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Edição nº 247 Mecânica diesel As siglas Euro V, Proconve P7, EGR, SCR e ARLA 32 já não são mais... Viagem Segura A maioria das pessoas trabalha duro onze meses por ano para ter... Entrevista Estevão Ricardo Tobaldini, gestor Comercial da Urba Brosol, afirma... Qualidade em série As eleições deste ano reacenderam na sociedade brasileira a busca da... E mais: Evento Especial Abílio Login Usuário ou Email Senha Login Cadastrese! Esqueci minha senha Enquete Na sua opinião, qual é o sistema mais difícil para se reparar nos carros atuais? Motor Câmbio Injeção Eletrônica Eletroeletrônica embarcada Direção (Hidráulica/ Elétrica/ Eletricamente assistida) Edição 168 Injeção Sistema dos motores 'Power' da VW Conheça os detalhes e os diferenciais do sistema de injeção eletrônica que equipam os motores EA 111, responsável por impulsionar as linhas 1.0 e 1.6 litro da Volkswagen. Carolina Vilanova Velho conhecido dos reparadores em todo o Brasil, o motor Volkswagen EA 111, ou Power como é chamado popularmente passou por várias evoluções até chegar nos modelos atuais, cheios de recursos tecnológicos e sistema de injeção eletrônica bicombustível. É uma grande família de motores, que nasceu com o 1.0 litro, mas a partir de 2001 passou a oferecer motorizações de 1.6 l, e em 2005, o 1.4 l desenvolvido para a Kombi. (Confira na edição 153 a desmontagem e dicas de manutenção desse motor na versão 1.6l). Para acompanhar as evoluções desse motor, o sistema de injeção eletrônica também sofreu aprimoramentos. Desenvolvido pela Magneti Marelli, o sistema utilizado é de quarta (VI) geração e recebe as nomenclaturas 4LV e 4SV. Entre os motores que equipa estão os de motorização 1.0 l, de 8 V e 16 V e os de 1.6 l, presentes nos veículos das linhas Fox, Gol, Parati , Golf e Pólo, tanto nas versões gasolina quanto Totalflex. A diferença entre os dois sistemas, na verdade, é apenas o tamanho do módulo, ou seja, a tecnologia eletrônica empregada na produção do circuito impresso da unidade e de novos hardwares. O gerenciamento 4LV foi usado nas linhas produzidas até o ano de 2002 de motores 1.0 l 8 V e continua equipando os conjuntos de 1000 cilindradas de 16 V, enquanto o sistema 4SV passou por uma adequação e está acoplado nos modelos 1.0 l 8 V. Além disso, um novo sensor combinado, que mede a pressão no coletor e a temperatura do ar, vem sendo utilizado desde 2003. É necessário prestar atenção numa eventual troca desse sensor, pois apesar dos conectores do chicote serem compatíveis, os sensores não têm compatibilidade entre os sistemas e não permitem a instalação incorreta. Acelerador eletrônico EGAS Uma das principais características desse sistema é o acelerador eletrônico (Drive by Wire) do tipo EGAS, que dispensa a utilização de cabos mecânicos. Entre as vantagens desse componente estão a otimização do torque, economia de combustível e redução do nível de emissões; o que resulta em maior durabilidade do motor. "No acelerador com cabo, o condutor costuma pisar forte no pedal para obter um ganho rápido de torque com o motor frio ou quente, o que provoca o aumento dos níveis de emissões, maior consumo de combustível e desgastes no motor", explica Melsi Maran, instrutor do SENAIIpiranga do módulo Volkswagen. MercedesBenz se fortalece no Pós Venda de veículos comerciais Portfólio da marca inclui nova linha de peças... Renault Fluence 2015: mesmo trem de força e robustez garantida Sedã da marca francesa ganha facelift e mantém... Atenção ao comprar uma correia! Fabricante alerta para o risco de se instalar uma... 10 Recomendar

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Edição nº 247

Mecânica dieselAs siglas Euro V, ProconveP7, EGR, SCR e ARLA 32já não são mais...

Viagem SeguraA maioria das pessoastrabalha duro onze mesespor ano para ter...

EntrevistaEstevão Ricardo Tobaldini,gestor Comercial da UrbaBrosol, afirma...

