sistema financeiro, mercado de capitais e contratos bancários aula c ej 18.02.2013

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Ronald A. Sharp Junior Sistema Financeiro e Mercado de Capitais Conceito Subsistemas Estrutura do Sistema Financeiro Sistema de Distribuição de Valores Mobiliários Mercado de Valores Mobiliários Sigilo Bancário

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Page 1: Sistema financeiro, mercado de capitais e contratos bancários aula c ej 18.02.2013

Ronald A. Sharp Junior

Sistema Financeiro e Mercado de Capitais

ConceitoSubsistemas

Estrutura do Sistema FinanceiroSistema de Distribuição de Valores Mobiliários

Mercado de Valores MobiliáriosSigilo Bancário

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Sistema FinanceiroConceito de Sistema Financeiro

CR/88: Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 40, de 2003)

Compreende o conjunto de instituições incumbidas de sua normatização, regulamentação e fiscalização, bem como das instituições financeiras públicas e privadas exercentes de atividades de interposição entre os agentes poupadores (superavitários) e os agentes demandantes (deficitários) de recursos para produção ou consumo.

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Sistema Financeiro

Subsistemas

É composto por dois subsistemas:

a) Subsistema normativo (regulação e fiscalização): define de diretrizes, formula políticas, executa a política monetária e exerce fiscalização e controle.

b) Subsistema operativo (atividades operadoras): i) mercado de crédito ou financeiro pp. dito (empréstimos convencionais); ii) mercado de capitais (obtenção de recursos para canalização em investimentos produtivos); iii) mercado monetário (negociação com títulos públicos); e mercado cambial (compra e venda de moeda estrangeira).

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Sistema FinanceiroEstrutura (Lei 4.595/64, art. 1º)

a) Conselho Monetário Nacional - CMN: órgão de cúpula, exercendo funções normativas, regulamentadoras, orientadoras e coordenadora das políticas públicas monetárias, creditícia, orçamentária e fiscal. Composição atual: Ministro da Fazenda (Presidente do Conselho), Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão e Presidente do Banco Central do Brasil

b) Banco Central do Brasil – Bacen: autarquia uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Fazenda e que tem por objetivo executar e fiscalizar o cumprimento de todas as normas expedidas pelo Conselho Monetário Nacional, zelar pela adequada liquidez da economia, manter as reservas internacionais do país em nível satisfatório, assegurar a formação de poupança em níveis apropriados, garantir a estabilidade e o aperfeiçoamento do Sistema.

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Sistema Financeiro

Estrutura (Lei 4.595/64, art. 1º)

c) Banco do Brasil: sociedade de economia mista, apresentando-se como banco comercial e como instrumento da execução da política creditícia e financeira do governo federal.

d) BNDES: empresa pública federal, constitui o principal instrumento de financiamento de longo prazo da política de investimento do Governo Federal, tendo por objetivo primordial apoiar programas, projetos, obras e serviços que se relacionem com o desenvolvimento econômico e social do país.

e) Demais instituições financeiras públicas e privadas.

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Sistema FinanceiroObjetivos do CNM (Lei 4.595/64, art. 3º)

a) Adaptar o volume dos meios de pagamento ás reais necessidades da economia nacional e seu processo de desenvolvimento.

 b) Regular o valor interno da moeda, para tanto prevenindo ou corrigindo os surtos inflacionários ou deflacionários de origem interna ou externa, as depressões econômicas e outros desequilíbrios oriundos de fenômenos conjunturais.

c) Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio no balanço de pagamento do País, tendo em vista a melhor utilização dos recursos em moeda estrangeira.

d) Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, quer públicas, quer privadas; tendo em vista propiciar, nas diferentes regiões do País, condições favoráveis ao desenvolvimento harmônico da economia nacional.

e) Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros, com vistas à maior eficiência do sistema de pagamentos e de mobilização de recursos;

f) Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras.

g) Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública, interna e externa.

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Sistema FinanceiroCompetência do CNM, segundo diretrizes da Pres. da República (Lei 4.595, art. 3º)

I) Autorizar as emissões de papel-moeda (Vetado) as quais ficarão na prévia dependência de autorização legislativa quando se destinarem ao financiamento direto pelo Banco Central da República do Brasil, das operações de crédito com o Tesouro Nacional, nos termos do artigo 49 desta Lei.(Vide Lei nº 8.392, de 30.12.91)

II) Estabelecer condições para que o Banco Central da República do Brasil emita moeda-papel (Vetado) de curso forçado, nos termos e limites decorrentes desta Lei, bem como as normas reguladoras do meio circulante;

III) Aprovar os orçamentos monetários, preparados pelo Banco Central da República do Brasil, por meio dos quais se estimarão as necessidades globais de moeda e crédito;

IV) Fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto a compra e venda de ouro e quaisquer operações em Direitos Especiais de Saque e em moeda estrangeira; (Redação dada pelo Del nº 581, de 14/05/69)

V) Determinar as características gerais (Vetado) das cédulas e das moedas ;

VI ) Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações creditícias em todas as suas formas, inclusive aceites, avais e prestações de quaisquer garantias por parte das instituições financeiras.

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Sistema FinanceiroCompetência do CNM, segundo as diretrizes da Presidência da República (Lei 4.595/64, art. 3º)

VII) - Coordenar a política de que trata o art. 3º desta Lei com a de investimentos do Governo Federal.

VIII) Regular a constituição, funcionamento e fiscalização dos que exercerem atividades subordinadas a esta lei, bem como a aplicação das penalidades previstas.

IX) Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos comissões e qualquer outra forma de remuneração de operações e serviços bancários ou financeiros, inclusive os prestados pelo Banco Central da República do Brasil, assegurando taxas favorecidas a determinados financiamentos.

X) Determinar a percentagem máxima dos recursos que as instituições financeiras poderão emprestar a um mesmo cliente ou grupo de empresas.

XI) Estipular índices e outras condições técnicas sobre encaixes, mobilizações e outras relações patrimoniais a serem observadas pelas instituições financeiras.

XII - Expedir normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas pelas instituições financeiras.

