sistema nacional de indicadores em direitos humanos:...
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Sistema Nacional de Indicadores em Direitos
Humanos:
Direito Humano à Educação
Brasília, Setembro de 2016
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2016 – Ministério da Justiça e Cidadania
Secretaria Especial de Direitos Humanos
Michel Temer
Presidente da República Federativa do Brasil
Alexandre de Moraes
Ministro de Estado Chefe do Ministério da Justiça e Cidadania
Flávia Piovesan
Secretária Especial de Direitos Humanos
©Secretaria Especial de Direitos Humanos – Ministério da Justiça e Cidadania
Setor Comercial Sul - B, Quadra 9, Lote C, Edifício Parque Cidade Corporate, Torre A,
10º andar
Brasília – Distrito Federal – 70308-200
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Ficha Técnica
Organização:
Fernanda Teixeira Reis
Lúcio Remuzat Rennó
Responsável – Sistematização conceitual
Sérgio Stocco
Responsável - Dados:
Eduardo Ribeiro
Jaqueline Lopes Dias
Wesley Silva
Colaboradores:
Aurélio M. Cepeda
Bruna Ramalho
Débora Machado
Leonardo Athias
Luseni Aquino
Thais M. Gawryszewski
Estagiárias:
Bianca Viana
Gisele Oliveira
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Sumário
O Sistema Nacional de Indicadores em Direitos Humanos (SNIDH) ..... Erro! Indicador
não definido.
Objetivos ........................................................................... Erro! Indicador não definido.
Desenvolvimento .............................................................. Erro! Indicador não definido.
Comitê Técnico de Acompanhamento (CTA) .............. Erro! Indicador não definido.
Grupos Técnico-Executivos (GTE) .............................. Erro! Indicador não definido.
Indicadores de Direitos Humanos..................................... Erro! Indicador não definido.
Tipos de Indicadores Sociais e exemplos para Indicadores de Direitos Humanos Erro!
Indicador não definido.
Direito Humano à Educação ............................................................................................. 7
Definição e Conceito .................................................................................................. 12
Base Jurídica – Histórico ........................................................................................ 14
Atributos e Indicadores ................................................................................................... 17
Atributo: Educação ao Longo da Vida ....................................................................... 17
Atributo: Universalização e democratização da Educação Básica ............................. 36
Atributo: Qualidade da Educação ............................................................................... 70
Atributo: Currículos, Conteúdos e Práticas Educacionais .......................................... 89
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O Sistema Nacional de Indicadores em Direitos
Humanos (SNIDH)
O Sistema Nacional de Indicadores em Direitos Humanos (SNIDH) é uma
matriz articulada de indicadores sociais elaborada com o objetivo de monitorar e
mensurar a realização progressiva dos Direitos Humanos no Brasil – direitos esses cuja
promoção e defesa foram assumidas como responsabilidade do Estado Brasileiro.
É um instrumento construído tanto para orientar a ação do Estado quanto para
informar à sociedade civil acerca da salvaguarda e promoção do respeito a todos os
direitos, sejam eles civis ou sociais, políticos ou culturais, econômicos ou ambientais.
Neste sentido, o SNIDH pode ser observado a um só tempo como mecanismo de
transparência, meio para o monitoramento e como recurso para o controle social.
Na condição de instrumento-meio desenvolvido a partir de critérios técnicos
consistentes, o Sistema poder contribuir com o aprimoramento de políticas públicas,
estudos independentes e para aproximar Estado e sociedade com vistas à melhoria de
vida da população brasileira, principalmente aquela das parcelas mais afetadas por
longos processos de exclusão. Além de agregar inteligência à tomada de decisões sobre
direitos humanos, o SNIDH permite que o Estado preste contas de compromissos
assumidos e que a sociedade acompanhe o cumprimento destes deveres.
Antiga demanda da sociedade civil, o SNIDH entrou na agenda pública em
2007, com um seminário realizado na sede do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Um ano depois, durante o primeiro ciclo do mecanismo de Revisão
Periódica Universal das Nações Unidas, o Brasil anunciou formalmente o compromisso
de desenvolver o Sistema Nacional, cuja implementação também estava prevista no
terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3).
O processo de construção do Sistema teve início em agosto de 2012, com a
instituição do Comitê Técnico de Acompanhamento (CTA), composto por
representantes do Estado, sociedade civil e da Organização das Nações Unidas. O
SNIDH apresentará os dados de cada um dos indicadores, referentes a atributos de
direitos básicos, constitucionalmente assegurados, que se enfocaram, neste primeiro
período, em sete direitos relacionados à pessoa humana: direito humano à saúde e ao
meio ambiente, à educação, ao trabalho, à participação social em assuntos públicos, à
alimentação adequada e à vida justa. Esses direitos conterão número limitado, porém
expansível, de temas que traduzem o texto da norma jurídica do direito, permitindo a
definição de indicadores apropriados para acompanhar a observância do direito.
A lógica do SNIDH é a de captar a progressividade do cumprimento das metas
de direitos humanos estabelecidas constitucionalmente e nos compromissos
internacionais firmados pelo Estado brasileiro. Para isso, o sistema precisa ser flexível e
adaptável acompanhando as transformações históricas na percepção e na disciplina dos
direitos humanos. A estrutura do sistema foi concebida de forma a permitir este
aprimoramento contínuo.
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Objetivos
Tendo como premissa os princípios da Conferência de Viena, segundo a qual os
direitos humanos são “universais, indivisíveis, interdependentes e inter-relacionados”,
os indicadores que compõem o SNIDH buscam enfatizar a realização dos direitos pelos
titulares e ressaltar assimetrias e desigualdades estruturantes existentes entre pessoas,
grupos sociais e regiões. O sistema evoca a preservação dos princípios da
universalidade e não-discriminação na realização de direitos humanos, daí a ênfase na
apresentação das desigualdades de raça, sexo e região, entre outras, bem como na
realização de direitos pelos grupos em situação de maior vulnerabilidade da sociedade
brasileira. Desta forma, o SNIDH surge para acompanhar onde, em que medida e para
quem a realização dos direitos humanos avança no Brasil. Além disso, tem como
objetivos adicionais:
● auxiliar no planejamento, monitoramento e avaliação de políticas públicas,
agregando inteligência à tomada de decisões sobre direitos humanos;
● expandir os instrumentos de transparência do Estado, aumentando a
profundidade e o alcance da prestação de contas sobre a realização dos
compromissos assumidos em direitos humanos;
● empoderar a sociedade com informações consistentes e relevantes que possam
balizar o controle social das políticas públicas em direitos humanos;
● estabelecer uma matriz de indicadores necessários para a elaboração de
relatórios internacionais com os quais o Estado brasileiro tenha se
comprometido; e
● identificar, nas bases de dados governamentais, lacunas cuja resolução é
necessária para gerar desagregações que tornem os identificadores compatíveis
com o olhar desde uma perspectiva de direitos humanos.
Desenvolvimento
Desenvolvido por grupos multidisciplinares e envolvendo saberes diversos em
direitos humanos, estatística e temáticas sociais, o SNIDH é o fruto do trabalho
conjunto de acadêmicos, servidores públicos, funcionários de organismos internacionais
e defensores de direitos humanos. O processo de construção do Sistema foi coordenado
pela então Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, atual Secretaria
Especial de Direitos Humanos do Ministério da Justiça e Cidadania, e ocorreu a partir
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do trabalho coordenado de duas instâncias: o Comitê-Técnico de Acompanhamento
(CTA) e os Grupos Técnico-Executivos (GTE).
Comitê Técnico de Acompanhamento (CTA)
A Portaria nº 619, de 22 de maio de 2012, instituiu o Comitê de
Acompanhamento (CTA) do SNIDH. O CTA é a instância deliberativa do processo de
elaboração do SNIDH. Suas principais tarefas consistem na definição do marco
metodológico de elaboração e no acompanhamento do processo de construção do
SNIDH.
A composição do CTA é a seguinte:
I - um representante da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da
República - SDH/PR, que coordenará a elaboração do SNIDH;
II - um representante da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
- IBGE;
III - um representante do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - Ipea;
IV - um representante da Sociedade Civil, indicado pela Plataforma Dhesca; e
V - um representante das Agências das Nações Unidas, indicado pelo Programa
das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD.
Além dos membros fixos, o CTA pode convidar representantes dos demais
Ministérios e Secretarias de Estado para participar das reuniões e apoiar o
desenvolvimento dos trabalhos, bem como especialistas em temas e questões
importantes para o desenvolvimento das matrizes de um grupo específico de
indicadores.
Grupos Técnico-Executivos (GTE)
Criados pelo CTA, os Grupos Técnico-Executivos (GTEs) são responsáveis pela
proposição de atributos e pela elaboração da matriz de indicadores para conjuntos
específicos de direitos. Os GTEs são, por definição, multidisciplinares, compostos por
representantes de órgãos públicos e organismos internacionais, acadêmicos e por
pessoas da sociedade civil com conhecimento e atuação nas áreas temáticas específicas
de cada Grupo.
Por determinação do CTA, os Grupos Técnico-Executivos priorizaram a
construção de indicadores com dados já existentes. Outra incumbência atribuída aos
GTEs consiste na identificação de ausências ou lacunas nas bases de dados mantidas
pelo Estado que dificultem a adoção de um enfoque de direitos nas políticas públicas.
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Indicadores de Direitos Humanos
Unidade-base do Sistema Nacional, os Indicadores de Direitos Humanos são
indicadores sociais multitemáticos que retratam diferentes aspectos da realidade a partir
da análise transversal relacionada à realização de direitos humanos. A principal
preocupação consistiu em enfatizar os titulares dos direitos, sublinhando a importância
da pessoa humana como medida da realização de todo direito. Esta escolha ocorreu
desde a etapa de definição e elaboração dos indicadores até à de cálculo. Em regra a
unidade de investigação de cada um dos indicadores, portanto, é a pessoa humana ou
uma de suas características, logo são atributos de pessoas a unidade que deve constar no
numerador e denominador dos indicadores, e não outras unidades agregadas, como
escolas e turmas, por exemplo.
Outra particularidade do modelo do Sistema Nacional consiste na adoção
prioritária de indicadores de resultado, conforme deliberação do CTA. Os demais tipos
de indicadores, de processo e estrutura, serão abarcados depois que estes primeiros
sejam elaborados e divulgados. O CTA definiu como prioridades estratégicas, ainda, a
elucidação de assimetrias na realização de direitos, a construção de indicadores tão
próximos quanto possível dos titulares dos direitos, e a identificação de lacunas na
disponibilidade de informações sobre Direitos Humanos.
Para o cálculo dos indicadores, a prioridade é dada ao uso de microdados,
acessando o menor nível de desagregação presente nas fontes de dados. A geração de
indicadores a partir de microdados possibilita uma autonomia maior para explorar
desagregações fundamentais a uma perspectiva de direitos, tais como diferenças
regionais, por sexo, raça ou cor, idade, pessoas com deficiência. Além disso, tanto no
cálculo quanto na publicização dos indicadores, procurou-se operar com as menores
unidades territoriais possíveis.
A preocupação em elucidar assimetrias, por sua vez, passa não apenas pelo
recorte da realização do direito, mas atravessa, também, o conceito referencial de
equidade. Neste sentido, os indicadores buscam atender aos princípios da universalidade
e não discriminação. Esta opção explica porque, então, os indicadores enfatizam a
exposição de diferenciações e desigualdades estruturantes notoriamente presentes na
sociedade brasileira. O que se busca é explorar possibilidades de expressar distâncias e
níveis distintos de realização de direitos segundo perfis dos titulares, com atenção
especial às desigualdades que atingem populações em situações de histórica
desvantagem comparativa.
Por fim, existiu uma preocupação com a elaboração de indicadores cuja
periodicidade permitisse que fossem acompanhadas com regularidade pela sociedade e
que fossem relevantes para o planejamento, monitoramento e avaliações de políticas
públicas.