Qualidade em sérieAs eleições deste anoreacenderam na sociedadebrasileira a busca da...

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atuais?

Motor

Câmbio

Injeção Eletrônica

EletroeletrônicaembarcadaDireção(Hidráulica/Elétrica/Eletricamenteassistida)

Edição 168 Injeção

• Sistema dos motores 'Power' da VW

Conheça os detalhes e os diferenciais do sistemade injeção eletrônica que equipam os motores EA111, responsável por impulsionar as linhas 1.0 e1.6 litro da Volkswagen.

Carolina Vilanova

Velho conhecido dos reparadores em todo o Brasil, o motor Volkswagen EA111, ou Power como é chamado popularmente passou por váriasevoluções até chegar nos modelos atuais, cheios de recursos tecnológicos esistema de injeção eletrônica bicombustível. É uma grande família demotores, que nasceu com o 1.0 litro, mas a partir de 2001 passou a oferecermotorizações de 1.6 l, e em 2005, o 1.4 l desenvolvido para a Kombi. (Confirana edição 153 a desmontagem e dicas de manutenção desse motor na versão1.6l).

Para acompanhar as evoluções desse motor, o sistema de injeção eletrônicatambém sofreu aprimoramentos. Desenvolvido pela Magneti Marelli, o sistemautilizado é de quarta (VI) geração e recebe as nomenclaturas 4LV e 4SV.Entre os motores que equipa estão os de motorização 1.0 l, de 8 V e 16 V eos de 1.6 l, presentes nos veículos das linhas Fox, Gol, Parati , Golf e Pólo,tanto nas versões gasolina quanto Totalflex.

A diferença entre os dois sistemas, na verdade, é apenas o tamanho domódulo, ou seja, a tecnologia eletrônica empregada na produção do circuitoimpresso da unidade e de novos hardwares. O gerenciamento 4LV foi usadonas linhas produzidas até o ano de 2002 de motores 1.0 l 8 V e continuaequipando os conjuntos de 1000 cilindradas de 16 V, enquanto o sistema 4SVpassou por uma adequação e está acoplado nos modelos 1.0 l 8 V.

Além disso, um novo sensor combinado, que mede a pressão no coletor e atemperatura do ar, vem sendo utilizado desde 2003. É necessário prestaratenção numa eventual troca desse sensor, pois apesar dos conectores dochicote serem compatíveis, os sensores não têm compatibilidade entre ossistemas e não permitem a instalação incorreta.

Acelerador eletrônico EGAS

Uma das principais características desse sistema é o acelerador eletrônico(Drive by Wire) do tipo EGAS, que dispensa a utilização de cabos mecânicos.Entre as vantagens desse componente estão a otimização do torque,economia de combustível e redução do nível de emissões; o que resulta emmaior durabilidade do motor.

"No acelerador com cabo, o condutor costuma pisar forte no pedal para obterum ganho rápido de torque com o motor frio ou quente, o que provoca oaumento dos níveis de emissões, maior consumo de combustível e desgastesno motor", explica Melsi Maran, instrutor do SENAIIpiranga do móduloVolkswagen.

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"O programa do acelerador eletrônico não permite que isso aconteça, poiscomanda automaticamente a abertura da borboleta de aceleração em funçãodas condições de trabalho do motor e de valores préestabelecidos pelaengenharia, instalados no programa do módulo de injeção, proporcionandouma otimização do torque e de potência, além da redução de emissões depoluentes e, em conseqüência, maior vida útil para o motor", conclui.

Para garantir a eficiência do sistema, ou seja, controlar a abertura efechamento da borboleta e a desaceleração do motor, o sistema doacelerador eletrônico EGAS trabalha com dois potenciômetros acoplados nopedal de aceleração e dois interruptores acoplados nos pedais do freio e daembreagem, que comunicam ao módulo quando precisa diminuir a rotação,fazer o corte de combustível ou parar de acelerar.

No painel, a luz indicativa EPC (Engine PowerControl) acende ao ligar a ignição e se apaga apósa partida. Quando essa luz se mantém acesaindica que o conjunto do acelerador eletrônico(pedal de aceleração, interruptores do pedal deembreagem e freio,chicote, módulo de injeção ecorpo de borboleta) apresenta problemas elétricosou eletrônicos.

