sistema de esgotamento sanitário no município de belém

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UN PROGRAMA D M Sistema de esgo proposta de concep NIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHA Monique Sandra Oliveira Dias otamento sanitário no municípi pção para universalização do atendi Belém, Pará 2009 ARIA CIVIL io de Belém: imento até 2030

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Page 1: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

PROGRAMA DE PÓS

Monique Sandra Oliveira Dias

Sistema de esgotamento sanitário

proposta de concepção para universalização do atendimento até 2030

NIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

Monique Sandra Oliveira Dias

esgotamento sanitário no município

proposta de concepção para universalização do atendimento até 2030

Belém, Pará 2009

GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

o município de Belém:

proposta de concepção para universalização do atendimento até 2030

Page 2: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

Monique Sandra Oliveira Dias

Sistema de esgotamento sanitário no município de Belém:

proposta de concepção para universalização do atendimento até 2030

Belém, Pará 2009

Dissertação apresentada para obtenção do grau de Mestre em Engenharia Civil, Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil, Instituto de Tecnologia, Universidade Federal do Pará. Área de concentração: Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental. Linha de pesquisa: Saneamento e sistemas de infraestrutura urbana. Orientador: Prof. Dr. José Almir Rodrigues Pereira.

Page 3: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

Monique Sandra Oliveira Dias

Sistema de esgotamento sanitário no município de Belém: proposta de concepção para universalização do atendimento até 2030

Data de aprovação: 18/08/2009. Banca Examinadora: ______________________________________________ Prof. Dr. José Almir Rodrigues Pereira – Orientador Doutor em Hidráulica e Saneamento Universidade Federal do Pará ______________________________________________ Prof. Dr. André Augusto Azevedo Montenegro Duarte Doutor em Geologia e Geoquímica Universidade Federal do Pará ______________________________________________ Prof. Dr. Gilberto de Miranda Rocha Doutor em Geografia Universidade Federal do Pará ______________________________________________ Prof.ª Dr.ª Mary Lucy Mendes Guimarães Doutora em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido Instituto Federal do Pará

Dissertação apresentada para obtenção do grau de Mestre em Engenharia Civil, Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil, Instituto de Tecnologia, Universidade Federal do Pará. Área de concentração: Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental. Linha de pesquisa: Saneamento e sistemas de infraestrutura urbana. Orientador: Prof. Dr. José Almir Rodrigues Pereira.

Page 4: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

SUMÁRIO

RESUMO

ABSTRACT

AGRADECIMENTOS

LISTA DE ESQUEMAS

LISTA DE FOTOGRAFIAS

LISTA DE MAPAS

LISTA DE QUADROS

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 14

2 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 17

2.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................................. 17

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................... 17

3 REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................................... 18

3.1 PLANO DIRETOR DO MUNICÍPIO .................................................................... 20

3.2 PLANOS SETORIAIS .............................................................................................. 25

3.2.1 Planos setoriais de saneamento ........................................................................... 28

3.3 PLANO SETORIAL DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO .................................. 34

3.4 COMPONENTES DO SES COLETIVO ................................................................ 41

3.5 ESTUDO DE CONCEPÇÃO .................................................................................. 46

3.5.1 Cálculo de produção de esgoto sanitário ........................................................... 51

4 MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................... 54

4.1 ÁREA DE ESTUDO ................................................................................................. 54

4.2 FASES DA PESQUISA ............................................................................................ 56

4.2.1 Coleta e tratamento de dados (FASE 1) .............................................................. 56

4.2.2 Definição das bacias de esgotamento (FASE 2) ................................................ 57

4.2.3 Estudo populacional (FASE 3) ............................................................................. 58

4.2.4 Estimativa da produção de esgoto (Fase 4) ........................................................ 59

4.2.5 Proposta de concepção do SES (Fase 5) .............................................................. 60

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................................... 63

5.1 FASE 1 – COLETA E TRATAMENTO DE DADOS ........................................... 63

5.1.1 Caracterização geral do município de Belém (Etapa 1) ................................... 63

5.1.2 Sistema de esgotamento sanitário em Belém (Etapa 2) ................................... 74

5.2 FASE 2 - DEFINIÇÃO DAS BACIAS DE ESGOTAMENTO ............................. 83

5.2.1 Delimitação da área do SES convencional e divisão de sub-bacias (Etapa 1) 83

5.2.2 Proposta de divisão em bacias de esgotamento (Etapa 2) ............................... 99

5.3 FASE 3 – ESTUDO POPULACIONAL ............................................................... 108

5.3.1 Definição da população base em 2008 (Etapa 1) ............................................. 108

5.3.2 Projeção populacional, 2008-2030 (Etapa 2) ..................................................... 113

5.4 FASE 4 – ESTIMATIVA DA PRODUÇÃO DE ESGOTO ................................ 118

Page 5: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

5.5 FASE 5 – PROPOSTA DE CONCEPÇÃO DO SES DO MUNICÍPIO DE BELÉM .................................................................................................................... 126

5.5.1 Unidade de coleta e elevação.............................................................................. 127

5.5.2 Unidade de tratamento e disposição final ....................................................... 138

5.5.3 Panorama geral da proposta de SES ................................................................. 162

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 166

REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 169

Page 6: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

RESUMO

Estudo da provisão de esgotamento sanitário no município de Belém-PA.

Inicialmente, foram coletados dados da área de estudo e do sistema de esgotamento

sanitário existente (Fase 1). Em seguida, foram identificadas áreas com potencial

aplicação de sistemas coletivos convencionais e definidas os limites de bacias de

esgotamento (Fase 2). O recorte territorial definido na Fase 2, foi a base para o estudo

populacional (Fase 3) e para a estimativa da produção de esgoto sanitário (Fase 4).

Para atender a demanda estimada foram previstas unidades de coleta, elevação,

tratamento e disposição final de esgoto (Fase 5). Os resultados foram diretrizes para

ampliação das unidades físicas do sistema de esgotamento sanitário no município de

Belém, por meio de 18 bacias de esgotamento com vistas à universalização do

atendimento até 2030.

Palavras-chave: Provisão de Saneamento. Esgotamento Sanitário. Dimensionamento

de Bacias de Esgotamento.

Page 7: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

ABSTRACT

This study addresses the provision of sanitation in the city of Belem. Initially, data

was collected from the study area and existing sewer systems (Phase 1). Next,

potential sites were detected where conventional collective systems could be applied.

Waste collection and treatment areas were also defined and established (Phase 2).

The territory limit defined in Phase 2 was the basis for the study of the population

(Phase 3) and the estimated production of the sewage waste (Phase 4). To meet the

estimated demand, waste treatment sites were predicted for collecting, lifting,

treating and disposing of sewage (Phase 5). The results were guidelines for

expansion of physical units of the sewer system in the city of Belem by 18 waste

collection and treatment areas for universal care by 2030.

Keywords: Provision of Sanitation. Sanitation. Sizing Waste Collection and

Treatment Areas.

Page 8: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

AGRADECIMENTOS

Ao Deus Criador: o Senhor da Ciência e Tecnologia.

Aos meus familiares, especialmente ao meu esposo Gilberto Caldeira

Barreto por todo suporte e incentivo.

Ao Prof. Dr. José Almir Rodrigues Pereiras pela dedicação e incentivo.

Aos professores André Augusto Azevedo Montenegro Duarte, Gilberto de

Miranda Rocha, Mary Lucy Mendes Guimarães e Valdinei Mendes da Silva pelas

contribuições.

À equipe de pesquisadores da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da

UFPA, coordenada pelo Prof. Juliano Ximenes, pela colaboração com o estudo

populacional.

Aos pesquisadores do Grupo de Pesquisa Hidráulica e Saneamento.

À Universidade Federal do Pará e ao Programa de Pós-graduação em

Engenharia Civil, na coordenação Prof. Alcebíades Negrão, e à secretária Cleide

Costa Maués.

Page 9: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

LISTA DE ESQUEMAS

Esquema 1 – Categorias de equipamentos urbanos ......................................................... 26

Esquema 2 – Objetivo do plano municipal de saneamento ............................................. 31

Esquema 3 – Estruturação dos Planos Municipais de Saneamento no estado da Bahia .................................................................................................................................................. 32

Esquema 4 – Sistema de esgotamento sanitário do tipo individual ............................... 35

Esquema 5 – Sistema de esgotamento sanitário do tipo coletivo ................................... 36

Esquema 6 – Sistema de esgotamento sanitário tipo coletivo: tipo unitário ................. 37

Esquema 7 – Sistema de esgotamento sanitário coletivo: separador absoluto ............. 37

Esquema 8 – Sistema de esgotamento sanitário coletivo: misto ..................................... 38

Esquema 9 – Sistema de esgotamento sanitário coletivo convencional ........................ 39

Esquema 10 – Alternativas para assentamento de tubulação da rede coletora na via 39

Esquema 11 – Sistema de esgotamento sanitário coletivo condominial ........................ 40

Esquema 12 – Unidades componentes do SES .................................................................. 41

Esquema 13 – Elementos constituintes da rede coletora ................................................. 42

Esquema 14 – Elementos componentes de uma estação elevatória ............................... 43

Esquema 15 – Níveis de tratamento de esgoto .................................................................. 44

Esquema 16 – Atividades para o desenvolvimento do estudo de concepção do SES . 47

Page 10: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

LISTA DE FOTOGRAFIAS

Fotografia 1– Reator UASB do Coqueiro ........................................................................... 78

Fotografia 2 – Entrada do reator UASB do Benguí ........................................................... 78

Fotografia 3 – ETE Tavares Bastos ...................................................................................... 79

Fotografia 4 – Sistema de Esgotamento Sanitário de Mosqueiro ................................... 81

Fotografia 5 – Entorno da ETE Rua da Mata: (a) antes de ocupação; (b) após a ocupação ............................................................................................................................... 139

Page 11: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

LISTA DE MAPAS

Mapa 1 – Localização do município de Belém .................................................................. 55

Mapa 2 – Localização do município de Belém .................................................................. 64

Mapa 3 – Geologia da Região de Belém e Ananindeua ................................................... 68

Mapa 4 – SES existente .......................................................................................................... 75

Mapa 5 – Concepção do SES no Plano Diretor de 1987.................................................... 82

Mapa 6 – Delimitação da área de planejamento ............................................................... 84

Mapa 7 – Limite oficial das bacias hidrográficas de Belém ............................................. 86

Mapa 8 – Limite de bacias hidrográficas do município de Belém .................................. 88

Mapa 9 – Limite de sub-bacias hidrográficas e SES existente no município de Belém98

Mapa 10 – Primeira proposta de divisão em Bacias de Esgotamento (6 BEs) ............ 100

Mapa 11 – Segunda proposta de divisão em Bacias de Esgotamento (17 BEs) .......... 102

Mapa 12 – Terceira proposta de divisão em Bacias de Esgotamento (18 BEs) ........... 104

Mapa 13 – Bairros oficiais do município de Belém ......................................................... 109

Mapa 14 – Densidade bruta por bacia de esgotamento, em 2008 ................................. 111

Mapa 15 – Áreas de intervenção do PAC ......................................................................... 114

Mapa 16 – Concepção geral do SES na BE 1 .................................................................... 129

Mapa 17 – Concepção geral do SES na BE 2 .................................................................... 129

Mapa 18 – Concepção geral do SES na BE 3 .................................................................... 130

Mapa 19 – Concepção geral do SES na BE 4 .................................................................... 130

Mapa 20 – Concepção geral do SES na BE 5 .................................................................... 131

Mapa 21 – Concepção geral do SES na BE 6 .................................................................... 131

Mapa 22 – Concepção geral do SES na BE 7 .................................................................... 132

Mapa 23 – Concepção geral do SES na BE 8 .................................................................... 132

Mapa 24 – Concepção geral do SES na BE 9 .................................................................... 133

Mapa 25 – Concepção geral do SES na BE 10 .................................................................. 133

Mapa 26 – Concepção geral do SES na BE 11 .................................................................. 134

Mapa 27 – Concepção geral do SES na BE 12 .................................................................. 134

Mapa 28 – Concepção geral do SES na BE 13 .................................................................. 135

Mapa 29 – Concepção geral do SES na BE 14 .................................................................. 135

Mapa 30 – Concepção geral do SES na BE 15 .................................................................. 136

Mapa 31 – Concepção geral do SES na BE 16 .................................................................. 136

Mapa 32 – Concepção geral do SES na BE 17 .................................................................. 137

Mapa 33 – Concepção geral do SES na BE 18 .................................................................. 137

Mapa 34 – SES coletivo proposto ...................................................................................... 162

Page 12: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Partes constituintes de um Plano Diretor do município ............................. 22

Quadro 2 – Definição dos componentes do saneamento, de acordo com a Lei 11.445/07 ................................................................................................................................. 29

Quadro 3 – Etapas de elaboração dos planos municipais de saneamento .................... 33

Quadro 4 – Unidades de dimensionamento ...................................................................... 33

Quadro 5 – Principais características das bacias de drenagem de Belém ..................... 71

Quadro 6 – Principais informações do sistema de coleta .............................................. 107

Quadro 7 – Estimativas de custo da unidade de coleta e elevação por BE ................. 138

Quadro 8 – Denominação das ETEs, localização e corpo receptor por BE.................. 163

Quadro 9 – Investimento médio estimado para implantação do tratamento nas BEs ................................................................................................................................................ 164

Page 13: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Parâmetros utilizados no cálculo da produção de esgoto ............................ 60

Tabela 2 – Valores de referência para estimativas por tipo de tratamento ................... 61

Tabela 3 – Resultados dos censos demográficos do IBGE para os municípios da RMB, 1950, 1960, 1970, 1980, 1991, 2000 e 2007 ............................................................................ 65

Tabela 4 – População base por bacia e sub-bacia de esgotamento, ano 2008 .............. 110

Tabela 5 – População base adotada, ano 2008 ................................................................. 113

Tabela 6 – Intervenções no município de Belém com implicações sobre a população ................................................................................................................................................ 113

Tabela 7 – Projeção populacional por bacia e sub-bacia de esgotamento, 2008-2030. ................................................................................................................................................ 116

Tabela 8 – Estimativa da vazão mínima de esgoto sanitário, 2008-2030 ..................... 119

Tabela 9 – Estimativa da vazão média de esgoto sanitário, 2008-2030 ........................ 121

Tabela 10 – Estimativa da vazão máxima de esgoto sanitário, 2008-2030 ................... 123

Tabela 11 – População contribuinte (2008 e 2030) e produção de esgoto (2030) por BE ................................................................................................................................................ 127

Tabela 12 – Principais informações do sistema de coleta por BE ................................. 128

Tabela 13 – Estimativas para o tratamento de esgoto na BE 1 – ETE Cesário Alvim 141

Tabela 14 – Estimativas para o tratamento de esgoto na BE 2 – ETE Quintino .......... 142

Tabela 15 – Estimativas para o tratamento de esgoto na BE 3 – ETE Três de Maio ... 143

Tabela 16 – Estimativas para o tratamento de esgoto na BE 4 – ETE Tucunduba ..... 144

Tabela 17 – Estimativas para o tratamento de esgoto na BE 5 – ETE Una .................. 146

Tabela 18 – Estimativas para o tratamento de esgoto na BE 6 – ETE Rua da Mata ... 147

Tabela 19 – Estimativas para o tratamento de esgoto na BE 7 – ETE Tavares Bastos 148

Tabela 20 – Estimativas para o tratamento de esgoto na BE 8 – ETE Mártir .............. 150

Tabela 21 – Estimativas para o tratamento de esgoto na BE 9 – ETE Mata Fome ...... 151

Tabela 22 – Estimativas para o tratamento de esgoto na BE 10 – ETE Benguí 4 ........ 152

Tabela 23 – Estimativas para o tratamento de esgoto na BE 11 – ETE Sideral ........... 153

Tabela 24 – Estimativas para o tratamento de esgoto na BE 12 – ETE Coqueiro ....... 154

Tabela 25 – Estimativas para o tratamento de esgoto na BE 13 – ETE Paracurí ......... 155

Tabela 26 – Estimativas para o tratamento de esgoto na BE 14 – ETE Ananin........... 156

Tabela 27 – Estimativas para o tratamento de esgoto na BE 15 – ETE Icoaraci .......... 157

Tabela 28 – Estimativas para o tratamento de esgoto na BE 16 – ETE Água Boa ...... 158

Tabela 29 – Estimativas para o tratamento de esgoto na BE 17 – ETE Vila ................. 160

Tabela 30 – Estimativas para o tratamento de esgoto na BE 18 – ETE Paraíso ........... 161

Page 14: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

14

1 INTRODUÇÃO

Cidades brasileiras têm vivenciado ocupações urbanas desordenadas e

intensas que conduzem comunidades inteiras à situação de precariedade. Segundo o

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2009), a taxa de urbanização no Brasil

passou de 75,5%, em 1991, para 81,2% em 2000, o que, somado a outros fatores,

resulta em cenários de adensamento em escala e tipologia preocupantes para

planejadores e gestores públicos. Tais cenários são agravados com o descompasso

entre incremento populacional e ampliação das redes de infraestrutura, com

destaque aos serviços de saneamento, no que se refere ao índice de cobertura e à

qualidade.

Os níveis brasileiros de atendimento com abastecimento de água e

esgotamento sanitário em 2007 apontam os grandes desafios de universalização

desses serviços, visto que, mesmo o sistema público de abastecimento de água não

contempla a totalidade da população, estando em 80,9%, segundo dados do Sistema

Nacional Informação sobre Saneamento Básico (SNIS) do Ministério das Cidades

(2009). Em relação à qualidade da água distribuída, a Associação Brasileira de

Engenharia Sanitária e Ambiental (2002) afirma que da metade (52%) dos distritos

brasileiros não realiza qualquer tipo de controle. Ou seja, ao contrário do que se

imagina, no Brasil a questão do abastecimento de água é um problema de

infraestrutura não solucionado e os dados para o esgotamento sanitário são ainda

piores.

Segundo Ministério das Cidades (2009), menos da metade (42,0%) da

população brasileira conta com sistema de coleta de esgotos e apenas 32,5% com

tratamento dos esgotos. Dos 164,8 milhões de m³/ano de esgoto produzido, apenas

1,4 milhões é tratado, ou seja, 0,84% (menos de 1%), sendo o restante lançado

indiscriminadamente no solo ou nos cursos d’água (MINISTÉRIO DAS CIDADES,

2006).

Page 15: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

15

Vale ressaltar que a insuficiência de ações de saneamento no contexto de

uma comunidade, urbana ou rural, tem implicações catastróficas que, por vezes, são

manifestadas de forma distribuída, o que causa a psedo-aparência de não alarmantes.

Isso ocorre quando uma população desprovida de sistemas de saneamento não

reconhece as doenças de veiculação hídrica, por exemplo, como conseqüência do

ambiente não saneado.

No entanto, os resultados são reais e podem ser percebidos em razão dos

elevados índices de internações hospitalares e de morbimortalidade decorrentes

desse tipo de enfermidade. Segundo Souza (2007), os estados com menor esperança

de vida (60 a 65 anos) e IDH (< 0,6) apresentam menores índices de cobertura por

rede de esgotamento sanitário (< 50%), enquanto aqueles com maior esperança de

vida (> 70 anos) e IDH (> 0,7) apresentam maiores índices de cobertura por rede de

abastecimento de água (> 60%); ou seja, a prática do saneamento como promoção da

saúde é algo que pode e deve ser definido como política prioritária.

De modo geral, no Brasil, o esgotamento sanitário é o componente do

saneamento básico municipal com maior carência (BERNARDES; SCÁRDUA;

CAMPANA, 2006) e com grandes impactos sobre a saúde ambiental e pública,

devendo ser pautado como equipamento e serviço urbano de elevada prioridade de

implantação. Dentre as regiões brasileiras, a Região Norte é a que apresenta os

menores índices de atendimentos dos serviços de saneamento (MINISTÉRIO DAS

CIDADES, 2009).

A compreensão das relações entre saneamento, saúde pública e meio

ambiente constitui etapa inicial e importante no desenvolvimento de um modelo de

planejamento de sistemas de saneamento (SOARES, 2002). Frente ao desafio da

universalização do acesso aos serviços de saneamento nos municípios brasileiros,

principalmente considerando a escassez de recursos financeiros, é essencial que essa

questão seja tratada às bases do planejamento.

Page 16: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

16

O plano municipal de saneamento é uma estratégia de gestão que permite

a hierarquização de ações, mediante identificação das demandas, a elaboração de

projetos básicos e executivos, a capitação de recursos, a execução de obras de

implantação e ampliação dos sistemas e, por fim, a universalização do acesso aos

serviços públicos de saneamento, como previsto na estrutura legal brasileira.

No caso dos sistemas de esgotamento sanitário, para que seus objetivos se

tornem realidade, enquanto equipamento e serviço de infraestrutura urbana, é

necessário que no momento dos seus planejamento e estudos de concepção sejam

considerados fundamentalmente dois instrumentos legais, a NBR 9.648 - Estudo de

Concepção de Sistemas de Esgoto Sanitário e a NBR 12.267 - Normas para elaboração

de Plano Diretor, da Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Neste trabalho, pretende-se, considerando os instrumentos legais de

planejamento de infraestrutura urbana, propor alternativa de concepção para o

sistema de esgotamento sanitário (SES) para o município de Belém-Pa.

Page 17: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

17

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

� Investigar a provisão de esgotamento sanitário no município de Belém-PA e

propor soluções para universalização do atendimento até 2030.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

� Dimensionar bacias de esgotamento para atender a demanda futura,

considerando o SES existente e as bacias hidrográficas urbanas do município

de Belém;

� Estimar a população e a produção de esgoto de início e final de plano nas

bacias e sub-bacias de esgotamento;

� Propor concepção geral para as unidades de coleta, elevação, tratamento e

destinação final de esgoto;

� Estimar os custos de implantação e de manutenção e operação para o SES

proposto.

Page 18: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

18

3 REVISÃO DE LITERATURA

A dinâmica demográfica é sem dúvida fator determinante da maior ou

menor pressão sobre o espaço urbano. Nas últimas décadas, a urbanização acelerada

e desordenada, a concentração da população e das atividades econômicas no espaço

urbano e os padrões tecnológicos da produção industrial têm reforçado um quadro

ambiental altamente degradado em muitos países (PIOLI; ROSSIN, 2005).

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2009), a taxa de

urbanização passou de 75,5%, em 1991, para 81,2% em 2000. Essa acelerada

urbanização contribuiu para formação de cidades com assentamentos humanos

periféricos que refletem as desigualdades sociais e econômicas e resultam no

comprometimento ambiental do espaço urbano, sendo observados graus crescentes

de degradação ambiental e da qualidade de vida nas cidades.

Os efeitos da pressão ambiental resultante desses processos de

urbanização certamente são majorados pela insuficiência de infraestrutura,

principalmente de saneamento. Segundo Pereira (2003), a desestruturação dos

sistemas de saneamento está diretamente ligada aos impactos no ambiente, e também

ao aumento das incidências de doenças que ameaçam a saúde pública.

A falta de planejamento no âmbito municipal freqüentemente resulta em

ações isoladas, cuja insuficiência ao longo dos anos pode expor ao risco os recursos

naturais e a saúde pública, além de se tornarem verdadeiros obstáculos ao

desenvolvimento por desperdiçar recursos e credibilidade.

Por outro lado, a prática do planejamento nos municípios coopera para

corrigir distorções administrativas, facilitar a gestão municipal, alterar condições

indesejáveis para a comunidade local, remover empecilhos institucionais e assegurar

Page 19: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

19

a viabilização de propostas estratégicas, objetivos a serem atingidos e ações a serem

trabalhadas (REZENDE; ULTRAMARI, 2007).

A emergente necessidade de resgatar ou produzir o espaço urbano de

forma saudável demanda do Poder Público e da sociedade soluções concretas na

execução de políticas públicas, em especial a de desenvolvimento urbano, a fim de

garantir a equalização dos fatores sociais, econômicos e ambientais.

Para isso, o planejamento do crescimento urbano é essencial. De acordo

com Villaça (2004), o conceito de planejamento urbano está relacionado à idéia de

organização do espaço urbano, segundo determinados momentos, abordagens e

práticas diversificadas que se aperfeiçoam na medida em que a cidade demanda

respostas e soluções apropriadas à sua realidade.

De acordo com a Constituição Federal brasileira, promulgada em 1988, a

política de desenvolvimento urbano deve ser executada pelo Poder Público

municipal e em conformidade com diretrizes gerais fixadas em lei – Art. 182

(BRASIL, 1988). Para tanto, em 10 de julho de 2001, foi sancionada a Lei Federal n.º

10.257, reconhecida legalmente como Estatuto da Cidade, que regulamenta os artigos

182 e 183 da Constituição Federal (BRASIL, 2001).

No Estatuto da Cidade é definido “o uso da propriedade urbana em prol

do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio

ambiental”, como consta no texto legal (BRASIL, 2001), e fornece outros dispositivos

urbanísticos para ordenar o crescimento do município. A definição do uso deve

representar as necessidades e reivindicações locais, tem impacto sobre as ações

públicas ou privadas no território e compõe o conteúdo do Plano Diretor.

Nesse sentido, é pertinente destacar o Plano Diretor como instrumento de

regulação urbana que orienta o crescimento da cidade, bem como a provisão de

serviços e de infraestrutura, de forma equilibrada.

Page 20: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

20

3.1 PLANO DIRETOR DO MUNICÍPIO

O Plano Diretor do município ou Plano Diretor é “instrumento básico de

um processo de planejamento municipal para a implantação da política de

desenvolvimento urbano” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,

1992). Esta, por sua vez, está relacionada ao conjunto de objetivos e diretrizes para

orientar a distribuição da população e as atividades urbanas no território, sendo

definidas as prioridades respectivas.

De acordo com o Ministério das Cidades (2004), o Plano Diretor contribui

para reduzir as desigualdades sociais considerado o potencial do planejamento

urbano para redistribuir os riscos e os benefícios da urbanização.

Silva (2008) ressalta ainda que o referido Plano Diretor é um documento

previsto na Constituição Federal brasileira para estabelecer diretrizes, normas,

programas e projetos para o desenvolvimento da cidade.

Como observado no Estatuto da Cidade (Lei Federal n.º 10.257), o

planejamento urbano municipal deve ser desenvolvido por meio do Plano Diretor,

com a disciplina do parcelamento, do uso e da ocupação do solo; realizando o

zoneamento ambiental; consolidado pelo plano plurianual e definidas as diretrizes

orçamentárias e o orçamento anual; bem como ter a gestão orçamentária

participativa e os planos, programas e projetos setoriais, para o desenvolvimento

econômico e social.

Assim, cabe ao município, entre outras funções, legislar sobre assuntos de

interesse local e promover adequado ordenamento territorial, mediante

planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano,

conforme citado Constituição Brasileira de 1988. A legitimação do Plano Diretor

urbano por meio da sanção de lei específica permite o fortalecimento das diretrizes

Page 21: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

21

estabelecidas ante o exercício da política urbana e a garantia de continuidade das

medidas, independente das particularidades da gestão municipal.

O plano diretor é obrigatório para municípios com mais de 20 mil

habitantes, integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas, com áreas

de especial interesse turístico, situados em áreas de influência de empreendimentos

ou atividades com significativo impacto ambiental na região ou no país (BRASIL,

2001).

Os princípios que norteiam o Plano Diretor foram reforçados no Estatuto

da Cidade, no qual o mesmo está definido não apenas como instrumento básico para

orientar a política de desenvolvimento, como também o ordenamento da expansão

urbana no município.

Entre as disposições da referida Lei, a primeira diretriz geral mencionada

refere-se à garantia do direito a cidades sustentáveis, que deve ser entendido como o

direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana,

ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e

futuras gerações. Com base nessa concepção de cidade sustentável, é possível afirmar

que será necessário regular não apenas as novas áreas a serem ocupadas, mas

deverão ser previstas medidas corretivas para as áreas já consolidadas. É diretriz da

política urbana e, portanto, do plano diretor, que no planejamento do

desenvolvimento das cidades, da distribuição espacial da população e das atividades

econômicas sejam evitados e corrigidos as distorções do crescimento urbano e seus

efeitos negativos sobre o meio ambiente.

Quanto ao conteúdo mínimo do Plano Diretor, o Estatuto das Cidades

estabelece: a delimitação da área urbana onde poderá ser aplicado o parcelamento,

edificação ou utilização compulsórios; as disposições relativas aos instrumentos de

intervenção urbanística; e o sistema de acompanhamento e controle. A participação

social é considerada fundamental, tanto na elaboração quanto na implementação,

Page 22: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

22

dada por meio de audiências públicas, publicidade e acesso aos documentos

produzidos. Além disso, o Plano Diretor do município deve ser revisto no período

máximo de dez anos.

Para orientar a elaboração de Planos Diretores, a Associação Brasileira de

Normas Técnicas (ABNT) publicou a NBR 12.267/92 - Normas para elaboração de

Plano Diretor. De acordo com a referida norma, os Planos Diretores devem ser

constituídos de pelo menos três partes (fundamentação, diretrizes e instrumentação)

como mostrado no Quadro 1.

Quadro 1 – Partes constituintes de um Plano Diretor do município Fonte: Adaptado de Associação Brasileira de Normas Técnicas (1992).

A Fundamentação do Plano Diretor deve atender as seguintes

recomendações (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1992),

quanto:

� Aos objetivos: deve explicitar seus objetivos relativamente às funções sociais da propriedade urbana e da cidade e a política de desenvolvimento urbano;

� A caracterização do município: contemplar pelo menos os seguintes aspectos: a) do município quanto ao atendimento às constituições federal e estadual e às leis municipais; b) do meio físico; c) do sócio-econômico; d) da infraestrutura, equipamentos sociais e serviços urbanos e f) da estrutura administrativa existente;

� Aos diagnósticos e prognósticos: devem ser baseados na comparação das análises da caracterização com os objetivos estabelecidos, relacionando os principais desafios;

Page 23: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

23

� As alternativas: devem contemplar diferentes conjuntos de diretrizes para a consecução dos objetivos do Plano Diretor;

� Os critérios de avaliação das alternativas: considerar o nível de atendimento dos objetivos, em face das prioridades de desenvolvimento e do seu custo social e ambiental.

Na proposição das Diretrizes, como parte do Plano Diretor, tendo em vista

o atendimento das funções sociais da propriedade urbana e da cidade, devem ser

consideradas (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1992):

� As exigências de ordenação da cidade incluem parâmetros para urbanização, parcelamento, uso e ocupação do solo e para a utilização e preservação ambiental e de recursos naturais;

� A intensidade do uso do solo, tanto à ocupação, quanto ao aproveitamento dos lotes, especificando distintos indicadores;

� O sistema viário abrangendo a hierarquização e padrões das vias interurbanas e urbanas e sua expansão;

� A infraestrutura urbana inclui os sistemas de saneamento básico e drenagem, energia e iluminação pública, comunicações e sistema viário, prevendo sua interferência na ordenação do espaço;

� Os equipamentos sociais e serviços urbanos relacionando-se com a programação de atendimento à população, com sua distribuição no território e condições de acessibilidade, nos setores de saúde, habitação de interesse social, educação, lazer, atividades comunitárias e outros, cuja localização prende-se às diretrizes gerais de uso e ocupação do solo.

Por fim, nas etapas de elaboração dos planos, a Associação Brasileira de

Normas Técnicas (1992) recomenda a Instrumentação do Plano Diretor:

� A instrumentação legal mínima: compõe-se da Lei do Plano Diretor, da Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo e do Código de Obras e Edificações;

� A instrumentação técnica: programas de governo, planos setoriais, projetos e planos de ação correspondentes à implementação e aplicação das diretrizes do Plano Diretor;

� A instrumentação orçamentária e financeira: plano plurianual, às diretrizes orçamentárias e aos orçamentos anuais, inclusive vinculações de dotações no período de vigência do Plano Diretor;

� A instrumentação administrativa: aparelhamento dos agentes executivos necessários à implementação e aplicação das diretrizes do Plano Diretor e ao desempenho das funções administrativas da Prefeitura.

Page 24: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

24

De acordo com Belém (2008), o Plano Diretor é constituído por Planos

Setoriais de abastecimento de água potável, de esgotamento sanitário, de drenagem,

de resíduos sólidos, de controle de riscos ambientais e de gestão ambiental, os quais

precisam ser detalhados para possibilitar o atendimento das propostas e diretrizes

desse instrumento de planejamento.

Page 25: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

25

3.2 PLANOS SETORIAIS

Os planos setoriais compõem a instrumentação técnica correspondentes à

implementação e aplicação das diretrizes do plano diretor urbano (ASSOCIAÇÃO

BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1992), como mostrado anteriormente. Os

planos setoriais são o desdobramento do Plano Diretor.

Segundo Silva (2005), os planos setoriais poderão conter os seguintes

elementos: caracterização do problema, com definições quantitativas, especialmente

quanto à sua demanda; soluções alternativas para o problema; elementos que

indiquem a viabilidade técnica das soluções; estimativa de custos para execução dos

planos; e cronograma geral para implementação do plano.

Os planos setoriais a serem elaborados são definidos no momento da

elaboração do Plano Diretor, pois estão relacionados às componentes do

desenvolvimento urbano contempladas pela equipe de elaboração e correspondem às

necessidades e exigências fundamentais da sociedade, bem como aos direitos

constitucionais do cidadão. Dessa forma, pode-se dizer que não existe regra para

definição do tipo ou do número de planos setoriais. Os planos setoriais comumente

elaborados são os de Habitação, Transportes e Saneamento, seguidos dos de Saúde,

Educação, Cultura, e mais recentemente, o de Resíduos Sólidos e de Recursos

Hídricos, entre outros.

Para identificação da demanda urbana, ou seja, das necessidades e das

exigências fundamentais da sociedade, devem ser aplicados mecanismos de estímulo

à participação cidadã, aqui entendida como aquela realizada no intuito de exercer

direitos e deveres.

Em geral, a demanda urbana está relacionada à oferta de equipamentos

urbanos e comunitários, transporte e serviços públicos, que é a uma das diretrizes da

Page 26: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

26

política urbana e do Plano Diretor. Segundo Mascaró e Yoshinaga (2005), “o espaço

urbano não se constitui apenas pela tradicional combinação de áreas edificadas e

áreas livres”.

Na NBR 9.284/86, equipamento urbano é definido como todo o bem,

público ou privado, de utilidade pública, destinado à prestação de serviços

necessários ao funcionamento da cidade, implantados mediante autorização do

poder público, em espaços púbicos e privados (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE

NORMAS TÉCNICAS, 1986c).

No Esquema 1 são mostradas as categorias de equipamentos urbanos

definidos na NBR 9.284 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,

1986c) e que constituem o espaço urbano.

Esquema 1 – Categorias de equipamentos urbanos Fonte: Adaptado de Associação Brasileira de Normas Técnicas (1986c).

A distribuição desigual de infraestrutura contribui como fator externo da

valorização da propriedade ou do território, ou seja, áreas atendidas com

pavimentação, rede elétrica e abastecimento de água são tidas como privilegiadas.

No entanto, “fazer planejamento territorial é definir o melhor modo de ocupar o sítio

de um município ou região, prever os pontos onde se localizarão atividades, e todos

os usos do espaço, presentes e futuros” (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2004), e

Page 27: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

27

quando realizado em uma base de justiça e equidade pode contribuir para minimizar

as distorções do crescimento sobre a infraestrutura.

De acordo com o Estatuto da Cidade, o controle do uso do solo permite o

aproveitamento dos recursos naturais e da infraestrutura já existente na cidade

(BRASIL, 2001).

Segundo Deák (1985), as leis de uso do solo e a construção de

infraestruturas se constituem nos principais meios de intervenção do Estado na

organização espacial, mediante o planejamento urbano. No entanto, a ineficácia na

provisão de equipamentos e serviços urbanos que atendam à população é uma

realidade percebida em grande parte das cidades brasileiras (MARICATO, 1995), o

que sugere a insuficiência de intervenções acertadas do Poder Público quanto à

provisão de infraestrutura.

Autores urbanistas (DEÁK (1985), MARICATO (2003), MASCARÓ e

YOSHINAGA (2005) etc.), normas técnicas, como a de elaboração de planos diretores

e a equipamentos urbanos – NBR 12.267/92 e a NBR 9.284/86 – e documentos legais,

como a Lei do parcelamento do solo1, consideram o saneamento como parte da

infraestrutura urbana.

No Estatuto da Cidade, o saneamento é mencionado como: a) direito

inerente à cidade sustentável (saneamento ambiental); b) alvo da promoção de

programas nacionais; c) e um dos objetos de interesse da política urbana, para o qual

cabe à união estabelecer diretrizes (BRASIL, 2001).

1 Originalmente, o parcelamento do solo era regulamentado pela Lei n. 6.766, de 19 de dezembro de 1979, mas foi alterada pela Lei n. 9.785, de 29 de janeiro de 1999. De acordo com a Lei do parcelamento do solo , a infraestrutura básica de uma área destinada à edificação é constituída pelos equipamentos urbanos de escoamento das águas pluviais, iluminação pública, esgotamento sanitário, abastecimento de água potável, energia elétrica pública e domiciliar e vias de circulação. O lote ou terreno é servido de infraestrutura básica quando atende os índices urbanísticos definidos pelo plano diretor ou lei municipal para a zona em que se situe (BRASIL, 1999).

Page 28: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

28

A formulação de diretrizes para o espaço urbano determina a implantação

da infraestrutura de saneamento que é um serviço de responsabilidade do poder

público e deve estar incorporado ao planejamento das cidades, logo são os Planos

Setoriais de saneamento que devem detalhar a provisão dessa infraestrutura, dada

pela construção de obra civis (unidades componentes do sistema) e pelo exercício da

gestão que resultam na prestação do serviço.

3.2.1 Planos setoriais de saneamento

Os Planos Setoriais de Saneamento podem ser entendidos como

instrumentos básicos de planejamento municipal para o atendimento das demandas

populacionais em relação aos serviços urbanos de abastecimento de água, de

esgotamento sanitário, de drenagem urbana, e de gestão de resíduos sólidos.

De acordo com o artigo 3º da Constituição de 1988, compete à União, entre

outras atribuições de interesse da política urbana, instituir diretrizes para o

saneamento básico, o que se concretizou em 05 de janeiro de 2007 com a sanção da

Lei Federal n.º 11.445, conhecida como marco regulatório do saneamento no Brasil.