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Tipos de Indicadores Sociais e exemplos para Indicadores de Direitos Humanos
● De estrutura (ou de insumo): correspondem a medidas associadas à
disponibilidade de recursos (humanos, materiais, organizacionais ou financeiros)
passíveis de serem empregados em processos que atuam sobre determinadas
dimensões da realidade social (Jannuzzi, 2005). Estes indicadores se referem às
condições contextuais, sob as quais serviços, projetos ou políticas públicas são
oferecidos;
o Em termos de realização e garantia de Direitos Humanos, estes
podem refletir a adoção de instrumentos legais e mecanismos
institucionais necessários para facilitar a realização dos Direitos
Humanos;
● De processo (ou fluxo): são indicadores que traduzem quantitativamente um
esforço operacional ou institucional de alocação de recursos, visando a obtenção
de melhorias em alguma dimensão da realidade social. São indicadores
intermediários que associam insumos disponíveis aos resultados esperados
(Jannuzzi, 2005);
o Podem refletir os esforços de políticas públicas e intervenções
específicas para na realização progressiva de direitos;
● De resultado (ou produto): são indicadores associados a dimensões empíricas da
realidade social (Jannuzzi, 2005), que retratam mudanças efetivas que ocorrem
em determinados fenômenos de interesse. Estas podem ou não responder à
aplicação de projetos, serviços ou políticas públicas;
o Medem a efetiva realização dos direitos, em cada uma das
dimensões observadas, segundo os titulares destes direitos. Estas
últimas correspondem a populações específicas, como mulheres,
homens ou grupos raciais, ou regiões particulares.
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Direito Humano à Educação
Definição e Conceito
Essencial na realização da cidadania, o Direito Humano à Educação remete ao
acesso ao conjunto de processos de formação e instrução, formal e não-formal, que se
desenvolvem em diversos âmbitos da vida humana: familiar, comunitário, laboral,
educacional, social e cultural. Trata-se de direito de todos, a ser garantido pelo Estado e
a família a fim de fomentar o pleno desenvolvimento das capacidades humanas, da
liberdade, da dignidade e dos próprios Direitos Humanos.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, ratificada pelo Brasil em 1948,
quando de sua aprovação na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas
(ONU), reconhece a Educação enquanto direito, aduzindo que ela:
Será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do
fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A
instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e
grupos raciais ou religiosos (art. 26 § 2º).
Aprovada pela Conferência Geral da ONU para a Educação, a Ciência e a
Cultura em 1960 e recepcionada no Brasil pelo Decreto nº 63.223, de 6 de setembro de
1968, a Convenção Relativa à Luta contra as Discriminações no Campo do Ensino
estabelece no Artigo 1º que nenhum ser humano deverá ser privado do acesso a
estabelecimentos de ensino em virtude de diferenças de raça, cor, sexo, idioma, religião,
opiniões políticas ou outras como origem nacional, social ou econômica. Pelo artigo 14
da Convenção:
Os Estados Partes [se comprometem] a formular, a desenvolver e aplicar uma política
nacional direcionada a promover, por métodos adequados às circunstâncias e às
práticas nacionais, a igualdade de possibilidades e ao trato na esfera do ensino.
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A Educação também está prevista como Direito Humano no Pacto Internacional
sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais – Pidesc, assinado em 1966 e
promulgado no Brasil pelo Decreto nº 591, de 6 de julho de 1992. Prevendo que o
Direito Humano à Educação deve ser realizado pelo Estado de forma a “habilitar toda a
pessoa a desempenhar um papel útil numa sociedade livre”, o Pidesc estabelece a
obrigatoriedade de os Estados promoverem o Ensino Primário “obrigatório e acessível
gratuitamente a todos”, bem como o Secundário e o Superior, ambos, generalizados e
acessíveis “pela instauração progressiva da educação gratuita” (art. 13, § 2º, 2).
Prevendo ainda o desenvolvimento de “uma rede escolar em todos os escalões”,
bem como o estabelecimento de um sistema adequado de bolsas e a melhora continua
das “condições materiais do pessoal docente”, o Pidesc estabelece ainda que os Estados
devem adotar medidas para garantir a instrução de “pessoas que não receberam
instrução primária ou que não a receberam até ao seu termo”. Por fim, o pacto assegura
a liberdade da família na escolha da escola dos filhos e filhas, inclusive no que toca às
orientações morais e religiosas adotadas por cada instituição.
O Comentário Geral nº 13, aprovado pelo Comitê de Direitos Econômicos,
Sociais e Culturais em 08 de dezembro de 1999, enfatiza a importância da Educação na
garantia de outros Direitos Humanos, bem como seu papel crucial para garantir a
mobilidade social inter e intra-geracional:
É um direito humano por si só e um meio indispensável para a realização de outros
direitos humanos. Como direito que garante autonomia, é o principal mecanismo para
adultos e crianças marginalizadas econômica e socialmente saírem da pobreza e obter
os meios para participar plenamente nas suas comunidades. A Educação desempenha
um papel decisivo na emancipação da mulher, na proteção das crianças contra a
exploração laboral, o trabalho perigoso e a exploração sexual, na promoção dos
Direitos Humanos e na democracia, na proteção ao meio ambiente e no controle do
crescimento populacional [...] Uma mente instruída, esclarecida e ativa, capaz de
explorar com liberdade e amplitude, é um dos prazeres e recompensas da existência
humana (1).
Promulgada no Brasil pelo Decreto nº 99.710, de 21 de novembro de 1990, a
Convenção dos Direitos da Criança – CDC de 1989 aborda a criança como um sujeito
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em desenvolvimento. Desta forma, firma princípios amplos de respeito à liberdade de
expressão e pensamento (artigos 13 e 14), estabelecendo também a obrigação do Estado
em promover a responsabilidade comum e conjunta de mães e pais em acompanhar o
desenvolvimento e a frequência escolar dos filhos (artigo 18).
No campo doméstico, a Constituição Federal elenca no artigo 6º a Educação
como o primeiro direito social. O artigo 23 estabelece a competência comum de todos
os entes federados de proporcionar o acesso ao ensino, enquanto o artigo 205 define a
Educação como “direito de todos e dever do Estado e da família”, a ser promovido e
incentivado “com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. O
artigo 206 determina que a Educação deverá ser oferecida em igualdade de condições de
acesso e permanência, prevendo ainda mecanismos de responsabilização das
autoridades no caso de não-cumprimento dos dispositivos constitucionais (artigo 208).
No Brasil, o Direito Humano à Educação também está protegido pelo Estatuto
da Criança e do Adolescente (Lei 8.069, de 13 de julho de 1990), que determina que é
obrigação da família matricular os filhos na escola (artigo 129). A Lei de Diretrizes e
Bases da Educação (Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996) estabelece por fim a
obrigatoriedade de aplicação de um percentual mínimo da arrecadação tributária para o
sistema educacional, tanto para a União, como para Estados e o Distrito Federal, e os
Municípios (artigo 68).
Base Jurídica – Histórico
1948 – A Declaração Universal dos Direitos Humanos, em seu Artigo 26 estabelece a
universalidade do Direito à educação, e a gratuidade e a obrigatoriedade para graus
elementares e fundamentais, cabendo à família a escolha dos estabelecimentos de ensino
que serão frequentados por seus filhos, sendo que todo o sistema deverá estar orientado
para o desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos
direitos humanos e pelas liberdades fundamentais.
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1962 – A Convenção Relativa à Luta contra as Discriminações no Campo do
Ensino estabeleceu os princípios de não-discriminação ao acesso à educação segundo
distinções de raça, cor, sexo, idioma, religião, opiniões políticas ou de qualquer outra.
1966 – O Pacto Internacional Sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais
(PIDESC) em seu Artigo 13 reconhece o direito de toda a pessoa à educação que deve
visar “o pleno desenvolvimento da personalidade humana e do sentido da sua dignidade
e reforçar o respeito pelos direitos do homem e das liberdades fundamentais”.
1988 – A Constituição Federal, em seu Artigo 205, estabelece a educação como
“direito de todos e dever do Estado e da família”, que devendo ser “promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Já
nos Artigos 206 a 214 são dispostas as diretrizes de igualdade de condições de acesso e
permanência, a liberdade de pensamento, o pluralismo de ideias, a valorização dos
profissionais da educação e a gestão democrática, bem como as obrigações do Estado e
da iniciativa privada quanto à oferta de vagas no sistema de ensino.
1989 – A Convenção sobre direitos da criança em seus Artigos 13 e 14 reconhece o
direito à liberdade de expressão e pensamento das crianças, bem como a faculdade de
buscar informações e ideias de todos os tipos. Mais especificamente, os Artigos 28 a 30
reconhecem o direito da criança à educação e o exercício desse direito na base da
igualdade de oportunidades, bem como a obrigatoriedade e gratuidade do Ensino
Fundamental, além do respeito aos direitos humanos, o espírito de compreensão, paz e
tolerância, bem como considerar, para fins da prática educacional, as diferenças
culturais e étnicas nas práticas educacionais.
1990 – O Estatuto da Criança e do Adolescente em seu Artigo 4º estabelece a
efetivação do direito à educação como “dever da família, da comunidade, da sociedade
em geral e do poder público”. Já em seu Artigo 53, define que “a criança e o
adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa,
preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho”.
1990 – A Declaração Mundial sobre Educação para Todos, reafirma o princípio de
universalidade e equidade no acesso à educação, e toma como foco principal a questão
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das necessidades de aprendizagem de crianças, jovens e adultos. Assim, estabelece, em
seu Artigo 1º, que “cada pessoa - criança, jovem ou adulto - deve estar em condições de
aproveitar as oportunidades educativas voltadas para satisfazer suas necessidades
básicas de aprendizagem”, devendo os Estados Membros satisfazer os requisitos para
que a educação básica seja, efetivamente, um meio de aprendizagem de conteúdos e
valores, indo além do aspecto formal de oferta de vagas e qualidade no ensino.
1996 – A Lei de Diretrizes de Base da Educação define educação como os “processos
formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho,
nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da
sociedade civil e nas manifestações culturais” e estabelece critérios e percentuais do
Orçamento a serem destinados para a área em todos os níveis da federação.
2000 – A Organização das Nações Unidas (ONU) estabelece, mediante a análise dos
assim considerados maiores problemas mundiais os 8 Objetivos do Milênio, metas a
serem atingidas por todos os países membros até 2015 e, entre elas, o objetivo nº 2,
“Educação Básica e de Qualidade para Todos: garantir que, até 2015, todas as
crianças, de ambos os sexos, tenham recebido educação de qualidade e concluído o
ensino básico”.
2000 – A Declaração de Dakar reafirma os marcos da Declaração Mundial sobre
Educação Para Todos, bem como o caráter fundamental do direito humano à educação.
Estabelece que toda “criança, jovem e adulto têm o direito humano de beneficiar-se de
uma educação que satisfaça suas necessidades básicas de aprendizagem, no melhor e
mais pleno sentido do termo, e que inclua aprender a aprender, a fazer, a conviver e a
ser”. A educação deve se voltar para a singularidade de cada indivíduo, com o objetivo
de captar os talentos e potenciais, para desenvolver a personalidade de cada educando,
“que possam melhorar suas vidas e transformar suas sociedades”.
2009 – O Programa Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH-3), em seu eixo
orientador III, “Universalizar Direitos em um Contexto de Desigualdade”, estabelece,
na diretriz 7, “Garantia dos Direitos Humanos de forma universal, indivisível e
interdependente, assegurando a cidadania plena” o objetivo estratégico 5: acesso à
educação de qualidade e garantia de permanência na escola.
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2015 – Em continuação aos ODM, a comunidade internacional aprova por consenso o
documento “Transformando Nosso Mundo: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento
Sustentável”, no quais constam 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)
e, entre eles, o objetivo 4 “Educação de qualidade”.
Atributos e Indicadores
Atributo: Educação ao Longo da Vida
Diz respeito à obrigação do Estado de respeitar, proteger e promover processos
educativos que se desenvolvam durante o curso de vida com o objetivo de uma
educação integral, de todas e todos, em suas diferentes experiências e trajetórias.
Indicadores
1. Taxa de Analfabetismo: percentual de pessoas com idade superior a 15 anos
que não sabem ler nem escrever, segundo ano e local de residência.
