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8 | TURISMO | SALVADOR, QUINTA-FEIRA , 14/8/2008 Os destinos de praia e sol, como Itacaré, na Bahia, são os preferidos pelos viajantes que optam pelo turismo social no País, segundo estatísticas da associação que reúne clubes de turismo brasileiros SILVIA MARIA NASCIMENTO | AG. A TARDE PLANO DE VIAGEM Dos 85 destinos credenciados por este sistema, alguns dos principais da Bahia, como o litoral norte e Porto Seguro, estão na lista dos clubes Sistema contempla os melhores destinos SILVIA MARIA NASCIMENTO [email protected] Alguns dos destinos contempla- dos pelos planos do turismo so- cial e clubes de turismo na Bahia são litoral norte, Prado, Cumu- ruxatiba, Itacaré, Trancoso, Ar- raial D’Ajuda, Morro de São Pau- lo e Salvador. Inclusive hotéis como o Costa do Sauípe Golf & Spa, Pousadas de Sauípe, Ecore- sort Tororomba (Ilhéus), Tropi- cal Oceano Praia (Porto Seguro), Costa do Coqueiros Resort (Im- bassaí). De acordo com Paulo Brito, da Abrastur, são 85 desti- nos em todo o Brasil e uma rede de hotéis no exterior. Unidades da Rede Othon e Tropical estão entre os conve- niados, de acordo com Jorge Ale- xandre Machado, do Bancor- brás. Machado gosta de definir os planos como uma poupança programada de férias. Tendo as diárias, é possível viabilizar a viagem com antecedência de até seis meses. Outra das vantagens, segun- do ele, é que, diferente de outros sistemas, o turista está garantin- do apartamento duplo, ou seja, pode viajar acompanhado sem taxas adicionais. Pode, ainda, “Queremos todos no turismo social” ABRASTUR | DIVULGAÇÃO Paulo Brito | Presidente da Abrastur A Associação Brasileira de Cooperativas e Clubes de Turismo Social (Abrastur) foi criada há dez anos. No País, existem, segundo Paulo Brito, cerca de dez grandes clubes abertos ao mercado. Em entrevista a SÍLVIA MARIA NASCIMENTO, ele fala sobre o sistema. A TARDE | O que é o turismo so- cial? PAULO BRITO | É uma alternativa moderna, prática e inteligente de programar a viagem. O turista ad- quire um plano, paga parcela fixa mensal e tem no máximo até qua- tro semanas de diárias em qual- quer época do ano nos hotéis cre- denciados pelo sistema. AT | Já existe há muito tempo no Brasil? PB | No Brasil, começou em 1946, através dos serviços sociais do co- mércio e da indústria (Sesc e Sesi). O sistema foi criado na Bélgica, em 1932. Na América Latina, entrou em 1945, pela Argentina. AT | Como está funcionando o sistema no Brasil? PB | Hoje temos em torno de dez bons clubes abertos ao mercado e os de empresas. O sistema foi tes- tado e deu certo na Bélgica. E todos ganham: o hotel, que compensa a ociosidade de alguns períodos e aumenta a sua rentabilidade, o go- verno, com os impostos, o associa- do, com um preço de diária até 50 por cento menor e pago em 12 ve- zes sem juros, e o sistema, pelas ta- xas de administração. AT | Qual a garantia que o turista tem ao utilizar o sistema? PB | Ele não tem o valor em di- nheiro, mas em diária. Não há co- mo perder porque negociamos o bloqueio antecipado com os ho- téis. O turista pode usar em qual- quer época, em qualquer destino, desde que em um hotel creden- ciado. São mais de quatro mil no mundo. AT | A quem é destinado o turis- mo social? PB | A todas as classes, mas que- remos atingir principalmente as classes C e D. Existe uma cultura no Brasil de que o turismo não é para todos. E acaba sendo verda- de. Somente 15 milhões de CPFs utilizam a hotelaria e apenas 7,7 milhões utilizam aviões. Temos uma demanda de 20 milhões de consumidores que já passaram do desejo por produtos e vão querer a saúde preventiva através do lazer. Queremos todas estas pessoas fa- zendo turismo social. AT | Quais são os destinos mais procurados ? PB | O Nordeste brasileiro é mui- to cobiçado. O Ministério do Turis- mo elegeu 85 destinos, mas os pre- feridos ainda são os de sol e praia, o de aventura está crescendo e os de apelo cultural estão estáveis. transferir o título para terceiros, indicar uma ou duas pessoas pa- ra viajar em seu lugar e passar o título como herança para os des- cendentes, desde que continue pagando a taxa de manutenção, “como um clube”, diz. PACOTES – Para tirar um pacote básico, exemplifica, o turista pa- ga uma taxa de adesão promo- cional de R$ 264 (o preço real é de R$ 440) e 12 mensalidades de R$ 86,80. Depois do primeiro ano, não precisa pagar outras ta- xas e ganhará descontos de 40% a 60% nos títulos adicionais. Ele garante que é difícil acon- tecerem problemas, mas desta- ca que o associado deve obser- var bem os prazos. Entre seis meses e 21 dias para fazer a re- serva. Datas nobres, como Na- tal, Réveillon, Carnaval e feria- dos prolongados