Dentre os princípios fundamentais da prestação dos serviços de

saneamento dispostos na Lei, está o da

“articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de combate à pobreza e de sua erradicação, de proteção ambiental, de promoção da saúde e outras de relevante interesse social voltadas para a melhoria da qualidade de vida, para as quais o saneamento básico seja fator determinante” (Art. 2, inciso VI) (BRASIL, 2007).

A Lei n.º 11.445/07, “estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento

básico e para a política federal de saneamento básico” (BRASIL, 2007). O conteúdo

Page 29: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

29

disposto perpassa o exercício da titularidade, a prestação regionalizada de serviços

públicos de saneamento básico, o planejamento, a regulação, além de aspectos

econômicos, sociais e técnicos. A participação de órgãos colegiados no controle social

recebeu destaque com a disposição do um capítulo inteiro (capítulo VIII),

confirmando a prescrição regulamentar do Estatuto da Cidade.

Na referida Lei, o saneamento básico é apresentado como o conjunto de

serviços, infraestruturas e instalações operacionais de: abastecimento de água

potável; esgotamento sanitário; limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos;

drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. No Quadro 2 são mostrados os

conceitos de cada componente, conforme descrito na Lei.

Componente do saneamento básico

Conceito

Abastecimento de água potável

constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição

Esgotamento sanitário constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente

Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos

conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas

Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas

conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas

Quadro 2 – Definição dos componentes do saneamento, de acordo com a Lei 11.445/07 Fonte: Brasil (2007).

A Lei 11.445/07 aborda o exercício da titularidade dos serviços públicos

de saneamento básico com a possibilidade de delegar a organização, a regulação, a

fiscalização e a prestação desses serviços. Logo, a prestação dos serviços pode ser

realizada de forma direta ou por regime de concessão, no entanto cabe ao poder local

a responsabilidade de acompanhar, fiscalizar e definir as políticas e os programas a

serem implementados. Também são abordados dois conceitos: a gestão associada e a

prestação regionalizada. A gestão associada é a associação voluntária de entes

federados, por convênio de cooperação ou consórcio público, e a prestação

regionalizada é aquela em que um único prestador atenda 2 (dois) ou mais titulares.

Page 30: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

30

Ao titular dos serviços cabe formular a respectiva política pública de

saneamento básico, devendo entre outras atribuições, elaborar os planos de

saneamento básico, nos termos da Lei (BRASIL, 2007).

Com a sansão da Lei 11.445/07, a prestação dos serviços de saneamento

passou a ser regulada. A partir de então, foi ressaltada a importância de aspectos

como prestação dos serviços de saneamento de qualidade e adequada à saúde

pública e à proteção do meio ambiente, adoção de soluções compatíveis com a

realidade local, articulação com as demais políticas, transparência das ações,

processos decisórios institucionalizados, eficiência e sustentabilidade econômica dos

sistemas e controle social.

Considerando que o objetivo de determinado município ou consórcio

municipal seja a universalização do acesso aos serviços públicos de saneamento, logo

serão necessárias metas e diretrizes para implantação e ampliação dos sistemas para

o período estipulado, com base em estudo de alternativas. Segundo Pereira e Soares

(2006), essas ações serão executadas mediante a capitação de recursos, a elaboração

de projetos básicos e executivos, seguida de obras civis que constituirão os sistemas

de saneamento a serem operados. A população atendida deverá contribuir com o

pagamento da tarifa, referente ao serviço prestado. O faturamento e a arrecadação

são de grande importância para sustentabilidade econômica dos sistemas de

saneamento.

A ilustração mencionada figura a aplicação do plano municipal de

saneamento como ferramenta de ordenação eficaz das ações rumo à universalização.

No Esquema 2 é representado como o município ou consórcio municipal pode atingir

essa universalização por meio do plano municipal de saneamento.

Page 31: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

Esquema

Cada etapa é importante na estruturação do plano; pois, não

se não houvesse projeto, tão pouco, recursos, se não fossem solicitados.

De acordo com a Lei 11.445/07, o plano municipal

� deverá orientar a prestação de serviços públicos de saneamento (Art. 19) e ser condicionante nos contrat

� deverá ser elaborado pelo titular dos serviços (Art. 9, inciso I), podendo ser utilizados estudos fornecidos pelos prestadores de cada serviço (Art. 19, § 1

� poderá ser específico para cada serviço compatibilização dos planos específicos de cada serviço aos respectivos titulares (Art. 19, § 2

� nos casos em que há concessão dos serviço, o prestador não está dispensado do cumprimento do respectivo plano de saneaconcessão (Art. 19, § 6

� poderá a atender conjunto de municípios, na situação de serviço regionalizado (Art. 17), devendo ser observado o Art. 14; quando não for regionalizado, deverá englobar integralmente o território do elaborou (Art. 19, § 8

Na prática, há que se considerar ainda a experiência brasileira recente na

elaboração de planos municipais de saneamento. Segundo Costa (1996), o

planejamento das ações de saneamento inclui:

Esquema 2 – Objetivo do plano municipal de saneamento

Cada etapa é importante na estruturação do plano; pois, não

se não houvesse projeto, tão pouco, recursos, se não fossem solicitados.

De acordo com a Lei 11.445/07, o plano municipal de saneamento

deverá orientar a prestação de serviços públicos de saneamento (Art. 19) e ser condicionante nos contratos de prestação de serviços de saneamento (Art. 11);deverá ser elaborado pelo titular dos serviços (Art. 9, inciso I), podendo ser utilizados estudos fornecidos pelos prestadores de cada serviço (Art. 19, § 1poderá ser específico para cada serviço (Art. 19), cabendo a consolidação e a compatibilização dos planos específicos de cada serviço aos respectivos titulares (Art. 19, § 2 º); nos casos em que há concessão dos serviço, o prestador não está dispensado do cumprimento do respectivo plano de saneamento básico em vigor à época concessão (Art. 19, § 6 º); poderá a atender conjunto de municípios, na situação de serviço regionalizado (Art. 17), devendo ser observado o Art. 14; quando não for regionalizado, deverá englobar integralmente o território do ente da Federação que o elaborou (Art. 19, § 8 º).

Na prática, há que se considerar ainda a experiência brasileira recente na

elaboração de planos municipais de saneamento. Segundo Costa (1996), o

planejamento das ações de saneamento inclui:

31

Objetivo do plano municipal de saneamento

Cada etapa é importante na estruturação do plano; pois, não haveria obra

se não houvesse projeto, tão pouco, recursos, se não fossem solicitados.

de saneamento:

deverá orientar a prestação de serviços públicos de saneamento (Art. 19) e ser os de prestação de serviços de saneamento (Art. 11);

deverá ser elaborado pelo titular dos serviços (Art. 9, inciso I), podendo ser utilizados estudos fornecidos pelos prestadores de cada serviço (Art. 19, § 1º);

(Art. 19), cabendo a consolidação e a compatibilização dos planos específicos de cada serviço aos respectivos

nos casos em que há concessão dos serviço, o prestador não está dispensado mento básico em vigor à época

poderá a atender conjunto de municípios, na situação de serviço regionalizado (Art. 17), devendo ser observado o Art. 14; quando não for regionalizado,

ente da Federação que o

Na prática, há que se considerar ainda a experiência brasileira recente na

elaboração de planos municipais de saneamento. Segundo Costa (1996), o

Page 32: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

� Levantamento(indicadores de morbidade saneamento, indicadores de mortalidade, dados sobre os sistemas de saneamento do município);

� Análise dos dados para formulação do � Definição de critérios e prioridades;� Estabelecimento de metas;� Estudos de alternativas e seleção da melhor alternativa;� Estimativa de custos;� Definição de fontes de financiamento;� Elaboração de cronograma;� Detalhamento das alternativas previa� Avaliação e acompanhamento.

Pouco mais de um ano após a sanção da Lei n. 11.445/07 já é possível

identificar o desenvolvimento de planos municipais de saneamento com

características peculiares aos moldes estabelecidos, alguns aprovados ai

período de tramitação do projeto de Lei.

Entre os municípios que possuem plano municipal de saneamento

ser citados seis de diferentes portes, considerando o número de habitantes, sendo:

Salvador, Vitória da Conquista e Alagoinhas, no estado d

Patos de Minas, em Minas Gerais, e Sto. André, em São Paulo.

A estruturação dos planos municipais de saneamento nos municípios

baianos (Salvador, Vitória da Conquista e Alagoinhas) foi orientada por cinco grupos

de atividades apresentadas no

Esquema 3 – Estruturação dos Planos Municipais de Saneamento no estado da BahiaFonte: Moraes e Borja (2005).

1ª Etapa:

Fundamento Propostas

Levantamento de dados e informações qualitativas e quantitativas (indicadores de morbidade – ocorrência de doença – saneamento, indicadores de mortalidade, dados sobre os sistemas de saneamento do município); Análise dos dados para formulação do diagnóstico; Definição de critérios e prioridades; Estabelecimento de metas; Estudos de alternativas e seleção da melhor alternativa; Estimativa de custos; Definição de fontes de financiamento; Elaboração de cronograma; Detalhamento das alternativas previamente definidas; Avaliação e acompanhamento.

Pouco mais de um ano após a sanção da Lei n. 11.445/07 já é possível

identificar o desenvolvimento de planos municipais de saneamento com

características peculiares aos moldes estabelecidos, alguns aprovados ai

período de tramitação do projeto de Lei.

Entre os municípios que possuem plano municipal de saneamento

seis de diferentes portes, considerando o número de habitantes, sendo:

Salvador, Vitória da Conquista e Alagoinhas, no estado da Bahia; Belo Horizonte e

Patos de Minas, em Minas Gerais, e Sto. André, em São Paulo.

A estruturação dos planos municipais de saneamento nos municípios

baianos (Salvador, Vitória da Conquista e Alagoinhas) foi orientada por cinco grupos

resentadas no Esquema 3 e descritas no Quadro 3

Estruturação dos Planos Municipais de Saneamento no estado da BahiaFonte: Moraes e Borja (2005).

2ª Etapa:

Propostas

3ª Etapa:

Aprovação

4ª Etapa:

Institucional

32

de dados e informações qualitativas e quantitativas associadas à falta de

saneamento, indicadores de mortalidade, dados sobre os sistemas de

Pouco mais de um ano após a sanção da Lei n. 11.445/07 já é possível

identificar o desenvolvimento de planos municipais de saneamento com

características peculiares aos moldes estabelecidos, alguns aprovados ainda no

Entre os municípios que possuem plano municipal de saneamento podem

seis de diferentes portes, considerando o número de habitantes, sendo:

a Bahia; Belo Horizonte e

A estruturação dos planos municipais de saneamento nos municípios

baianos (Salvador, Vitória da Conquista e Alagoinhas) foi orientada por cinco grupos

3.

Estruturação dos Planos Municipais de Saneamento no estado da Bahia

5ª Etapa:

Implementação

Page 33: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

33

Etapas Atividades

1ª Etapa Fundamento

- Definição de diretrizes e conceitos básicos, com orientações gerais e específicas para cada relacionamento com o saneamento ambiental.

- Discussão das diretrizes do Plano em reunião com o comitê Consultivo. - Complementação e detalhamento do diagnóstico com levantamento da situação atual, identificando as carências e determinando a demanda.

- Realização do prognóstico com avaliação das condições atuais e projeção para o horizonte proposto pelo Plano Diretor Urbano existente.

2ª Etapa Propostas

- Apresentação da conclusão da primeira etapa ao Comitê Consultivo. - Realização e proposição sobre os seguintes itens: 1, Diretrizes para a ação municipal (obras, serviços e gestão); 2, Estrutura administrativa para a gestão do Plano e definição de competências; 3, Sistema de avaliação permanente e integrado do sistema de planejamento; 4, Prioridades de investimento com orientação para o cronograma de implantação.

- Discussão das proposições em reuniões públicas com o Comitê Consultivo. - Realização Seminário Final organizado pelo Comitê Consultivo para discussão do relatório e encaminhado do Plano à Câmara de Vereadores.

3ª Etapa Aprovação

- Discussão e aprovação na Câmara de Vereadores e sanção pelo prefeito.

4ª Etapa Institucional

- Elaboração de decretos regulamentadores. - Realização das alterações administrativas necessárias para implementar o Plano. - Elaboração das previsões orçamentárias.

5ª Etapa Implementação

- Implementação das ações propostas no Plano Saneamento Ambiental.

Quadro 3 – Etapas de elaboração dos planos municipais de saneamento Fonte: Moraes e Borja (2005).

Ainda é oportuno observar que os Planos Diretores Setoriais são inter-

relacionados, porém cada um com concepção e detalhamentos específicos,

especialmente em razão da unidade de dimensionamento, como observado na

prática e relacionado no Quadro 4.

PLANO SETORIAL UNIDADE DE DIMENSIONAMENTO

Sistema de abastecimento de água Setor de abastecimento

Sistema de Esgotamento Sanitário Bacia de esgotamento

Sistema de drenagem Bacia Hidrográfica

Resíduos sólidos Área de coleta Quadro 4 – Unidades de dimensionamento

Page 34: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

34

3.3 PLANO SETORIAL DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

A saúde é um dos direitos sociais assegurados na Constituição Federal

brasileira, e a sua consecução está relacionada, entre outros fatores, a prestação

adequada dos serviços de saneamento, sendo de competência comum da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios a promoção e a melhoria das condições

de infraestrutura das cidades, como o saneamento básico (BRASIL, 1988).

Mesmo considerando a importância da prestação dos serviços de

saneamento, um direito constitucional, dados do Sistema Nacional de Informação

sobre Saneamento (SNIS), apresentados em Ministério das Cidades (2009), ainda

indicam grandes desafios para a universalização do atendimento desses serviços,

visto que, por exemplo, apenas 42,0% da população urbana brasileira é atendida com

coleta de esgotos e 32,5% com tratamento dos esgotos.

Segundo Bernardes, Scárdua e Campana (2006), de modo geral, é notado

que o esgotamento sanitário no Brasil é o componente do saneamento básico

municipal com maior carência e com grandes impactos sobre a saúde ambiental e

pública. Nesse sentido, é indispensável elaborar e a aplicar de instrumentos de

planejamento, tais como o Plano Setorial de Esgotamento Sanitário.

No Plano Setorial de Esgotamento Sanitário, o Sistema de Esgotamento

Sanitário, além de sua importância na saúde pública, é apresentado como

equipamento de infraestrutura essencial para a proteção das bacias, devendo ser

planejado e executado de maneira tal que suas unidades sejam instaladas sem

violação da dinâmica de uso e ocupação do solo urbano.

O Sistema Esgotamento Sanitário (SES) é o conjunto de peças,

canalizações, conexões, equipamentos e obras civis utilizadas para coletar,

transportar, tratar e dispor de forma segura os esgotos gerados em uma comunidade

Page 35: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

35

tendo a finalidade de evitar problemas à saúde e ao meio ambiente (DALTRO

FILHO, 2004). O SES pode ser individual ou coletivo, dependendo das características

da comunidade.

O SES do tipo individual é utilizado para coletar e tratar pequenas

contribuições de esgoto sanitário de imóveis domiciliares, comerciais e públicos

(PEREIRA; SOARES, 2006). Normalmente é composto por um tanque séptico e uma

unidade de tratamento complementar, cujos efluentes são dispostos ou na rede de

drenagem ou no solo ou em corpos d’água, como apresentado no Esquema 4. Em

Associação Brasileira de Normas Técnicas (1993) é indica como tecnologia de

tratamento complementar o filtro anaeróbio, o filtro aeróbio, o filtro de areia, a vala

de filtração ou infiltração.

Esquema 4 – Sistema de esgotamento sanitário do tipo individual

Segundo Barros et al. (1995), a adoção de sistemas individuais para coleta,

transporte, tratamento e disposição final de esgoto é justificada (inclusive

economicamente) para atendimento unifamilar de habitações instaladas em áreas de

baixo adensamento populacional e cujo solo apresenta boas condições de infiltração e

nível da água com profundidade adequada.

Page 36: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

36

Já os SESs coletivos são mais utilizados em áreas de médio e grande

adensamento populacional, sendo constituído por unidade de coleta, elevação,

tratamento e destino final (PEREIRA; SOARES, 2006). No Esquema 5 é apresentado

um sistema de esgotamento sanitário do tipo coletivo.

Esquema 5 – Sistema de esgotamento sanitário do tipo coletivo

Segundo a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (1973), o

sistema coletivo pode ser do tipo unitário (também denominado combinado), misto

(separador parcial) ou separador absoluto (ou simplesmente separador), tendo

respectivamente as seguintes definições:

a. Sistema coletivo do tipo unitário: construído para coletar e conduzir águas

servidas (domésticas e industriais) juntamente com as águas pluviais,

conforme apresentado Esquema 6.

Page 37: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

37

Esquema 6 – Sistema de esgotamento sanitário tipo coletivo: tipo unitário

b. Sistema coletivo separador absoluto: as águas servidas são coletadas

separadamente das águas pluviais, conforme apresentado no Esquema 7.

Esquema 7 – Sistema de esgotamento sanitário coletivo: separador absoluto

c. Sistema coletivo misto (ou separador parcial): sistema que inclui a coleta de

parte das águas pluviais provenientes das ruas, praças, jardins, quintais e

áreas não pavimentadas, conforme apresentado no Esquema 8.

Page 38: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

38

Esquema 8 – Sistema de esgotamento sanitário coletivo: misto

No Brasil os sistemas coletivos de esgotamento sanitário são do tipo

separador absoluto, que segundo Pereira (2003) pode ser convencional ou

condominial. O convencional é caracterizado pelo assentamento das tubulações em

áreas públicas que pode ser o passeio ou a via. Já o sistema condominial pode ser

instalado em áreas publicas ou particulares, diferenciando do convencional nos

aspectos de construção, operação e manutenção.

Pereira (2003) observa que o sistema convencional é definido como aquele

cujas tubulações coletoras são assentadas em áreas públicas (passeio ou vias),

conforme recomendações da NBR n.º 9.649, e todos os serviços de operação e

manutenção são de total responsabilidade da concessionária, diferentemente do

sistema condominial. No Esquema 9 é apresentado exemplo de sistema de

esgotamento sanitário coletivo do tipo convencional.

Page 39: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

39

Esquema 9 – Sistema de esgotamento sanitário coletivo convencional

No caso da instalação de rede coletora em vias existem possibilidades de

assentamento da tubulação ou no leito carroçável ou no passeio, conforme

apresentado no Esquema 10.

Esquema 10 – Alternativas para assentamento de tubulação da rede coletora na via

O sistema condominial, por sua vez, possui rede coletora locadas em áreas

particulares (na frente do lote ou no fundo do lote), o que resulta em menores

profundidades e diâmetros em relação ao sistema convencional, o que o torna mais

econômico em termos de construção. Em algumas situações, o assentamento da

Page 40: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

40

tubulação pode ocorrer no passeio (PEREIRA; SOARES, 2006). No Esquema 11 são

apresentados exemplos de assentamento de rede em sistema do tipo condominial.

Esquema 11 – Sistema de esgotamento sanitário coletivo condominial

Page 41: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

41

3.4 COMPONENTES DO SES COLETIVO

Os sistemas coletivos de esgotamento sanitário geralmente são

constituídos das seguintes unidades: rede coletora, elevatória, estação de tratamento,

e destinação final. No Esquema 12 são mostrados os componentes do SES.

Esquema 12 – Unidades componentes do SES

Defini-se rede coletora de esgoto sanitário como:

Conjunto de canalizações destinadas a receber e conduzir os esgotos dos edifícios; o sistema de esgoto predial se liga diretamente à rede coletora por uma tubulação chamada coletor predial. A rede coletora é composta de coletores secundários, que recebem diretamente as ligações prediais, e, coletores tronco. O coletor tronco é o coletor principal de uma bacia de drenagem, que recebe a contribuição dos coletores secundários, conduzindo seus efluentes a um interceptor ou emissário (ALÉM SOBRINHO; TSUTIYA, 2000, p. 6).

Fundação Nacional de Saúde (2004) apresenta as definições para os

elementos constituintes da rede coletora:

� Coletor predial - coletor secundário que transporta os esgotos das casas e outras edificações diretamente para a rede coletora;

Page 42: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

42

� Coletor tronco – coletor principal que recebe os esgotos dos coletores prediais e os direcionam até um interceptor ou emissário;

� Interceptor – canalização que recebem contribuições de coletores tronco ao longo de seu comprimento, não recebendo ligações prediais diretas. Normalmente são posicionados nos fundos de vale, margeando cursos d’água ou canais;

� Emissários - o emissário é uma canalização destinada a conduzir os esgotos até a estação de tratamento de esgoto, sem receber contribuições ao longo do seu percurso;

� Poço de visitas - os poços de visitas são câmaras construídas para facilitar a inspeção e limpeza da rede, normalmente utilizados no inicio da rede ou na mudança de direção, declividade, diâmetro ou material.

Pereira e Soares (2006) consideram que além dos poços de visita, as redes

coletoras são constituídas por demais órgãos acessórios, como tubulação de inspeção

e limpeza, tubulação de limpeza, caixa de passagem e caixa de inspeção ou de

ligação.

No Esquema 13 são apresentados os elementos constituintes da rede

coletora.

Esquema 13 – Elementos constituintes da rede coletora

Page 43: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

43

Estações elevatórias de esgoto são instalações projetadas, construídas e

equipadas, para transportar esgoto de um ponto para outro de cota mais elevada.

Sua aplicação normalmente é justificada nos seguintes casos: a) evitar grandes

profundidades dos coletores, (b) transposição de obstáculos, (c) transferência do

esgoto para outra bacia de esgotamento e (d) bombeamento do esgoto para a Estação

de Tratamento (CRESPO, 2001).

Segundo Tsutiya (2006), os elementos que compõe uma estação elevatória

estão organizados em três grupos de elementos: (a) equipamentos eletromecânicos,

(b) tubulações e (c) construção civil, conforme apresentados no Esquema 14.

Esquema 14 – Elementos componentes de uma estação elevatória Fonte: Companhia de Saneamento do Estado do Pará (2007).

Para Daltro Filho (2004), as elevatórias também são utilizadas para

transpor barreiras como elevações, rios e canais. No entanto, Barros et al. (1995)

observam que as elevatórias devem ser utilizadas somente quando não for possível o

escoamento por gravidade, por razões técnicas e econômicas.

Page 44: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

O estabelecimento de profundidade máxima para implantação dos

coletores evita o aumento dos custos e aponta para a necessidade de implantação de

estações elevatórias, que devem ser concebidas depois de eliminadas as

possibilidades apresentadas pelos estudos de traçados da rede coletora.

Segundo Pereira e Soares (2006), as estações elevatórias de esgoto podem

ser localizadas em pontos da rede coletora, para auxiliar o escoamento na própria

rede, ou para recalcar o esgoto para diferentes bacias de esgotamento, e no final da

rede coletora para bombear o esgoto até o corpo receptor ou até a Estação de

Tratamento de Esgoto (ETE).

A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) têm por objetivo reduzir a carga

poluidora dos esgotos sanitários antes de seu lançamento no corpo receptor

(BRAGA, 2002). Segundo Pereira (2003), uma ETE é constituída por um conjunto de

processos unitários cujos tratamentos são classificados quanto ao grau de remoção de

poluentes e contaminantes, conforme apresentado no

Esquema 15 – Níveis de tratamento

Von Sperling (2005) diferencia os níveis de tratamento de esgoto da

seguinte maneira:

Remoção de sólidos suspensos/inorgânicos

O estabelecimento de profundidade máxima para implantação dos

evita o aumento dos custos e aponta para a necessidade de implantação de

estações elevatórias, que devem ser concebidas depois de eliminadas as

possibilidades apresentadas pelos estudos de traçados da rede coletora.

Segundo Pereira e Soares (2006), as estações elevatórias de esgoto podem

ser localizadas em pontos da rede coletora, para auxiliar o escoamento na própria

rede, ou para recalcar o esgoto para diferentes bacias de esgotamento, e no final da

ra bombear o esgoto até o corpo receptor ou até a Estação de

Tratamento de Esgoto (ETE).

A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) têm por objetivo reduzir a carga

poluidora dos esgotos sanitários antes de seu lançamento no corpo receptor

gundo Pereira (2003), uma ETE é constituída por um conjunto de

processos unitários cujos tratamentos são classificados quanto ao grau de remoção de

poluentes e contaminantes, conforme apresentado no Esquema 15

Níveis de tratamento de esgoto

Von Sperling (2005) diferencia os níveis de tratamento de esgoto da

TRATAMENTO TERCIÁRIO

Remoção de microrganismos

TRATAMENTO SECUNDÁRIO

Remoção de matéria orgânica

TRATAMENTO PRIMÁRIO

Remoção de sólidos suspensos/inorgânicos

TRATAMENTO PRELIMINAR

Remoção de sólidos grosseiros

44

O estabelecimento de profundidade máxima para implantação dos

evita o aumento dos custos e aponta para a necessidade de implantação de

estações elevatórias, que devem ser concebidas depois de eliminadas as

possibilidades apresentadas pelos estudos de traçados da rede coletora.

Segundo Pereira e Soares (2006), as estações elevatórias de esgoto podem

ser localizadas em pontos da rede coletora, para auxiliar o escoamento na própria

rede, ou para recalcar o esgoto para diferentes bacias de esgotamento, e no final da

ra bombear o esgoto até o corpo receptor ou até a Estação de

A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) têm por objetivo reduzir a carga

poluidora dos esgotos sanitários antes de seu lançamento no corpo receptor

gundo Pereira (2003), uma ETE é constituída por um conjunto de

processos unitários cujos tratamentos são classificados quanto ao grau de remoção de

15.

Von Sperling (2005) diferencia os níveis de tratamento de esgoto da

Page 45: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

45

O tratamento preliminar objetiva apenas a remoção dos sólidos grosseiros, enquanto o tratamento primário visa a remoção de sólidos sedimentáveis e, em decorrência, parte da matéria orgânica. Em ambos predominam os mecanismos físicos de remoção de poluentes. Já no tratamento secundário, no qual predominam mecanismos biológicos, o objetivo é principalmente a remoção de matéria orgânica e eventualmente nutrientes (nitrogênio e fósforo). O tratamento terciário objetiva a remoção de poluentes específicos (usualmente tóxicos ou compostos não biodegradáveis) ou ainda, a remoção complementar de poluentes não suficientemente removidos no tratamento secundário.

A tecnologia adequada para cada nível de tratamento é definida em

função das características do esgoto bruto e do corpo receptor do efluente tratado.

Após o tratamento, o esgoto deve ser conduzido à disposição final, que

poderá ser em corpos d’ água ou no solo. Para tanto, devem ser devidamente

avaliadas as cargas de poluentes (organismos patogênicos e os metais pesados) ainda

presentes nos esgotos (FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE, 2004).

O lançamento dos efluentes das ETEs nos corpos receptores deve ocorrer

em observância a Resolução n.º 357, de 17 de março de 2005 do Conselho Nacional

do Meio Ambiente – CONAMA, que dispõe sobre a classificação dos corpos de água

e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições

e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências (BRASIL, 2005).

Para que os SES tenham suas finalidades alcançadas, os projetistas

precisam desenvolver e/ou avaliar Estudos de concepção, considerando alternativas de

arranjos das diferentes partes (unidades) do sistema, de modo a possibilitar a escola e

determinação de um todo integrado sinergeticamente focado no atendimento das

necessidades da população e na proteção e preservação da bacia hidrográfica.

Page 46: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

46

3.5 ESTUDO DE CONCEPÇÃO

Segundo Fundação Nacional de Saúde (2003), o estudo de concepção é o

conjunto de estudos e conclusões referentes ao estabelecimento de todas as diretrizes,

parâmetros e definições necessárias e suficientes para a caracterização completa do

sistema a projetar, tendo como objetivos:

� identificação e qualificação de todos os fatores intervenientes com o sistema de esgotos;

� diagnóstico do sistema existente, considerando a situação atual e futura; � estabelecimento de todos os parâmetros básicos de projeto; � pré-dimensionamento das unidades dos sistemas, para as alternativas

selecionadas; � escolha da alternativa mais adequada mediante a comparação técnica,

econômica e ambiental, entre as alternativas, levantando os impactos negativos e positivos;

� estabelecimento das diretrizes gerais de projeto e estimativa das quantidades de serviços que devem ser executados na fase de projeto.

A NBR 9.648/1986 trata do estudo de concepção de sistemas de esgoto

sanitário, esclarece terminologia e estabelece condições gerais para este tipo de

estudo. Os projetos de engenharia para implantação e ampliação dos SES devem

seguir as recomendações das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas

(ABNT).

Além da NBR 9.648/1986, os projetista devem consultar as normas

específicas para cada unidade do SES. A NBR 9.649/1986 contém recomendações

para o projeto de redes coletoras de esgoto sanitário, para isso estabelece

terminologias e critérios de dimensionamento para elaboração de projeto hidráulico-

sanitário de redes coletoras de esgoto sanitário. A NBR 568/1989 trata do projeto de

interceptores de esgoto sanitário, estabelece condições de elaboração de projeto e

dimensionamento de interceptores de grande porte.

Page 47: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

A NBR 569/1989 contém recomendações para projeto de estações

elevatórias de esgoto sanitário no terri

elaboração de projeto hidráulico

com emprego de bombas centrífugas. Já o projeto hidráulico

tratamento de esgoto sanitário,

NORMAS TÉCNICAS (1990),

De acordo com Associação Brasileira de Normas Técnicas (1986a), o

desenvolvimento do estudo de concepção do SES descrito na NBR 9.648/86 deve

contemplar as atividades apresentadas no

Esquema 16 – Atividades para o desenvolvimento do estudo de concepção do SESFonte: Adaptado de Associação Brasileira de Normas Técnicas (1986a).

1• Delimitação da área a ser atendida

2• Levantamento de dados.

3•Fixação do período de alcance do plano e do início de operação do sistema.

4•Delimitação das bacias de esgotamento.

5•Estimativa da população atendida ano a ano, ao longo do período.

6•Fixação das características do esgoto a ser tratado.

7•Definição das concepções de tratamento, conforme a qualidade dos corpos receptores.

8•Estudo das condições sanitárias e de autodepuração dos corpos receptores.

9•Verificação do aproveitamento das instalações existentes.

10•Critérios para estimativa dos investimentos e dos custos de operação e manutenção.

11•Estabelecimento de etapas de implantação.

12• Descrição da concepção básica, com disposição dos componentes em planta.

A NBR 569/1989 contém recomendações para projeto de estações

elevatórias de esgoto sanitário no território nacional, estabelece condições para a

elaboração de projeto hidráulico-sanitário de estações elevatórias de esgoto sanitário

com emprego de bombas centrífugas. Já o projeto hidráulico-sanitário de estações de

tratamento de esgoto sanitário, segundo a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE

NORMAS TÉCNICAS (1990), deve ser orientado com base na NBR 570/1990.

De acordo com Associação Brasileira de Normas Técnicas (1986a), o

desenvolvimento do estudo de concepção do SES descrito na NBR 9.648/86 deve

idades apresentadas no Esquema 16.

Atividades para o desenvolvimento do estudo de concepção do SESAdaptado de Associação Brasileira de Normas Técnicas (1986a).

Delimitação da área a ser atendida

Levantamento de dados.

Fixação do período de alcance do plano e do início de operação do sistema.

Delimitação das bacias de esgotamento.

Estimativa da população atendida ano a ano, ao longo do período.

Fixação das características do esgoto a ser tratado.

Definição das concepções de tratamento, conforme a qualidade dos corpos receptores.

Estudo das condições sanitárias e de autodepuração dos corpos receptores.

Verificação do aproveitamento das instalações existentes.

Critérios para estimativa dos investimentos e dos custos de operação e manutenção.

Estabelecimento de etapas de implantação.

Descrição da concepção básica, com disposição dos componentes em planta.

47

A NBR 569/1989 contém recomendações para projeto de estações

tório nacional, estabelece condições para a

sanitário de estações elevatórias de esgoto sanitário

sanitário de estações de

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE

deve ser orientado com base na NBR 570/1990.

De acordo com Associação Brasileira de Normas Técnicas (1986a), o

desenvolvimento do estudo de concepção do SES descrito na NBR 9.648/86 deve

Atividades para o desenvolvimento do estudo de concepção do SES

Fixação do período de alcance do plano e do início de operação do sistema.

Definição das concepções de tratamento, conforme a qualidade dos corpos receptores.

Estudo das condições sanitárias e de autodepuração dos corpos receptores.

Critérios para estimativa dos investimentos e dos custos de operação e manutenção.

Descrição da concepção básica, com disposição dos componentes em planta.

Page 48: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

48

No Estudo de Concepção deve ser apresentada a Delimitação da área a ser

atendida, ou seja, o limite físico (geográfico), o perímetro, a área de abrangência do

projeto. Essa delimitação pode (de preferência) ser apresentada por meio de mapas

georreferenciados.

Após delimitação da área a ser atendida, segue o Levantamento de dados,

que é uma atividade de fundamental importância para a elaboração do Estudo de

Concepção, porque a confiabilidade dos resultados alcançados dependerá da

quantidade e qualidade dos dados e informações obtidos, devendo ser consideradas

as etapas de definição dos dados e das suas fontes obtenção. Para a obtenção dos

dados primários e/ou secundários deve-se garantir mobilização de materiais,

equipamentos e pessoal qualificado. Dentre os principais dados e informações a

serem obtidos, citam-se:

� planta da área, com curvas de nível e indicação dos principais corpos d’água; � estudo das características dos corpos d’água; � informações geográficas, geológicas e hidrológicas; � dados meteorológicos e de recursos hídricos; � cadastro dos sistemas de infraestrutura (água, esgoto, drenagem, telefone etc)

existentes; � análise das principais vias de acesso; � estudos demográficos e de uso e ocupação do solo; � aspectos sócio-econômicos e mão-de-obra disponível; � relatório com a identificação e caracterização (física, química e biológica) de

possíveis corpos receptores; � diagnóstico das condições hidráulicas e da vida útil das instalações,

tubulações, equipamentos e dispositivos do SES existente; � legislação e Normas Vigentes; � análise do Plano Diretor e/ou do Plano Diretor Setorial do SES do município.

A Fixação do período de alcance do plano e do início de operação do sistema e a

Delimitação das bacias de esgotamento (divisão da Área a ser atendida em bacias e sub-

bacias de esgotamento) são fundamentais para a estimativa da população, e

posteriormente, para os cálculos das vazões de projeto.

Page 49: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

49

No estudo de concepção de SES deve ser verificado o incremento

populacional na área a ser beneficiada, o que requer informações do número e

distribuição da população. Na atividade Estimativa da população atendida, a Associação

Brasileira de Normas Técnicas (1986a), na NBR 9648, define a População Inicial de

Projeto e a População Final de Projeto.

A População Inicial de Projeto é aquela que será atendida no ano de início de

operação do projeto, e na sua determinação devem ser utilizados dados do último

censo demográfico divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE). Segundo Pereira e Soares (2006), esses dados são disponibilizados na forma

de setores censitários, os quais podem ser geoprocessados, permitindo a

compatibilização/espacialização das informações de população por setor censitário

com os limites das bacias de esgotamento.

A População Final de Projeto, segundo a Associação Brasileira Normas

Técnicas (1992c), deve ser determinada através da aplicação de modelos matemáticos

(métodos aritmético, geométrico, processo da curva logística e processo da

extrapolação gráfica) aos dados da População Inicial de Projeto.

A Fixação das características do esgoto a ser tratado é uma atividade que deve

resultar da avaliação e caracterização das cargas poluidoras atuais e futuras em

função das tendências de ocupação do solo, devendo ser também verificada a

necessidade de tratamento prévio do esgoto industrial antes do lançamento na rede

coletora.

A Definição das concepções de tratamento deve ser estabelecida considerando-

se fundamentalmente a bacia de esgotamento, as características do esgoto coletado

(vazão, propriedades físico-químicas etc.), a disponibilização de área para instalação

das unidades, as tecnologias disponíveis, pessoal capacitado para

operação/manutenção e os estudos de viabilidade técnica e econômica.

Page 50: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

50

Após os estudos de concepções e da definição dos tipos de tratamento de

esgoto, e, portanto, dos níveis de tratamento (ou índices de qualidade dos efluentes),

deve-se realizar a atividade de Estudo das condições sanitárias e de autodepuração dos

corpos receptores, para posterior avaliação da capacidade de recebimentos dos

efluentes lançados pelas Estações de Tratamentos de Esgoto.

Outra atividade importante no desenvolvimento do estudo de concepção

do SES é Verificação do aproveitamento das instalações existentes. Sua importância é

respaldada, principalmente no campo financeiro, pois pode evitar gastos com a

construção de novas estruturas. Também pode resultar em benefícios ambientais,

visto que novos empreendimentos normalmente geram mais impactos ambientais.

Os Critérios para estimativa dos investimentos e dos custos de operação e

manutenção vão influenciar diretamente nos estudos de viabilidade econômica (e nas

comparações entre as alternativas de concepções), e devem ser definidos por uma

equipe técnica constituídas principalmente por engenheiros e profissionais da área

da economia.

O Estabelecimento de etapas de implantação é importante porque vai subsidiar

a elaboração dos cronogramas físico-financeiros das alternativas de concepções de

SES. Para facilitar a análise comparativa das viabilidades econômicas entre as

alternativas propostas, recomenda-se que as etapas de implantação sejam definidas

para os mesmos períodos de tempo.

A atividade Descrição da concepção básica, com disposição dos componentes em

planta facilitará a compreensão das alternativas de concepção de SES apresentadas

nos estudos, além de compor os acervos técnicos que poderão ser consultados para

futuras intervenções no SES.

Page 51: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

51

3.5.1 Cálculo de produção de esgoto sanitário

No Brasil, os sistemas públicos de esgotamento sanitário são projetados

considerando-se o sistema do tipo separador absoluto para coleta dos seguintes

efluentes líquidos: esgoto doméstico, águas de infiltração e resíduos líquidos

industriais (ALÉM SOBRINHO, 2000).

Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (1986a), na NBR

9648, define Esgoto Sanitário como o despejo líquido constituído de esgotos doméstico

e industrial, água de infiltração e a contribuição pluvial parasitária.

