho e forma, o direito geralmente se sobrepõe ao esquerdo. Ele apresenta uma coloração cinzenta rosada, mole e lobulado, medindo aproximadamente 5cm de comprimento, 4cm de largura e 6mm de espessura.

Considerado um órgão linfático por ser composto por um grande número de linfócitos e por sua única função conhecida que é de produzir linfócitos. Órgão linfático mais desenvolvido no período prenatal, involui desde o nascimento até a puberdade. 

Doenças

Infarto do Miocárdio

Sinônimos:

Ataque do coração, doença isquêmica do coração.

 O que é infarto do miocárdio?

O infarto é definido como uma lesão isquêmica do músculo cardíaco (miocárdio), que deve-se à falta de oxigênio e nutrientes. Os vasos sangüíneos que irrigam o miocárdio (artérias coronárias) podem apresentar depósito de gordura e cálcio, levando a uma obstrução e comprometendo a irrigação do coração. As placas degordura localizadas no interior das artérias podem sofrer uma fissura causada por motivos desconhecidos, formando um coágulo que obstrui a artéria e deixa parte do coração sem suprimento de sangue. É assim que ocorre o infarto do miocárdio. Esta situação vai levar à morte celular (necrose), a qual desencadeia uma reação inflamatória local.

O infarto também pode ocorrer em vasos coronarianos normais quando as artérias coronárias apresentam umespasmo, ou seja, uma forte contração que determina um déficit parcial ou total no suprimento de sangue ao músculo cardíaco irrigado por este vaso contraído.

 Quais são os sintomas?

Page 42: Sistema Rspiratorio e Urinario Cardiaco

O sintoma clássico é uma dor em aperto no lado esquerdo ou no centro do peito podendo irradiar para o pescoço ou para o braço esquerdo, porém em cerca de 15% dos casos, o sintoma pode ser atípico com dor no lado direito do peito, suor, enjôo, vômitos, dor no estômago, falta de ar, tonteira ou palpitações.

Esta dor tem duração maior que 10 minutos, pode ter diferentes intensidades ou ainda sumir e voltar espontaneamente.

Infelizmente, nem todos os pacientes têm este sintoma. Os diabéticos, por exemplo, podem ter um infartosem apresentar dor.

 Quais são as causas?

O infarto está mais freqüentemente associado a uma causa mecânica, ou seja, à interrupção do fluxo sangüíneo para uma determinada área, devido a obstrução completa ou parcial da artéria coronária responsável por sua irrigação. O tamanho da área necrosada depende de vários fatores, tais como o calibre da artéria lesada, tempo de evolução da obstrução e desenvolvimento da circulação colateral. Esta, quando bastante extensa, é capaz de impedir a instalação de infarto, mesmo em casos de obstrução total da coronária.

Pode também ocorrer por aumento do trabalho cardíaco relacionado ao aumento da pressão arterial.

 Quais são os fatores de risco associados ao infarto do miocárdio?

Colesterol alto Sedentarismo Tabagismo Hipertensão arterial Menopausa Estresse Excesso de peso Diabetes mellitus História familiar ou predisposisão genética Idade Alterações hemodinâmicas: hipertensão arterial, hipotensão, choque, mal-estar, etc.

 O que fazer quando estou sentindo os sintomas que podem ser de um infarto do miocárdio?

Diante de uma dor suspeita, devemos nos dirigir o mais rápido possível a um pronto-atendimento - de preferência em um pronto-socorro equipado com uma unidade coronariana - para confirmar ou excluir odiagnóstico. Caso seja confirmado o infarto, quanto mais rápido o tratamento, melhor será a recuperação do seu coração.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é baseado na tríade: quadro clínico, alterações no ECG (eletrocardiograma) e na dosagem de enzimas cardíacas que se alteram no infarto do miocárdio.

Escolha sempre um médico da sua confiança para tratar os seus sintomas e para lhe auxiliar na prevenção dedoenças cardiovasculares.

 Quais as opções de tratamento disponíveis?

Qualquer que seja o tratamento escolhido pelo médico que vai prestar assistência ao paciente infartado, o ideal é que ele comece dentro das primeiras 6 horas após o início da dor. Quanto

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mais precoce, maior é a chance de ser restabelecido o fluxo sangüíneo e de oxigênio nas artérias coronárias, evitando as complicações decorrentes da necrose do músculo cardíaco.

Pontos importantes do tratamento são: alívio da dor, repouso para reduzir o trabalho cardíaco e administração de agentes trombolíticos para melhorar o fluxo sangüíneo.

A administração de oxigênio em fluxo contínuo nas primeiras seis horas, reduz a dor associada à baixa concentração de oxigênio circulante. O uso de drogas que reduzem o uso de oxigênio pelo coração faz com que o músculo cardíaco sofra menos isquemia (ausência de sangue).

A permanência na Unidade Coronariana deve se restringir ao período crítico, no mínimo 72 horas, pois aincidência de complicações neste período justifica a monitorização contínua.