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Sistema FinanceiroCompetência do CNM, segundo as diretrizes da Presidência da República (Lei 4.595/64, art. 3º)

XIII) Delimitar, com periodicidade não inferior a dois anos o capital mínimo das instituições financeiras privadas, levando em conta sua natureza, bem como a localização de suas sedes e agências ou filiais.

XIV) Determinar recolhimento de até 60% (sessenta por cento) do total dos depósitos e/ou outros títulos contábeis das instituições financeiras, seja na forma de subscrição de letras ou obrigações do Tesouro Nacional ou compra de títulos da Dívida Pública Federal, seja através de recolhimento em espécie, em ambos os casos entregues ao Banco Central do Brasil, na forma e condições que o Conselho Monetário Nacional determinar.

XV) Estabelecer para as instituições financeiras públicas, a dedução dos depósitos de pessoas jurídicas de direito público que lhes detenham o controle acionário, bem como dos das respectivas autarquias e sociedades de economia mista, no cálculo a que se refere o inciso anterior;

XVI) Enviar obrigatoriamente ao Congresso Nacional, até o último dia do mês subsequente, relatório e mapas demonstrativos da aplicação dos recolhimentos compulsórios, (Vetado).

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Sistema FinanceiroCompetência do CNM, segundo as diretrizes da Presidência da República (Lei 4.595/64, art. 3º)

XVII) Regulamentar, fixando limites, prazos e outras condições, as operações de redesconto e de empréstimo, efetuadas com quaisquer instituições financeiras públicas e privadas de natureza bancária.

XVIII) Outorgar ao Banco Central da República do Brasil o monopólio das operações de câmbio quando ocorrer grave desequilíbrio no balanço de pagamentos ou houver sérias razões para prever a iminência de tal situação.

XIX) Estabelecer normas a serem observadas pelo Banco Central da República do Brasil em suas transações com títulos públicos e de entidades de que participe o Estado.

XX) Autorizar o Banco Central da República do Brasil e as instituições financeiras públicas federais a efetuar a subscrição, compra e venda de ações e outros papéis emitidos ou de responsabilidade das sociedades de economia mista e empresas do Estado.

XXI) Disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e dos corretores de fundos públicos. (Vide arts. 1º, inciso IV: 8º, inciso I: e 19, inciso I, “c”, da Lei 6.385/76, com a red. dada pela Lei 10.303/01, a qual transferiu essa competência para a CVM)

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Sistema FinanceiroCompetência do CNM, segundo as diretrizes da Presidência da República (Lei 4.595/64, art. 3º)

XXII) Estatuir normas para as operações das instituições financeiras públicas, para preservar sua solidez e adequar seu funcionamento aos objetivos desta lei.

XXIII) Fixar, até quinze (15) vezes a soma do capital realizado e reservas livres, o limite além do qual os excedentes dos depósitos das instituições financeiras serão recolhidos ao Banco Central da República do Brasil ou aplicados de acordo com as normas que o Conselho estabelecer.

XXIV) Decidir de sua própria organização; elaborando seu regimento interno no prazo máximo de trinta (30) dias.

XXV) Decidir da estrutura técnica e administrativa do Banco Central da República do Brasil e fixar seu quadro de pessoal, bem como estabelecer os vencimentos e vantagens de seus funcionários, servidores e diretores, cabendo ao Presidente deste apresentar as respectivas propostas. (Vide Lei nº 9.650, 27.5.1998)

XXVI) Conhecer dos recursos de decisões do Banco Central da República do Brasil. (Vide art. 81 da Lei nº 9.069, de 29.6.1995, que transferiu a competência para o “Conselhinho”)

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Sistema FinanceiroCompetência do CNM, segundo as diretrizes da Presidência da República (Lei 4.595/64, art. 3º)XXVI) Conhecer dos recursos de decisões do Banco Central da República do Brasil. (Vide art. 81 da Lei nº 9.069, de 29.6.1995, que transferiu a competência para o “Conselhinho” e art. 11, § 4º, da Lei 6.385/76))

Valor Econômico de 17/04/2012 - Destaques - p. C1O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro, conhecido como Conselhinho, aliviou a punição aplicada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ao Bradesco por distribuição de debêntures da Casa Anglo em condições diferentes das informadas à autarquia, em prospecto em 1998. O valor da multa foi reduzido de R$ 8,4 milhões para R$ 500 mil. O primeiro valor equivalia a 2% do valor da emissão que foi considerada irregular (R$ 420 milhões). Para a CVM, o Bradesco não teria fiscalizado a destinação de recursos. (Murilo Rodrigues Alves)

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Sistema FinanceiroCompetência do CNM, segundo as diretrizes da Presidência da República (Lei 4.595/64, art. 3º)

XXVII) aprovar o regimento interno e as contas do Banco Central do Brasil e decidir sobre seu orçamento e sobre seus sistemas de contabilidade, bem como sobre a forma e prazo de transferência de seus resultados para o Tesouro Nacional, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União. (Redação dada pelo Decreto Lei nº 2.376, de 25.11.1987) (Vide art 10, inciso III)

XXVIII) Aplicar aos bancos estrangeiros que funcionem no País as mesmas vedações ou restrições equivalentes, que vigorem nas praças de suas matrizes, em relação a bancos brasileiros ali instalados ou que nelas desejem estabelecer-se.

XXIX) Colaborar com o Senado Federal, na instrução dos processos de empréstimos externos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, para cumprimento do disposto no art. 63, nº II, da Constituição Federal. (Vide art. 52,inciso V, da CR/88).

XXX) Expedir normas e regulamentação para as designações e demais efeitos do art. 7º, desta lei. (Vide art. 11 da Lei nº 9.069, de 29.6.1995, que criou 7 Comissões Consultivas)

XXXI) Baixar normas que regulem as operações de câmbio, inclusive swaps, fixando limites, taxas, prazos e outras condições.

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Sistema FinanceiroCompetência do CNM, segundo as diretrizes da Presidência da República (Lei 4.595/64, art. 3º)

XXXI) Baixar normas que regulem as operações de câmbio, inclusive swaps, fixando limites, taxas, prazos e outras condições.

