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Sistema Político da União Europeia Joana Rodrigues, 2016 Apontamentos das aulas teóricas e práticas da cadeira de SPUE, lecionada pela professora Licínia Simão, no ano letivo 2016/2017

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Sistema Político da União Europeia

Joana Rodrigues, 2016

Apontamentos das aulas teóricas e práticas da cadeira de SPUE, lecionada pela professora

Licínia Simão, no ano letivo 2016/2017

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Sistema Político da União Europeia

Sistema Político da União EuropeiaJoana Rodrigues, 2016

SPUE 2016 Joana Aula 1 – 13 de setembro (teórica)Teste diagnóstico

Aula 2 – 20 de setembro (teórica)O que é a União Europeia?- Ator?- Como a caracterizamos?- Quais os conceitos que podemos usar para a estudar?IDEIA DE COMUNIDADE!

Partilha de cultura e identidade - Porquê a integração europeia? (explicação à frente)

Como começou? – Destruição, receio, bipolaridade, ameaça.Sistema Político- Instituições- Normas- InteressesEstados-Membros- Membros da UE, mas também os atores que mais influência tentam exercer dentro das instituições europeias.O porquê da Integração Europeia?- Necessidades económicas- Paz CECA (Paris) – Alta Autoridade- Reconstrução (contexto histórico)- Projeção de poder Supranacional!

Ideia de spill-over = começa no carvão e espalha-se para outras áreas Integração setorial = Funcionalismo (Mitrany)

Carvão e Aço (CECA = Sucesso) CED (fracasso)

UEO (agora integrada no PESD/PCSD) Autonomia Europeia

PAC = caminho para o mercado comum Tratado de Roma ‘57

Quais os objetivos?“Superestado”?

COMUNIDADES EUROPEIAS – ’60 Tratado de Fusão1ª CECA2ª CEE3ª EURATOM

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Deixou de existir em 2002; é integrada na UE.

Tratado de Lisboa = Tratado modificador (inclui todos os tratados)«Qualquer explicação para a existência da UE deve assentar no conceito de segurança» (Cini e Borragán, 2010: 2)UE – Segurança

Comunidade política Bem-estar social e económico Papel internacional para a UE Eliminar a guerra no continente europeu

O que são as Comunidades europeias? O que é a UE? - Difícil responder, mas porquê? A UE sempre quis ser ambígua e sem definição. A UE tem estado em constante mutação. UE = complexidade e multiface. Instituição básicas nas RI

o Não há como comparar!

Abordagem comparativa? - Permite definir partes da UE mas tem sempre de ser completada pela explicação de ser algo único.UE como Estado? Tem território É soberana em assuntos comunitários, porém, noutros assuntos é uma soberania limitada Tem legitimidade para governar e há eleições para o Parlamento. Monopólio da governação?

Não! É partilhada, nomeadamente no que respeita à implementação.

UE como OI? UE reúne-se voluntariamente para cooperar por terem interesses comuns

o UE também é uma OI, porém, com uma estrutura muito mais complexa Pelas áreas Características supranacionais

UE = OPNI (Objeto Político Não-Identificado)?

Instituições da UE Comissão Europeia (ou Comissão) Conselho da UE (ou Conselho ou Conselho de Ministros)

o Estados-Membros/Governos da UE Conselho Europeu

o Cimeira com chefes de governo Parlamento Europeu (ou Parlamento) Tribunal de Justiça da UE

Aula 3 – 22 de setembro (prática)Ronda de Notícias Encontro Informal de Bratislava

o Brexito Refugiados (e Turquia)o Terrorismo

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Taxas alfandegárias: Mercosul/UEo Acordo de livre comércio

1ª Política Externa da UE – Pauta aduaneira comum - Base funcionalista; assenta na base económica/comercial

Luxemburgo/Hungriao Expulsar a Hungria da UE

Precisa de voto unanime para tal ser aprovado pelo Estado-Membro. Pode-se, no entanto, suspender os direitos de voto de um Estado-Membro.

CECA Roma ‘57 Ato Único ‘86 Maastricht ‘92 Nice 2004 Amesterdão LISBOA

o Tratado da União Europeia (TUE)o Tratado sobre o Funcionamento da UE (TFUE), parte 3

Tratado fundador das Comunidades Europeias = Roma = TFUE1ª CECA2ª CEE Tratado de Fusão ‘603ª EURATOMTratado de Maastricht funda a União Europeia = TUE

Método Comunitário (Processo legislativo Ordinário) Conselho Europeu (linhas gerais) Comissão (propõe) Conselho + PE (aprovam com maioria qualificada) UE (fiscalização)

Intergovernamentalidade e SupranacionalidadeAbordagens sobre a Integração Europeia :

1. Transferência de competências do nível nacional para o nível europeu.

PORQUÊ?- Ganhos de eficiência (Segurança, ajuda económica e financeira = Calculo Racional)

Necessidade; spill-over; processo = Funcionalismo

Tendência a largar a negociação multilateral de acordos comerciais (OMC) em troco de negociações bilaterais entre blocos/Estados. Descorando, assim, a regulação da OMC, colocando em desvantagem os países menos desenvolvidos. Nenhum Estado-Membro da UE tem assento na OMC, apenas a Comissão nos representa.

A base funcionalista da UE assenta em grande parte no setor comercial. Acordos internacionais

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assinados pela UE têm que ser validados pelos Estados-Membros Conselho Europeu

A caminho de um sistema político pós-nacional?A - Recuo dos Estados

Necessidade da integração europeiaB – Permanência do Estado

A integração europeia é uma forma de manter o Estado pois permite a cooperação entre diferentes estados.

Aula 4 – 27 de setembro (teórica) - Faltei (apontamentos Hugo – não percebi metade)PolicyTFUE TUEParte III interna PESC (título V)Parte IV externa PCSD

A configuração institucional da CECA prevê a criação de uma Alta Autoridade para a gestão do carvão e do aço no espaço europeu

… da Comissão Europeia - … … … … … … Não existem mandatos imparciais dos factos da UE

A teorização da integração europeia é o campo da reflexão sistemática no processo de intensificação de cooperação política na Europa e desenvolvimento de instituições políticas comuns, e também o seu resultado. Também inclui teorização da construção de identidades e interesses em mudança.A integração europeia poder ser estudada analisando o processo e o resultado.