Superada esta fase, o paciente é encaminhado a um quarto privativo, restringindo-se o número de visitas. Progressivamente, ele pode sentar-se durante breves períodos, começa a deambular por volta do quarto ou quinto dia. Esta mobilização precoce melhora sensivelmente o bem-estar, além de reduzir a incidência de tromboembolia. Mas o paciente deve ser acompanhado de perto para detectar possíveis alterações conseqüentes a esta atividade física.

A dieta será liberada à medida que as condições clínicas permitirem, devendo ser hipocalórica e hipossódica (com pouco sal).

As evacuações não devem significar esforço para o paciente, usando, se necessário, laxantes suaves.

Os tranqüilizantes podem ser utilizados para amenizar a angústia de alguns pacientes, mas com muito critério, já que esses medicamentos podem aumentar a freqüência cardíaca e a pressão sistólica.

 Quais são as complicações da doença?

As principais complicações do infarto são: arritmia cardíaca, choque cardiogênico, insuficiência respiratória,insuficiência renal ou parada cardiorrespiratória.

As complicações mais letais são as arritmias, que podem ocorrer, mais comumente, nas primeiras 24 horas após o infarto. Por isso, é importante que, idealmente por pelo menos 72 horas, os pacientes fiquem sob cuidados médicos em unidades de tratamento intensivo coronariano, lá eles recebem todos os cuidados necessários para detectar precocemente e tratar essas arritmias, através de uma monitorização contínua das complicações do infarto.

 Quais as opções para prevenir esta doença?

Um estilo de vida saudável ajuda a diminuir a mortalidade nos casos de infarto.

Alguns pontos importantes na prevenção:

Ter uma dieta equilibrada, reduzindo a ingestão de gorduras saturadas e aumentando as fibras, frutas, vegetais e cereais.

Prática regular de atividades físicas. Manter o peso ideal, com índice de massa corporal abaixo de 25 kg/m², evitando

a obesidade e seus danos à saúde. Dosar os níveis de colesterol e triglicérides pelo menos a cada 5 anos a partir dos 35

anos. Acompanhar a glicemia nas pessoas com mais de 45 anos, para detecção precoce

de diabetes mellitus.

Page 44: Sistema Rspiratorio e Urinario Cardiaco

Medir a pressão arterial a cada 2 anos ou em todas as consultas médicas para evitar os danos causados pela hipertensão arterial não controlada.

Abandonar o cigarro para prevenir o infarto do miocárdio e outras doenças como o câncer de pulmão e a doença pulmonar obstrutiva crônica.

Procurar reduzir o estresse com massagens, ioga, exercícios físicos em geral e meditação.

Angioplastia

A angioplastia é um procedimento no qual um médico especialmente treinado conhecido como radiologista intervencionista abre ou alarga a passagem de vasos bloqueados ou estreitados sem necessidade de cirurgia.

Durante o procedimento, o radiologista insere um cateter (um fino tubo) na artéria bloqueada ou estreitada. Existe um balão na extremidade deste cateter que, quando está posicionado exatamente no local do bloqueio ou do estreitamento, é inflado, melhorando significativamente o fluxo sangüíneo na área afetada. O radiologista usa Raios X e contraste durante a introdução e posicionamento do cateter.

Qual a vantagem da angioplastia?A vantagem da angioplastia é que este procedimento pode desbloquear artérias restabelecendo o fluxo sangüíneo para os tecidos alimentados pela artéria comprometida eliminando os sintomas sem a necessidade de cirurgia.

Porque alguém precisa de angioplastia?A razão mais comum para uma angioplastia é liberar um bloqueio da passagem de sangue por uma artéria causado por arteriosclerose (endurecimento das artérias). A arteriosclerose causa depósito de gordura (placas) nas paredes internas das artérias, diminuindo ou impedindo a passagem do sangue.

As artérias são como tubos que transportam sangue e oxigênio para todos os tecidos do corpo. Quando uma artéria fica estreitada ou bloqueada, os tecidos que esta artéria alimenta não recebem oxigênio suficiente. Os sintomas dependem de qual artéria tem o problema.

Por exemplo, uma artéria bloqueada nas pernas causarão dor ao caminhar ou mesmo quando em repouso. Se o problema acontece numa artéria renal, isso causará aumento de pressão sangüínea pois os rins ajudam a regular a pressão arterial. Alguns bloqueios são melhores tratados através de cirurgia. Na maioria dos casos a angioplastia pode resolver o problema, retirando o bloqueio e liberando o fluxo sangüíneo permitindo assim ao oxigênio chegar aos tecidos alimentados pela artéria comprometida.

Preparação para uma angioplastia.Se o paciente já está hospitalizado, os médicos e a enfermagem instruirão e prepararão o paciente para a angioplastia. Os paciente externos serão hospitalizados e preparados da mesma forma.

Exames de laboratório são necessários para avaliar o estado clínico geral do paciente e assegurar o sucesso do procedimento.

Já no centro de Radiologia, a equipe endovascular cuidará dos preparativos de rotina

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indispensáveis ao procedimento.

