sistema jet casa
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TCC FACULDADES OBJETIVO SOBRE O SISTEMA JET CASATRANSCRIPT
INSTITUTO UNIFICADO DE ENSINO SUPERIOR OBJETIVO
DANIEL ALVES SANTANA
GISELE DE OLIVEIRA SILVA
GUILHERME MORAIS DE OLIVEIRA
HELLAÍNE AUXILIADORA MENDES SOARES
LUCAS NASSIF CORRÊA
MAYARA VIEIRA GOMES
PAULO HENRIQUE NEVES DE MELO
SAMUEL AVELAR VAZ
AVALIAÇÃO DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM HABITAÇÕES
CONSTRUÍDAS PELO MÉTODO JET CASA
GOIÂNIA 2014
DANIEL ALVES SANTANA
GISELE DE OLIVEIRA SILVA
GUILHERME MORAIS DE OLIVEIRA
HELLAÍNE AUXILIADORA MENDES SOARES
LUCAS NASSIF CORRÊA
MAYARA VIEIRA GOMES
PAULO HENRIQUE NEVES DE MELO
SAMUEL AVELAR VAZ
AVALIAÇÃO DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM HABITAÇÕES
CONSTRUÍDAS PELO MÉTODO JET-CASA
Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção do título de graduação em Engenharia Civil, apresentado ao Instituto Unificado de Ensino Superior Objetivo – IUESO.
Orientador: Prof. Marcelus Isaac Lemos Gomes, MSc. Co-orientadora: Prof. Francielle Coelho dos Santos, MSc
GOIÂNIA 2014
DANIEL ALVES SANTANA
GISELE DE OLIVEIRA SILVA
GUILHERME MORAIS DE OLIVEIRA
HELLAÍNE AUXILIADORA MENDES SOARES
LUCAS NASSIF CORRÊA
MAYARA VIEIRA GOMES
PAULO HENRIQUE NEVES DE MELO
SAMUEL AVELAR VAZ
AVALIAÇÃO DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM HABITAÇÕES
CONSTRUÍDAS PELO MÉTODO JET-CASA
Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção do título de graduação em Engenharia Civil, apresentado ao Instituto Unificado de Ensino Superior Objetivo – IUESO.
Aprovado em:
____________________________________________________ ____/_____/________.
Prof. MSc. Marcelus Isaac Lemos Gomes.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus que nos abençoou e nos guiou em cada
fase de nossas vidas.
Aos nossos familiares que pacientemente nos acompanharam, nos ajudaram e
nos fortaleceram.
À nossa co-orientadora Francielle, pelo paciência, ajuda e compreensão.
Ao nosso orientador Marcellus, pela disponibilidade de nos acompanhar neste
projeto.
Aos moradores do Condomínio Vale da Lua, que nos receberam em suas
casas, com muita paciência.
O nosso principal agradecimento aos nossos colegas de grupo que
mutuamente nos apoiamos e pacientemente encaramos esse desafio com coragem e
determinação.
RESUMO
Com o constante crescimento populacional do Brasil, a cada dia surgem novas formas
de construção. Investimentos em habitações de interesse social, habitações com
gastos menores e desempenho melhor ou igual ao de construções convencionais, tem
se tornado frequente. O uso de métodos alternativos, tem sido uma solução para
construções que necessitam de rápida execução, e com qualidade. Moradores que
já habitam nessas construções , como o sistema JET CASA®, apresentam sua
satisfação com o sistema, e muitos dizem nem sequer perceber diferença entre um
sistema e outro. Os resultados das análises permitem verificar possíveis causas e
possíveis soluções para problemas ainda existentes no sistema construtivo.
Palavras-chave: JET-CASA®, Desempenho, Métodos construtivos alternativos,
Manifestações patológicas.
ABSTRACT
With the steady population growth in Brazil, each day brings new forms of construction.
Investments in social housing, housing with lower expenses and performance better
than or equal to conventional buildings, has become common. The use of alternative
methods, has been a solution for buildings that need rapid implementation, and quality.
Residents who already live in these buildings, such as JET CASA® system, present
their satisfaction with the system, and many say not even see the difference between
one system and another. The analysis results allow to check possible causes and
possible solutions to remaining in the building system problems.
Keywords: JET-CASA®, Performance, alternative construction methods, pathological
manifestations.
LISTA DE FIGURAS
Figura 2. 1 – a) Soldagem das paredes; b) Laje sobre parede. ................................ 14
Figura 2. 2 - Painel Jet Casa ..................................................................................... 14
Figura 2. 3 - Aplicação de chapisco rolado e argamassa. ......................................... 15
Figura 2. 4 - Soldagem superior do painel. ............................................................... 16
Figura 2. 5 - Capa do DATec Nº 008A ..................................................................... 17
Figura 2. 6 - Principais tipos de fissuras ou trincas encontradas em uma edificação 22
Figura 2. 7 - Tipos de umidade .................................................................................. 31
Figura 2. 8 - Manchas provocadas por microrganismos. ........................................... 33
Figura 4. 1 - Tamanho geral da casa ........................................................................ 39
Figura 4. 2 - Tamanho da sala .................................................................................. 39
Figura 4. 3 - Tamanho dos quartos ........................................................................... 39
Figura 4. 4 - Tamanho da cozinha ............................................................................. 40
Figura 4. 5 - Tamanho do banheiro ........................................................................... 40
Figura 4. 6 – Análise da percepção do usuário quanto a iluminação da casa durante o
dia ............................................................................................................................. 41
Figura 4. 7 - Temperatura no inverno ........................................................................ 41
Figura 4. 8 - Ventilação da casa ................................................................................ 41
Figura 4. 9 - Tamanhos das janelas .......................................................................... 42
Figura 4. 10 - Umidade dos cômodos ....................................................................... 42
Figura 4. 11 - Distância da janela do vizinho em relação a sua privacidade ............. 43
Figura 4. 12 - Barulho das áreas vizinhas ou externas ............................................. 43
Figura 4. 13 - De onde vem o barulho que incomoda? ............................................. 43
Figura 4. 14 - Você acha a estrutura da casa confiável? .......................................... 44
Figura 4. 15 - Morador realizou um acréscimo na área externa da casa, perfurando a
parede sem problema algum com a estrutura. .......................................................... 45
Figura 4. 16 - Foi necessário realizar alguma manutenção/revisão periódica do
sistema? .................................................................................................................... 45
Figura 4. 17 – Tubulação de captação de água pluvial entupido devido concreto
encontrado dentro da tubulação. ............................................................................... 46
Figura 4. 18 - Você realizou alguma reforma ou acréscimo na construção. Se sim, teve
alguma dificuldade na reforma? ................................................................................ 46
Figura 4. 19 - Trinca aparente no apoio da terça metálica com a parede, devido ao
acréscimo efetuado pelo condômino na garagem em cobertura de estrutura metálica.
.................................................................................................................................. 47
Figura 4. 20 - Você já percebeu trincas/fissuras nas paredes? ................................. 47
Figura 4. 21 - Fissura superficial no encontro geminado entre as unidades
habitacionais conjugadas. ......................................................................................... 48
Figura 4. 22 - Você já percebeu o aparecimento de trincas/fissuras próximo à
esquadrias? ............................................................................................................... 48
Figura 4. 23 - Você já percebeu o aparecimento de trincas/fissuras próximo
instalações hidrossanitárias e elétricas? ................................................................... 49
Figura 4. 24 - Fissura superficial na parede do quarto devido a instalação de tomadas
já pré-locadas pelo sistema JETCASA®. .................................................................. 49
Figura 4. 25 - Morador efetuou a instalação de uma tomada de sobrepor pela falta de
quantidade necessárias à demanda na sala. ............................................................ 50
Figura 4. 26 - Percebe algum tipo de ruído ou estalos nas paredes ou teto? ........... 50
Figura 4. 27 - Percebe pontos de mofo ou bolor nas paredes? ................................ 51
Figura 4. 28 - Umidade/Bolor na parede do quarto, divisa com o banheiro .............. 51
Figura 4. 29 - Percebe umidade nos cômodos da casa? .......................................... 51
Figura 4. 30 - As paredes da casa descascam, deixando o reboco exposto? .......... 52
Figura 4. 31 - Há alguma alteração na pintura das paredes?.................................... 52
Figura 4. 32 - Reparo feito por morador devido ao corte já pré-fabricado pelo sistema
JETCASA® para colocação de aparelho ar-condicionado modelo ACJ na parede
quarto. ....................................................................................................................... 53
LISTA DE TABELAS
Tabela 2. 1 - Ações humanas, ações naturais, desastres naturais e desastres de
causas humanas. ...................................................................................................... 19
Tabela 2. 2 - Classificação das principais causas de fissurações em paredes ........ 20
Tabela 2. 3 - Classificação das principais causas de fissurações em paredes
(continuação) ............................................................................................................. 21
Tabela 2. 4 - Fissuras por sobrecargas ..................................................................... 24
Tabela 2. 5 - Fissuras causadas por variações térmicas. ......................................... 25
Tabela 2. 6 - Fissuras causadas por retração-expansão. ......................................... 26
Tabela 2. 7 - Fissuras causadas por deformação de elementos da estrutura de
concreto..................................................................................................................... 27
Tabela 2. 8 - Fissuras causadas por recalque de fundações. ................................... 28
Tabela 2. 9 – Fissuras causadas por reações químicas. .......................................... 28
Tabela 2. 10 – Fissuras causadas por detalhes construtivos. ................................... 28
Tabela 3. 1 - Questionário Avaliativo de satisfação dos moradores, quanto ao conforto
térmico, lumínico, acústico e quanto ao tamanho da casa. 34
Tabela 3. 1 - Questionário Avaliativo de satisfação dos moradores, quanto ao conforto
térmico, lumínico, acústico e quanto ao tamanho da casa. (CONTINUAÇÃO) ......... 35
Tabela 3. 2 - Questionário Avaliativo de satisfação dos moradores, quanto à estrutura.