necessitam de programação bastante anteci- pada. Em caso de problema, o cancelamento da reserva neces- sita de, no mínimo, 21 dias antes da data da viagem, para não per- der as diárias pelo no-show (não comparecimento ao hotel na data que foi estabelecida pelo contrato assinado). Outra observação importan- te é usar as diárias no ano de vi- gência. Caso não viaje, o asso- ciado fica apenas com três das sete a que tem direito como cré- dito para o ano seguinte, mas só se renovar o plano de viagem. PROCON ORIENTA – Antes da contratação do serviço ou a compra de um plano de viagem através das cooperativas e clu- bes, os órgãos de defesa do con- sumidor podem ser consulta- dos. A coordenadora de Preparo e Acompanhamento de Proces- sos do Procon-BA, Edinelia Al- meida, afirma que os associados têm a mesma proteção de um consumidor que compra em agências e hotéis, pois estará, da mesma forma, adquirindo a prestação de serviços. Para tanto, pode lançar mão do Código de Defesa do Consu- midor (Lei 8.078 de 11/09/1990), mesmo que a contratação do serviço seja feita via internet ou por telefone. Ela afirma não ha- ver registros de reclamações contra o serviço (até então) no Procon-BA (tel. 3321-9947). Edinelia Almeida orienta ao consumidor que, antes de se as- sociar ou comprar o plano, es- clareça todas as dúvidas. “Saber os direitos, a forma de rescindir o contrato, os ônus e os bônus que há naquele negócio, são da- dos para ficar atento”, diz. O clu- be de turismo é caracterizado como uma prestação de serviço e em caso de problemas ao con- sumidor também aí existe a res- ponsabilidade solidária entre as empresas na cadeia de venda do serviço, de acordo com o CDC, completa a coordenadora do Procon-BA. # 20 MILHÕES é o número potencial de turistas que o mercado do turismo social pretende atingir no Brasil nos próximos anos. Fonte Associação Brasileira de Cooperativas e Clubes de Turismo Social (Abrastur) serviço Informações sobre os planos de turismo Clubes e cooperativas | Bancorbrás (tel. 3241-7780 ou 0800-61-2244). Plano: R$ 264 (adesão) e R$ 86,80 (por mês). SBTUR (tel. 48 2106-4650): R$ 299,80 e R$ 78,80 (por mês). Consulte: Banstur, Montreal, CRTUR, Bomtur e Meridién Club Informações | Abrastur tem sede em Brasília e pode dar informações sobre os club 61 3323-8117 ou no site www.abrastur.com.br Pacotes | Bancorbrás (tel. 61 3314-7100), Gramado, sete noites (Aconchego da Serra), café-da-manhã, transfer e passeios. Preço: R$ 1.423. Buenos Aires: aéreo (de Salvador), três noites (Hotel San Antonio), com café-da-manhã, transfer e city tour: US$ 892 (por pessoa em duplo) Sistema Wow | Adesão em Salvador pelo telefone 3495-0142. O Plano básico custa R$ 1 mil mais R$ 169 referente à taxa de adesão. Exemplo de pacote: Gramado, cinco noites, aéreo, traslados e passeios: R$ 1.063 Ser vendedor para ganhar viagem e se divertir muito Além das cooperativas e clubes de turismo social, o amante de viagens tem, ainda, uma outra forma inte- ressante para fazer o que gosta e ainda, se tiver vontade e vocação, ganhar dinheiro ou mais viagens com isso. Trata-se do sistema de venda direta, semelhante ao que acontece com produtos, que agora tem similar para o turismo. A idéia foi lançada no Brasil pela Wow, operadora de marketing multinível, “única de venda direta que trabalha com o produto turís- tico“, afirma um dos coordenado- res de grupo da empresa, Rodrigo Palmieri. “O sistema existe há dois anos no Brasil e foi criado por An- dres Portigo que já atuava no ramo de viagens com a agência Embar- que Nessa, há nove no mercado“. Neste caso, o turista compra um plano (chamado de passaporte) pa- ra ser trocado pela viagem. A dife- rença é que, com o Wow, a troca é por um pacote completo (passa- gem aérea, hospedagem, traslado e passeios), diz ele. “O passaporte serve como uma poupança“. O turista pode viajar logo depois que quita a primeira parcela, no ca- so do pagamento no cartão de cré- dito. Os planos vão de R$ 1 mil a até R$ 10 mil mais taxa de adesão. Além disso, o passageiro também pode acumular passaportes para viagens feitas posteriormente. Palmieri explica que o sistema de venda direta em turismo permite que o interessado, além de ir jun- tando crédito, também ganhe di- nheiro. “Basta ele indicar outras pessoas para entrar no sistema, for- mando uma rede e tornando-se agente de lazer da empresa. A cada indicação e venda de mais passa- portes, ele ganha entre 5% e 23% de comissão“, informa. O marke- ting multinível existe há mais de 50 anos nos Estados Unidos e, no Bra- sil, segundo Palmieri, movimenta mais de R$ 16 bilhões. O mercado está criando opções para o turista conhecer o Brasil SILVIA MARIA NASCIMENTO | AG. A TARDE