Ramo das teorias de integração- Teoria explicativa (desde ‘60 liberalismo, realismo, neoliberalismo)

Como explicar os processos de integração? Porque é que a integração europeia acontece?

- Análise do sistema de governação (desde ’80 – Governança; análise comparativa; análise de políticas)

Que tipo de sistema político é a UE? Como descrever os processos políticos da UE?- Construção da UE (desde ’80 – Construtivismo social; pós-estruturalismo; economia política internacional; teoria política normativa, abordagens críticas).

Que consequências sociais e políticas derivam da integração europeia e em que condições? Como são conceptualizadas a integração e a governação europeia? E como deveriam ser?

Paradigmas teóricos clássicos- Supranacionalismo

Funcionalismo (Mitrany)Neofuncionalismo (Haas)Federalismo e Neofederalismo

- IntergovernamentalismoRealismo e neorrealismo (cooperação interestatal, …)

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Controlo estatal de processo de decisão.… de Estados soberanos que visa regenerar e preservar o Estado.

SUPRANACIONALIDADE 2 princípios correntes (neofuncionalismo e federalismo) O método comunitário de integração funcional

o Atores transnacionais e instituições centraiso Transnacionalismo (Deutsch)o Funcionalismo setorial geográfico e políticoo Criação de uma união política com instituições supranacionais

Período inicial da integraçãoo CEE – proposta de … no Conselho ‘66

«Peace will not be secured if we organize the world by what divides it» Mitrany

INTERGOVERNAMENTALISMO Desafios às abordagens supranacionais

o Veto da França à adesão do Reino Unidoo Crise da cadeira vazia (trazer a integração federalista)o Protecionismo (década de 70)

Low politics (funcionalismo), mas High Politics (intergovernamentalismo)o Conselho Europeuo …

Aula 5 – 29 de setembro (prática)How to do a Policy Memorandum?

Aula 6 – 4 de outubro (teórica)Contexto europeu no pós-guerra Projeto de unificação da Europa Comissão económica das Nações Unidas para a Europa ‘47 Plano Marshall ’47 – OCEE ‘48 COMECON ‘49 Conselho da Europa ‘49 Integração funcional na CECA – Plano Schuman e integração política da Alemanha

Tratado de Paris Criação de uma zona de comércio livre com o objetivo para a política de mercado único

Começa com o carvão e o aço Supranacionalidade desta organização europeia (Alta Autoridade – agora é a Comissão)

CECA – Instituições Alta Autoridade = Comissão

o Guardiã dos tratados; poder de decisões; pode aplicar multas; fiscaliza Medidas marcadamente económicas devido ao âmbito do tratado CECA

Conselho de Ministroso Controlar e harmonizar a Alta Autoridade junto dos governoso Na prática, o Conselho acabou por monopolizar parte das decisõeso Em ’60, a votação passa ser por maioria qualificada

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Assembleia Comum = PE – deputados nomeados pelos Parlamentos nacionaiso Podia passar uma moção de censura à Alta Autoridade

Hoje o PE pode fazer cair a Comissão Europeia por maioria dos votos. Tribunal de Justiça

CECA – Consequências Positivas Abolição das tarifas e quotas Progresso na remoção de barreiras não tarifárias Assistência à reconstrução da indústria Socialização europeia Aumento das trocas entre Estados

Sucesso PolíticoA caminho de Roma Comunidade Europeia de Defesa (CED) – Tratado assinado em ‘52 Em agosto de ’54, o Parlamento francês rejeita a proposta:

o Versão revista e menos ambiciosa – alargamento do tratado de Bruxelas de ’48 e criação da UEO.

o Episódio mostrou a dificuldade em querer avançar demasiado depressa. Maior integração (Messina – Conselho de Ministros) Comité Spaak

Tratado de Roma – 25 de março de ‘57 CEE (Comunidade Económica Europeia) EURATOM (Comunidade Europeia da Energia Atómica) CECA (Comunidade Económica do Carvão e do Aço)

CEE Artigo 2º: «A Comunidade tem como missão, através da criação de um mercado comum e

da aproximação progressiva das políticas dos Estados-Membros, promover, em toda a Comunidade, um desenvolvimento harmonioso das atividades económicas, uma expansão contínua e equilibrada, uma maior estabilidade, um rápido aumento do nível de vida e relações mais estreitas entre os Estados que a integram»

Mercado Comum:o Remoção das tarifas para a criação da zona de comércio livre;o Criação de uma tarifa externa comum – base para a política comercial comum;o Proibição de medidas que distorcessem ou impedissem competição;o Medidas para promover o livre movimento de pessoas, serviços e capital.

Outras:o Coordenação das políticas económicas e monetárias, agricultura e transporte

(vagas).

Tratado de Bruxelas = Tratado de Fusão ‘65 Substitui os três conselhos de ministros (CEE, EURATOM e CECA), por um lado, e as duas

comissões (CEE e EURATOMS) e a Alta Autoridade (CECA), por outro lado, por um conselho único e uma comissão única.

Tratado que altera algumas disposições orçamentais ‘70Tratado que altera algumas disposições financeiras ‘75

Criado o Tribunal de contas!

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Da euforia… ’61 tarifas internas CEE abolidas Mais trocas comerciais Forte crescimento económico PAC ‘68 União aduaneira ‘68

…à crise Charles de Gaulle

o Europa é útil para o projeto francêso Plano Fouchet – projeto para uma “união de Estados” recusado em ‘62

Fracasso: Incerteza quanto à participação do Reino Unido. Divergências sobre a questão de uma defesa europeia que as

aspire à independência em relação à aliança atlântica. Caráter excessivamente intergovernamental das instituições

propostaso Corria o risco de esvaziar de conteúdo o caráter

supranacional das instituições comunitárias existentes.

Charles de Gaulle CEE precisava de tomar decisões importantes:

o Extensão das questões votadas por maioria qualificada;o Definição da PAC;o Poder do PE.