XXXII) Regular os depósitos a prazo de instituições financeiras e demais sociedades autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, inclusive entre aquelas sujeitas ao mesmo controle acionário ou coligadas. (Redação dada pelo Decrto-lei nº 2.290, de 1986)

§ 1º O Conselho Monetário Nacional, no exercício das atribuições previstas no inciso VIII deste artigo, poderá determinar que o Banco Central da República do Brasil recuse autorização para o funcionamento de novas instituições financeiras, em função de conveniências de ordem geral.

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Sistema FinanceiroCompetência do Bacen (Lei 4.595/64, arts. 9º, 10 e 11)

Incumbe principalmente ao Bacen cumprir e fazer cumprir as disposições que lhe são atribuídas pela legislação em vigor e as normas expedidas pelo Conselho Monetário Nacional. O Bacen funciona como Secretaria-Executiva do CMN, cabendo-lhe organizar e assessorar as sessões deliberativas (preparar, assessorar e dar suporte durante as reuniões, elaborar as atas e manter seu arquivo histórico).  Nos termos do art. 30 do Regimento Interno do CMN (Decreto 1.307/94), as decisões de natureza normativa do CMN serão divulgadas mediante resoluções assinadas pelo Presidente do Banco Central do Brasil, veiculadas pelo Sistema de Informações Banco Central (Sisbacen) e publicadas no Diário Oficial da União. A competência do Bacen se biparte em privativa e não exclusiva.

Art. 10. Compete privativamente ao Banco Central da República do Brasil:

I) Emitir moeda-papel e moeda metálica, nas condições e limites autorizados pelo Conselho Monetário Nacional (Vetado).

II) Executar os serviços do meio-circulante.

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Sistema FinanceiroCompetência do Bacen (Lei 4.595/64, art. 10)

Art. 10. Compete privativamente ao Banco Central da República do Brasil:

III) Determinar o recolhimento de até cem por cento do total dos depósitos à vista e de até sessenta por cento de outros títulos contábeis das instituições financeiras, seja na forma de subscrição de Letras ou Obrigações do Tesouro Nacional ou compra de títulos da Dívida Pública Federal, seja através de recolhimento em espécie, em ambos os casos entregues ao Banco Central do Brasil, a forma e condições por ele determinadas. (Incluído pela Lei nº 7.730, de 31.1.1989)

IV) Receber os recolhimentos compulsórios de que trata o inciso anterior e, ainda, os depósitos voluntários à vista das instituições financeiras, nos termos do inciso III e § 2º do art. 19. (Renumerado com redação dada pela Lei nº 7.730, de 31/01/89)

V) Realizar operações de redesconto e empréstimos a instituições financeiras bancárias e as referidas no Art. 4º, inciso XIV, letra " b ", e no § 4º do Art. 49 desta lei. (Renumerado pela Lei nº 7.730, de 31/01/89)

VI) Exercer o controle do crédito sob todas as suas formas. (Renumerado pela Lei nº 7.730, de 31/01/89)

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Sistema FinanceiroCompetência do Bacen (Lei 4.595/64, art. 10)

Art. 10. Compete privativamente ao Banco Central da República do Brasil:

VII) Efetuar o controle dos capitais estrangeiros, nos termos da lei;(Renumerado pela Lei nº 7.730, de 31/01/89)

VIII) Ser depositário das reservas oficiais de ouro e moeda estrangeira e de Direitos Especiais de Saque e fazer com estas últimas todas e quaisquer operações previstas no Convênio Constitutivo do Fundo Monetário Internacional; (Redação dada pelo Del nº 581, de 14/05/69) (Renumerado pela Lei nº 7.730, de 31/01/89)

IX) Exercer a fiscalização das instituições financeiras e aplicar as penalidades previstas. (Renumerado pela Lei nº 7.730, de 31/01/89)

X) Conceder autorização às instituições financeiras, a fim de que possam: (Renumerado pela Lei nº 7.730, de 31/01/89): a) funcionar no País; b) instalar ou transferir suas sedes, ou dependências, inclusive no exterior; c) ser transformadas, fundidas, incorporadas ou encampadas; d) praticar operações de câmbio, crédito real e venda habitual de títulos da dívida pública federal, estadual ou municipal, ações Debêntures, letras hipotecárias e outros títulos de crédito ou mobiliários; e) ter prorrogados os prazos concedidos para funcionamento; f) alterar seus estatutos; g) alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle acionário. (Incluído pelo Del nº 2.321, de 25/02/87)

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Sistema FinanceiroCompetência do Bacen (Lei 4.595/64, art. 10)

Art. 10. Compete privativamente ao Banco Central da República do Brasil:

XI) Estabelecer condições para a posse e para o exercício de quaisquer cargos de administração de instituições financeiras privadas, assim como para o exercício de quaisquer funções em órgãos consultivos, fiscais e semelhantes, segundo normas que forem expedidas pelo Conselho Monetário Nacional; (Renumerado pela Lei nº 7.730, de 31/01/89)

XII) Efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra e venda de títulos públicos federais; (Renumerado pela Lei nº 7.730, de 31/01/89)

XIII) Determinar que as matrizes das instituições financeiras registrem os cadastros das firmas que operam com suas agências há mais de um ano.(Renumerado pela Lei nº 7.730, de 31/01/89)

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Sistema FinanceiroCompetência do Bacen (Lei 4.595/64, art. 11)

Art. 11. Compete ao Banco Central da República do Brasil (competência não exclusiva):

I) Entender-se, em nome do Governo Brasileiro, com as instituições financeiras estrangeiras e internacionais.

II) Promover, como agente do Governo Federal, a colocação de empréstimos internos ou externos, podendo, também, encarregar-se dos respectivos serviços.

III) Atuar no sentido do funcionamento regular do mercado cambial, da estabilidade relativa das taxas de câmbio e do equilíbrio no balanço de pagamentos, podendo para esse fim comprar e vender ouro e moeda estrangeira, bem como realizar operações de crédito no exterior, inclusive as referentes aos Direitos Especiais de Saque, e separar os mercados de câmbio financeiro e comercial; (Redação dada pelo Del nº 581, de 14/05/69)

IV) Efetuar compra e venda de títulos de sociedades de economia mista e empresas do Estado.