.................................................................................................................................. 35
Tabela 3. 2 - Questionário Avaliativo de satisfação dos moradores, quanto à estrutura.
(CONTINUAÇÃO) ..................................................................................................... 36
LISTA DE ABREVIATURAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO ................................................................................... 9
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA .............................................................................. 9
1.2 JUSTIFICATIVA DO TEMA ..................................................................................... 10
1.3 OBJETIVOS ....................................................................................................... 11
1.3.1 Objetivo geral .......................................................................................... 11
1.3.2 Objetivos específicos ............................................................................... 11
CAPÍTULO 2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................ 12
2.1 HABITAÇÕES POPULARES ................................................................................... 12
2.2 O SISTEMA JET CASA ...................................................................................... 13
2.2.1 Processo construtivo do JET CASA ........................................................ 13
2.3 PATOLOGIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL .................................................................... 18
2.4 PATOLOGIA EM ALVENARIAS DE VEDAÇÃO ........................................................... 19
2.5 TIPOS DE PATOLOGIAS EM VEDAÇÕES ................................................................. 21
2.5.1 Fissuras e Trincas ................................................................................... 21
2.5.2 Umidade .................................................................................................. 29
2.5.3 MANCHAS .............................................................................................. 32
2.5.4 EFLORESCÊNCIAS ................................................................................ 32
2.5.5 MICROORGANISMOS ............................................................................ 33
CAPÍTULO 3 – METODOLOGIA .............................................................................. 34
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA ........................................................................ 34
CAPÍTULO 4 – ANÁLISE DE RESULTADOS .......................................................... 37
4.1 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ............................................................ 37
4.2 DIAGNÓSTICO QUANTO À PERCEPÇÃO DO MORADOR ............................................ 38
4.3 DIAGNÓSTICO QUANTO AO APARECIMENTO DE PATOLOGIAS .................................. 43
4.3.1 Confiança na estrutura ............................................................................ 45
4.3.2 Realização de manutenções ................................................................... 46
4.3.3 Dificuldades encontradas para realizações de reformas, acréscimos ou
alterações ........................................................................................................... 47
4.3.4 Surgimento de Fissuras ........................................................................... 48
4.3.5 Fissuras nas esquadrias .......................................................................... 48
4.3.6 Fissuras hidrossanitárias ou elétricas ...................................................... 49
4.3.7 Ruídos ou estalos .................................................................................... 50
4.3.8 Mofo ou bolor .......................................................................................... 51
4.3.9 Umidade .................................................................................................. 52
4.3.10 Paredes descascando ......................................................................... 52
4.3.11 Alteração na pintura das paredes ........................................................ 52
CAPÍTULO 5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................. 54
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 55
9
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO
Este capítulo tem a intenção de apresentar o contexto no qual a pesquisa está
inserida e que justifica a sua realização, além de apontar o objetivo geral e os objetivos
específicos.
Contextualização do tema
A criação de sistemas alternativos em substituição aos convencionais visam
atender as necessidades da população, incluem principalmente construções em curto
prazo e baixo custo de produção e com diminuição de desperdício no decorrer da
execução da obra.
Com isso, muitos sistemas alternativos têm sido utilizados, visando além da
qualidade, a rapidez de construção e a economia. O sistema construtivo JET CASA®,
tem sido a realização dos sonhos de muitas famílias, pois além de ter um custo não
tão elevado quanto de um sistema construtivo convencional, ele é executado com uma
rapidez praticamente impossível aos sistemas mais comuns.
Portanto, de acordo com a norma NBR 15575 em vigor desde julho de 2013,
as novas construções devem obedecer a uma série de regras, regras estas que
determinam a qualidade da edificação, seu conforto ambiental, relacionados ao
desempenho térmico, acústico e lumínico, a sustentabilidade e durabilidade, entre
outras.
Esta norma refere-se aos sistemas que compõem edificações habitacionais,
independentemente dos seus materiais constituintes e do sistema construtivo
utilizado. O foco desta norma está nas exigências dos usuários para o edifício
habitacional e seus sistemas, quanto ao seu comportamento em uso e não na
prescrição de como os sistemas são construídos.
O sistema Jet-casa se baseia na produção industrializada de elementos como paredes, lajes e fundação pré-fabricados. O produto JET CASA destina-se à construção de paredes de casas térreas isoladas ou geminadas e sobrados isolados ou geminados. Composto por paredes estruturais constituídas de painéis pré-fabricados mistos de concreto armado e blocos cerâmicos, e das ligações entre os painéis, deve atender às especificações da norma da mesma forma dos sistemas construtivos convencionais.(SANTOS, 2014, p.15).
10
Com o crescente investimento, tanto por parte do setor público quanto do setor
privado, em construções rápidas, padronizadas, com grandes repetições, e que
tenham uma boa relação custo-benefício, a questão dodesempenho dessa construção
após a finalização, ou seja, quando já estará sendo usada para o fim que foi
construída, ainda é pouco abordada.
Devido a maior velocidade de construção e pouco conhecimento do
funcionamento do sistema, os problemas pós-obra vêm sendo cada vez maiores, por
ser um sistema pouco comum, ainda há decadência no mercado de profissionais que
saibam como lidar com esses problemas, o que torna a habitação incompatível com
as requisições da norma de desempenho.
Justificativa do tema
A construção civil ao longo dos anos vem passando por um processo de
melhorias e avanços consideráveis. Uma dessas melhoras é a industrialização dos
processos construtivos. Casas pré-fabricadas são construídas com os mesmos
materiais que as tradicionais, num ambiente controlado de uma fábrica onde a
qualidade é superior a qualquer construção artesanal.
Alguns fatores confirmam essa superioridade. Não há custos extras e
desperdícios, existe uma maior velocidade na entrega da edificação e principalmente
praticidade ao longo do processo. De acordo com Brito (2006), aliando-se esses novos
processos e todas essas qualidades ao segmento de habitações de interesse sociais,
geraria uma melhora significativa em um grave problema público que é a falta de
moradia.
OLIVEIRA(2006) relata a inclusão e a participação das construções pré-
fabricadas em conjunto com os governos em relação aos planos habitacionais nos dia
atuais. E apesar da constatação ser vista só agora, na Europa após guerras civis
foram adotados sistemas construtivos que atendessem aos planos e políticas
habitacionais, onde as edificações, que são habitadas até hoje, tivessem segurança
e qualidade (SOUZA, 2008).
Assim, é necessária a utilização de processos que ocorrem de forma industrial,
seriada, nos fabricantes ou no próprio local do empreendimento para que haja
otimização de tempo, redução em patologias decorrentes de falhas durante a
11
execução da construção, e principalmente das ocorridas após a construção, entre
outras, melhora na qualidade da construção e a redução de desperdícios e
principalmente de custo. Esse último com uma maior ênfase, principalmente quando
a fabricação dos painéis está vinculada com política habitacional.
Objetivos
1.3.1 Objetivo geral
Avaliar as patologias apresentadas em paredes pré-moldadas em alvenaria de
vedação (JET-CASA®), sob ótica da norma de desempenho NBR 15.575.
1.3.2 Objetivos específicos
Analisar a satisfação do morador referente a qualidade da moradia,
analisando dimensão dos ambientes, iluminação, ventilação e
segurança de acordo com o ponto de vista do mesmo;
Analisar e quantificar as ocorrências de patologias;
Verificar a causa das patologias;
Estudar as consequências das patologias encontradas.
12
CAPÍTULO 2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Neste capítulo estão apresentados características do sistema construtivo,
características do sistema habitacional popular, detalhes de construção, tanto do
sistema de pré-moldados, quanto das residências finais. São apresentados também
as conformidades do sistema construtivo com a norma de desempenho NBR 15.575.
Habitações populares
Abiko (1995) diz que habitação popular corresponde a um termo genérico que
define uma determinada solução de moradia destinada a população de baixa renda.
Além desta denominação genérica pode-se encontrar outras como: habitação
subnormal, habitação de interesse social ou habitação social, habitação de baixo
custo e habitação para população de baixa renda.
Ainda segundo o mesmo autor, a promoção pública impulsionada pela
criação de programas de moradia, também configura-se como forma de manifestação
de habitação popular. Este é o tipo de solução habitacional mais tradicional e refere-
se à construção de unidades como casas, apartamentos, entre outros, prontos para
morar em conjuntos habitacionais que são vendidos posteriormente à população.
Um dos maiores exemplos de programas habitacionais já criados é o
PMCMV - Programa Minha Casa Minha Vida, financiado com recursos FAR - Fundo
de Arrendamento Residencial, administrado pelo MCidades - Ministério das Cidades
e operacionalizado pela CEF - Caixa Econômica Federal.
