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________________________________________________________________________________________ Faculdade de Tecnologia de Garça “Deputado Julio Julinho Marcondes de Moura” CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL RUAN GIOVANI DE SOUZA VINICIUS DOS SANTOS SISTEMA DE AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL DE BAIXO CUSTO Garça 2016

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Faculdade de Tecnologia de Garça “Deputado Julio Julinho Marcondes de Moura”

CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL

RUAN GIOVANI DE SOUZA

VINICIUS DOS SANTOS

SISTEMA DE AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL DE BAIXO CUSTO

Garça

2016

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Faculdade de Tecnologia de Garça “Deputado Julio Julinho Marcondes de Moura”

CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL

RUAN GIOVANI DE SOUZA

VINICIUS DOS SANTOS

SISTEMA DE AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL DE BAIXO CUSTO

Artigo Científico apresentado à Faculdade de Tecnologia de Garça – FATEC, como requisito para a conclusão do Curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial examinado pela seguinte comissão de professores. Data da Aprovação _ / /___

____________________________________ Prof. Dr. Edson Detregiachi Filho

FATEC – Garça

____________________________________ Prof. Espec. Adalberto Sanches Munaro

FATEC – Garça

____________________________________ Prof. Ms. Marçal Luiz Bissoli

FATEC – Garça

Garça

2016

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Automação Residencial

Ruan Giovani de Souza1

[email protected]

Vinicius dos Santos 1

[email protected]

Prof. Dr. Edson Detregiachi Filho 2

[email protected]

Resumo - É muito comum encontrarmos em muitas residencias brasileiras, o uso de

diversos sistemas independentes de automação, totalmente controlados por seus

proprietários, que além de gerar confusões e esquecimentos quanto a seus acionamentos,

podem com isto acarretar possíveis desperdícios de energia elétrica e de água potável.

Muitas vezes a segurança e o conforto desses moradores são deixados de lado, expondo-os

a riscos desnecessarios. A proposta deste projeto é oferecer soluções para esses

problemas apresentados. A automação com a utilização de um Microcontrolador,

programando em linguagem Micro C; operando os sistemas de iluminação, alarme de

segurança patrimonial, acionamento de portão, abertura de persianas, entre outros.

Pretende-se propor com a adoção do Microcontrolador e de sensores discretos, que os

controles destes sistemas venham a ter um custo mais acessivel do que os que já existem

no mercado. Sem que haja a necessidade de interfaces graficas mais elaboradas e um

computador dedicado ao sistema em tempo integral.

Palavras-chave: Micro controlador. Automação Residencial, Micro C.

Abstract - It is very common to find in many Brazilian residences, the use of several

independent automation systems, fully controlled by its owners, who in addition to cause

confusion and forgetfulness as your drives can with this result possible energy waste and

water drinking. Often the safety and comfort of residents are left aside, exposing them to

unnecessary risks. The purpose of this project is to provide solutions to these problems

apresented. A automation with the use of a microcontroller, programming in C language

Micro; operating lighting systems, asset security alarm, gate mover drive, opening shutters,

among others. It intends to propose to the adoption of Microcontroller and discrete sensors

that controls these systems may have a more affordable cost than those already on the

market. Without the need for more, elaborate graphical interfaces and a computer system

dedicated to full-time.

Key words: Microcontroller. Residential Automation, Mikro C

1 Alunos do curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial – FATEC - Garça

2 Docente da Faculdade de Tecnologia de Garça – FATEC

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1. INTRODUÇÃO

O projeto foi desenvolvido com intuito de mostrar a interação entre o

aplicativo digital, e periférico de saída físico, trazendo consigo o fácil manuseio, este

por sua vez que é o protótipo de uma residência em escala reduzida, com

comunicação via Bluetooth.

Este trabalho, no entanto, tende a fugir dos sistemas domóticos clássicos com

alto valor de projeto e instalação, projetando um sistema de automação residencial

de baixo custo.

A palavra Domótica é a junção da palavra latina Domus (casa) e do termo

Robótica. “O significado está relacionado à instalação de tecnologia em residências,

com o objetivo de melhorar a qualidade de vida”. (TAVARES; BATISTA; RAMOS,

2013, p.6).

A domótica procura uma melhor integração através da automatização nas

áreas de segurança, de comunicação e de controle, e gestão de fluidos (Vecchi,

Ogata, 1999 apud Silva, 2009, p. 1).