V) Emitir títulos de responsabilidade própria, de acordo com as condições estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional.

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Sistema FinanceiroCompetência do Bacen (Lei 4.595/64, art. 11)

Art. 11. Compete ao Banco Central da República do Brasil (competência não exclusiva):

VI) Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis.

VII) Exercer permanente vigilância nos mercados financeiros e de capitais sobre empresas que, direta ou indiretamente, interfiram nesses mercados e em relação às modalidades ou processos operacionais que utilizem.

VIII) Prover, sob controle do Conselho Monetário Nacional, os serviços de sua Secretaria.

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Sistema FinanceiroCompetência do Bacen (Lei 4.595/64)

(2002/BNDES/Vunesp) - Compete ao Banco Central do Brasil:

(A) efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra e venda de títulos públicos federais.(B) emitir moeda-papel e moeda metálica por conveniência econômica que ele próprio determina.(C) aplicar punições às instituições financeiras em razão de conduta de abuso de poder econômico.(D) fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto à compra e venda de ouro.(E) determinar a percentagem máxima dos recursos que as instituições financeiras poderão emprestar a um mesmo cliente ou grupo de empresas.

Fundamento legal da resposta: “a”, cf. Lei 4.595/64, art. 10, inc. XII.

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Sistema FinanceiroInstituições Financeiras (Lei 4.595/64, arts. 17 e 18)

Consideram-se instituições financeiras propriamente ditas, para os efeitos da legislação em vigor, as pessoas jurídicas públicas ou privadas, que tenham como atividade principal ou acessória a coleta, intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros (art. 17).

São também instituições financeiras por equiparação: as bolsas de valores, companhias de seguros e de capitalização, as sociedades que efetuam distribuição de prêmios em imóveis, mercadorias ou dinheiro, mediante sorteio de títulos de sua emissão ou por qualquer forma, e as pessoas físicas ou jurídicas que exerçam, por conta própria ou de terceiros, atividade relacionada com a compra e venda de ações e outros quaisquer títulos, realizando nos mercados financeiros e de capitais operações ou serviços de natureza dos executados pelas instituições financeiras (art. 18, § 1º)

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Sistema FinanceiroInstituições Financeiras (Lei 4.595/64, arts. 17 e 18)

Para Aloysio Lopes Pontes (Instituições Financeiras Privadas, Forense, 1982, nº 7, p. 24), as instituições financeiras se classificam em dois grupos:

a) entidades de captação, custódia e aplicação de recursos, próprios ou de terceiros (estabelecimentos bancários oficiais ou privados, das sociedades de crédito, financiamento e investimentos, das caixas econômicas e das cooperativas de crédito ou a seção de crédito das cooperativas);

b) entidades intermediadoras na aplicação de recursos, como bolsas de valores, corretoras, distribuidoras, agentes autônomos.

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Sistema FinanceiroInstituições Financeiras (Lei Complementar 105/2001, art. 1º, § 1º)

São consideradas instituições financeiras para efeito de sigilo bancário:

I) os bancos de qualquer espécie; II) distribuidoras de valores mobiliários; III) corretoras de câmbio e de valores mobiliários; IV) sociedades de crédito, financiamento e investimentos; V) sociedades de crédito imobiliário; VI) administradoras de cartões de crédito; VII) sociedades de arrendamento mercantil; VIII) administradoras de mercado de balcão organizado; IX) cooperativas de crédito; X) associações de poupança e empréstimo; XI) bolsas de valores e de mercadorias e futuros; XII) entidades de liquidação e compensação; XIII) outras sociedades que, em razão da natureza de suas operações, assim venham a ser consideradas pelo Conselho Monetário Nacional.

Conforme as Resoluções de números 703/82 e 2.144/95, divulgadas pelo Bacen, o autêntico factoring não constitui contrato bancário típico nem integra o factor ou faturizador o Sistema Financeiro Nacional como instituição financeira.

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Sistema de Distribuição de Valores Mobiliários

Estrutura (Lei 6.385/76, art. 15)

O sistema de distribuição de valores mobiliários compreende:

I) as instituições financeiras e demais sociedades que tenham por objeto distribuir emissão de valores mobiliários: a) como agentes da companhia emissora; b) por conta própria, subscrevendo ou comprando a emissão para a colocar no mercado;

II) as sociedades que tenham por objeto a compra de valores mobiliários em circulação no mercado, para os revender por conta própria;

III) as sociedades e os agentes autônomos que exerçam atividades de mediação na negociação de valores mobiliários, em bolsas de valores ou no mercado de balcão;

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Sistema de Distribuição de Valores Mobiliários

Estrutura (Lei 6.385/76, art. 15)

O sistema de distribuição de valores mobiliários compreende:

IV) as bolsas de valores.

VI) as corretoras de mercadorias, os operadores especiais e as Bolsas de Mercadorias e Futuros; e (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)

VII) as entidades de compensação e liquidação de operações com valores mobiliários. (Inciso incluído pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)

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Sistema de Distribuição de Valores Mobiliários

Registro Prévio na CVM das Emissões Púbicas (Lei 6.385/76, art. 19)

Depende de prévio registro na CVM as emissões públicas de valores mobiliários, sendo considerados atos de distribuição a venda, promessa de venda, oferta à venda ou subscrição, assim como a aceitação de pedido de venda ou subscrição de valores mobiliários, quando os pratiquem a companhia emissora, seus fundadores ou as pessoas a ela equiparadas (§ 1º).

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Sistema de Distribuição de Valores Mobiliários

Registro Prévio na CVM das Emissões Púbicas (Lei 6.385/76, art. 19)

Caracterizam a emissão pública (§ 3º):

I ) a utilização de listas ou boletins de venda ou subscrição, folhetos, prospectos ou anúncios destinados ao público;

II) a procura de subscritores ou adquirentes para os títulos por meio de empregados, agentes ou corretores;

III ) a negociação feita em loja, escritório ou estabelecimento aberto ao público, ou com a utilização dos serviços públicos de comunicação.