Se é paciente externo ou está indo fazer uma angioplastia, siga as instruções abaixo, a menos que seu médico o instrua diferentemente:

Alimentação - Jejum a partir da meia noite do dia anterior ao do procedimento. Somente líquidos são permitidos.

Medicação - A maioria dos paciente continuam a tomar a medicação prescrita pelo seu médico. No caso dos diabéticos, o médico do paciente deve ser consultado para saber se é possível modificar a dose diária no dia do procedimento. Se o paciente usa Marevan, o médico do paciente deve ser alertado que esta medicação não poderá ser tomada nos dias precedentes ao procedimento. O paciente deverá levar consigo todos os medicamentos que usa.

Alergias - Se o paciente é alérgico a contraste iodado, comunique imediatamente ao médico. O radiologista intervencionista também deverá ter conhecimento desta alergia se possível alguns dias antes da angioplastia. Os médicos poderão então tomar as precauções especiais que o caso requer durante o procedimento. 

Fumo - O paciente não deverá fumar pelo menos 24 horas antes da angioplastia.

Todos os que farão uma angioplastia terão que ter feito exame de sangue recente. Ao chegar no local do exame, o paciente vestirá uma camisola hospitalar e soro será colocado em uma de suas veias. Isso é feito para permitir a injeção de medicação e soro durante o procedimento e permanecerá até o final do tratamento.

Antes de começar, um médico da equipe da radiologia intervencionista entrevistará o paciente explicando o procedimento e respondendo alguma eventual dúvida. A angioplastia geralmente demora de 1 a 2 horas mas, alguns procedimentos podem ser mais demorados.

Como é feita a angioplastia?A angioplastia consiste de 3 momentos principais: posicionamento do cateter de angioplastia na artéria comprometida, inflar o balão e a remoção do cateter. O procedimento é executado com anestesia local, de modo que o paciente apenas sentirá uma leve pressão no local da punção.

O que acontece após a angioplastia?

Na maioria dos casos o paciente permanece em observação no hospital após a realização da angioplastia. O paciente será orientado para saber quando pode se alimentar e durante quanto tempo deve permanecer em repouso.

Caso o paciente possa ir para casa, ainda assim permanecerá em repouso relativo.

Ao chegar em casa:

Permaneça relaxado e calmo por 24 horas. Alimentação normal. Mantenha a bandagem no local da inserção do cateter por um dia. Não dirija por, pelo menos, 24 horas. Não faça esforço físico por, pelo menos, 48 horas. 

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Não fume por, pelo menos 24 horas.

Chame imediatamente o médico se:

Houver sangramento no local da colocação do cateter. Se houver sangramento, permaneça deitado aplicando pressão no local. O médico decidirá se é preciso retornar ao hospital. Houver alteração de cor ou temperatura na área onde o cateter foi colocado. Houver dormência, frio ou alteração de cor no braço ou perna onde o cateter foi inserido. Houver dor na área onde o balão de angioplastia foi inflado.

Quais os riscos envolvidos?Com as técnicas modernas, a angioplastia é mais segura que a cirurgia. Entretanto, como o procedimento alargará uma das artérias e inclui o uso de catéteres e injeção de contraste, alguns riscos existem, porém as complicações não são freqüentes. A colocação do cateter na artéria pode causar algum trauma à mesma e provocar sangramento.

Mesmo quando a artéria não é afetada pode haver um pequeno hematoma ou um nódulo no local que pode provocar dor mas que cederá e acabará por completo após alguns dias. Como as pessoas são diferentes, podem haver riscos envolvidos e não descritos aqui.

Os riscos exatos para cada caso serão discutidos em detalhes entre o paciente e a equipe de radiologia intervencionista antes da execução do procedimento.

Ponte de Safena

É Chamada ponte de safena a cirurgia que usa uma parte da veia safena da perna para

desviar sangue da aorta (principal artéria do corpo, que sai do coração) para as artérias

coronárias (que irrigam o coração). São também utilizadas as artérias radial (braço)

e mamária (tórax).

O nome completo da cirurgia é cirurgia de revascularização miocárdica (referente

ao miocárdio, músculo que irriga o coração) por ponte de safena aorto-coronária. Os tipos

existentes só dependem de qual artéria coronária receberá a safena. Esta operação está indicada

para aqueles pacientes que tem comprometimento da irrigação cardíaca (isquemia) por

obstrução de artérias, com risco de enfarte (morte do músculo cardíaco por falta total de

irrigação sangüínea). A doença arterial coronariana é causada pelo acúmulo de substâncias

gordurosas (ateromas) nas paredes das coronárias (do coração). Com o passar do tempo, esse

acúmulo causa o enrijecimento e estreitamento das paredes internas das artérias coronárias,

limitando o suprimento de sangue rico em oxigênio para o músculo do coração, o que pode

causar dor no peito (angina) ou aumentar seu risco de sofrer um ataque cardíaco. Caso

desenvolvido esse acúmulo de gordura nas artérias coronárias, o médico pode recomendar uma

angioplastia coronariana ou cirurgia de revascularização do miocárdio, para remover o depósito

de gordura ou substituir as artérias lesadas.