Além Sobrinho (2000), com base na NBR 9648, apresenta a vazão de esgoto

sanitário como resultado do somatório da vazão de esgoto doméstico, de infiltração e

de despejos industriais, conforme a seguinte expressão:

QindQQdQes ++= inf

Em que: Qes = Vazão de esgoto sanitário (L/s); Qd = Vazão de esgoto doméstico

(L/s); Qinf = Vazão de infiltração; Qind = Vazão de esgoto industrial (L/s).

Segundo Crespo (2001), Esgoto Doméstico é o efluente líquido resultante

das atividades domiciliares e comerciais. O autor ainda observa que para elaboração

de projetos de sistemas de esgotamento sanitário a vazão desse efluente (Qd) pode

ser calculada por meio das seguintes equações:

Vazão média de esgoto doméstico

400.86

qPCQd média

××=

(1)

(2)

Page 52: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

52

Em que: Qdmédia = Vazão média de esgoto doméstico (L/s); C = Coeficiente de

retorno (0,8, valor recomendado pela NBR 9649); P = População (hab); q = Consumo

Per capita (L/hab.dia).

Vazão máxima diária de esgoto doméstico

400.862KqPC

Qd md

×××=

Em que: Qdmd = Vazão máxima diária de esgoto doméstico (L/s); C = Coeficiente de

retorno (0,8, valor recomendado pela NBR 9649); P = População (hab); q = Consumo

Per capita (L/hab.dia); K2 = Coeficiente de máxima vazão horária.

Vazão máxima horária de esgoto doméstico

400.8621 KKqPC

Qd mh

××××=

Em que: Qdmd = Vazão máxima diária de esgoto doméstico (L/s); C = Coeficiente de

retorno (0,8, valor recomendado pela NBR 9649); P = População (hab); q = Consumo

Per capita (L/hab.dia); K1 = Coeficiente de máxima vazão diária; K2 = Coeficiente de

máxima vazão horária.

A Vazão de Infiltração (Qinf) é calculada pela seguinte expressão:

LTQ ⋅= infinf

Em que: Qinf = vazão de infiltração (L/s); Tinf = taxa de infiltração (L/s.Km); L =

Extensão da rede coletora de esgoto (km).

(3)

(4)

(5)

Page 53: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

53

Segundo Associação Brasileira de Normas Técnicas (1986a) a taxa de

infiltração depende das condições locais tais como nível do lençol freático, natureza

do subsolo e qualidade da execução da tubulação, podendo ser adotado valores entre

0,05 a 1,0 L/s.Km, devidamente justificados.

A Vazão de esgoto industrial deve ser prevista de acordo com as atividades

industriais desenvolvidas na bacia hidrográfica.

Page 54: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

54

4 MATERIAL E MÉTODOS

A pesquisa foi desenvolvida no período de fevereiro de 2007 a julho de

2009, em parceria com o Grupo de Pesquisa Hidráulica e Saneamento, da Faculdade

de Engenharia Sanitária e Ambiental, e com a colaboração de pesquisadores da

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, ambas da UFPA.

4.1 ÁREA DE ESTUDO

A área de estudo, definida na pesquisa como Área de Planejamento, foi o

município de Belém, capital do estado do Pará, Brasil. O município compõe a Região

Metropolitana de Belém (RMB), acompanhado de Ananindeua, Marituba, Benevides

e Sta. Bárbara.

A RMB está entre as mais populosas do Brasil. Em 2000, a RMB já era a

décima em população (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA,

2000). Em 2007, o ranking populacional dos municípios metropolitanos foi liderado

pelos municípios de Belém (1.408.847 habitantes) e Ananindeua (484.278 habitantes),

seguido de Marituba (93.416 habitantes), Benevides (43.282 habitantes) e Sta Bárbara

do Pará (13.714 habitantes) (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E

ESTATÍSTICA, 2008).

O território do município de Belém é formado de porções continental e

insular. A porção continental é urbana em sua totalidade e a insular

predominantemente rural, exceto por áreas do distrito de Mosqueiro e da ilha de

Outeiro. Segundo Ipeadata (2009) a taxa de urbanização do município de Belém é de

99,4%, o que representa grande demanda por sistemas convencionais de esgotamento

sanitário.

Page 55: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

55

No Mapa 1 é mostrada a localização do município de Belém na RMB.

Mapa 1 – Localização do município de Belém Fonte: Secretaria Municipal de Coordenação Geral do Planejamento e Gestão (2009).

Page 56: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

56

4.2 FASES DA PESQUISA

Os procedimentos foram definidos de forma a atender aos objetivos

propostos, o que resultou na estruturação de cinco fases distintas, sendo: FASE 1,

Coleta e tratamento de dados; FASE 2, Definição das bacias de esgotamento; FASE 3,

Estudo populacional; FASE 4, Estimativa da produção de esgoto; FASE 5, Proposta

de concepção do SES. De acordo com a natureza, o presente estudo pode ser

identificado como pesquisa aplicada.

4.2.1 Coleta e tratamento de dados (FASE 1)

Na Fase 1 foram coletados dados para atender os requisitos do estudo de

concepção, como recomendado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas

(1986a), na NBR 9.648.

O desenvolvimento dessa fase foi baseado em pesquisa documental e

levantamento com registro fotográfico e a compilação dos dados e informações

dividida em duas etapas: Etapa 1, caracterização geral do município de Belém; e

Etapa 2, sistema de esgotamento sanitário existente.

Para obtenção de informações na Etapa 1 foram consultados órgãos

públicos das esferas municipais, estaduais e federais e para a Etapa 2, além de

consulta à concessionária dos serviços de esgotamento sanitário em Belém, foram

realizadas visitas técnicas aos sistemas existentes.

Os resultados da FASE 1 e as demais informações obtidas foram utilizadas

na realização das fases subseqüentes.

Page 57: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

57

4.2.2 Definição das bacias de esgotamento (FASE 2)

A FASE 2 foi dividida em duas etapas, sendo: Etapa 1, delimitação da área

do sistema convencional e divisão de sub-bacias; e Etapa 2, proposta de divisão em

bacias de esgotamento.

Na Etapa 1, seguiu-se a identificação de áreas urbanas e rurais com

potencial aplicação de sistemas convencionais para esgotamento sanitário. Logo, pela

sobreposição das áreas identificadas com os limites existentes de bacias hidrográficas

foi constatada a necessidade de delimitação nas áreas sem definição oficial. Após essa

delimitação, as bacias hidrográficas foram divididas em sub-bacias.

Na Etapa 2, as bacias de esgotamento foram definidas com base no

agrupamento de áreas resultante do arranjo de bacias e/ou sub-bacias hidrográficas,

dessa forma foram delimitadas as áreas de contribuição de cada Estação de

Tratamento, o que determina a concepção básica.

Na FASE 2, foram utilizados os seguintes recursos:

� malha digital do limite municipal de Belém, do IBGE; � malha digital de Setor Censitário Urbano 2000, do IBGE; � malha digital de Setor Censitário Rural 2000, do IBGE; � malha digital do limite de existente de bacias hidrográficas de Belém, da

Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém (CODEM);

� malha digital hidrográfica, da Companhia de Habitação do Pará (COHAB); � levantamento planialtimétrico, da CODEM, disponível apenas para a área

urbana; � malha digital do limite da Área de Proteção Ambiental de Belém (APA

Belém), conforme Decreto Municipal n.º 1.551/1993. � malha digital do limite de SES existente;

Page 58: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

58

� imagens de satélite (Terra Metrics 2009, disponibilizadas pelo software Google Earth, e STRM2).

O recorte territorial que corresponde ao limite de bacias e sub-bacias de

esgotamento, definido na FASE 2, foi a base para o estudo populacional (FASE 3) e

para a estimativa da produção de esgoto sanitário (FASE 4).

4.2.3 Estudo populacional (FASE 3)

O estudo populacional foi desenvolvido em duas etapas, sendo: Etapa 1,

definição da população base em 2008; e Etapa 2, projeção populacional, no período

2009 a 2030.

Os métodos de cálculo foram baseados no relatório técnico “Estudo de

projeção da população e de volume de esgoto na RMB no período 2008–2030”

(PEREIRA, 2008), elaborado na parceria do Grupo de Pesquisa Hidráulica e

Saneamento com pesquisadores da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFPA.

A população de referência foi obtida do universo do Censo Demográfico

do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2000), mediante a sobreposição da

malha digital dos limites das bacias e sub-bacias hidrográficas (resultado da Fase 2)

aos dos setores de censo definidos pelo IBGE (ano 2000), considerando a densidade

populacional na área do setor.

2 As imagens SRTM (Shuttle Radar Topography Mission) foram recentemente disponibilizadas pela National Aeronautics and Space Administration (NASA) para todo globo terrestre, constituindo alternativa para extração de base digital de dados topográficos, principalmente em regiões como a Amazônia. As imagens SRMT normalmente são utilizadas em escalas maiores que a municipal, no entanto, nestes casos, podem facilitar a identificação dos maiores divisores de água.

Page 59: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

59

A determinação das taxas de crescimento anual foi dada pela avaliação

dos incrementos populacionais a partir da configuração dos bairros e da tendência de

crescimento do município (Método de Tendência Recente, praticado pelo IBGE).

Essas taxas foram utilizadas tanto na estimativa da população em 2008, quanto na

projeção ano a ano.

A tendência recente da dinâmica demográfica do município (dado-síntese

que incorpora natalidade, mortalidade, óbitos e migrações) foi exposta a fator de

correlação dado pela tendência projetada para o estado. Este procedimento permite

aumento na confiabilidade dos resultados, por se tratar de tendências oficiais e, ao

mesmo tempo, contemplar dados oficiais quanto às particularidades locais.

No estudo foram considerados programas recentes em andamento do

Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, em razão dos

investimentos em projetos e obras de infraestrutura, habitação e equipamentos

coletivos resultarem em direto acréscimo de população.

4.2.4 Estimativa da produção de esgoto (Fase 4)

No cálculo da produção de esgoto foram estimadas as vazões (mínima,

média e máxima diária) de esgoto sanitário para bacias e sub-bacias, ano a ano no

período de alcance da proposta (2008-2030), conforme recomendação da NBR

9.648/1986.

Os parâmetros de cálculo foram os mesmos do Termo de Referência para

elaboração do Plano Diretor do Sistema de Esgotamento Sanitário da RMB

(COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARÁ, 2004), mostrados na Tabela 1.

Page 60: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

60

Tabela 1 – Parâmetros utilizados no cálculo da produção de esgoto

* valores corrigidos em errata. Fonte: COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARÁ (2004).

Mediante a estimativa da demanda futura (população projetada) e da

produção de esgoto sanitário, foram planejadas as unidades do sistema que serão

descritas na FASE 5.

4.2.5 Proposta de concepção do SES (Fase 5)

No dimensionamento das bacias de esgotamento foram considerados:

localização e área de abrangência, variação de cotas topográficas, divisão de sub-

bacias, população, produção de esgoto e a concepção das unidades físicas do SES

(coleta, elevação, tratamento e destinação final), que corresponde à FASE 5.

Na previsão da unidade de coleta e elevação foram considerados tipo,

extensão dos coletores e interceptores, diâmetros máximos, custo de implantação de

rede e custo de energia elétrica para bombeamento.

A extensão de rede foi estimada pela relação 1,4 metro de rede por

habitante. Já os interceptores foram traçados margeando cursos d’água ou canais,

considerando a planialtimetria e a base viária. Para estimativa do diâmetro máximo

adotou-se altura da lâmina líquida máxima de 40%, profundidade média de 4,0m e

declividade de 1%. Na estimativa dos custos de implantação de rede e de energia

elétrica para bombeamento foram utilizados os valores praticados pela COSANPA,

de R$ 300 por metro de rede e de R$ 0,13 por m³ bombeado, respectivamente.

Cota per capita “q” (L/hab.dia)

Coeficiente do dia de maior consumo

“K1”

Coeficiente da hora de maior consumo

“K2”

Coeficiente de retorno “C”

Taxa de infiltração (L/s.Km)

Nível de atendimento (%)

200* 1,20 1,50 0,8 1,0* 100

Page 61: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

61

Neste estudo foram consideradas as estações elevatórias (EEs) existentes e

definido o número mínimo considerando a transposição e bacias e/ou sub-bacias na

área da bacia de esgotamento.

Para tratamento foram identificados localização da ETE e tipo de

tratamento, bem como as estimativas para implantação e para manutenção e

operação. Para destinação final dos efluentes líquido foi admitido o lançamento em

corpo d’água.

Em relação ao tipo de tratamento foram avaliados área demandada, custos

de implantação e de operação e manutenção, produção de lodo e corpo receptor,

considerando seis alternativas de configuração da ETE, no caso: Sistema de lagoas

aeradas facultativas (LAF); Sistema físico-químico – Tratamento primário avançado

(TPA); Sistema de lodos ativados convencional (LAC); Reatores anaeróbios seguido

de sistema aeróbio - Lodos Ativados (UASB+LA); Reatores anaeróbios seguido de

sistema físico-químico - Flotação por Ar Dissolvido (UASB+FAD); Reatores

anaeróbios seguido de Biofiltro submerso aerado (UASB+Biofiltro).

Os valores de referência utilizados para as estimativas por tipo de

tratamento são mostrados na Tabela 2.

Tabela 2 – Valores de referência para estimativas por tipo de tratamento3

Sistema Área (m³/hab)

Custos Produção de lodo(a)

(L/hab.ano) Implantação (R$/hab) Operação e manutenção

(R$/hab.ano)

LAF 0,25 - 0,50 40,74 - 73,33 4,07 - 7,33 30 - 220

TPA 0,04 - 0,06 32,59 - 52,96 6,52 - 12,22 730 - 2500

LAC 0,12 - 0,25 81,48 - 130,37 8,15 - 16,3 1100 - 3000

UASB+ FAD 0,05 - 0,15 48,89 - 73,33 4,89 - 7,33 300 - 470

UASB+ LA 0,08 - 0,20 57,04 - 89,63 5,7 - 9,78 180 - 400

UASB+Biofiltro 0,05 a 0,15 52,96 a 81,48 5,7 a 9,78 180 - 400

Fonte: adaptado de Von Sperling (2005). 3 Valores ajustados para US $ 1 igual a R$ 2,20.

Page 62: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

62

É importante ressaltar que na escolha do tipo de tratamento, em relação a

área, por exemplo, o TPA é a alternativa que demanda a menor área, ao contrário do

LAF que demanda maiores espaços para a sua instalação. Em relação ao custo de

implantação, o TPA e o LAC são respectivamente os que demandam menores e

maiores investimentos, ficando com valores intermediários o UASB+FAD e o

UASB+Biofiltro. Já em relação aos custos de operação e manutenção, o tratamento

mais caro é o LAC, sendo o LAF aquele de menor custo. O tratamento que mais

produz lodo é o LAC, ficando o UASB+ FAD com produção intermediária e o LAF

com menor produção de lodo.

Essas atividades seguiram as recomendações das normas técnicas

brasileiras, referentes ao SES.

Page 63: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

63

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

5.1 FASE 1 – COLETA E TRATAMENTO DE DADOS

Nesta fase, conforme procedimentos metodológicos, são apresentadas as

características gerais do município e do sistema de esgotamento sanitário de Belém.

5.1.1 Caracterização geral do município de Belém (Etapa 1)

O Município de Belém é localizado na Região Norte, no estado do Pará,

tem área de 51.569,30 km², mais precisamente situado às margens da baía do Guajará

e do rio Guamá, no estuário do rio Pará, entre as coordenadas geográficas de latitude

Sul 01º27’20” e 48º30’15” de longitude Oeste de Greenwich, limitada ao Norte com a

baía de Marajó, a Leste com os municípios de Benevides e Ananindeua, ao Sul com o

rio Guamá e a Oeste com a baía do Guajará, conforme o Mapa 2, com dois terços de

seu território formados de ilhas como a de Cotijuba, Combú, Murutucu etc.

(MUNICÍPIO ..., 2004b).

Page 64: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

64

Mapa 2 – Localização do município de Belém Fonte: Adaptado da Companhia de Habitação do Pará (2003).

O Município de Belém possui características hidrográficas peculiares,

sendo entrecortado por furos, rios, igarapés, lagos e baías, com aspectos estuarinos

amazônicos, sendo parte do Golfão Marajoára, situado na foz do Amazonas.

LIMITES MUNICIPAISESCALA: 1/320.000

Baía de

Mar

ajó

Baí

a do

Gua

jará

Rio Guamá

Rio Marimari

Furo das Marinhas

Rio Araci

Furo das Marinhas

Rio Guamá

Baía de Marajó

Furo da Laura

Baía do Sol

Lago Bolonha e Água Preta Lago Maritubinha

Baía do Guajará

Plano Diretor do Sistema de Abastecimento de Água da Região Metropolitana de BelémUFPA NUMA

GRUPO DE PESQUISA HIDRÁUL ICA E SANEAMENTO

HIDROGRAFIA DA RMB

N

EW

S

1°30' 1°30'

1°25' 1°25'

1°20' 1°20'

1°15' 1°15'

1°10' 1°10'

1°5' 1°5'

48°35'

48°35'

48°30'

48°30'

48°25'

48°25'

48°20'

48°20'

48°15'

48°15'

48°10'

48°10'

Page 65: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

65

A baía do Guajará, formada na confluência dos rios Acará e Guamá, está

localizada em frente da cidade de Belém, prosseguindo até a Ilha do Mosqueiro, onde

se encontra com a Baía do Marajó, no rio Pará. Sua margem esquerda é composta por

ilhas (Onças, Jararacá, Mirim, Paquetá Açu e Jutubá) e canais, enquanto na margem

direita está a cidade de Belém, as ilhas de Caratateua (Outeiro) e do Mosqueiro,

separadas pelos furos do Maguari e das Marinhas, respectivamente (MATTA, 2004).

A população de Belém é basicamente urbana (1.272.354 hab.), o que

representa 99,4% da população total, ou seja, apenas 8.260 hab. (0,6%) residem na

área rural. Na Tabela 3, são apresentados dados de população dos municípios da

RMB, inclusive Belém.

Tabela 3 – Resultados dos censos demográficos do IBGE para os municípios da RMB, 1950, 1960, 1970, 1980, 1991, 2000 e 2007

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística apud Pereira (2008).

Segundo Trindade Júnior (1993), as principais características topográficas

do município de Belém são:

� Apresenta três características distintas, representadas pelos níveis de várzeas, terraços e tabuleiros (baixos platôs) que, no contexto geral, se inserem no setor

ANO RMB

MUNICÍPIO

BELÉM ANANINDEUA BENEVIDES MARITUBA SANTA

BÁRBARA

1950 243.226 241.108 2.118

1960 381.130 377.777 3.353

1970 671.738 633.374 22.527 13.867

1980 1.023.453 933.280 65.878 22.315

1991 1.403.296 1.244.689 88.151 68.465 -

2000 1.795.536 1.280.614 393.569 35.546 74.429 11.378

2007 (*) 1.795.536 1.408.847 484.278 43.272 93.416 13.730

Percentual 100% 78,5% 27,0% 2,4% 5,2% 0,8%

(*) Belém e Ananindeua: municípios objeto de estimativa populacional para o ano de 2007. Marituba, Benevides e Santa Bárbara: municípios objeto de contagem populacional para o ano de 2007.

Page 66: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

66

de planície regional, integrando o domínio de terras baixas sedimentares amazônicas;

� A cidade não se desenvolveu num sentido topográfico definido, uma vez que não acompanha um vale, não se dispõe numa vertente, não circunda uma montanha, mas numa superfície levemente acidentada, com pequenas elevações, que figuravam, originariamente, como trechos isolados ou divisórios entre áreas alagadas;

� Pela pouca altitude e conformação do terreno, a cidade apresenta certas deficiências de escoamento e, considerando sua topografia, os problemas são mais de efeitos retentivos e estagnantes do que efeitos erosivos das águas;

� Devido à influência das marés, a periferia de Belém é bastante afetada pelas oscilações da preamar e baixa-mar, sendo agravada com as grandes chuvas. Parte de vários bairros, ao lado de porções fragmentadas de baixos terraços, onde a cidade teve seu nascedouro, foram bastante aterrados e servidos pelos diques construídos no Guamá e Guajará, com o objetivo de detenção das águas e de servir de estrada ou via de acesso à periferia de Belém.

O Município de Belém, pela posição geográfica, pela abundância das

águas que o banham e pela exuberância das florestas que o cercam, possui área

considerada tipicamente equatorial. É caracterizado, em geral, por clima quente e

úmido, em virtude, também, de sua baixa altitude, da topografia plana e da

vegetação densa. O tipo climático atual, de acordo com a classificação de Köppen,

varia entre AM4 e AW5 tropical úmido de floresta (OLIVEIRA, 2002).

Belém situa-se em uma região chuvosa, com precipitação pluviométrica

média anual de 2.500 a 3.000 mm, com chuvas mais intensas no final da tarde, no

período de dezembro a abril, enquanto que, de agosto a outubro registra-se a menor

pluviosidade.

4 Apresenta característica de clima de monção, com moderada estação seca e ocorrência de precipitação média mensal inferior a 60 mm. 5 Caracteriza-se por apresentar inverno seco bem definido e ocorrência de precipitação média mensal inferior a 60 mm.

Page 67: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

67

O regime térmico se caracteriza pela temperatura elevada, com média

anual próxima ou pouco acima de 26 ºC e umidade relativa do ar em média de 85 %,

sendo que durante o ano, as temperaturas se mantêm elevadas em todo o período,

razão pela qual não existem estações climáticas bem definidas na região.

Quanto aos ventos, predominam os do quadrante Nordeste que têm fácil

penetração na área, devido à disposição do relevo, isto é, com espigões e talvegues

que se dispõem paralelamente no sentido Nordeste-Sudoeste. Pela disposição do

relevo da orla da baía de Guajará (Norte-Sul), os ventos Norte atuam com menor

freqüência.

A velocidade média mensal dos ventos é 4,82 m/s, sendo mais fortes no

verão do que no inverno. Em relação à pressão atmosférica, os valores são muito

próximos em quase todos os meses do ano, exceto em maio e junho, cujas médias são

de 913,96 e 944,58 atm, respectivamente.

Portanto, as altas temperaturas, os ventos de baixa velocidade, altos

índices de umidade relativa do ar e precipitação abundante são características do

clima do Município de Belém.

O município de Belém apresenta geologia caracterizada pelas formações

Barreiras, Pós-Barreiras e Sedimentos Holocênicos (recentes), conforme apresentado

no Mapa 3.

Page 68: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

68

Mapa 3 – Geologia da Região de Belém e Ananindeua Fonte: Pará (1995 apud MATTA, 2004).

Page 69: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

69

Matta (2004) cita que o Grupo Barreiras, a unidade Pós-Barreiras e os

Sedimentos Holocênicos são as principais unidades lito-estratigráficas que ocorrem

nesses municípios, sendo:

� Grupo Barreiras - representado por sedimentos continentais argilosos, arenosos e conglomeráticos, de coloração amarelada à alaranjada, com níveis de arenito ferruginosos, pouco consolidados, com estruturas sedimentares do tipo estratificações e conteúdo fossilífero vegetal, além de estruturas como microfraturas e microfalhas;

� Pós-Barreiras – também apresentam sedimentos inconsolidados, sobretudo arenosos, que variam de creme-amarelados, amarelos a totalmente brancos, com alguma fração de argila, granulometria variando de fina a média e sem estrutura sedimentar aparente. Aparecem seixos milimétricos de quartzo leitoso, além de concreções ferruginosas;

� Sedimentos Holocênicos (Recentes) - representados por sedimentos aluvionares atuais e sub-atuais, situados nos vales de rios e igarapés que drenam a área.

A energia consumida no Município de Belém é gerada na Usina

Hidroelétrica de Tucuruí (UHT), localizada no rio Tocantins e transmitida pela linha

de transmissão até o centro de consumo. A empresa responsável pela geração e

transmissão é a Centrais Elétricas do Norte (ELETRONORTE), empresa estatal das

Centrais Elétricas Brasileiras (ELETROBRÁS), que atualmente possuem 6 (seis)

subestações de operação no município.

As atividades industriais predominantes na Microrregião de Belém

(municípios de Belém, Ananindeua, Barcarena, Benevides, Marituba e Santa Bárbara

do Pará), segundo a arrecadação de ICMS, são: Bebidas (34% da arrecadação do setor

industrial), produção metalúrgica (21%) e alimentos (13%) (SETORES ..., 2004).

Quanto aos resíduos sólidos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (2001), a maior parte das 2.687 toneladas de resíduos sólidos coletados na

Page 70: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

70

RMB, diariamente, é disposta de forma irregular em lixões (1.517 t/dia), sendo o

restante encaminhado para aterros controlados (300 t/dia) e sanitário (880 t/dia).

O gerenciamento da limpeza urbana é da Secretaria de Saneamento do

Município de Belém (SESAN), por meio do Departamento de Resíduos Sólidos

(DRES), sendo responsável pela operacionalização do sistema de limpeza urbana de

Belém e Ananindeua, abrangendo os serviços de coleta, transporte e destino final.

Os resíduos sólidos gerados em Belém são dispostos no “Complexo de

Destino Final de Resíduos Sólidos e Jazidas de Material Laterítico da RMB”. Este

complexo de 314 ha de área, localizado no município de Ananindeua, no bairro de

Santana do Aurá, é denominado Aterro Sanitário do Aurá e seu acesso realizado pela

rodovia federal BR-316, distante 16 km do centro de massa de produção de resíduos

sólidos de Belém e a 9 km do centro urbano de Ananindeua.

No que diz respeito ao acondicionamento e tratamento de resíduos

sólidos, para a população de Belém, Ananindeua e Marituba, os seguintes serviços e

ações foram desenvolvidos:

� Usina de incineração de resíduos de alto risco - para queima de resíduo hospitalar e de animais mortos, com a capacidade para tratar cerca de 21 toneladas. Esta usina se encontra paralisada, atualmente;

� Aterro sanitário; � Tratamento do chorume no Aterro Sanitário do Aurá - composto por duas

lagoas de estabilização em série e bateria com quatro filtros biológicos; � Projeto de Biorremediação do Aterro Sanitário do Aurá; � Instalação de papeleiras nas ruas de Belém; � Ampliação de limpeza de lougradouros públicos; � Coleta seletiva em alguns bairros de Belém.

Em relação ao sistema de drenagem urbana de Belém, segundo Mercês

(1997), o mesmo constitui um fator de enorme relevância ambiental, tendo em vista

sua localização numa área de elevado índice pluviométrico. No entanto, para o

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2001), o risco ambiental de enchentes

Page 71: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

71

em Belém é classificado como pequeno, visto que ocorrem ocasionalmente, sem

vítimas e com poucos danos.

O município de Belém forma um arcabouço hídrico com drenagem do tipo

dendríticas6, sendo seus principais acidentes geográficos: a baía do Marajó, ao Norte,

e do Guajará, a Oeste, nesta última deságuam os igarapés: Bacuri, Val-de-Cans, Una,

Doca (Bacia das Armas), General Magalhães e o furo do Maguari que separa a ilha de

Caratateua (Outeiro) do continente. Ao Sul, o rio Guamá que recebe águas dos

igarapés Estrada Nova (bacia da Estrada Nova), Tucunduba, Murutucu e Aurá.

Quanto à macrodrenagem, isto é, considerando-se apenas os cursos

d’água naturais, que coletam as águas precipitadas em determinadas áreas, a cidade

foi dividida nas seguintes bacias de drenagem: Tamandaré/Comércio,

Reduto/Armas, Una, Tucunduba, Estrada Nova e Murutucu, que apresentam as

características apresentadas o Quadro 5.

Bacia de drenagem

Área total (Km²)

Área Alagável

(%)

Canal (m)

Bairros drenados

Tamandaré 1,92 58,3 1.270 Cidade Velha, Batista Campos e Campina.

Comércio 0,55 27,3 - Reduto 0,96 14,6 400

Umarizal, Nazaré, Campina, Batista Campos e Reduto. Armas 2,04 35,3 1.250

Una 37,72 25,4 32.060 Umarizal, Nazaré, São Brás, Fátima, Marco, Pedreira, Telégrafo, Barreiro, Sacramenta, Miramar, Maracangalha, Souza, Castanheira, Val-de-Cans, Mangueirão, Benguí, Parque Verde e Cabanagem.

Tucunduba 9,42 53,8 13.985 Guamá, São Brás, Marco, Curió-Utinga, Universitário, Canudos e Terra Firme.

Estrada Nova 9,54 72,7 13.556 Guamá, Nazaré, Batista Campos, São Brás, Cidade Velha, Jurunas, Condor e Cremação.

Murutucu 13,1 13 2.020 Universitário, Marco, Souza, Castanheira, Guanabara, Curió-Utinga e Águas Lindas.

Quadro 5 – Principais características das bacias de drenagem de Belém

No município de Belém, 1.153.668 habitantes (81,9% da população) são

atendidos com sistemas públicos de abastecimento de água por meio de duas

concessionárias de serviços de saneamento básico: a Companhia de Saneamento do

6 Que apresenta ramificações semelhantes às da árvore.

Page 72: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

72

Pará (COSANPA) e o Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Belém (SAAEB)

(MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2009).

A COSANPA utiliza para abastecimento da zona urbana central e parte da

zona de expansão de Belém água de manancial superficial e de manancial

subterrâneo, atendendo, segundo o Ministério das Cidades (2009), 941.599

habitantes, por meio de 1.881 km de rede de distribuição de água, representando

194.692 ligações de água ativas.

No caso do SAAEB, o abastecimento de água é realizado na

Administração Regional de Icoaraci (ARICO), a Administração Regional de Outeiro

(AROUT), a Administração Regional de Mosqueiro (ARMOS) e parte da

Administração Regional do Benguí (ARBEN), atendendo 208.449 habitantes,

equivalente a 14,80% da população abastecida em Belém.

O sistema de abastecimento de água do pelo SAAEB apresenta 14

unidades em operação, que explotam água do aqüífero Pirabas, através de poços

artesianos profundos, produzindo 1,2 m3/s (4.420.000 L/h) de água potável para

consumo humano (FERREIRA, 2002).

Em Belém, o aqüífero Pirabas apresenta elevada produtividade, com

vazões superiores a 250 m3/h. O Pré-Pirabas é ainda pouco estudado e está

localizado a partir dos 200 m de profundidade, apresentando perspectivas de

excelentes vazões de água com boa qualidade, constituindo, portanto, opção para

projetos que demandem grande volume de água (ÁGUA ..., 2003).

Apesar da significativa melhoria no atendimento com sistema de

abastecimento de água em Belém, o mesmo não acompanha o constante crescimento

populacional. Essa situação torna, cada vez mais, complexo e empírico o controle

operacional desses sistemas, pois, além de exceder a área original de abrangência,

prejudica a eficiência hidráulica da distribuição da água, a elaboração do balanço

Page 73: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

73

hidráulico da rede e a identificação e caracterização dos pontos de fugas (vazamentos

e ligações clandestinas).

Em termos de instrumentação legal para fins do planejamento urbano do

município de Belém, destacam-se os seguintes documentos:

� Lei Municipal n.º 8.655, de 30 de julho de 2008: Dispõe sobre o Plano Diretor do Município de Belém, e dá outras providências;

� Lei Municipal n.º 7.399, de 15 de janeiro de 1988: Dispõe sobre o parcelamento do solo urbano do Município de Belém;

� Lei Municipal n.º 7.401, de 29 de janeiro de 1988: Dispõe sobre a política

municipal de desenvolvimento urbano, de acordo com as diretrizes de estruturação espacial da região metropolitana de Belém.

De grande relevância para o planejamento do saneamento como

infraestrutura da cidade de Belém, e como serviço urbano de considerável demanda

social, ressalta-se a Lei Nº 8.655/08 nos seguintes termos:

� Diretrizes da Política Municipal de Saneamento: no Art. 31, o Poder Executivo do Município de Belém deverá articular-se com os governos federal, estadual e municipal, para: compatibilizar, integrar e coordenar a elaboração e implementação dos planos setoriais de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, drenagem, resíduos sólidos, controle de riscos ambientais e gestão ambiental;

� Resolução de problemas de saneamento ambiental: no Art. 32, o Poder Executivo do Município de Belém deverá articular-se com os governos federal, estadual e municipais da Região Metropolitana de Belém, para: resolver conjuntamente os problemas de saneamento ambiental de interesse comum aos municípios da Região Metropolitana de Belém;

� Sistema de esgotamento sanitário: no Art. 35, o serviço de esgotamento

sanitário deverá assegurar à população do Município o acesso à coleta, transporte e tratamento adequado dos esgotos.

Page 74: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

74

5.1.2 Sistema de esgotamento sanitário em Belém (Etapa 2)

No município de Belém, dos 1.408.847 habitantes, em 2007, apenas 6,35%

(ou seja, 89.498 habitantes) é atendida com coleta de esgoto sanitário. A extensão total

de rede coletora é de 613 Km, sendo o índice de esgoto tratado referente à água

consumida igual a 0,85% (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2009). É importante ressaltar

que, na realidade, esse índice de esgoto tratado é ainda menor, pois o mesmo se

refere à apenas a população atendida com abastecimento de água.

No Mapa 4 são apresentadas as áreas do município de Belém

contempladas pelas intervenções do período de 1906 a 2003.

Page 75: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

75

Mapa 4 – SES existente

R i o G u a m á

B a

i a

d

o

G u

a j

a r

á

Ananindeua

1°30

' 1°30'

1°25

' 1°25'

1°20

' 1°20'

1°15

' 1°15'

1°10

' 1°10'

1°5'

1°5'

48°30'

48°30'

48°25'

48°25'

48°20'

48°20'

48°15'

48°15'

Belém

Malha Hidrica

LEGENDA

Esc. 1/240.000

Sistemas ExistentesByington & CiaFox & Partner - 3maioFox & Partner TamandaréSES MosqueiroSES PratinhaMacrodrenagem Una -Sistema Individual

PROSANEARPROSEGE

Macrodrenagem Una - Sistema Convencional

S

N

EW

Page 76: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

76

Quanto aos sistemas de esgotamento sanitário em Belém, em relação aos

projetos e as obras realizados, observa-se dois períodos em que foram realizadas

intervenções consideradas discretas: o primeiro, entre os anos de 1906 e 1993, no qual

foram realizadas obras exclusivamente para execução de unidades de coleta e

elevação do esgoto sanitário (PEREIRA, 2003); e o segundo, entre 1993 até dos dias

atuais, marcado com algumas intervenções de execução de unidades de tratamento

de esgoto.

As principais características dos sistemas de esgotamento sanitário no

município, em relação à rede coletora e ao tratamento de esgoto, são as seguintes:

- A rede coletora: predominantemente é do tipo separador absoluto, porém

com ocorrência de áreas com coleta através de rede do tipo separador parcial (na 1ª

légua patrimonial) e do tipo condominial (área do PROSANEAR);

- As estações de tratamento: com utilização de reatores UASB (tratamento

secundário), seguido de desinfecção com cloro, com maior ocorrência de unidades.

Existência de duas estações com tratamento por meio de lagoas de estabilização

(tratamento secundário), seguido de desinfecção com cloro. Implantação de 26.736

tanques sépticos (tratamento primário).

Em 1906 foi constituída a Municipality of Para Improvement Ltda, para

gerenciamento do Sistema de Esgotamento Sanitário, que por sua vez, contratou a

empresa inglesa Douglas Fox e Partner para elaboração dos estudos preliminares

(PEREIRA, 2003). Os Bairros favorecidos com o sistema de esgotamento sanitário

foram parte de Nazaré e São Braz. A partir desses estudos foram projetados 79 km de

rede coletora de esgoto, tipo separador absoluto, para atendimento de 105.000

habitantes, tendo como ponto final de lançamento um trecho da Baía de Guajará, a

aproximadamente 2,5 km de distância do Forte do Castelo.

A seguir são apresentadas as principais intervenções (projetos e obras) de

esgotamento sanitário realizadas no município de Belém desde o ano de 1912:

Page 77: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

77

Em 1912, houve uma reformulação no projeto onde outros bairros como

Campina, Cidade velha e parte da Batista Campos foram favorecidos com o sistema

de esgotamento sanitário sendo substituído o tipo de sistema separador absoluto

pelo tipo separador parcial, e alterado de um para dois o número de pontos de

lançamento dos efluentes. Esses pontos seriam um às margens do rio Guamá, e o

outro na Ponta do Forte do Castelo, a 450 metros do litoral, em frente à cidade de

Belém. No entanto, até o ano de 1915, somente 56,9% (45km) da rede coletora de

esgoto projetada foi efetivamente construída atendendo apenas 59.745 habitantes

(PEREIRA, 2003).

Com o objetivo de elaborar um projeto de esgotamento sanitário para

atendimento de 472.015 habitantes da 1ª légua patrimonial (3.660 ha) contratou-se em

1955 a firma Byington & Cia. Esta se baseou na utilização do sistema separador

absoluto e na divisão da área de abrangência em quatro Bacias de esgotamento,

sendo todo esgoto coletado e encaminhado para lançamento subaquático na Baía do

Guajará (COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARÁ, 1987). Foi prevista a

utilização de 50% da rede coletora assentada entre 1906 e 1915, o assentamento de

438.540m de tubulações (rede coletora, coletores troncos e interceptores) e a

construção de três Estações Elevatórias de Esgoto (EEE), para solucionar as

diferenças de nível e integrar as Bacias.

Em 1987, foi apresentado o projeto básico do Programa de Recuperação da

Bacia do Una (PROJETO UNA), que foi finalizado em 1997 atendendo os bairros

Barreiro, Fátima e parte dos bairros Miramar, Sacramenta, Telégrafo, Pedreira,

Umarizal, Marco, Maracangalha e São Braz. As obras desse programa foram

realizadas durante o período de 1999 a 2002. As principais intervenções foram em

micro e macrodrenagem; aterramento e pavimentação de vias; abastecimento de

água; e coleta e transporte de resíduos sólidos. Em relação ao sistema de esgotamento

sanitário, o referido programa beneficiou 157.607 habitantes do total de 543.543

habitantes, com 283.900 m de rede coletora de esgoto; 26.736 tanques sépticos, sendo

26.656 individuais e 80 coletivos (PEREIRA, 2003).

