sistema circulatorio sanguíneo ii

2
Biologia 3 - Sérgio 26.08.08 Sistema Circulatório Sanguíneo II RÉPTEIS A classe dos répteis possue dois sistemas circulatórios sanguíneos distintos: o dos crocodilianos e o dos demais. A maioria dos répteis tem um único ventrículo que possui um septo medial denominado septo de Sebatier. Consequentemente a circulação é classificada como incompleta visto que há mistura dos sangues venoso e arterial no coração. Os reptéis apresentam ainda outra peculiaridade: irrigando o corpo estão duas aortas. A primeira sai da parte esquerda do ventrículo enquanto a segunda se origina na abertura do ventrículo acima do septo. Crocodilianos Os crocodilianos, no entanto, não têm uma abertura e septo no ventrículo e sim dois ventrículos separados formando quatro cavidades cardíacas distintas. Já que não há mistura dos sangues dentro do coração, consideramos a circulação completa. Mas o coração crocodiliano ainda tem vestígios de répteis mais primitivos possuindo duas aortas, uma saindo do ventrículo direito e outra do esquerdo. No forame de Panizza , abaixo do coração, as duas aortas são conectadas misturando o sangue. AVES E MAMÍFEROS Aves e mamíferos possuem sistemas quase indênticos salvo a direção da ponta do coração (lado para a onde a aorta vira). Possuem quatro cavidades: dois átrios e dois ventrículos, além de uma circulação dupla e completa. As divisões entre cada par átrio-ventrículo se dá por meio de válvulas cúspides. A válvula tricúspide separa o átrio direito do ventrículo direito. A válvula bicúspide ou mitral separa o átrio esquerdo do ventrículo esquerdo. Ambas as válvulas são responsáveis por impedir o reflexo do sangue para os átrios durante a contração dos ventrículos (sístole). O tecido que compõe o coração é dividido em peri, mio e endocárdio sendo que sua espessura é bem maior do lado esquerdo do coração do que do direito. No átrio direito entram as veias cavas superior e inferior que drenam sangue venoso do corpo. Esse sangue é transportado para o ventrículo direito de onde é bombeado para as artérias pulmonares direita e esquerda. O sangue oxigenado dos pulmões retorna ao coração pelas veias pulmonares que desembocam no átrio esquerdo. Ao passar pela bicúspide, o sangue arterial entra no ventrículo esquerdo sendo prontamente bombeado para a aorta. CONTROLE DAS CONTRAÇÕES A contração do coração é iniciada pelo próprio coração. O nó sinoatrial ou sinusal inicia um impulso elétrico que se propaga pelos músculos do coração atingindo o nó átrio- ventricular , descendo pelo feixe de Hiss e difundindo-se pelos ventrículos através das

Upload: setentaesete

Post on 07-Jun-2015

2.936 views

Category:

Documents


3 download

TRANSCRIPT

Page 1: Sistema circulatorio sanguíneo II

Biologia 3 - Sérgio26.08.08

Sistema Circulatório Sanguíneo II

RÉPTEIS

A classe dos répteis possue dois sistemas circulatórios sanguíneos distintos: o dos crocodilianos e o dos demais. A maioria dos répteis tem um único ventrículo que possui um septo medial denominado septo de Sebatier. Consequentemente a circulação é classificada como incompleta visto que há mistura dos sangues venoso e arterial no coração. Os reptéis apresentam ainda outra peculiaridade: irrigando o corpo estão duas aortas. A primeira sai da parte esquerda do ventrículo enquanto a segunda se origina na abertura do ventrículo acima do septo.

Crocodilianos

Os crocodilianos, no entanto, não têm uma abertura e septo no ventrículo e sim dois ventrículos separados formando quatro cavidades cardíacas distintas. Já que não há mistura dos sangues dentro do coração, consideramos a circulação completa. Mas o coração crocodiliano ainda tem vestígios de répteis mais primitivos possuindo duas aortas, uma saindo do ventrículo direito e outra do esquerdo. No forame de Panizza , abaixo do coração, as duas aortas são conectadas misturando o sangue.

AVES E MAMÍFEROS

Aves e mamíferos possuem sistemas quase indênticos salvo a direção da ponta do coração (lado para a onde a aorta vira). Possuem quatro cavidades: dois átrios e dois ventrículos, além de uma circulação dupla e completa. As

divisões entre cada par átrio-ventrículo se dá por meio de válvulas cúspides. A válvula tricúspide separa o átrio direito do ventrículo direito. A válvula bicúspide ou mitral separa o átrio esquerdo do ventrículo esquerdo. Ambas as válvulas são responsáveis por impedir o reflexo do sangue para os átrios durante a contração dos ventrículos (sístole).

O tecido que compõe o coração é dividido em peri, mio e endocárdio sendo que sua espessura é bem maior do lado esquerdo do coração do que do direito.

No átrio direito entram as veias cavas superior e inferior que drenam sangue venoso do corpo. Esse sangue é transportado para o ventrículo direito de onde é bombeado para as artérias pulmonares direita e esquerda. O sangue oxigenado dos pulmões retorna ao coração pelas veias pulmonares que desembocam no átrio esquerdo. Ao passar pela bicúspide, o sangue arterial entra no ventrículo esquerdo sendo prontamente bombeado para a aorta.

CONTROLE DAS CONTRAÇÕES

A contração do coração é iniciada pelo próprio coração. O nó sinoatrial ou sinusal inicia um impulso elétrico que se propaga pelos músculos do coração atingindo o nó átrio-ventricular, descendo pelo feixe de Hiss e difundindo-se pelos ventrículos através das

Page 2: Sistema circulatorio sanguíneo II

Biologia 3 - Sérgio26.08.08

Sistema Circulatório Sanguíneo II

fibras de Purkinje. Vale lembrar que a contração do átrio esquerdo acontece um pouco antes do que a do direito. Chamamos o período de contração sístole e o de relaxamento de diástole.

O bulbo do encéfalo não inicia o sinal elétrico mas é responsável pela frequência dos batimentos. O sistema nervoso autônomo simpático é responsável pelo aumento da frequência cardíaca enquanto o parassimpático é responsável pela diminuição da frequência. Quando a F.C. fica abaixo de 100 batimentos por minuto, chamamos a condição de taquicardia. Quando abaixo de 60, a condição é denominada bradicardia.

HOMEOTERMIA E CIRCULAÇÃO

O desenvolvimento de uma circulação dupla e completa foi importante para a transição para a homotermia. Com mais oxigênio sendo levado aos tecidos, há um aumento de metabolismo que desencadeia liberação de calor nas etapas da cadeia respiratória. Sem essa abundância de concentração de gás oxigênio no sangue, não haveria produção de calor suficiente para manter a temperatura do corpo constante.