De Gaulle provoca a “Crise da cadeira Vazia” em ’65 – Compromisso do Luxemburgo em ’66 – Veto.

Pós de Gaulle Cimeira de Haia em ‘69

o Abre caminho à adesão do Reino Unido (impedido por de Gaulle em ’63 e em ’67);o Alarga a competência orçamental do PE;o Apela à criação de uma união económica e monetária;o Lógica do Conselho Europeu (oficial a partir de ’74):

Instituições à parte das comunidades; Objetivo é rotinizar os encontros de Chefe de Estado e Governo.

Anos 70 Alargamento à Dinamarca, Reino Unido e Irlanda (Noruega não entra); Relatório D’Avignon e estabelecimento de uma Cooperação Política Europeia (CPE, que

origina a PESC), em ’70; Implementação da PAC (’72); Decisão de passar a eleger o PE diretamente (’74); Criação do Sistema Monetário Europeu (’78).

Anos 80 Adesão da Grécia em ’81; Forte relacionamento entre a França e Alemanha: Mitterand (’81) e Helmut Kohl (‘82); Cimeira de Fointainebleau (’84):

o Estabelecimento de mercado comum e revisão do Tratado até ’92.

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Acordo de Schegen (’85) – França, Alemanha e Benelux; Adesão de Portugal e Espanha (1 de janeiro de ’86); Ato Único Europeu (fevereiro de ’86).

Aula 7 – 6 de outubro (prática)Ronda de Notícias Guterres

o Posição da UE Georgia and the “visa-free” issue

o Política de vizinhança = ambiguidade construtiva É a adesão sem as instituições Todos os benefícios da adesão, sem a adesão

o Posição da Rússia

DECLARATION OF 9TH MAY 1950 – Robert Schuman = Base para o Tratado CECA Paz: Solidariedade e Integração europeia económica; Federação; Abordagem funcionalista:

o Avança “passo a passo”. Desenvolvimento de todo o mundo, não fosse esta uma europa colonial ainda; “Twist único” = Criação da Alta Autoridade.

DECLARAÇÃO DE MESSINA 2 DE JUNHO DE 1955 Criação de mais duas comunidades:

o CEE e EURATOM juntam-se à CECA. Ideia de mercado único:

o Por etapas – Maastricht é a etapa final.

CIMEIRA DE HAIA 1969 (recap da aula teoria de 4 de outubro) Cooperação Política Europeia = Voz internacional = Política externa; Alargamento = reforço do núcleo das comunidades; Instituições; Monetárias e económicas:

o Werner (’70);o Delors (’80).

PAC.

DECLARATION SOLENNELLE (STUTTGART 19 JUIN 1983)

Aula 8 – 11 de outubro (teórica)Ronda de Noticias China e UE – questões destas são tratadas na OMC

o A China acusa a UE de protecionismo … TTIP (Transatlantic Trade and Investment Partnership) – Relações com a UE?

o Conselho Europeu = Decisão política (avanço para negociar);o Comissão – proposta/iniciativa legislativa – propões e impões leis;o Conselho e PE (organizado em famílias políticas) – aprovam propostas da Comissão

(codecisão) – influenciados pela opinião pública;o Tribunal = validar acordo à luz da lei.

Funciona assim para todos os acordos internacionais. Gasoduto (pipeline) = passa na Turquia em vez de ser na Ucrânia

o Turquia – UE – Rússia = questões energéticas

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o Alinhamento estratégico: pró-UE ou pró-Rússia?

Criação de novas forças policiais fronteiriças na e da UE (fronteiras externas):o Controlo e auxilio nos fluxos migratórios;o Simbolismo do ato: mostrar a “união” da europa + força militar europeia como

novo passo da “união”?o (not sure about this) Estados-Membros solicitam esta força.

Encerramento de um jornal na Hungria (por oposição ao Governo):o Declarações de Martin Schulz.

ATO ÚNICO 1986 Before:

o Plano Fouchet = união de estados;o Cimeira de Haia (‘69) – CPE (política externa);o Relatório Davignon (’70); Evolução da PESCo Ato Único (’86) = Institucionaliza a CPEo Maastricht (’92) = 2º pilar = PESC

Evolução económica e monetária- Haia

Plano Werner (’72) = União económica e monetária (em 3 etapas)

Crise década de 70 …Livro Branco de Delors (80s)

Aula 9 – 18 de outubro (teórica) - Faltei (apontamentos Carlota)Políticas executivas da UEHá um processo de europeização dos interesses dos 28 Estados-Membros

InteressesEstados Membros (28) Europeização

São canalizados para as instituições e, aí, transformadas em políticas que afetam os seus cidadãos.Instituições = espaço de socialização dos decisores nacionais; espaço de questionamento da identidade/visão europeia.

As responsabilidades executivas da UE incluem liderança política e implementação e regulação. - Divisão de competências executivas entre a Comissão Europeia e os Conselhos EuropeusOs Estados-Membros são responsáveis pela transposição de legislação europeia para a lei nacional.

Os Conselhos são responsáveis pela PESC e pela PESD.A Comissão faz uma proposta legislativa que tem depois de passar pelo Conselho

Europeu e pelo PE para ser aprovada num processo de codecisão. Se as medidas forem aprovadas, a Comissão implementá-las-á.Delegação de responsabilidades Estratégia do principal agente: nesta abordagem, o principal, que detém responsabilidades

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executiva, decide delegar competências a um agente, que passa a ser responsável pela sua implementação, MAS as instituições (agentes) desenvolvem o poder de moldar as preferências do principal e começou a realizar funções que reforçam inclusivamente as suas competências.

Tratados – Primeiro instrumento de delegação/distribuição de competências.Instituições e órgãos da UE, pós-Lisboa: Comissão Europeia; Conselho da UE (Ministros); Conselho Europeu; Parlamento Europeu (PE); Tribunal de Justiça da UE; Banco Central Europeu; Tribunal de Contas da UE. Órgão de política externa (Serviço Europeu para a Ação Externa) Agências especializadas Órgãos consultivos

Processo de tomada de decisão na Comissão Europeia1. Reunião da Comissão – debate oral2. Processo escrito3. Processo de habilitação4. Processo de delegação e de subdelegação

Relações entre a Comissão e os Estados-Membros – independência assegurada: Os Estados-Membros não podem demitir membros da Comissão (só o PE, através da

moção de censura, é que pode fazê-lo) nem limitar ou reduzir o seu mandato; Pode atuar contra os Estados-Membros que violam os tratados e atuar judicialmente

contra eles no Tribunal Europeu de Justiça.