O programa foi lançado em março de 2009 com intuito de criar mecanismos de
incentivo à produção e aquisição de 1 milhão de moradias. De acordo com
informações contidas no site da Caixa Econômica Federal, atualmente a meta é de 2
milhões de novas moradias para famílias com renda bruta mensal de até R$ 5.000,00.
O programa também contempla, entre outras diretrizes, a aquisição de terreno e
produção de empreendimentos habitacionais vinculados a intervenções inseridas no
PAC - Programa de Aceleração do Crescimento, para reassentamento,
remanejamento ou substituição de unidades habitacionais.
Conforme dados contidos no portal da AECWEB - Portal da Arquitetura,
Engenharia e Construção, os programas de habitação popular representam hoje um
13
dos principais meios de desenvolvimento econômico e infraestrutura do país e em
especial o PMCMV, que intensificou o crescimento do setor de construção civil,
gerando empregos, oportunidades, qualidade de vida, além de representar 9% do PIB
- Produto Interno Bruto.
Visando minimizar os gastos com implantação e infraestrutura urbana, os
conjuntos habitacionais são construídos seguindo um projeto padrão, gerando
edificações com características repetitivas e monótonas. Com a elevação dos custos
da construção civil, os conjuntos habitacionais tem se tornado cada vez menores e
também atendendo a faixas de renda mais elevadas.
Neste contexto surge o desenvolvimento e popularização dos sistemas
construtivos que visam, entre outros, velocidade construtiva e redução de despesas
onerosas, como por exemplo, o sistema construtivo criado pela Jet casa, denominado
sistema construtivo Jet Casa.
O sistema JET CASA
Localizada na cidade de São José do Rio Preto (SP), a empresa JET-CASA
atua no ramo da construção civil desde 1998 e a partir de 2010 passou a fazer parte
do grupo PDG REALTY, considerada uma das maiores construtoras e incorporadoras
da América Latina.
Através da criação do sistema construtivo JET-CASA®, a empresa modificou e
industrializou a construção civil convencional por meio da fabricação de painéis
estruturados, armados e autoportantes, com esquadrias metálicas instaladas,
tubulações hidráulicas e elétricas embutidas, lajes, oitões e fundações pré-fabricadas,
graças ao desenvolvimento de uma linha de produção dentro do canteiro de obras do
empreendimento ou confeccionadas em fábrica.
A tecnologia, equipamentos e materiais necessários à construção dos painéis,
como trilhos, pórticos, formas e moldes são fornecidos e entregues à construtora, além
do treinamento e acompanhamento técnico. A execução do processo não é realizada
pela JET-CASA, cabendo à construtora ou incorporadora esta responsabilidade.
2.2.1 Processo construtivo do JET CASA
14
Segundo Villar (2005), durante a execução do sistema Jet Casa monta-se uma
linha fixa de produção horizontal na fábrica ou no próprio canteiro, variando de acordo
com a quantidade de residências a serem construídas e localização da obra,
utilizando-se pouca mão de obra quando comparado ao sistema de alvenaria
convencional.
Peppe e Brandt (2009) afirmam que o sistema construtivo Jet Casa é destinado
à produção industrializada de elementos essenciais à construção civil como paredes,
lajes e fundações pré-fabricadas que serão utilizadas na construção de unidades
habitacionais. As paredes são soldadas entre si e sobre elas são colocados os oitões
e lajes, como pode ser observado nas Figuras 2.1(a) e 1(b) respectivamente. As
estruturas por sua vez apoiam-se na fundação que usualmente podem ser do tipo
radier, sapata isolada, estaca pré-moldada de concreto e estaca escavada.
Figura 2. 1 – a) Soldagem das paredes; b) Laje sobre parede.
Fonte: VILLAR, 2005.
Ainda segundo os mesmos autores, os painéis são constituídos por blocos
cerâmicos vazados com oito furos quadrados, concreto, aço e argamassa na
configuração das nervuras e juntas. As tubulações elétricas e hidráulicas são
embutidas no painel, assim como as caixas elétricas, conexões e esquadrias (Figura
2.2).
A base dos blocos justapostos é preenchida com argamassa para evitar o
desperdício de concreto por meio de infiltração nos furos quando concretados.
Figura 2. 2 - Painel Jet Casa
15
Fonte: SANTOS, 2014.
Em relação ao aço utilizado, destacam-se três tipos de nervuras: nervuras
horizontais, verticais e treliças nervuradas. As primeiras funcionam como vergas e
contra-vergas quando existem aberturas. A segunda deve resistir às solicitações que
ocorrem quando a estrutura é levantada e a terceira montada em todo perímetro do
painel serve como reforço estrutural.
Após o término da montagem dos insumos e da soldagem das armaduras dos
painéis, são soldadas as ferragens de içamento nas treliças nervuradas. Santos
(2014) diz que após a modulação e disposição dos materiais na forma, ocorre o
preenchimento das nervuras com concreto e das juntas com argamassa.
Com o painel ainda na horizontal, a estrutura recebe um revestimento de
argamassa sobre base de chapisco rolado em uma de suas faces para então ser
nivelada e impermeabilizada (VILLAR, 2005), conforme pode ser observado a seguir
na Figura 2.3.
Figura 2. 3 - Aplicação de chapisco rolado e argamassa.
Fonte: Governo de Mato Grosso, 2004.
16
Ainda segundo Santos (2014) e após um período mínimo de 12 horas ocorre a
desforma e içamento dos painéis. Com o painel na vertical a outra face é chapiscada
e rebocada.
Posteriormente à fabricação e cura, os painéis são levados até o local de
montagem e dispostos em cavaletes metálicos, seguindo a ordem em que serão
utilizados conforme especificado em projeto. O primeiro painel é posicionado e fixado
sobre a fundação com auxílio de caminhão munck. Com ajuda de um operário, o painel
é preso com uma mão francesa metálica e através de parafusos existentes na mesma
o nível e prumo são ajustados. Coloca-se o segundo painel na posição indicada em
projeto e verifica-se o nível e prumo, deixando um espaço de 1 cm para união por
solda nas cantoneiras superiores, conforme demonstrado na Figura 2.4.
Figura 2. 4 - Soldagem superior do painel.
Fonte: SINDUSCONPR, 2010.
Quando todos os painéis são montados, executa-se a soldagem das barras de
ferro laterais existentes em cada painel. As quatro soldagens garantem a imobilização
da estrutura e recebem uma demão reforçada de fundo anticorrosivo à base de resina
sintética (VILLAR, 2005).
Em seguida os espaços vazios existentes entre os painéis são preenchidos
com graute e então se colocam as lajes e oitões. As lajes são unidas às paredes
através de cantoneiras metálicas que serão soldadas e preenchidas com argamassa.
Os oitões também são travados na laje por meio de solda e assentados com
argamassa.
Concluídas as etapas de fabricação e montagem no destino final da estrutura,
inicia-se o processo de acabamento com aplicação de massa corrida para pintura,
assentamento do piso e colocação dos azulejos.
17
Por trabalharem como elementos de função estrutural e vedação, os painéis,
lajes e oitões, também chamados de estruturas autoportantes, não podem sofrer
alterações sem qualquer estudo prévio. As mudanças na estrutura como demolição,
abertura de vãos, rasgos na alvenaria, entre outros, caracterizados como etapas
futuras, devem ser previstos durante a fase de elaboração do projeto, caso contrário,
as modificações podem comprometer a segurança estrutural de todo conjunto.
Recentemente foi concedido à empresa Jet Casa e sob coordenação do
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), Comitê técnico e
Comissão Nacional, a renovação “A” do Documento de Avaliação Técnica (DATec) nº
008, com validade até Agosto de 2016, como pode ser observado na Figura 2.5
abaixo.
Figura 2. 5 - Capa do DATec Nº 008A
Fonte: PBQP-H, 2014.
O documento, entre outros existentes, faz parte de um dos projetos do
Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H), conhecido
como Sistema Nacional de Avaliações Técnicas (SINAT), com objetivo de avaliar os
novos produtos e tecnologias utilizados nos processos de construção.
Quando não existem normas técnicas prescritivas específicas e aplicáveis ao
produto, o SINAT busca suprir provisoriamente esta lacuna de normalização técnica,
avaliando os produtos não contemplados por normas, estimulando a inovação e
desenvolvimento de alternativas tecnológicas relacionadas ao setor da construção
civil.
Foram avaliados diversos itens a partir da análise projetos, ensaios
laboratoriais, verificações analíticas do comportamento estrutural, vistoria em obras e
18
demais avaliações constantes no Relatório Técnico e de ensaios citados no item 6.2
da referida DATec Nº 008ª, no que diz respeito ao desempenho estrutural,
estanqueidade à água, desempenho térmico, desempenho acústico, durabilidade e
manutenibilidade e segurança ao fogo, além de auditorias realizadas nas unidades de
produção, nas obras em execução e nos empreendimentos já entregues. Os
resultados das auditorias apresentaram conformidade com as diretrizes especificadas
pelo SINAT, segundo consta no documento supracitado.