Page 78: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

78

A partir de 1993, foram iniciadas as atividades do Programa de

Saneamento para Populações de Baixa Renda (PROSANEAR) com a implantação de

sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário em Belém, nos bairros

Benguí, Cabanagem e parte dos bairros do Mangueirão, Parque Verde, e onze

comunidades do Jaderlândia. Foram investidos na implantação 04 (quatro) Sistemas

de Esgotamento Sanitário (SES): IPASEP, COQUEIRO, GUANABARA e BENGUÍ.

No programa PROSANEAR foram implantados 134.418 m de rede condominial tipo

fundo de lote; 52.491 m de rede básica; 8 Estações Elevatórias de Esgoto; e 4 Estações

de Tratamento de Esgoto (COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARÁ, 1997).

Na Fotografia 1 e na Fotografia 2 são apresentadas imagens das estações

de tratamento de esgotamento sanitário Coqueiro e Benguí, respectivamente.

Fotografia 1– Reator UASB do Coqueiro

Fotografia 2 – Entrada do reator UASB do Benguí

Page 79: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

79

A partir de 1993, foram iniciadas as atividades do Programa de Ação

Social em Saneamento (PROSEGE) com a implantação de sistemas de esgotamento

sanitário, abrangendo os bairros de Marambaia e Guanabara. Os sistemas do

PROSEGE atendem uma área total de 812,50 ha, beneficiando 140.916 habitantes. No

programa PROSEGE foram implantados 101.226 m de rede coletora; 4.660 m de

coletor tronco; 75,11 % das quatro estações elevatórias intermediárias do projeto; 990

m de linhas de recalque; 15.654 ligações prediais e 2 Estações de Tratamento de

Esgoto (PEREIRA, 2003).

No estudo realizado Guimarães (2009) para análise das intervenções de

esgotamento sanitário na RMB foram compilados os valores oficiais aplicados na

construção da ETE 1 (ETE Rua da Mata) e da ETE 2 (ETE Tavares Bastos), sendo, na

primeira, investidos R$ 6.892.802,67, com recursos do Governo do Estado do Pará

(GEP) e do OGU, durante o período de abril de 1999 a junho de 2005, e na segunda,

R$ 10.497.193,54, com recursos do GEP, do OGU e da COSANPA, de maio de 2000 a

abril de 2007.

Na Fotografia 3 é apresentada a imagem da Estação de Tratamento

Tavares Bastos do projeto PROSEGE.

Fotografia 3 – ETE Tavares Bastos

Page 80: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

80

A partir de 2001, foram iniciadas as atividades de operação do SES

implantado no bairro da Pratinha. A ETE Pratinha foi projetada para beneficiar 3.285

habitantes, sendo constituída por unidades de gradeamento e de desarenação,

dispositivo de medição de vazão, reator anaeróbio de manta de lodo e unidade de

desinfecção com cloro. A rede coletora de esgoto implantada no Bairro da Pratinha

apresenta concepção de sistema tipo separador absoluto, com 3.160 m de extensão

com sua totalidade em PVC. Foram contemplados 13 (treze) logradouros, com 45

poços de visita que coletam atualmente os esgotos sanitários através de 659 caixas de

inspeção individuais. O SES da pratinha é constituído por somente 01 (uma) Estação

de Elevatória de Esgoto com 02 (duas) bombas submersas (PREFEITURA

MUNICIPAL DE BELÉM, 2003).

A partir de 2003, iniciou as obras para implantação do Sistema de

Esgotamento Sanitário da ilha de Mosqueiro, distrito do município de Belém,

atentendo os bairros do Farol, Praia Grande, Vila e parte do Chapéu Virado,

Mangueira e Maracajá. O SES do distrito de Mosqueiro foi executado para beneficiar

população de início de plano de 26.430 habitantes e final de plano de 85.000

habitantes, com área de abrangência de 299 ha. No sistema de esgotamento sanitário

implantado no distrito do Mosqueiro foram previstas 6.000 ligações prediais, 50.475

metros de rede coletora e 2.930 m de emissários, é constituído por 07 (sete) Estações

Elevatórias de Esgoto, o tratamento de esgoto é formado por 2 sistemas de lagoas de

estabilização (aeradas mecanicamente e facultativas) e desinfecção com cloro

(PREFEITURA MUNICIPAL DE BELÉM, 2003).

Na Fotografia 4 é apresentada das unidades de tratamento (lagoas de

estabilização e desinfecção) do sistema de esgotamento sanitário de Mosqueiro.

Page 81: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

81

Fotografia 4 – Sistema de Esgotamento Sanitário de Mosqueiro Fonte: Prefeitura Municipal de Belém (2003).

No que se refere ao planejamento, no intuito de nortear a implementação

de futuros projetos e obras do sistema de esgotamento sanitário, em 1987, o consórcio

Rede Engenharia/Tecnosan Engenharia S.A foi contratado para elaborar o primeiro

Plano Diretor de Esgoto Sanitário da Região Metropolitana de Belém.

Apesar de importantes e oportunas, as obras desses programas de

saneamento não foram suficientes para atender grande parte da população, o que faz

com que continuem sendo utilizadas soluções individuais para o tratamento dos

esgotos sanitários por boa parte da população.

É importante ressaltar que o lançamento indevido de esgoto, parcialmente

tratado ou não, ocasiona poluição e/ou contaminação dos corpos receptores, sendo

prejudicial para o meio ambiente e potencialmente perigoso para a saúde da

população. Atualmente, já é perceptível que muitos canais de drenagem em Belém

apresentam massa líquida com coloração escura e odor desagradável

Segundo Pereira (1994), no Plano Diretor de 1987 foram estudadas

diferentes concepções para o SES dos municípios de Belém e Ananindeua, tendo sido

Page 82: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

82

escolhida a concepção que divide a área da região em 4 pólos de esgotamento,

totalizando 17 bacias, conforme apresentado no Mapa 5:

� 1 – Pólo de Esgotamento Belém com 9 Bacias;

� 2 – Pólo de Esgotamento Val de Cans com 4 Bacias;

� 3 – Pólo de Esgotamento Cidade Nova com 2 Bacias;

� 4 – Pólo de Esgotamento Ananindeua com 2 Bacias

Mapa 5 – Concepção do SES no Plano Diretor de 1987 Fonte: Pereira (1994).

Page 83: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

83

5.2 FASE 2 - DEFINIÇÃO DAS BACIAS DE ESGOTAMENTO

5.2.1 Delimitação da área do SES convencional e divisão de sub-bacias (Etapa 1)

Para definição das bacias de esgotamento foram identificadas áreas com

potencial para aplicação de sistemas convencionais para esgotamento sanitário.

Dessa forma, a área de abrangência do sistema convencional contemplou o

limite urbano do município definido pelo IBGE, com exceção da APA Belém, e as

porções da área rural com traços evidentes de expansão no núcleo urbano, conforme

mostrado no Mapa 6.

Page 84: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

84

Mapa 6 – Delimitação da área de planejamento

Ananindeua

B a

i a

d

o

G u

a j a

r

á

R i o G u a m á

1°30

' 1°30'

1°25

' 1°25'

1°20

' 1°20'

1°15

' 1°15'

1°10

' 1°10'

1°5'

1°5'

48°30'

48°30'

48°25'

48°25'

48°20'

48°20'

48°15'

48°15'

Belém

Malha Hidrica

LEGENDA

Esc. 1/250.000

Limite Urbano (IBGE)Abrangência do SESConvencionalÁrea de ProteçãoAmbiental

Limite Municipal

S

N

EW

Page 85: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

85

Segundo Barbosa e Silva (2002), com o objetivo de atender a Política

Nacional de Recursos Hídricos (Lei Federal n° 9.433/97), em agosto de 2000, a

Prefeitura Municipal de Belém, apresentou delimitação de bacias hidrográficas na

quase totalidade da área do município de Belém, que a partir de então se tornou a

informação oficial.

No Mapa 7 são mostrados os limites existentes de bacias hidrográficas

sobrepostos aos da área de planejamento.

Page 86: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

86

Mapa 7 – Limite oficial das bacias hidrográficas de Belém Fonte: adaptado de Barbosa e Silva (2002).

Ananindeua

B a

i a

d

o G

u a

j a

r á

R i o G u a m á

Acará

4

56

23

1

9

13

7

10

1112

8

Belém

1°30

' 1°30'

1°25

' 1°25'

1°20

' 1°20'

1°15

' 1°15'

1°10

' 1°10'

1°5'

1°5'

48°30'

48°30'

48°25'

48°25'

48°20'

48°20'

48°15'

48°15'

S

N

EW

Belém

Malha Hídrica

LEGENDA

Esc. 1/250.000

Limites de Bacias Hidrográficas

Bacias Hidrográficas

8 - Val de Cans

12 - Ananin13 - Outeiro

11 - Paracurí

10 - Cajé

7 - Una6 - Aurá5 - Murutucum

9 - Mata Fome

4 - Tucunduba

2 - Tamandaré

3 - Estrada Nova

1 - Reduto

Page 87: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

87

A única menção do limite de bacias no distrito de Mosqueiro foi

encontrada também em Barbosa e Silva (2002). Os autores comentam que a área Bacia

do rio Pratiquara, correspondente a aproximadamente 2.000 ha, está distribuída nos

bairros Murubira, Natal do Murubira, Porto Arthur, Chapéu Virado, Aeroporto,

Farol, Praia Grande, Mangueiras, Vila, Maracajá e em parte da área rural. A

espacialização de limite não foi mostrada.

A implantação de infraestrutura sanitária, notadamente as redes de

esgotos sanitários e águas pluviais, deve adotar como base a bacia hidrográfica não

apenas por permitir a visualização das alternativas de concepção dos sistemas a

serem implantados em função dos desníveis topográficos, mas, também, como

indicador de critérios para a localização dos equipamentos desses sistemas que

possam alterar a qualidade da água do corpo receptor (BERNARDES; SCÁRDUA;

CAMPANA, 2006).

A unidade geográfica que contribui para formação de um curso d’água é a

bacia hidrográfica, por isso nenhuma medida de proteção será eficiente se abranger

apenas parte dessa bacia (BRANCO, 1993). Daí a necessidade de identificar

corretamente os divisores de água para então seguir ao dimensionamento.

Diante da importância da delimitação de bacias para o planejamento de

SES e da necessidade atender as demais áreas do município, foi aplicada proposta

que resultou na configuração de bacias hidrográficas mostrada no Mapa 8.

Page 88: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

88

Mapa 8 – Limite de bacias hidrográficas do município de Belém

É importante ressaltar que em razão da área rural não ter sido

contemplada no levantamento planialtimétrico disponível, para delimitação das

B a

i a

d o

G

u a

j a

r á

R i o G u a m á

Ananindeua

Belém

12

48 5

9

14

10

11

21

20

13

24

9

23

12

26

16

14

15

19

17

2528

10

22

27

18

11

367

1°30' 1°30'

1°25' 1°25'

1°20' 1°20'

1°15' 1°15'

1°10' 1°10'

1°5' 1°5'

48°35'

48°35'

48°30'

48°30'

48°25'

48°25'

48°20'

48°20'

48°15'

48°15'

Bacias hidrográficas1-Tamandare

10-Mata Fome11-Caje12-Paracuri13-Arari14-Ananin15-Outeiro16-Itaiteua17-Água boa18-Outeiro Oeste19-Outeiro Norte

2-Estrada Nova

20-Murubira21-Marimari22-Cajueiro23-Santana24-Mosqueiro Oeste25-Carananduba26-Jacarequara27-Ipixuna28-Irapara

3-Tucunduba4-Murutucum

6-Magalhães barata7-Reduto8-Una9-Val de Cans

5-Aurá

Malha HidricaLimites Municipais

Esc. 1/250.000

1-Tamandare

LEGENDA

Limite ExistenteNovo Limite

Bacias Hidrográficas

S

N

EW

Page 89: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

89

bacias que ultrapassaram o limite urbano foram utilizadas imagens SRTM como

modelo digital do terreno para modelagem da topografia. Entretanto, os resultados

obtidos nesse tipo de modelagem normalmente são aplicados a escalas maiores, o

que justifica posterior avaliação, caso sejam disponibilizados dados planialtimétricos

de maior precisão.

As bacias da porção continental do município de Belém somadas às das

ilhas de Mosqueiro e de Outeiro, totalizaram 28 bacias hidrográficas. As demais ilhas

de Belém não enquadradas no limite urbano definido pelo IBGE assim como o

restante da área rural, foram consideradas Área Especial de Planejamento. Essa área

não foi inserida na divisão de bacias hidrográficas, no entanto foi previsto

atendimento com SES que será detalhado posteriormente.

As 28 bacias hidrográficas receberam a seguinte denominação: 1-

Tamandaré; 2-Estrada Nova; 3-Tucunduba; 4-Murutucum; 5-Aurá; 6-Magalhães

barata; 7-Reduto; 8-Una; 9-Val-de-Cans; 10-Mata Fome; 11-Cajé; 12-Paracurí; 13-Ariri;

14- Ananin; 15- Outeiro; 16-Itaiteua; 17-Água Boa; 18-Outeiro Oeste; 19-Outeiro Norte;

20-Murubira; 21-Marimari; 22-Cajueiro; 23-Santana; 24-Mosqueiro Oeste; 25-

Carananduba; 26-Jacarequara; 27-Ipixuna; 28-Irapará.

A Bacia 1-Tamandaré tem área total de 231 ha, correspondente a 0,28% da

área do município de Belém (0,15% da RMB). A malha urbana é correspondente à

área total dessa Bacia, sendo formada pelos bairros Cidade Velha, Campina e parte

do bairro Batista Campos e Rua Cesário Alvim. As cotas topográficas da Bacia 1

variam de 4 a 12 m, sendo o canal da Tamandaré o principal corpo d’ água. Dentre as

principais características dessa Bacia estão a presença do Centro histórico e do Centro

comercial.

A Bacia 2-Estrada Nova tem área total de 936 ha, correspondente a 1,12%

da área do município de Belém (0,59% da RMB). A malha urbana é correspondente à

área total dessa Bacia, sendo formada pelos bairros Jurunas, Cremação, Condor e

Page 90: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

90

parte dos bairros Batista campos, a Rua Cesário Alvim, Nazaré e Guamá. As cotas

topográficas da Bacia 2 variam 4 a 14 m, sendo o Canal da Quintino Bocaiúva e o

Canal da Estrada Nova os principais corpos d’água. Dentre as principais

características dessa Bacia estão o adensamento populacional que resulta em escassez

de áreas livres; a grande parte de áreas alagadas; o Museu Emílio Goeldi e a Praça

Batista Campos.

A Bacia 3-Tucunduba tem área total de 1.168 ha, correspondente a 1,40%

da área do município de Belém (0,74% da RMB). A malha urbana é correspondente à

área total dessa Bacia, sendo formada pelos bairros Canudos, Terra Firme e parte dos

bairros São Brás, Marco, Curió - Utinga, Guamá e Universitário. As cotas

topográficas da Bacia 3 variam de 4 a 18 m, sendo o Canal da Gentil e o Igarapé

Tucunduba os principais corpos d’água. Dentre as principais características dessa

Bacia estão o adensamento populacional, a porção Leste da Bacia pertencente à área

de proteção ambiental e a presença de áreas institucionais – Universidade Federal do

Pará (UFPA), Empresa Brasileira (EMBRAPA), Universidade Federal Rural da

Amazônia (UFRA) e Eletronorte.

A Bacia 4-Murutucum tem área total de 3.508 ha correspondente a 15,26%

da área do município de Belém (2,22% da RMB). A malha urbana é correspondente à

área total dessa Bacia, sendo formada pelos bairros Guanabara, Curió – Utinga e

parte dos bairros Souza, Castanheira e Universitário. As cotas topográficas da Bacia 4

variam de 4 a 22 m, sendo os lagos Bolonha e Água Preta, os quais são utilizados

como reservatório para a água capitada no Rio Guamá que abastece

aproximadamente 1.000.000 de habitantes da RMB, principais corpos d’água. Dentre

as principais características dessa Bacia esta a predominância da área de proteção

ambiental, sendo o extremo Norte predominando ocupações.

A Bacia 5-Aurá tem área total de 2.118 ha correspondente a 1,54% da área

do município de Belém (1,34% da RMB). A malha urbana representa 81,07% dessa

Bacia e é formada pelos bairros Águas Lindas, Aurá e parte dos bairros Curió –

Page 91: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

91

Utinga e Júlia Sefer. As cotas topográficas da Bacia 5 variam de 4 a 12 m, sendo o

Igarapé Aura o principal corpo d’água. Dentre as principais características dessa

Bacia esta a predominância da área de proteção ambiental, com ocupações no

extremo Norte.

A Bacia 6-Magalhães Barata tem área total 87 ha, correspondente a 0,11%

da área do município de Belém (0,06% da RMB). A malha urbana é correspondente à

área total dessa Bacia, sendo formada pelos bairros do Reduto, Campina e Nazaré.

As cotas topográficas da Bacia 6 variam de 4 a 12 m, sendo o Canal do Reduto o

principal corpo d’ água. Dentre as principais características dessa Bacia estão à

verticalização, o Centro Comercial e a Praça da República.

A Bacia 7-Reduto tem área total 170 ha, correspondente a 0,20% da área do

município de Belém (0,11% da RMB). A malha urbana é correspondente à área total

dessa Bacia, sendo formada pelos bairros do Reduto, Nazaré e Umarizal. As cotas

topográficas da Bacia 7 variam de 4 a 14 m, sendo o Canal das Armas o principal

corpo d’ água. A principal característica dessa Bacia é a verticalização.

A Bacia 8-Una tem área total de 3.607 ha correspondente a 17,43% da área

do município de Belém (2,29% da RMB). A malha urbana é correspondente à área

total dessa Bacia, sendo formada pelos bairros de Belém: Pedreira, Sacramenta,

Fátima, Telégrafo, Marambaia, Mangueirão, e parte dos bairros Souza, Marco, São

Braz, Nazaré, Miramar, Maracangalha, Val-de-Cans, Bengui, Parque Verde,

Cabanagem e Castanheira. Além da inclusão de parte dos bairros de Jardelândia e

Atalaia, pertencentes ao município de Ananindeua. As cotas topográficas da Bacia 8

variam de 4 a 20 m, sendo o Canal do Una, o Canal São Joaquim e o Canal Água

Cristal os principais corpos d’água. Dentre as principais características dessa Bacia

estão o adensamento populacional, o Complexo Esportivo do Mangueirão, a área

institucional das Forças Armadas (predomínio de vegetação) e o Aeroclube

(aeroporto de pequeno porte).

Page 92: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

92

A Bacia 9-Val-de-Cans tem área total 1.081 ha, correspondente a 1,30% da

área do município de Belém (0,69% da RMB). A malha urbana é correspondente à

área total dessa Bacia, sendo é formada pelos bairros de Belém: Val-de-Cans,

Mangueirão, Benguí, Parque Verde, São Clemente, Pratinha, Maracangalha e

Miramar. As cotas topográficas da Bacia 9 variam de 4 a 20 m. Dentre as principais

características dessa Bacia estão o Aeroporto Internacional de Belém, o entorno com

áreas verdes e conjuntos habitacionais.

A Bacia 10-Mata Fome tem área total 569 ha, correspondente a 0,68% da

área do município de Belém (0,36% da RMB). A malha urbana é correspondente à

área total dessa Bacia, sendo formada pelo bairro São Clemente e parte dos bairros

Pratinha, Val-de-Cans, Tapanã e Parque Verde. As cotas topográficas da Bacia 10

variam de 4 a 16 m, sendo o Igarapé do Mata Fome o principal corpo d’ água. Dentre

as principais características dessa Bacia estão os conjuntos habitacionais e o

predomínio de vegetação.

A Bacia 11-Cajé tem área total de 223 ha correspondente a 0,27% da área

do município de Belém (0,14% da RMB). A malha urbana é correspondente à área

total dessa Bacia, sendo formada por parte do bairro Tapanã. As cotas topográficas

da Bacia 11 – Cajé variam de 4 a 16 m, sendo o Igarapé do Cajé o principal corpo

d’água. Dentre as principais características dessa Bacia estão o baixo adensamento

populacional e a predominância de vegetação.

A Bacia 12-Paracurí tem área total de 612 ha correspondente a 0,73% da

área do município de Belém (0,39% da RMB). A malha urbana é correspondente à

área total dessa Bacia, sendo é formada pelos bairros Paracurí e Parque Guajará, e

parte dos bairros Tapanã, Parque Verde, Agulha e Ponta Grossa. As cotas

topográficas da Bacia 12 variam de 4 a 18 m. Dentre as principais características dessa

Bacia estão a predominância de ocupação urbana e as áreas verdes nas margens do

rio Paracurí.

Page 93: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

93

A Bacia 13-Ariri tem área total de 3.727 ha correspondente a 2,36% da

RMB. A malha urbana é correspondente à área total dessa Bacia, sendo formada

pelos bairros Coqueiro, Una e parte dos bairros Parque Verde, Cabanagem e Tenoné,

em Belém. Além dos Bairros Coqueiro, Jibóia Branca e 40 Horas e parte da Cidade

Nova, Icuí-Guajará, Icuí-Laranjeira e Jaderlândia pertencentes ao município de

Ananindeua. As cotas topográficas da Bacia 13 variam de 4 a 16 m, sendo o Rio Ariri

o principal corpo d’água. Dentre as principais características dessa Bacia estão os

conjuntos habitacionais, as áreas verdes nas margens do rio, a vegetação e a presença

de indústrias.

A Bacia 14-Ananin tem área total de 836 ha correspondente a 1,00% da

área do município de Belém (0,53% da RMB). A malha urbana é correspondente à

área total dessa Bacia, sendo formada por parte dos bairros Águas Negras e Tenoné.

As cotas topográficas da Bacia 14-Ananin variam de 4 a 14 m. Dentre as principais

características dessa Bacia estão a área habitacional com predominância de vegetação

e a presença de indústrias.

A Bacia 15-Outeiro tem área total de 1.077 ha correspondente a 1,30% da

área do município de Belém (0,67% da RMB). A malha urbana é correspondente à

área total dessa Bacia, sendo formada pelo bairro Maracacuera. As cotas topográficas

da Bacia 15 variam de 4 a 14 m. Dentre as principais características dessa Bacia estão

os conjuntos habitacionais, a área com predominância de vegetação, presença de

indústrias e com atividade extrativista mineral (retirada de argila).

A Bacia 16- Itaiteua tem área total 1.349 ha correspondente a 1,62% da área

do município de Belém (0,86% da RMB). A malha urbana representa 63,68% e é

formada pelos bairros São João do Outeiro, Brasília e Itaiteua. As cotas topográficas

da Bacia 16 variam de 4 a 14 m. Dentre as principais características dessa Bacia estão

a ocupação urbana com peculiaridades habitacionais, a predominância de áreas

verdes, a presença de corpos hídricos de pequeno porte (córregos) e presença de

indústrias.

Page 94: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

94

A Bacia 17-Água Boa tem área total 795 ha correspondente a 0,96% da área

do município de Belém (0,50% da RMB). A malha urbana representa 32,71% dessa

Bacia e é formada pelos bairros Água Boa e parte de São João do Outeiro e Itaiteua.

As cotas topográficas da Bacia 17 variam de 4 a 14 m. Dentre as principais

características dessa Bacia estão a ocupação urbana com peculiaridades habitacionais,

predominância de áreas verdes e áreas naturais de lazer e recreação (praias).

A Bacia 18-Outeiro Oeste tem área total de 384 ha correspondente a 0,46%

da área do município de Belém (0,24% da RMB). Não foram obtidas informações

sobre população e limite de bairros. As cotas topográficas da Bacia 18 variam de 10 a

21 m. Dentre as principais características dessa Bacia estão a predominância de áreas

verdes, poucas áreas urbanizadas com peculiaridades habitacionais e corpos hídricos

de pequeno porte (córregos).

A Bacia 19-Outeiro Norte tem área total de 839 ha correspondente a 1,01%

da área do município de Belém (0,53% da RMB). Não foram obtidas informações

sobre população e limite de bairros. As cotas topográficas da Bacia 19 variam de10 a

29 m. Dentre as principais características dessa Bacia estão a predominância de áreas

verdes, poucas áreas urbanizadas com peculiaridades industriais e corpos hídricos

(rios e córregos).

A Bacia 20-Murubira tem área total 5.627 ha, correspondente a 6,76% da

área do município de Belém (3,57% da RMB). A malha urbana representa 44,56%

dessa Bacia e é formada pelos bairros Maracajá, Vila, Mangueiras, Praia Grande,

Aeroporto, Chapéu Virado, Farol, Natal do Murubira, Porto Arthur, Murubira,

Ariramba e parte do Bonfim. As cotas topográficas da Bacia 20 variam de 4 a 18 m.

Dentre as principais características dessa Bacia estão a predominância de áreas

verdes, grande área urbanizada com peculiaridades habitacionais, áreas naturais de

recreação e lazer (praias) e corpos hídricos (rios, igarapés e córregos).

Page 95: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

95

A Bacia 21-Marimari tem área total 7.720 ha, correspondente a 9,27% da

área do município de Belém (4,90% da RMB). Não foram obtidas informações sobre

população e limite de bairros. As cotas topográficas da Bacia 21 variam de 12 a 18 m.

Dentre as principais características dessa Bacia estão a predominância de áreas

verdes, a pequena área urbanizada com peculiaridades habitacionais e os corpos

hídricos (rios, córregos).

A Bacia 22-Cajueiro tem área total 502 ha, correspondente a 0,60% da área

do município de Belém (0,32% da RMB). A malha urbana é correspondente à área

total dessa Bacia, sendo f formada pelos bairros São Francisco, e parte de Caranaduba

e Bonfim. As cotas topográficas da Bacia 22 variam de 4 a 16 m. Dentre as principais

características dessa Bacia estão a predominância de áreas verdes, a área urbanizada

com peculiaridades habitacionais, a áreas naturais de recreação e lazer (praias) e os

corpos hídricos (rios, córregos).

A Bacia 23-Santana tem área total 2.072 ha, correspondente a 2,49% da área

do município de Belém (1,31% da RMB). Não foram obtidas informações sobre

população e limite de bairros. As cotas topográficas da Bacia 23 variam de 10 a 42 m.

Dentre as principais características dessa Bacia estão a predominância de áreas

verdes, a pequena área urbanizada e os corpos hídricos (rios, córregos).

A Bacia 24-Mosqueiro Oeste tem área total 2.945 ha, correspondente a

3,54% da área do município de Belém (1,87% da RMB). Não foram obtidas

informações sobre população e limite de bairros. As cotas topográficas da Bacia 24

variam de 10 a 34 m. Dentre as principais características dessa Bacia estão a

predominância de áreas verdes, pequena área urbanizada e corpos hídricos (rios,

córregos).

A Bacia 25-Carananduba tem área total 788 ha, correspondente a 0,95% da

área do município de Belém (0,50% da RMB). A malha urbana é correspondente à

área total dessa Bacia, sendo formada pelos bairros Marahú e parte dos bairros

Page 96: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

96

Paraíso, Caruará e Carananduba. As cotas topográficas da Bacia 25 variam de 4 a 16

m, sendo o Canal do Reduto o principal corpo d’ água. Dentre as principais

características dessa Bacia estão a predominância de áreas verdes, área urbanizada

com peculiaridades habitacionais, presença de indústrias, áreas naturais de recreação

e lazer (praias) e corpos hídricos (rios, córregos).

A Bacia 26-Jacarequara tem área total de 1.579 ha, correspondente a 1,90%

da área do município de Belém (1,00% da RMB). A malha urbana representa 70,36%

dessa Bacia e é formada pelo bairro Sucurijuquara e parte dos bairros Bonfim,

Carananduba, Caruará, Baia do Sol e Paraíso. As cotas topográficas da Bacia 26

variam de 4 a 16m. Dentre as principais características dessa Bacia estão a

predominância de áreas verdes, áreas urbanizadas com peculiaridades habitacionais

e corpos hídricos (rios, córregos).

A Bacia 27-Ipixuna tem área total 442 ha, correspondente a 0,53% da área

do município de Belém (0,28% da RMB). A malha urbana representa 76,10% dessa

Bacia e é formada pelo bairro Baia do Sol. As cotas topográficas da Bacia 27 variam

de 4 a 16 m. Dentre as principais características dessa Bacia estão a predominância de

áreas verdes, áreas naturais de recreação e lazer (praias), pequena área urbanizada

com peculiaridades habitacionais e corpos hídricos (igarapés).

A Bacia 28-Irapará tem área total 666 ha, correspondente a 0,80% da área

do município de Belém (0,42% da RMB). A malha urbana representa 47,56% dessa

Bacia e é formada pelo bairro Baia do Sol. As cotas topográficas da Bacia 28 variam

de 6 a 10 m. Dentre as principais características dessa Bacia estão a predominância de

áreas verdes, áreas urbanizadas com peculiaridades habitacionais, áreas naturais de

recreação e lazer (praias) e corpos hídricos (rios, córregos).

Page 97: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

97

Com base nas características das bacias hidrográficas, em especial a

fisiografia, na área de abrangência dos SES convencionais existentes e no objetivo

final da FASE 2 – a definição das bacias de esgotamento – foram delimitadas as sub-

bacias. O recorte territorial das 45 sub-bacias é mostrado no Mapa 9.

Page 98: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

98

Mapa 9 – Limite de sub-bacias hidrográficas e SES existente no município de Belém

R i o G u a m á

B a

i a

d

o

G u

a j

a r

á

Ananindeua

1°30

' 1°30'

1°25

' 1°25'

1°20

' 1°20'

1°15

' 1°15'

1°10

' 1°10'

1°5'

1°5'

48°30'

48°30'

48°25'

48°25'

48°20'

48°20'

48°15'

48°15'

Belém

Malha HidricaBacias de Esgotamento

LEGENDA

Esc. 1/240.000

Sistemas ExistentesByington & CiaFox & Partner - 3maioFox & Partner TamandaréSES MosqueiroSES PratinhaMacrodrenagem Una -Sistema Individual

PROSANEARPROSEGE

Macrodrenagem Una - Sistema Convencional

S

N

EW

Page 99: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

99

Os limites de sub-bacias representaram a menor unidade territorial

utilizada na definição das áreas de contribuição de cada ETE, e portanto, da bacia de

esgotamento.

5.2.2 Proposta de divisão em bacias de esgotamento (Etapa 2)

Inicialmente, foram formuladas três alternativas para o SES do município

de Belém, cada alternativa correspondente a uma proposta de divisão em bacias de

esgotamento (BEs): a primeira alternativa com quatro bacias de esgotamento, a

segunda com 15 e a terceira com 18, apenas no município de Belém.

Na primeira alternativa, o agrupamento de bacias e/ou sub-bacias

resultou em 6 (seis) BEs, o que configurou o sistema mais centralizado, como

mostrado no Mapa 10.

Page 100: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

100

Mapa 10 – Primeira proposta de divisão em Bacias de Esgotamento (6 BEs)

BELÉM

ANANINDEUA

MARITUBA

BE 4

BE 1

BE 5 BE 6

BE 2

BE 3

1°30

' 1°30'

1°25

' 1°25'

1°20

' 1°20'

1°15

' 1°15'

1°10

' 1°10'

1°5'

1°5'

48°30'

48°30'

48°25'

48°25'

48°20'

48°20'

48°15'

48°15'

Limite Municipal

BELÉM

Hidrografia

Bacias de Esgotamento

Alternativa 1

LEGENDA

S

N

EW

Page 101: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

101

Contudo, o principal motivo que interfere na escolha da Alternativa 1 está

relacionado à configuração da BE 1. O esgoto coletado na BE 1, seria encaminhado e

tratado em uma ETE, localizada na área da EEB do Una, como previsto no antigo

plano diretor de esgotamento sanitário (COMPANHIA DE SANEAMENTO DE

PARÁ, 1987) e na proposta de Silva (2005) para o SES da área central de Belém.

Para tanto, seriam desprezados investimentos recentes e vultosos, como a

construção das ETEs Rua da Mata e Tavares Bastos e os projetos básicos e executivos

das ETEs Cesário Alvim (177.841 habitantes), Una (349.811 habitantes) e Benguí

(108.044 habitantes).

A definição da ETE Cesário Alvim foi resultado do estudo realizado por

Pereira (2007) para a Bacia 2-Estrada Nova. No estudo foi prevista a implantação de

três ETEs na área das bacias hidrográficas Tamandaré e Estrada Nova (ETEs Cesário

Alvim, Quintino e Três de Maio). Essas áreas tiveram financiamentos aprovados no

BID, com contrapartida da Prefeitura Municipal de Belém, para implantação de rede

coletora. Já as ETEs Una e Benguí foram financiadas (projetos e obra) com verbas do

Governo Federal, pelo PAC.

Outro fator, está relacionado à extensão da BE 4, na ilha de Mosqueiro.

Apesar de ter sido pensado na implantação de SES convencional para toda a área

urbana e os arredores, há que se considerar que a condição de adensamento das

bacias hidrográficas 26-Jacaréquara, 27-Ipixuna e 28-Irapará ainda permite a

utilização de sistemas individuais. Dessa forma, dividir a BE 4 em duas bacias de

esgotamento facilita no estabelecimento de diretrizes diferenciadas ao longo do

período de alcance.

Para incorporar as observações supracitadas, especialmente acerca do SES

existente e projetado, foram rearranjadas as BEs, configurando a segunda alternativa

mostrada no Mapa 11.

Page 102: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

102

Mapa 11 – Segunda proposta de divisão em Bacias de Esgotamento (17 BEs)

BE 9

BE 16

BE 17

BE 14

BE 5

BE 15

BE 13

BE 4

BE 8

BE 10

BE 7

BE 12

BE 1

BE 11MARITUBA

ANANINDEUA

BELÉMBELÉM

BE 2 BE 3

BE 6

1°30

' 1°30'

1°25

' 1°25'

1°20

' 1°20'

1°15

' 1°15'

1°10

' 1°10'

1°5'

1°5'

48°30'

48°30'

48°25'

48°25'

48°20'

48°20'

48°15'

48°15'

Limite Municipal

BELÉM

Hidrografia

Bacias de Esgotamento

Alternativa 2

LEGENDA

S

N

EW

Page 103: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

103

Nessa concepção, em razão das características peculiares das bacias

hidrográficas na área da BE 9, como a presença de áreas verdes, que distanciaram as

áreas ocupadas, e a tipologia irregular da ocupação nas áreas mais adensadas que

dificultam a implantação do sistema, foi preferido sub-dividir a BE 9 em quatro

bacias de esgotamento.

Na continuada análise da segunda proposta, foi verificado que a área da

BE 16 pertencente ao município de Belém poderia ser incorporada à BE 8 (ver Mapa

11), por considerar o limite municipal e a possibilidade de traçar interceptor ou

coletor-tronco nas proximidades do lago Água Preta e encaminhar o esgoto para

tratamento na BE 8. O avanço da ocupação irregular na área em destaque reforça a

urgência para solucionar adequadamente as questões sanitárias na região que abriga

os mananciais de abastecimento de água de aproximadamente 60% da RMB. Ainda

que esse tipo de questão possa ser tratado no nível intermunicipal ou mesmo

metropolitano, nessa proposta optou-se por agregar a referida área ao SES da BE 8.

O resultado da análise da segunda proposta de divisão, sem considerar as

possíveis bacias de esgotamento em Ananindeua, é mostrado no Mapa 12.

Page 104: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

104

Mapa 12 – Terceira proposta de divisão em Bacias de Esgotamento (18 BEs)

BE 1 BE 2BE 3

BE 4

BE 8

BE 5

BE 7BE 6

BE 9

BE 10BE 12

BE 11

BE 13BE 14

BE 15

BE 16

BE 17

BE 18

R i o G u a m á

B a

i a

d

o

G u

a j a

r

á

Ananindeua

1°30

' 1°30'

1°25

' 1°25'

1°20

' 1°20'

1°15

' 1°15'

1°10

' 1°10'

1°5'

1°5'

48°30'

48°30'

48°25'

48°25'

48°20'

48°20'

48°15'

48°15'

Belém

Malha Hidrica

Bacias de Esgotamento

LEGENDA

Esc. 1/240.000

Alternativa 3

Limite Municipal

S

N

EW

Page 105: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

105

Portanto, com base na condição mais favorável para esgotamento, nas

implicações da centralização e descentralização, no SES existente e projetado e nas

particularidades das bacias hidrográficas, foram definidas 18 bacias de esgotamento

para o SES coletivo do município de Belém, cujas principais características são

apresentadas no Quadro 6.