Os clientes, pessoas físicas, estão obtendo um interesse grande pela

domótica, assim deixando de ser uma área exclusivamente das empresas do ramo

da construção, cada vez mais oferecendo soluções, proporcionando maior conforto,

segurança e também a redução nos gastos de energia elétrica.

A automatização quanto segurança, traz muitos recursos que podem ser

utilizados em conjunto, variedades de sensores, sejam eles de presença, de

barreira, alarme, como também de nível, fumaça, calor, os que medem temperatura

ambiente, todos estes dão o “feedback”, para seus usuários do que esta

acontecendo com seu imóvel.

Quanto à iluminação, observa-se o acesso a todos os ambientes da casa sem

que a pessoa saia do local, vale lembrar que para determinados tipos de deficiência

torna-se muito viável, o mesmo tem um o retorno do que esta acontecendo com

cada luz da casa, se a mesma esta acesa ou apagada, sem que tenha que se

deslocar até o cômodo em questão, evitando talvez o desgaste físico e

proporcionando comodidade.

Muitos sistemas tecnológicos utilizam da comunicação via web, porem não só

este existe, dentre os vários existentes, tem-se também o Bluetooth, que hoje em dia

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está presente em praticamente tudo, é encontrado módulos Bluetooth em celulares,

som automotivo, televisão, computadores, tablets dentre outros...

O modulo Bluetooth, é um tipo de tecnologia em que traz consigo a

comunicação sem fio, basta que os equipamentos que irão estar ligados estejam em

um raio de 10 metros sem barreiras, maneira descomplicada de comunicação e

conexão.

1.1 Objetivos

1.1.1 Geral

Desenvolver um sistema de automação que tornara melhor a qualidade de

vida das pessoas, trazendo comodidade, design, redução de custos e segurança,

bem como a fácil interação entre homem e casa.

1.1.2 Específicos

- mostrar as vantagens de utilização da automação controlando uma

residência;

- Estudo dos diferentes sistemas de monitoramento existentes;

- Levantamento do material sobre os principais Microcontroladores, sensores

e Leds que atendem a necessidade do projeto;

- Fazer com que as redes diferenciam o projeto, assim utilizando – a. A vários

tipos de redes como: LAN (Rede Local), MAN (Rede Metropolitana), WAN (Rede de

Longa Distância), WLAN (Rede Local sem Fio), WMAN (Rede Metropolitana sem

Fio), WWAN (Rede de Longa Distância sem Fio), SAN (Rede de Área de

Armazenamento), PAN (Rede de Área Pessoal: São usadas para que dispositivos se

comuniquem dentro de uma distância bem limitada, um exemplo é a rede

Bluetooth).

2. Metodologia

A metodologia utilizada é o desenvolvimento de um protótipo para verificar a

viabilidade da automação residencial, com a redução de custos para seus usuários

em paralelo com a comodidade e segurança, projeto este que segue o conceito de

pesquisas em livros e sites que explicam a parte teórica e pratica do assunto

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abordado, e mostra ainda as diferentes formas de se aplicar o mesmo, citando

desde princípios até componentes a serem utilizados.

Com a automação residencial todas as pessoas, inclusive as com

determinadas deficiências, podem ter acesso a cada cômodo da casa e saber o

status que estes se encontram.

2.1. Hardware Arduino Uno

O projeto arduino iniciou-se na cidade de Ivre, Itália, em 2005, com o intuito

de interagir em projetos escolares de forma a ter um orçamento menor que outros

sistemas de prototipagem disponíveis naquela época. Seu sucesso foi sinalizado

com o recebimento de uma menção honrosa na categoria Comunidades Digitais em

2006, pela Prix Ars Electrônica, além da marca de mais de 50.000 placas vendidas

até outubro de 2008. Atualmente, seu hardware é feito através de um

microcontrolador Atmel AVR, sendo que este não é um requisito formal e pode ser

estendido se tanto ele quanto a ferramenta alternativa suportarem a linguagem

Arduino e forem aceitas por seu projeto. Considerando esta característica, muitos

projetos paralelos se inspiram em cópias modificadas com placas de expansões, e

acabam recebendo seus próprios nomes (vaiquedacertone.blogspot.com.br/historia-

do-arduino, PEDRO ROSSI, 2013), segue a imagem abaixo.

Figura 1 - Placa Arduino Uno R3

Fonte: Embarcados. (2013).

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Nos dias atuais se usam varias tecnologias para os mais diversos tipos de

comunicação, caso, o Arduino vem ganhando muito espaço, pela sua propriedade

de fácil programação e baixo custo, tornando-o de acessos a varias classes sociais,

ele é conhecido como um sistema aberto para compartilhamento onde, as pessoas

que o utilizam muitas vezes disponibilizam para os demais utilizarem.