Patologia na Construção Civil
Patologia pode ser entendida como a parte da Engenharia que estuda os sintomas, os mecanismos, as causas e as origens dos defeitos das construções civis, ou seja, é o estudo das partes que compõem o diagnóstico do problema.(HELENE, 1992).
Segundo Pina (2013) as patologias são um aglomerado de manifestações
patológicas que podem acontecer durante a execução das edificações, ou ao longo
dos anos de sua utilização, que prejudique o funcionamento previsto. As patologias
podem originar-se ainda na fase de concepção, devidos a erros de projeto e até na
fase de ocupação do imóvel, causadas pelos usuários.
Francisco Maia Neto (2011) diferencia as expressões patologia e manifestação
patológica. Enquanto a primeira se refere ao estudo que busca explicar a existência
de tudo que envolve a degradação de uma edificação; a segunda se refere a um
aglomerado de teorias que explicitam o mecanismo de degradação e a causa.
Tomando um exemplo prático, a manifestação patológica seria uma fissura, e a
patologia estuda as origens, a natureza, o mecanismo de ocorrência, causas e
consequências da citada manifestação patológica.
No texto de Souza e Rieper (1998), tanto os custos como as dificuldades
técnicas para a recuperação de falhas que se originam na fase de concepção e
projeto, aumentam conforme a estrutura vai sendo construída. Assim, após a obra
pronta, a falha surgida na etapa de concepção, encarecerá muito mais a construção,
do que um erro que possa aparecer na fase de utilização, no final do processo.
Os problemas patológicos apresentam manifestações externas características,
a partir da qual pode-se deduzir qual a natureza, a origem e os mecanismos dos
fenômenos envolvidos, assim como pode-se estimar suas prováveis consequências.
19
Esses problemas são evolutivos e tendem a agravar-se com o passar do tempo
(HELENE, 1992).Segundo Silva (2002) podemos resumir os grupos de causas
indicados em quatro, estes não são exclusivos das paredes e confundem-se com as
manifestações ou as disfunções, numa perspectiva mais lata, como se descreve na
Tabela 2.1.
Tabela 2. 1 - Ações humanas, ações naturais, desastres naturais e desastres de causas humanas.
CAUSAS E AGENTES DE PATOLOGIAS NÃO ESTRUTURAIS
TIPO DE CAUSA FASE AGENTE
Humanas
Na fase de concepção e
projeto
Ausência de projeto
Má concepção
Inadequação ao ambiente (geotécnico , geofísico,Climático )
Inadequação a condições técnico-econômicos
Informação insuficiente
Escolha ou quantificação inadequada de ações
Modelos de análise ou de dimensionamento incorretos
Pormenorização deficiente
Erros numéricos ou enganos de representação
Na fase de execução
Má qualidade dos materiais
Despreparo da mão de obra
Má interpretação do projeto
Ausência ou deficiência de fiscalização
Na fase de utilização
Ações excessivas face ao projeto
Alteração das condições de utilização
Remodelação e alterações mal estudadas
Degradação dos materiais (deterioração anormal)
Ausência, insuficiência ou inadequação da manutenção
Naturais
Ações Físicas
Gravidade
Variações de temperatura
Temperaturas extremas
Vento (pressão, abrasão, vibração)
Presença da água (chuva, neve, umidade do solo)
Efeitos diferidos (retração fluência, relaxação)
Ações químicas
Oxidação
Carbonatação
Presença de água
Presença de sais
Chuva ácida
Reações eletroquímicas
Radiação solar (ultra-violetas)
Ações biológicas
Vegetais (raízes, trepadeiras, líquenes, bolores, fungos)
Animais (vermes, insetos, roedores, pássaros)
Desastres naturais
Sismo, ciclone, tornado
Trovoada, cheia, tempestade marítima, tsunami
Avalanche, deslizamento de terras, erupção vulcânica
Desastres de causas humanas Fogo, explosão, choques, inundações
FONTE: Silva, 2002.
20
Patologia em Alvenarias de Vedação
De acordo com Silva (2002), patologia não-estrutural é aquela que corresponde
a paredes das quais não depende diretamente a estabilidade de outros elementos
construtivos. Os defeitos das paredes não-estruturais resultam do deficiente
desempenho ou interação dos elementos estruturais confinantes ou de suporte e para
as ações mecânicas externas ou internas, a que está sujeita a parede, e que põem
em causa a sua própria estabilidade, mesmo que haja sua ruína não haverá
consequências para outros elementos construtivos.
Uma das patologias mais ocorrentes em painéis de alvenaria convencional são
as fissuras. Na Tabela 2.2, resumem-se as causas técnicas da fissuração de paredes
de alvenaria não estrutural. Estas causas são observáveis em paredes correntes
executadas com os mais diversos materiais, mas é possível identificar um número
reduzido de patologias que são exclusivas ou têm manifestações particulares de
alguns tipos de materiais (SILVA, 2002).
Tabela 2. 2 - Classificação das principais causas de fissurações em paredes
CLASSIFICAÇÃO DAS PRINCIPAIS CAUSAS DA FISSURAÇÃO EM PAREDES
CAUSAS DE FENÔMENOS DE FISSURAÇÃO
ASPECTOS PRESENTES
Movimentos das fundações – recalques diferenciais
Acomodação diferenciais de fundações diretas
Variação do teor de umidade dos solos argilosos
Heterogeneidade e deficiente compactação de aterros
Ação de cargas externas – atuação de sobrecargas
Concentração de cargas e esforços
Deformação da parede devido a deformabilidade excessiva das estruturas
Pavimento inferior mais deformável que o superior
Pavimento inferior menos deformável que o superior
Pavimento inferior e superior com deformação idêntica
Fissuração devida à deformação de consolos
Fissuração devida à rotação do pavimento no apoio
Variações térmicas
Fissuração devida aos movimentos das coberturas
Fissuração devida aos movimentos das estruturas reticuladas
Fissuração devida aos movimentos da própria parede
Variações de umidade
Movimentos reversíveis e irreversíveis
Fissuração devido à variação do teor de umidade por causas
externas
Fissuração devido à variação natural do teor de umidade dos
materiais
Fissuração devida à retração das argamassas
Fissuração devida à expansão irreversível do tijolo
Alterações químicas
Hidratação retardada da cal
Expansão das argamassas por ação dos sulfatos
Corrosão de armaduras e outros elementos metálicos
Ação do gelo Fissuração devido a condições climáticas muito desfavoráveis
21
Tabela 2. 3 - Classificação das principais causas de fissurações em paredes (continuação)
FONTE: Silva, 2002.
Tipos de Patologias em vedações
2.5.1 Fissuras e Trincas
As fissuras ocupam o primeiro lugar na sintomatologia das alvenarias de
vedações. A identificação das fissuras e de suas causas é determinante para a
definição do tratamento da alvenaria, tais como sua configuração, abertura,
espaçamento e, se possível, a período em que foram formadas. Assim podem servir
como elementos para diagnosticar sua origem. Considerando-se as diferentes
propriedades mecânicas e elásticas dos constituintes da alvenaria, e em função das
solicitações atuantes, as fissuras poderão ocorrer nas juntas de assentamento
(argamassa de assentamento vertical ou horizontal) ou seccionar os componentes da
alvenaria (blocos vazados de concreto).
A fissura, de uma forma geral, é uma patologia importante devido a três
aspectos:
a) O aviso de um eventual estado perigoso para a estrutura;
b) Comprometimento do desempenho da obra em serviço (estanqueidade à água,
durabilidade, isolação acústica, entre outros); e
c) Constrangimento psicológico que a fissuração do edifício exerce sobre os
usuários (THOMAZ, 1989; ACI 224, 1998).
As fissuras e trincas são patologias com ocorrências muito comuns em
edificações e suas localizações mais frequentes estão representadas na Figura 2.6.
Fissuração devida à vulnerabilidade dos materiais
Outros casos de fissuração
Ações acidentais (sismo, incêndios e impactos fortuitos)
Retração da argamassa e expansão irreversível do tijolo
Choque térmico
Envelhecimento e degradação natural dos materiais e das
estruturas
Paredes de blocos de betão (situações particulares)
Revestimentos
Paredes com funções estruturais
22
Figura 2. 6 - Principais tipos de fissuras ou trincas encontradas em uma edificação
FONTE: Ebatanaw (2001)
A fissuração ocorre das mais variáveis situações, como o uso inadequado de
materiais, erros nos dimensionamentos dos elementos estruturais e dos constituintes
das alvenarias, movimentações térmicas (que também pode ser considerado como
um erro no dimensionamento) e contraditoriamente devido à evolução da engenharia.
Com a eficácia dos cálculos estruturais e a utilização de concretos mais resistentes,
as estruturas estão ficando mais esbeltas, o que implica em uma menor rigidez dos
elementos estruturais, fazendo com que as movimentações sejam maiores nos panos
de alvenarias, ocasionando assim as fissuras. (CYRINO,2012).
As fissuras em alvenarias podem ser classificadas por várias diretrizes, como
aberturas, atividade, formas, causas, direções, tensões, tipo e outros.
Bidwell (1977 apud DUARTE 1988) classifica em seu trabalho os tipos de
fissura, sendo:
Quanto a abertura as fissuras podem ser classificadas em finas com abertura
inferior a 1,5mm, médias entre 1,5mm a 10mm e largas superior a 10mm.