A emissão pública só poderá ser colocada no mercado através do sistema previsto no art. 15 (§ 4º do art. 19).

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Sistema de Distribuição de Valores Mobiliários

Autorização Prévia da CVM (Lei 6.385/76, art. 15)

Depende de prévia autorização da Comissão de Valores Mobiliários o exercício das seguintes atividades:

I) distribuição de emissão no mercado (Art. 15, I);

II) compra de valores mobiliários para revendê-los por conta própria (Art. 15, II);

III) mediação ou corretagem de operações com valores mobiliários; e (Redação dada pela Lei nº 10.411, de 26.2.2002)

IV) compensação e liquidação de operações com valores mobiliários.(Redação dada pela Lei nº 10.411, de 26.2.2002)

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Mercado de Valores Mobiliários Formação

O mercado de valores mobiliários ou mercado de capitais é formado pelo mercado primário e pelo mercado secundário.

No mercado primário, integrado pelas instituições financeiras autorizadas a nele operar, salvo as Bolsas de Valores, é realizada a colocação inicial dos títulos oferecidos ao público investidor. Neste mercado ocorre a canalização direta dos recursos para o financiamento das empresas.

Já o mercado secundário é integrado pelas Bolsas de Valores e se caracteriza por ser um mercado de revenda de valores mobiliários já titularizados por outras pessoas. Aqui os recursos obtidos nas negociações não ingressam no caixa da empresa emissora (ocorre simples transferências entre investidores) nem há a criação de novos títulos.

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Mercado de Valores Mobiliários Mercado Primário

A colocação original de títulos para oferecimento ao público investidor ocorre no mercado de balcão (intermediários do sistema com atuação no mercado de capitais fora da Bolsa de Valores), que poderá ser organizado ou não organizado.

“Tradicionalmente, o mercado de balcão é um mercado de títulos sem local físico definido para a realização das transações que são feitas por telefone [ tb. eletronicamente] entre as instituições financeiras. O mercado de balcão é chamado de organizado quando se estrutura como um sistema de negociação de títulos e valores mobiliários podendo estar organizado como um sistema eletrônico de negociação por terminais, que interliga as instituições credenciadas em todo o Brasil, processando suas ordens de compra e venda e fechando os negócios eletronicamente.” (Cadernos da CVM, O Mercado de Balcão Organizado, disponível em http://www.cvm.gov.br/port/protinv/caderno7.pdf)

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Mercado de Valores Mobiliários Mercado Secundário

As Bolsas de Valores constituem o mercado secundário, pois em seu recinto não são negociados novos ativos, instrumentos financeiros, títulos e valores mobiliários, mas aqueles já adquiridos anteriormente. Trata-se de um mercado de negociação de papéis usados, isto é, de segunda mão.

Embora as Bolsas de Valores funcionem sempre como mercado secundário, o mercado de balcão também poderá funcionar como mercado de revenda de títulos.

As bolsas de valores são sociedades anônimas ou associações privadas civis, estas sem finalidade lucrativa, com objetivo de manter local adequado ao encontro de seus membros e à realização, entre eles, de transações de compra e venda de títulos e valores mobiliários, em mercado livre e aberto, especialmente organizado e fiscalizado por seus membros e pela Comissão de Valores Mobiliários. São instituições auxiliares da CVM e possuem autonomia financeira, patrimonial e administrativa (Res. 2.690/2000, do CMN divulgada pelo Bacen).

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Mercado de Valores Mobiliários Comissão de Valores Mobiliários - CVM

Autarquia federal entidade autárquica em regime especial, vinculada ao Ministério da Fazenda, com personalidade jurídica e patrimônio próprios, dotada de autoridade administrativa independente, ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes, e autonomia financeira e orçamentária.

Foi criada para disciplinar, fiscalizar e desenvolver o mercado de valores mobiliários do país, exercendo funções normativa, registrária, consultiva, de fomento e fiscalizadora. A Lei 6.385/76 atribui à CVM competência para apurar, julgar e punir irregularidades eventualmente cometidas no mercado de valores mobiliários.

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Mercado de Valores Mobiliários Comissão de Valores Mobiliários - CVM

As atribuições da CVM têm como finalidade (Lei 6.385/76, art. 4º):

assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e de balcão; proteger os titulares de valores mobiliários contra emissões irregulares e atos ilegais de administradores e acionistas controladores de companhias ou de administradores de carteira de valores mobiliários; evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a criar condições artificiais de demanda, oferta ou preço de valores mobiliários negociados no mercado; assegurar o acesso do público a informações sobre valores mobiliários negociados e as companhias que os tenham emitido; assegurar a observância de práticas comerciais equitativas no mercado de valores mobiliários; estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários; promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações e estimular as aplicações permanentes em ações do capital social das companhias abertas.

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Sigilo Bancário Fundamento

O STF, ao julgar o RE nº 219.780-5/PE (Rel. Min. Carlos Velloso, DJ de 10.9.1999, p. 23), concluiu que “se é certo que o sigilo bancário, que é espécie de direito à privacidade, que a Constituição protege - art. 5º, X - não é um direito absoluto, que deve ceder diante do interesse público, do interesse social e do interesse da Justiça, certo é, também, que ele há de ceder na forma e com observância de procedimento estabelecido em lei e com respeito ao princípio da razoabilidade”. 

Conforme o art. 1º da Lei Complementar 105/2001, a qual revogou expressamente o art. 38 da Lei 4.595/64, as instituições financeiras conservarão sigilo em suas operações ativas e passivas e serviços prestados.

O MP não tem Ilegitimidade para requisitar documentos que impliquem quebra de sigilo bancário, uma vez que este não pode ser decretado por quem não tem o dever de imparcialidade (STF – RE 215.301-0).