Se for usada a veia safena, ela é cirurgicamente removida da perna. O enxerto da veia é então

costurado desde a aorta (a grande artéria que parte do coração) até a artéria coronária abaixo do

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local de bloqueio. O sangue rico em oxigênio flui da aorta, ao longo do enxerto da veia safena,

e passa pelo local de bloqueio até a artéria coronária para nutrir o músculo cardíaco. Se for

usada uma artéria mamária, ela é mantida intacta em sua origem porque transporta sangue rico

em oxigênio, passando originalmente pela aorta, e é costurada à artéria coronária além do local

de bloqueio.

Outra forma de reperfundir uma artéria obstruída é a angioplastia, que é feita através da

inserção de um catéter. Na angioplastia utiliza-se um stent para promover a reperfusão.

O esterno, osso que une as costelas, é quebrado para tornar possível a realização do

procedimento. Depois de findada a cirurgia, ele é suturado com fios de aço.

SISTEMA  URINÁRIO

O sistema urinário é constituído pelos órgãos uroprotéicos, isto é, incumbidos de elaborar a urina e armazená-la temporariamente até a oportunidade de ser eliminada para o exterior. Na urina encontramos ácido úrico, uréia, sódio, potássio, bicarbonato, etc. 

Este aparelho pode ser dividido em órgãos secretores - que produzem a urina - e órgãos excretores - que são encarregados de processar a drenagem da urina para fora do corpo. 

Os órgãos urinários compreendem os rins (2), que produzem a urina, os ureteres (2) ou ductos, que transportam a urina para a bexiga (1), onde fica retida por algum tempo, e a uretra (1), através da qual é expelida do corpo. 

Além dos rins, as estruturas restantes do sistema urinário funcionam como um encanamento constituindo as vias do trato urinário. Essas estruturas – ureteres, bexiga e uretra – não modificam a urina ao longo do caminho, ao contrário, elas armazenam e conduzem a urina do rim para o meio externo. 

Rim Ureter Bexiga Uretra

RIM 

Os rins são órgãos pares, em forma de grão de feijão, localizados logo acima da cintura, entre o peritônio e a parede posterior do abdome. Sua coloração é vermelho-parda. 

Os rins estão situados de cada lado da coluna vertebral, por diante da região superior da parede posterior do abdome, estendendo-se entre a 11ª costela e o processo transverso da 3ª vértebra lombar. São descritos como órgãos retroperiotoneais, por estarem posicionados por trás do peritônio da cavidade abdominal. 

Os rins são recobertos pelo peritônio e circundados por uma massa de gordura e de tecido areolar frouxo. Cada rim tem cerca de 11,25cm de comprimento, 5 a 7,5cm de largura e um pouco mais que 2,5cm de espessura. O esquerdo é um pouco mais comprido e mais estreito do que o direito. O peso do rim do homem adulto varia entre 125 a 170g; na mulher adulta, entre 115 a 155g. O rim direito normalmente situa-se ligeiramente abaixo do rim esquerdo devido ao grande tamanho do lobo direito do fígado. 

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Na margem medial côncava de cada rim encontra-se uma fenda vertical – o HILO RENAL – onde a artéria renal entra e a veia e a pelve renal deixam o seio renal. No hilo, a veia renal está anterior à artéria renal, que está anterior à pelve renal. O hilo renal é a entrada para um espaço dentro do rim. O seio renal, que é ocupado pela pelve renal, cálices, nervos, vasos sangüíneos e linfáticos e uma variável quantidade de gordura.

Cada rim apresenta duas faces, duas bordas e duas extremidades. 

FACES (2) - Anterior e Posterior. As duas são lisas, porém a anterior é mais abaulada e a posterior mais plana.

BORDAS (2) - Medial (côncava) e Lateral (convexa). 

EXTREMIDADES (2) - Superior (Glândula Supra-Renal) e Inferior (a nível de L3). 

Rim - Faces, Bordas, Extremidades e Hilo Renal

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Anatomia Interna dos Rins 

Em um corte frontal através do rim, são reveladas duas regiões distintas: uma área avermelhada de textura lisa, chamada córtex renal e uma área marron-avermelhada profunda, denominada medula renal. A medula consiste em 8-18 estruturas cuneiformes, as pirâmides renais. A base

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(extremidade mais larga) de cada pirâmide olha o córtex, e seu ápice (extremidade mais estreita), chamada papila renal, aponta para o hilo do rim. As partes do córtex renal que se estendem entre as pirâmides renais são chamadas colunas renais. 

Juntos, o córtex e as pirâmides renais da medula renal constituem a parte funcional, ou parênquima do rim. No parênquima estão as unidades funcionais dos rins – cerca de 1 milhão de estruturas microscópicas chamadas NÉFRONS. A urina, formada pelos néfrons, drena para os grandes ductos papilares, que se estendem ao longo das papilas renais das pirâmides. 