Relações entre a Comissão e o Conselhoa) a Comissão é responsável perante o PE, não o Conselho;b) a Comissão fiscaliza a atuação do Conselho e pode referi-lo ao Tribunal Europeu de Justiça

(poder sancionatório);c) o Conselho participa na sua nomeação, mas só pode requerer ao TEJ que decrete a

demissão de um comissário a nível individual;… … …

Relações entre a Comissão e o PE – existe dependência: A Comissão responde perante o PE; este pode apresentar questões orais e apresentar

moção de Censura (a Comissão caí toda); Comissários e Plano anual aprovados pelo PE.

Presidente da Comissão e Alta Representante nomeados polo Conselho Europeu.Colaboração próxima entre Presidentes do Conselho Europeu e da Comissão.

Dinâmicas dentro da Comissão – Recrutamento:a) Com base no mérito e na transparência, mas limita o controlo que os Comissários têm

sobre os seus diretores-gerais (não há nomeações políticas);b) Níveis mais sénior; nacionalidades (quotas nacionais);c) Igualdade de género e diversidade étnica.

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Sistema Político da União Europeia

Aula 10 - 19 de outubro (teórica suplementar)TRATADO DE LISBOADeclaração de LaekenTratado de Nice previa a continuação do debate sobre a integração – ideia de ter mais discussões para um novo tratadoConselho Europeu de Laeken, Dez 2001: Declaração respeitante ao Futuro da União

- “Etapa decisiva em direção a uma União mais simples, mas forte no perseguir dos seus objetivos essenciais e mais presente no mundo”.

EU tinha de ser mais democrática, institucionalmente menos complexa, mais transparente, e com maior capacidade de intervir no mundo3ª parte da declaração de Laeken convoca uma Convenção sobre o Futuro da Europa que apresentasse um documento final que servisse de base às negociações da reforma dos tratados agendada para out 2003

Convenção sobre futuro da EuropaComposta por representantes dos governos nacionais (15), da comissão (2), do PE (16), dos parlamentos nacionais (30) e dos países candidatos (1 governos e 2 do parlamento).Observadores: Comité das regiões (6) provedor Justiça europeu, comité eco e social e 3 representantes dos parceiros sociais europeusPresidida pelo francês Valery Giscard d'EstaingVice: Guiliano Amato, Jean-Luc DehaenePraiesidium da convenção composta também pelos representantes de Espanha, Dinamarca, Grécia, bom como por 2 representantes dos parlamentos nacionais e representantes do PEDe 28 de fevereiro 2002 a 10 julho 20033 fase:Escuta – o que esperamos da Europa? Estudo – Quais as propostas em cima da mesa?Recomendação e das propostasPresidente da Convenção apresentava, a cada conselho europeu, um relatório oralFevereiro 2003, praesidium apresenta os 1ºs conjuntos de artigos propostos de emendaVersão final

Tratado ConstitucionalConselho Europeu de 12 a 13 de Dez é um fracassoMatérias polémicas:Novo método de decisão por maioria qualificada com base da pop (Espanha e Polonia contra)Composição da Comissão (novos estados membros não queriam abdicar de um comissario)‘Herança Cristã’ VS ‘religiosa’ no preambuloNegociação não avançaram como desejado sob a égide da Presidência italiana e a decisão de aprovação do texto foi adiada para a presidência irlandesaTexto foi finalmente aprovado em Bruxelas a 18 junho 2004 e assinado 29 out 2004, em Roma, ma sala CapitólioTratado era composto por preambulo, 4 partes, 36 protocolos, 2 anexos e 50 declaraçõesAo contrario das declarações que constituem meras explicações das decisões tomadas, os protocolos e anexos fazem parte integrante do tratado, tendo assim o mesmo valor jurídico.90% proposta da Convenção mantem-se apesar das 80 emendasEstrutura:PreambuloParte I com aspetos fundamentais

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Sistema Político da União Europeia

II Carta dos direitos fundamentaisIII Pol e Funcionamento da EUIV Disposições gerais e finais

Principais novidades do TCAtribuição de personalidade jurídica à EUFim da estrutura de pilaresInserção da Carta dos direitos fundamentaisPrincipio da atribuição: União atuara no quadro das competências atribuídas pelos estados – travão ao alargamento de competênciasMudanças institucionais, posteriormente consagradas no Tratado de Lisboa.

A crisePE aprovou o Tratado janeiro 2005Ratificação novembro 2004 – junho 2005: Lituânia, Hungria, Eslovénia, Itália, Grécia, Bélgica, Eslováquia, Áustria e DEConsulta populares favoráveis 2005: Espanha, LuxemburgoConsulta populares negativas: França, HolandaConselho Europeu junho 2005, processo de ratificação adiado para novembro 2007Comissão lança plano D (democracia, diálogo, debate) – Período de Reflexão

O Tratado de Lisboa23 julho 2007, foi convocada uma CIG em LisboaDesistiu-se da ideia de Constituição Europeia, avança-se com um tratado modificativo (revisão de todos os tratados):

Tratado da EU (Maastricht)Tratado que institui a Com Europeia (Roma)

Assinado a 13 dez 2007 e entrou em vigor a 1 dez 2009Nome oficial: O Tratado ReformadorCompromisso entre os apoiantes do TC (conteúdo – tem lá tudo que estava em cima da mesa) e os seus oponentes (forma – não se chama tratado constitucional, não há ministro dos negócios estrangeiros – qualquer ideia mais federalistas desaparece)Tratado Lisboa: modificações aos tratadosMantém 2 tratados fundadores:Tratado da EU:

Define os princípios e regras fundamentais da uniãoObjetivos, valores e competênciasEstrutura institucional, relação com os EM e os cidadãos

Tratado que institui a Comissão Europeu – passa a chamar-se “Tratado sobre o funcionamento da União”:

Regras para ação das instituições europeiasRegulação do mercado internoMedidas para implementação politicas comuns

Valor diferenciado dos 2 tratadosO Tratado da EU é considerado lei fundamental da União, assente num consenso mais amplo e de longo prazo, sem permitir opt-outs e onde os procedimentos de revisão são mais difíceisO Tratado sobre o funcionamento da EU é um tratado implementador, numa posição subordinada em relação ao anterior. Permite alterações mais fáceis e opt-outs refletindo as necessidades de diferentes contextos.