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Sigilo Bancário Regulamentação

“Prevê a lei exceções à regra do sigilo bancário, em que prevalecem interesses superiores à proteção da intimidade: a) investigação de crime, em qualquer fase do inquérito ou processo judicial (art. 1º, § 4º); b) ordem do Poder Judiciário, que deve zelar pela conservação do caráter sigiloso do dado informado (art. 3º); c) ordem do Poder Legislativo, no exercício de sua competência constitucional e legal de fiscalização da Administração Pública (art. 4º); d) requisição da autoridade fiscal, após iniciado o regular procedimento tributário (arts. 5º e 6º); e) requisição do Banco Central ou CVM (arts. 2º e 7º); f) requisição do CADE ou da SDE, na investigação de infração contra a ordem econômica (LIOE, arts. 7º, IX, e 14, V). Salvo nessas seis hipóteses, a divulgação pela instituição financeira ou por terceiros de informações relativas às operações bancárias constitui crime de quebra de sigilo, punido com reclusão de 1 a 4 anos (LC n. 105/2001, art. 10).” (Fábio Ulhoa COELHO. Manual de Direito Comercial, 16ª ed.,Saraiva, 2005, p. 448)

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Sigilo Bancário Regulamentação

RE 389808 / PR - PARANÁ RECURSO EXTRAORDINÁRIORelator(a):  Min. MARCO AURÉLIOJulgamento:  15/12/2010  - Órgão Julgador:  Tribunal Pleno

SIGILO DE DADOS – AFASTAMENTO. Conforme disposto no inciso XII do artigo 5º da Constituição Federal, a regra é a privacidade quanto à correspondência, às comunicações telegráficas, aos dados e às comunicações, ficando a exceção – a quebra do sigilo – submetida ao crivo de órgão equidistante – o Judiciário – e, mesmo assim, para efeito de investigação criminal ou instrução processual penal. SIGILO DE DADOS BANCÁRIOS – RECEITA FEDERAL. Conflita com a Carta da República norma legal atribuindo à Receita Federal – parte na relação jurídico-tributária – o afastamento do sigilo de dados relativos ao contribuinte.

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Contratos BancáriosConceito

Os bancos desenvolvem as suas operações através dos contratos bancários, que são acordos celebrados entre um banco (elemento subjetivo) e o cliente com a finalidade de criar, modificar ou extinguir uma intermediação no sistema do crédito. Sua causa é a mobilização do crédito (elemento objetivo).

Essa definição condiz com a atividade típica dos bancos, relacionadas ao crédito, podendo ser ativas (o banco na posição de credor, emprestando recursos a terceiros) e passivas (o banco na posição de devedor, recebendo recursos de terceiros).

Para Nelson Abrão, citando Orlando Gomes, “Colimando a realização de seu objeto, os bancos desempenham, em relação aos seus clientes, uma série de atividades negociais, que tomam o nome técnico de operações bancárias”. (Direito Bancário, 12ª ed., Saraiva, p. 54)

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Contratos Bancários

Conceito

Mas, ao lado das operações relacionadas às atividades típicas ou essenciais, os bancos também realizam atividades atípicas ou acessórias, direcionadas à prestação de serviços, como aluguel de cofre e cobrança de títulos.

Assim, as operações bancárias podem ser

a) apenas de moeda e crédito,

b) de serviços, ou

c) mistas, envolvendo moeda e crédito juntamente com prestação de serviços.

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Contratos BancáriosConceito

(2002/Vunesp) - Nos contratos bancários, CCC

(A) as operações passivas são aquelas em que o contratante fica devedor perante a instituição financeira.(B) as operações ativas são aquelas em que o banco fica devedor perante o contratante, como nos contratos de conta corrente.(C) nas operações ativas, o banco fica como credor do contratante, como por exemplo, nos contratos de mútuo.(D) as operações bancárias passivas são aquelas em que existe um devedor que não é a Instituição Financeira.(E) as operações ativas são aquelas em que o banco detém um crédito perante o contratante, como no caso do contrato de depósito.

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Contratos BancáriosConceito

Contrato bancário é o documento escrito, público ou particular, que formaliza a outorga do crédito pelo banco.

Para as Disposições Aplicáveis aos Contratos do BNDES, contrato é o “instrumento específico que formaliza a operação celebrada com o BNDES, compreendidos, no conceito, os títulos de crédito, ao qual aderem os demais documentos a ele vinculados (art. 4º, inc. V).

De modo mais particular, leve-se em consideração que contrato é o esquema jurídico diverso dos títulos de crédito que traduz o acordo de vontades para “constituir, regular ou extinguir uma relação que tenha por objeto uma operação bancária”. (Garriques, Contratos Bancários, 1958, pag. 32)

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Contratos Bancários

Contrato de Mútuo

Contrato pelo qual o banco empresta ao cliente certa soma em dinheiro (no mútuo comum pode ser qq. coisa fungível), ficando obrigado a restituí-la nas condições e prazos convencionados.

O contrato de mútuo é típico (previsto expressamente em lei) real (aperfeiçoa com a entrega da do dinheiro, inexistindo mútuo antes disso), unilateral (porque após a entrega só o cliente possui obrigações a cumprir), oneroso (há remuneração, denominada juros, pelo uso do dinheiro), comutativo (os juros equivalem ao uso do dinheiro), e não-solene, a menos que seja garantido por hipoteca, quando será necessário o instrumento público (art. 108 do CC).

Pela Súmula 596 do STF, as limitações comuns às taxas de juros e a outros encargos cobrados não se aplicam aos bancos. O art. 5º da MP 2.170-36/2001 admitiu a capitalização de juros com periodicidade inferior a 1 ano.

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Contratos Bancários

Contrato de Mútuo

(2002/Vunesp)- Nos contratos de mútuo, CCC(A) o objeto do contrato será sempre dinheiro.(B) por se tratar de contrato de empréstimo, não se pode convencionar remuneração em favor do mutuante.(C) pode-se exigir garantias do mutuário para o cumprimento da obrigação.(D) em razão da infungibilidade dos bens emprestados, deve-se devolver os mesmos bens.(E) os juros contratados não poderão ultrapassar 12% ao ano.

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Contratos Bancários

Contrato de Desconto Bancário

Contrato pelo qual o banco (descontador) adianta ao cliente (descontário) o valor do crédito não vencido que este possui contra um terceiro, deduzindo, juros, comissões e despesas, transfererindo a titularidade desse crédito mediante de cessão por endosso.