Page 106: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

106

(continua)

Bacia de Esgotamento

Área de Abrangência (bacias hidrográficas)

Área de Abrangência (bairros)

Área (ha)

Cotas do terreno (m)

Divisão de sub-bacias

BE 1 BH 1-Tamandaré e

parte da BH 2-Estrada Nova Cidade Velha, Campina, Batista Campos e Jurunas 422.069 2,25 a 13,92 02

BE 2 Parte da BH 2-Estrada Nova Nazaré, Cremação, São Braz, Batista Campos e Jurunas 398.625 2,19 a 15,94 -

BE 3 Parte da BH 2-Estrada Nova e parte da BH 3-Tucunduba

Guamá, Cremação e Condor 346.652 3,10 a 13,44 02

BE 4 BH 3-Tucunduba Canudos, Terra Firme, São Braz, Marco, Curio-Utinga, Universitário e Guamá. 1.168.386 2.09 a 19.54 04

BE 5 BH 6-Magalhães Barata, BH 7-Reduto, parte da BH 8-Una e parte da BH 9-Val-de-cans

Maracangalha, Miramar, Barreiro, Sacramenta, Telégrafo, Pedreira, Fátima, Reduto, Umarizal, Val-de-cans, Souza, Marco, São Braz, Nazaré e Campina

2.371,919 2,22 a 18,40 06

BE 6 Parte da BH 8-Una e

Parte da BH 9-Val-de-cans Marambaia, Souza e Val de Cans 467,202 4,44 a 18,40 02

BE 7 Parte da BH 8-Una Marambaia, Castanheira, Souza e Atalaia 569.552 4.86 e 21.04 -

BE 8 Parte da BH 4-Murutucum e

parte da BH 5-Aurá Água Lindas, Guanabara, Val-de-cans, Souza, Marco, São Braz, Nazaré e Campina

1.596,61 2,22 a 18,40 04

BE 9 Parte da BH 9-Val-de-cans,

BH 10-Mata-fome e BH 11-Cajé Pratinha, Tapanã, Parque Vede, São Clemente, Val de Cans 1.560,275 2.35 a 17.70 03

BE10 Parte da BH 8-Una e

parte da BH 9-Val-de-cans Benguí, Val-de-Cans, São Clemente, Parque Verde, Cabanagem e Mangueirão

964,000 4,16 a 25,16 -

BE 11 Parte da BH 13 - Ariri Coqueiro, Parque verde e Cabanagem 346,630 5,84 a 17,96 -

BE 12 Parte da BH 8-Una e parte da BH 13-Ariri Jaderlandia, Parque Verde, Cabanagem, Una, Mangueirão, Coqueiro, Atalaia 611,563 11.85 a 21.47 -

Page 107: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

107

(conclusão)

Bacia de Esgotamento

Área de Abrangência (bacias hidrográficas)

Área de Abrangência (bairros)

Área (ha)

Cotas do terreno (m)

Divisão de sub-bacias

BE 13 Parte da BH 12-Paracurí Ponta Grossa, Agulha, Paracurí, Parque Guajará, Cruzeiro, Campina de Icoaraci, Parque Verde e Tapanã

1653,099 2.17 a 18.29 02

BE 14 Parte da BH 13-Ariri e BH 14-Ananin Tenoné, Águas Negras e Coqueiro 1522,369 2.42 a 17.91 02

BE 15 Parte da BH 12-Paracuri e BH 15-Outeiro Maracacuera, Águas negras, Campina de Icoaraci e Cruzeiro 1076,944 2.20 a 16.14 02

BE 16 BH 16-Itaiteua, BH 17-Água boa e BH 18–

Outeiro Oeste Água Boa, Itaiteua, São João do Outeiro, Brasília 2435,512 2.37 a 15.95 04

BE 17 Bacia 20 - Murubira, Bacia 22 - Cajueiro e

Bacia 25 - Carananduba

Maracajá, Vila, Mangueiras, Praia Grande, Aeroporto, Chapéu Virado, Farol, Natal do Murubira, Porto Arthu, Murubira, São Francisco, Marahu, Paraíso, Caruara, Sucurijuquara, Bonfim, Carananduba

5431,244 2.24 a 17.09 04

BE 18 Bacia 26 - Jacarequara, Bacia 27 - Ipixuna e

Bacia 28 - Irapara Baía do Sol, Paraíso, Caruara, Sucurijuquara, Bonfim, Carananduba 2666,412 2.20 a 17.49 04

- Não houve necessidade de divisão em sub-bacias.

Quadro 6 – Principais informações do sistema de coleta

Page 108: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

108

5.3 FASE 3 – ESTUDO POPULACIONAL

5.3.1 Definição da população base em 2008 (Etapa 1)

Nesta etapa foram analisadas as séries históricas da demografia a partir do

ano 2000, o que resultou na determinação das taxas de crescimento anual para

bairros e municípios (Belém e Ananindeua).

A alteração da configuração de bairros no município de Belém – de 20

bairros reconhecidos oficialmente, nos anos 1980/1990, para 71 bairros, no ano 2000 –

resultou na carência de dados para composição de séries históricas, o que de maneira

geral representa um entrave no levantamento de informações cabíveis ao

planejamento urbano do município de Belém.

Por esse motivo, foram considerados apenas 22 bairros com dados que

poderiam compor a série histórica. O acréscimo de dois bairros é referente ao

desmembramento de parte do bairro do Souza, em 1996, que deu origem aos bairros

Castanheira e Curió-Utinga.

Dessa forma, os dados de população residente em 2000 foram submetidos

às taxas de crescimento diferenciadas por bairro ou por município, nas áreas sem

dados suficientes para composição de série histórica. No Mapa 13 são mostradas as

áreas com aplicação das taxas de crescimento dos bairros e dos municípios.

Page 109: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

109

Mapa 13 – Bairros oficiais do município de Belém

Na Tabela 4 são mostrados os resultados da Etapa 1, da FASE 3.

1

2 34

578 9

10

1112

13 14

15 16

17 18

19 2021

22

6

AnanindeuaAnanindeua

B a

i a

d

o

G u

a j a

r

á

R i o G u a m á

S

N

EW

1°30

' 1°30'

1°25

' 1°25'

1°20

' 1°20'

1°15

' 1°15'

1°10

' 1°10'

1°5'

1°5'

48°30'

48°30'

48°25'

48°25'

48°20'

48°20'

48°15'

48°15'

Malha Hídrica

LEGENDA

Esc. 1/250.000

Taxa Municipal

Aplicação das Taxas de Crescimento em Belém

8 - Batista Campos

12 - Reduto13 - Nazaré

11 - Marco10 - Canudos

7 - Campina6 - Curió Utinga

4 - Guamá

9 - Cremação

5 - Montese

2 - Jurunas3 - Condor

1 - Cidade Velha

14 - São Braz

16 - Fátima15 - Umarizal

18 - Pedreira

22 - Marambaia

17 - Telégrafo

19 - Sacramenta20 - Souza21 - Castanheira

Taxa Diferenciada

Denominação dos Bairros

Page 110: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

110

Tabela 4 – População base por bacia e sub-bacia de esgotamento, ano 2008 Bacia de

Esgotamento (BE) Sub-Bacia

População (habitantes) % Cresc. médio anual

% Acumulado 2008/2000 2000 2008

BE - 1 BE 1 - 1 46.328 54.224 2,13 17,04 BE 1 - 2 22.669 26.542 2,14 17,09

Total 68.996 80.766 2,13 17,06

BE - 2 BE 2 - 1 78.309 91.679 2,13 17,07

BE - 3 BE 3 - 1 51.304 60.330 2,20 17,59 BE 3 - 2 15.506 18.352 2,29 18,35 Total 66.810 78.682 2,22 17,77

BE - 4

BE 4 - 1 61.749 91.260 5,97 47,79 BE 4 - 2 1.728 2.022 2,13 17,01 BE 4 - 3 89.213 113.938 3,46 27,71 BE 4 - 4 32.162 37.590 2,11 16,88 Total 184.852 244.811 4,05 32,44

BE - 5

BE 5 - 1 8.110 9.496 2,14 17,09 BE 5 - 2 20.523 24.021 2,13 17,04 BE 5 - 3 144.228 168.726 2,12 16,99 BE 5 - 4 52.978 62.346 2,21 17,68 BE 5 - 5 86.784 102.494 2,26 18,10 BE 5 - 6 16.356 19.154 2,14 17,11 Total 328.979 386.236 2,18 17,40

BE - 6 BE 6 - 1 22.971 26.861 2,12 16,93 BE 6 - 2 3.097 3.729 2,55 20,41 Total 26.068 30.590 2,17 17,35

BE - 7 BE 7 - 1 57.572 67.435 2,14 17,13

BE - 8

BE 8 - 1 22.712 26.554 2,11 16,92 BE 8 - 2 16.776 19.867 2,30 18,43 BE 8 - 3 11.225 13.131 2,12 16,98 BE 8 - 4 18.619 22.012 2,28 18,22 Total 69.333 81.565 2,21 17,64

BE - 9

BE 9 - 1 11.792 13.809 2,14 17,10 BE 9 - 2 31.766 41.124 3,68 29,46 BE 9 - 3 9.491 11.115 2,14 17,11 Total 53.050 66.048 3,06 24,50

BE - 10 BE 10 - 1 60.015 70.279 2,14 17,10

BE - 11 BE 11 - 1 28.663 33.565 2,14 17,10

BE - 12 BE 12 - 1 71.563 85.190 2,38 19,04

BE - 13 BE 13 - 1 32.204 37.178 1,93 15,45 BE 13 - 2 64.468 72.781 1,61 12,89 Total 96.672 109.959 1,72 13,74

BE - 14 BE 14 - 1 28.881 35.472 2,85 22,82 BE 14 – 2 16.687 20.559 2,90 23,20 Total 45.569 56.031 2,87 22,96

BE - 15 BE 15 - 1 34.042 37.706 1,35 10,76 BE 15 - 2 9.700 16.244 8,43 67,46 Total 43.741 53.950 2,92 23,34

BE - 16

BE 16 - 1 9.462 11.485 2,67 21,38 BE 16 - 2 997 1.210 2,67 21,36 BE 16 - 3 7.712 9.361 2,67 21,38 BE 16 - 4 337 409 2,67 21,36 Total 18.508 22.466 2,67 21,39

BE - 17

BE 17 - 1 15.243 18.004 2,26 18,11 BE 17 - 2 1.573 1.858 2,26 18,12 BE 17 - 3 4.153 4.905 2,26 18,11 BE 17 - 4 3.184 3.761 2,27 18,12 Total 24.153 28.528 2,26 18,11

BE - 18

BE 18 - 1 342 404 2,27 18,13 BE 18 - 2 1.280 1.512 2,27 18,13 BE 18 - 3 1.668 1.970 2,26 18,11 Total 3.290 3.886 2,26 18,12

Page 111: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

111

Para análise da distribuição espacial da população base em 2008, foram

calculadas as densidades brutas por bacia de esgotamento, conforme mostrado no

Mapa 14.

Mapa 14 – Densidade bruta por bacia de esgotamento, em 2008

Bai

a de

Gu

ajar

á

BE 17

BE 5

BE 18

BE 16

BE 8

BE 9

BE 13

BE 14

BE 4

BE 15

BE 10

BE 7

BE 12

BE 6

BE 1BE 2

BE 3

BE 11

Rio Guamá

S

N

EW

1°25

' 1°25'

1°20

' 1°20'

1°15

' 1°15'

1°10

' 1°10'

1°5'

1°5'

48°35'

48°35'

48°30'

48°30'

48°25'

48°25'

48°20'

48°20'

48°15'

48°15'

Legenda

1 - 910 - 5152 - 9798 - 160161 - 302

Hidrografia

Densidade Populacional das BE's (hab/ha)

Escala: 1/220.000

Bacias de Esgotamento

Page 112: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

112

As bacias de esgotamento possuem densidades variáveis, sendo

observados os maiores valores na área central de Belém, com destaque para as BE 1,

BE 2, BE 3 e BE 4. Nestas bacias de esgotamento a densidade bruta variou entre 161 e

302 habitantes por hectare.

Esses valores de densidade estabelecem uma proporção geral de certa

eficiência na apropriação de infraestruturas urbanas, uma vez que representam alto

grau de aproveitamento das redes e rateio equilibrado no acesso como cita Mascaró

(2003). A densidade, no entanto, não pode ser analisada separadamente; pois

depende da forma do assentamento (MASCARÓ, 2003), e das tipologias de ocupação

praticadas.

Em razão, dos estudos realizados por Pereira (2007), já consolidados na

COSANPA, para a área das bacias de esgotamento 1, 2 e 3, foram adotados os dados

populacionais ora estimados tanto para a população base quanto na projeção.

No referido estudo, a população base foi definida a partir da

compatibilização dos limites de sub-bacia com os de setores de censitários do IBGE e

de setores de abastecimento de água. Os dados populacionais dos setores de

abastecimento de água foram utilizados nos casos em que no cálculo da população

pelo número de economias cadastradas na COSANPA, em 2004, eram observados

valores superiores aos do censo populacional do IBGE 2000, conforme consta no

Plano Diretor do Sistema de Abastecimento de Água da RMB (PEREIRA, 2007). As

taxas de crescimento praticadas nesse estudo foram de 2,54%, para o período

2010/2000, e 2,65 %, de 2011 a 2030.

Portanto, na estimativa da população base, os dados da contagem foram

submetidos à taxa fixa de crescimento de 2,54%, o que resultou nos valores

mostrados na Tabela 5.

Page 113: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

113

Tabela 5 – População base adotada, ano 2008 Bacia de

Esgotamento (BE) Sub-Bacia

População (habitantes)

2008

BE - 1 BE 1 - 1 55.608

BE 1 - 2 51.849

Total 107.457

BE - 2 BE 2 - 1 110.838

BE - 3 BE 3 - 1 65.318

BE 3 - 2 39.541 Total 104.859

5.3.2 Projeção populacional, 2008-2030 (Etapa 2)

Na análise da recente dinâmica populacional do município de Belém

foram consideradas as intervenções do Governo Federal por meio do Programa de

Aceleração do Crescimento (PAC), que em linhas gerais, são investimentos em

projetos e obras de infraestrutura, habitação e equipamentos coletivos em áreas

urbanas.

Na Tabela 6 são mostradas informações das intervenções previstas no

PAC e no Mapa 15 são espacializadas as áreas de intervenção sobre as sub-bacias de

esgotamento do município de Belém, visto que o acréscimo de população foi dado

por sub-bacia.

Tabela 6 – Intervenções no município de Belém com implicações sobre a população

Programa/Projeto BE/Sub-bacia

Local/ Comunidade

Bairro Unidades

habitacionais População atendida

PAC

BE 14-2 Fé em Deus Tenoné 415 2.075

BE 9-2 Pratinha Pratinha 785 3.925

BE 10 Pantanal-Mangueirão Mangueirão 655 3.275

BE 15-1 Taboquinha Maracacuera 1.100 5.500

BE 4-1 Tucunduba Terra Firme (Montese) 3.665 18.325

Totais 6.620 33.100

Fonte: adaptado de Pereira (2008).

Page 114: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

114

Mapa 15 – Áreas de intervenção do PAC

BE 2

BE1-1

BE 3-1

BE3-2

BE 1-2

BE 5-1BE 5-2 BE5-3

BE5-4

BE5-5

BE 4-1BE4-2

BE4-3

BE4-4

BE 8 - 1

BE8-2

BE8-3

BE8-4

BE 7BE6-1

BE6-2BE 5-6

BE 10BE 12BE 9-1

BE 9-2

BE 9-3BE13-1

BE 11

BE14-1

BE13-2BE14-2

BE15-2BE15-1

BE16-1BE16-2

BE16-3BE16-4

BE 17-1

BE 17-2

BE 17-3

BE 17-4

BE 18-1

BE 18 - 2BE 18 - 3

R i o G u a m á

B a

i a

d o

G

u a

j a

r

á

S

N

EW

1°25

' 1°25'

1°20

' 1°20'

1°15

' 1°15'

1°10

' 1°10'

1°5'

1°5'

48°30'

48°30'

48°25'

48°25'

48°20'

48°20'

BelémMalha Hidrica

LEGENDA

Esc. 1/240.000

Áreas de IntervençãoPAC - FÉ EM DEUSPAC - PANTANALPAC - PRATINHAPAC - TABOQUINHAPortal da Amazonia - GuamáPortal da Amazonia -Estrada NovaSub Bacias

Áreas de IntervençãoPAC - FÉ EM DEUSPAC - PANTANALPAC - PRATINHAPAC - TABOQUINHA

PAC – FÉ EM DEUS PAC – PANTANAL PAC – PRATINHA PAC – TABOQUINHA PAC – TERRA FIRME

Page 115: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

115

Para efeito de projeção demográfica, projetos de implantação de

infraestrutura, embora significativos como atratores de populações e óbvios

indutores de valorização imobiliária, não foram considerados como estoques novos

de habitação sobre a projeção; há fatores diversos na tentativa de quantificação da

relação causal entre investimento em infraestrutura, geração de empregos e

migração, mas seu caráter ainda incipiente não se revela satisfatório como critério de

projeção demográfica, conforme Pereira (2007).

Na Tabela 7 é mostrada a projeção populacional por bacia e sub-bacia de

esgotamento, no período 2008-2030.

Page 116: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

116

Tabela 7 – Projeção populacional por bacia e sub-bacia de esgotamento, 2008-2030.

(Continua)

BE Sub. População (Habitantes)

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030

BE - 1

1 55.608 57.082 58.594 60.083 61.609 63.174 64.778 66.423 68.111 69.841 71.615 73.434 75.299 77.211 79.173 81.184 83.246 85.360 87.528 89.751 92.031 94.369 96.766

2 51.849 53.223 54.633 56.021 57.444 58.903 60.399 61.933 63.506 65.120 66.774 68.470 70.209 71.992 73.821 75.696 77.618 79.590 81.611 83.684 85.810 87.990 90.225

Total 107.457 110.305 113.228 116.104 119.053 122.077 125.177 128.357 131.617 134.960 138.388 141.903 145.508 149.204 152.993 156.879 160.864 164.950 169.140 173.436 177.841 182.358 186.990

BE - 2 - 110.838 113.775 116.790 119.757 122.79009 125.918 129.116 132.395 135.758 139.207 142.742 146.368 150.086 153.898 157.807 161.815 165.925 170.140 174.461 178.893 183.437 188.096 192.874

BE - 3

1 65.318 67.049 68.826 70.574 72.366 74.205 76.089 78.022 80.004 82.036 84.120 86.256 88.447 90.694 92.997 95.359 97.782 100.265 102.812 105.423 108.101 110.847 113.662

2 39.541 40.589 41.664 42.723 43.808 44.921 46.062 47.232 48.431 49.661 50.923 52.216 53.543 54.902 56.297 57.727 59.193 60.697 62.238 63.819 65.440 67.102 68.807

Total 104.859 107.638 110.490 113.297 116.174 119.125 122.151 125.254 128.435 131.697 135.042 138.472 141.990 145.596 149.294 153.086 156.975 160.962 165.050 169.243 173.541 177.949 182.469

BE - 4

1 91.260 95.541 96.344 97.356 98.332 99.272 100.181 101.058 101.906 102.728 103.524 104.296 105.046 106.735 108.704 110.673 112.642 114.611 117.166 119.896 122.625 125.355 128.085

2 2.022 2.046 2.068 2.090 2.111 2.131 2.150 2.169 2.187 2.205 2.222 2.238 2.254 2.297 2.339 2.382 2.424 2.467 2.526 2.585 2.643 2.702 2.761

3 113.938 116.910 118.187 119.419 120.607 121.752 122.857 123.926 124.959 125.960 126.930 127.871 128.785 131.202 133.619 136.035 138.452 140.869 144.219 147.569 150.919 154.269 157.620

4 37.590 38.022 38.439 38.843 39.231 39.606 39.968 40.317 40.656 40.983 41.300 41.608 41.908 42.698 43.489 44.280 45.071 45.862 46.958 48.055 49.151 50.247 51.344

Total 244.811 252.519 255.038 257.708 260.281 262.761 265.156 267.470 269.708 271.876 273.976 276.013 277.993 282.932 288.151 293.370 298.589 303.808 310.869 318.104 325.339 332.574 339.809

BE - 5

1 9.496 9.605 9.710 9.812 9.910 10.004 10.096 10.184 10.267 10.351 10.432 10.509 10.585 10.784 10.984 11.183 11.382 11.582 11.858 12.135 12.411 12.688 12.964

2 24.021 24.296 24.563 24.820 25.068 25.307 25.538 25.761 25.977 26.186 26.389 26.585 26.776 27.281 27.786 28.290 28.795 29.300 29.999 30.699 31.398 32.098 32.798

3 168.726 170.663 172.536 174.345 176.087 177.768 179.390 180.958 182.474 183.943 185.366 186.748 188.090 191.636 195.183 198.729 202.276 205.822 210.739 215.655 220.572 225.488 230.404

4 62.346 63.057 63.746 64.410 65.050 65.667 66.263 66.839 67.396 67.935 68.458 68.966 694.589 70.761 72.064 73.367 74.669 75.972 77.778 79.584 81.390 83.196 85.002

5 102.494 103.659 104.786 105.875 106.923 107.934 108.910 109.854 110.766 111.650 112.506 113.337 114.145 116.279 118.413 120.547 122.681 124.815 127.773 130.731 133.690 136.648 139.606

6 19.154 19.373 19.586 19.791 19.989 20.179 20.363 20.541 20.713 20.879 21.041 21.198 21.350 21.752 22.154 22.556 22.959 23.361 23.918 24.476 25.033 25.591 26.149

Total 386.236 390.653 394.927 399.053 403.027 406.859 410.561 414.137 417.593 420.944 424.192 427.343 1.055.535 438.493 446.584 454.672 462.762 470.851 482.065 493.280 504.494 515.708 526.922

BE - 6

1 26.861 27.169 27.468 27.756 28.033 28.301 28.560 28.809 29.051 29.285 29.511 29.731 29.945 30.510 31.075 31.640 32.204 32.769 33.552 34.335 35.118 35.901 36.684

2 3.729 3.819 3.906 3.990 4.072 4.150 4.226 4.299 4.369 4.438 4.504 4.568 4.631 4.796 4.962 5.127 5.292 5.457 5.687 5.916 6.145 6.374 6.603

Total 30.590 30.988 31.374 31.746 32.105 32.451 32.785 33.108 33.420 33.723 34.015 34.299 34.576 35.306 36.037 36.767 37.496 38.227 39.239 40.251 41.263 42.275 43.288

BE - 7 - 67.435 68.160 68.861 69.538 70.190 70.819 71.426 72.013 72.580 73.130 73.663 74.180 74.682 76.010 77.337 78.664 79.992 81.319 83.159 84.999 86.839 88.679 90.520

BE - 8

1 26.554 26.859 27.154 27.439 27.713 27.978 28.233 28.480 28.719 28.950 29.175 29.392 29.603 30.162 30.720 31.279 31.837 32.396 33.170 33.944 34.718 35.493 36.267

2 19.867 20.199 20.519 20.828 21.126 21.414 21.691 21.959 22.219 22.470 22.713 22.949 23.179 23.785 24.392 24.998 25.605 26.211 27.052 27.893 28.734 29.574 30.415

3 13.131 13.282 13.428 13.569 13.704 13.835 13.961 14.083 14.201 14.316 14.427 14.534 14.638 14.914 15.190 15.466 15.743 16.019 16.401 16.784 17.166 17.549 17.932

4 22.012 22.362 22.701 23.028 23.342 23.646 23.939 24.222 24.496 24.762 25.019 25.269 25.511 26.152 26.793 27.433 28.074 28.715 29.603 30.492 31.380 32.268 33.157

Total 81.565 82.702 83.802 84.864 85.885 86.873 87.825 88.744 89.635 90.498 91.334 92.144 92.931 95.013 97.095 99.176 101.259 103.341 106.227 109.113 111.998 114.884 117.770

Page 117: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

117

(Conclusão)

BE Sub. População (Habitantes)

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030

BE - 9

1 13.809 13.967 14.120 14.268 14.410 14.548 14.681 14.809 14.933 15.053 15.169 15.282 15.392 15.682 15.972 16.262 16.552 16.842 17.244 17.645 18.047 18.449 18.851

2 41.124 42.275 42.739 43.186 43.617 44.033 44.435 44.823 45.198 45.561 45.914 46.255 46.587 47.465 48.343 49.220 50.098 50.976 52.192 53.409 54.626 55.842 57.059

3 11.115 11.242 11.365 11.484 11.599 11.710 11.816 11.920 12.019 12.116 12.210 12.301 12.389 12.622 12.856 13.089 13.322 13.556 13.879 14.203 14.526 14.850 15.173

Total 66.048 67.484 68.224 68.938 69.626 70.291 70.932 71.552 72.150 72.730 73.293 73.838 74.368 75.769 77.171 78.571 79.972 81.373 83.315 85.257 87.199 89.142 91.084

BE - 10 1 70.279 74.360 75.787 76.580 77.345 78.082 78.794 79.482 80.147 80.792 81.416 82.023 82.611 84.168 85.724 87.280 88.837 90.393 92.550 94.708 96.865 99.023 101.180

BE - 11 1 33.565 33.950 34.322 34.682 35.028 35.362 35.684 35.996 36.297 36.589 36.872 37.147 37.413 38.118 38.823 39.528 40.233 40.937 41.914 42.891 43.869 44.846 45.823

BE - 12 1 85.190 86.813 88.382 89.897 91.357 92.764 94.124 95.437 96.707 97.937 99.130 100.287 101.411 104.382 107.353 110.324 113.295 116.265 120.384 124.502 128.621 132.739 136.858

BE - 13

1 37.178 37.610 38.029 38.433 38.822 39.197 39.559 39.909 40.248 40.576 40.894 41.202 41.502 42.293 43.085 43.877 44.669 45.461 46.559 47.657 48.754 49.852 50.950

2 72.781 73.646 74.484 75.292 76.071 76.822 77.548 78.248 78.926 79.582 80.219 80.836 81.436 83.021 84.606 86.192 87.777 89.362 91.560 93.757 95.955 98.152 100.350

Total 109.959 111.256 112.513 113.725 114.893 116.019 117.107 118.157 119.174 120.158 121.113 122.038 122.938 125.314 127.691 130.069 132.446 134.823 138.119 141.414 144.709 148.005 151.300

BE - 14

1 35.472 33.785 34.160 34.522 34.871 35.208 35.533 35.847 36.150 36.444 36.729 37.006 37.275 37.985 38.695 39.405 40.115 40.826 41.810 42.795 43.779 44.764 45.748

2 20.559 21.166 21.409 21.645 21.871 22.090 22.301 22.505 22.702 22.893 23.078 23.258 23.433 23.894 24.355 24.817 25.278 25.739 26.379 27.019 27.658 28.298 28.937

Total 56.031 54.951 55.569 56.167 56.742 57.298 57.834 58.352 58.852 59.337 59.807 60.264 60.708 61.879 63.050 64.222 65.393 66.565 68.189 69.813 71.437 73.061 74.685

BE - 15

1 37.706 38.163 38.605 39.032 39.444 39.840 40.223 40.593 40.951 41.298 41.634 41.960 42.276 43.114 43.951 44.788 45.625 46.462 47.622 48.783 49.943 51.103 52.264

2 16.244 17.040 17.237 17.428 17.612 17.789 17.960 18.125 18.285 18.439 18.589 18.735 18.876 19.250 19.624 19.998 20.371 20.745 21.263 21.782 22.300 22.818 23.336

Total 53.950 55.203 55.842 56.460 57.056 57.629 58.183 58.718 59.236 59.737 60.223 60.695 61.152 62.364 63.575 64.786 65.996 67.207 68.886 70.564 72.243 73.921 75.600

BE - 16

1 11.485 11.612 11.735 11.854 11.968 12.079 12.185 12.288 12.387 12.484 12.577 12.668 12.756 12.988 13.221 13.454 13.686 13.919 14.242 14.564 14.887 15.209 15.532

2 1.210 1.224 1.237 1.249 1.261 1.273 1.284 1.295 1.305 1.315 1.325 1.335 1.344 1.369 1.393 1.418 1.442 1.467 1.501 1.535 1.569 1.603 1.637

3 9.361 9.465 9.565 9.662 9.755 9.845 9.932 10.015 10.096 10.175 10.251 10.325 10.397 10.586 10.776 10.966 11.155 11.345 11.608 11.871 12.134 12.396 12.659

4 409 414 418 422 426 430 434 438 441 445 448 451 454 463 471 479 487 496 507 519 530 542 553

Total 22.466 22.715 22.955 23.187 23.410 23.627 23.834 24.036 24.229 24.419 24.601 24.779 24.951 25.406 25.861 26.317 26.770 27.226 27.857 28.488 29.119 29.750 30.381

BE - 17

1 18.004 18.209 18.407 18.598 18.782 18.960 19.131 19.297 19.457 19.612 19.763 19.909 20.050 20.425 20.800 21.175 21.550 21.925 22.444 22.964 23.483 24.003 24.523

2 1.858 1.879 1.899 1.919 1.938 1.957 1.974 1.991 2.008 2.024 2.039 2.054 2.069 2.108 2.146 2.185 2.224 2.263 2.316 2.370 2.423 2.477 2.531

3 4.905 4.961 5.015 5.067 5.117 5.166 5.212 5.257 5.301 5.343 5.384 5.424 5.463 5.565 5.667 5.769 5.871 5.973 6.115 6.257 6.398 6.540 6.681

4 3.761 3.803 3.845 3.885 3.923 3.960 3.996 4.031 4.064 4.097 4.128 4.159 4.188 4.266 4.345 4.423 4.501 4.580 4.688 4.797 4.905 5.014 5.122

Total 28.528 28.852 29.166 29.469 29.760 30.043 30.314 30.576 30.830 31.076 31.314 31.546 31.770 32.364 32.958 33.552 34.146 34.740 35.563 36.387 37.210 38.033 38.857

BE - 18

1 404 409 413 417 421 425 429 433 437 440 443 447 450 458 467 475 484 492 504 515 527 539 550

2 1.512 1.529 1.546 1.562 1.577 1.592 1.606 1.620 1.634 1.647 1.660 1.672 1.684 1.715 1.747 1.778 1.810 1.841 1.885 1.928 1.972 2.016 2.059

3 1.970 1.993 2.014 2.035 2.055 2.075 2.093 2.112 2.129 2.146 2.163 2.179 2.194 2.235 2.276 2.317 2.358 2.399 2.456 2.513 2.570 2.627 2.683

Total 3.886 3.931 3.973 4.014 4.053 4.092 4.129 4.165 4.200 4.233 4.266 4.298 4.328 4.408 4.490 4.570 4.652 4.732 4.844 4.956 5.069 5.181 5.293

Page 118: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

118

No período de 2008 a 2030, a projeção populacional para as bacias de

esgotamento sanitário resultou em um crescimento médio de 2,09% (acumulado

45,9%), com ocorrência de 50% das bacias com crescimento acima de 1,76%

(acumulado 38,8%). O maior crescimento médio anual no período foi de 3,36%

(acumulado 74,0%), observado para as bacias BE 1, BE 2 e BE 3. Enquanto que o

menor crescimento populacional ocorreu para a BE 14, no caso 1,51% (acumulado

33,3%).

De posse da estimativa populacional, foi possível calcular as vazões de

esgoto sanitário, na FASE 4.

5.4 FASE 4 – ESTIMATIVA DA PRODUÇÃO DE ESGOTO

Na FASE 4, foram estimadas as vazões mínima, média e máxima diária de

esgoto sanitário, que corresponde ao somatório das frações doméstica, de infiltração

e despejos industriais.

Na estimativa da vazão industrial, foram atribuídos percentuais de

contribuição aplicados sobre a vazão doméstica, de acordo com as atividades

industriais desenvolvidas para cada bacia de esgotamento. Apenas nas sub-bacias da

BE 15 foi considerado 10% de acréscimo na vazão doméstica, referente à contribuição

industrial, e nas demais bacias 3%.

Os valores estimados das vazões mínima, média e máxima de esgoto

sanitário produzido são mostrados, respectivamente, na Tabela 8, na Tabela 9 e na

Tabela 10.

Page 119: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

119

Tabela 8 – Estimativa da vazão mínima de esgoto sanitário, 2008-2030

(Continua)

BE Sub. Vazão Mínima (L/s)

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030

BE - 1

1 130,88 134,35 137,91 141,42 145,01 148,69 152,47 156,34 160,31 164,38 168,56 172,84 177,23 181,73 186,35 191,08 195,94 200,91 206,02 211,25 216,61 222,12 227,76

2 122,04 125,27 128,59 131,86 135,21 138,64 142,16 145,77 149,48 153,27 157,17 161,16 165,25 169,45 173,75 178,17 182,69 187,33 192,09 196,97 201,97 207,10 212,36

Total 252,92 259,62 266,50 273,27 280,21 287,33 294,63 302,11 309,79 317,66 325,72 334,00 342,48 351,18 360,10 369,25 378,63 388,24 398,10 408,22 418,59 429,22 440,12

BE - 2 - 260,88 267,79 274,89 281,87 289,03 296,37 303,90 311,62 319,53 327,65 335,97 344,51 353,26 362,23 371,43 380,86 390,54 400,46 410,63 421,06 431,76 442,72 453,97

BE - 3

1 153,74 157,81 162,00 166,11 170,33 174,66 179,09 183,64 188,31 193,09 197,99 203,02 208,18 213,47 218,89 224,45 230,15 235,99 241,99 248,14 254,44 260,90 267,53

2 93,07 95,53 98,07 100,56 103,11 105,73 108,42 111,17 113,99 116,89 119,86 122,90 126,02 129,22 132,51 135,87 139,32 142,86 146,49 150,21 154,03 157,94 161,95

Total 246,81 253,35 260,06 266,67 273,44 280,39 287,51 294,81 302,30 309,98 317,85 325,92 334,20 342,69 351,39 360,32 369,47 378,86 388,48 398,35 408,47 418,84 429,48

BE - 4

1 214,80 224,88 226,76 229,15 231,44 233,66 235,80 237,86 239,86 241,79 243,66 245,48 247,25 251,22 255,86 260,49 265,13 269,76 275,77 282,20 288,62 295,05 301,47

2 4,76 4,81 4,87 4,92 4,97 5,01 5,06 5,10 5,15 5,19 5,23 5,27 5,31 5,41 5,51 5,61 5,71 5,81 5,94 6,08 6,22 6,36 6,50

3 268,18 275,17 278,18 281,08 283,87 286,57 289,17 291,68 294,12 296,47 298,75 300,97 303,12 308,81 314,50 320,19 325,88 331,56 339,45 347,33 355,22 363,10 370,99

4 88,48 89,49 90,48 91,42 92,34 93,22 94,07 94,90 95,69 96,46 97,21 97,93 98,64 100,50 102,36 104,22 106,08 107,95 110,53 113,11 115,69 118,27 120,85

Total 576,21 594,35 600,28 606,57 612,62 618,46 624,10 629,55 634,81 639,91 644,86 649,65 654,31 665,94 678,22 690,51 702,79 715,07 731,69 748,72 765,75 782,78 799,81

BE - 5

1 22,35 22,61 22,85 23,09 23,32 23,55 23,76 23,97 24,17 24,36 24,55 24,74 24,91 25,38 25,85 26,32 26,79 27,26 27,91 28,56 29,21 29,86 30,51

2 56,54 57,19 57,81 58,42 59,00 59,57 60,11 60,63 61,14 61,63 62,11 62,57 63,02 64,21 65,40 66,59 67,77 68,96 70,61 72,26 73,90 75,55 77,20

3 397,13 401,69 406,10 410,36 414,46 418,41 422,23 425,92 429,49 432,95 436,30 439,55 442,71 451,05 459,40 467,75 476,10 484,44 496,02 507,59 519,16 530,73 542,30

4 130,56 132,05 133,49 134,88 136,22 137,51 138,76 139,96 141,13 142,26 143,35 144,42 145,45 148,17 150,90 153,63 156,35 159,08 162,86 166,64 170,42 174,20 177,98

5 241,24 243,98 246,64 249,20 251,66 254,04 256,34 258,56 260,71 262,79 264,81 266,76 268,66 273,69 278,71 283,73 288,75 293,78 300,74 307,70 314,67 321,63 328,59

6 45,08 45,60 46,10 46,58 47,05 47,50 47,93 48,35 48,75 49,14 49,52 49,89 50,25 51,20 52,14 53,09 54,04 54,98 56,30 57,61 58,92 60,23 61,55

Total 892,90 903,11 912,99 922,53 931,72 940,58 949,13 957,40 965,40 973,14 980,65 987,93 995,00 1013,71 1032,41 1051,11 1069,81 1088,51 1114,43 1140,36 1166,28 1192,20 1218,13

BE - 6

1 8,78 8,99 9,19 9,39 9,58 9,77 9,95 10,12 10,28 10,45 10,60 10,75 10,90 11,29 11,68 12,07 12,46 12,85 13,38 13,92 14,46 15,00 15,54

2 63,22 63,95 64,65 65,33 65,98 66,61 67,22 67,81 68,38 68,93 69,46 69,98 70,48 71,81 73,14 74,47 75,80 77,13 78,97 80,82 82,66 84,50 86,34

Total 72,00 72,94 73,85 74,72 75,57 76,38 77,17 77,93 78,66 79,37 80,06 80,73 81,38 83,10 84,82 86,54 88,26 89,97 92,36 94,74 97,12 99,50 101,89

BE - 7 - 158,72 160,43 162,08 163,67 165,21 166,69 168,12 169,50 170,83 172,13 173,38 174,60 175,78 178,90 182,03 185,15 188,28 191,40 195,73 200,06 204,39 208,73 213,06

BE - 8

1 62,50 63,22 63,91 64,58 65,23 65,85 66,45 67,03 67,60 68,14 68,67 69,18 69,68 70,99 72,31 73,62 74,94 76,25 78,07 79,89 81,72 83,54 85,36

2 46,76 47,54 48,30 49,02 49,73 50,40 51,05 51,69 52,30 52,89 53,46 54,02 54,56 55,98 57,41 58,84 60,27 61,69 63,67 65,65 67,63 69,61 71,59

3 30,91 31,26 31,61 31,94 32,26 32,56 32,86 33,15 33,43 33,69 33,96 34,21 34,45 35,10 35,75 36,40 37,05 37,70 38,60 39,50 40,40 41,31 42,21

4 51,81 52,63 53,43 54,20 54,94 55,66 56,35 57,01 57,66 58,28 58,89 59,47 60,05 61,55 63,06 64,57 66,08 67,59 69,68 71,77 73,86 75,95 78,04

Total 191,98 194,66 197,25 199,74 202,15 204,47 206,71 208,88 210,98 213,00 214,97 216,88 218,73 223,63 228,53 233,43 238,33 243,23 250,03 256,82 263,61 270,40 277,20

Page 120: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

120

(Conclusão)

BE Sub. Vazão Mínima (L/s)

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030

BE - 9

1 32,50 32,87 33,23 33,58 33,92 34,24 34,55 34,86 35,15 35,43 35,70 35,97 36,23 36,91 37,59 38,28 38,96 39,64 40,59 41,53 42,48 43,42 44,37

2 96,79 99,50 100,59 101,65 102,66 103,64 104,59 105,50 106,38 107,24 108,07 108,87 109,65 111,72 113,78 115,85 117,92 119,98 122,85 125,71 128,57 131,44 134,30

3 26,16 26,46 26,75 27,03 27,30 27,56 27,81 28,05 28,29 28,52 28,74 28,95 29,16 29,71 30,26 30,81 31,36 31,91 32,67 33,43 34,19 34,95 35,71

Total 155,46 158,84 160,58 162,26 163,88 165,44 166,95 168,41 169,82 171,18 172,51 173,79 175,04 178,34 181,64 184,93 188,23 191,53 196,10 200,67 205,24 209,81 214,38

BE - 10 1 165,42 175,02 178,38 180,25 182,05 183,78 185,46 187,08 188,64 190,16 191,63 193,06 194,44 198,11 201,77 205,43 209,10 212,76 217,84 222,91 227,99 233,07 238,15

BE - 11 1 79,00 79,91 80,78 81,63 82,45 83,23 83,99 84,72 85,43 86,12 86,79 87,43 88,06 89,72 91,38 93,04 94,70 96,35 98,65 100,95 103,25 105,55 107,85