Arduino é uma placa simples de entrada e saída microcontrolada que permite

construir sistemas interativos que percebam a realidade e respondam com ações

físicas, capaz tanto de receber dados como também de controla-los. Em outras

palavras, é uma plataforma que pode interagir com seu ambiente por meio de

hardware e software.

(McRoberts, 2012 apud).

Considerando suas características técnicas, o mesmo tem em sua estrutura a

alimentação via USB e via Fonte externa, vale lembrar que caso utilize a fonte

externa a tensão de trabalho da mesma deve estar entre os limites de 6V á 20V, o

ideal é uma fonte de 7V a 12V, pois se alimentada abaixo desta tensão os 5V que a

placa libera para o circuito fica instável e pode não ter um bom resultado de uso

(ARDUINO, 2015).

O Arduino Uno possui em sua estrutura pinos de entrada e saída, estes que

devem ser usados de acordo com sua necessidade de programação, dois

reguladores de tensão um para 5V e outro para 3V, para comunicação via USB ou

até mesmo Shields e circuitos externos para que aconteça a comunicação via USB o

mesmo possui integrado um microcontrolador ATMEL designado como

ATMEGA16U2 (ARDUINO, 2015).

Este microcontrolador é também o responsável pelo upload ou download do

código binário, compilação de programas em que o usuário executa, e o mesmo

ainda controla os dois Pinos conhecidos como RX e TX, que passam informação da

placa para o computador (ARDUINO, 2015)

O componente principal da placa Arduino UNO é o microcontrolador ATMEL

ATMEGA328, um dispositivo de 8 bits da família AVR com arquitetura RISC

avançada e com encapsulamento DIP28. Ele conta com 32 KB de Flash (mas 512

Bytes são utilizados pro bootloader), 2 KB de RAM e 1 KB de EEPROM. Pode

operar a até 20 MHz, porém na placa Arduino UNO opera em 16 MHz, valor do

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cristal externo que está conectado aos pinos 9 e 10 do microcontrolador. Possui 28

pinos, sendo que 23 desses podem ser utilizados como I/O, (FABIO SOUZA , 2013),

2.2. Hardware Pic 18f4550

De acordo com Steve Aycock (2014), “O microcontrolador foi inventado pela

Texas Instruments no início da década de 1970, aproximadamente na mesma época

que o primeiro microprocessador foi inventado pela Intel. Os primeiros

microcontroladores eram basicamente microprocessadores com memória

incorporada tal como RAM e ROM. Posteriormente, eles evoluíram para uma vasta

variedade de dispositivos adaptados para aplicações específicas de sistemas

embarcados tais como carros, telefones sem fio e eletrodomésticos”.

O termo microcontrolador descreve um sistema que inclui um

microprocessador, memória de programa, memória de dados, e entrada e saída

(E/S) de informações. E este pode ser programado em diversas linguagens de

programação como assembly, pascal, C e C++. No caso do protótipo desenvolvido

através deste artigo a linguagem usada é o C++ (2011, apud Ibrahim, 2006).

Neste projeto o mesmo assume a responsabilidade de passar para os

periféricos de saída qual ação a ser tomada, para que isso fosse executado, foi

desenvolvida uma programação no ambiente MikroC, em que foi declarada todas as

variáveis, definidas se serão de entrada alta ou baixa, ou seja, zero ou um, e

definida posteriormente suas saída diferentes do nível de entrada.

Na programação foi utilizado este ambiente por trazer uma maior facilidade na

comunicação, e uma forma mais simples e limpa de se inserir os comandos no

programa que esta sendo desenvolvido.

O microcontrolador 18F4550, veio em um Kit acompanhado de cabo para

entrada USB, entrada para fonte externa e o mesmo vem com bootloader embutido,

o que facilita seu manuseio sem precisar ficar desconectando e inserindo o

microcontrolador em um gravador separado. Abaixo segue a imagem.

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Figura 1 – PIC18F4550.

Fonte: Embarcados. (2007).

Figura 2 - Mapa de pinos do PIC18F4550.

Fonte: Microchip Technology Inc. (2006).

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2.3. Sensor LDR

Foto sensor é um tipo de sensor que é ativado quando a luz refletida por ele é

refletida ou interrompida (Dicionárioinformal, 2014).