O crédito descontado é geralmente representado por título de crédito. Embute no fundo um financiamento ao descontário, que garante (pro solvendo) o pagamento dos créditos transferidos, em caso de inadimplemento dos devedores destes.

O desconto bancário é contrato atípico (não previsto expressamente em lei), real (aperfeiçoa-se com a entrega dos títulos), bilateral (gera obrigação do banco de antecipar e a do descontário de arcar com o deságio), oneroso (há ganhos para ambas as partes), comutativo (prestações guardam equivalência econômica) e não-solene.

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Contratos Bancários

Contrato de Desconto Bancário

(2001/Vunesp) - Os bancos realizam operações ativas e passivas, típicas e atípicas. No universo das operações bancárias, tem-se o Desconto Bancário, operação que comporta conceituação da seguinte forma: DDD(A) operação bancária pela qual o banco compromete-se a consentir uma operação de crédito determinada, mediante cessão de títulos, no momento em que o cliente a solicita em seu benefício. (B) operação bancária que se caracteriza em promessa de pagamento futuro, em dinheiro, mediante entrega de duplicatas, em garantia, sem prejuízo de, entre o cliente e o banco, realizar-se alienação fiduciária de bem pertencente ao ativo de quem pretende o desconto. (C) operação bancária pela qual o banco entrega ao cliente determinada soma, mediante prévia garantia de títulos aceitos pelo sacado e avalizados por um dos sócios. (D) operação bancária, ativa, típica, de natureza contratual, por meio da qual o banco, com prévia dedução de juros, antecipa o valor de um crédito, para com terceiro, ainda não vencido, mediante cessão do próprio crédito. (E) operação pela qual o banco honra o contrato de conta corrente bancária, no momento em que o cheque é apresentado para pagamento, ressalvando-se a existência de provisão de fundos.

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Contratos Bancários

Contrato de Conta Corrente

Contrato pelo qual o banco, mediante relações continuadas de , se débito e crédito, se obriga a receber em depósito importâncias do cliente ou de terceiros e a proceder a pagamentos por ordem dele, utilizando-se dessas importâncias.

O banco presta um serviço de administração de caixa, realizando pagamentos e cobranças.

Pertence ao gênero contratos normativos, porque disciplina relações futuras oriundas de outros negócios jurídicos, como abertura de crédito, depósito, compra e venda de moeda estrangeira. Serve, pois, de instrumento para a realização prática de outros negócios. Além disso, classifica-se como atípico, bilateral, consensual, oneroso e comutativo e de execução continuada.

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Contratos Bancários

Contrato de Conta Corrente

Apresenta as seguintes modalidades:

- Quanto à provisão de fundos

a) Comum (saques diante saldo positivo)b) Especial ou a Descoberto (saques diante de ausência de saldo)

- Quanto à titularidade da conta

a) Individual ou Unipessoalb) Coletivo: i) indivisível; ii) solidária.

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Contratos Bancários

Contrato de Conta Corrente

Aviso nº 69

O Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (...) [comunica] que foram aprovados em Encontros de Desembargadores, com competência em matéria cível, realizados nos dias 31 de agosto de 2009, 21 de setembro de 2009 e 09 de novembro de 2009, na sala de sessões do Tribunal Pleno, os seguintes enunciados, que passam a constituir jurisprudência predominante do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro sobre as respectivas matérias, inclusive para os fins do art. 557, do CPC: (...)

59. A inscrição em cadastro restritivo de crédito de devedor solidário de conta bancária conjunta, por dívida contraída isoladamente pelo outro correntista, configura dano moral.Precedentes: ApCv 2006.001.66231, TJERJ, 4ª C. Cível, julgada em 30/01/07. ApCv 2007.001.52590, TJERJ, 20ª C. Cível, julgada em 27/09/07.

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Contratos BancáriosContrato de Conta Corrente DANO MORAL. CONTA CONJUNTA. CHEQUE.É ativa a solidariedade decorrente da abertura de conta-corrente conjunta, pois cada correntista movimenta livremente a conta. Ademais, o cheque sujeita-se aos princípios gerais do direito cambial, especialmente, ao princípio da literalidade, e o art. 1º, VI, da Lei n. 7.357/1985 estabelece, como requisito do cheque, a assinatura do emitente sacador. Assim, a responsabilidade pela emissão de cheque sem provisão de fundos é exclusiva daquele que opôs sua assinatura na cártula. Dessa forma, o cotitular da conta-corrente que não emitiu o cheque sem provisão de fundos é estranho ao título, por isso não pode ser penalizado com a negativação, como inadimplente, de seu nome nos cadastros de proteção ao crédito. Consequentemente, para a jurisprudência deste Superior Tribunal, a inscrição indevida nos cadastros de proteção ao crédito ocasiona dano moral. Com esse entendimento, a Turma julgou procedente o pedido de compensação por danos morais, bem como da retirada do nome da recorrente dos cadastros de proteção ao crédito. REsp 981.081-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 23/3/2010. Informativo 428/2010 do STJ

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Contratos BancáriosContrato de Conta Corrente

EXECUÇÃO. TÍTULO EXTRAJUDICIAL. LEGITIMIDADE. CAMBIAL. A satisfação do crédito representado por cheque não pode ser exigida, pela via executiva, do titular de conta conjunta que não o tenha emitido, sob pena de carência da ação por ilegitimidade de parte, não cabendo a alegação de responsabilidade solidária, uma vez que esta somente vincula os correntistas perante o estabelecimento bancário, não alcançando, pois, os beneficiários da cártula. (TAMG, Ap. Cív. 181961-8, Belo Horizonte, Rel: Juiz Páris Pena, Julg. em 18/10/94)