Os ductos drenam para estruturas chamadas cálices renais menor e maior. Cada rim tem 8-18 cálices menores e 2-3 cálices maiores. O cálice renal menor recebe urina dos ductos papilares de uma papila renal e a transporta até um cálice renal maior. Do cálice renal maior, a urina drena para a grande cavidade chamada pelve renal e depois para fora, pelo ureter, até a bexiga urinária. O hilo renal se expande em uma cavidade, no rim, chamada seio renal. 

Rim - Esquema da Anatomia Interna

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

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Néfrons 

O néfron é a unidade morfofuncional ou a unidade produtora de urina do rim. Cada rim contém cerca de 1 milhão de néfrons. 

A forma do néfron é peculiar, inconfundível, e admiravelmente adequada para sua função de produzir urina. 

O néfron é formado por dois componentes principais: 

1. Corpúsculo Renal: Cápsula Glomerular (de Bowman); Glomérulo – rede de capilares sangüíneos enovelados dentro da cápsula glomerular 

2. Túbulo Renal:

 Túbulo contorcido proximal; Alça do Néfron (de Henle); Túbulo contorcido distal; Túbulo coletor. 

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Funções dos Rins 

Page 51: Sistema Rspiratorio e Urinario Cardiaco

Os rins realizam o trabalho principal do sistema urinário, com as outras partes do sistema atuando, principalmente, como vias de passagem e áreas de armazenamento. Com a filtração do sangue e a formação da urina, os rins contribuem para a homeostasia dos líquidos do corpo de várias maneiras. As funções dos rins incluem: 

 Regulação da composição iônica do sangue; Manutenção da osmolaridade do sangue; Regulação do volume sangüíneo; Regulação da pressão arterial; Regulação do pH do sangue; Liberação de hormônios; Regulação do nível de glicose no sangue; Excreção de resíduos e substâncias estranhas. 

Glândulas Supra-renais 

As glândulas supra-renais (adrenais) estão localizadas entre as faces supero-mediais dos rins e o diafragma. Cada glândula supra-renal, envolvida por uma cápsula fibrosa e um coxim de gordura, possui duas partes: o córtex e a medula supra-renal, ambas produzindo diferentes hormônios. 

O córtex secreta hormônios essenciais à vida, enquanto que os hormônios medulares não são essenciais para a vida. A medula da supra-renal pode ser removida, sem causar efeitos que comprometem a vida. 

A medula supra-renal secreta dois hormônios: epinefrina (adrenalina) e norepinefrina. Já o córtex supra-renal secreta os esteróides.

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RETER São dois tubos que transportam a urina dos rins para a bexiga.

Órgãos pouco calibrosos, os ureteres têm menos de 6mm de diâmetro e 25 a 30cm de comprimento.

Pelve renal é a extremidade superior do ureter, localizada no interior do rim.

Descendo obliquamente para baixo e medialmente, o ureter percorre por diante da parede posterior do abdome, penetrando em seguida na cavidade pélvina, abrindo-se no óstio do ureter situado no assoalho da bexiga urinária.

Em virtude desse seu trajeto, distinguem-se duas partes do ureter: abdominal e pélvica. Os ureteres são capazes de realizar contrações rítmicas denominadas peristaltismo. A urina se move ao longo dos ureteres em resposta à gravidade e ao peristaltismo.

BEXIGA 

A bexiga urinária funciona como um reservatório temporário para o armazenamento da urina. Quando vazia, a bexiga está localizada inferiormente ao peritônio e posteriormente à sínfise púbica: quando cheia, ela se eleva para a cavidade abdominal. 

É um órgão muscular oco, elástico que, nos homens situa-se diretamente anterior ao reto e, nas mulheres está à frente da vagina e abaixo do útero. 

Quando a bexiga está cheia, sua superfície interna fica lisa. Uma área triangular na superfície posterior da bexiga não exibe rugas. Esta área é chamada trígono da bexiga e é sempre lisa. Este trígono é limitado por três vértices: os pontos de entrada dos dois ureteres e o ponto de saída da uretra. O trígono é importante clinicamente, pois as infecções tendem a persistir nessa área. 

A saída da bexiga urinária contém o músculo esfíncter chamada esfíncter interno, que se contrai involuntariamente, prevenindo o esvaziamento. Inferiormente ao músculo esfíncter, envolvendo a parte superior da uretra, está o esfíncter externo, que controlado voluntariamente, permitindo a resistência à necessidade de urinar. 

A capacidade média da bexiga urinária é de 700 – 800ml; é menor nas mulheres porque o útero ocupa o espaço imediatamente acima da bexiga. 

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Bexiga Urinária Masculina

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

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Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

URETRA 

A uretra é um tubo que conduz a urina da bexiga para o meio externo, sendo revestida por mucosa que contém grande quantidade de glândulas secretoras de muco. A uretra se abre para o exterior através do óstio externo da uretra. 

A uretra é diferente entre os dois sexos. 