Contributos do Tratado de LisboaReforma as instituições e melhora o processo de decisão da EU;

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Sistema Político da União Europeia

Reforça a dimensão democrática da UE: reforço dos poderes do PE e processo de codecisão para método legislativo ordinário (PE e Conselho em pé de igualdade) + cidadãos podem solicitar à Comissão determinada legislação + etc.);Reforma as políticas internas da EU;Reforça a política externa da EU.

Tratado de Lisboa e défice democráticoProcura melhorar a legitimidade das decisões (art.º 10 e parte II TFUE)Poderes do PE são reforçadosAtribui papel + importante aos parlamentos nacionais (Protocolo 1)Cria igualmente a iniciativa de cidadania (art.º 11 TUE art.º 24 TFUE; Direito (art.º 24 TFUE)Reforça as competências da UE no âmbito do Espaço europeia de liberdade (titulo V, TFUE)

Tratado de Lisboa e política externa e de segurança (Titulo V, TUE)A ação da UE no plano internacional é reforçada (maior visibilidade).A UE adquire personalidade jurídica.Criação do serviço europeu de ação externaDebate sobre quem será o Sr. ou Sra. Europa?

Alta representantes para negócios estrangeiros e política de segurançaPresidente conselho europeuPresidente ComissãoPresidente rotativa do conselho ministro da UE

Tratados fundadores decidiam agora uma secção à política comum de segurança e definiam como objetivo de longo prazo criar uma defesa europeia comum

Mudança institucionaisComissãoUm comissário por EM, mas a partir de 2014 inicia-se um sistema rotativo, onde devem estar representados 2/3 dos EM, exceto se o Conselho Europeu decidir alterar esse numero.Novo cargo de alto representante da UE para negócios estrangeiros e política segurança – substitui o comissario para as relações externas e alto representantes para pol externa e segurança comum

Conduzir a pol externa da União, preside ao com negócios estrangeiros e é um dos vice-presidentes da comissão, é nomeado pelo conselho europeu, deliberando por maioria qualificada, com o acordo do presidente da comissão, esta sujeito, juntamente com o presidente e os restantes membros da comissão, ao voto de aprovação do PE

O presidente é proposto pelo conselho europeu, deliberando por maioria qualificada e, posteriormente, aprovado pelo PE

Introduz uma ligação direta entre os resultados das eleições para o PE e a escolha do candidato à presidência da Comissão

Mudanças institucionaisPE (art.º …)

Nº máximo 751 deputados. O nº deputados por EM varia entre 96 e 6PE propor a sua própria repartição dos assentos, mas tratado define as regras de base no âmbito das quais essa repartição deve ser efetuada.O processo de codecisão é rebatizado “processo legislativo ordinário” e estende.se a novas pol pubNovo papel na celebração de acordos internacionaisCompetências orçamentais reforçadasMantem grande controlo sobre comissãoDireito iniciativa de revisão tratado

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Sistema Político da União Europeia

Conselho Ministros (art.º …)Votação maioria qualificada O Conselho Assunto gerais assegura a coerência dos trabalhos das diferentes formações do Conselho; prepara as reuniões do Com Europeu e assegura o seu seguimento, em articulação com o presidente conselho europeu e com a comissãoO Conselhos dos negócios estrangeiros elabora a ação externa da União, de acordo com as linhas estratégicas fixadas pelo conselho europeu, e assegura a coerência da ação da uniãoA presidência das formações do Conselho…

Conselho europeu (art.º 15, TUE; art.º 235-236, TFUE)Reconhecido como instituição plena da UEDá os impulsos necessários ao desenvolvimento da UE e define linhas gerais e prioridadeComposto pelos chefes de estado ou de governo dos EM, bem como pelo seu presidente e pelo presidente da comissão. O Alto representante participaReúne 2 vezes por semestrePronuncia-se por consenso, salvo disposição em contrário nos tratadosPresidente permanente com mandato 2 anos e meio

Assegura……

TJUE (art.º 251-281 TFUE)BCE – representa … (art.º 281-284, TFUE, protocolo 4)

Duas principais missões do BCE:BCE + bancos centrais EM constituem o Sistema Europeu……

Aula 11 – 20 de outubro (prática)Trabalho em grupo – esclarecimento dúvidas relativa ao Policy 0 – Défice DemocráticoCabeçalhoContextualização Défice concetual Mapear os debates sobre défice democrático na Europa … instituições europeias em corresponder ao défice 2016 – Agenda europeia – importância do défice

Questões centraisOpções de ação Prós e Contras

RecomendaçõesInstitucional psico-social

DÉFICE DEMOCRÁTICO

Input Throughput Output

Participação representativa Transparência ResultadosResponsabilidade

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Sistema Político da União Europeia

Aula 12 – 25 de outubro (teórica)- Faltei (apontamentos Carlota)A UE tem uma séria de acordos políticos com outros países (não candidatos à adesão) que fazem parte das suas denominadas “Parcerias Estratégias”.

Nesta aula: Conselho Europeu e Conselho da UE (Ministros)

Estabelecido em ’74, na Cimeira de Paris Por excelência, a instituição executiva.

Quem é que faz parte do Conselho Europeu? Chefes de Estado dos 28 Estados-Membros; Presidente do Conselho e Presidente da Comissão; Alta-Representante participa, mas não faz parte; Presidente do PE pode ser convidado a participar.