"A Volkswagen não utiliza lâmpada indicadora dedefeitos no sistema de injeção como um todo,devido a existência de estratégias avançadas decorreções de problemas no programa do módulode injeção, garantindo maior tranqüilidade esegurança ao condutor e passageiros", explicaMelsi.

De acordo com o instrutor, avarias podem ocorrernos sensores localizados nos pedais doacelerador, do freio e da embreagem; no servomotor da borboleta e nos sensores de posição daborboleta. "Em casos de gravidade, o sistemaentra em modo de segurança e assume condiçãode emergência, na qual o módulo desliga o corpode borboleta, mantendo apenas uma aberturamecânica, que desenvolva 1.800 rpm, parapermitir que o motorista leve o carro até um postode atendimento", comenta.

Outra condição em que a luz acende é a perda dealimentação do sistema por um longo período detempo e, nesse caso, quando o técnico trocar ou

recarregar a bateria, o programa será reiniciado, como um computador, ouseja, vai fazer um novo reconhecimento do sistema. Para isso, é preciso ligara chave de ignição e aguardar 30 segundos antes de dar a partida, para queo programa faça o reconhecimento do sistema e as adaptações, para que emseguida possa fazer registro desses dados.

Vale lembrar que o acelerador eletrônico trabalha com dois sensores deposição de pedal do tipo potenciômetros, assim se um falhar o outro assumeo controle. Sua função é informar ao módulo a posição angular do acelerador,que determina a velocidade e a força na qual o pedal é acionado. A unidadede comando, então, realiza os cálculos, juntamente com os outros parâmetrosdisponíveis, para comandar a abertura da borboleta.

Manutenção e reparos

A manutenção preventiva do sistema é a convencional, recomendada nomanual do fabricante do veículo, e inclui a troca de filtros, velas, cabos e autilização de gasolina de boa procedência. A limpeza de bicos injetores, porexemplo, deve ser feita apenas se o veículo apresentar problemas deentupimento e obstrução. Por isso, é necessário checar o sistema a cada 20mil km e nas trocas dos filtros de combustível/flex.

Um dos principais sintomas que indica defeitos no sistema é a perda de

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aceleração, que pode ser acarretada por formação de borra no corpo deborboleta, que provoca oscilações de aceleração, principalmente, na marchalenta. Nesse caso é necessário efetuar uma limpeza, aplicando o solventecom cuidado, utilizando um pincel ou spray, sem jamais mergulhar a peça naemulsão. Para remover a peça do motor, solte e retire os parafusos e oconector elétrico.

"É muito difícil ter que trocar o módulo, pois é muito resistente a picos detensão. Se esse procedimento for necessário, em alguns módulos serápreciso telecarregar a unidade, codificar o sistema imobilizador e realizar oajuste básico do corpo de borboleta.

"Vale lembrar também que ao trocar qualquer componente do sistema énecessário fazer o ajuste com o auxílio de um scanner", destaca Melsi.

Particularidades do sistema

Além do sistema EGAS de acelerador eletrônico, a IV geração de injeção daMarelli apresenta outras particularidades, como ignição estática, semdistribuidor; bobina dupla com estágio de potência incorporado; e reguladorde pressão e retorno de combustível acoplados na bomba de combustível ouno filtro, o que elimina o tubo de retorno de combustível, que vai até o motor,proporcionando mais segurança e economia de material.

Mais um detalhe é o sensor de rotação, que nesse motor está localizado naflange do vedador traseiro do virabrequim e trabalha juntamente com osensor de fases do comando de válvulas. "Diferente do que acontecia nosmotores antigos, esse sensor de rotação indica ao módulo qual o PMS (PontoMorto Superior) de cada pistão, enquanto o sensor de fase indica a posição decada pistão, para fazer a correção de detonação por cada cilindro e a injeçãoseqüencial, no momento da abertura da válvula de admissão, reduzindo onível de emissões", diz.

Além disso, o sensor de rotação atual (hall) trabalha em conjunto com o anelde impulso magnético (que substitui o metálico) para gerar sinais digitais. Emuma eventual troca do anel de impulsos ou do vedador de óleo, o técnicodeve afastar a caixa de transmissão, remover a embreagem e o volante paraentão, retirar o vedador e o anel e para instalar, utilize a ferramenta especial(desenvolvida com apoio do instrutor Melsi ) que encaixada no anel, só dispõede uma posição correta para fixar o anel no virabrequim, e para trocar osensor de rotação basta soltar um parafuso através de um orifício na traseirado bloco do motor.