Resumo Analítico do Indicador
A taxa de analfabetismo tem caído no país: a porcentagem de pessoas que não
sabiam ler e escrever passou de 11,5%, em 2004, para 8,3%, em 2014. A
diminuição é significativa para a Região Nordeste, onde a taxa passou de 22,4%
para 16,6% no mesmo período. A Região Norte acompanha as médias nacionais
ao longo da série temporal. Já as Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste
apresentam taxas de analfabetismo inferiores à média nacional. As porcentagens
em 2014 são de 4,4% para a Região Sul, 4,6% para a Região Sudeste e 6,5%
para a Região Centro-Oeste.
Tanto para homens, quanto para mulheres, há redução na taxa de analfabetismo
no período analisado, mas com maior aceleração para mulheres.
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O componente racial diferencia brasileiros em sua taxa de analfabetismo, sendo
sistematicamente maior para pessoas negras1 em relação à média nacional e ao
grupo de pessoas brancas e esse impacto mantem-se ao longo do tempo. Porém,
a porcentagem de pessoas negras que não sabem ler e escrever tem sofrido
acentuada redução perante o grupo de pessoas brancas. A taxa de analfabetismo
das pessoas negras é cinco pontos percentuais menor em 2014 (11,1%) do que
em 2004 (16,3%), contra uma redução de apenas dois pontos percentuais para as
pessoas brancas: em 2004 foi de 7,2% e em 2014, 5,%.
Existem grandes diferenças ao analisar a taxa de analfabetismo por faixa etária:
enquanto na população de 15 a 17 anos a taxa é de 0,9%, entre as pessoas idosas
(de 60 anos ou mais) chega a 23,1%.
Figura 1: Taxa de analfabetismo por região, 2004 a 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 2: Taxa de analfabetismo por sexo, 2004 a 2014.
1 No âmbito do SNIDH, trabalhou-se agregando as categorias de preto e pardo em uma única categoria:
negro. Ademais, em razão de número de casos insuficiente para determinar qualquer estimativa com
precisão aceitável, não foram analisadas as categorias indígena e amarela, ainda que fundamentais para
uma perspectiva de direitos.
0%
20%
40%
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014
Brasil Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul
20
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 3: Taxa de analfabetismo por raça/cor, 2004 a 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
0%
5%
10%
15%
20%
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014
Total Feminino Masculino
0%
5%
10%
15%
20%
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014
Total Branca Negra
21
Figura 4: Taxa de analfabetismo, por raça/cor, 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 5: Taxa de analfabetismo, por sexo, 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 6: Taxa de analfabetismo, por faixa etária, 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
8,3% 5,0%
11,1%
Total Branca Negra
8,3% 7,9% 8,6%
Total Feminino Masculino
8,3%
0,9% 1,6%
7,3%
23,1%
Total 15 a 18 anos 18 a 30 anos 30 a 60 anos 60 anos ou mais
22
Figura 7: Taxa de analfabetismo, por Unidade da Federação, 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
2,7%
8,3%
22,0%
0% 20% 40%
Distrito Federal
Rio de Janeiro
Santa Catarina
São Paulo
Amapá
Rio Grande do Sul
Paraná
Amazonas
Mato Grosso do Sul
Espírito Santo
Minas Gerais
Mato Grosso
Roraima
Goiás
Brasil
Rondônia
Pará
Tocantins
Acre
Bahia
Pernambuco
Rio Grande do…
Ceará
Paraíba
Sergipe
Maranhão
Piauí
Alagoas
23
Figura 8: Taxa de analfabetismo, por situação do domicílio, 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 9: Taxa de analfabetismo, por região e raça/cor, 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 10: Taxa de analfabetismo, por faixa etária e raça/cor, 2014.
8,3%
20,1%
6,3%
Total Rural Urbano
8,3% 6,5%
16,6%
9,0%
4,6% 4,4% 5,0% 4,5%
13,0%
6,3% 3,3% 3,4%
11,1% 7,8%
17,9%
9,6%
6,1% 7,6%
Brasil Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul
Total Branca Negra
24
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Tabela: Taxa de analfabetismo
Método de Cálculo Fonte de Dados Interpretação Limitações
(X/Y) x100
X = Número de pessoas
de 15 e mais anos de
idade que não sabem
ler e escrever um
bilhete simples, no
idioma que conhecem,
na categoria analisada
Y = População total da
categoria analisada.
IBGE - Pesquisa
Nacional de Amostra por
Domicílios.
Varia de 0 a
100%. Quanto
maior o índice,
maior a
incidência de
analfabetismo na
categoria
analisada.
As desagregações por
raça/cor podem não garantir
representatividade
estatística quando cruzadas
com outras desagregações,
gerando um número
reduzido de ocorrências, ou
mesmo quando analisadas
isoladamente. Como o
critério do Sistema Nacional
de Indicadores em Direitos
Humanos para estabelecer a
confiabilidade da
informação foi a existência
de pelo menos 100
observações, não foi
possível desagregar o
indicador para a população
indígena e amarela, por
exemplo.
2. Nível de instrução: percentual da população residente com 15 ou mais anos de
idade, frequentando ou não escola, por último nível de instrução cursado ou
concluído (Ensino Fundamental, Médio, Superior).
8,3%
0,9% 1,6%
7,3%
23,1%
5,0%
0,6% 1,0% 3,7%
14,2% 11,1%
1,0% 2,1%
10,4%
33,4%
Total 15 a 18 anos 18 a 30 anos 30 a 60 anos 60 anos ou mais
Total Branca Negra
25
Resumo Analítico do Indicador
Há uma tendência de diminuição das parcelas menos instruídas (Sem Instrução e
Nível Fundamental) e aumento dos maiores níveis de instrução (Médio e
Superior), indicando aumento da escolaridade da população brasileira entre 2004
e 2014.
A tendência de queda na parcela com Ensino Fundamental e de aumento dos
níveis Médio e Superior – completo ou incompleto – pode ser observada em
quase todas as categorias das desagregações por sexo, raça/cor, região e situação
domiciliar.
A série não mostra diferenças marcantes no indicador entre homens e mulheres
em nível nacional, e ambas as categorias se aproximam da média total.
Há diferenças marcantes entre pessoas brancas e negras, principalmente nos
níveis de Sem Instrução e Superior. A população branca representa a menor
parcela das pessoas Sem Instrução (6,6%) e, ao mesmo tempo, é a parcela mais
predominante entre aqueles que possuem Nível Superior completo ou
incompleto (22,9%).
26
Figura 12: Nível de instrução da população de 15 anos ou mais de idade, 2004 a
2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 12: População de 15 anos ou mais de idade sem instrução, por região, 2004
a 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 13: População de 15 anos ou mais de idade com nível superior, por região,
2004 a 2014.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014
Sem instrução Fundamental Médio Superior
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014
Brasil Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul
27
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 14: Nível de instrução da população de 15 anos ou mais de idade por sexo,
2004 a 2014
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
0%
20%
40%
60%
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014
Brasil Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014
Sem instrção - Feminino Sem instrução - Masculino
Superior - Feminino Superior - Masculino
28
Figura 15: Nível de instrução da população de 15 anos ou mais de idade, por
raça/cor, 2004 a 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 16: Nível de instrução da população de 15 anos ou mais de idade, por
raça/cor, 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
0%
5%
10%
15%
20%
25%
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014
Sem instrução - Branca Sem instrução - Negra Superior - Branca Superior - Negra
9,6% 6,6% 12,2%
40,1% 35,9%
44,0%
34,0% 34,5%
33,7%
16,0% 22,9% 9,8%
Total Branca Negra
Sem instrução Fundamental Médio Superior
29
Figura 17: Nível de instrução da população de 15 anos ou mais de idade, por sexo,
2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 18: Nível de instrução, por faixa etária, 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 19: Nível de instrução da população de 15 anos ou mais de idade, por
Unidade da Federação, 2014.
9,6% 9,4% 9,9%
40,1% 38,0% 42,4%
34,0% 34,6% 33,3%
16,0% 17,7% 14,1%
Total Feminino Masculino
Sem instrução Fundamental Médio Superior
9,6% 1,3% 2,2% 8,1%
27,3%
40,1% 58,2%
25,1%
40,9%
51,9%
34,0%
39,9%
51,8%
32,4%
11,9% 16,0% 20,5% 18,3%
8,8%
Total 15 a 17 anos 18 a 29 anos 30 a 59 anos 60 anos ou maisSem instrução Fundamental Médio Superior
30
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
41,5%
40,1%
27,2%
32,9%
34,0%
36,0%
8,1%
16,0%
31,3%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Maranhão
Pará
Alagoas
Ceará
Bahia
Sergipe
Piauí
Rio Grande do Norte
Pernambuco
Paraíba
Acre
Tocantins
Rondônia
Amazonas
Minas Gerais
Espírito Santo
Goiás
Brasil
Mato Grosso do Sul
Rio Grande do Sul
Amapá
Santa Catarina
Roraima
Mato Grosso
Paraná
Rio de Janeiro
São Paulo
Distrito Federal
Sem instrução Fundamental Médio Superior
31
Figura 20: Nível de instrução da população de 15 anos ou mais de idade, por
situação do domicílio, 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 21: População de 15 anos ou mais de idade sem instrução, por raça/cor e
sexo, 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Tabela: Nível de instrução
Método de Cálculo Fonte de Dados Interpretação Limitações
9,6% 20,1% 7,9%
40,1%
54,4%
37,8%
34,0%
21,2%
36,1%
16,0% 4,0%
18,0%
Total Rural Urbano
Sem instrução Fundamental Médio Superior
9,6%
6,6%
12,2%
9,4%
6,7%
11,7%
9,9%
6,4%
12,7%
Total Branca NegraTotal Feminino Masculino
32
(X/Y) x 100
X = Número de pessoas de
15 e mais anos de idade, por
grupos de nível de instrução
mais elevado obtido
(completo ou incompleto).
Y = População total de 15 e
mais anos de idade.
IBGE - Pesquisa Nacional de
Amostra por Domicílios.
Expressa níveis de
educação formal da
população de 15
anos ou mais de
idade.
As desagregações por raça/cor
podem não garantir
representatividade estatística
quando cruzadas com outras
desagregações que apresentaram
um número reduzido de
ocorrências. Como o critério
estabelecido para a confiabilidade
da amostra foi a existência de, no
mínimo, 100 observações, a
ausência de dados desagregados
em alguns gráficos reflete a
ausência desse quantum mínimo
de ocorrências.
3. População de 25 anos ou mais com Ensino Superior completo: Mede a
porcentagem da população de 25 anos ou mais com Ensino Superior completo.
Resumo Analítico do Indicador
A taxa de nível superior na população de 25 anos ou mais tem crescido no país.
Os avanços nacionais para o período entre 2004 e 2014 significaram um
crescimento da proporção de pessoa com Ensino Superior completo, passando
de 8,1% no início da série para 13,1% em 2014, o que representa uma evolução
de 61% na taxa de nível superior.
Todas as regiões do país apresentam a mesma tendência de crescimento no
percentual da população de 25 anos ou mais com nível superior. Sudeste e Sul
têm taxas acima da média nacional ao longo do período analisado, o Sudeste
passando de 10,2% para 16,1%, e a Região Sul de 8,7% para 14% em 2014.
Embora as Regiões Norte e Nordeste tenham índices menores que a média
nacional, ambas apresentaram crescimentos maiores que as demais Regiões do
país. As taxas nas Regiões Norte e Nordeste praticamente dobraram para o
período. A primeira passou de 4,7% para 9,2% em 2014, e o Nordeste, de 4,7%
para 8,1% em 2014.
As mulheres possuem índices mais elevados em relação aos homens. Em 2014, a
taxa é de 14,7% contra 11,4% para os homens.
33
Há um componente racial na taxa de nível superior na população de 25 anos ou
mais. Embora tenha aumentado de 3,2% em 2004 para 7,2% em 2014, a taxa é
sistematicamente menor para pessoas negras. O crescimento do índice para as
pessoas brancas é expressivo: de 11,8% para 19,1% em 2014.
Figura 22: População de 25 anos ou mais com Ensino Superior completo, por
região, 2004 a 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 23: População de 25 anos ou mais com Ensino Superior completo, por sexo,
2004 a 2014.