Uretra Masculina 

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A uretra masculina estende-se do orifício uretral interno na bexiga urinária até o orifício uretral externa na extremidade do pênis. Apresenta dupla curvatura no estado comum de relaxamento do pênis. É dividida em três porções: a prostática, a membranácea e a esponjosa, cujas as estruturas e relações são essencialmente diferentes. Na uretra masculina existe uma abertura diminuta em forma de fenda, um ducto ejaculatório. 

Uretra Masculina

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Uretra Feminina 

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É um canal membranoso estreito estendendo-se da bexiga ao orifício externa no vestíbulo. Está colocada dorsalmente à sínfise púbica, incluída na parede anterior da vagina, e de direção oblíqua para baixo e para frente; é levemente curva, com a concavidade dirigida para frente. Seu diâmetro, quando não dilatada, é de cerca de 6mm. Seu orifício externo fica imediatamente na frente da abertura vaginal e cerca de 2,5cm dorsalmente à glande do clitóris. Muitas e pequenas glândulas uretrais abrem-se na uretra. As maiores destas são as glândulas parauretrais, cujos ductos desembocam exatamente dentro do óstio uretral. 

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

As uretras masculinas e a femininas se diferem em seu trajeto. Na mulher, a uretra é curta (3,8cm) e faz parte exclusivamente do sistema urinário. Seu óstio externo localiza-se anteriormente à vagina e entre os lábios menores. Já no homem, a uretra faz parte dos sistemas urinário e reprodutor. Medindo cerca de 20cm, é muito mais longa que a uretra feminina. Quando a uretra masculina deixa a bexiga, ela passa através da próstata e se estende ao longo do comprimento do pênis. Assim, a uretra masculina atua com duas finalidades: conduz a urina e o esperma.

Urina Humana

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A urina humana, assim como a urina de outros animais, é composto principalmente de água

(95%, em média), mas contém também ureia, ácido úrico, sal e outras substâncias, sendo

expelida durante o acto de urinar. A urina é o produto final, resultante da excreção renal. O

volume, a acidez e a concentração de sais na urina são regulados por hormónios, entre os quais

o hormónio antidiurético e a aldosterona, sendo que estes hormónios actuam nos rins para

garantir que a água, os sais e o equilíbrio, ácido-base (acidez ou alcalinidade do sangue e do

fluido intersticial) do organismo se mantenham dentro de estreitos limites. A presença na urina

de açúcar, albumina, pigmentos biliares ou quantidades anormais de algumas substâncias,

incluindo as constituintes habituais, é indicador de doenças. A urina é normalmente estéril

quando é expelida e tem apenas uma vago odor. O cheiro desagradável da urina deteriorada

deve-se à acção de bactérias que provocam a libertação de amoníaco.

Um adulto saudável de dieta comum pode produzir entre 1000 e 2000 ml de urina por dia.[1] O

volume mínimo de urina necessário para remover doorganismo todos os produtos residuais é de

cerca de 0,5 L em um homem de 70 kg; todo o volume produzido acima deste consiste em

excesso deágua. Uma grande ingestão de líquidos aumenta a quantidade de urina produzida;

uma grande perda de líquido através da transpiração, vómitos ou diarreia conduz à sua

produção diminuída. O volume de urina eliminado durante o dia é o dobro do produzido na

noite, nos humanos saudáveis. Em desordens patológicas esta constante pode ser alterada

passando o indivíduo eliminar igual volume nos dois períodos ou mais durante a noite (nictúria)[1]

Alterações da Urina

A urina pode ser produzida em quantidades anormais ou ter um aspecto ou composição

anormais.

Volume anormal

Num estáco, uma produção diária de urina superior a 2,5 L é invulgar, a menos que o indivíduo

beba líquidos em excesso ou sofra de alguma doença (ex:poliúria).

Pode haver uma ardo nas tubas urinárias ,produção anormalmente reduzida de urina - menos de

0,4 L - em casos de desidratação grave ou de insuficiência renal aguda. Esta situação pode

também ocorrer quando os rins não recebem o seu abastecimento normal de sangue em virtude

de situações como insuficiência cardíaca, choque ou doenças como leptospirose larimiringite

bacteriana.

A falta de produção de urina pelos rins (anúria) pode dever-se a lesões graves nos rins.

Todavia, o impedimento à passagem da urina contida na bexiga deve-se, mais freqüentemente,

a uma obstrução na parte inferior do trato urinário em resultado de um tumor na próstata, de

cálculos encravados na uretra ou da hipertrofia da próstata, e, nesse caso, trata-se de uma

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situação de retenções urinária em que a produção de urina é efectivamente normal, e não de

uma anúria.

Aspecto anormal

A urina turva pode dever-se a uma infecção do trato urinário e, nesse caso, tem um cheiro

fétido. Os cálculos do trato urinário podem também originar uma urina turva, mas não

necessariamente infectada. A urina turva é resultado da presença de determinados sais, como

fosfatos. Em casos raros, pode aparecer linfa misturada com a urina, o que lhe confere um

aspecto leitoso.

Quando ligeira, a hematúria (presença de sangue na urina) dá à urina um aspecto escurecido.