O instrutor conta ainda que se o sensor de fase queimar, o motor continuafuncionando, porém se o sensor de rotação apresentar problemas, o motornão vai pegar. Para remover o sensor de fase do cabeçote do motor, retire osparafusos e o conector.

É importantíssimo lembrar que o corpo de borboleta só é substituído se tiverqueimado e a peça é trocada inteira, pois é lacrada e não permiteremanufatura, recondicionamento ou reparo.

Onde estão os sensores:

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Sensor de rotação do motor Módulo de comando eletrônico

Sensor de fase Relés da bomba e injeção

Sensor de pressão do coletor etemperatura do ar

Tubo distribuidor de combustível comas válvulas injetoras

Conector do sensor de rotação Bobina de ignição com estágio depotência incorporado.

Sensor de temperatura da água Sensor de velocidade

Sensor de oxigênio (sondalambda) Bomba de combustível

Unidade de comando nos sistemas Magneti Marelli 4LV e 4SV (J537)

O sistema é utilizado nos Gol e Parati equipados com os motores EA 111de 8 ou 16 válvulas, e no novo Polo com motor 1.0 de 16 válvulas. Aunidade é ligada ao veículo por dois conectores, um com 81 pinos eoutro com 39. O conector de 81 pinos recebe os fios que pertencem aochicote que atende o veículo, enquanto o de 39 vias, recebe o chicotedo compartimento do motor.

Conector A1 Massa da unidade de comando e sensores 12 Massa da unidade de comando e sensores 23 Alimentação da unidade de comando linha 304 Alimentação da unidade de comando linha 1524 Massa do relé do eletroventilador 2ª velocidade30 Liga/desliga do pressostado do arcondicionado (F129)32 Massa33 Massa do potenciômetro G185 do sensor do pedal do acelerador34 Sinal do potenciômetro G185 do pedal do acelerador35 Sinal do potenciômetro G79 do pedal do acelerador36 Massa do potenciômetro G79 do pedaldo acelerador37 Sinal de rotação do motor para o instrumento combinado (contagiros)39 Sinal do interruptor do pedal da embreagem (linha 15)40 Sinal do interruptor do arcondicionado41 Sinal do termostato do arcondicionado

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43 Linha serial do imobilizador (J362) e conector de diagnóstico47 Massa do relé do eletroventilador (1ª velocidade)48 Lâmpada EPC K132 do painel50 Massa dos sensores53 Positivo de 5V de referência54 Sinal do sensor do velocímetro55 Sinal do interruptor do pedal de freio (linha 15)56 Sinal de acionamento das lâmpadas de freio63 () 12V para o aquecimento da sonda lambda64 Comando da válvula do canister (N80) (limpeza do filtro de carvãoativado)65 Comando do relé da bomba de combustível (J17)68 Massa da sonda lambda (G39)69 Sinal da sonda lambda (G39)72 5V do sensor do pedal do acelerador (G185)73 5V do sensor do pedal do acelerador (G79)

Conector B82 Sinal do sensor de rotação (G28)83 5V para os sensores de posição da borboleta (G187 e G188)84 Sinal do sensor de posição da borboleta (G188)85 Sinal do sensor da temperatura do ar (G42)86 Sinal do sensor de fase (G40)87 5V do sensor de rotação (G28)88 Comando da válvula injetora 389 Comando da válvula injetora 491 Massa dos potenciômetros do sensor da posição da borboleta (G187 eG188) 92 Sinal do sensor de posição da borboleta (G187)93 Sinal do sensor de temperatura do líquido de arrefecimento (G2)96 Comando da válvula injetora 197 Comando da válvula injetora 298 5V sensores de pressão (G71) e de fase (G40)99 Massa do sensor de detonação102 Comando da bobina 2103 Comando da bobina 1106 Sinal do sensor de detonação108 Massa dos sensores109 Sinal de pressão absoluta (G71)116 Comando do relé da plena potência para o arcondicionado117 Comando (+) do servomotor da borboleta118 Comando () do servomotor da borboleta

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