0%
5%
10%
15%
20%
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014
Brasil Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul
0%
5%
10%
15%
20%
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014
Total Feminino Masculino
34
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 24: População de 25 anos ou mais com Ensino Superior completo, por
raça/cor, 2004 a 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 25: População de 25 anos ou mais com Ensino Superior completo, por
raça/cor, 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 26: População de 25 anos ou mais com Ensino Superior completo, por sexo,
2014.
0%
5%
10%
15%
20%
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014
Total Branca Negra
13,1% 19,1%
7,2%
Total Branca Negra
35
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 27: População de 25 anos ou mais com Ensino Superior completo, por
Unidade da Federação, 2014.
13,1% 14,7%
11,4%
Total Feminino Masculino
6,3%
13,1%
28,2%
0% 20% 40%
Maranhão
Alagoas
Pará
Ceará
Bahia
Sergipe
Piauí
Rio Grande do Norte
Pernambuco
Paraíba
Tocantins
Rondônia
Acre
Goiás
Amazonas
Minas Gerais
Espírito Santo
Rio Grande do Sul
Mato Grosso
Brasil
Roraima
Mato Grosso do Sul
Santa Catarina
Amapá
Paraná
Rio de Janeiro
São Paulo
Distrito Federal
36
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 28: População de 25 anos ou mais com Ensino Superior completo, por
situação do domicílio, 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 29: População de 25 anos ou mais com Ensino Superior completo, por sexo
e raça/cor, 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Tabela: População de 25 anos ou mais com Ensino Superior completo
Método de Cálculo Fonte de Dados Interpretação Limitações
13,1%
2,9%
14,8%
Total Rural Urbano
13,1%
19,1%
7,2%
14,7%
20,6%
8,2% 11,4%
17,4%
6,1%
Total Branca NegraTotal Feminino Masculino
37
(X/Y) x 100
X = Número de pessoas
que já concluíram
Ensino Superior
Y = População total.
IBGE - Pesquisa Nacional
de Amostra por Domicílios
Indica a
proporção de
pessoas com 25
anos ou mais de
idade que
possuem Ensino
Superior
completo. Quanto
maior o índice,
maior a parcela da
população com
Ensino Superior
completo.
As estimativas do indicador
segundo raça/cor podem não
garantir representatividade
estatística quando cruzadas
com outras desagregações
que apresentaram um número
reduzido de ocorrências.
Como o critério estabelecido
para a confiabilidade da
amostra foi a existência de,
no mínimo, 100 observações,
a ausência de dados
desagregados em alguns
gráficos reflete a ausência
desse quantum mínimo de
ocorrências.
Atributo: Universalização e democratização da Educação Básica
Diz respeito à obrigação do Estado de respeitar, proteger e promover medidas que
garantam a disponibilidade, acessibilidade, aceitabilidade e adaptabilidade do ensino
formal a todas as pessoas, respeitando a relação idade - série.
Indicadores
1. Taxa de Conclusão (EF e EM): Percentual de pessoas com 16 anos de idade
que concluíram o Ensino Fundamental e o percentual de pessoas com 19 anos de
idade que concluíram o Ensino Médio.
Resumo Analítico do Indicador
Em nível nacional, a taxa de conclusão do Ensino Fundamental foi de
68,9%, considerando a população com 16 anos de idade. Já as taxas de
conclusão do Ensino Médio (considerando a população com 19 anos de
idade) foram menores – de 53,7%.
As taxas de conclusão do Ensino Fundamental foram mais elevadas nas
Regiões Sudeste (62,9%), Sul (59,8%), e substancialmente mais baixas
no Centro-Oeste (49,2%), Nordeste (43,9%) e no Norte do país (41,8%).
38
As taxas de conclusão do Ensino Médio possuem padrão similar: a
Região Sudeste obteve 77,2%, seguida de Sul (75,5%) e Centro-Oeste
(73,7%). Norte e Nordeste apresentaram os piores resultados, com
percentuais iguais a 55,9% e 58,2%.
Para ambas as populações de adolescentes (com 16 ou 19 anos de idade)
as pessoas do sexo feminino apresentaram maiores taxas de conclusão.
Dentre aquelas com 16 anos, 75,4% do sexo feminino e 62,8% do sexo
masculino tinham o Ensino Fundamental completo em 2014. Para as
pessoas que tinham 19 anos, 60,3% do sexo feminino e 47,1% do sexo
masculino concluíram o Ensino Médio.
No que tange às desagregações raciais, as populações de cor branca de 16
anos, com o Ensino Fundamental completo, e 19 anos, com o Ensino
Médio completo, obtiveram uma taxa igual a 78,1% e 64,3%,
respectivamente. As taxas para as pessoas negras ficaram em 62,5% para
a conclusão no fundamental e 46,3% para a conclusão do Ensino Médio.
39
Figura 30: Taxa de conclusão do Ensino Fundamental, por região, 2004 a 2014
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 31: Taxa de conclusão do Ensino Médio, por região, 2004 a 2014
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014
Brasil Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014
Brasil Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul
40
Figura 32: Taxa de conclusão do Ensino Fundamental, por sexo, 2004 a 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 33: Taxa de conclusão do Ensino Médio, por sexo, 2004 a 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 34: Taxa de conclusão do Ensino Fundamental, por raça/cor, 2004 a 2014.
0%
20%
40%
60%
80%
100%
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014
Total Feminino Masculino
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014
Total Feminino Masculino
41
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 35: Taxa de conclusão do Ensino Médio, por raça/cor, 2004 a 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
0%
20%
40%
60%
80%
100%
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014
Total Branca Negra
0%
20%
40%
60%
80%
100%
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014
Total Branca Negra
42
Figura 36: Taxa de Conclusão do Ensino Fundamental, por raça/cor, 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 37: Taxa de conclusão do Ensino Médio, por raça/cor, 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 38: Taxa de Conclusão do Ensino Fundamental, por sexo, 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
68,9 78,1
62,5
Total Branca Negra
53,7 64,3
46,3
Total Branca Negra
68,9 75,4
62,8
Total Feminino Masculino
43
Figura 39: Taxa de conclusão do Ensino Médio, por sexo, 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
53,7 60,3
47,1
Total Feminino Masculino
44
Figura 40: Taxa de Conclusão do Ensino Fundamental, por Unidade da Federação,
2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
42,9
68,9
89,9
0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0
Sergipe
Alagoas
Pará
Paraíba
Amazonas
Rio Grande do Norte
Bahia
Pernambuco
Piauí
Rondônia
Rio de Janeiro
Acre
Mato Grosso do Sul
Maranhão
Rio Grande do Sul
Espírito Santo
Ceará
Brasil
Tocantins
Amapá
Goiás
Minas Gerais
Paraná
Distrito Federal
Roraima
Mato Grosso
São Paulo
Santa Catarina
45
Figura 41: Taxa de conclusão do Ensino Médio, por Unidade da Federação, 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
31,3
53,7
69,7
0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0
Sergipe
Pará
Alagoas
Piauí
Bahia
Goiás
Roraima
Rio Grande do Norte
Paraíba
Maranhão
Acre
Amazonas
Rondônia
Pernambuco
Rio de Janeiro
Ceará
Amapá
Mato Grosso
Brasil
Mato Grosso do Sul
Tocantins
Rio Grande do Sul
Minas Gerais
Paraná
Distrito Federal
Santa Catarina
Espírito Santo
São Paulo
46
Figura 42: Taxa de Conclusão do Ensino Fundamental, por situação de domicílio, 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 43: Taxa de conclusão do Ensino Médio, por situação de domicílio, 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
68,9 57,2
71,3
Total Rural Urbano
53,7
35,3
56,9
Total Rural Urbano
47
Figura 44: Taxa de conclusão do Ensino Fundamental, por raça/cor e sexo, 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 45: Taxa de conclusão do Ensino Médio, por raça/cor e sexo, 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Tabela: Taxa de conclusão do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.
Método de Cálculo Fonte de Dados Interpretação Limitações
68,9
57,2
71,3 75,4
82,7
69,8 62,8
73,4
56,0
Total Brancos Negros
Total Feminino Masculino
53,7
35,3
56,9 60,3
70,0
53,3 47,1
58,4
39,5
Total Brancos NegrosTotal Feminino Masculino
48
(Xn/Yn) x 100 onde (n=1)
ou (n=2)
X1 = Número de
adolescentes com 16 anos
que completaram o
Fundamental
Y1 = Total de adolescentes
com 16 anos
X2 = Número de jovens
com 19 anos que
completaram o Ensino
Médio
Y2 = Total de jovens com
19 anos
IBGE - Pesquisa Nacional de
Amostra por Domicílios
Expressa a
proporção de
crianças e
adolescentes que
conclui determinado
nível de ensino na
idade recomendada.
Desta forma, o
indicador mostra a
relação de acesso e
permanência no
sistema de ensino,
em sua relação com
a faixa etária.
As desagregações por raça/cor
podem não garantir
representatividade estatística
quando cruzadas com outras
desagregações, gerando um
número reduzido de ocorrências,
ou mesmo quando analisadas
isoladamente. Como o critério do
Sistema Nacional de Indicadores
em Direitos Humanos para
estabelecer a confiabilidade da
informação foi a existência de
pelo menos 100 observações,
não foi possível desagregar o
indicador para a população
indígena e amarela, por exemplo.
49
2. Taxa de distorção idade-série: percentual de estudantes que se encontram
acima da idade ideal para a série frequentada no ano de referência
Resumo Analítico do Indicador
A taxa de distorção é maior para o Ensino Médio (28,2%) do que para o
Fundamental (20%). Entre 2007 e 2014 há diminuição na taxa distorção
idade-série, passando de 27,7% para 20% no Ensino Fundamental e de
42,7% para 28,2% no Ensino Médio.
A taxa de distorção no Ensino Fundamental foi de 20%, sendo maior nas
Regiões Norte (29,8%) e Nordeste (27,6%). Nas demais regiões, as taxas
são abaixo da média nacional: Centro-Oeste e Sul com 16,7% e Sudeste
com 13,7%.
As estudantes e os estudantes da rede pública de ensino apresentaram
taxa de distorção 3,3 vezes superior à taxa registrada para as estudantes e
os estudantes da rede privada — 22,5% contra 6,8%. Este padrão de
distorção superior na rede pública se repetiu para todas as etapas de
ensino.
Figura 46: Taxa de distorção idade-série no Ensino Fundamental, por região, 2007
a 2014.
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2014
Brasil Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul
50
Figura 47: Taxa de distorção idade-série no Ensino Médio, por região, 2007 a 2014.
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 48: Taxa de distorção idade-série no Ensino Fundamental, por sexo, 2007 a
2014.
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
0
10
20
30
40
50
60
70
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2014
Brasil Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul
0
10
20
30
40
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2014
Total Feminino Masculino
51
Figura 49: Taxa de distorção idade-série no Ensino Médio, por sexo, 2007 a 2014.
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 50: Taxa de distorção idade-série, por raça/cor, 2014.
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
0
10
20
30
40
50
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2014
Total Feminino Masculino
20,0 11,7 22,7 28,2
18,1 34,4
Total Branca Negra
Fundamental Médio
52
Figura 51: Taxa de distorção idade-série, por sexo, 2014.
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 52: Taxa de distorção idade-série, por situação do domicílio, 2014.
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 53: Taxa de distorção idade-série, por rede de ensino 2014.
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
20,0 16,0 23,8 28,2 25,1 31,7
Total Feminino Masculino
Fundamental Médio
20,0 30,0
18,4 28,2
40,5 27,7
Brasil Rural Urbano
Fundamental Médio
20,0 22,5
6,8
28,2 31,3
7,4
Total Pública Privada
Fundamental Médio
53
Tabela: Taxa de distorção idade-série
Método de Cálculo Fonte de Dados Interpretação Limitações
(X/Y) x 100
X= Número de estudantes
com idade acima da ideal
recomendada para o nível de
ensino. Aluno completa a
idade ideal 2 ou mais anos
após o ideal, no ano do Censo
Escolar. Considera-se para o
início ideal no Ensino
Fundamental a idade de seis
anos.
Y = Número total de
matrículas.
Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira do Ministério
da Educação – INEP/MEC –
Censo Escolar da Educação
Básica
Indica a proporção
dos desajustes da
relação de acesso e
permanência no
sistema de ensino na
sua relação com a
faixa etária
idealizada para cada
ano/série (sem
repetências ou
abandono), ou seja,
revela a defasagem
escolar.
É preciso considerar a
possibilidade de um
mesmo aluno ter mais
de uma matrícula na
base de dados utilizada
para cálculo do
indicador. Além do
mais, as desagregações
por raça/cor não foram
consideradas em
decorrência da
qualidade do
preenchimento do
campo.
3. Proporção das crianças e adolescentes de 4 a 17 anos de idade fora da
escola: percentual de crianças e adolescentes de 4 a 17 anos de idade fora da
escola.
Resumo Analítico do Indicador
O percentual de crianças e adolescentes fora da escola diminuiu
gradativamente durante os nove anos observados. Considerando a taxa
para o Brasil, 11,4% das crianças e adolescentes não estavam estudando
em 2004, esse percentual foi de 5,7% em 2014.
No início da série histórica, as distâncias eram maiores entre regiões,
assim como entre pessoas brancas e pessoas negras, e entre moradores
das áreas urbanas e rurais. Os diferenciais por sexo são
proporcionalmente muito menores e não parecem ter se alterado
substancialmente.
O percentual de crianças e adolescentes fora da escola no Brasil foi
maior na Região Norte do país (8,4%). Os percentuais foram um pouco
54
inferiores para as Regiões Centro-Oeste (7,1%) e Sul (6,5%); enquanto
as Regiões Sudeste (4,3%) e Nordeste (5,7%) apresentaram os menores
valores para este indicador.
No que tange às desagregações raciais, a diferença das estimativas
calculadas para pessoas brancas e pessoas negras foi pequena – 4,4% das
crianças e adolescentes brancas estavam fora da escola em 2014, contra
6,5% das crianças negras.
Figura 54: Proporção das crianças e adolescentes de 4 a 17 anos de idade fora da
escola, por região, 2004 a 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 55: Proporção das crianças e adolescentes de 4 a 17 anos de idade fora da
escola, por sexo, 2004 a 2014.
0
5
10
15
20
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul
0
5
10
15
20
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Total Feminino Masculino
55
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 56: Proporção das crianças e adolescentes de 4 a 17 anos de idade fora da
escola, por raça/cor, 2004 a 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 57: Proporção das crianças e adolescentes de 4 a 17 anos de idade fora da
escola, por situação do domicílio, 2004 a 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 58: Proporção das crianças e adolescentes de 4 a 17 anos de idade fora da
escola, por raça/cor, 2014.
0
5
10
15
20
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Total Branca Negra
0
5
10
15
20
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Total Rural Urbano
56
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 59: Proporção das crianças e adolescentes de 4 a 17 anos de idade fora da
escola, por sexo, 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 60: Proporção das crianças e adolescentes de 4 a 17 anos de idade fora da
escola, por faixa etária, 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
5,7 4,4 6,5
Total Branca Negra
5,7 5,2 6,1
Total Feminino Masculino
6,5 17,3
1,2 1,8 10,7
Total 4 a 5 anos 6 a 10 anos 11 a 14 anos 15 a 17 anos
57
Figura 61: Proporção das crianças e adolescentes de 4 a 17 anos de idade fora da
escola, por situação do domicílio, 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Tabela: Proporção das crianças e adolescentes de 4 a 17 anos de idade fora da
escola
Método de Cálculo Fonte de Dados Interpretação Limitações
(X/Y) x 100
X = Número de crianças
e adolescentes (de 4 a 17
anos) que não
frequentam escola ou
creche.
Y = Total de crianças e
adolescentes (de 4 a 17
anos)
IBGE - Pesquisa
Nacional de Amostra por
Domicílios
Expressa a proporção
de crianças e
adolescentes que
tiveram suas trajetórias
educacionais não
iniciadas ou
interrompidas. O
indicador mostra a
relação de acesso e
permanência no
sistema de ensino
brasileiro, ressaltando a
evolução de seu
passivo histórico do
sistema de ensino
brasileiro – do
contingente
populacional cujo
Direito à Educação não
foi devidamente
assegurado.
As desagregações por raça/cor
podem não garantir
representatividade estatística
quando cruzadas com outras
desagregações, gerando um
número reduzido de
ocorrências, ou mesmo
quando analisadas
isoladamente. Como o critério
do Sistema Nacional de
Indicadores em Direitos
Humanos para estabelecer a
confiabilidade da informação
foi a existência de pelo menos
100 observações, não foi
possível desagregar o
indicador para a população
indígena e amarela, por
exemplo.
4. Proporção de estudantes com deficiência na educação básica em escolas
com diferentes níveis de acessibilidade: Percentual de estudantes da Educação
Básica com deficiência em escolas com diferentes níveis de acessibilidade. Os
níveis de acessibilidade foram divididos em três categorias, segundo o número
5,7 7,4 5,3
Total Rural Urbano
58
de itens de acessibilidade existentes na escola – Nenhum item de acessibilidade;
1 item; 2 ou 3 itens de acessibilidade.
Resumo Analítico do Indicador
De modo geral, os níveis de acessibilidade aumentaram entre 2007 e
2014. No Brasil, o percentual de estudantes deficientes em escolas com 2
ou 3 itens de acessibilidade cresceu 16,3% pontos percentuais neste
período (passando de 37,4% para 53,7% em 2014).
Não foram encontrados diferenciais por sexo, no que se refere aos níveis
de acessibilidade das escolas. Independentemente da faixa considerada,
as diferenças entre alunas e alunos foram residuais.
Os mais elevados níveis de acessibilidade foram registrados para as
estudantes e os estudantes da Região Sul do país e, sobretudo, para a
Região Centro-Oeste. Para estas regiões, os percentuais de estudantes
com deficiência na faixa mais elevada (com dois ou três itens de
acessibilidade) foram iguais a 67,0% e 73,7%. Nesta mesma faixa, as
demais Regiões mostraram percentuais similares, com as Regiões Norte
(51,2%) e Sudeste (45,5%) em níveis intermediários e o Nordeste com o
percentual mais baixo (43,0%).
Figura 62: Proporção de estudantes com deficiência na educação básica em escolas
com nenhum item de acessibilidade, por região, 2007 a 2014.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul
59
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 63: Proporção de estudantes com deficiência na educação básica em escolas
com um item de acessibilidade, por região, 2007 a 2014.
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 64: Proporção de estudantes com deficiência na educação básica em escolas
com dois ou três itens de acessibilidade, por região, 2007 a 2014.
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
0%
20%
40%
60%
80%
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul
0%
20%
40%
60%
80%
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul
60
Figura 65: Proporção de estudantes com deficiência na educação básica em escolas
com nenhum item de acessibilidade, por sexo, 2007 a 2014.
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 66: Proporção de estudantes com deficiência na educação básica em escolas
com um item de acessibilidade, por sexo, 2007 a 2014.
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 67: Proporção de estudantes com deficiência na educação básica em escolas
com dois ou três itens de acessibilidade, por sexo, 2007 a 2014.
0%
20%
40%
60%
80%
100%
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Total Feminino Masculino
0%
20%
40%
60%
80%
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Total Feminino Masculino
61
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 68: Proporção de estudantes com deficiência na educação básica em
escolas, por diferentes níveis de acessibilidade e raça/cor, 2014.
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 69: Proporção de estudantes com deficiência na educação básica em
escolas, por diferentes níveis de acessibilidade e sexo, 2014.
0%
20%
40%
60%
80%
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Total Feminino Masculino
23,2 22,3 25,0
23,1 23,1 22,9
53,7 54,6 52,1
Total Branca Negra
Nenhum item de acessibilidade 1 item 2 ou 3 itens de acessibilidade
62
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 70: Proporção de estudantes com deficiência na educação básica em
escolas, por diferentes níveis de acessibilidade e Unidades da Federação, 2014.
23,2 23,2 23,3
23,1 22,9 23,2
53,7 53,9 53,6
Total Feminino Masculino
Nenhum item de acessibilidade 1 item 2 ou 3 itens de acessibilidade
63
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
34,1
23,2
37,5
23,1
11,5
28,4
53,7
86,8
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
São Paulo
Bahia
Piauí
Maranhão
Amazonas
Pará
Ceará
Pernambuco
Alagoas
Roraima
Paraíba
Brasil
Sergipe
Rio Grande do Norte
Amapá
Tocantins
Rio de Janeiro
Acre
Minas Gerais
Santa Catarina
Espírito Santo
Goiás
Rio Grande do Sul
Paraná
Rondônia
Mato Grosso
Mato Grosso do Sul
Distrito Federal
Nenhum item de acessibilidade 1 item 2 ou 3 itens de acessibilidade
64
Figura 71: Proporção de estudantes com deficiência na educação básica em
escolas, por diferentes níveis de acessibilidade e condição do domicílio, 2014.
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 72: Proporção de estudantes com deficiência na educação básica em
escolas, por diferentes níveis de acessibilidade e tipo de rede, 2014.
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
23,2
56,3
19,6
23,1
20,1
23,4
53,7
23,7
57,1
Brasil Rural Urbano
Nenhum item de acessibilidade 1 item 2 ou 3 itens de acessibilidade
23,2 23,9 20,5
23,1 24,2 18,6
53,7 51,9 60,9
Total Pública Privada
Nenhum item de acessibilidade 1 item 2 ou 3 itens de acessibilidade
65
Tabela: Proporção de estudantes com deficiência na educação básica em escolas
com diferentes níveis de acessibilidade
Método de Cálculo Fonte de Dados Interpretação Limitações
(X k /Y) x 100
X = Número de
estudantes da Educação
Básica com deficiência
(necessidades educativas
especiais) em escolas
classificadas na k-ésima
categoria de
acessibilidade escolar.
• As categorias ou faixas
de acesso à
acessibilidade foram:
Nenhum item de
acessibilidade;
1 item de acessibilidade;
2 ou 3 itens de
acessibilidade.
• Foram considerados os
seguintes itens de
acessibilidade:
o Sala de recursos
multifuncionais para
Atendimento
Educacional
Especializado (AEE);
o Banheiro adequado a
estudantes com
deficiência ou
mobilidade reduzida;
o Dependências e vias
adequadas a estudantes
com deficiência ou
mobilidade reduzida.
Y = Número total de
matrículas de estudantes
com deficiência
(necessidades educativas
especiais) na Educação
Básica.
INEP: Censo Escolar. Indica o acesso de
estudantes da Educação
Básica com deficiência
a diferentes níveis de
acessibilidade em
ambiente escolar.
Maiores níveis de
acessibilidade nas
escolas remetem a uma
inserção mais digna e
igualitária de
estudantes com
necessidades
educativas especiais em
ambiente escolar e a
podem estar associados
à permanência na
escola e à progressão
dos estudantes. Neste
sentido, o indicador
poder ser considerado
não apenas sob o
registro do atributo
“Qualidade da
Educação”, como
também sob a lógica da
democratização de
oportunidades
educacionais, da
garantia de trajetórias
educacionais mais
equitativas.
Uma limitação que pode ser
apontada consiste na
disponibilidade limitada de
dados para compor a série
histórica. Outra limitação que
pode ser citada, diz respeito à
limitação do preenchimento
do campo que registra a cor ou
raça do estudante. O
percentual de matrículas de
estudantes com deficiência
sem esta informação foi de
48,7% em 2008, no início da
série considerada, caindo para
29,9% em 2013.
5. Taxa de estudantes com deficiência na educação básica com acesso a
professoras e professores com formação em Necessidades Educativas
Especiais: Percentual de estudantes com deficiência na educação básica com
acesso a professoras e professores com formação continuada em Educação
Especial
66
Resumo Analítico do Indicador
De modo geral, houve uma redução do acesso de estudantes com
deficiência a professoras e professores com formação continuada em
Educação Especial. Estes eram 28,1% em 2008 e caíram para 15,2% no
ano de 2014.
A maior taxa foi identificada na Região Sul (26,7%). Nas Regiões Norte
(8,1%) e Nordeste (6,2%), as taxas foram inferiores a 10%.
Os valores do indicador calculados para estudantes foram muito similares
entre si – 16,0% para as alunas contra 14,6% para os alunos.