BE - 12 1 200,51 204,33 208,03 211,59 215,03 218,34 221,54 224,63 227,62 230,52 233,32 236,05 238,69 245,68 252,68 259,67 266,66 273,65 283,35 293,04 302,74 312,43 322,12

BE - 13

1 87,51 88,52 89,51 90,46 91,37 92,26 93,11 93,93 94,73 95,50 96,25 96,98 97,68 99,55 101,41 103,27 105,14 107,00 109,59 112,17 114,75 117,34 119,92

2 171,30 173,34 175,31 177,22 179,05 180,82 182,52 184,17 185,77 187,31 188,81 190,26 191,68 195,41 199,14 202,87 206,60 210,33 215,50 220,68 225,85 231,02 236,19

Total 258,81 261,87 264,82 267,68 270,42 273,07 275,63 278,11 280,50 282,82 285,06 287,24 289,36 294,95 300,55 306,14 311,74 317,33 325,09 332,85 340,60 348,36 356,12

BE - 14

1 78,61 79,52 80,40 81,26 82,08 82,87 83,63 84,37 85,09 85,78 86,45 87,10 87,73 89,41 91,08 92,75 94,42 96,09 98,41 100,73 103,04 105,36 107,68

2 48,39 49,82 50,39 50,94 51,48 51,99 52,49 52,97 53,43 53,88 54,32 54,74 55,15 56,24 57,33 58,41 59,50 60,58 62,09 63,59 65,10 66,60 68,11

Total 127,00 129,34 130,79 132,20 133,56 134,86 136,12 137,34 138,52 139,66 140,77 141,84 142,89 145,64 148,40 151,16 153,92 156,67 160,50 164,32 168,14 171,96 175,79

BE - 15

1 88,75 89,82 90,87 91,87 92,84 93,77 94,67 95,54 96,39 97,20 97,99 98,76 99,51 101,48 103,45 105,42 107,39 109,36 112,09 114,82 117,55 120,28 123,01

2 38,23 40,11 40,57 41,02 41,45 41,87 42,27 42,66 43,04 43,40 43,75 44,10 44,43 45,31 46,19 47,07 47,95 48,83 50,05 51,27 52,49 53,71 54,93

Total 126,98 129,93 131,44 132,89 134,29 135,64 136,95 138,21 139,42 140,60 141,75 142,86 143,94 146,79 149,64 152,49 155,34 158,19 162,14 166,09 170,04 173,99 177,94

BE - 16

1 27,03 27,33 27,62 27,90 28,17 28,43 28,68 28,92 29,16 29,38 29,60 29,82 30,02 30,57 31,12 31,67 32,21 32,76 33,52 34,28 35,04 35,80 36,56

2 2,85 2,88 2,91 2,94 2,97 3,00 3,02 3,05 3,07 3,10 3,12 3,14 3,16 3,22 3,28 3,34 3,39 3,45 3,53 3,61 3,69 3,77 3,85

3 22,03 22,28 22,51 22,74 22,96 23,17 23,38 23,57 23,76 23,95 24,13 24,30 24,47 24,92 25,36 25,81 26,26 26,70 27,32 27,94 28,56 29,18 29,80

4 0,96 0,97 0,98 0,99 1,00 1,01 1,02 1,03 1,04 1,05 1,05 1,06 1,07 1,09 1,11 1,13 1,15 1,17 1,19 1,22 1,25 1,27 1,30

Total 52,88 53,46 54,03 54,58 55,10 55,61 56,10 56,57 57,03 57,47 57,90 58,32 58,73 59,80 60,87 61,94 63,01 64,08 65,57 67,05 68,54 70,02 71,51

BE - 17

1 42,38 42,86 43,32 43,77 44,21 44,63 45,03 45,42 45,80 46,16 46,52 46,86 47,19 48,07 48,96 49,84 50,72 51,60 52,83 54,05 55,27 56,50 57,72

2 4,37 4,42 4,47 4,52 4,56 4,61 4,65 4,69 4,73 4,76 4,80 4,84 4,87 4,96 5,05 5,14 5,23 5,33 5,45 5,58 5,70 5,83 5,96

3 11,55 11,68 11,80 11,93 12,04 12,16 12,27 12,37 12,48 12,58 12,67 12,77 12,86 13,10 13,34 13,58 13,82 14,06 14,39 14,73 15,06 15,39 15,73

4 8,85 8,95 9,05 9,14 9,23 9,32 9,41 9,49 9,57 9,64 9,72 9,79 9,86 10,04 10,23 10,41 10,59 10,78 11,03 11,29 11,55 11,80 12,06

Total 67,15 67,91 68,65 69,36 70,05 70,71 71,35 71,97 72,57 73,14 73,71 74,25 74,78 76,18 77,57 78,97 80,37 81,77 83,71 85,64 87,58 89,52 91,46

BE - 18

1 0,95 0,96 0,97 0,98 0,99 1,00 1,01 1,02 1,03 1,04 1,04 1,05 1,06 1,08 1,10 1,12 1,14 1,16 1,19 1,21 1,24 1,27 1,30

2 3,56 3,60 3,64 3,68 3,71 3,75 3,78 3,81 3,85 3,88 3,91 3,93 3,96 4,04 4,11 4,19 4,26 4,33 4,44 4,54 4,64 4,74 4,85

3 4,64 4,69 4,74 4,79 4,84 4,88 4,93 4,97 5,01 5,05 5,09 5,13 5,16 5,26 5,36 5,45 5,55 5,65 5,78 5,91 6,05 6,18 6,32

Total 9,15 9,25 9,35 9,45 9,54 9,63 9,72 9,80 9,88 9,96 10,04 10,11 10,19 10,38 10,57 10,76 10,95 11,14 11,40 11,67 11,93 12,19 12,46

Page 121: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

121

Tabela 9 – Estimativa da vazão média de esgoto sanitário, 2008-2030

(Continua)

BE Sub. Vazão Média (L/s)

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030

BE - 1

1 183,92 188,79 193,80 198,72 203,76 208,94 214,25 219,69 225,27 230,99 236,86 242,87 249,04 255,37 261,86 268,51 275,33 282,32 289,49 296,84 304,38 312,12 320,04

2 171,49 176,03 180,69 185,28 189,99 194,82 199,76 204,84 210,04 215,38 220,85 226,46 232,21 238,11 244,16 250,36 256,72 263,24 269,92 276,78 283,81 291,02 298,41

Total 355,40 364,82 374,49 384,00 393,76 403,76 414,01 424,53 435,31 446,37 457,71 469,33 481,25 493,48 506,01 518,86 532,04 545,56 559,41 573,62 588,19 603,13 618,45

BE - 2 - 366,59 376,30 386,27 396,09 406,15 416,46 427,04 437,88 449,01 460,41 472,11 484,10 496,40 509,00 521,93 535,19 548,78 562,72 577,01 591,67 606,70 622,11 637,91

BE - 3

1 216,03 221,76 227,63 233,42 239,35 245,42 251,66 258,05 264,61 271,33 278,22 285,28 292,53 299,96 307,58 315,39 323,40 331,62 340,04 348,68 357,53 366,62 375,93

2 130,78 134,24 137,80 141,30 144,89 148,57 152,34 156,21 160,18 164,25 168,42 172,70 177,09 181,58 186,20 190,93 195,78 200,75 205,85 211,08 216,44 221,94 227,57

Total 346,81 356,00 365,44 374,72 384,24 394,00 404,00 414,26 424,79 435,58 446,64 457,98 469,62 481,55 493,78 506,32 519,18 532,37 545,89 559,75 573,97 588,55 603,50

BE - 4

1 301,84 315,99 318,65 322,00 325,22 328,33 331,34 334,24 337,05 339,76 342,40 344,95 347,43 353,02 359,53 366,04 372,55 379,06 387,52 396,54 405,57 414,60 423,63

2 6,69 6,77 6,84 6,91 6,98 7,05 7,11 7,17 7,23 7,29 7,35 7,40 7,46 7,60 7,74 7,88 8,02 8,16 8,35 8,55 8,74 8,94 9,13

3 376,84 386,67 390,89 394,97 398,90 402,68 406,34 409,87 413,29 416,60 419,81 419,81 425,95 433,94 441,93 449,92 457,92 465,91 476,99 488,07 499,15 510,23 521,31

4 124,32 125,75 127,13 128,47 129,75 130,99 132,19 133,35 134,46 135,55 136,60 137,62 138,61 141,22 143,84 146,45 149,07 151,68 155,31 158,94 162,56 166,19 169,81

Total 809,69 835,18 843,51 852,35 860,85 869,06 876,98 884,63 892,03 899,20 906,15 909,78 919,44 935,77 953,03 970,29 987,56 1004,82 1028,17 1052,10 1076,03 1099,96 1123,89

BE - 5

1 31,41 31,77 32,12 32,45 32,78 33,09 33,39 33,68 33,96 34,24 34,50 34,76 35,01 35,67 36,33 36,99 37,65 38,31 39,22 40,13 41,05 41,96 42,88

2 79,45 80,36 81,24 82,09 82,91 83,70 84,47 85,20 85,92 86,61 87,28 87,93 88,56 90,23 91,90 93,57 95,24 96,91 99,22 101,53 103,85 106,16 108,48

3 558,05 564,45 570,65 576,63 582,39 587,95 593,32 598,50 603,52 608,37 613,08 617,65 622,09 633,82 645,55 657,28 669,01 680,74 697,00 713,26 729,52 745,78 762,04

4 183,46 185,55 187,58 189,53 191,41 193,23 194,98 196,68 198,31 199,90 201,44 202,93 204,38 208,21 212,04 215,87 219,71 223,54 228,85 234,16 239,47 244,78 250,09

5 338,99 342,84 346,57 350,17 353,64 356,98 360,21 363,33 366,35 369,27 372,10 374,85 377,52 384,58 391,64 398,70 405,76 412,81 422,60 432,38 442,17 451,95 461,73

6 63,35 64,08 64,78 65,46 66,11 66,74 67,35 67,94 68,51 69,06 69,59 70,11 70,61 71,94 73,27 74,60 75,93 77,26 79,11 80,95 82,80 84,64 86,48

Total 1254,70 1269,05 1282,93 1296,33 1309,24 1321,69 1333,72 1345,33 1356,57 1367,45 1378,00 1388,23 1398,17 1424,45 1450,73 1477,01 1503,29 1529,56 1565,99 1602,42 1638,85 1675,28 1711,70

BE - 6

1 12,33 12,63 12,92 13,20 13,47 13,73 13,98 14,22 14,45 14,68 14,90 15,11 15,32 15,86 16,41 16,96 17,50 18,05 18,81 19,57 20,32 21,08 21,84

2 88,84 89,86 90,85 91,80 92,72 93,60 94,46 95,28 96,08 96,86 97,61 98,33 99,04 100,91 102,78 104,65 106,51 108,38 110,97 113,56 116,15 118,74 121,33

Total 101,17 102,49 103,77 105,00 106,18 107,33 108,43 109,50 110,53 111,53 112,50 113,44 114,36 116,77 119,19 121,60 124,02 126,43 129,78 133,13 136,47 139,82 143,17

BE - 7 - 223,04 225,43 227,75 229,99 232,15 234,23 236,24 238,18 240,05 241,87 243,63 245,34 247,00 251,39 255,78 260,18 264,57 268,96 275,04 281,13 287,21 293,30 299,39

BE - 8

1 87,83 88,83 89,81 90,75 91,66 92,53 93,38 94,20 94,99 95,75 96,49 97,21 97,91 99,76 101,60 103,45 105,30 107,15 109,71 112,27 114,83 117,39 119,95

2 65,71 66,81 67,86 68,89 69,87 70,82 71,74 72,63 73,49 74,32 75,12 75,90 76,66 78,67 80,67 82,68 84,69 86,69 89,47 92,25 95,03 97,81 100,60

3 43,43 43,93 44,41 44,88 45,33 45,76 46,18 46,58 46,97 47,35 47,71 48,07 48,42 49,33 50,24 51,15 52,07 52,98 54,25 55,51 56,78 58,04 59,31

4 72,80 73,96 75,08 76,16 77,20 78,21 79,18 80,11 81,02 81,90 82,75 83,57 84,38 86,49 88,61 90,73 92,85 94,97 97,91 100,85 103,79 106,72 109,66

Total 269,77 273,53 277,17 280,68 284,06 287,32 290,47 293,52 296,46 299,31 302,08 304,76 307,36 314,25 321,13 328,02 334,90 341,79 351,33 360,88 370,42 379,97 389,51

Page 122: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

122

(Conclusão)

BE Sub. Vazão Média (L/s)

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030

BE - 9

1 45,67 46,19 46,70 47,19 47,66 48,12 48,55 48,98 49,39 49,79 50,17 50,54 50,91 51,87 52,82 53,78 54,74 55,70 57,03 58,36 59,69 61,02 62,35

2 136,02 139,82 141,35 142,83 144,26 145,64 146,96 148,25 149,49 150,69 151,85 152,99 154,08 156,99 159,89 162,79 165,69 168,60 172,62 176,65 180,67 184,69 188,72

3 36,76 37,18 37,59 37,98 38,36 38,73 39,08 39,42 39,75 40,07 40,38 40,68 40,97 41,75 42,52 43,29 44,06 44,83 45,90 46,97 48,04 49,11 50,18

Total 218,45 223,20 225,64 228,01 230,28 232,48 234,60 236,65 238,63 240,55 242,41 244,21 245,97 250,60 255,23 259,87 264,50 269,13 275,56 281,98 288,40 294,83 301,25

BE - 10 1 232,44 259,25 175,02 245,94 274,31 178,38 250,66 279,57 180,25 253,28 282,50 182,05 255,81 285,32 183,78 258,25 288,04 185,46 260,60 290,66 187,08 262,88 293,20

BE - 11 1 111,01 112,29 113,52 114,71 115,85 116,96 118,02 119,05 120,05 121,02 121,95 122,86 123,74 126,07 128,40 130,73 133,07 135,40 138,63 141,86 145,09 148,32 151,55

BE - 12 1 281,76 287,12 292,32 297,33 302,15 306,81 311,31 315,65 319,85 323,92 327,86 331,69 335,41 345,23 355,06 364,89 374,71 384,54 398,16 411,78 425,40 439,02 452,64

BE - 13

1 122,96 124,39 125,78 127,11 128,40 129,64 130,84 132,00 133,12 134,20 135,25 136,27 137,26 139,88 142,50 145,12 147,74 150,36 153,99 157,62 161,25 164,88 168,51

2 240,72 243,58 246,35 249,02 251,60 254,08 256,48 258,80 261,04 263,21 265,32 267,36 269,34 274,59 279,83 285,07 290,31 295,56 302,83 310,09 317,36 324,63 331,90

Total 363,68 367,97 372,13 376,14 380,00 383,72 387,32 390,80 394,16 397,41 400,57 403,63 406,60 414,47 422,33 430,19 438,05 445,92 456,81 467,71 478,61 489,51 500,41

BE - 14

1 110,46 111,74 112,98 114,18 115,33 116,45 117,52 118,56 119,56 120,54 121,48 122,39 123,28 125,63 127,98 130,33 132,68 135,03 138,28 141,54 144,80 148,05 151,31

2 68,00 70,00 70,81 71,59 72,34 73,06 73,76 74,43 75,09 75,72 76,33 76,92 77,50 79,03 80,55 82,08 83,60 85,13 87,25 89,36 91,48 93,59 95,71

Total 178,45 181,74 183,79 185,77 187,67 189,51 191,28 192,99 194,65 196,25 197,81 199,32 200,78 204,66 208,53 212,41 216,28 220,16 225,53 230,90 236,27 241,64 247,02

BE - 15

1 124,71 126,22 127,68 129,10 130,46 131,77 133,03 134,26 135,44 136,59 137,70 138,78 139,83 142,59 145,36 148,13 150,90 153,67 157,51 161,34 165,18 169,02 172,86

2 53,72 56,36 57,01 57,64 58,25 58,83 59,40 59,95 60,47 60,99 61,48 61,96 62,43 63,67 64,90 66,14 67,38 68,61 70,33 72,04 73,75 75,47 77,18

Total 178,43 182,58 184,70 186,74 188,70 190,60 192,43 194,20 195,92 197,58 199,18 200,74 202,26 206,26 210,27 214,27 218,28 222,28 227,83 233,38 238,94 244,49 250,04

BE - 16

1 37,99 38,41 38,81 39,21 39,58 39,95 40,30 40,64 40,97 41,29 41,60 41,90 42,19 42,96 43,73 44,50 45,27 46,04 47,10 48,17 49,24 50,30 51,37

2 4,00 4,05 4,09 4,13 4,17 4,21 4,25 4,28 4,32 4,35 4,38 4,41 4,45 4,53 4,61 4,69 4,77 4,85 4,96 5,08 5,19 5,30 5,41

3 30,96 31,30 31,64 31,96 32,26 32,56 32,85 33,12 33,39 33,65 33,90 34,15 34,39 35,01 35,64 36,27 36,89 37,52 38,39 39,26 40,13 41,00 41,87

4 1,35 1,37 1,38 1,40 1,41 1,42 1,44 1,45 1,46 1,47 1,48 1,49 1,50 1,53 1,56 1,58 1,61 1,64 1,68 1,72 1,75 1,79 1,83

Total 74,30 75,13 75,92 76,69 77,43 78,14 78,83 79,50 80,14 80,76 81,37 81,95 82,52 84,03 85,53 87,04 88,54 90,05 92,14 94,22 96,31 98,40 100,48

BE - 17

1 59,55 60,22 60,88 61,51 62,12 62,71 63,27 63,82 64,35 64,87 65,36 65,85 66,31 67,55 68,79 70,03 71,27 72,51 74,23 75,95 77,67 79,39 81,11

2 6,14 6,21 6,28 6,35 6,41 6,47 6,53 6,59 6,64 6,69 6,75 6,79 6,84 6,97 7,10 7,23 7,36 7,48 7,66 7,84 8,02 8,19 8,37

3 16,22 16,41 16,59 16,76 16,92 17,08 17,24 17,39 17,53 17,67 17,81 17,94 18,07 18,41 18,74 19,08 19,42 19,76 20,22 20,69 21,16 21,63 22,10

4 12,44 12,58 12,72 12,85 12,98 13,10 13,22 13,33 13,44 13,55 13,65 13,75 13,85 14,11 14,37 14,63 14,89 15,15 15,51 15,86 16,22 16,58 16,94

Total 94,35 95,43 96,46 97,47 98,43 99,36 100,26 101,13 101,97 102,78 103,57 104,33 105,08 107,04 109,01 110,97 112,94 114,90 117,62 120,35 123,07 125,79 128,52

BE - 18

1 1,34 1,35 1,37 1,38 1,39 1,41 1,42 1,43 1,44 1,46 1,47 1,48 1,49 1,52 1,54 1,57 1,60 1,63 1,67 1,70 1,74 1,78 1,82

2 5,00 5,06 5,11 5,17 5,22 5,27 5,31 5,36 5,40 5,45 5,49 5,53 5,57 5,67 5,78 5,88 5,99 6,09 6,23 6,38 6,52 6,67 6,81

3 6,52 6,59 6,66 6,73 6,80 6,86 6,92 6,98 7,04 7,10 7,15 7,21 7,26 7,39 7,53 7,66 7,80 7,93 8,12 8,31 8,50 8,69 8,88

Total 12,85 13,00 13,14 13,28 13,41 13,53 13,66 13,78 13,89 14,00 14,11 14,21 14,31 14,58 14,85 15,12 15,38 15,65 16,02 16,39 16,76 17,13 17,51

Page 123: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

123

Tabela 10 – Estimativa da vazão máxima de esgoto sanitário, 2008-2030

(Continua)

BE Sub. Vazão Máxima

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030

BE - 1

1 205,13 210,57 216,15 221,64 227,27 233,04 238,96 245,03 251,25 257,63 264,18 270,89 277,77 284,82 292,06 299,48 307,08 314,88 322,88 331,08 339,49 348,12 356,96

2 191,27 196,33 201,54 206,66 211,90 217,29 222,81 228,47 234,27 240,22 246,32 252,58 258,99 265,57 272,32 279,23 286,33 293,60 301,06 308,70 316,54 324,58 332,83

Total 396,40 406,90 417,68 428,29 439,17 450,33 461,77 473,49 485,52 497,85 510,50 523,47 536,76 550,40 564,38 578,71 593,41 608,48 623,94 639,79 656,04 672,70 689,79

BE - 2 - 408,87 419,70 430,83 441,77 452,99 464,50 476,29 488,39 500,80 513,52 526,56 539,94 553,65 567,71 582,13 596,92 612,08 627,63 643,57 659,92 676,68 693,87 711,49

BE - 3

1 240,95 247,34 253,89 260,34 266,95 273,73 280,69 287,81 295,13 302,62 310,31 318,19 326,27 334,56 343,06 351,77 360,71 369,87 379,26 388,90 398,77 408,90 419,29

2 145,86 149,73 153,70 157,60 161,60 165,71 169,92 174,23 178,66 183,20 187,85 192,62 197,51 202,53 207,67 212,95 218,36 223,90 229,59 235,42 241,40 247,53 253,82

Total 386,81 397,06 407,59 417,94 428,55 439,44 450,60 462,05 473,78 485,82 498,16 510,81 523,78 537,09 550,73 564,72 579,06 593,77 608,85 624,32 640,18 656,44 673,11

BE - 4

1 336,65 352,44 355,40 359,14 362,73 366,20 369,56 372,79 375,92 378,95 381,89 384,74 387,50 393,73 401,00 408,26 415,52 422,79 432,21 442,28 452,35 462,42 472,49

2 7,46 7,55 7,63 7,71 7,79 7,86 7,93 8,00 8,07 8,13 8,20 8,26 8,32 8,47 8,63 8,79 8,94 9,10 9,32 9,53 9,75 9,97 10,19

3 420,31 431,27 435,98 440,53 444,90 449,13 453,21 457,15 460,96 464,65 468,23 471,70 475,07 483,99 492,90 501,82 510,73 519,65 532,01 544,37 556,72 569,08 581,44

4 138,66 140,26 141,80 143,29 144,72 146,10 147,44 148,73 149,97 151,18 152,35 153,49 154,59 157,51 160,43 163,34 166,26 169,18 173,22 177,27 181,31 185,36 189,40

Total 903,08 931,51 940,81 950,66 960,14 969,29 978,13 986,67 994,92 1002,92 1010,66 1018,18 1025,49 1043,71 1062,96 1082,21 1101,46 1120,71 1146,76 1173,45 1200,14 1226,83 1253,52

BE - 5

1 35,03 35,43 35,82 36,19 36,56 36,90 37,24 37,57 37,88 38,19 38,48 38,77 39,05 39,78 40,52 41,25 41,99 42,72 43,74 44,76 45,78 46,80 47,82

2 88,61 89,63 90,61 91,56 92,47 93,36 94,21 95,03 95,83 96,60 97,35 98,07 98,77 100,64 102,50 104,36 106,22 108,08 110,66 113,24 115,83 118,41 120,99

3 622,41 629,56 636,47 643,14 649,57 655,76 661,75 667,53 673,13 678,54 683,80 688,89 693,84 706,92 720,01 733,09 746,17 759,26 777,39 795,53 813,66 831,80 849,94

4 204,62 206,96 209,21 211,39 213,49 215,52 217,47 219,36 221,19 222,96 224,67 226,34 227,95 232,23 236,50 240,77 245,05 249,32 255,24 261,17 267,09 273,01 278,94

5 378,09 382,39 386,55 390,56 394,43 398,16 401,76 405,24 408,60 411,86 415,02 418,09 421,07 428,94 436,81 444,68 452,56 460,43 471,34 482,25 493,17 504,08 514,99

6 70,66 71,47 72,25 73,01 73,74 74,44 75,12 75,77 76,41 77,02 77,62 78,20 78,76 80,24 81,72 81,72 84,69 86,18 88,23 90,29 92,35 94,40 96,46

Total 1399,42 1415,42 1430,91 1445,86 1460,25 1474,14 1487,55 1500,51 1513,04 1525,17 1536,94 1548,35 1559,44 1588,75 1618,06 1645,88 1676,68 1705,99 1746,62 1787,25 1827,88 1868,51 1909,14

BE - 6

1 13,75 14,09 14,41 14,72 15,02 15,31 15,59 15,86 16,12 16,37 16,62 16,85 17,08 17,69 18,30 18,91 19,52 20,13 20,98 21,82 22,67 23,51 24,36

2 99,09 100,23 101,33 102,39 103,41 104,40 105,35 106,27 107,16 108,03 108,86 109,68 110,46 112,55 114,63 116,71 118,80 120,88 123,77 126,66 129,55 132,44 135,32

Total 112,84 114,31 115,74 117,11 118,43 119,71 120,94 122,13 123,28 124,40 125,48 126,53 127,55 130,24 132,93 135,63 138,32 141,01 144,75 148,48 152,22 155,95 159,68

BE - 7 - 248,76 251,43 254,02 256,52 258,92 261,24 263,48 265,65 267,74 269,77 271,73 273,64 275,49 280,39 285,29 290,18 295,08 299,98 306,77 313,55 320,34 327,13 333,92

BE - 8

1 97,96 99,08 100,17 101,22 102,23 103,21 104,15 105,06 105,94 106,79 107,62 108,42 109,20 111,26 113,32 115,38 117,44 119,50 122,36 125,22 128,07 130,93 133,78

2 73,29 74,51 75,69 76,83 77,93 78,99 80,02 81,01 81,96 82,89 83,79 84,66 85,50 87,74 89,98 92,22 94,45 96,69 99,79 102,89 106,00 109,10 112,20

3 48,44 49,00 49,53 50,05 50,55 51,04 51,50 51,95 52,39 52,81 53,22 53,61 54,00 55,02 56,04 57,05 58,07 59,09 60,50 61,91 63,33 64,74 66,15

4 81,20 82,49 83,74 84,95 86,11 87,23 88,31 89,35 90,36 91,34 92,29 93,21 94,11 96,47 98,83 101,20 103,56 105,93 109,20 112,48 115,76 119,03 122,31

Total 300,89 305,08 309,14 313,05 316,83 320,46 323,98 327,37 330,66 333,84 336,92 339,91 342,81 350,49 358,17 365,85 373,53 381,21 391,86 402,50 413,15 423,80 434,44

Page 124: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

124

(Conclusão)

BE Sub. Vazão Máxima

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030

BE - 9

1 50,94 51,52 52,09 52,63 53,16 53,67 54,15 54,63 55,08 55,53 55,96 56,37 56,78 57,85 58,92 59,99 61,06 62,13 63,61 65,09 66,57 68,06 69,54

2 151,70 155,95 157,66 159,31 160,90 162,43 163,91 165,35 166,73 168,07 169,37 170,63 171,86 175,09 178,33 181,57 184,81 188,04 192,53 197,02 201,51 206,00 210,48

3 41,00 41,47 41,93 42,36 42,79 43,20 43,59 43,97 44,34 44,69 45,04 45,38 45,70 46,56 47,42 48,28 49,14 50,01 51,20 52,39 53,59 54,78 55,97

Total 243,64 248,94 251,67 254,31 256,85 259,29 261,66 263,94 266,15 268,29 270,37 272,38 274,34 279,50 284,67 289,84 295,01 300,18 307,34 314,50 321,67 328,83 336,00

BE - 10 1 259,25 274,31 279,57 282,50 285,32 288,04 290,66 293,20 295,66 298,03 300,34 302,57 304,74 310,49 316,23 321,97 327,71 333,45 341,41 349,37 357,32 365,28 373,24

BE - 11 1 123,82 125,24 126,61 127,94 129,21 130,45 131,64 132,79 133,90 134,97 136,02 137,03 138,01 140,61 143,21 145,81 148,41 151,01 154,62 158,22 161,83 165,43 169,03

BE - 12 1 314,26 320,24 326,03 331,62 337,01 342,20 347,21 352,06 356,74 361,28 365,68 369,95 374,09 385,05 396,01 406,97 417,93 428,89 444,08 459,28 474,47 489,66 504,85

BE - 13

1 137,15 88,52 124,39 138,74 89,51 125,78 140,28 90,46 127,11 141,77 91,37 128,40 143,21 92,26 129,64 144,59 93,11 130,84 145,93 93,93 132,00 147,22 94,73

2 268,48 173,34 243,58 271,67 175,31 246,35 274,76 177,22 249,02 277,75 179,05 251,60 280,62 180,82 254,08 283,39 182,52 256,48 286,06 184,17 258,80 288,65 185,77

Total 405,63 261,87 367,97 410,41 264,82 372,13 415,05 267,68 376,14 419,52 270,42 380,00 423,83 273,07 383,72 427,98 275,63 387,32 431,99 278,11 390,80 435,87 280,50

BE - 14

1 123,20 124,63 126,01 127,35 128,64 129,88 131,08 132,23 133,35 134,44 135,49 136,51 137,50 140,12 142,74 145,36 147,98 150,60 154,23 157,86 161,50 165,13 168,76

2 75,84 78,08 78,98 79,84 80,68 81,49 82,27 83,02 83,75 84,45 85,13 85,80 86,44 88,14 89,84 91,55 93,25 94,95 97,31 99,67 102,03 104,39 106,75

Total 199,04 202,71 204,99 207,19 209,32 211,36 213,34 215,25 217,10 218,89 220,62 222,31 223,94 228,26 232,59 236,91 241,23 245,55 251,54 257,53 263,52 269,52 275,51

BE - 15

1 139,09 140,78 142,41 143,99 145,50 146,97 148,38 149,74 151,06 152,34 153,58 154,78 155,95 159,04 162,13 165,22 168,30 171,39 175,67 179,95 184,23 188,52 192,80

2 59,92 62,86 63,59 64,29 64,97 65,62 66,25 66,86 67,45 68,02 68,57 69,11 69,63 71,01 72,39 73,77 75,15 76,53 78,44 80,35 82,26 84,17 86,08

Total 199,02 203,64 206,00 208,28 210,47 212,59 214,63 216,60 218,51 220,36 222,16 223,90 225,59 230,05 234,52 238,99 243,45 247,92 254,11 260,30 266,50 272,69 278,88

BE - 16

1 42,37 42,84 43,29 43,73 44,15 44,56 44,95 45,33 45,70 46,05 46,40 46,73 47,05 47,91 48,77 49,63 50,49 51,35 52,54 53,73 54,92 56,11 57,30

2 4,46 4,51 4,56 4,61 4,65 4,69 4,74 4,78 4,81 4,85 4,89 4,92 4,96 5,05 5,14 5,23 5,32 5,41 5,54 5,66 5,79 5,91 6,04

3 34,53 34,91 35,28 35,64 35,98 36,32 36,64 36,95 37,24 37,53 37,82 38,09 38,35 39,05 39,75 40,45 41,15 41,85 42,82 43,79 44,76 45,73 46,70

4 1,51 1,53 1,54 1,56 1,57 1,59 1,60 1,61 1,63 1,64 1,65 1,66 1,68 1,71 1,74 1,77 1,80 1,83 1,87 1,91 1,96 2,00 2,04

Total 82,87 83,79 84,68 85,53 86,36 87,15 87,92 88,66 89,38 90,08 90,75 91,41 92,04 93,72 95,40 97,08 98,76 100,43 102,76 105,09 107,42 109,74 112,07

BE - 17

1 66,41 67,17 67,90 68,61 69,28 69,94 70,57 71,18 71,77 72,35 72,90 73,44 73,96 75,35 76,73 78,11 79,49 80,88 82,79 84,71 86,63 88,54 90,46

2 6,85 6,93 7,01 7,08 7,15 7,22 7,28 7,35 7,41 7,47 7,52 7,58 7,63 7,78 7,92 8,06 8,20 8,35 8,54 8,74 8,94 9,14 9,34

3 18,09 18,30 18,50 18,69 18,88 19,06 19,23 19,39 19,56 19,71 19,86 20,01 20,15 20,53 20,91 21,28 21,66 22,04 22,56 23,08 23,60 24,12 24,65

4 13,87 14,03 14,18 14,33 14,47 14,61 14,74 14,87 14,99 15,11 15,23 15,34 15,45 15,74 16,03 16,32 16,61 16,89 17,29 17,69 18,09 18,50 18,90

Total 105,24 106,43 107,59 108,71 109,78 110,82 111,82 112,79 113,73 114,64 115,52 116,37 117,20 119,39 121,58 123,77 125,96 128,15 131,19 134,23 137,26 140,30 143,34

BE - 18

1 1,49 1,51 1,52 1,54 1,55 1,57 1,58 1,60 1,61 1,62 1,64 1,65 1,66 1,69 1,72 1,75 1,78 1,81 1,86 1,90 1,94 1,99 2,03

2 5,58 5,64 5,70 5,76 5,82 5,87 5,93 5,98 6,03 6,08 6,12 6,17 6,21 6,33 6,44 6,56 6,68 6,79 6,95 7,11 7,27 7,44 7,60

3 7,27 7,35 7,43 7,51 7,58 7,65 7,72 7,79 7,85 7,92 7,98 8,04 8,09 8,24 8,40 8,55 8,70 8,85 9,06 9,27 9,48 9,69 9,90

Total 14,33 14,50 14,66 14,81 14,95 15,10 15,23 15,36 15,49 15,62 15,73 15,85 15,96 16,26 16,56 16,86 17,16 17,46 17,87 18,28 18,70 19,11 19,52

Page 125: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

125

Os resultados da FASE 3 e da FASE 4 foram utilizados nas estimativas da

FASE 5.

Page 126: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

126

5.5 FASE 5 – PROPOSTA DE CONCEPÇÃO DO SES DO MUNICÍPIO DE BELÉM

Nesta proposta de concepção foram estabelecidas as seguintes diretrizes:

• Para áreas tipicamente urbanas foram previstas soluções coletivas de

coleta, tratamento, elevação e destinação final dos esgotos, as quais são

caracterizadas pela implantação de sistema convencional nas bacias de

esgotamento, contemplando a área urbana quanto às porções

periféricas da área rural com traços evidentes de expansão no núcleo

urbano.

• Para áreas rurais foram previstos sistemas individuais em residências

isoladas e para comunidades com baixa densidade demográfica ou de

ocupação fragmentada foram previstos pequenos sistemas coletivos de

esgotamento sanitário.

Como resultado, a alternativa de concepção proposta foi constituída por

sistemas convencionais de esgotamento sanitário em 18 (dezoito) áreas tipicamente

urbanas e por sistema individual tipo fossa séptica – filtro anaeróbio, nas áreas

rurais. Os sistemas individuais não serão aqui apresentados, sendo proposto o

estudo específico para cada realidade.

As populações atendidas com SES convencional e a produção de esgoto

sanitário (em final de plano) são apresentadas na Tabela 11. Vale observar que, no

final de plano (ano 2030) na maior e na menor BE serão coletados e tratados esgotos

produzidos por 517.537 habitantes (BE 5) e 5.293 habitantes BE (18), respectivamente.

Page 127: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

127

Tabela 11 – População contribuinte (2008 e 2030) e produção de esgoto (2030) por BE

Bacia de Esgotamento

População contribuinte (hab.)

Produção de esgoto sanitário (L/s) Final de plano

2008 2030 Qmáx Qméd Qmín

BE 1 107.457 186.990 689,79 618,45 440,12

BE 2 110.838 192.874 711,49 637,91 453,97

BE 3 104.859 182.469 673,11 603,50 429,48

BE 4 244.811 339.809 1.253,52 1.123,89 799,81

BE 5 379.361 517.537 1.909,14 1.711,70 1.218,13

BE 6 30.590 43.288 159,68 143,17 101,89

BE 7 67.435 90.520 333,92 299,39 213,06

BE 8 81.565 117.770 434,44 389,51 277,20

BE 9 66.048 91.084 336,00 301,25 214,38

BE10 70.279 101.180 373,24 334,64 238,15

BE 11 33.565 45.823 169,03 151,55 107,85

BE 12 85.190 136.858 504,85 452,64 322,12

BE 13 109.959 151.300 558,13 500,41 356,12

BE 14 53.956 74.685 275,51 247,02 175,79

BE 15 53.950 75.600 278,88 250,04 177,94

BE 16 22.466 26.334 112,07 100,48 71,51

BE 17 28.528 38.857 143,34 128,52 91,46

BE 18 3.886 5.293 19,52 17,51 12,46

Após a definição da área e da população contribuinte em cada BE, foram

definidas as unidades de coleta e elevação e de tratamento e disposição final.

5.5.1 Unidade de coleta e elevação

Nesta proposta foi indicado sistema coletor convencional do tipo

separador absoluto, com os coletores encaminhando o esgoto sanitário para

interceptores.

A extensão do sistema coletor foi estimada com base na prática da

COSANPA que consiste em adotar 1,4 metro de rede por habitante. O traçado dos

Page 128: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

128

interceptores foi orientado pela planialtimetria, existência de cursos d’água, sentido

de contribuição da rede coletora e localização da ETE. Os valores da estimativa e da

determinação da extensão do sistema coletor e de interceptores, respectivamente, e

diâmetros máximos por BE são mostrados na Tabela 12.

Tabela 12 – Principais informações do sistema de coleta por BE

Bacia de Esgotamento

(BE)

Sistema de coleta - Final de plano (2030)

Extensão do sistema coletor (m)

Extensão de interceptor (m)

% interceptor/ sistema coletor

Diâmetro máximo do Interceptor (mm)

BE 1 261.829 6.195 2,37 800

BE 2 270.024 3.466 1,28 1.000

BE 3 255.457 4.345 1,70 800

BE 4 475.734 11.625 2,44 900

BE 5 724.552 22.786 3,14 1.000

BE 6 60.603 6.569 10,84 500

BE 7 130.781 5.211 3,98 800

BE 8 164.878 9.856 5,98 600

BE 9 127.518 6.647 5,21 700 BE10 141.652 5.287 3,73 800 BE 11 64.152 2.542 3,96 600 BE 12 191.601 13.004 6,79 900 BE 13 211.820 4.284 2,02 800 BE 14 104.559 5.746 5,50 600 BE 15 105.840 5.188 4,90 600 BE 16 42.533 10.783 25,35 450 BE 17 54.400 18.741 34,45 300 BE 18 7.409 6.136 82,82 250

A profundidade de máxima definida para os interceptores foi de 6,0 m e,

caso necessário, construção de estações elevatórias para elevação das cotas a partir do

recalque do esgoto. No entanto, vale ressaltar que a localização e a quantidade das

elevatórias devem ser definidas mediante a elaboração dos projetos básicos e

executivos para cada bacia de esgotamento.