Quanto a atividade as fissuras podem ser definidas como ativas quando
apresentam variações na abertura em um certo intervalo de tempo, podendo ser
cíclicas no caso de variação térmica ou crescente como as causadas por recalque.
Quanto à forma elas podem ser isoladas ou disseminadas. Isoladas quando
seguem uma direção predominante como por exemplo acompanhando as juntas de
argamassa e disseminadas apresentando redes de fissuras, esta última mais comum
em revestimento.
23
Thomas (1989) também classificou as fissuras que são ocasionadas por um
fenômeno causador podem ser agrupadas da seguinte maneira:
Por sobrecargas, ocasionada por carregamento excessivo;
Variações de temperatura;
Retrações e expansões;
Deformações de elementos estruturais;
Recalque de fundações;
Reações químicas;
Detalhes do processo construtivo;
Segundo TAGUCHI (2010, apud ELDRIDGE, 1982) as fissuras em alvenarias
apresentam-se de diferentes formas, podendo ser ortogonais à direção dos esforços
de tração atuantes, manifestam-se em paredes de alvenaria sob forma de fissuras de
direção predominantemente vertical, horizontal ou inclinada.
Trinca horizontal: o adensamento da argamassa de assentamento dos tijolos
ou blocos, falta de amarração da parede com a viga superior, retração das lajes ou
ainda dilatação térmica de laje de cobertura (alvenaria estrutural); encunhamento
precoce da alvenaria, falta de amarração da parede com a viga superior ou retração
das lajes (fissuras próximas do teto); recalque da base; ascensão capilar por causa
da deficiência ou falta de impermeabilização da base (fissuras horizontais próximas
do piso) ou ainda a expansão da argamassa de assentamento; Fissuras nas paredes
em direções aleatórias: podem ser devido à falta de aderência da pintura, retração da
argamassa de revestimento, retração da alvenaria ou falta de aderência da argamassa
à parede;
Trincas inclinadas nas paredes são sintomas de recalques de fundações;
fissuras inclinadas que se iniciavam nos cantos das portas e janelas, que além de
recalque podem ser ocasionadas por ausência de vergas ou contra vergas ou por
concentração de tensões (atuação de sobrecargas).
A trinca vertical na parede é causada, geralmente pela falta de amarração da
parede com algum elemento estrutural como pilar ou outra parede que nasce naquele
ponto do outro lado da parede; quando a resistência à tração dos componentes é igual
ou inferior à da argamassa ou por retração da alvenaria (retração da argamassa de
24
assentamento por causa do tipo e composição química do cimento, natureza e
granulometria dos agregados, dentre outros).
No caso de fissuras horizontais, pode-se atribuir esta patologia à expansão da
argamassa de assentamento. Em fissuras mapeadas, a retração da argamassa por
excesso de finos de agregado, cimento como único aglomerante ou água de
emassamento são também causas prováveis (CINCOTTO, 1989; CINCOTTO et al,
1995).
Nas Tabelas de 2.4 a 2.10 relacionadas abaixo apresentam um resumo das
diferentes configurações das fissuras ocorridas em alvenarias e as prováveis causas
geradoras de cada uma destas tipologias (CASTRO, 2007).
Tabela 2. 4 - Fissuras por sobrecargas
FONTE: Castro(2007)
Sobrecargas Fissuras causadas por sobrecargas
Fissuras verticais induzidas por
sobrecargas
Fissuras horizontais causadas por
sobrecargas
Fissuras cuasadas por sobrecargas
em apoios
Fissuras verticais induzidas por
sobrecargas
Fissuras em torno das aberturas
25
Tabela 2. 5 - Fissuras causadas por variações térmicas.
FONTE: Castro(2007)
Térmicas Fissuras por variação de temperatura
Fissuras de destacamento da platibanda
por movimentação térmica
Fissuras de destacamento devido a
movimentação térmica da estrutura
Fissuras verticais devido a
movimentação térmica da alvenaria
Fissuras horizontais devido a
movimentação térmica da laje
Fissuras inclinadas devido a
movimentação térmica da laje
Fissuras inclinada em paredes
transversais devido a movimentação
térmica da laje
Fissuras verticais devido a
movimentação térmica da laje
Fissuras em torno das aberturas devido a
movimentação térmica da estrutura
26
Tabela 2. 6 - Fissuras causadas por retração-expansão.
FONTE: Castro(2007)
Retração - Expansão Fissuras por retração e expansão
Fissuras horizontais por expansão da
alvenaria
Fissuras verticais por expansão da
alvenaria
Fissuras verticais em paredes por
retração de lajes
Fissuras de destacamento de paredes de
alvenaria por retração
Fissuras verticais em paredes por
retração da alvenaria
Fissuras horizontais devido a retração de
laje
Fissuras na base da parede por retração
da laje
27
Tabela 2. 7 - Fissuras causadas por deformação de elementos da estrutura de concreto.
FONTE: Castro (2007)
Deformações Fissuras por deformações de elementos estruturais
Fissuras em paredes por deformações do apoio
Fissuras em paredes com abertura por deformação
da estrutura
Fissuras em paredes por deformações da viga
superior
Fissuras em paredes por deformações das vigas de
apoio e superior
Fissuras horizontais em paredes por deformação da
laje de cobertura
Fissuras em paredes por deformação de balanços
28
Tabela 2. 8 - Fissuras causadas por recalque de fundações.
FONTE: Castro (2007).
Tabela 2. 9 – Fissuras causadas por reações químicas.
FONTE: Castro (2007).
Tabela 2. 10 – Fissuras causadas por detalhes construtivos.
FONTE: Castro (2007).
Recalque de
fundaçõesFissuras causadas por recalque de fundações
Fissuras verticais em peitoris por flexão
negativa
Fissuras verticais junto ao solo por ruptura de
fundações
Fissuras inclinadas em prédios estruturados
Fissuras por recalque de fundações seguindo
um eixo principal
Fissuras por recalque de fundações fora de um
eixo principal
Reações químicas Fissuras causadas por reações químicas
Fissuras horizontais por expansão da
argamassa
Detalhes construtivos Fissuras causadas por detalhes construtivos
Fissuras por deficiência da armação
Fissuras por ancoragem de elementos
construtivos
29
2.5.2 Umidade
De acordo com Taguchi (2010) as manifestações mais comuns referentes aos
problemas de umidade em edificações são mancha de umidade, corrosão, bolor,
fungos, algas, líquens, eflorescências, descolamentos de revestimentos, friabilidade
da argamassa, fissuras e mudança de coloração dos revestimentos. Dentre os
mecanismos que podem gerar umidade nos materiais de construção, sendo os mais
importantes os relacionados a seguir:
a) Absorção capilar de água;
b) Absorção de água de infiltração ou de fluxo superficial de água;
c) Absorção higroscópica de água;
d) Absorção de água por condensação capilar;
e) Absorção de água por condensação.
A infiltração de água pode ser agravada pela ação combinada do vento e da
chuva dependendo da direção e intensidade de ambos, e as condições de exposição
da alvenaria. Eventuais anomalias, principalmente fissuração da parede, irão
contribuir sobremaneira na gravidade das manifestações patológicas decorrentes
(TAGUCHI, 2010).
Na fase de projeto é necessário analisar os seguintes itens, visando a minimizar
os efeitos advindos da penetração de umidade: - orientação das fachadas em relação
aos ventos predominantes; detalhes arquitetônicos e técnicos das fachadas e muros,
tais como frisos, pingadeiras, rufos e contra-rufos, beirais, platibandas, tipo de
cobertura e respectivos detalhes, juntas de movimentação ou de controle em paredes
muros externos e respectivos materiais de selagem das mesmas; intensidade e
duração das precipitações na região da edificação; conhecimento das propriedades
dos materiais constituintes das alvenarias, quanto à higroscopicidade, porosidade e
absorção d’água.
A infiltração de água pelas juntas de assentamento pode acontecer por falhas
na argamassa de assentamento, na interface argamassa/bloco vazado de concreto e
pela própria argamassa de assentamento.
30
Tabela 3 – Principais causas das infiltrações em alvenarias.
FONTE: Taguchi, 2010.
Rocha (1996) descreve que quando existem fissuras em revestimentos de
argamassa, a água da chuva que penetra no emboço é aprisionada no seu interior,
não conseguindo sair com a mesma rapidez que entrou, pois encontra barreiras na
película de tinta, causando pressões nessa película com o rompimento e inchaço da
pintura.
Segundo Taguchi (2010, apud ROCHA, 2003) entre os mais graves
inconvenientes é quando essa água congela; o que faz com que seu volume aumente
exercendo uma forte pressão sobre a superfície dos poros, provocando a separação
de partes superficiais, cada vez mais profundas, de material pétreo e de ligante.
A permanência dessa água pode ainda ocasionar fenômenos secundários
quando comparados com a degradação, por exemplo, a resistência à transmissão do
calor reduz-se para metade, em função da quantidade de água contida, com os bens
notados inconvenientes de natureza higiênica e econômica como bolores, despesas
com aquecimento e outros.
Em conjunto com outros compostos de natureza química ou orgânica existentes
nas alvenarias, na atmosfera ou no subsolo, pode provocar a formação de manchas
ou de eflorescências, as quais, a longo prazo, provocam o destacamento de materiais
dos paramentos.