A diferença de acesso de estudantes das escolas da rede pública e da
privada é elevada. Enquanto nas escolas públicas a taxa de estudantes
com acesso a professoras e professores com formação continuada em
Educação Especial é de 8,3%, nas escolas privadas é de 42,8%.
As taxas registradas para as estudantes e os estudantes das escolas
localizadas nas áreas urbanas (16,3%) foram mais elevadas do que as
taxas calculadas para estudantes em escolas rurais (4,9%).
Figura 73: Taxa de estudantes com deficiência na educação básica com acesso a
professores com formação continuada em necessidades especiais, por região, 2008
a 2014.
0
10
20
30
40
50
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul
67
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 74: Taxa de estudantes com deficiência na educação básica com acesso a
professores com formação continuada em necessidades especiais, por sexo, 2008 a
2014.
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 75: Taxa de estudantes com deficiência na educação básica com acesso a
professores com formação continuada em necessidades especiais, por raça/cor,
2014.
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
0
10
20
30
40
50
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Total Feminino Masculino
15,2 18,6
12,3
Total Branca Negra
68
Figura 76: Taxa de estudantes com deficiência na educação básica com acesso a
professores com formação continuada em necessidades especiais, por sexo, 2014.
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 77: Taxa de estudantes com deficiência na educação básica com acesso a
professores com formação continuada em necessidades especiais, por Unidade da
Federação, 2014
15,2 16,0 14,6
Total Feminino Masculino
69
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 78: Taxa de estudantes com deficiência na educação básica com acesso a
professores com formação continuada em necessidades especiais, por situação do
domicílio, 2014.
3,4
15,2
43,8
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Piauí
Ceará
Alagoas
Rio Grande do Norte
Pará
Goiás
Bahia
Acre
Sergipe
Paraíba
Santa Catarina
Maranhão
Pernambuco
Rio de Janeiro
Amazonas
Rondônia
Tocantins
Mato Grosso
Roraima
São Paulo
Rio Grande do Sul
Amapá
Brasil
Mato Grosso do Sul
Espírito Santo
Minas Gerais
Distrito Federal
Paraná
70
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 79: Taxa de estudantes com deficiência na educação básica com acesso a
professores com formação continuada em necessidades especiais, por rede de
ensino, 2014.
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
Tabela: Taxa de estudantes com deficiência na educação básica com acesso a
professores com formação continuada em necessidades especiais.
Método de Cálculo Fonte de Dados Interpretação Limitações
15,2
4,9
16,3
Brasil Rural Urbano
15,2
8,3
42,8
Total Pública Privada
71
(X/Y) x 100
X = Número de estudantes
da Educação Básica com
deficiência com acesso a
professores com formação
continuada em Educação
Especial.
• Este número foi
ponderado pela proporção
de professores da turma
associada à matrícula
inicial do aluno, que
possuía este tipo de
formação;
Y = Número total de
matrículas de alunos com
deficiência (necessidades
educativas especiais) na
Educação Básica.
INEP: Censo Escolar. Indica o acesso dos
estudantes da Educação
Básica com deficiência, a
professores com
formação continuada em
Necessidades Educativas
Especiais. Um número
proporcionalmente maior
de alunos com
professores capacitados
para atender a
necessidades especiais
específicas pode
representar uma inserção
mais digna e igualitária
destes alunos, podendo
ainda estar associado à
permanência na escola e
à progressão dos alunos.
1. Uma limitação que pode ser
apontada consiste na
disponibilidade limitada de
dados para compor a série
histórica. Como visto, apenas a
partir de 2007, com a
implementação do Sistema
Educacenso, o Censo Escolar da
Educação passou a coletar
informações individualizadas
para alunos e docentes. 2. Houve
uma alteração na formulação da
pergunta do questionário dos
docentes do Censo Escolar, entre
2011 para 2012, utilizada para
calcular este indicador. Assim,
entre 2007 e 2011 o enunciado
da questão inquiria sobre cursos
de formação continuada de, NO
MÍNIMO 40 HORAS, enquanto
em 2012 e 2013 o enunciado da
questão se refere aos cursos de
formação continuada de, NO
MÍNIMO, 80 HORAS.
3. Outra limitação que pode ser
citada, diz respeito à limitação
do preenchimento do campo que
registra a cor ou raça do
estudante
Atributo: Qualidade da Educação
Diz respeito à obrigação do Estado de respeitar, proteger e promover medidas que
garantam condições ao desenvolvimento das educandas e dos educandos em seus
respectivos objetivos educativos.
1. Taxa de estudantes da Educação Básica com acesso a professoras e
professores com nível superior: Percentual de estudantes na Educação Básica
com acesso a professores com nível superior completo
A taxa de acesso a professoras e professores com formação superior aumentou
muito pouco ao longo dos três anos observados. Considerando a taxa para o
Brasil, o indicador era 78,3% em 2012, subindo para 79,6% em 2013 e 81,1%
em 2014. Ao todo, 2,8% ao longo dos três anos.
Neste período observado, as diferenças entre estudantes brancas e brancos e
negras e negros, de escolas públicas e privadas, e de diferentes modalidades de
72
ensino mudaram muito pouco. Percebe-se, entretanto, um crescimento
relativamente mais acelerado das taxas das Regiões Nordeste e Norte, da
Educação Infantil e das escolas em áreas rurais.
Figura 80: Taxa de estudantes da Educação Básica com acesso a professoras e
professores com nível superior, 2011 a 2014.
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 81: Taxa de estudantes da Educação Básica com acesso a professoras e
professores com nível superior, por sexo, 2011 a 2014.
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
40%
60%
80%
100%
2011 2012 2013 2014
Brasil Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul
70%
80%
90%
100%
2011 2012 2013 2014
Total Feminino Masculino
73
Figura 82: Taxa de estudantes da Educação Básica com acesso a professoras e
professores com nível superior, por etapa de ensino, 2011 a 2014.
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 83: Taxa de estudantes da Educação Básica com acesso a professoras e
professores com nível superior, por raça/cor, 2014.
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
2011 2012 2013 2014
Total Educação Infantil Ensino Fundundamental Ensino Médio
81,1% 84,9% 78,7%
Total Branca Negra
74
Figura 84: Taxa de estudantes da Educação Básica com acesso a professoras e
professores com nível superior, por etapa de ensino, 2014
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 85: Taxa de estudantes da Educação Básica com acesso a professoras e
professores com nível superior, por Unidade da Federação, 2014.
81,1%
62,8%
82,0% 93,9%
Total Educação Infantil Ensino
Fundundamental
Ensino Médio
75
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 86: Taxa de estudantes da Educação Básica com acesso a professoras e
professores com nível superior, por situação do domicílio, 2014.
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
55,8%
81,1%
93,7%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
MaranhãoAlagoas
BahiaPará
PernambucoParaíba
PiauíRoraima
AmapáCearáAcre
Rio de JaneiroRio Grande do Norte
BrasilAmazonas
SergipeSanta Catarina
Rio Grande do SulTocantins
GoiásMinas Gerais
ParanáSão Paulo
Mato GrossoRondônia
Distrito FederalMato Grosso do Sul
Espírito Santo
81,1%
57,1%
84,3%
Total Rural Urbano
76
Figura 87: Taxa de estudantes da Educação Básica com acesso a professoras e
professores com nível superior, por rede de ensino, 2014
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
Tabela: Taxa de estudantes com acesso a professores com nível superior.
Método de Cálculo Fonte de Dados Interpretação Limitações
(X/Y) x 100
X = Nº de estudantes da
Educação Básica com
acesso a professores com
Nível Superior.
• Este número foi
ponderado pela
proporção de professores
da turma associada à
matrícula inicial do
aluno, que possuía este
tipo de formação;
Y = Número total de
matrículas na Educação
Básica.
Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio
Teixeira (INEP) – Censo
Escolar
Indica o acesso das
estudantes e os
estudantes da Educação
Básica a professores
que possuem formação
superior. Um maior
número proporcional
de docentes com nível
superior remete,
potencialmente, a uma
educação básica melhor
qualificada
Apenas a partir de 2011 o
questionário dos docentes do
Censo Escolar da Educação
Básica passou a coletar
informações que permitem
identificar docentes com
Ensino Superior completo.
Cabe ainda destacar o número
elevado estudantes sem a
informação sobre raça/cor. O
percentual de estudantes sem
esta informação foi de 38,1%
em 2011, caindo para 36% em
2012 e 34% em 2013. Deste
modo, os resultados das
desagregações por raça/cor
devem ser vistos com cautela.
2. Avaliação IDEB: Avaliação de Rendimento da Educação Básica. Índice
Sintético criado pelo INEP em 2007 para mensurar os níveis de qualidade da
Educação Básica. Combina informações sobre desempenho de estudantes em
81,1% 70,1% 83,4%
Total Privada Pública
77
exames padronizados (Prova Brasil ou SAEB) com indicadores de fluxo ou
rendimento escolar – taxa de aprovação calculada a partir do Censo Escolar.
Resumo Analítico do Indicador
O crescimento do IDEB nos cinco anos observados foi mais nítido para os anos
iniciais do Ensino Fundamental, do que para os anos finais e para o Ensino
Médio. Para os anos iniciais o IDEB cresceu 31% entre 2007 e 2013, enquanto a
evolução registrada foi menor para os anos finais (18,4%) e ainda mais baixa
para o Ensino Médio (5,7%).
No ano de 2015 o IDEB foi maior na rede privada de ensino para as três etapas
de ensino mensuradas, mas a diferença entre as redes foi menor para os anos
iniciais do Ensino Fundamental. Para estes últimos, o IDEB das escolas privadas
registrou 6,8 contra 5,3 para as escolas públicas.
Embora o IDEB seja mais elevado para as escolas privadas em relação às escolas
públicas, foi nestas últimas que o crescimento foi mais intenso entre 2007 e
2015, onde os avanços para o período foram de 32,5% nas escolas públicas e
contra 13,3% nas escolas privadas.
Figura 88: Avaliação de Rendimento da Educação Básica, por etapa de
ensino, 2007 a 2015.
4,2
4,6
5,0 5,2
5,5
3,8
4,0 4,1 4,2 4,5
3,5 3,6 3,7 3,7
3,7
2007 2009 2011 2013 2015
Anos Iniciais Anos Finais Ensino Médio
78
Fonte: Prova Brasil/SAEB/Censo Escolar
Figura 89: Avaliação de Rendimento da Educação Básica, por rede pública
de ensino e etapa de ensino, 2007 a 2015.
Fonte: Prova Brasil/SAEB/Censo Escolar
Figura 90: Avaliação de Rendimento da Educação Básica, por rede privada
de ensino e etapa de ensino, 2007 a 2015.
Fonte: Prova Brasil/SAEB/Censo Escolar
4,0
4,4 4,7 4,9
5,3
3,5
3,7 3,9 4,0
4,2
3,2 3,4 3,4 3,4
3,5
2007 2009 2011 2013 2015
Anos Iniciais Anos Finais Ensino Médio
6,0
6,4 6,5 6,7 6,8
5,8
5,9 6,0 5,9 6,1
5,6 5,6 5,7
5,4 5,3
2007 2009 2011 2013 2015
Anos Iniciais Anos Finais Ensino Médio
79
Figura 91: Avaliação de Rendimento da Educação Básica, por região etapa de
ensino, 2015.
Fonte: Prova Brasil/SAEB/Censo Escolar
Tabela: Avaliação de Rendimento da Educação Básica
Método de Cálculo Fonte de Dados Interpretação Limitações
IDEBij= Nij x Pij
Nij = Nota média
padronizada (entre 0 e
10) da proficiência em
Língua Portuguesa e
Matemática obtida na
Prova Brasil/SAEB por
estudantes da j-ésima
unidade (escolar ou
territorial), na edição do
exame realizada no ano
i;
Pij = Indicador de
rendimento calculado
com base na taxa de
aprovação da etapa de
ensino das estudantes e
os estudantes da j-ésima
unidade (escolar ou
territorial).
Ministério da Educação –
INEP – Portal do IDEB.