Quando a quantidade de sangue na urina aumenta, esta torna-se avermelhada e pode conter

coágulos. Contudo, a urina avermelhada não é apenas provocada pela presença de sangue.

Alguns corantes alimentares podem ser expelidos pela urina e existe uma grande variedade de

fármacos que podem alterar-lhe a cor (por exemplo, a rifampicina e a dipirona pode torna-la

alaranjada). Também as pessoas que comem beterraba podem ficar com a urina avermelhada.

Em alguns doentes com porfíria, a urina torna-se avermelhada quando deixada em repouso; em

pessoas com icterícia, a urina é castanha ou alaranjada. A urina com espuma, principalmente se

esta persiste depois de ter sido agitada, pode conter excesso de proteínas.

Composição Anormal

Na diabetes mellitus, o excesso de glicose no sangue passa para a urina, causando glicosúria.

Na glomerulonefrite e na síndrome nefrótica, pode registar-se um excesso de proteína na urina

(situação designada por proteinúria). No caso de insuficiência renal, a quantidade total de

produtos residuais na urina (como ureia) é reduzida. Outras alterações renais, como asíndrome

de Fanconi e a acidose tubular renal, podem tornar a urina demasiadamente ácida ou

excessivamente alcalina ou fazer com que contenha aminoácidos, fosfatos, sal ou água em

excesso.

Doenças

INSUFICIÊNCIA RENAL (IR)

Para manter estável o meio interno do organismo, o rim, através de suas funções:  

Remove as substâncias indesejáveis do nosso corpo filtrando uréia e ácido úrico.

Reabsorve a albumina e sais desejáveis como o sódio, potássio, cálcio.

Excreta substâncias desnecessárias como o fósforo e o hidrogênio.

Secreta hormônios para o controle do volume, da pressão arterial, do cálcio e fósforo e da formação de hemácias.

Há algumas situações que lesam o rim agudamente, outras levam anos para o dano tornar-se aparente. As doenças que lesam as diferentes estruturas dos rins são, entre outras, as nefrites, o

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diabete, a hipertensão arterial, infecções urinárias, obstruções das vias urinárias e as hereditárias.A insuficiência renal é um diagnóstico que expressa uma perda maior ou menor da função renal. Qualquer desvio funcional, de qualquer uma das funções renais, caracteriza um estado de insuficiência renal. Mas, somente a análise dessas funções nos permite afirmar que há perda da capacidade renal e estabelecer níveis de insuficiência renal. Nenhuma prova isolada é suficientemente exata ou fiel para avaliar a função renal, por isso, devem ser feitas várias provas, analisando a filtração, a reabsorção, a excreção e a secreção renal.

INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA (IRA)

A falta abrupta e intensa de água (desidratação severa), a perda repentina de sangue (hemorragias) ou do plasma (queimaduras) faz com que não haja formação de urina (anúria) ou somente de pequenas quantidades de urina por dia (oligúria).A perda de água, sangue ou plasma são as principais causas de insuficiência renal aguda (IRA), provocadas por falta de volume do líquido circulante.A queda de pressão arterial por diversos fatores, como falta de líquidos, doenças do coração (infarto) e substâncias ou medicamentos que baixem a pressão, podem diminuir a força de filtração e a urina não se forma.Pode ocorrer também que substâncias tóxicas ingeridas ou injetadas destruam parte do rim e suas funções sejam alteradas agudamente. Outra situação comum que resulta em IRA é a obstrução das vias urinárias. A urina é formada, mas é impedida de sair, e em conseqüência surge anúria ou oligúria.

INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA (IRC)

Muitas doenças renais são irremediavelmente progressivas. Quanto mais elas progridem ou se agravam, mais danos causam ao rim. As lesões perturbam a funcionalidade do rim, provocando a insuficiência renal crônica pela perda irreversível de suas funções.A suspeita de IRC é caracterizada pela presença de doenças renais e suas manifestações. A insuficiência renal é comprovada através de exames laboratoriais. Dosagens elevadas de uréia, ácido úrico e creatinina no sangue ocorrem por defeito crônico de filtração do rim doente.Na urina, a densidade urinária é sempre baixa mostrando a incapacidade do rim em concentrar a urina. Por isso, os pacientes com insuficiência renal crônica nos informam que sua urina é sempre clara e que nunca muda de cor.Em todos os casos de insuficiência renal crônica, encontra-se uma anemia de difícil tratamento, que só responde com o uso de eritropoetina, um hormônio secretado pelo rim. Quando há doença renal crônica, o rim perde a capacidade de produzir esse hormônio.Outros dados clínicos mostram a incapacidade do rim de eliminar substâncias tóxicas e excretar o pigmento amarelo que tinge a pele. Por isso, a pele do renal crônico é pálida e amarelada. Quando a lesão renal é superior a 50% da massa renal, surge hipertensão arterial.

HEMODIÁLISE

O QUE É?