Danos típicos provocados pela umidade ascendente Taguichi (2010, apud
ARAÚJO, 2003):
a) Manchas na base das construções;
PRINCIPAIS CAUSAS DAS INFILTRAÇÕES EM ALVENARIAS
ANOMALIAS CAUSAS GERADORAS
Fissuras verticais contínuas na argamassa de assentamento;
Analisadas nos itens abaixo Fissuras horizontais e verticais (tipo escada);
Fissuras horizontais.
Fissuras na própria argamassa de assentamento
Retração hidráulica da argamassa. Argamassa excessivamente rígida. Baixa retenção de água pela
argamassa
Fissura na interface argamassa de assentamento e bloco cerâmico
Deficiência na execução: espessura elevada da argamassa maior que 10mm. Blocos excessivamente secos ou com contaminação. Argamassa com baixa
retenção de água.
Infiltração pela argamassa Argamassa preparada com excesso de água de
amassamento (elevada porosidade e permeabilidade à água).
31
b) Destruição dos rebocos e da argamassa de ligação, pela formação de sulfatos
e pela sua consequente subida;
c) Formação de bolores;
d) Aumento da dispersão de calor proveniente do interior do edifício;
e) Alvenarias das paredes mais frias onde se verificam com muita facilidade
fenômenos de condensação;
f) Ambiente insalubre;
g) Destacamento das camadas superficiais em algumas pedras e no tijolo, por
efeito da cristalização de sais.
A figura abaixo apresenta algumas das umidades que ocorrem em alvenarias
e sua localização na mesma.
Figura 2. 7 - Tipos de umidade
FONTE:Quartzolit (2009).
32
2.5.3 MANCHAS
Um dos problemas observados nas fachadas é o aparecimento de manchas e
eflorescências. Estas manchas e eflorescências podem estar relacionadas aos
seguintes problemas:
- infiltração de água através das falhas ou da porosidade do rejuntamento;
- lavagem da fachada com solução de ácido muriático;
- excesso de água de amassamento da argamassa;
- presença de impurezas nas areias, tais como óxidos e hidróxidos de ferro.
Para identificação dessas patologias deve-se efetuar uma inspeção visual em
toda a alvenaria, observando-se alterações como descoloração e perda do brilho,
manchas, descascamentos, esfarelamentos, eflorescências, gretamentos, entre
outros.
2.5.4 EFLORESCÊNCIAS
Segundo Taguchi (2010, apud GRANATO, 2005) a eflorescência é o resultado
da expulsão da água de infiltrações ocasionadas por intempéries, de forma que ocorra
a formação de depósitos salinos na superfície dos revestimentos, alvenarias, concreto
e argamassas.
Quimicamente a eflorescência é constituída principalmente de sais de metais
alcalinos (sódio e potássio) e alcalino-ferrosos (cálcio e magnésio, solúveis ou
parcialmente solúveis em água). Pela ação da água de chuva ou do solo estes sais
são dissolvidos e migram para a superfície e a evaporação da água resulta na
formação de depósitos salinos.
A eflorescência altera a aparência do elemento onde se deposita e em alguns
casos em que seus sais constituintes podem ser agressivos e causar degradação
profunda. A modificação no aspecto visual pode ser intensa, onde há um contraste de
cor entre os sais e o substrato sobre as quais se deposita, por exemplo, a formação
branca do carbonato de cálcio sobre granito escuro. (GRANATO, 2005)
33
2.5.5 MICROORGANISMOS
De acordo com Alucci et. al. (1985), o desenvolvimento de bolor ou mofo em
edificações tem maior ocorrência em regiões tropicais e podem ser considerados um
grande problema com importância econômica. O mofo provoca alteração na
superfície, exigindo na maioria das vezes a recuperação ou até mesmo a necessidade
de se refazer revestimentos gerando grandes gastos, conforme pode-se observar na
figura 2.8.
Figura 2. 8 - Manchas provocadas por microrganismos.
FONTE: Thomaz (1995).
Ainda conforme Alucci et. al. (1985), o aparecimento de bolor está diretamente
ligado à existência de umidade e é comum o emboloramento em paredes umedecidas
por infiltração de água ou vazamento de tubulações, que nada mais é do que uma
alteração que pode ser constatada macroscopicamente na superfície de diferentes
materiais, sendo consequência do desenvolvimento de microrganismos pertencentes
ao grupo dos fungos. A umidade um fator essencial para o desenvolvimento desses
microrganismos e precisam sempre de um teor de umidade elevado no material onde
se desenvolvem ou uma umidade relativamente alta no ambiente.
34
CAPÍTULO 3 – METODOLOGIA
Caracterização da Pesquisa
Para realização deste trabalho foram realizadas pesquisas bibliográficas
relacionadas ao sistema construtivo, à norma brasileira de desempenho, e
manifestações patológicas.
Foi realizado também um estudo de caso/campo, em um condomínio
habitacional, onde todas as construções foram feitas utilizando o sistema alternativo
JET-CASA®, localizado na cidade de Goiânia, no estado de Goiás.
Para este estudo, e análise de caso, foi levado em consideração clima da
região, cuidados pós-ocupação, tempo que o imóvel está habitado, se houve
modificações pós-ocupação ou não.
O questionário foi dividido em duas partes.
Nesta primeira etapa do questionário (Tabela 3.1), os moradores avaliavam de
modo geral o grau de satisfação quanto à comodidade interna, esboçando suas
opiniões sobre espaço, conforto acústico, conforto térmico e a iluminação dos
ambientes através de respostas concisas que pudesse proporcionar meios de coleta
de dados, de modo a resultar percentuais de satisfação considerando conceitos nos
parâmetros de Ótimo, Bom, Ruim ou Péssimo nas oito primeiras perguntas e questões
mais subjetivas, porém com o mesmo objetivo de fornecer percentual de respostas
padronizadas nas duas ultimas questões, totalizando dez perguntas.
Tabela 3. 1 - Questionário Avaliativo de satisfação dos moradores, quanto ao conforto térmico, lumínico, acústico e quanto ao tamanho da casa.
ASPECTOS AVALIADOS
CONCEITOS
Muito satisfeito
Satisfeito Pouco
satisfeito Insatisfeito
1.Qual a sua satisfação em relação à sua casa
a) O tamanho dela?
b) O tamanho da cozinha?
c) O tamanho do banheiro?
d) O tamanho da sala?
e) O tamanho dos quartos?
CONFORTO LUMÍNICO
2.Como é a iluminação da sua casa durante o dia?
CONFORTO TÉRMICO
3.Como é a temperatura da sua casa no inverno?
35
Tabela 3. 2 - Questionário Avaliativo de satisfação dos moradores, quanto ao conforto térmico, lumínico, acústico e quanto ao tamanho da casa. (CONTINUAÇÃO)
ASPECTOS AVALIADOS
CONCEITOS
Muito Satisfeito
Satisfeito Pouco Satisfeito
Insatisfeito
4.Como é a ventilação da sua casa?
5.O que você acha do tamanho das janelas?
6.Você acha os ambientes úmidos?
CONFORTO ACÚSTICO
7.O que você acha da distância das janelas dos vizinhos em relação à sua privacidade?
8. O que acha do barulho vindo das áreas vizinhas ou externas?
9. De onde vem o barulho que lhe incomoda? ( ) som das casa vizinhas ( ) veículos pesados ( ) crianças na
vizinhança ( ) som de carros ( ) outra fonte ( ) não incomoda
10.Você já percebeu focos de umidade ou bolor na sua casa? ( ) Sim ( ) Não
FONTE: Arquivo pessoal.
Na segunda etapa foram verificados o sistema construtivo de alvenaria pré-
fabricada atende ao desempenho esperado pelo morador e principalmente ao
desempenho determinado pela norma, verificando também se o sistema é uma boa
alternativa para substituir a construção convencional, conforme questionário da
Tabela 3.2.
Tabela 3. 3 - Questionário Avaliativo de satisfação dos moradores, quanto à estrutura.
ITENS ASPECTOS AVALIADOS Respostas Fotos?
OBSERVAÇÕES SIM NÃO SIM NÃO
1 Você acha a estrutura da casa
é confiável?
2 Foi necessário realizar alguma manutenção/revisão periódica
do sistema?
3
Você realizou alguma reforma ou acréscimo na construção.
Se sim, teve alguma dificuldade na reforma?
Qual a dificuldade?
4 Você já percebeu
trincas/fissuras nas paredes?
Em qual ambiente já ocorreu algum tipo de
trincas/fissuras?
5
Você já percebeu o aparecimento de
trincas/fissuras próximo à esquadrias?
36
Tabela 3. 4 - Questionário Avaliativo de satisfação dos moradores, quanto à estrutura. (CONTINUAÇÃO)
ITENS ASPECTOS AVALIADOS Respostas Fotos?
OBSERVAÇÕES SIM NÃO SIM NÃO
6 Você já percebeu o aparecimento de trincas/fissuras próximo instalações
hidrossanitárias e elétricas?
7 Percebe algum tipo de ruído ou estalos nas
paredes ou teto?
8 Teve algum problema com instalações
hidrossanitárias ou elétricas?
9 Percebe pontos de mofo ou bolor nas
paredes?