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8 | TURISMO | SALVADOR, Q U I N TA - F E I R A , 14/8/2008

Os destinos de praia e sol, como Itacaré, na Bahia, são os preferidos pelos viajantes que optam pelo turismo social no País, segundo estatísticas da associação que reúne clubes de turismo brasileiros

SILVIA MARIA NASCIMENTO | AG. A TARDE

PLANO DE VIAGEM ❚ Dos 85 destinos credenciados por este sistema, alguns dosprincipais da Bahia, como o litoral norte e Porto Seguro, estão na lista dos clubes

Sistema contemplaos melhores destinosSILVIA MARIA NASCIMENTOs n a s c i m e n t o @ g r u p o a t a rd e . c o m . b r

Alguns dos destinos contempla-dos pelos planos do turismo so-cial e clubes de turismo na Bahiasão litoral norte, Prado, Cumu-ruxatiba, Itacaré, Trancoso, Ar-raial D’Ajuda, Morro de São Pau-lo e Salvador. Inclusive hotéiscomo o Costa do Sauípe Golf &Spa, Pousadas de Sauípe, Ecore-sort Tororomba (Ilhéus), Tropi-cal Oceano Praia (Porto Seguro),Costa do Coqueiros Resort (Im-bassaí). De acordo com PauloBrito, da Abrastur, são 85 desti-nos em todo o Brasil e uma redede hotéis no exterior.

Unidades da Rede Othon eTropical estão entre os conve-niados, de acordo com Jorge Ale-xandre Machado, do Bancor-brás. Machado gosta de definiros planos como uma poupançaprogramada de férias. Tendo asdiárias, é possível viabilizar aviagem com antecedência deaté seis meses.

Outra das vantagens, segun-do ele, é que, diferente de outrossistemas, o turista está garantin-do apartamento duplo, ou seja,pode viajar acompanhado semtaxas adicionais. Pode, ainda,

“Queremos todosno turismo social”

ABRASTUR | DIVULGAÇÃO

Paulo Brito | Presidente da Abrastur

AAssociação Brasileira de Cooperativas e Clubes de

Turismo Social (Abrastur) foi criada há dez anos.No País, existem, segundo Paulo Brito, cerca de dezgrandes clubes abertos ao mercado. Em entrevista aSÍLVIA MARIA NASCIMENTO, ele fala sobre o sistema.