Competências do Conselho Europeu (CE)Método aberto de coordenação: em áreas onde a competência política está no nível nacional (política social e económica).De Schuutheete atribui 5 características ao Conselho Europeu: autoridade; informalidade; flexibilidade; senioridade; intergovernamentalidade.

Métodos de decisão Decisões gerais por consenso; Abstenção construtiva (não bloqueia decisões); Decisões por maioria qualificada (quando há votação).

NOTA: Presidentes do Conselho Europeu e da Comissão não votam!

Presidência do Conselho Europeu Permanente, mandatos de 2 anos e meio, renovável 1 vez (substitui as presidências

rotativas); Funções: preparação dos encontros; condução dos debates; elaborar conclusões;

acompanhar a sua implementação.

«Tratado sobre estabilidade, coordenação e governação na união económica e monetária.»

Conselho da UE (Ministros) Órgão representativo da UE (unanimidade): Órgão de criação de consensos, de concertação e de avanço dos interesses gerais da

União; Composto por representantes dos Estados-Membros.

Aula 13 – 3 de novembro (prática)Último Policy – Posição do nosso país (República Checa) sobre a importância da Turquia em áreas de Política Externa e de Segurança Comum - PESC.

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Sistema Político da União Europeia

Críticas gerais aos primeiros Policy Memos Devem referenciar tudo! Cumprir a estrutura! – as regras formais todas

o Notas de fim apenas para bibliografia, mas também informação adicional Incluir mais o processo burocrático que a recomendação teria de levar; recomendação

mais detalhada – policy development.

BREXITObjetivo do Poliy 1 1) Avaliar o impacto da saída do reino Unido nas instituições europeias e na União no seu

conjunto.2) Elaborar recomendações sobre como as instituições e a UE se podem preparar.

Reino Unido e a UE Reino Unido é um dos maiores e mais importantes membros da UE – É um dos 3 grandes:

o É a 5ª economia mundial e a 2ª maior economia da UE;o O seu contributo para o orçamento europeu foi de 8.5 milhões de libras em 2015

(total de €18 milhões contribuições nacionais);o É o 3º estado mais populoso da UE, com 12.76% da sua população. Com base

nisto, tem um papel de grande influência no Conselho da UE e no PE.o É o país da UE com maior orçamento de defesa (mais dinâmico e com maior força

de projeção): Com que meios vamos fazer as nossas missões sem o Reino Unido?

O estatuto especial do Reino Unido e a UE Opt-outs:

o Euro € - mantém a libre esterlina (Protocolo nº15);o Schengen (Protocolo nº19);o Exercer controlo fronteiriços, não participando no espaço Schengen no que toca às

fronteiras internas e externas (Protocolo nº20);o Escolher participar ou não nas medidas adotadas no âmbito da área de liberdade,

segurança e justiça (Protocolo nº21);o Deixou de aplicar (1 de dezembro de 2014) uma parte dos atos e provisões

europeias no âmbito da cooperação policial e judicial em matérias criminais adotadas antes da entrada em vigor do Tratado de Lisboa e decidiu continuar a aplicar 35 outras (Artigo 10º, pontos 4 e 5, do Protocolo nº36).

A incorporação da Carta dos Direitos Fundamentais da UE no Tratado de Lisboa não estendeu … … …

O acordo da UE com David Cameron no âmbito do Brexit demonstra isso (Conselho Europeu, 16 de fevereiro de 20126) – Tentativa de evitar o Brexit

Papel central do Reino Unido Criação e aprofundamento do Mercado Único europeu – caráter liberal da economia

europeia.o Padrão de voto do Reino Unido no PE = esquerda vai em geral ganhar mais poder

com o Brexit Criação de uma união de mercados capitais; Dinâmica de alargamento (desaceleramento; mais obstáculos; Reino Unido apoia os

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Sistema Político da União Europeia

alargamentos, mas com condições - visão muito geopolítica deste ponto); Papel mais visível da UE, globalmente:

o Alterações climáticas;o Oposição à defesa europeia (é mais a favor da NATO), mas é o Estado-membro

com maior capacidade (Cimeira de St.Malo em ’99 com o Reino Unido e a França – pilar europeu de defesa, PESD, para resolver a questão nos Balcãs) – O Tratado de Lisboa cria a Agência Europeia de Defesa;

o Uso de medidas PESC. Políticas de combate ao terrorismo e crime organizado transfronteiriço.

Negociação da saída do reino Unido Referendo no Reino Unido não é legalmente vinculativo. Contudo, politicamente, não

poderá ser ignorado. Reino Unido não sai imediatamente da UE – iniciam-se negociações com as instituições

após a invocação do Artigo 50º do Tratado da União Europeia (Tratado de Lisboa).o 2 anos de negociações, com o Conselho para chegar a um acordo. Proposta da

Comissão, aprovada no PE e votação por super-maioria qualificada no Conselho (20/27) – poderá ser necessária ratificação do acordo pelos Estados-Membros.

o Se não houver acordo, podem prolongar-se as negociações (decisão unanime do Conselho Europeu) ou haver uma saída sem condições acordadas.

O que pode ser negociado no âmbito do Artigo 50º? O fim das obrigações e direitos do Reino Unido no âmbito da lei europeia. Mas pode também incluir uma declaração sobre o futuro enquadramento para as relações

– isto facilitaria um acordo. Reino Unido pode mudar de ideias durante 2 anos?

o O Artigo 50º é omisso quanto a casos de revocação; o TJUE poderia pronunciar-se favoravelmente.

Se o Reino Unido simplesmente não chegar a um acordo sobre os termos de saída?o Ao fim de 2 anos, Bruxelas pode simplesmente deixar o processo desencadear-se.

Que interesses tem a UE no Reino Unido? Reino Unido representa o maior mercado da UE 27 – acordo de livre comércio benéfico

para a UE. Reino Unido dá à UE uma perspetiva global, serviços de informação, soft power:

o Que tipo de colaboração na NATO e nas missões da UE?

Negociações deverão ser duras para afastar a possibilidade de outras forças eurocéticas noutros Estados-Membros avançarem com novas exigências ou possíveis saídas.