10 Percebe umidade nos cômodos da casa?
11 As paredes da casa descascam, deixando o
reboco exposto?
12 Há alguma alteração na pintura das paredes?
FONTE: Arquivo pessoal.
37
CAPÍTULO 4 – ANÁLISE DE RESULTADOS
Neste capítulo são apresentados e analisados os resultados alcançados no
estudo de caso da pesquisa. Inicialmente, apresenta-se a descrição geral do
condomínio estudado. Após a caracterização do estudo, foi possível iniciar as etapas
de verificação das casas quanto a percepção do morador relacionado aos confortos
térmicos, acústico e lumínicos e posteriormente quanto ao aparecimento de
manifestações patológicas em vedações, por meio de gráficos e registros fotográficos.
Caracterização do empreendimento
A pesquisa foi realizada no condomínio Vale Da Lua, localizado no Setor
Parque Atheneu na cidade de Goiânia – GO, com o objetivo de avaliar as principais
patologias encontradas no sistema JETCASA® no pós-obra. Para a identificação dos
fatores, foi proposto um questionário avaliativo, onde os condôminos usuários deste
sistema respondiam e colocavam suas observações quanto ao grau de satisfação em
relação à estrutura física de sua residência.
Os dados coletados nesta pesquisa foram de fundamental importância por
poder garantir através de um conjunto de habitações, a relação entre Sistema
construtivo “novo” e Nível de Confiabilidade dos usuários ou consumidores do produto
desta técnica moderna de construção. A relação neste caso refletiu positivamente no
que se refere à existência de patologias construtivas e executivas, principalmente em
se tratando de modernizações e busca de novos métodos construtivos que tem como
objetivo a redução de custos, maior velocidade nas etapas de construção e viabilidade
técnica em sua implantação.
Este reflexo positivo se deu, pois percebemos que a maioria das respostas
foram satisfatórias por não haverem grande quantidade de incidências patológicas de
construção comumente encontradas nas edificações construídas por métodos
convencionais. Em uma amostragem de 13 residências pesquisadas de um total de
58 casas existentes no Condomínio Vale da Lua, praticamente 90% dos condôminos
se mostraram satisfeitos em relação às perguntas feitas sobre a qualidade de suas
habitações. A amostragem relativamente pequena em relação ao total de casas se
38
deu, devido a restrições impostas pela síndica do condomínio em relação ao total de
residências abordadas para que houvesse o mínimo de incômodo aos moradores do
residencial. Porém, mesmo em se tratando de uma amostragem de 13 casas, obteve-
se dados e informações capazes de mensurar no condomínio como um todo as
patologias ou imperfeições existentes nas edificações deste residencial que adotou
em sua implantação construtiva um método relativamente novo e não convencional
no Brasil que é o sistema JETCASA®.
Diagnóstico quanto à percepção do morador
Esta etapa apresenta o diagnóstico da percepção do morador, o qual teve o
objetivo de verificar a satisfação quanto a qualidade da moradia, foram avaliadas as
questões dimensionais dos ambientes, questões sobre ventilação e iluminação natural
e quanto a segurança do setor.
Os gráficos a seguir relacionam as perguntas realizadas aos moradores quanto
ao grau de satisfação de cada um sobre as dimensões da casa como um todo e dos
principais ambientes dentro desta casa. Foi observado que os moradores estão entre
muito satisfeitos e satisfeitos com a dimensão da casa em geral, apresentando 76,6%
de satisfação e 23,4% de insatisfação conforme apresentado na Figura 4.1 , e podem
ser observados nos gráficos que estão satisfeitos quanto às dimensões da sala e dos
quartos (Figura 4.2 e Figura 4.3). Durante a etapa de entrevistas aqueles que estavam
insatisfeitos com as dimensões da casa disseram em sua maioria, que a insatisfação
vinha do fato de ter mais integrantes na família, o que tornava a divisão de dormitórios,
por exemplo, insatisfatório.
39
Figura 4. 1 - Tamanho geral da casa
Figura 4. 2 - Tamanho da sala
Figura 4. 3 - Tamanho dos quartos
Porém ao questioná-los quanto as dimensões de banheiros e cozinhas, foi
possível observar o alto índice de insatisfação, o motivo de estarem insatisfeitos foi
descrito por serem ambientes muito pequenos. Esse grau de insatisfação pode ser
observado nos Figuras 4.4 e 4.5.
Muito Satisfeito38,3%
Satisfeito38,3%
PoucoSatisfeito
8,1%
Insatisfeito15,3%
MuitoSatisfeito
8%
Satisfeito77%
Insatisfeito15%
MuitoSatisfeito
8%
Satisfeito69%
PoucoSatisfeito
8%
Insatisfeito15%
40
Figura 4. 4 - Tamanho da cozinha
Grande parte dos usuários insatisfeitos, declararam que a insatisfação quanto
ao tamanho da cozinha, deve-se ao fato de gostarem de receber visitas, reunir os
amigos, e o espaço seria insuficiente para essas reuniões sociais. O mesmo motivo
foi dado ao justificarem a insatisfação como tamanho do banheiro.
Figura 4. 5 - Tamanho do banheiro
Quanto à situação de conforto ambiental foi analisado a percepção em relação
a iluminação natural durante o dia, o conforto térmico nas diferentes épocas do ano e
o conforto acústico. Quanto à iluminação natural do apartamento foi verificado que
62% dos moradores consideram uma situação boa (Figura 4.6), pois não precisam
utilizar iluminação artificial para reforçar as tarefas diárias, resultando em uma
economia de energia. Grande parte deste conforto lumínico, deve-se ao fato de
durante a construção, terem sido instaladas grandes janelas que possibilitam a
entrada de luz natural, durante praticamente todo o dia.
Muito Satisfeito
8%
Satisfeito23%
PoucoSatisfeito
31%
Insatisfeito38%
MuitoSatisfeito
8%
Satisfeito38%Pouco
Satisfeito31%
Insatisfeito23%
41
Figura 4. 6 – Análise da percepção do usuário quanto a iluminação da casa durante o dia
Quanto ao conforto térmico, verificou-se que os moradores em sua maioria
consideram boa a ventilação dos apartamentos, bem como o tamanho das aberturas
e a localização das mesmas, como mostram os Figuras 4.7, 4.8 e 4.9. Isso faz com
que a temperatura também se mantenha agradável em diferentes épocas do ano. Não
foi percebido foco de umidade nos banheiros.
Figura 4. 7 - Temperatura no inverno
Figura 4. 8 - Ventilação da casa
Ótimo38%
Bom62%
Ótimo15%
Bom62%
Ruim23%
Ótimo38%
Bom62%
42
Figura 4. 9 - Tamanhos das janelas
Figura 4. 10 - Umidade dos cômodos
A consideração de “Bom”, neste caso, foi dada pelo fato de que em 100% das
residências, os moradores não não relataram incidência de umidade em todos os
cômodos da unidade habitacional.
Quanto ao conforto acústico, os moradores não se sentem incomodados com
a distância da janela do vizinho (Figura 4.11) e com o barulho das áreas externas da
casa (Figura 4.12).
Bom92%
Ruim8%
Bom100%
43
Figura 4. 11 - Distância da janela do vizinho em relação a sua privacidade
Figura 4. 12 - Barulho das áreas vizinhas ou externas
Figura 4. 13 - De onde vem o barulho que incomoda?
Diagnóstico quanto ao aparecimento de patologias
Nesta segunda etapa do questionário, foram feitas perguntas mais técnicas em
que os condôminos também respondiam de forma concisa através das respostas
Ótimo23%
Bom54%
Ruim23%
Bom85%
Ruim15%
NãoIncomoda
57%
Som dascasas
vizinhas21%
OutraFonte14%
Som doscarros
7%
44
“SIM” e “NÃO” garantindo a possibilidade de obtenção de dados percentuais, porém
emitiam suas opiniões em relação a modificações, alterações e reformas efetuadas
ou restrições que o sistema JETCASA® não os permite realizar na estrutura física da
edificação. Geralmente quando se encontrava essas referidas alterações, reformas
ou até mesmo patologias decorrentes de procedimentos de modificação ou do próprio
sistema JETCASA®, fotos foram importantes nesta pesquisa para fins de registro e
acompanhamento dos pontos de patologia encontrados. E apesar de encontrarmos
poucas patologias construtivas ou mesmo que decorrentes do uso inadequado de
elementos estruturais utilizados em reformas e acréscimos na edificação original, os
moradores usuários do sistema JETCASA® deste condomínio pesquisado, estão de
modo geral, satisfeitos com suas residências no que se refere aos parâmetros
analisados por esse objeto de pesquisa. APÊNDICE A.
Evidentemente que os métodos tradicionais de edificações são ainda hoje
muito mais utilizados, mas o que se pode perceber é que as inovações que aparecem
todos os dias na engenharia civil que permitem agilidade executiva e redução de
custos construtivos, vem caindo na aceitação de empreendedores e profissionais da
área como também no agrado dos consumidores finais das obras e empreendimentos,
no caso desta pesquisa, os moradores do Condomínio Vale da Lua.
Na Figura 4.14 o gráfico aponta positivamente quanto à confiança em relação
à estrutura da casa, como na primeira etapa deste questionário, a relação entre os
condôminos pesquisados e o grau de satisfação aos aspectos avaliados na segunda
etapa tem um parecer positivo.