Os pacientes que, por qualquer motivo, perderam a função renal e irreparavelmente atingiram a fase terminal da doença renal têm, hoje, três métodos de tratamento, que substituem as funções do rim: a diálise peritoneal, a hemodiálise e o transplante renal.

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A diálise é um processo artificial que serve para retirar, por filtração, todas as substâncias indesejáveis acumuladas pela insuficiência renal crônica. Isto pode ser feito usando a membrana filtrante do rim artificial e/ou da membrana peritoneal.Existem, portanto, dois tipos de diálise: a peritoneal e a hemodiálise.

Diálise Peritoneal

Este tipo de diálise aproveita a membrana peritoneal que reveste toda a cavidade abdominal do nosso corpo, para filtrar o sangue. Essa membrana se fosse totalmente estendida, teria uma superfície de dois metros quadrados, área de filtração suficiente para cumprir a função de limpeza das substâncias retidas pela insuficiência renal terminal.Para realizar a diálise peritoneal, devemos introduzir um catéter especial dentro da cavidade abdominal e, através dele, fazer passar uma solução aquosa semelhante ao plasma. A solução permanece por um período necessário para que se realizem as trocas. Cada vez que uma solução nova é colocada dentro do abdômen e entra em contato com o peritônio, ele passa para a solução todos os tóxicos que devem ser retirados do organismo, realizando a função de filtração, equivalente ao rim.Para realizar a mesma função de um rim normal trabalhando durante quatro horas, são necessárias 24 horas de diálise peritoneal ou 4 horas de hemodiálise.A diálise peritoneal realizada no hospital é planejada segundo as necessidades do paciente, tendo em vista a situação da insuficiência renal terminal.A diálise também pode ser realizada no domicílio do paciente, em local limpo e bem iluminado.Neste caso é conhecida como DPAC (diálise peritoneal ambulatorial crônica).O próprio paciente introduz a solução na cavidade abdominal, fazendo três trocas diárias de quatro horas de duração e, depois de drenada, nova solução é introduzida e assim por diante. Dependendo do caso, pode permanecer filtrando durante a noite. A DPAC permite todas as atividades comuns do dia-a-dia, viagens, exercícios, trabalho.A diálise peritoneal pode ser usada cronicamente por anos, exigindo do paciente somente visitas médicas periódicas.

Hemodiálise

Na hemodiálise, é usada uma membrana dialisadora, formada por um conjunto de tubos finos, chamados de filtros capilares.Para realizar a hemodiálise, é necessário fazer passar o sangue pelo filtro capilar. Para isso, é fundamental ter um vaso resistente e suficientemente acessível que permita ser puncionado três vezes por semana com agulhas especiais.O vaso sangüíneo com essas características é obtido através de uma fístula artéria venosa (FAV).A FAV é feita por um cirurgião vascular unindo uma veia e uma artéria superficial do braço de modo a permitir um fluxo de sangue superior a 250 ml/minuto.Esse fluxo de sangue abundante passa pelo filtro capilar durante 4 horas, retirando tudo o que é indesejável. O rim artificial é uma máquina que controla a pressão do filtro, a velocidade e o volume de sangue que passam pelo capilar e o volume e a qualidade do líquido que banha o filtro.Para realizar uma hemodiálise de bom padrão é necessário uma fístula artério-venosa com bom fluxo, um local com condições hospitalares; maquinaria adequada e assistência médica permanente.Tendo essas condições, o paciente poderá realizar hemodiálise por muitos anos.

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A hemodiálise tem a capacidade de filtração igual ao rim humano, dessa forma, uma hora de hemodiálise equivale a uma hora de funcionamento do rim normal.A diferença entre a diálise e o rim normal é que na diálise realizamos três sessões de quatro horas, o equivalente a 12 horas semanais. Um rim normal trabalha na limpeza do organismo 24 horas por dia, sete dias da semana, perfazendo um total de 168 horas semanais. Portanto, o tratamento com rim artificial deixa o paciente 156 horas semanais sem filtração (168 -12=156).Apesar de realizar somente 12 horas semanais de diálise, já está provado que uma pessoa pode viver bem, com boa qualidade de vida e trabalhar sem problemas.A hemodiálise tem seus riscos como qualquer tipo de tratamento e apresenta complicações que devem ser evitadas como: hipertensão arterial, anemia severa, descalcificação, desnutrição, hepatite, aumento do peso por excesso de água ingerida e complicações das doenças que o paciente é portador.Por isso, os médicos controlam e tratam os problemas clínicos (edema, pressão alta, tosse, falta de ar, anemia) em cada sessão de hemodiálise.Uma vez por mês solicitam exames de sangue para ver como estão as taxas de uréia, fósforo e ácido úrico e observam o estado dos ossos para evitar a descalcificação. Orientam a dieta controlando as calorias, o sal e as proteínas para o controle da nutrição.O número de pacientes que fazem diálise peritoneal é da ordem de 2 a 5 % dos renais crônicos e o restante faz hemodiálise. No Brasil, atualmente, existem 35.000 pacientes fazendo hemodiálise e somente 10% são transplantados anualmente, por isso a lista de espera é muito grande.