Brexit e o Sistema Político da UE Saída do contingente britânico em Bruxelas

o Perderiam o emprego, exceto, por ventura, a níveis intermédios na Comissão;o Presidência do Conselho não faz sentido assumir – Artigo 50º indica que o Reino

Unido não poderá estar nas reuniões do Conselho onde sejam discutidas matérias relativas ao Brexit

o Presidências de comités do PE lideradas por britânicos – devem ser alocados a outros MEP’s, já que tratarão de matérias relevantes à negociação do Brexit.

o No TJUE devem sair os juízes britânicos Impactos na agenda da UE

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Sistema Político da União Europeia

o Matérias lideradas pelo Reino Unido poderão perder impulso;o Alterações nos equilíbrios de poder dentro das instituições (Conselho e PE):

Ministro de um Governo conservador e MEP de centro-direita maioritariamente.

o Áreas que poderiam ser mais afetadas: Mais regulação do setor empresarial Menos proteção de propriedade intelectual Orçamento europeu reduzido e aumento das contribuições de outros

Estados-membros; … … … … … …

Reforço da posição da Alemanha – Menos posições críticas, menor capacidade de se opor; Maior alinhamento entre o Mercado interno e a zona euro.

Conclusão Impactos na UE – Interesses económicos e políticos (acesso ao Mercado do Reino Unido e

risco de contágio); Ajuste ao nível procedimental nas instituições (Conselho e PE mais afetados, Comissão

também); Alterações nos equilíbrios de poder; A política externa e de segurança e defesa terá menos apoio.

Aula 14 – 15 de novembro (teórica)Ronda de notíciasReunião Conselho min negócios estrangeiros sobre TurquiaUE enquanto órgão regulador.

O Parlamento Europeu e o Tribunal de Justiça da UEPE colegislador com o Conselho. Tribunal fiscaliza essa aplicação da lei. – Supranacionalidade.Tribunal = garantir que a legislação europeia é aplicada, pelos EM, pelas próprias instituições da UE.

Sedes do PE: Bruxelas e Strasbourg – ilustrativas da importância maior que o PE ganhou - Questões sobre gastou em relações ao facto de haver duas sedes e das deslocações necessárias por isso, pelo menos uma vez por mês. - Razão histórica para a existência da sede no Strasbourg que reflete a reconciliação entre a DE e a França

PEO PE esteve à altura dos poderes que detém (codecisor e colegislador). - …, … e Alta Representante devem prestar contas ao PE; BCE também - Presidente Comissão Europeia é eleito pelo Conselho Europeu, e o OE vota tendo em conta o resultado das eleições - Cada EM indica um comissário para o Colégio de Comissários que depois são aprovados pelo Presidente Comissão (pode pedir outro) e depois o escrutínio para o PEÓrgão legislativo e representativoComeçou como órgão de controlo e escrutínio – da alta autoridade - (juntamente com o tribunal justiça CECA) -

Tratado de Paris prevê que Estados-Membros escolham entre nomeação ou eleição

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Sistema Político da União Europeia

dos parlamentaresResistência dos Estados-Membros à eleição direta do PE, o que elevaria o seu

estatuto democrático.Tratado de Roma define que passarão a ser eleitos, mas sem um prazo claro.

Evolução dos poderes do PE Tab. 6.1 Main Treaty changes affecting the European Parliament IMPORTANTETratado de Roma - O Conselho tem que consultar o PE para poder ser aprovado algo.Década de 70 dado ao PE direito de rejeitar orçamento europeu e de fazer alterações ao orçamentoAto único europeu – consulta (assentimento)* e cooperaçãoCom Maastricht o escrutínio e os poderes são aumentados – codecisão (nº limitado de matérias – com lisboa é a maioria das matérias. PE pode criar comissão de inquérito. *O PE deve dar o seu OK (assentimento) com algumas matérias (alargamento e alguns tratados internacionais) – com Lisboa tem que dar o seu consentimento para todos os tratadosAmesterdão PE aprova presidente da comissãoPoderes do parlamentoDécada de 70: competências orçamentais (74 e 84 rejeita orçamento); TL – PE partilha competências totais com Conselho de Ministros no orçamento anual

Poderes no controlo do executivoConselho Europeu/Estados-Membros (PESC/PESD)Pode demitir a Comissão (99)Maastricht e Amesterdão reforço controlos sobre a comissão Lisboa – elege o Presidente Comissão com proposta do Conselho.

Poderes legislativos do PEMaior expansão

Consulta (Roma) – opiniões não vinculativasCooperação (AUE) pode propor alterações ou vetarAssentimento Codecisão – agora é método legislativo ordinário da UE

Ver pagina PE o procedimento ordinárioDiálogo informal entre a comissão, PE e Conselho

Poderes de fiscalização – comissão de inquérito

LiderançaPresidente – mandatos de 2.5 anos; preside ao plenário; representação do PE; controlo do funcionamento da instituição; preside à conferencia de presidentes (presidentes dos grupos políticos no PE) e Bureau (14 vice-presidentes do PE).

A escolha do presidente para o PE tem sido politizada. Normalmente, ele é do partido politico que não nomeia o presidente da comissão.

Grupos políticos representados no PE (8)Para construir um grupo políticos é necessário um nº min de 25 deputados e uma representação de, pelo menos, um quarto dos EM.Maior institucionalização dos grupos pol no PEDomínio do bloco central (PPE e SD) – arranjos na Presidente de PE ou na eleição no Presidente ComissãoTratado de Maastricht, partidos políticos europeus, reconhecidos como elemento central na integração

Financiados pelo …

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Sistema Político da União Europeia

Responsabilidade eleitoral ligado a dinâmicas nacionais, embora a UE seja um assunto cada vez mais politizados