Figura 4. 14 - Você acha a estrutura da casa confiável?
Sim69%
Não31%
45
4.3.1 Confiança na estrutura
69% dos moradores pesquisados acharam que a casa era confiável e não viram
problema em ser um método construtivo novo. Um dos moradores pesquisados
realizou um acréscimo em sua residência aumentando sua cozinha, sem afetar a
estrutura original, uma vez que o sistema o restringia de deslocar paredes. Já os 31%
restantes não acham a estrutura confiável, pois a poucos quilômetros do condomínio
existe uma pedreira que gera vibrações de terra devido às explosões rotineiras e este
fato deixa os moradores preocupados com fissuras superficiais que vem aparecendo,
conforme ilustrado na Figura 4.15 e Figura 4.16.
Figura 4. 15 - Morador realizou um acréscimo na área externa da casa, perfurando a parede sem problema algum com a estrutura.
FONTE: Arquivo Pessoal - Cond. Vale Da Lua (Agosto, 2014).
Figura 4. 16 - Foi necessário realizar alguma manutenção/revisão periódica do sistema?
Sim54%
Não46%
46
4.3.2 Realização de manutenções
54% dos moradores pesquisados tiveram que solicitar manutenção corretiva ou
preventiva à construtora responsável pelo empreendimento, por encontrar telhas
quebradas, porta emperrada, problemas de instalação elétrica e hidrossanitários. Os
44% restantes dos moradores não tiveram problemas com estrutura ou instalações,
não havendo assim necessidade de manutenção corretiva ou preventiva e elogiaram
a edificação como um todo. Quando indagamos se a empresa responsável prestou a
assistência devida, quando necessária, apenas um morador reclamou do serviço.
Figura 4. 17 – Tubulação de captação de água pluvial entupido devido concreto encontrado dentro da tubulação.
FONTE: Arquivo Pessoal - Cond. Vale Da Lua (Agosto, 2014).
Figura 4. 18 - Você realizou alguma reforma ou acréscimo na construção. Se sim, teve alguma
dificuldade na reforma?
Sim54%
Não46%
47
4.3.3 Dificuldades encontradas para realizações de reformas, acréscimos ou
alterações
Dos condôminos pesquisados, 54% encontraram dificuldades na reforma
devido não só devido a complexidade do sistema JETCASA® que apresenta algumas
suas particularidades e restrições quanto à remoção ou mesmo cortes de paredes, ou
instalação de armários suspensos afixados nas paredes; mas também devido ao fato
das casas apresentarem irregularidades executivas em suas construções, como por
exemplo: esquadrejamento errado nos ambientes e prumo irregular. E 46% dos
moradores pesquisados informaram que não encontraram problemas quanto à
adequação de reformas, acréscimos ou alterações.Conforme a Figura 4.19, o morador
percebeu trinca na parede após o acréscimo efetuado pelo condômino na garagem
em cobertura de estrutura metálica.
Figura 4. 19 - Trinca aparente no apoio da terça metálica com a parede.
FONTE: Arquivo Pessoal - Cond. Vale Da Lua (Agosto, 2014).
Figura 4. 20 - Você já percebeu trincas/fissuras nas paredes?
Sim54%
Não46%
48
4.3.4 Surgimento de Fissuras
O índice de fissuras encontradas foi de 54% das casas entrevistadas, mas a
grande maioria deste percentual, a edificação foi reformada ou efetuada acréscimo
sem a prévia autorização da empresa responsável pelo empreendimento, sendo que
assim não se pode responsabilizar o sistema por essa patologia. Os 46% restantes
das casas entrevistadas não houve incidência de fissuras.
Figura 4. 21 - Fissura superficial no encontro geminado entre as unidades habitacionais conjugadas.
FONTE: Arquivo Pessoal - Cond. Vale Da Lua (Agosto, 2014).
Figura 4. 22 - Você já percebeu o aparecimento de trincas/fissuras próximo à esquadrias?
4.3.5 Fissuras nas esquadrias
O índice de fissuras nos cantos de esquadrias foi de 8%, sendo observados
que essa patologia encontrada foram em sua maioria nos locais em que houveram
reforma. E 92% não tiveram nenhuma incidência.
Sim8%
Não92%
49
Figura 4. 23 - Você já percebeu o aparecimento de trincas/fissuras próximo instalações hidrossanitárias e elétricas?
4.3.6 Fissuras hidrossanitárias ou elétricas
Em relação a este fator, 85% das casas não apresentaram nenhum problema.
Os 15 % que houve incidência foi por ter feito instalações de tomadas sobressalentes
em ambientes que no projeto original da casa tinha pouca quantidade necessária a
demanda.
Figura 4. 24 - Fissura superficial na parede do quarto devido a instalação de tomadas já pré-locadas pelo sistema JETCASA®.
FONTE: Arquivo Pessoal - Cond. Vale Da Lua (Agosto, 2014).
Sim15%
Não85%
50
Figura 4. 25 - Morador efetuou a instalação de uma tomada de sobrepor pela falta de quantidade necessárias à demanda na sala.
FONTE: Arquivo Pessoal - Cond. Vale Da Lua (Agosto, 2014).
Figura 4. 26 - Percebe algum tipo de ruído ou estalos nas paredes ou teto?
4.3.7 Ruídos ou estalos
As reclamações quanto à ruídos encontrados nas casas foram de 15% das
casas entrevistadas, que queixaram de ouvir ruídos na tubulação da caixa da água e
nas instalações hidráulicas principalmente nas paredes que fazem divisa com o
banheiro. Os 85% restantes dos moradores das casas entrevistas, não se queixaram
deste tipo de problema.
Sim15%
Não85%
51
Figura 4. 27 - Percebe pontos de mofo ou bolor nas paredes?
4.3.8 Mofo ou bolor
A maioria dos moradores que percebem foco de mofo ou bolor na residência,
os localiza nas paredes que fazem divisa com o banheiro.
Figura 4. 28 - Umidade/Bolor na parede do quarto, divisa com o banheiro
. FONTE: Arquivo Pessoal - Cond. Vale Da Lua (Agosto, 2014).
Figura 4. 29 - Percebe umidade nos cômodos da casa?
Sim23%
Não77%
Sim15%
Não85%
52
4.3.9 Umidade
15% dos moradores entrevistados, relataram foco de umidade no banheiro.
Quanto ao restante da casa não foi relatado nenhum foco de umidade.
Figura 4. 30 - As paredes da casa descascam, deixando o reboco exposto?
4.3.10 Paredes descascando
As paredes que apresentaram reboco exposto, descascamento das paredes,
coincidentemente ou não, são as mesmas paredes que apresentam foco de mofo ou
bolor.
Figura 4. 31 - Há alguma alteração na pintura das paredes?
4.3.11 Alteração na pintura das paredes
Grande parte das alterações de pintura das paredes, ocorreram em paredes
que sofreram alterações com reformas, ou adaptações. Como na figura 4.32, Reparo
Sim15%
Não85%
Sim23%
Não77%
53
feito por morador devido ao corte já pré-fabricado pelo sistema JETCASA® para
colocação de aparelho ar-condicionado modelo ACJ na parede quarto.
Figura 4. 32 - Corte feito na parede pré-fabricada.
FONTE: Arquivo Pessoal - Cond. Vale Da Lua (Agosto, 2014).
O empreendimento pesquisado, no que se refere aos padrões executivos,
atendeu com sucesso as orientações que o sistema JETCASA® exige. No entanto,
por se tratar de um método que limita a obra ao projeto inicial não sendo viáveis,
reformas ou acréscimos, as reclamações das edificações relatadas pelos moradores,
em sua maioria foram identificadas por causa de alterações e reformas efetuadas
pelos moradores sem a autorização da empresa responsável.
Conclui-se que, de modo geral o nível de satisfação dos moradores do
Condomínio Vale da Lua é bom, levando em consideração o fato de ser uma inovação
construtiva que caracteriza sua edificação.
54
CAPÍTULO 5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
O sistema construtivo JET-CASA®, chegou ao Brasil como uma solução mais
viável para construções em grande escala, mais econômica, com um prazo para
execução muito menor, em relação ao método convencional, apresenta, porém,
desvantagens, como falta de mão-de-obra que tenha conhecimento do sistema, e
adequação quanto às normas de desempenho.
De acordo com a pesquisa realizada em campo, no Condomínio Vale da Lua,
pode-se concluir que o sistema JET-CASA®, teve boa aceitação por parte dos
usuários, pois não apresenta tantas manifestações patológicas que prejudiquem o
desempenho da edificação. Apesar de a pesquisa ter sido de maneira geral,
satisfatória com os usuários do sistema JETCASA®, constatamos algumas patologias
comumente encontradas também nos sistemas convencionais de construção.
Neste estudo de caso, grande parte das fissuras, entre outras patologias,
surgiram após alterações dos moradores, alterações como reformas, troca de pisos
cerâmicos, que causaram, mesmo que indiretamente, infiltrações, mofo, entre outros.
Pode-se concluir que, o sistema JET-CASA®, está de acordo com as normas
de desempenho brasileiras, e apresentam desempenho estrutural satisfatório, tendo
em vista que grande parte das edificações convencionais, normalmente apresentam
números maiores de patologias.
55
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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