7/4/2006 - STJ. Responsabilidade civil. Banco. Correntista. Conta corrente conjunta. Esposa. Emissão de cheque sem fundos. Inscrição do nome do marido no Serasa. Inadmissibilidade Ao julgar ação de indenização por danos morais ajuizada por um correntista que teve seu nome inscrito no Serasa por iniciativa de um banco, devido à emissão de um cheque sem provisão de fundos emitido pela esposa, co-titular da conta corrente, a 4ª Turma do STJ entendeu ser indevida a inscrição do nome do recorrente no registro de restrição ao crédito, porquanto o débito tem origem em cártula que não assinou. Ademais a orientação jurisprudencial já firmada no STJ é no sentido de que, em se tratando de conta conjunta, o co-titular detém apenas solidariedade ativa dos créditos junto à instituição financeira, sem responsabilidade pelos cheques emitidos pela outra correntista, ressaltou o relator, Min. JORGE SCARTEZZINI. (Rec. Esp. 819.192)

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Contratos Bancários

Contrato de Conta Corrente

(2001/Vunesp) - Sob o critério da titularidade do correntista, classificam-se as modalidades de conta corrente bancária. Cada modo, compõe-se de elementos que justificam sua natureza. Posicionada a questão na forma narrada, assinale a alternativa correta. DDD(A) A conta corrente bancária, na qualidade de contrato bancário, classifica-se, conforme a titularidade, em duas espécies: unipessoal e conjunta. (B) Na conta corrente conjunta não se coloca à disposição dos correntistas o serviço de caixa, mas tão somente os serviços de depósito de valores, os quais serão objeto de liberação por meio de ordens de pagamento. (C) A conta corrente bancária, de titular único, não pode ser movimentada por procuração autorizativa. (D) A conta corrente bancária, conforme a titularidade, classifica-se, nas espécies individual e coletiva e, nesta, tem-se as subespécies indivisível e conjunta. (E) A conta corrente bancária é contrato, tal qual o é a conta corrente ordinária, de modo que, relativamente a ambas, não existe diferença, quanto à titularidade.

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Contratos BancáriosAlienação Fiduciária

Contrato pelo qual uma pessoa (fiduciante ou devedor fidiciário) aliena, com finalidade de garantia, a propriedade de um bem a outra (fiduciário ou credor fiduciário), até que a propriedade se extinga pelo pagamento ou pelo inadimplemento.

Há atualmente dois sistemas de alienação fiduciária: o primeiro da Lei nº 4.728/65, art. 66-B, restrito às instituições financeiras e à fazenda pública para a garantia de débitos fiscais e previdenciários, sendo o processo judicial regido pelo Decreto-Lei nº 911/69. Completa-se com a Lei nº 9.514/97, art. 22, que prevê a alienação fiduciária de bens imóveis no âmbito das operações de financiamento imobiliário. Esse sistema recebeu as alterações advindas da Lei nº 10.931/04. O segundo tem a disciplina traçada pelo Cód. Civil de 2002, nos artigos 1.361 a 1.368-A.

A principal vantagem da alienação fiduciária é que o bem não integra a massa falida quando da falência do fiduciante e pode ser recuperado mediante pedido de restituição dirigido ao juízo da quebra (Lei Fal e Rec. - Lei nº 11.101/05 - art. 85).

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Contratos Bancários

Alienação Fiduciária

As diferenças entre esses dois sistemas são: no primeiro o credor somente pode ser instituição financeira própria (tb. equiparada) ou fazenda pública; o objeto concerne tanto a bens imóveis como móveis, fungíveis (substituíveis) ou infungíveis (insubstituíveis); o credor tem a propriedade formal e a posse direta e indireta, reservando-se ao devedor a mera detenção (art. 66-B, § 3º, da Lei nº 4.728/65, com a red. dada pela Lei nº 10.931/04); o meio processual de retomada do bem será ação de busca e apreensão autônoma, após comprovação da mora ou inadimplemento pelo protesto ou notificação (Súmula 72 do STJ), convolável (passível de conversão) em ação de depósito nos mesmo autos, com medida liminarmente concedida e consolidação plena da propriedade em mãos do credor nos 5 dias após a execução da liminar e expedição de novo documento de propriedade.

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Contratos Bancários

Alienação Fiduciária

Ainda sobre as diferenças entre os dois sistemas, no mesmo prazo de 5 dias o devedor terá de purgar a mora referente à totalidade da dívida. Caso o bem já tenha sido vendido pelo credor para pagar a dívida e a ação de busca e apreensão seja ao final julgada improcedente, o juiz condenará o credor a pagar ao devedor multa equivalente a 50% do valor originalmente financiado, sem excluir as perdas e danos. No segundo sistema de alienação fiduciária, a regida pelo Código Civil, o credor poderá ser qualquer pessoa; o objeto está limitado a bens móveis infungíveis; o credor terá a propriedade formal e a posse indireta, enquanto o devedor, a posse direta, o que lhe permite argüir indenização e retenção de benfeitorias, inadmissível no outro sistema de alienação fiduciária; o meio processual para a retomada do bem será aquele regido pelas ações comuns do CPC (art. 901).

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Contratos Bancários

Alienação Fiduciária

(2008/Cesgranrio) Quanto à busca e apreensão em sede de alienação fiduciária, pode-se afirmar que BBBI - ela será concedida liminarmente ao credor fiduciário, desde que comprovada a mora ou o inadimplemento do devedor;II - a propriedade e a posse plena e exclusiva do bem no patrimônio do credor fiduciário consolidar-se-ão no prazo de dez dias da execução da liminar;III - o devedor fiduciante, no prazo de cinco dias, poderá pagar a integralidade da dívida pendente, segundo os valores apresentados pelo credor fiduciário na inicial, hipótese na qual o bem lhe será restituído livre do ônus;IV- o devedor fiduciante poderá apresentar resposta no prazo de dez dias da execução da liminar, ainda que tenha efetuado o depósito dos valores apresentados pelo credor fiduciário na inicial, caso entenda ter havido pagamento a maior e desejar restituição;V - o juiz, na sentença que decretar a improcedência da ação de busca e apreensão, condenará o credor fiduciário ao pagamento de multa, em favor do devedor fiduciante, equivalente ao dobro do valor originalmente financiado, devidamente atualizado.Estão corretas APENAS as afirmações(A) I e II (B) I e III(C) I, II e III (D) I, II, III e V(E) II, III, IV e V