Em função do baixo percentual de atendimento com rede coletora (6,35%)

e da necessidade de manutenção do sistema existente, no cálculo das estimativas do

sistema coletor foi prevista implantação de nova rede em toda a área da BE. Do Mapa

16 ao Mapa 33 é mostrado o traçado dos interceptores utilizados no encaminhamento

do esgoto coletado na bacia de esgotamento.

Page 129: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

129

Mapa 16 – Concepção geral do SES na BE 1

Mapa 17 – Concepção geral do SES na BE 2

#

#$T

$T

$T

$TBaía do Guajará

ETE Cesário Alvim

BE 1

BE 1 - 2

BE 1 - 1

S

N

EW

1°28

' 1°28'

1°27

' 1°27'

48°31'

48°31'

48°30'

48°30'

48°29'

48°29'

Escala: 1/21.000Hidrografia

Interceptores

Estação de Tratamentode Esgoto

Bacias de EsgotamentoBacia de Esgotamento 1

#S

Legenda

Sub-bacias de Esgotamento

Base Viária

$T EE Prevista

#ETE Quintino

BE 2 - 1

Rio Guamá

BE 2

S

N

EW

1°28

' 1°28'

1°27

' 1°27'

48°31'

48°31'

48°30'

48°30'

48°29'

48°29'

Escala: 1/20.000

Hidrografia

Interceptores

Estação de Tratamentode Esgoto

Bacias de EsgotamentoBacia de Esgotamento 2

#S

Legenda

Sub-bacias de Esgotamento

Base Viária

Page 130: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

130

Mapa 18 – Concepção geral do SES na BE 3

Mapa 19 – Concepção geral do SES na BE 4

#$T$T

$T

ETE 3 de Maio

BE 3

Rio Guamá

BE 3 - 1BE 3 - 2

S

N

EW

1°28

' 1°28'

1°27

' 1°27'

48°31'

48°31'

48°30'

48°30'

48°29'

48°29'

Escala: 1/17.000Hidrografia

Interceptores

Estação de Tratamentode Esgoto

Bacias de EsgotamentoBacia de Esgotamento 3

#S

Legenda

Sub-bacias de Esgotamento

Base Viária

$T EE Prevista

#$T

$T

Rio Guamá

ETE Tucunduba

BE 4

BE 4 - 1

BE 4 - 2

BE 4 - 3

BE 4 - 4

S

N

EW

Escala: 1/33.000Hidrografia

Interceptores

Estação de Tratamentode Esgoto

Bacias de EsgotamentoBacia de Esgotamento 4

#S

Legenda

Sub-bacias de Esgotamento

Base Viária

$T EE Prevista

1°28

' 1°28'

1°27

' 1°27'

1°26

' 1°26'

48°29'

48°29'

48°28'

48°28'

48°27'

48°27'

48°26'

48°26'

48°25'

48°25'

Page 131: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

131

Mapa 20 – Concepção geral do SES na BE 5

Mapa 21 – Concepção geral do SES na BE 6

$T$T

#ETE Una

Baía do Guajará

BE 5

BE 5 -1

BE 5 - 2

BE 5 - 3

BE 5 - 4

BE 5 - 5

BE 5 - 6

S

N

EW

Escala: 1/48.000Hidrografia

Interceptores

Estação de Tratamentode Esgoto

Bacias de EsgotamentoBacia de Esgotamento 5

#S

Legenda

Sub-bacias de Esgotamento

Base Viária

$T EE Prevista

1°28

' 1°28'

1°27

' 1°27'

1°26

' 1°26'

48°29'

48°29'

48°28'

48°28'

48°27'

48°27'

48°26'

48°26'

48°25'

48°25'

EE Existente

#

$T

$T

$T$T

$T

BE 6

BE 6 - 2

BE 6 -1

ETE Rua da Mata

S

N

EW

Escala: 1/20.000Hidrografia

Interceptores

Estação de Tratamentode Esgoto

Bacias de EsgotamentoBacia de Esgotamento 6

#S

Legenda

Sub-bacias de Esgotamento

Base Viária

$T$T

EE PrevistaEE Existente

1°28

' 1°28'

1°27

' 1°27'

1°26

' 1°26'

48°29'

48°29'

48°28'

48°28'

48°27'

48°27'

48°26'

48°26'

48°25'

48°25'

Page 132: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

132

Mapa 22 – Concepção geral do SES na BE 7

Mapa 23 – Concepção geral do SES na BE 8

#

$T

BE 7

BE 7 -1

ETE Tavares Bastos

$T

$T$T

S

N

EW

Escala: 1/21.000Hidrografia

Interceptores

Estação de Tratamentode Esgoto

Bacias de EsgotamentoBacia de Esgotamento 7

#S

Legenda

Sub-bacias de Esgotamento

Base Viária

$T$T

EE ProjetadaEE Existente

1°28

' 1°28'

1°27

' 1°27'

1°26

' 1°26'

48°29'

48°29'

48°28'

48°28'

48°27'

48°27'

48°26'

48°26'

48°25'

48°25'

# ETE Martir

BE 8 - 4

BE 8 - 1

BE 8 - 2

BE 8 - 3

BE 8

Lago Água Preta

Lago Bolonha

$T

$T

$T

$T

$T

$T$T

S

N

EW

Escala: 1/42.000Hidrografia

Interceptores

Estação de Tratamentode Esgoto

Bacias de EsgotamentoBacia de Esgotamento 8

#S

Legenda

Sub-bacias de Esgotamento

Base Viária

$T$T

EE Prevista

EE Existente

1°28

' 1°28'

1°27

' 1°27'

1°26

' 1°26'

48°29'

48°29'

48°28'

48°28'

48°27'

48°27'

48°26'

48°26'

48°25'

48°25'

Page 133: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

133

Mapa 24 – Concepção geral do SES na BE 9

Mapa 25 – Concepção geral do SES na BE 10

#

Baía do Guajará

BE 9

BE 9 - 1

BE 9 - 2

BE 9 - 3

ETE Mata Fome

$T

$T

$T

S

N

EW

Escala: 1/48.000Hidrografia

Interceptores

Estação de Tratamentode Esgoto

Bacias de EsgotamentoBacia de Esgotamento 9

#S

Legenda

Sub-bacias de Esgotamento

Base Viária

$T EE Prevista

1°28

' 1°28'

1°27

' 1°27'

1°26

' 1°26'

48°29'

48°29'

48°28'

48°28'

48°27'

48°27'

48°26'

48°26'

48°25'

48°25'

#ETE Benguí 4

BE 10

BE 10 - 1

$T

S

N

EW

1°23

' 1°23'

1°22

' 1°22'

48°28'

48°28'

48°27'

48°27'

48°26'

48°26'

48°25'

48°25'

Escala: 1/26.000Hidrografia

Interceptores

Estação de Tratamentode Esgoto

Bacias de EsgotamentoBacia de Esgotamento 10

#S

Legenda

Sub-bacias de Esgotamento

Base Viária

$T EE PrevistaEE Existente

Page 134: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

134

Mapa 26 – Concepção geral do SES na BE 11

Mapa 27 – Concepção geral do SES na BE 12

#

$T

$T

$T

BE 11

BE 11 - 1

ETE Sideral

S

N

EW

1°23

' 1°23'

1°22

' 1°22'

48°28'

48°28'

48°27'

48°27'

48°26'

48°26'

48°25'

48°25'

Escala: 1/19.000Hidrografia

Interceptores

Estação de Tratamentode Esgoto

Bacias de EsgotamentoBacia de Esgotamento 11

#S

Legenda

Sub-bacias de Esgotamento

Base Viária

$T ETE Existente

#$T $T

$T

$T

$T

$T

ETE Coqueiro

BE 12

BE 12 - 1

S

N

EW

1°23

' 1°23'

1°22

' 1°22'

48°28'

48°28'

48°27'

48°27'

48°26'

48°26'

48°25'

48°25'

Escala: 1/27.000Hidrografia

Interceptores

Estação de Tratamentode Esgoto

Bacias de EsgotamentoBacia de Esgotamento 12

#S

Legenda

Sub-bacias de Esgotamento

Base Viária

$T EE Existente

Page 135: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

135

Mapa 28 – Concepção geral do SES na BE 13

Mapa 29 – Concepção geral do SES na BE 14

#

Baía do Guajará

BE 13

BE 13 - 2

BE 13 - 1

ETE Paracurí

$T

$T

$T

S

N

EW

1°23

' 1°23'

1°22

' 1°22'

48°28'

48°28'

48°27'

48°27'

48°26'

48°26'

48°25'

48°25'

Escala: 1/40.000Hidrografia

Interceptores

Estação de Tratamentode Esgoto

Bacias de EsgotamentoBacia de Esgotamento 13

#S

Legenda

Sub-bacias de Esgotamento

Base Viária

$T EE Prevista

#ETE Ananin

BE 14

BE 14 - 2

BE 14 - 1

$T

$T

S

N

EW

1°23

' 1°23'

1°22

' 1°22'

48°28'

48°28'

48°27'

48°27'

48°26'

48°26'

48°25'

48°25'

Escala: 1/40.000Hidrografia

Interceptores

Estação de Tratamentode Esgoto

Bacias de EsgotamentoBacia de Esgotamento 14

#S

Legenda

Sub-bacias de Esgotamento

Base Viária

$T EE Prevista

Page 136: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

136

Mapa 30 – Concepção geral do SES na BE 15

Mapa 31 – Concepção geral do SES na BE 16

#Rio MaguaríETE Icoarací

BE 15BE 15 - 1

BE 15 - 2

$T

$T

S

N

EW

1°23

' 1°23'

1°22

' 1°22'

48°28'

48°28'

48°27'

48°27'

48°26'

48°26'

48°25'

48°25'

Escala: 1/30.000Hidrografia

Interceptores

Estação de Tratamentode Esgoto

Bacias de EsgotamentoBacia de Esgotamento 15

#S

Legenda

Sub-bacias de Esgotamento

Base Viária

$T EE Prevista

#

Rio

Mag

uarí

BE 16

BE 16 - 1 BE 16 - 2

BE 16 - 3

BE 16 - 4

ETE Água Boa

$T

$T

$T

S

N

EW

1°23

' 1°23'

1°22

' 1°22'

48°28'

48°28'

48°27'

48°27'

48°26'

48°26'

48°25'

48°25'

Escala: 1/40.000Hidrografia

Interceptores

Estação de Tratamentode Esgoto

Bacias de EsgotamentoBacia de Esgotamento 16

#S

Legenda

Sub-bacias de Esgotamento

Base Viária

$T EE Prevista

Page 137: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

137

Mapa 32 – Concepção geral do SES na BE 17

Mapa 33 – Concepção geral do SES na BE 18

#

Baía de Marajó

BE 17

BE 17 - 4

BE 17 - 3

BE 17 - 2

BE 17 - 1

ETE Vila

$T

$T

$T

S

N

EW

1°23

' 1°23'

1°22

' 1°22'

48°28'

48°28'

48°27'

48°27'

48°26'

48°26'

48°25'

48°25'

Escala: 1/85.000Hidrografia

Interceptores

Estação de Tratamentode Esgoto

Bacias de EsgotamentoBacia de Esgotamento 17

#S

Legenda

Sub-bacias de Esgotamento

Base Viária

$T EE Prevista

#

Baía de Marajó

ETE Paraíso

BE 18BE 18 - 1

BE 18 - 2

BE 18 - 3

$T

$T

S

N

EW

1°23

' 1°23'

1°22

' 1°22'

48°28'

48°28'

48°27'

48°27'

48°26'

48°26'

48°25'

48°25'

Escala: 1/40.000Hidrografia

Interceptores

Estação de Tratamentode Esgoto

Bacias de EsgotamentoBacia de Esgotamento 18

#S

Legenda

Sub-bacias de Esgotamento

Base Viária

$T EE Prevista

Page 138: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

138

Quanto às estimativas de custo, o investimento total para implantação do

sistema de coleta foi de R$ 1.015.673.881,97, considerando o valor utilizado pela

COSANPA de R$ 300,00 por metro linear de rede, e o custo mensal estimado com

energia elétrica em elevatórias de rede variou de R$ 5.898,71 a R$ 576.776,10, em

função do porte da BE, conforme mostrado no Quadro 7.

Bacia de Esgotamento (BE)

Sistema de coleta - Final de plano (2030)

Custo de Implantação (R$) Custo com bombeamento - energia elétrica¹

(R$/mês) BE 1 78.535.800,00 208.393,86 BE 2 81.007.080,00 214.951,13 BE 3 76.636.980,00 203.355,50 BE 4 142.719.763,33 378.704,85 BE 5 217.365.540,00 576.776,10 BE 6 18.180.960,00 48.242,47 BE 7 38.018.400,00 100.880,80 BE 8 49.463.400,00 131.250,75 BE 9 38.255.155,16 101.509,51 BE10 42.495.600,00 112.761,53 BE 11 19.245.660,00 51.067,71 BE 12 57.480.360,00 152.523,02 BE 13 63.546.000,00 168.618,41 BE 14 31.367.903,48 83.234,28 BE 15 31.752.000,00 84.253,26 BE 16 11.060.280,00 33.858,37 BE 17 16.319.940,00 43.304,43 BE 18 2.223.060,00 5.898,71

Nota: ¹ Custo unitário de R$ 0,13 por m³ bombeado. Quadro 7 – Estimativas de custo da unidade de coleta e elevação por BE

5.5.2 Unidade de tratamento e disposição final

Em cada Bacia de Esgotamento foi definida possível localização da ETE

com base na disponibilidade de área, na circunvizinhança e no corpo receptor.

Apesar de terem sido priorizadas áreas não ocupadas ou com entorno não adensado,

não foi descartada a necessidade de desapropriação por ocasião elaboração dos

projetos básicos e executivos de sistemas.

Page 139: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

A insuficiência de ações eficazes no planejamento da expansão urbana em

Belém, associada à crescente demanda de áreas para atender a especulação

imobiliária (necessidade de redução do déficit habitacional), resulta na maioria dos

casos, em conflitos de interesses e em conseqüentes problemas na escolha de áreas

para a locação das ETEs. Essa situação pode ser ilustrada com o caso da ETE Rua da

Mata localizada na confluência do canal

a área destinada para expansão da referida unidade de tratamento foi ocupada de

forma irregular o que compromete tanto o funcionamento/operação da unidade

quanto o próprio bem estar dos moradores

Na Fotografia

(a)

Fotografia 5 – Entorno da ETE Rua da Mata: (a) antes de ocupação; (b) após a ocupaçãoFonte: Google... (2009).

Em situações como essa, é importante ressaltar que para viabilizar a

expansão dos sistemas no município de Belém, torna

da população que ocupou de forma irregular o entorno da

Na seleção dos corpos d’água re

entre a ETE e o ponto de lançamento do efluente líquido.

O conhecimento da condição do solo está relacionado aos aspectos da

construção civil e quando em condição desfavorável torna mais onerosa a execução

A insuficiência de ações eficazes no planejamento da expansão urbana em

Belém, associada à crescente demanda de áreas para atender a especulação

imobiliária (necessidade de redução do déficit habitacional), resulta na maioria dos

m conflitos de interesses e em conseqüentes problemas na escolha de áreas

para a locação das ETEs. Essa situação pode ser ilustrada com o caso da ETE Rua da

Mata localizada na confluência do canal Água Cristal e o canal São Joaquim

a área destinada para expansão da referida unidade de tratamento foi ocupada de

forma irregular o que compromete tanto o funcionamento/operação da unidade

quanto o próprio bem estar dos moradores (Fotografia 5).

Fotografia 5 é mostrado e o caso do entorno da ETE Rua da Mata.

(b)

Entorno da ETE Rua da Mata: (a) antes de ocupação; (b) após a ocupação

Em situações como essa, é importante ressaltar que para viabilizar a

expansão dos sistemas no município de Belém, torna-se necessária a desapropriação

da população que ocupou de forma irregular o entorno da área do projeto.

Na seleção dos corpos d’água receptores foi considerada a proximidade

entre a ETE e o ponto de lançamento do efluente líquido.

O conhecimento da condição do solo está relacionado aos aspectos da

construção civil e quando em condição desfavorável torna mais onerosa a execução

139

A insuficiência de ações eficazes no planejamento da expansão urbana em

Belém, associada à crescente demanda de áreas para atender a especulação

imobiliária (necessidade de redução do déficit habitacional), resulta na maioria dos

m conflitos de interesses e em conseqüentes problemas na escolha de áreas

para a locação das ETEs. Essa situação pode ser ilustrada com o caso da ETE Rua da

e o canal São Joaquim, em que

a área destinada para expansão da referida unidade de tratamento foi ocupada de

forma irregular o que compromete tanto o funcionamento/operação da unidade

é mostrado e o caso do entorno da ETE Rua da Mata.

(b)

Entorno da ETE Rua da Mata: (a) antes de ocupação; (b) após a ocupação

Em situações como essa, é importante ressaltar que para viabilizar a

se necessária a desapropriação

área do projeto.

ceptores foi considerada a proximidade

O conhecimento da condição do solo está relacionado aos aspectos da

construção civil e quando em condição desfavorável torna mais onerosa a execução

Page 140: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

140

das fundações, o que impacta diretamente nos custos de implantação. No entanto,

nesta pesquisa não foram desenvolvidos estudos específicos para conhecimento

dessas características.

Bacia de Esgotamento 1 (BE 1)

O esgoto gerado nas sub-bacias da BE 1 será coletado e encaminhado para

a ETE Cesário Alvim, que após tratamento será lançado no Rio Guamá (corpo

receptor). Para a BE 1 foi previsto incremento de 36,53% na população contribuinte,

que passará de 107.457 habitantes no início de plano (2008) para 186.990 habitantes

no final de plano (2030).

A ETE Cesário Alvim já possui concepção definida em projeto básico:

UASB+Lodos ativados. Pela análise das estimativas é possível afirmar a coerência na

seleção do tipo de tratamento, observadas as características da BE 1. A pouca

disponibilidade de área e a proximidade da tomada d’água no rio Guamá

(aproximadamente 12 km), que aumenta a exigência da qualidade do efluente

tratado, reforçam a necessidade de adoção de tecnologias como a combinação

seqüencial de reatores UASB e sistema de lodos ativados ou mesmo flotação por ar

dissolvido.

Na Tabela 13 são mostradas estimativas por tipo de tratamento para a ETE

Cesário Alvim, com base nos valores referência estimados por Von Sperling (2005).

Page 141: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

141

Tabela 13 – Estimativas para o tratamento de esgoto na BE 1 – ETE Cesário Alvim

ETE Cesário Alvim - estimativas

População final de plano: 186.990 hab.

Área Demandada (ha)

Custo de implantação

(R$)

Custo de operação e manutenção (R$/ano)

Produção de lodo (m³/ano)

Lagoa aerada facultativa

Mín 4,67 7.617.981,36 761.050,18 5.610

Méd 7,11 10.665.921,87 1.065.844,23 23.374

Máx 9,35 13.711.992,47 1.370.638,28 41.138

Sistema físico-químico (tratamento primário avançado)

Mín 0,75 6.094.011,11 1.219.176,20 136.503

Méd 0,93 7.999.441,40 1.752.098,32 301.989

Máx 1,12 9.903.001,79 2.285.020,43 467.476

Sistema de lodos ativados

Mín 2,24 15.235.962,73 1.523.970,25 205.689

Méd 3,55 19.807.873,49 2.285.020,43 383.330

Máx 4,67 24.377.914,34 3.047.940,51 560.971

UASB+Flotação

Mín 0,93 9.141.951,62 914.382,15 56.097

Méd 1,87 11.426.972,05 1.142.510,21 71.991

Máx 2,80 13.711.992,47 1.370.638,28 87.885

UASB+Lodos ativados

Mín 1,50 10.665.921,87 1.065.844,23 33.658

Méd 2,62 13.711.992,47 1.447.304,26 54.227

Máx 3,74 16.759.932,98 1.828.764,30 74.796

UASB+Biofiltro aerado submerso

Mín 0,93 9.903.001,79 1.065.844,23 33.658

Méd 1,87 10.665.921,87 1.447.304,26 54.227

Máx 2,80 15.235.962,73 1.828.764,30 74.796

Bacia de Esgotamento 2 (BE 2)

O esgoto gerado BE 2 será coletado e encaminhado para a ETE Quintino,

que após tratamento será lançado no Rio Guamá (corpo receptor). Para a BE 2 foi

previsto incremento de 36,60% na população contribuinte, que passará de 110.838

habitantes no início de plano (2008) para 192.874 habitantes no final de plano (2030).

A ETE Quintino está em condições semelhantes às da ETE Cesário Alvim,

sendo observada pouca disponibilidade de área e proximidade da tomada d’água no

rio Guamá, o que também induz a adoção de tecnologias como a combinação

seqüencial de reatores UASB e sistema de lodos ativados ou flotação por ar

dissolvido. No entanto, no caso da BE 1, a pouca disponibilidade de área, aliada à

Page 142: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

142

elevada demanda populacional, foi considerado como fator de grande importância

na definição da combinação UASB+Flotação como tecnologia principal de

tratamento.

Na Tabela 14 são mostradas estimativas por tipo de tratamento para a ETE

Quintino.

Tabela 14 – Estimativas para o tratamento de esgoto na BE 2 – ETE Quintino

ETE Quintino - estimativas

População final de plano: 192.874 hab.

Área Demandada (ha)

Custo de implantação

(R$)

Custo de operação e manutenção (R$/ano)

Produção de lodo

(m³/ano)

Lagoa aerada facultativa

Mín 4,82 7.857.686,76 784.997,18 5.786

Méd 7,33 11.001.532,96 1.099.381,80 24.109

Máx 9,64 14.143.450,42 1.413.766,42 42.432

Sistema físico-químico (tratamento primário avançado)

Mín 0,77 6.285.763,66 1.257.538,48 140.798

Méd 0,96 8.251.149,72 1.807.229,38 311.492

Máx 1,16 10.214.607,04 2.356.920,28 482.185

Sistema de lodos ativados

Mín 2,31 15.715.373,52 1.571.923,10 212.161

Méd 3,66 20.431.142,82 2.356.920,28 395.392

Máx 4,82 25.144.983,38 3.143.846,20 578.622

UASB+Flotação

Mín 0,96 9.429.609,86 943.153,86 57.862

Méd 1,93 11.786.530,14 1.178.460,14 74.256

Máx 2,89 14.143.450,42 1.413.766,42 90.651

UASB+Lodos ativados

Mín 1,54 11.001.532,96 1.099.381,80 34.717

Méd 2,70 14.143.450,42 1.492.844,76 55.933

Máx 3,86 17.287.296,62 1.886.307,72 77.150

UASB+Biofiltro aerado submerso

Mín 0,96 10.214.607,04 1.099.381,80 34.717

Méd 1,93 11.001.532,96 1.492.844,76 55.933

Máx 2,89 15.715.373,52 1.886.307,72 77.150

Bacia de Esgotamento 3 (BE 3)

O esgoto gerado nas sub-bacias da BE 3 será coletado e encaminhado para

a ETE Três de Maio, que após tratamento será lançado no Rio Guamá (corpo

receptor). Para a BE 3 foi previsto incremento de 35,6% na população contribuinte,

Page 143: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

143

que passará de 104.859 habitantes no início de plano (2008) para 182.469 habitantes

no final de plano (2030).

Assim como a ETE Quintino e a ETE Cesário Alvim, a ETE Três de Maio

está localizada em área, onde especialmente o fator da qualidade do efluente, é

determinante na escolha da tecnologia de tratamento, em razão da proximidade da

tomada d’água no rio Guamá. Nesse caso, também foi indicado tratamento em

reatores UASB e sistema de lodos ativados ou flotação por ar dissolvido.

Na Tabela 15 são mostradas estimativas por tipo de tratamento para a ETE

Três de Maio.

Tabela 15 – Estimativas para o tratamento de esgoto na BE 3 – ETE Três de Maio

ETE Três de Maio - estimativas

População final de plano: 182.469 hab.

Área Demandada (ha)

Custo de implantação

(R$)

Custo de operação e manutenção (R$/ano)

Produção de lodo

(m³/ano)

Lagoa aerada facultativa

Mín 4,56 7.433.800,57 742.650,18 5.474

Méd 6,93 10.408.050,67 1.040.075,19 22.809

Máx 9,12 13.380.476,09 1.337.500,20 40.143

Sistema físico-químico (tratamento primário avançado)

Mín 0,73 5.946.675,52 1.189.700,04 133.203

Méd 0,91 7.806.038,01 1.709.737,64 294.688

Máx 1,09 9.663.575,80 2.229.775,23 456.173

Sistema de lodos ativados

Mín 2,19 14.867.601,14 1.487.125,05 200.716

Méd 3,47 19.328.976,30 2.229.775,23 374.062

Máx 4,56 23.788.526,76 2.974.250,11 547.408

UASB+Flotação

Mín 0,91 8.920.925,62 892.275,03 54.741

Méd 1,82 11.150.700,85 1.114.887,62 70.251

Máx 2,74 13.380.476,09 1.337.500,20 85.761

UASB+Lodos ativados

Mín 1,46 10.408.050,67 1.040.075,19 32.844

Méd 2,55 13.380.476,09 1.412.312,63 52.916

Máx 3,65 16.354.726,19 1.784.550,06 72.988

UASB+biofiltro earado submerso

Mín 0,91 9.663.575,80 1.040.075,19 32.844

Méd 1,82 10.408.050,67 1.412.312,63 52.916

Máx 2,74 14.867.601,14 1.784.550,06 72.988

Page 144: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

144

Bacia de Esgotamento 4 (BE 4)

O esgoto gerado nas sub-bacias da BE 4 será coletado e encaminhado para

a ETE Tucunduba, que após tratamento será lançado no Igarapé Tucunduba (corpo

receptor). Para a BE 4 foi previsto incremento de 39,2% na população contribuinte,

que passará de 244.811 habitantes no início de plano (2008) para 339.809 habitantes

no final de plano (2030).

O caso da ETE Tucunduba é semelhante ao da ETE Quintino, agravada

pelo porte da BE em termos populacionais. Por isso, o tipo de tratamento indicado

para a ETE Tucunduba foi UASB+Flotação. Na Tabela 16 são mostradas estimativas

por tipo de tratamento para a ETE Tucunduba.

Tabela 16 – Estimativas para o tratamento de esgoto na BE 4 – ETE Tucunduba

ETE Tucunduba - estimativas

População final de plano: 339.809 hab.

Área Demandada (ha)

Custo de implantação

(R$)

Custo de operação e manutenção (R$/ano)

Produção de lodo

(m³/ano)

Lagoa aerada facultativa

Mín 8,50 13.843.817,04 1.383.022,47 10.194

Méd 12,91 19.382.703,10 1.936.911,07 42.476

Máx 16,99 24.918.191,06 2.490.799,68 74.758

Sistema físico-químico (tratamento primário avançado)

Mín 1,36 11.074.374,02 2.215.554,42 248.061

Méd 1,70 14.537.027,32 3.184.009,96 548.791

Máx 2,04 17.996.282,54 4.152.465,49 849.522

Sistema de lodos ativados

Mín 4,08 27.687.634,09 2.769.443,03 373.790

Méd 6,46 35.995.963,16 4.152.465,49 696.608

Máx 8,50 44.300.894,15 5.538.886,05 1.019.427

UASB+Flotação

Mín 1,70 16.613.260,07 1.661.665,82 101.943

Méd 3,40 20.765.725,56 2.076.232,75 130.826

Máx 5,10 24.918.191,06 2.490.799,68 159.710

UASB+Lodos ativados

Mín 2,72 19.382.703,10 1.936.911,07 61.166

Méd 4,76 24.918.191,06 2.630.121,35 98.545

Máx 6,80 30.457.077,11 3.323.331,63 135.924

UASB+Biofiltro aerado submerso

Mín 1,70 17.996.282,54 1.936.911,07 61.166

Méd 3,40 19.382.703,10 2.630.121,35 98.545

Máx 5,10 27.687.634,09 3.323.331,63 135.924

Page 145: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

145

Bacia de Esgotamento 5 (BE 5)

O esgoto gerado nas sub-bacias da BE 5 será coletado e encaminhado para

a ETE Una, que após tratamento será lançado na Baía do Guajará (corpo receptor).

Para a BE 5 foi previsto incremento de 73,3% na população contribuinte, que passará

de 379.361 habitantes no início de plano (2008) para 517.537 habitantes no final de

plano (2030).

A ETE Una já tem concepção definida: UASB+Flotação e o lançamento do

efluente tratado por emissário sub-aquático (COMPANHIA DE SANEAMENTO DO

PARÁ, 2007). O tratamento anaeróbio seguido de tratamento físico-químico por

flotação é uma opção adequada para garantir qualidade do efluente tratado, com

baixa demanda de área. A escassez de áreas para implantação das ETEs no município

é tão evidente que na concepção da ETE Una, mesmo tendo sido considerada

proposta compacta (UASB+ FAD) houve a necessidade de otimização na disposição

das unidades para que fossem evitadas desapropriações.

Na Tabela 17 são mostradas estimativas por tipo de tratamento para a ETE

Una.

Page 146: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

146

Tabela 17 – Estimativas para o tratamento de esgoto na BE 5 – ETE Una

ETE Una - estimativas

População final de plano: 517.537 hab.

Área Demandada (ha)

Custo de implantação

(R$)

Custo de operação e manutenção (R$/ano)

Produção de lodo

(m³/ano)

Lagoa aerada facultativa

Mín 12,94 21.084.457,38 2.106.375,59 15.526

Méd 19,67 29.520.310,48 2.949.960,90 64.692

Máx 25,88 37.950.988,21 3.793.546,21 113.858

Sistema físico-químico (tratamento primário avançado)

Mín 2,07 16.866.530,83 3.374.341,24 377.802

Méd 2,59 22.140.232,86 4.849.321,69 835.822

Máx 3,11 27.408.759,52 6.324.302,14 1.293.843

Sistema de lodos ativados

Mín 6,21 42.168.914,76 4.217.926,55 569.291

Méd 9,83 54.822.694,41 6.324.302,14 1.060.951

Máx 12,94 67.471.298,69 8.435.853,10 1.552.611

UASB+Flotação

Mín 2,59 25.302.383,93 2.530.755,93 155.261

Méd 5,18 31.626.686,07 3.162.151,07 199.252

Máx 7,76 37.950.988,21 3.793.546,21 243.242

UASB+Lodos ativados

Mín 4,14 29.520.310,48 2.949.960,90 93.157

Méd 7,25 37.950.988,21 4.005.736,38 150.086

Máx 10,35 46.386.841,31 5.061.511,86 207.015

UASB+Biofiltro aerado submerso

Mín 2,59 27.408.759,52 2.949.960,90 93.157

Méd 5,18 29.520.310,48 4.005.736,38 150.086

Máx 7,76 42.168.914,76 5.061.511,86 207.015

Bacia de Esgotamento 6 (BE 6)

O esgoto gerado nas sub-bacias da BE 6 será coletado e encaminhado para

a ETE Rua da Mata, que após tratamento será lançado no Canal Água Cristal (corpo

receptor). Para a BE 6 foi previsto incremento de 36,6 % na população contribuinte,

que passará de 30.590 habitantes no início de plano (2008) para 43.288 habitantes no

final de plano (2030).

A concepção da ETE Rua da Mata é UASB+lodos ativados, o que pode ser

considerado coerente em razão da localização da BE próximo ao Parque Ambiental

de Belém, além de ter como corpo receptor um curso d’água urbano (canal Água

Cristal). Nessas condições, é exigida elevada a qualidade do efluente tratado. Apesar

de construída e equipada, a ETE Rua da Mata não opera com a vazão de projeto.

Page 147: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

147

Na Tabela 18 são mostradas estimativas por tipo de tratamento para a ETE

Rua da Mata.

Tabela 18 – Estimativas para o tratamento de esgoto na BE 6 – ETE Rua da Mata

ETE Rua da Mata - estimativas

População final de plano: 43.288 hab.

Área Demandada (ha)

Custo de implantação

(R$)

Custo de operação e manutenção (R$/ano)

Produção de lodo (m³/ano)

Lagoa aerada facultativa

Mín 1,08 1.763.553,12 176.182,16 1.299

Méd 1,64 2.469.147,52 246.741,60 5.411

Máx 2,16 3.174.309,04 317.301,04 9.523

Sistema físico-químico (tratamento primário avançado)

Mín 0,17 1.410.755,92 282.237,76 31.600

Méd 0,22 1.851.860,64 405.608,56 69.910

Máx 0,26 2.292.532,48 528.979,36 108.220

Sistema de lodos ativados

Mín 0,52 3.527.106,24 352.797,20 47.617

Méd 0,82 4.585.497,84 528.979,36 88.740

Máx 1,08 5.643.456,56 705.594,40 129.864

UASB+Flotação

Mín 0,22 2.116.350,32 211.678,32 12.986

Méd 0,43 2.645.329,68 264.489,68 16.666

Máx 0,65 3.174.309,04 317.301,04 20.345

UASB+Lodos ativados

Mín 0,35 2.469.147,52 246.741,60 7.792

Méd 0,61 3.174.309,04 335.049,12 12.554

Máx 0,87 3.879.903,44 423.356,64 17.315

UASB+Biofiltro aerado submerso

Mín 0,22 2.292.532,48 246.741,60 7.792

Méd 0,43 2.469.147,52 335.049,12 12.554

Máx 0,65 3.527.106,24 423.356,64 17.315

Quando comparados os valores estimados (mínimo, médio e máximo) do

custo de implantação do tratamento por UASB+Lodos ativados na ETE Rua da Mata

com os mostrados por Guimarães (2009) (R$ 6.892.802,67), foi observada a

discrepância entre os valores.

Bacia de Esgotamento 7 (BE 7)

O esgoto gerado nas sub-bacias da BE 7 será coletado e encaminhado para

a ETE Tavares Bastos, que após tratamento será lançado no Canal Água Cristal

(corpo receptor). Para a BE 7 foi previsto incremento de 38,53% na população

Page 148: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

148

contribuinte, que passará de 67.435 habitantes no início de plano (2008) para 90.520

habitantes no final de plano (2030).

A ETE Tavares Bastos possui concepção UASB + Flotação e está em fase de

testes para dar início à operação. A ETE está localizada em uma bacia urbana de

grande adensamento e entorno ocupada por condomínios e área comercial de grande

circulação, com ponto de lançamento à montante do ponto de lançamento (ETE Rua

da Mata). A localização do ponto de lançamento em relação à extensão do corpo

receptor por si só já constituiria num agravante pela possibilidade de interferir na

qualidade da água ao longo da extensão do corpo receptor, portanto, a atual

concepção se enquadra nas características locais. Na Tabela 19 são mostradas

estimativas por tipo de tratamento para a ETE Tavares Bastos.

Tabela 19 – Estimativas para o tratamento de esgoto na BE 7 – ETE Tavares Bastos

ETE Tavares Bastos - estimativas

População final de plano: 90.520 hab.

Área Demandada (ha)

Custo de implantação

(R$)

Custo de operação e manutenção (R$/ano)

Produção de lodo (m³/ano)

Lagoa aerada facultativa

Mín 2,26 3.687.784,80 368.416,40 2.716

Méd 3,44 5.163.260,80 515.964,00 11.315

Máx 4,53 6.637.831,60 663.511,60 19.914

Sistema físico-químico (tratamento primário avançado)

Mín 0,36 2.950.046,80 590.190,40 66.080

Méd 0,45 3.872.445,60 848.172,40 146.190

Máx 0,54 4.793.939,20 1.106.154,40 226.300

Sistema de lodos ativados

Mín 1,09 7.375.569,60 737.738,00 99.572

Méd 1,72 9.588.783,60 1.106.154,40 185.566

Máx 2,26 11.801.092,40 1.475.476,00 271.560

UASB+Flotação

Mín 0,45 4.425.522,80 442.642,80 27.156

Méd 0,91 5.531.677,20 553.077,20 34.850

Máx 1,36 6.637.831,60 663.511,60 42.544

UASB+Lodos ativados

Mín 0,72 5.163.260,80 515.964,00 16.294

Méd 1,27 6.637.831,60 700.624,80 26.251

Máx 1,81 8.113.307,60 885.285,60 36.208

UASB+Biofiltro aerado submerso

Mín 0,45 4.793.939,20 515.964,00 16.294

Méd 0,91 5.163.260,80 700.624,80 26.251

Máx 1,36 7.375.569,60 885.285,60 36.208

Page 149: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

149

O máximo valor estimado é bastante diferente do mostrado por

Guimarães (2009) de R$ 10.497.193,54.

Bacia de Esgotamento 8 (BE 8)

O esgoto gerado nas sub-bacias da BE 8 será coletado e encaminhado para

a ETE Mártir, que após tratamento será lançado no Igarapé do Mártir (corpo

receptor). Para a BE 8 foi previsto incremento de 52,68% na população contribuinte,

que passará de 81.565 habitantes no início de plano (2008) para 117.770 habitantes no

final de plano (2030).

Na BE 8, a qualidade do efluente é a o fator de maior relevância, portanto

a tecnologia de tratamento indicada para a ETE Mártir deve atingir elevados níveis

de eficiência, tanto no que se refere à matéria orgânica quanto nutrientes e

patogênicos em razão das proximidades da área do parque ambiental de Belém e do

lançamento dos efluentes próximo a tomada d’água do Bolonha, logo a combinação

seqüencial de reatores UASB e sistema de lodos ativados ou flotação por ar

dissolvido é alternativa mais apropriada. Na Tabela 20 são mostradas estimativas por

tipo de tratamento para a ETE Mártir.

Page 150: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

150

Tabela 20 – Estimativas para o tratamento de esgoto na BE 8 – ETE Mártir

ETE Mártir – estimativas

População final de plano: 117.770 hab.