Comissões Parlamentares (são 22) Estabelecidas pelo PE Representação dos partidos e nacional proporcional Liderança: Presidente e vice + coordenadores dos partido politico Preparam o trabalho legislativo: rapporteurs - preparam relatórios que serão a base das

resoluções parlamentares que serão aprovados no plenário, após emendas. Tribunal de Justiça das Com Europeias (TEJ) ‘51 Tratado de Paris

o Garantir a interpretação e aplicação do tratado à luz da lei europeia Roma 58, jurisdição alargada as 3 comunidades

o Tribunal supranacional. De jurisdição obrigatória sobre todas as áreas cobertas pelos tratados

o Decisões vinculativas para as instituições europeias, os EM e indivíduos AUE 86 cria Tribunal 1ª Instancia

o CPW fica fora da jurisdição do TEJ Maastricht 92 só o 1º pilar fica sujeito à jurisdição do TEJ Amesterdão 99, transfere matérias do 3º pilar para o 1º pilar

o Maiores poderes do TEJ em matérias policiais e cooperação judicial Nice 2003 alterações à estrutura do tribunal

o Tribunal de 1ª instancia torna-se autónomoo Cria painéis judiciais

TEJ e o T Lisboa Jurisdição alargada a todo o Direitos de UE, com o fim de estrutura de pilares Jurisdição para emitir pareces preliminares em matérias de área de liberdade, segurança e

justiça A Carta de direitos fundamentais da UE passa a ter o mesmo valor legal que os Tratados

o Mas, não pode ser invocada pelo Tribunal contra RU e Polonia, que requerem uma derrogação

A PESC fica sujeita a regras e procedimentos especiaiso Tribunal não tem competência, exceto na monitorização da delimitação de

competências da União e da PESC

Jurisdição Ações por incumprimento – intentadas contra os governos nacionais por não aplicação do

direito da UE.- Comissão Europeia gere uma 1ª fase administrativa e tribunal gere a fase judicial

Recurso de anulação – interpostos contra a legislação da UE que alegadamente viole os Tratados ou os direitos fundamentais dos cidadãos da UE

Pedidos de decisão a titulo prejudicial – Os tribunais nacionais dirigem-se ao TJ para q esclareça a interpretação de uma elemento do direito da UE

Ação por omissão – intentadas contra as instituições da UE por não tomarem as decisões que lhes competem

Ações diretas – intentadas por particulares, empresas ou organizações contra ações ou decisões da UE

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Sistema Político da União Europeia

Ativismo judicial As decisões do tribunal criam precedentes na interpretação da lei europeia. Garantir a sua independência e assegurar equilíbrio institucional Acesso ao tribunal: indivíduos, ‘pessoas legais’, EM e Instituições europeias Reconheceu o direito do PE iniciar procedimentos junto do tribunal Exigiu que as instituições europeias justificassem as suas ações Embora possam criticar as decisões do tribunal, quer os tribunais nacionais, quer os

governos tendem a acatar as suas decisões. Normalmente, se o direito europeu não proíbe é porque o que está por omissão pode ser

feito.

Aula 15 – 17 novembro (prática)

Trabalho em grupo: Policy 1 - Brexit

Aula 16 – 22 novembro (teórica)Mesa Redonda – União económica e monetária(apontamentos na agenda petit)

Aula 17 - 24 novembro (prática)As relações com a Turquia em matéria de Política Externa e de Segurança Comum.

Policy memo individidual – República Checa

Perspetiva do nosso país – República Checa -, mas em nome da UE

1º Política de alargamento da UE – O que é esperado de um país candidato? Que tipo de relações se criam

2º Política Externa e de Segurança Comum – PESC – como é que o meu país se vai posicionar numa reunião do conselho ministros (de negócios estrangeiros) numa reunião para a PESC, onde a Turquia é relevante: refugiados – politica de justiça e assuntos internos, área de liberdade de segurança e justiça -, Rússia, Síria, Médio Oriente.

Ex. Somos um diplomata júnior a recomendar políticas para o ministro dos negócios estrangeiros (ou para o embaixador no COREPER)

Conselho de Ministros

Bruxelas – COREPER (REPER – embaixadores – Diplomata júnior/técnicos)

Sobre a PESC – não relacionado com o pedido de adesão à UE

Recomendações para tratar da segurança da UE

Objetivos deste PM

A partir da perspetiva do EM que estão a representar devem:

o Avaliar as dinâmicas securitárias em que a Turquia é um parceiro central da UE e os desafios que se colocam à união;

o Elaborar recomendações sobre a forma como a UE deverá proceder nestas matérias

Conselho de Ministro de Negócios Estrangeiros sobre PESC – que posição terá o vosso país?

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Sistema Político da União Europeia

A Turquia e a União Europeia

Enquadramento legal e institucional:

o Politica de adesão à UE

o Capítulos de negociação/harmonização

Alargamento e PESC

o Chapter 31 Foreign, Security and defense policy - Member States must be able to conduct political dialogue in the framework of the foreign, security and defence policy, to align with EU statements to take part I EU actions…

o A partir do pedido de adesão (1995 pedido – aceite em 2005) o futuro membro deve incorporar as políticas a UE (35 capítulos temáticas) – nenhuma ainda foi fechado nas negociações com a Turquia. [Chapter 31 Foreign, Security and defense policy]

Comissão Europeia (2004)

Questões centrais da adesão da Turquia~

1. Geo-political dimension

2. Economic dimension

3. Internal market and related policies

4. Agriculture, veterinary and Phytosanitary issues, Fisheries

5. Regional and Structural policy

6. Justice and home affairs

7. Institutional and budgetary aspects

Comissão Europeia

Progress Report on Turkey (2014)

Progress Report on Turkey (2015)

o Turkey is moderately prepared – Some progress

o Align itself more closely with EU declarations and Council decisions – Recomendação (muito ampla) da Comissão Europeia.

Questões na agenda da PESC

Conselhos de Ministros dos Negócios Estrageiros.

AR/VP (declaração da alta representante onde ela se refere à Turquia).

o Serviço Europeu de Ação Externa https://eeas.euroa.eu/node/15566

o Serviço Europeu de Ação Externa https://eeas.euroa.eu/node /9642

o Conselho de Ministros (14 de novembro de 2016) http://www.consilium.europa.eu/en/press/press-releases/

o Apresentação dos pontos do Conselho (novembro) feita no PE

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Sistema Político da União Europeia

Diferentes posições dos EM sobre a Turquia e os desafios de segurança

Que reflexos na PESC?

Que reflexos na gestão das crises e conflitos?

As tensões internas na Turquia dificultam estratégia da UE?

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