A TARDE | O que é o turismo so-cial?PAULO BRITO | É uma alternativamoderna, prática e inteligente deprogramar a viagem. O turista ad-quire um plano, paga parcela fixamensal e tem no máximo até qua-tro semanas de diárias em qual-quer época do ano nos hotéis cre-denciados pelo sistema.

AT | Já existe há muito tempo noBr a s i l ?PB | No Brasil, começou em 1946,através dos serviços sociais do co-mércio e da indústria (Sesc e Sesi).O sistema foi criado na Bélgica, em1932. Na América Latina, entrouem 1945, pela Argentina.

AT | Como está funcionando osistema no Brasil?PB | Hoje temos em torno de dezbons clubes abertos ao mercado eos de empresas. O sistema foi tes-tado e deu certo na Bélgica. E todosganham: o hotel, que compensa aociosidade de alguns períodos eaumenta a sua rentabilidade, o go-verno, com os impostos, o associa-do, com um preço de diária até 50por cento menor e pago em 12 ve-zes sem juros, e o sistema, pelas ta-xas de administração.

AT | Qual a garantia que o turista

tem ao utilizar o sistema?PB | Ele não tem o valor em di-nheiro, mas em diária. Não há co-mo perder porque negociamos obloqueio antecipado com os ho-téis. O turista pode usar em qual-quer época, em qualquer destino,desde que em um hotel creden-ciado. São mais de quatro mil nom u n d o.

AT | A quem é destinado o turis-mo social?PB | A todas as classes, mas que-remos atingir principalmente asclasses C e D. Existe uma culturano Brasil de que o turismo não épara todos. E acaba sendo verda-de. Somente 15 milhões de CPFsutilizam a hotelaria e apenas 7,7milhões utilizam aviões. Temosuma demanda de 20 milhões deconsumidores que já passaram dodesejo por produtos e vão querer asaúde preventiva através do lazer.Queremos todas estas pessoas fa-zendo turismo social.

AT | Quais são os destinos maisprocurados ?PB | O Nordeste brasileiro é mui-to cobiçado. O Ministério do Turis-mo elegeu 85 destinos, mas os pre-feridos ainda são os de sol e praia, ode aventura está crescendo e os deapelo cultural estão estáveis.

transferir o título para terceiros,indicar uma ou duas pessoas pa-ra viajar em seu lugar e passar otítulo como herança para os des-cendentes, desde que continuepagando a taxa de manutenção,“como um clube”, diz.

PACOT E S – Para tirar um pacotebásico, exemplifica, o turista pa-ga uma taxa de adesão promo-cional de R$ 264 (o preço real éde R$ 440) e 12 mensalidades deR$ 86,80. Depois do primeiroano, não precisa pagar outras ta-xas e ganhará descontos de 40%a 60% nos títulos adicionais.

Ele garante que é difícil acon-tecerem problemas, mas desta-ca que o associado deve obser-var bem os prazos. Entre seismeses e 21 dias para fazer a re-serva. Datas nobres, como Na-tal, Réveillon, Carnaval e feria-

dos prolongados necessitam deprogramação bastante anteci-pada. Em caso de problema, ocancelamento da reserva neces-sita de, no mínimo, 21 dias antesda data da viagem, para não per-der as diárias pelo n o - s h ow (nãocomparecimento ao hotel nadata que foi estabelecida pelocontrato assinado).

Outra observação importan-te é usar as diárias no ano de vi-gência. Caso não viaje, o asso-ciado fica apenas com três dassete a que tem direito como cré-dito para o ano seguinte, mas sóse renovar o plano de viagem.

PROCON ORIENTA – Antes dacontratação do serviço ou acompra de um plano de viagematravés das cooperativas e clu-bes, os órgãos de defesa do con-sumidor podem ser consulta-

dos. A coordenadora de Preparoe Acompanhamento de Proces-sos do Procon-BA, Edinelia Al-meida, afirma que os associadostêm a mesma proteção de umconsumidor que compra emagências e hotéis, pois estará, damesma forma, adquirindo aprestação de serviços.