O LDR, sigla em inglês de Light-Dependent Resistor, que significa resistor

dependente de luz, nada mais é do que o que o próprio nome diz. Tipicamente,

quanto maior a luz incidente nesse componente, menor será sua resistência (ALLAN

MOTA, 2015).

O LDR é constituído de um semicondutor de alta resistência, que ao receber

uma grande quantidade de fótons oriundos da luz incidente, ele absorve elétrons

que melhoram sua condutibilidade, reduzindo assim sua resistência (ALLAN MOTA,

2015).

Neste projeto o sensor LDR, é o responsável pelo controle de iluminação da

parte externa da casa. Basicamente foi colocado o mesmo no teto para que seja

alterado o status de seu funcionamento com a luz ambiente, foi colocado em seu

circuito um potenciômetro de (10k), para o controle da iluminação dos Leds

envolvidos. O sistema de funcionamento acende as luzes ao anoitecer e a as

apagam quando incide luz no sensor, simulando os postes que vemos nas ruas hoje

em dia.

O sensor em questão esta ligado a uma por do microcontrolador PIC

18F4550, onde foi feita a programação no ambiente MikroC. Ele por sua vez é

alimentado por 5V que vem do microcontrolador e aterrado na trilha de Gnd do

protoboard envolvido.

2.4. Relé

Criado e patenteado por Piero Giordanino em 1949, o relé de impulso é um

dispositivo eletromecânico que, em resumo, simplifica a instalação elétrica. Com o

relé de impulso é possível controlar a iluminação por meio de pulsadores, como os

usados em campainhas, além de diversas outras aplicações, dependendo da

necessidade de cada usuário (findernet.com, 2014)

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Figura 2 – Módulo Relé 5V 8 Canais.

Fonte: Mercado Livre. (2013).

De acordo com Lívia Cunha (2009), os relés, são equipamentos

eletromecânicos que funcionam à base da excitação elétrica de seus componentes.

Apesar de Joseph Henry ser considerado o criador do relé eletromagnético, foi só

quase 50 anos após sua morte, em 1878, que esse dispositivo passou a ser utilizado

em larga escala. O uso comercial do relé foi iniciado pelo inventor americano

Samuel Morse com a criação do telégrafo, em 1937. O equipamento, um sistema de

comunicação e transmissão de informação gráfica a longa distância, utilizava um

eletroímã para funcionar, como o desenvolvido por Joseph. “Este foi o primeiro relé

eletromecânico, que foi utilizado durante muitos anos e é largamente utilizado até

hoje”, relata o engenheiro eletricista e diretor comercial da Finder Componentes,

Juarez Guerra.

Sabe-se que atualmente existem vários tipos de relés com diferentes funções

e aplicações, onde cada um se adequa a estas.

Foi utilizado os relés de 12V, para acionamento das lâmpadas, portão e ar

condicionado da residência. No projeto em questão os Relés recebem alimentação

de fonte externa, e mudam seu estado de acordo com o comando enviado pelo

celular, os mesmos estão conectados ao microcontroladores que processam a

informação do comando e manda para que a saída execute ambos interagindo

conectados via módulo Bluetooth.

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2.5. Módulo Bluetooth

De acordo com Emerson Alecrim (2008 - 2013), Bluetooth é um padrão

global de comunicação sem fio e de baixo consumo de energia que permite a

transmissão de dados entre dispositivos, desde que um esteja próximo do outro.

Abaixo segue o diagrama.

Figura 2 – Diagrama ilustrativo - Bluetooth.

Fonte: gta.ufrj. (2010)

Uma combinação de hardware e software é utilizada para permitir que este

procedimento ocorra entre os mais variados tipos de aparelhos. A transmissão de

dados é feita por meio de radiofrequência, permitindo que um dispositivo detecte o

outro independente de suas posições, sendo necessário apenas que ambos estejam

dentro do limite de proximidade (a princípio, quanto mais perto um do outro, melhor).

O Bluetooth é uma tecnologia criada para funcionar no mundo todo, razão

pela qual se fez necessária a adoção de uma frequência de rádio aberta e aceita em

praticamente qualquer lugar do planeta. A faixa ISM (Industrial, Scientific, Medical),

que opera à frequência de 2,45 GHz, é a que me mais se aproxima desta

necessidade, sendo utilizada em vários países, com variações que vão de 2,4 GHz a

2,5 GHz; (infowester.com/Bluetooth.php, 2013).

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De acordo com Douglas Ciriaco (2008), existem três classes diferentes de Bluetooth,

cada uma com potência e alcance diferentes:

• Classe 1: alcance de 100 metros / potência máxima de 100 mW (miliwatt).