Prova Brasil/SAEB
Censo Escolar da
Educação Básica -
Módulo Situação do
Aluno
O IDEB varia de 0 a
10. Quanto maior o
índice, melhor é a
qualidade da educação
nos sistemas
educacionais ou redes
de ensino.
O IDEB é composto da Taxa
de aprovação (Censo Escolar)
e escores padronizados na
Prova Brasil.
A Taxa de Aprovação é
censitária. Considera a taxa de
aprovados em todas as escolas
presentes no Censo Escolar. Já
a Prova Brasil é realizada no
final do ciclo (para estudantes
de 4ª série e 5º), mas não é
censitária, pois considera
apenas as escolas que tenham
pelo menos 20 estudantes
matriculados nessas séries em
turmas regulares (são
excluídas turmas
multisseriadas e de aceleração,
por exemplo). Na prática, a
representatividade é menor
nos municípios que possuem
muitas escolas pequenas.
5,5 5,7
4,8 4,7
6,1 6,0
4,5 4,7 4,0 4,0
4,8 4,6 3,7 3,7 3,4 3,3
3,9 3,8
Brasil Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul
Anos iniciais Anos finais Ensino médio
80
3. Taxa de acesso a infraestrutura escolar: Percentual de estudantes da Educação
Básica em escolas com diferentes níveis de infraestrutura. Os níveis de
infraestrutura foram divididos em três categorias, segundo o número de itens de
infraestrutura existentes na escola – até 2 itens, 3 ou 4 itens e 5 ou mais itens de
infraestrutura.
A taxa de acesso à infraestrutura escolar aumentou consistentemente ao longo do
período observado. Na faixa que representa os maiores níveis de infraestrutura
(5 itens ou mais), a taxa para o Brasil era 41,3% em 2007, passando para 55,9%
em 2013.
O aumento da taxa ocorreu em todas as regiões, com redução acentuada nas
escolas com até dois itens de infraestrutura, principalmente nas Regiões Norte e
Nordeste. Entretanto, essas regiões ainda apresentam as menores taxas, sendo
que quase um quinto das estudantes e os estudantes nestas regiões encontra nas
escolas condições limitadas em termos de infraestrutura escolar.
Não há diferença por sexo em relação a acesso a infraestrutura. Entretanto, o
recorte por raça/cor mostra que estudantes brancas e brancos têm maior acesso a
escolas com mais de 5 itens de infraestrutura (59,4%) do que negras e negros
(49,8%).
Os itens mais frequentes foram sanitários e acesso à alimentação na escola –
praticamente todas as estudantes e todos os estudantes parecem ter acesso a
sanitários nas escolas (98,3%); 85,9% das estudantes e dos estudantes têm
acesso à alimentação em âmbito escolar. O item menos frequentemente ofertado
às estudantes e aos estudantes nas escolas foram os laboratórios de ciências
(26,5%).
Figura 92: Taxa de acesso a infraestrutura escolar, por faixa de itens, 2007 a 2014
(%).
81
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 93: Taxa de acesso a infraestrutura escolar de até dois itens de
infraestrutura, por região, 2007 a 2014 (%).
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 94: Taxa de acesso a infraestrutura escolar de mais de cinco itens de
infraestrutura, por região, 2007 a 2014 (%).
0
10
20
30
40
50
60
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Até 2 itens 3 ou 4 itens 5 ou mais itens de infraestrutura
0
10
20
30
40
50
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul
82
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 95: Taxa de acesso a infraestrutura escolar de até dois itens de
infraestrutura, por etapa de ensino, 2007 a 2014 (%).
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 96: Taxa de acesso a infraestrutura escolar de mais de cinco itens de
infraestrutura, por etapa de ensino, 2007 a 2014 (%).
0
20
40
60
80
100
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul
0
10
20
30
40
50
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Total EDI Fundamental Médio
83
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 97: Taxa de acesso a infraestrutura escolar, por raça/cor e faixa de itens,
2014 (%).
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
0
20
40
60
80
100
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Total EDI Fundamental Médio
10,2 8,7 12,8
33,9 31,9 37,4
55,9 59,4 49,8
Total Branca Negra
Até 2 itens de infraestrutura 3 ou 4 itens 5 ou mais itens de infraestrutura
84
Figura 98: Taxa de acesso a infraestrutura escolar, por sexo e faixa de itens, 2014.
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 99: Taxa de acesso a infraestrutura escolar, por etapa de ensino e faixa de
itens, 2014 (%).
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
10,2 10,0 10,5
33,9 33,5 34,2
55,9 56,5 55,3
Total Feminino Masculino
Até 2 itens de infraestrutura 3 ou 4 itens 5 ou mais itens de infraestrutura
Total EDI Fundamental Médio
Até 2 itens de infraestrutura 3 ou 4 itens 5 ou mais itens de infraestrutura
85
Figura 100: Taxa de acesso a infraestrutura escolar, por Unidade da Federação e
faixa de itens, 2014 (%).
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
33,5
10,2
46,1
33,9
14,0
20,4
55,9
85,3
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Maranhão
Piauí
Alagoas
Sergipe
Bahia
Paraíba
Pará
Acre
Pernambuco
Amazonas
Rio Grande do Norte
Rondônia
Ceará
Amapá
Goiás
Tocantins
Roraima
Brasil
Mato Grosso
Espírito Santo
São Paulo
Mato Grosso do Sul
Rio de Janeiro
Minas Gerais
Santa Catarina
Paraná
Rio Grande do Sul
Distrito Federal
Até 2 itens de infraestrutura 3 ou 4 itens 5 ou mais itens de infraestrutura
86
Figura 101: Taxa de acesso a infraestrutura escolar, por situação da escola e faixa
de itens, 2014 (%).
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 102: Taxa de acesso a infraestrutura escolar, por item de infraestrutura,
2014 (%).
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
Tabela: Taxa de acesso a infraestrutura escolar.
10,2
38,6
6,5
33,9
42,9
32,7
55,9
18,5
60,8
Brasil Rural Urbano
Até 2 itens de infraestrutura 3 ou 4 itens 5 ou mais itens de infraestrutura
98,3
85,9
75,1 74,3
61,4
29,0 26,5
Sanitário Alimentação
na Escola
Biblioteca Laboratório
de
Informática
Quadra de
Esportes
Parque
Infantil
Laboratório
de Ciências
87
Método de Cálculo Fonte de Dados Interpretação Limitações
(X k /Y) ´ 100
X = Número de estudantes
da Educação Básica em
escolas na k-ésima
categoria de acesso à
infraestrutura escolar.
• As categorias ou faixas de
acesso à infraestrutura
foram:
o Até 2 itens de
infraestrutura;
o 3 ou 4 itens de
infraestrutura;
o 5 ou mais itens de
infraestrutura.
• Foram considerados os
seguintes itens de
infraestrutura:
laboratórios de informática
e ciências, quadras de
esportes (cobertas ou não),
biblioteca, sala de leitura,
parque infantil, banheiro e
alimentação escolar.
Y = Número total de
matrículas na Educação
Básica.
INEP: Censo
Escolar.
Indica o acesso das estudantes e
os estudantes da Educação
Básica a diferentes níveis de
infraestrutura escolar. O acesso
a escolas com maiores níveis de
infraestrutura estão
potencialmente associados a
uma educação básica mais
qualificada.
Uma limitação que pode ser
apontada consiste na
disponibilidade limitada de
dados para compor a série
histórica. Outra limitação que
pode ser citada, diz respeito à
limitação do preenchimento do
campo que registra a cor ou
raça do estudante. O percentual
de matrículas sem esta
informação foi de 60,3% em
2007, no início da série
considerada, caindo para 34%
em 2013
4. Tempo Médio de Permanência na Escola: Número médio de horas-aula por
dia ofertado a alunas e alunos.
O tempo médio de permanência na escola sofreu pouca variação no período
observado (2007 a 2014) e as diferenças regionais permaneceram: a Região
Sudeste possui maior número de horas semanais e as Regiões Norte e Nordeste
menos horas do que a média nacional, de 4,8 horas diárias.
Em relação à modalidade de ensino, o ensino regular possui o maior número de
horas de aula: 4,9 horas diárias. Já na Educação de Jovens e Adultos houve
diminuição do tempo médio de permanência nas escolas, de 4,1 horas em 2007
para 3,8 horas em 2014.
88
Figura 303: Tempo médio de permanência na escola, por região, 2007 a 2014.
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 104: Tempo médio de permanência na escola, por modalidade de ensino,
2007 a 2014.
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
3
4
5
6
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul
3
4
5
6
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Total Regular Educação Especial EJA
89
Figura 105: Tempo médio de permanência na escola, por rede de ensino, 2007 a
2014.
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
Tabela: Tempo médio de permanência na escola
Método de Cálculo Fonte de Dados Interpretação Limitações
(∑_(h=0)^H▒〖h_k
×M_ksh)/M_ks 〗
h_k = Nº de horas-aula
por dia no nível ou etapa
de ensino k
M_kh = Número total de
matrículas com h horas-
aula por dia, no nível ou
etapa de ensino k
M_k = Número total de
matrículas nível ou etapa
de ensino kciências,
quadras de esportes
(cobertas ou não),
biblioteca, sala de
leitura, parque infantil,
banheiro e alimentação
escolar.
Y = Número total de
matrículas na Educação
Básica.calculado com
base na taxa de
aprovação da etapa de
ensino das estudantes e
os estudantes da j-ésima
unidade (escolar ou
territorial).
INEP: Censo Escolar. Tempo médio de
permanência diária do
aluno em sala de aula.
Enquanto a jornada
mínima estabelecida
pela LDB (art. 24) é de
4 horas-aula diárias,
alguns estudos utilizam
uma jornada de
referência, considerada
a mínima ideal, com
extensão de 5 horas-
aula diárias.
Uma limitação que pode ser
apontada consiste na
disponibilidade limitada de
dados para compor a série
histórica. Outra limitação que
pode ser citada, diz respeito à
limitação do preenchimento
do campo que registra a cor ou
raça do estudante. O
percentual de matrículas sem
esta informação foi de 60,3%
em 2007, no início da série
considerada, caindo para 34%
em 2013
3
4
5
6
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Total Pública Privada
90
Atributo: Currículos, Conteúdos e Práticas Educacionais
Diz respeito à obrigação de o Estado respeitar, proteger e promover medidas que
garantam a organização de currículos (experiências educativas) que assegurem o
empoderamento, identidade e respeito aos princípios de direitos humanos.
1. Proporção das estudantes e dos estudantes na Educação Básica com acesso a
professores com formação continuada em Direitos Humanos: proporção de
estudantes da Educação Básica com acesso a professoras e professores que
possuem formação continuada de Educação em Direitos Humanos.
A taxa brasileira de estudantes com acesso a professoras e professores com
formação continuada em Direitos Humanos foi, em 2014, de 18,6 para cada
grupo de 1.000 estudantes. Comparativamente, esta taxa foi maior nas Regiões
Sul (37,0 por 1.000) e Norte (26,9 por 1.000) e menor na Região Sudeste (12,2
por 1.000 estudantes). As taxas das Regiões Nordeste e Centro-Oeste foram
próximas, 18,0 e 15,1 para cada grupo de 1.000 estudantes, respectivamente.
A taxa de acesso aos conteúdos de Direitos Humanos foi mais alta no Ensino
Fundamental (19,7) do que na Educação Infantil (15,8) e no Ensino Médio
(16,6).
A diferença entre as taxas de acesso aos conteúdos, entre estudantes de escolas
rurais e urbanas é praticamente inexistente – 18,8 nas áreas rurais contra 18,6
nas escolas em áreas urbanas.
Não foram encontradas diferenças entre as taxas para estudantes do sexo
masculino e feminino (18,7 contra 18,6). No que tange a raça/cor, as taxas de
acesso de estudantes brancas e brancos e negras e negros também foi bastante
similar, sendo um pouco mais elevadas para as negras e os negros (20,4) do que
para brancas e brancos (19,7).
91
Figura 406: Proporção das estudantes e dos estudantes na Educação Básica
com acesso a professores com formação continuada em Direitos Humanos,
2012 a 2014.
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 107: Proporção das estudantes e dos estudantes na Educação Básica com
acesso a professores com formação continuada em Direitos Humanos, por sexo,
2012 a 2014.