Para tanto, pode lançar mãodo Código de Defesa do Consu-midor (Lei 8.078 de 11/09/1990),mesmo que a contratação doserviço seja feita via internet oupor telefone. Ela afirma não ha-ver registros de reclamaçõescontra o serviço (até então) noProcon-BA (tel. 3321-9947).

Edinelia Almeida orienta aoconsumidor que, antes de se as-sociar ou comprar o plano, es-clareça todas as dúvidas. “Saberos direitos, a forma de rescindiro contrato, os ônus e os bônusque há naquele negócio, são da-dos para ficar atento”, diz. O clu-be de turismo é caracterizadocomo uma prestação de serviçoe em caso de problemas ao con-sumidor também aí existe a res-ponsabilidade solidária entre asempresas na cadeia de venda doserviço, de acordo com o CDC,completa a coordenadora doPro c o n - B A .

# 20 MILHÕESé o número potencial de turistas que omercado do turismo social pretende atingir noBrasil nos próximos anos.

Fonte ❚ Associação Brasileira de Cooperativas e Clubes de Turismo Social (Abrastur)

ser viçoInformações sobre osplanos de turismo ❚

Clubes e cooperativas |Bancorbrás (tel. 3241-7780ou 0800-61-2244). Plano: R$264 (adesão) e R$ 86,80 (pormês). SBTUR (tel. 482106-4650): R$ 299,80 e R$78,80 (por mês). Consulte:Banstur, Montreal, CRTUR,Bomtur e Meridién Club ❚

Informações | Abrastur temsede em Brasília e pode darinformações sobre os club 613323-8117 ou no sitew w w. a b r a s t u r. c o m . b r ❚

Pacotes | Bancorbrás (tel. 613314-7100), Gramado, setenoites (Aconchego da Serra),café-da-manhã, transfer epasseios. Preço: R$ 1.423.Buenos Aires:aéreo (de Salvador), trêsnoites (Hotel San Antonio),com café-da-manhã, transfere city tour: US$ 892 (porpessoa em duplo) ❚

Sistema Wow | Adesão emSalvador pelo telefone3495-0142. O Plano básicocusta R$ 1 mil mais R$ 169referente à taxa de adesão.Exemplo de pacote:Gramado, cinco noites,aéreo, traslados e passeios:R$ 1.063 ❚

Ser vendedor para ganharviagem e se divertir muitoAlém das cooperativas e clubes deturismo social, o amante de viagenstem, ainda, uma outra forma inte-ressante para fazer o que gosta eainda, se tiver vontade e vocação,ganhar dinheiro ou mais viagenscom isso. Trata-se do sistema devenda direta, semelhante ao queacontece com produtos, que agoratem similar para o turismo.

A idéia foi lançada no Brasil pelaWow, operadora de marketingmultinível, “única de venda diretaque trabalha com o produto turís-tico“, afirma um dos coordenado-res de grupo da empresa, RodrigoPalmieri. “O sistema existe há doisanos no Brasil e foi criado por An-dres Portigo que já atuava no ramode viagens com a agência Embar-que Nessa, há nove no mercado“.

Neste caso, o turista compra umplano (chamado de passaporte) pa-ra ser trocado pela viagem. A dife-rença é que, com o Wow, a troca épor um pacote completo (passa-gem aérea, hospedagem, trasladoe passeios), diz ele. “O passaporteserve como uma poupança“.

O turista pode viajar logo depoisque quita a primeira parcela, no ca-so do pagamento no cartão de cré-dito. Os planos vão de R$ 1 mil a atéR$ 10 mil mais taxa de adesão. Além

disso, o passageiro também podeacumular passaportes para viagensfeitas posteriormente.

Palmieri explica que o sistema devenda direta em turismo permiteque o interessado, além de ir jun-tando crédito, também ganhe di-nheiro. “Basta ele indicar outraspessoas para entrar no sistema, for-

mando uma rede e tornando-seagente de lazer da empresa. A cadaindicação e venda de mais passa-portes, ele ganha entre 5% e 23%de comissão“, informa. O marke-ting multinível existe há mais de 50anos nos Estados Unidos e, no Bra-sil, segundo Palmieri, movimentamais de R$ 16 bilhões.

O mercado está criando opções para o turista conhecer o Brasil

SILVIA MARIA NASCIMENTO | AG. A TARDE