• Classe 2: alcance de 10 metros / potência máxima de 2,5 mW.

• Classe 3: alcance de 1 metro / potência máxima de 1 mW.

Na automação residencial, foi utilizado o módulo Bluetooth HC-06, este que

está ligado diretamente com Arduino, pelos pinos, “VCC, GND, RX e TX”, ou seja,

pinos de alimentação, aterramento, transmissão e recebimento de dados.

Para que se tivesse o funcionamento do mesmo, foi utilizada uma biblioteca no

ambiente de programação Arduino, em que a linha da mesma com valor de

determinada frequência possibilita o funcionamento perfeito do módulo. Abaixo

segue a imagem.

Figura 1 – Módulo Bluetooth.

Fonte: Arduinoecia. (2015)

3. Programações envolvidas no Protótipo

Para se ter o melhor proveito do que proposto na ideia apresentada, teve-se

que fazer a interação entre Arduino, Pic18F4550, módulo bluetooth e Smart Fone ou

Tablet.

Para que os itens acima trabalhassem em uma mesma lógica e se

comunicasse, foi desenvolvido três tipos de programas:

App Inventor: este é o aplicativo do celular que é desenvolvido para que haja

a devida comunicação

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Arduino: este seria o responsável pelo acionamento do módulo Bluetooth e

periférico de transição para os comandos que entram pelo Bluetooth e vão para o

Pic.

Pic18F4550: Componente que recebe as informações que originaram do

Smartphone passaram pelo Arduino e finalmente entra em sua lógica de

programação, este por sua vez se indaga de realizar o que foi definido vem sendo

transmitido nas programações anteriores, analisar em sua programação e enviar

para os componentes físicos para que mudem seu estado, de acordo com a lógica

abordada, vale lembrar que todas as variáveis inseridas e declaradas tem que ter o

mesmo valor para que seja lida pelo próximo componente envolvido, pois caso tenha

alguma divergência os acionamentos a comunicação não acontece.

3.1 Programações envolvidas no Protótipo – AppInventor

O Google desativou uma série de serviços no ano passado, um deles foi o

Google App Inventor. No entanto, o projeto conseguiu ser salvo no último minuto

pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), que por sua vez recebeu uma

doação do Google para ajudar a estabelecer o MIT Center for Mobile Learning,

centro de aprendizagem para desenvolver dispositivos móveis.

Com uma interface gráfica simples para a programação, o Google App Inventor pode

ser usado para ensinar conceitos básico de informática, de forma não-técnica. Uma

curiosidade é que ele foi incorporado as aulas do Wellesley College e da

Universidade de San Francisco, entre outros lugares. ( techtudo.com.br, MARCELL

ALMEIDA, 2012).

Nos dias atuais, o que mais se tem são aplicativos de celulares que estão

inseridos por todo o mundo. A atitude de desenvolver um aplicativo para que interaja

com a o protótipo foi embasado em pesquisas sobre os mais utilizados meios de

criação destes aplicativos.

O AppInventor veio com intuito de trazer facilidade de programação, lógica de

simples execução e simples entendimento, este por sua vez é um site que pertence

a indústria Google, e pode ser utilizado de forma gratuita, o usuário apenas tem que

ter uma conta vinculada com a Google.

Este aplicativo se estende em algumas repartições: Interface, Comandos e

Blocos de Programação. Com relação a criação da interface, pode ser feito de

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várias maneiras, cada usuário pode realizar o que bem entender com relação a sua

imaginação, os botões do aplicativo podem ser tanto “form” que o aplicativo fornece,

quanto upload de imagens que atendam ao gosto e necessidade do aplicativo e do

usuário.

Tanto na parte de design quanto na parte de programação tem – se os

comandos que darão diferença de estado a cada bloco em que o mesmo é inserido.

Quanto aos blocos de programação são similares ao jogo “Lego”, onde se

montam as peças para se ter o resultado final. O site segue a mesma lógica, cada

tipo de comando é divido em suas determinadas repartições, e os mesmos são

inseridos em conjunto. Para se programar é necessário declarar as variáveis,

trabalhar as mesmas no decorrer do bloco e definir valores de saída para que elas

apresentem na tela de seu celular. Abaixo imagem da programação.