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
11,7 8,5 9,1
25,1
7,6
21,4
16,3 13,2 14,2
26,0
10,5
32,4
18,6 15,1
18,0
26,9
12,2
37,0
Brasil Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul
2012 2013 2014
11,7 11,7 11,7
16,3 16,2 16,3 18,6 18,6 18,7
Total Feminino Masculino
2012 2013 2014
92
Figura 108: Proporção das estudantes e dos estudantes na Educação Básica
com acesso a professores com formação continuada em Direitos Humanos, por
raça/cor, 2012 a 2014.
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 109: Proporção das estudantes e dos estudantes na Educação Básica
com acesso a professores com formação continuada em Direitos Humanos, por
etapa de ensino, 2012 a 2014.
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
11,7 12,3 13,4 16,3 17,4 17,9 18,6 19,7 20,4
Total Branca Negra
2012 2013 2014
11,7 9,5
12,3 11,0
16,3 13,7
17,1 14,8
18,6
15,8
19,7
16,6
Total Educação Infantil Fundamental Médio
2012 2013 2014
93
Figura 110: Proporção das estudantes e dos estudantes na Educação Básica
com acesso a professores com formação continuada em Direitos Humanos, por
sexo, 2014.
Fonte: Censo Escolar/INEP - CGIIDH/SEDH/MJC
Tabela: Proporção das estudantes e dos estudantes na Educação Básica com
acesso a professores com formação continuada em Direitos Humanos
Método de Cálculo Fonte de Dados Interpretação Limitações
(X/Y) x 1.000
X = Nº de estudantes da
Educação Básica com
acesso a professores com
formação continuada em
Direitos Humanos.
• Este número foi
ponderado pela
proporção de professores
da turma associada à
matrícula que possuía
este tipo de formação
complementar;
• Considerou-se como
formação continuada em
Direitos Humanos, os
cursos com os seguintes
conteúdos: (a) Educação
em Direitos Humanos;
(b) Educação Ambiental;
(c) Gênero e diversidade
sexual; (d) Educação
para relações étnico
raciais; (e) Direitos da
Criança e do
Adolescente.
Y = Número total de
matrículas na Educação
Básica.
INEP: Censo Escolar. Indica níveis de acesso
a conteúdos
transversais,
relacionados aos
Direitos Humanos,
potencialmente
repassados por
docentes capacitados
para difundir e ensinar
tais conteúdos.
Uma limitação que pode ser
apontada diz respeito à
disponibilidade limitada de
dados para compor a série
histórica. Apenas a partir de
2012 o questionário dos
docentes do Censo Escolar da
Educação Básica passou a
coletar informações detalhadas
sobre os conteúdos dos cursos
de formação continuada,
permitindo observar os temas
relacionados aos Direitos
Humanos. Cabe ainda destacar
o número elevado estudantes
sem a informação sobre
raça/cor. O percentual de
estudantes sem esta
informação foi de 36% em
2012 e 34% em 2013. Deste
modo, os resultados das
desagregações por cor devem
ser vistos com cautela.
11,7 12,2 11,6
16,3 17,2 16,0 18,6 18,8 18,6
Total Rural Urbano
2012 2013 2014
94
Atributo: Democratização da Educação Superior
Diz respeito à obrigação do Estado de respeitar, proteger e promover medidas que
democratizem o acesso à educação superior garantindo a todos e todas a
disponibilidade, acessibilidade, aceitabilidade e adaptabilidade do ensino formal a
todas as pessoas.
1. Taxa de Escolarização Líquida na Graduação: percentual da população de 18
a 24 anos que frequenta o ensino superior
No período entre 2004 e 2014 a taxa de escolarização líquida aumentou em
todas as regiões do país. O maior aumento ocorreu na região Centro-Oeste, que
passou de 12,25% em 2004 para 21,5% em 2014, igualando a taxa da região Sul,
de 21,4%. Norte e Nordeste apresentaram taxa abaixo da média nacional em
toda a série histórica.
As diferenças entre homens e mulheres aumentaram ao longo da série histórica.
No período entre 2004 e 2011 a diferença quase dobrou: era de 2,7 pontos
percentuais em 2004 e foi para 5,0 pontos percentuais em 2014.
Alunas e alunos de raça/cor branca (24,9%) possuem taxa de escolarização
líquida na graduação quase três vezes maior do que alunas e alunos de raça/cor
preta (11,8%).
Figura 111: Taxa de escolarização líquida na graduação, por região, 2004 a 2014.
95
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 112: Taxa de escolarização líquida na graduação, por sexo, 2004 a 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014
Brasil Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2014
Total Feminino Masculino
96
Figura 113: Taxa de escolarização líquida na graduação, por raça/cor, 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 114: Taxa de escolarização líquida na graduação, por sexo, 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 115: Taxa de escolarização líquida na graduação, por Unidade da
Federação, 2014.
17,4% 24,9%
11,8%
Total Branca Negra
17,4% 19,9%
14,9%
Total Feminino Masculino
97
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 116: Taxa de escolarização líquida na graduação, por situação do domicílio,
2014.
9,1%
17,4%
30,3%
0% 20% 40%
Pará
Maranhão
Bahia
Alagoas
Pernambuco
Rio Grande do…
Roraima
Ceará
Piauí
Sergipe
Amazonas
Acre
Rio de Janeiro
Paraíba
Rondônia
Brasil
Tocantins
Minas Gerais
Amapá
Mato Grosso
Mato Grosso do…
Espírito Santo
Goiás
Paraná
São Paulo
Rio Grande do…
Santa Catarina
Distrito Federal
98
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 117: Taxa de escolarização líquida na graduação, por sexo e raça/cor, 2014.
Fonte: PNAD/IBGE - CGIIDH/SEDH/MJC
Tabela: Taxa de escolarização líquida na graduação
Método de Cálculo Fonte de Dados Interpretação Limitações
17,4%
5,9%
19,2%
Total Rural Urbana
17,4%
24,9%
11,8%
19,9%
27,4%
14,0% 14,9%
22,2%
9,6%
Total Branca NegraTotal Feminino Masculino
99
(X/Y) x 100
X = Número de
pessoas
matriculadas em
curso de graduação
com idade entre 18 e
24 anos.
Y = População total
com idade entre 18 e
24 anos, na categoria
analisada.
IBGE – Pesquisa
Nacional por
Amostra de
Domicílios (PNAD)
Indica a relação de
acesso e
permanência no
sistema de ensino
na sua relação com
a faixa etária
idealizada (sem
repetências ou
abandono), ou seja,
revela o fluxo
escolar.
A estimativas do
indicador segundo
algumas das
desagregações de
interesse no âmbito do
Sistema Nacional de
Indicadores de Direitos
Humanos podem não
garantir
representatividade
estatística, sobretudo
quando cruzadas com
outras variáveis e
principalmente nos casos
em que se pretende
identificar populações e
eventos mais raros. Isto
ocorre justamente
porque, segundo o IBGE,
a amostra da PNAD não
foi desenhada para captar
pequenas populações ou
características
populacionais
territorialmente
concentradas.
2. Taxa de Abandono na Graduação: Percentual de estudantes que abandonaram o
curso de graduação num determinado ano letivo. Por abandono compreende-se, neste
caso, os estudantes com matrícula trancada ou desvinculados do ensino superior.
De 2010 a 2014 a taxa de abandono na graduação segue o mesmo padrão, sendo
acentuada nas redes de ensino privada, onde há uma diferença entre o sexo
feminino e masculino.
A taxa de abandono do ensino superior no ano de 2014 é de 28,7% entre os
homens e de 24,9% entre as mulheres.
Os cursos EaD – Educação a Distância (32%) possuem taxa de abandono mais
elevada do que os cursos de ensino presenciais (25,4%).
No recorte por faixa etária há mais abandono da população de 60 anos ou mais
(35,8%).
100
Figura 118: Taxa de abandono na graduação, por sexo, 2009 a 2014.
Fonte: Censo Educação Superior – CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 119: Taxa de abandono na graduação, por rede de ensino, 2009 a 2014.
Fonte: Censo Educação Superior – CGIIDH/SEDH/MJC
0
5
10
15
20
25
30
35
2010 2011 2012 2013 2014
Total Feminino Masculino
0
5
10
15
20
25
30
35
2010 2011 2012 2013 2014
Total Pública Privada
101
Figura 120: Taxa de abandono na graduação, por modalidade de ensino, 2009 a
2014.
Fonte: Censo Educação Superior – CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 121: Taxa de abandono na graduação, por modalidade, 2014
0
5
10
15
20
25
30
35
2010 2011 2012 2013 2014
Total Presencial EaD
26,6
32,0
25,4
Total EaD Presencial
102
Figura 122: Taxa de abandono na graduação, por faixa etária, 2014.
Fonte: Censo Educação Superior – CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 123: Taxa de abandono na graduação, por tipo de rede de ensino, 2014.
Fonte: Censo Educação Superior – CGIIDH/SEDH/MJC
Figura 124: Taxa de abandono na graduação, por tempo de ingresso, 2014.
Fonte: Censo Educação Superior – CGIIDH/SEDH/MJC
26,6
12,9
24,6
31,2 35,8
Total 17 anos ou menos de 18 a 29 anos de 30 a 59 anos 60 anos ou mais
26,6
18,8
28,7
Total Pública Privada
26,6 21,0
28,8 27,5 29,7
Total Ingressante 1 ano atrás 2 anos atrás 3 ou mais anos atrás
103
Figura 125: Taxa de abandono na graduação, por sexo e faixa etária, 2014
Tabela: Taxa de Abandono na Graduação
Método de Cálculo Fonte de Dados Interpretação Limitações
(X/Y) x 100
X = Número de
pessoas
matriculadas em
curso de graduação
com idade entre 18
e 24 anos.
Y = População total
com idade entre 18
e 24 anos, na
categoria analisada.
IBGE –
Pesquisa
Nacional por
Amostra de
Domicílios
(PNAD)
INEP: Censo
da Educação
Superior
Indica a relação de
acesso e permanência
no sistema de ensino
na sua relação com a
faixa etária idealizada
(sem repetências ou
abandono), ou seja,
revela o fluxo escolar.
A estimativas do indicador
segundo algumas das
desagregações de interesse no
âmbito do Sistema Nacional de
Indicadores de Direitos
Humanos podem não garantir
representatividade estatística,
sobretudo quando cruzadas
com outras variáveis e
principalmente nos casos em
que se pretende identificar
populações e eventos mais
raros. Isto ocorre justamente
porque, segundo o IBGE, a
amostra da PNAD não foi
desenhada para captar
pequenas populações ou
características populacionais
territorialmente concentradas.
26,6
12,9
24,6
31,2
35,8
24,9
12,3
23,2
28,9
34,2
28,7
14,0
26,4
34,1
37,4
Total 17 anos ou menos de 18 a 29 anos de 30 a 59 anos 60 anos ou mais
Total Feminino
104
Bibliografia
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Econômicos, Sociais e Culturais. Disponível em:
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Direitos Humanos-3 (PNDH-3). Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D7037.htm Último
acesso em: 14/09/2016
______, Decreto nº 592, de 06 de julho de 1992, Pacto Internacional dos Direitos
Civis e Políticos. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-
1994/D0592.htm Último acesso em: 14/09/2016
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm Último acesso em:
14/09/2016
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http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1960-1969/decreto-63223-6-setembro-
1968-404776-publicacaooriginal-1-pe.html Último acesso em: 14/09/2016
______, Decreto nº 99.710, de 21 de novembro de 1990, Convenção sobre os Direitos
da Criança. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-
1994/D99710.htm Último acesso em: 14/09/2016
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Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm Último acesso
em: 14/09/2016
______, Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, Lei de Diretrizes e Bases da
Educação. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm Último
acesso em: 14/09/2016
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ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, Comentário Geral nº 13.
CONVENÇÃO AMERICANA SOBRE DIREITOS
HUMANOS, Protocolo de São Salvador, Disponível em:
http://www.cidh.oas.org/basicos/portugues/e.Protocolo_de_San_Salvador.htm Último
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http://www.dhnet.org.br/direitos/anthist/viena/viena.html Último acesso em: 14/09/2016