Área Demandada (ha)

Custo de implantação

(R$)

Custo de operação e manutenção (R$/ano)

Produção de lodo (m³/ano)

Lagoa aerada facultativa

Mín 2,94 4.797.949,80 479.323,90 3.533

Méd 4,48 6.717.600,80 671.289,00 14.721

Máx 5,89 8.636.074,10 863.254,10 25.909

Sistema físico-químico (tratamento primário avançado)

Mín 0,47 3.838.124,30 767.860,40 85.972

Méd 0,59 5.038.200,60 1.103.504,90 190.199

Máx 0,71 6.237.099,20 1.439.149,40 294.425

Sistema de lodos ativados

Mín 1,41 9.595.899,60 959.825,50 129.547

Méd 2,24 12.475.376,10 1.439.149,40 241.429

Máx 2,94 15.353.674,90 1.919.651,00 353.310

UASB+Flotação

Mín 0,59 5.757.775,30 575.895,30 35.331

Méd 1,18 7.196.924,70 719.574,70 45.341

Máx 1,77 8.636.074,10 863.254,10 55.352

UASB+Lodos ativados

Mín 0,94 6.717.600,80 671.289,00 21.199

Méd 1,65 8.636.074,10 911.539,80 34.153

Máx 2,36 10.555.725,10 1.151.790,60 47.108

UASB+Biofiltro aerado submerso

Mín 0,59 6.237.099,20 671.289,00 21.199

Méd 1,18 6.717.600,80 911.539,80 34.153

Máx 1,77 9.595.899,60 1.151.790,60 47.108

Bacia de Esgotamento 9 (BE 9)

O esgoto gerado nas sub-bacias da BE 9 será coletado e encaminhado para a

ETE Mata Fome, que após tratamento será lançado na Baía do Guajará (corpo

receptor). Para a BE 9 foi previsto incremento de 37,89% na população contribuinte,

que passará de 66.048 habitantes no início de plano (2008) para 91.084 habitantes no

final de plano (2030).

Na BE 9, o corpo receptor favorece a utilização de tecnologia de

tratamento com menor sofisticação quanto à qualidade do efluente, em função da

capacidade de autodepuração da baía de Guajará. Para a ETE Mata Fome foi

indicada combinação UASB+Biofiltro aerado submerso e na Tabela 21 são mostradas

estimativas por tipo de tratamento para a ETE Mata Fome.

Page 151: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

151

Tabela 21 – Estimativas para o tratamento de esgoto na BE 9 – ETE Mata Fome

ETE Mata Fome - estimativas

População final de plano: 91.084 hab

Área Demandada (ha)

Custo de implantação

(R$)

Custo de operação e manutenção (R$/ano)

Produção de lodo (m³/ano)

Lagoa aerada facultativa

Min 2,28 3.710.750,05 370.710,67 2.733

Méd 3,46 5.195.414,41 519.177,11 11.385

Máx 4,55 6.679.167,92 667.643,54 20.038

Sistema físico-químico (tratamento primário avançado)

Mín 0,36 2.968.417,87 593.865,74 66.491

Méd 0,46 3.896.560,80 853.454,29 147.100

Máx 0,55 4.823.792,90 1.113.042,85 227.709

Sistema de lodos ativados

Mín 1,09 7.421.500,10 742.332,18 100.192

Méd 1,73 9.648.496,63 1.113.042,85 186.722

Máx 2,28 11.874.582,33 1.484.664,36 273.251

UASB+Flotação

Mín 0,46 4.453.082,23 445.399,31 27.325

Méd 0,91 5.566.125,08 556.521,42 35.067

Máx 1,37 6.679.167,92 667.643,54 42.809

UASB+Lodos ativados

Mín 0,73 5.195.414,41 519.177,11 16.395 Méd 1,28 6.679.167,92 704.987,86 26.414 Máx 1,82 8.163.832,28 890.798,61 36.433

UASB+Biofiltro aerado submerso

Mín 0,46 4.823.792,90 519.177,11 16.395 Méd 0,91 5.195.414,41 704.987,86 26.414 Máx 1,37 7.421.500,10 890.798,61 36.433

Bacia de Esgotamento 10 (BE 10)

O esgoto gerado nas sub-bacias da BE 10 será coletado e encaminhado

para a ETE Benguí 4, que após tratamento será lançado no Igarapé Val-de-Cans

(corpo receptor). Para a BE 10 foi previsto incremento de 43,97% na população

contribuinte, que passará de 70.279 habitantes no início de plano (2008) para 101.180

habitantes no final de plano (2030).

A ETE Benguí 4 possui uma estrutura existente de reatores UASB, que

precisa de reparos, sem unidades de pós-tratamento. No entanto, por estar localizada

em área militar e ainda cercada de áreas verdes, a combinação seqüencial de reatores

UASB e FBAS ou sistema de lodos ativados é a mais adequada. Na Tabela 22 são

mostradas estimativas por tipo de tratamento para a ETE Benguí 4.

Page 152: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

152

Tabela 22 – Estimativas para o tratamento de esgoto na BE 10 – ETE Benguí 4

ETE Benguí 4 - estimativas

População final de plano: 101.180 hab

Área Demandada (ha)

Custo de implantação

(R$)

Custo de operação e manutenção (R$/ano)

Produção de lodo (m³/ano)

Lagoa aerada facultativa

Mín 2,53 4.122.073,20 411.802,60 3.035

Méd 3,84 5.771.307,20 576.726,00 12.648

Máx 5,06 7.419.529,40 741.649,40 22.260

Sistema físico-químico (tratamento primário avançado)

Mín 0,40 3.297.456,20 659.693,60 73.861

Méd 0,51 4.328.480,40 948.056,60 163.406

Máx 0,61 5.358.492,80 1.236.419,60 252.950

Sistema de lodos ativados

Mín 1,21 8.244.146,40 824.617,00 111.298

Méd 1,92 10.717.997,40 1.236.419,60 207.419

Máx 2,53 13.190.836,60 1.649.234,00 303.540

UASB+Flotação

Mín 0,51 4.946.690,20 494.770,20 30.354

Méd 1,01 6.183.109,80 618.209,80 38.954

Máx 1,52 7.419.529,40 741.649,40 47.555

UASB+Lodos ativados

Mín 0,81 5.771.307,20 576.726,00 18.212

Méd 1,42 7.419.529,40 783.133,20 29.342

Máx 2,02 9.068.763,40 989.540,40 40.472

UASB+Biofiltro aerado submerso

Mín 0,51 5.358.492,80 576.726,00 18.212

Méd 1,01 5.771.307,20 783.133,20 29.342

Máx 1,52 8.244.146,40 989.540,40 40.472

Bacia de Esgotamento 11 (BE 11)

O esgoto gerado nas sub-bacias da BE 11 será coletado e encaminhado

para a ETE Sideral, que após tratamento será lançado no Igarapé Massaquara (corpo

receptor). Para a BE 12 foi previsto incremento de 36,52% na população contribuinte,

que passará de 33.565 habitantes no início de plano (2008) para 45.823 habitantes no

final de plano (2030).

A ETE Sideral também possui dois módulos de reatores UASB, sem

unidades seqüenciais de polimento, o que favorece a implantação de

UASB+Flotação, e UASB+Lodos ativados. Na Tabela 23 são mostradas estimativas

por tipo de tratamento para a ETE Sideral.

Page 153: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

153

Tabela 23 – Estimativas para o tratamento de esgoto na BE 11 – ETE Sideral

ETE Sideral – estimativas

População final de plano: 45.823 hab.

Área Demandada (ha)

Custo de implantação

(R$)

Custo de operação e manutenção (R$/ano)

Produção de lodo (m³/ano)

Lagoa aerada facultativa

Mín 1,15 1.866.829,02 186.499,61 1.375

Méd 1,74 2.613.743,92 261.191,10 5.728

Máx 2,29 3.360.200,59 335.882,59 10.081

Sistema físico-químico (tratamento primário avançado)

Mín 0,18 1.493.371,57 298.765,96 33.451

Méd 0,23 1.960.307,94 429.361,51 74.004

Máx 0,27 2.426.786,08 559.957,06 114.558

Sistema de lodos ativados

Mín 0,55 3.733.658,04 373.457,45 50.405

Méd 0,87 4.854.030,39 559.957,06 93.937

Máx 1,15 5.973.944,51 746.914,90 137.469

UASB+Flotação

Mín 0,23 2.240.286,47 224.074,47 13.747

Méd 0,46 2.800.243,53 279.978,53 17.642

Máx 0,69 3.360.200,59 335.882,59 21.537

UASB+Lodos ativados

Mín 0,37 2.613.743,92 261.191,10 8.248

Méd 0,64 3.360.200,59 354.670,02 13.289

Máx 0,92 4.107.115,49 448.148,94 18.329

UASB+Biofiltro aerado submerso

Mín 0,23 2.426.786,08 261.191,10 8.248

Méd 0,46 2.613.743,92 354.670,02 13.289

Máx 0,69 3.733.658,04 448.148,94 18.329

Bacia de Esgotamento 12 (BE 12)

O esgoto gerado nas sub-bacias da BE 12 será coletado e encaminhado

para a ETE Coqueiro, que após tratamento será lançado no Afluente do rio Maguari

(corpo receptor). Para a BE 12 foi previsto incremento de 60,65% na população

contribuinte, que passará de 85.190 habitantes no início de plano (2008) para 136.858

habitantes no final de plano (2030).

A ETE Coqueiro é mais um de construção apenas de reatores UASB. A BE

12 é uma bacia urbana com porte de atendimento expressivo. Além disso, a pouca

disponibilidade de área na BE 12, induz à implantação de UASB+Flotação, e

UASB+Lodos ativados, caso as negociações de área avancem, pois parte da área

definida para expansão da unidade de tratamento foi ocupada ilegalmente e a

Page 154: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

154

COSANPA pretende retomar a referida área. Na Tabela 24 são mostradas estimativas

por tipo de tratamento para a ETE Coqueiro.

Tabela 24 – Estimativas para o tratamento de esgoto na BE 12 – ETE Coqueiro

ETE Coqueiro - estimativas

População final de plano: 136.858 hab.

Área Demandada (ha)

Custo de implantação

(R$)

Custo de operação e manutenção (R$/ano)

Produção de lodo (m³/ano)

Lagoa aerada facultativa

Mín 3,42 5.575.594,92 557.012,06 4.106

Méd 5,20 7.806.380,32 780.090,60 17.107

Máx 6,84 10.035.797,14 1.003.169,14 30.109

Sistema físico-químico (tratamento primário avançado)

Mín 0,55 4.460.202,22 892.314,16 99.906

Méd 0,68 5.854.785,24 1.282.359,46 221.026

Máx 0,82 7.247.999,68 1.672.404,76 342.145

Sistema de lodos ativados

Mín 1,64 11.151.189,84 1.115.392,70 150.544

Méd 2,60 14.497.367,94 1.672.404,76 280.559

Máx 3,42 17.842.177,46 2.230.785,40 410.574

UASB+Flotação

Mín 0,68 6.690.987,62 669.235,62 41.057

Méd 1,37 8.363.392,38 836.202,38 52.690

Máx 2,05 10.035.797,14 1.003.169,14 64.323

UASB+Lodos ativados

Mín 1,09 7.806.380,32 780.090,60 24.634

Méd 1,92 10.035.797,14 1.059.280,92 39.689

Máx 2,74 12.266.582,54 1.338.471,24 54.743

UASB+Biofiltro aerado submerso

Mín 0,68 7.247.999,68 780.090,60 24.634

Méd 1,37 7.806.380,32 1.059.280,92 39.689

Máx 2,05 11.151.189,84 1.338.471,24 54.743

Bacia de Esgotamento 13 (BE 13)

O esgoto gerado nas sub-bacias da BE 13 será coletado e encaminhado

para a ETE Paracurí, que após tratamento será lançado no Igarapé Paracurí (corpo

receptor). Para a BE 13 foi previsto incremento de 37,96% na população contribuinte,

que passará de 109.959 habitantes no início de plano (2008) para 151.300 habitantes

no final de plano (2030).

A realidade da BE 13 em relação à demanda e disponibilidade de área e ao

grande potencial do corpo receptor favorece a implantação de lagoa aerada

Page 155: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

155

facultativa. Na Tabela 25 são mostradas estimativas por tipo de tratamento para a

ETE Paracurí.

Tabela 25 – Estimativas para o tratamento de esgoto na BE 13 – ETE Paracurí

ETE Paracurí - estimativas

População final de plano: 151.300 hab.

Área Demandada (ha)

Custo de implantação

(R$)

Custo de operação e manutenção (R$/ano)

Produção de lodo (m³/ano)

Lagoa aerada facultativa

Mín 3,78 6.163.962,00 615.791,00 4.539

Méd 5,75 8.630.152,00 862.410,00 18.913

Máx 7,57 11.094.829,00 1.109.029,00 33.286

Sistema físico-químico (tratamento primário avançado)

Mín 0,61 4.930.867,00 986.476,00 110.449

Méd 0,76 6.472.614,00 1.417.681,00 244.350

Máx 0,91 8.012.848,00 1.848.886,00 378.250

Sistema de lodos ativados

Mín 1,82 12.327.924,00 1.233.095,00 166.430

Méd 2,87 16.027.209,00 1.848.886,00 310.165

Máx 3,78 19.724.981,00 2.466.190,00 453.900

UASB+Flotação

Mín 0,76 7.397.057,00 739.857,00 45.390

Méd 1,51 9.245.943,00 924.443,00 58.251

Máx 2,27 11.094.829,00 1.109.029,00 71.111

UASB+Lodos ativados

Mín 1,21 8.630.152,00 862.410,00 27.234

Méd 2,12 11.094.829,00 1.171.062,00 43.877

Máx 3,03 13.561.019,00 1.479.714,00 60.520

UASB+Biofiltro aerado submerso

Mín 0,76 8.012.848,00 862.410,00 27.234

Méd 1,51 8.630.152,00 1.171.062,00 43.877

Máx 2,27 12.327.924,00 1.479.714,00 60.520

Bacia de Esgotamento 14 (BE 14)

O esgoto gerado nas sub-bacias da BE 14 será coletado e encaminhado

para a ETE Ananin, que após tratamento será lançado no Rio Maguarí (corpo

receptor). Para a BE 14 foi previsto incremento de 37,82% na população contribuinte,

que passará de 53.956 habitantes no início de plano (2008) para 74.685 habitantes no

final de plano (2030).

Page 156: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

156

A realidade da BE 14 em relação disponibilidade de área e ao grande

potencial do corpo receptor favorece a implantação de lagoa aerada facultativa. Na

Tabela 26 são mostradas as estimativas por tipo de tratamento do para a ETE Ananin.

Tabela 26 – Estimativas para o tratamento de esgoto na BE 14 – ETE Ananin

ETE Ananin – estimativas

População final de plano: 74.685 hab.

Área Demandada (ha)

Custo de implantação

(R$)

Custo de operação e manutenção (R$/ano)

Produção de lodo (m³/ano)

Lagoa aerada facultativa

Mín 1,87 3.042.686,64 303.969,92 2.241

Méd 2,84 4.260.060,03 425.707,26 9.336

Máx 3,73 5.476.686,58 547.444,60 16.431

Sistema físico-químico (tratamento primário avançado)

Mín 0,30 2.433.999,94 486.949,36 54.520

Méd 0,37 3.195.045,03 699.802,99 120.617

Máx 0,45 3.955.343,26 912.656,62 186.714

Sistema de lodos ativados

Mín 0,90 6.085.373,28 608.686,70 82.154

Méd 1,42 7.911.433,37 912.656,62 153.105

Máx 1,87 9.736.746,61 1.217.373,40 224.056

UASB+Flotação

Mín 0,37 3.651.373,34 365.212,02 22.406

Méd 0,75 4.564.029,96 456.328,31 28.754

Máx 1,12 5.476.686,58 547.444,60 35.102

UASB+Lodos ativados

Mín 0,60 4.260.060,03 425.707,26 13.443

Méd 1,05 5.476.686,58 578.065,65 21.659

Máx 1,49 6.694.059,97 730.424,04 29.874

UASB+Biofiltro aerado submerso

Mín 0,37 3.955.343,26 425.707,26 13.443

Méd 0,75 4.260.060,03 578.065,65 21.659

Máx 1,12 6.085.373,28 730.424,04 29.874

Bacia de Esgotamento 15 (BE 15)

O esgoto gerado nas sub-bacias da BE 15 será coletado e encaminhado

para a ETE Icoaraci, que após tratamento será lançado no Rio Maguarí (corpo

receptor). Para a BE 15 foi previsto incremento de 40,13% na população contribuinte,

que passará de 53.950 habitantes no início de plano (2008) para 75.600 habitantes no

final de plano (2030).

Page 157: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

157

Em 2003, foi anunciada pelo SAEEB a previsão de projeto para a ETE

Icoaraci. A proposta anunciada contemplava, como tratamento principal, a

combinação de reatores UASB e lagoa aerada, o que pode ser bastante vantajoso

quando utilizado ar difuso ao invés de aeradores mecânicos, pois resulta na redução

da área por aumentar a profundidade útil da lagoa.

No entanto, entre as alternativas estudadas na presente proposta, foi

indicado UASB+Biofiltro earado submerso, principalmente em razão do lançamento

na foz do rio Maguarí, próximo à baía de Guajará. Na Tabela 27 são mostradas as

estimativas por tipo de tratamento do para a ETE Icoaraci.

Tabela 27 – Estimativas para o tratamento de esgoto na BE 15 – ETE Icoaraci

ETE Icoaraci - estimativas

População final de plano: 75.600 hab.

Área Demandada (ha)

Custo de implantação

(R$)

Custo de operação e manutenção (R$/ano)

Produção de lodo (m³/ano)

Lagoa aerada facultativa

Mín 1,89 3.079.936,00 307.691,20 2.268

Méd 2,87 4.312.212,80 430.918,88 9.450

Máx 3,78 5.543.733,60 554.146,56 16.632

Sistema físico-químico (tratamento primário avançado)

Mín 0,30 2.463.797,60 492.910,72 55.188

Méd 0,38 3.234.159,60 708.370,16 122.094

Máx 0,45 4.003.765,60 923.829,60 189.000

Sistema de lodos ativados

Mín 0,91 6.159.872,00 616.138,40 83.160

Méd 1,44 8.008.287,20 923.829,60 154.980

Máx 1,89 9.855.946,41 1.232.276,80 226.799

UASB+Flotação

Mín 0,38 3.696.074,40 369.683,04 22.680

Méd 0,76 4.619.904,00 461.914,80 29.106

Máx 1,13 5.543.733,60 554.146,56 35.532

UASB+Lodos ativados

Mín 0,60 4.312.212,80 430.918,88 13.608

Méd 1,06 5.543.733,60 585.142,48 21.924

Máx 1,51 6.776.010,40 739.366,08 30.240

UASB+Biofiltro aerado submerso

Mín 0,38 4.003.765,60 430.918,88 13.608

Méd 0,76 4.312.212,80 585.142,48 21.924

Máx 1,13 6.159.872,00 739.366,08 30.240

Page 158: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

158

Bacia de Esgotamento 16 (BE 16)

O esgoto gerado nas sub-bacias da BE 16 será coletado e encaminhado

para a ETE Água Boa, que após tratamento será lançado na Baía de Sto. Antônio

(corpo receptor). Para a BE 16 foi previsto incremento de 35,23% na população

contribuinte, que passará de 25.420 habitantes no início de plano (2008) para 34.375

habitantes no final de plano (2030).

Dados a disponibilidade de área e o lançamento na baía, para a BE 16

podem ser indicados tanto Lagoa Aerada Facultativa quanto UASB+Biofiltro earado

submerso. Na Tabela 28 são mostradas estimativas por tipo de tratamento para a ETE

Água Boa.

Tabela 28 – Estimativas para o tratamento de esgoto na BE 16 – ETE Água Boa

ETE Água Boa - estimativas

População final de plano: 26.334 hab.

Área Demandada (ha)

Custo de implantação

(R$)

Custo de operação e manutenção (R$/ano)

Produção de lodo

(m³/ano)

Lagoa aerada facultativa

Mín 0,66 1.072.847,16 107.179,38 790

Méd 1,00 1.502.091,36 150.103,80 3.292

Máx 1,32 1.931.072,22 193.028,22 5.793

Sistema físico-químico (tratamento primário avançado)

Mín 0,11 858.225,06 171.697,68 19.224

Méd 0,13 1.126.568,52 246.749,58 42.529

Máx 0,16 1.394.648,64 321.801,48 65.835

Sistema de lodos ativados

Mín 0,32 2.145.694,32 214.622,10 28.967

Méd 0,50 2.789.560,62 321.801,48 53.985

Máx 0,66 3.433.163,58 429.244,20 79.002

UASB+Flotação

Mín 0,13 1.287.469,26 128.773,26 7.900

Méd 0,26 1.609.270,74 160.900,74 10.139

Máx 0,40 1.931.072,22 193.028,22 12.377

UASB+Lodos ativados

Mín 0,21 1.502.091,36 150.103,80 4.740

Méd 0,37 1.931.072,22 203.825,16 7.637

Máx 0,53 2.360.316,42 257.546,52 10.534

UASB+Biofiltro aerado submerso

Mín 0,13 1.394.648,64 150.103,80 4.740

Méd 0,26 1.502.091,36 203.825,16 7.637

Máx 0,40 2.145.694,32 257.546,52 10.534

Page 159: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

159

Bacia de Esgotamento 17 (BE 17)

O esgoto gerado nas sub-bacias da BE 17 será coletado e encaminhado

para a ETE Vila, que após tratamento será lançado na Baía de Santo Antônio (corpo

receptor). Para a BE 17 foi previsto incremento de 36,21% na população contribuinte,

que passará de 28.302 habitantes no início de plano (2008) para 38.549 habitantes no

final de plano (2030).

A ETE Vila já possui concepção definida: Lagoa aerada facultativa, sendo

necessária ampliação da estrutura existente para atender a população contribuinte

em início e final de plano.

As sub-bacias da BE 17 correspondem à área mais adensada do distrito de

Mosqueiro, que é caracterizado pela população flutuante que utiliza as praias para

veraneio, especialmente nos períodos de férias. Por este motivo, é importante pensar

em medidas emergenciais para tratar elevadas vazões de contribuição, como a

implantação de unidade de tratamento primário avançado, que por se tratar de uma

unidade de tratamento físico-químico, não precisa longos períodos para iniciar a

partida como acontece com os tratamentos biológicos. Dessa forma, a unidade seria

operada apenas nos períodos de “pico” e a ETE Vila teria duas concepções

alternativas.

Na Tabela 29 são mostradas estimativas por tipo de tratamento para a ETE

Vila.

Page 160: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

160

Tabela 29 – Estimativas para o tratamento de esgoto na BE 17 – ETE Vila

ETE Vila – estimativas

População final de plano: 38.857 hab.

Área Demandada (ha)

Custo de implantação

(R$)

Custo de operação e manutenção (R$/ano)

Produção de lodo (m³/ano)

Lagoa aerada facultativa

Mín 0,97 1.583.034,18 158.147,99 1.166

Méd 1,48 2.216.403,28 221.484,90 4.857

Máx 1,94 2.849.383,81 284.821,81 8.549

Sistema físico-químico (tratamento primário avançado)

Mín 0,16 1.266.349,63 253.347,64 28.366

Méd 0,19 1.662.302,46 364.090,09 62.754

Máx 0,23 2.057.866,72 474.832,54 97.143

Sistema de lodos ativados

Mín 0,47 3.166.068,36 316.684,55 42.743

Méd 0,74 4.116.122,01 474.832,54 79.657

Máx 0,97 5.065.787,09 633.369,10 116.571

UASB+Flotação

Mín 0,19 1.899.718,73 190.010,73 11.657

Méd 0,39 2.374.551,27 237.416,27 14.960

Máx 0,58 2.849.383,81 284.821,81 18.263

UASB+Lodos ativados

Mín 0,31 2.216.403,28 221.484,90 6.994

Méd 0,54 2.849.383,81 300.753,18 11.269

Máx 0,78 3.482.752,91 380.021,46 15.543

UASB+Biofiltro aerado submerso

Mín 0,19 2.057.866,72 221.484,90 6.994

Méd 0,39 2.216.403,28 300.753,18 11.269

Máx 0,58 3.166.068,36 380.021,46 15.543

Bacia de Esgotamento 18 (BE 18)

O esgoto gerado nas sub-bacias da BE 18 será coletado e encaminhado

para a ETE Paraíso, que após tratamento será lançado na Baía do Sol (corpo receptor).

Para a BE 18 foi previsto incremento populacional de 36,21%, passando a população

contribuinte de 3.886 habitantes no início de plano (2008) para 5.293 habitantes no

final de plano (2030).

A BE 18 é caracterizada pela ocupação distribuída, presença de áreas

verdes, onde o fator área disponível não é o mais importante. Apesar das

peculiaridades, a BE 18 foi incluída na área de abrangência do sistema convencional

para garantir a aplicação de unidade com maior nível de tratamento que as de

solução individual, como fossa séptica, seguida de filtro biológico. Por este motivo,

Page 161: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

161

na presente proposta foi indicado UASB+biofiltro aerado submerso ou mesmo

emissário sub-aquático, que não foi estudado nesta proposta.

Na Tabela 30 são mostradas estimativas por tipo de tratamento para a ETE

Paraíso.

Tabela 30 – Estimativas para o tratamento de esgoto na BE 18 – ETE Paraíso

ETE Paraíso - estimativas

População final de plano: 5.293 hab.

Área Demandada (ha)

Custo de implantação

(R$)

Custo de operação e manutenção (R$/ano)

Produção de lodo (m³/ano)

Lagoa aerada facultativa

Mín 0,13 215.636,82 21.542,51 159

Méd 0,20 301.912,72 30.170,10 662

Máx 0,26 388.135,69 38.797,69 1.164

Sistema físico-químico (tratamento primário avançado)

Mín 0,02 172.498,87 34.510,36 3.864

Méd 0,03 226.434,54 49.595,41 8.548

Máx 0,03 280.317,28 64.680,46 13.233

Sistema de lodos ativados

Mín 0,06 431.273,64 43.137,95 5.822

Méd 0,10 560.687,49 64.680,46 10.851

Máx 0,13 690.048,41 86.275,90 15.879

UASB+Flotação

Mín 0,03 258.774,77 25.882,77 1.588

Méd 0,05 323.455,23 32.340,23 2.038

Máx 0,08 388.135,69 38.797,69 2.488

UASB+Lodos ativados

Mín 0,04 301.912,72 30.170,10 953

Méd 0,07 388.135,69 40.967,82 1.535

Máx 0,11 474.411,59 51.765,54 2.117

UASB+Biofiltro aerado submerso

Mín 0,03 280.317,28 30.170,10 953

Méd 0,05 301.912,72 40.967,82 1.535

Máx 0,08 431.273,64 51.765,54 2.117

Page 162: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

162

5.5.3 Panorama geral da proposta de SES

No Mapa 34 é mostrada a concepção proposta para o SES convencional do

município de Belém, com indicação da área de contribuição das BEs, a localização

das ETEs e o traçado dos interceptores.

Mapa 34 – SES coletivo proposto

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Bai

a d

e G

uaj

ará

ETE Vila - BE 17

ETE Una - BE 5

ETE Paraíso - BE 18

ETE Água Boa - BE 16

ETE Martir - BE 8

ETE Mata Fome - BE 9

ETE Paracurí - BE 13

ETE Ananin - BE 14

ETE Tucunduba - BE 4

ETE Icoaraci - BE 15

ETE Benguí IV - BE 10

ETE Tavares Bastos - BE 7

ETE Coqueiro - BE 12

ETE Rua da Mata - BE 6

ETE Cesário Alvim - BE 1

ETE Quintino - BE 2 ETE 3 de Maio - BE 3

ETE Sideral - BE 11

Rio Guamá

S

N

EW

1°25

' 1°25'

1°20

' 1°20'

1°15

' 1°15'

1°10

' 1°10'

1°5'

1°5'

48°35'

48°35'

48°30'

48°30'

48°25'

48°25'

48°20'

48°20'

48°15'

48°15'

Legenda

Hidrografia

Bacias de Esgotamento

Escala: 1/220.000

Interceptores

#S Estação de Tratamento de Esgoto - ETE

EE Prevista

EE Existente$T$T

Page 163: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

163

No Quadro 8 são indicadas a denominação da ETE, a localização e o corpo

receptor.

BE ETE Localização

Corpo receptor Sub-bacia Logradouro Coordenada geográfica

BE 1 Cesário Alvim BE1-1 R. Cesário Alvim - 48º30’11” W e - 1º28’09” S Rio Guamá

BE 2 Quintino BE2-1 Av. Bernardo Sayão - 48º29’09” W e - 1º28’38” S Rio Guamá

BE 3 Três de Maio BE3-1 Av. Bernardo Sayão - 48º28’25” W e - 1º28’31” S Rio Guamá

BE 4 Tucunduba BE4-1 Próximo Av. Perimetral - 48º27’04” W e - 1º27’59” S Igarapé Tucunduba

BE 5 Una BE5-5 Rod. Artur Bernardes - 48º29’28” W e - 1º25’07” S Baía do Guajará

BE 6 Rua da Mata BE6-1 Entre Rua do Canal e Pass. Mirandinha

- 48º27’54” W e - 1º24’06” S Canal Água Cristal

BE 7 Tavares Bastos BE7-1 Av. Tavares Bastos - 48º26’50” W e - 1º24’15” S Canal Água Cristal

BE 8 Mártir BE8-1 Próximo a Pass. São

Francisco - 48º26’28” W e - 1º25’40” S Igarapé do Mártir

BE 9 Mata Fome BE9-2 Rod. Artur Bernardes - 48º28’46” W e - 1º21’21” S Baía do Guajará

BE 10 Benguí 4 BE10-1 Pass. São João - 48º27’57” W e - 1º22’41” S Igarapé Val-de-Cans

BE 11 Sideral BE11-1 Próximo a Estr. do Una - 48º26’32” W e - 1º21’22” S Igarapé Massaquara

BE 12 Coqueiro BE12-1 Próximo à R. do Fio - 48º25’49” W e - 1º22’12” S Afluente do rio

Maguari

BE 13 Paracurí BE13-2 R. do Ranário - 48º28’11” W e - 1º19’06” S Igarapé Paracuri

BE 14 Ananin BE14-2 Pass. Laranjeira - 48º25’46” W e - 1º19’02” S Rio Maguari

BE 15 Icoaraci BE15-1 Rua Cruzeiro - 48º48’00’’ W e - 1º29’00’ S Rio Maguarí

BE 16 Água Boa BE16-3 Rua Galberto Dedini 48º45’00’’ W e - 1º25’00’’ S Baía de Sto. Antônio

BE 17 Vila BE17-1 Entre Rua Cardoso e Rua Veiga Cabral

- 48º27’54” W e - 1º10’03” S Baía de Santo

Antônio

BE 18 Paraíso BE18-3 Rua Recanto da Mata - 48º34’00’’ W e - 1º06’00’’ S Baía do Sol

Quadro 8 – Denominação das ETEs, localização e corpo receptor por BE

Dessa forma, comparadas as vantagens e as desvantagens para BE, foram

indicadas as tecnologias de tratamento e estimado o investimento de implantação,

conforme o Quadro 9.

Page 164: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

164

BE ETE Unidade de tratamento

Tecnologia principal Investimento médio estimado (R$)

BE 1 Cesário Alvim UASB+Lodos ativados 13.711.992,47

BE 2 Quintino UASB+Flotação 11.786.530,14

BE 3 Três de Maio UASB+Flotação 11.150.700,85

BE 4 Tucunduba UASB+Flotação 20.765.725,56

BE 5 Una UASB+Flotação 31.626.686,07

BE 6 Rua da Mata UASB+Lodos ativados 3.174.309,04

BE 7 Tavares Bastos UASB+Flotação 5.531.677,20

BE 8 Mártir UASB+Lodos ativados 8.636.074,10 BE 9 Mata Fome UASB+Biofiltro aerado submerso 5.195.414,41 BE 10 Benguí 4 UASB+Biofiltro aerado submerso 5.771.307,20 BE 11 Sideral UASB+Lodos ativados 3.360.200,59 BE 12 Coqueiro UASB+Flotação 8.363.392,38 BE 13 Paracurí Lagoa aerada facultativa 8.630.152,00 BE 14 Ananin Lagoa aerada facultativa 4.260.060,03 BE 15 Icoaraci UASB+Biofiltro aerado submerso 4.312.212,80 BE 16 Água Boa Lagoa aerada facultativa 1.502.091,36 BE 17 Vila Lagoa aerada facultativa 2.216.403,28 BE 18 Paraíso UASB+Biofiltro aerado submerso 301.912,72

Total 150.296.842,20

Quadro 9 – Investimento médio estimado para implantação do tratamento nas BEs

É importante ressaltar a necessidade de implantação de ETEs com

unidades de tratamento preliminar, primário, secundário e terciário, assim como o

adequado tratamento para os subprodutos, especialmente o lodo e o biogás.

Na concepção proposta, foi previsto ainda o lançamento dos efluentes

líquidos das ETEs em 12 corpos receptores, sendo esses:

� Rio Guamá: ETE Cesário Alvim, ETE Quintino e ETE Três de Maio; � Igarapé Tucunduba: ETE Tucunduba; � Baía do Guajará: ETE Una e ETE Mata Fome; � Canal Água Cristal: ETE Rua da Mata e ETE Tavares Bastos; � Igarapé do Mártir: ETE Mártir; � Igarapé Val-de-cans: ETE Benguí; � Igarapé Massaquara: ETE Sideral; � Afluente do rio Maguarí: ETE Coqueiro; � Igarapé Paracurí: ETE Paracurí; � Rio Maguarí: ETE Ananin e ETE Icoaraci; � Baía de Sto. Antônio: ETE Água Boa e ETE Vila; � Baía do Sol: ETE Paraíso.

Page 165: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

165

Quanto a classificação dos corpos receptores no âmbito da resolução n.º

357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), é

oportuno ressaltar que ainda estão sendo realizados estudos para essa classificação.

Contudo, a implantação das ETEs contribuirá para melhorar as atuais condições da

massa líquida na área atendida, já que impedirá o lançamento difuso de esgoto bruto.

Nessa resolução é disposto no Capítulo IV, Art. 24:

Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser

lançados, direta ou indiretamente, nos corpos de água, após o devido

tratamento e desde que obedeçam às condições, padrões e exigências

dispostos nesta Resolução e em outras normas aplicáveis

(CONSELHO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE, 2005).

Page 166: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

166

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O município de Belém é desprovido de sistema de esgotamento que

garanta as condições sanitárias adequadas à qualidade de vida da população e o

“equilíbrio ambiental”, mencionado no Estatuto da Cidade (BRASIL, 2001). Por isso,

neste trabalho foram desenvolvidas cinco fases distintas com o objetivo de propor

uma alternativa de concepção para o SES no município de Belém.

Na formulação da proposta de concepção foram observados a

configuração do SES existente e as peculiaridades das bacias hidrográficas urbanas

do município de Belém, além da estrutura existente e de investimentos recentes em

projetos e intervenções para ampliação e modernização de unidades físicas, o que

orientou o agrupamento de bacias e/ou sub-bacias hidrográficas e resultou em 18

bacias de esgotamento.

No âmbito técnico deste estudo, a descentralização do tratamento no

município de Belém foi considerada como fator positivo, por evitar projetos com

coletores extensos, de grandes profundidade e diâmetro e o acréscimo no número de

estações elevatórias. Entretanto, a concepção proposta deve ser submetida à análise

situacional num prazo máximo de cinco anos, que corresponde ao período de revisão

das diretrizes planejadas previsto na Lei n.º 11.445/07 (BRASIL, 2007).

No sistema proposto para as bacias de esgotamento foram previstas

soluções coletivas de coleta, tratamento, elevação e destinação final para atender o

incremento populacional no período de 2008 a 2030, sendo observado crescimento

médio anual de 2,09%. Com isso, a população total atendida com sistema

convencional passará de 1.593.674, em 2008, para 2.214.093, em 2030. Com a

estimativa do incremento populacional foi possível calcular as vazões de esgoto

sanitário e prever o porte das unidade físicas.

Page 167: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

167

O sistema coletor previsto foi do tipo separador absoluto, com os coletores

encaminhando o esgoto sanitário para interceptores e em razão do baixo percentual

da população atendida com rede coletora (6,35%) e da necessidade de manutenção

do sistema existente, foi prevista implantação de nova rede em toda a área da BE, o

que resultou no investimento total para implantação do sistema de coleta foi de R$

1.015.673.881,97.

Entre as alternativas de tratamento do efluente líquido foram estudadas

tecnologias com possível aplicação local, observados condições climáticas, demanda

de área, utilização de produtos químicos, complexidade na operação, consumo de

energia elétrica, manutenção e subprodutos do tratamento. Dos tipos de seis tipos de

tratamento avaliados, quatro foram indicados para implantação: Lagoa aerada

facultativa, UASB+Lodos ativados, UASB+Flotação por ar dissolvido e

UASB+Biofiltro aerado submerso. O tratamento primário avançado foi apontado

apenas como unidade auxiliar nas bacias de esgotamento com expressiva população

flutuante e o sistema de lodos ativados convencional não foi indicado em nenhuma

bacia de esgotamento.

O valor total estimado do investimento para implantação do tratamento

em final de plano foi de R$ 150.296.842,20, sem deduzir o valor avaliado da estrutura

existente, do qual a parcela mais expressiva refere-se às ETEs Rua da Mata e Tavares

Bastos, construídas com unidades de tratamento preliminar, secundário e terciário,

desinfecção e tratamento de sub-produtos. A discrepância observada entre os valores

estimados com base na literatura e os dados oficiais da COSANPA, apresentados por

Guimarães (2009) para as ETEs supracitadas, aponta a necessidade de ajustes dos

valores de referência extraídos da literatura para se tornarem mais representativos

para a realidade local.

Apesar da descentralização do tratamento, configurada na presente

proposta, a crescente pressão populacional sobre os recursos hídricos no ambiente

municipal ou mesmo metropolitano deve contribuir para retomar nos próximos anos

Page 168: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

168

a discussão sobre direcionar para a ETE Una o tratamento do esgoto produzido na

área mais adensada de Belém, de maneira a distanciar o lançamento da tomada

d’água. O projeto de unidades físicas para universalização do acesso ao esgotamento

sanitário deve ser orientado pela visão global do sistema.

É importante ressaltar a necessidade de submeter a presente proposta a

estudos mais aprofundados quanto ao dimensionamento. Além da construção de

cenários alternativos e de estudos de viabilidade econômica que integram o estudo

de concepção.

Page 169: sistema de esgotamento sanitário no município de belém

169

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