Figura1: AppInventor (Programação)

Fonte: (O Autor)

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Figura1: AppInventor (Programação)

Fonte: (O Autor)

4. Definição do Projeto

Utilizar a tecnologia para facilitar e tornar automáticas algumas tarefas

habituais que em uma casa convencional ficaria a cargo de seus moradores. O

projeto trata-se de uma maquete de uma casa em escala reduzida com intuito de

mostrar a comunicação do celular via Bluetooth, com a iluminação da casa, portão e

ar condicionado, todos acionados pelo aplicativo desenvolvido, e com comunicação

em um raio de 10 metros sem barreira.

4.1 Funcionamentos do Projeto

O projeto abrange a utilização de sensores, lâmpadas, microcontroladores,

arduino e celular, onde cada sistema logico programável recebe programação e

envia para os periféricos de saída a variável comum, para que ocorra seu

funcionamento. Abaixo segue a imagem.

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Figura1: Pontos que é controlado através Demótica

O proposito, é poder mostrar que comunicar a casa com o celular seja via

bluetooth ou wireless, pode se tornar pratico a fácil para as mais variadas classes

sociais, onde o valor a ser empregado a cada residência vai de acordo com a

complexidade da automação que o cliente exija.

Neste projeto foi utilizado modulo Bluetooth HC-06, Arduino, Microcontrolador

e Celular, estes itens receberam programação e estão comunicando de maneira

satisfatória, não se teve problema quanto a interação do arduino com o Pic, o único

detalhe a ressaltar é que deve-se ter atenção as variáveis definidas em cada

programa, um erro na variável altera todo o funcionamento ou processo.

Dos itens citados anteriormente, os que contem a programação enviam comandos

aos relés e os mesmos alteram as variáveis finais, que no caso, são as lâmpadas,

portão e ar condicionado.

Com relação ao sensor LDR, para regular a luminosidade dos leads de auto brilho,

foi utilizado um potenciômetro, pois temos diferentes iluminações do ambiente em

que a casa se localiza em nível do projeto foi necessário utilizar este item como

tangente para funcionamento.

Obtivemos resultados positivos quanto ao funcionamento da residência, tudo

o que foi determinado em sala e em reunião quando surgiu a ideia aconteceu na

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pratica todos os sensores e toda a comunicação ocorreu de maneira clara e

satisfatória.

5. Considerações Finais

É possível observar, conforme o que foi apresentado, que a domótica cada

vez mais proporciona um maior conforto, comodidade e, principalmente, maior

interação com seus usuários. Hoje indo muito além da segurança e comodidade

para os mesmos, permitindo também um melhor aproveitamento de água,

gerenciamento e redução do consumo de energia elétrica, recursos estes que cada

vez mais caros e escassos em nosso planeta.

Uma das maiores barreiras encontradas ainda para que os sistemas

domóticos possam ser mais utilizados, tem sido os valores elevados dos

equipamentos envolvidos nos sistemas domotizados. Conforme pode ser observado

no artigo, “Casa “inteligente” precisa ter um cérebro”, (AURESIDE, 2005), a central

de automação é como o processador central de um computador (CPU). O sistema

pode crescer aos poucos, agregando novas funções que inicialmente não foram

previstas. Uma central custa de R$ 35 mil a R$ 40 mil, porem com os itens utilizados

neste protótipo o custo pode reduzir e muito, depende é claro da complexidade de

automação que usuário quer.

6. REFERÊNCIAS

ALECRIM, Emerson. Tecnologia Bluetooth: O que é e como funciona. 2008 –

2013.

Disponível em:

< http://www.infowester.com/bluetooth.php>.

Acesso em: 21 abr. 2016

AURESIDE. Automação - Temas Técnicos: Por dentro da casa inteligente. 2005.

Disponível em:

<http://aureside.blogspot.com.br/2015/08/por-dentro-da-casa-inteligente.html>.

Acesso em: 21 abr. 2016

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AYCOCK, Steve. A história dos Microcontroladores. 2015

Disponível em:

< http://www.ehow.com.br/historia-microcontroladores-info_42970/ >

Acesso em: 13 mar. 2016

BRASIL, FINDER. O que você precisa saber sobre relés. 2014

Disponível em:

< http://www.findernet.com/it/node/47466 >

Acesso em: 26 mar. 2016

CUNHA, Lívia. Relés e Contatores. 2009.

Disponível em:

< http://www.osetoreletrico.com.br/web/a-empresa/169-reles-e-contatores.html>

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Anexos

Figura 1 – Algumas etapas inicias da montagem da maquete.

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Fonte: (O Autor).

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Figura 2 – Maquete concluída.

Fonte: (O Autor).

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Figura 1 – Montagem do circuito concluído.

Fonte: (O Autor).