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SISTEMA CIRCULATÓRIO ORGÃOS E FUNCIONAMENTO DO SISTEMA CIRCULATÓRIO DEFINIÇÃO Composto por 1 órgão principal ( coração ) e tubos ( artérias, veias, venulas, capilares ) que fazem a rede de comunicação do coração até as células do corpo. Sua função principal é de levar oxigênio e nutrientes. O oxigênio fornecido pelo sistema respiratório, os nutrientes fornecidos pelo sistema digestivo e quem controla este processo é o SNC. CORAÇÃO Orgão impar localizado no tórax entre os dois pulmões ( mediastino ) com o ápice voltado levemente para o lado esquerdo, logo abaixo do externo. Possui 4 cavidades 2 superiores (atrios), e 2 inferiores (ventrículos). É formado por 3 camadas musculares epicárdio (a mais externa), o miocárdio (região contrátil do coração), e o endocárdio (a mais interna). É revestido por um saco fibroseroso que possui 2 camadas, a mais externa é fibrosa, e a mais interna é serosa, esta estrutura é chamado de Saco Pericardico. O coração é uma bomba contrátil, propulsora responsável por ejetar todo o sangue que até ele chega. VASOS SANGÜÍNEOS Os vasos sangüíneos são tubos compostos por músculos lisos (controlado pelo sistema nervoso autônomo) responsável pela condução do sangue para todos os tecidos e para o coração. São divididos em: o o o artérias o o o veias o o o arteríolas

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Page 1: Sistema Circulatório

SISTEMA CIRCULATÓRIO

 

ORGÃOS E FUNCIONAMENTO DO SISTEMA CIRCULATÓRIO

 

DEFINIÇÃO

Composto por 1 órgão principal ( coração ) e tubos ( artérias, veias, venulas, capilares ) que fazem a rede de comunicação do coração até as células do corpo. Sua função principal é de levar oxigênio e nutrientes.

O oxigênio fornecido pelo sistema respiratório, os nutrientes fornecidos pelo sistema digestivo e quem controla este processo é o SNC.

CORAÇÃO

Orgão impar localizado no tórax entre os dois pulmões ( mediastino ) com o ápice voltado levemente para o lado esquerdo, logo abaixo do externo. Possui 4 cavidades 2 superiores (atrios), e 2 inferiores (ventrículos). É formado por 3 camadas musculares epicárdio (a mais externa), o miocárdio (região contrátil do coração), e o endocárdio (a mais interna). É revestido por um saco fibroseroso que possui 2 camadas, a mais externa é fibrosa, e a mais interna é serosa, esta estrutura é chamado de Saco Pericardico. O coração é uma bomba contrátil, propulsora responsável por ejetar todo o sangue que até ele chega.

VASOS SANGÜÍNEOS

Os vasos sangüíneos são tubos compostos por músculos lisos (controlado pelo sistema nervoso autônomo) responsável pela condução do sangue para todos os tecidos e para o coração. São divididos em:

o o            o            artérias o o            o            veias

o o            o            arteríolas

o o            o            venulas

o o            o            capilares

Os vasos possuem movimentos peristáuticos.

VÁLVULAS

O sistema de válvulas tem por função evitar o refluxo sangüíneo.

No lado esquerdo encontramos no coração a válvula bicúspede ou mitral e no lado direito a válvula tricúspede.

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As válvulas atrio ventriculares são controladas pelos músculos papilares.

CICLO CARDÍACO

PEQUENA CIRCULAÇÃO (coração – pulmão – coração )

O ventrículo direito ao se contrair, abre a válvula pulmonar ejeta o sangue até os pulmões através da artéria tronco pulmonar. No pulmão irá captar o oxigênio e fara o retorno do sangue oxigenado para o coração através das veias pulmonares (atrio esquerdo).

GRANDE CIRCULAÇÃO

O ventrículo esquerdo ao se contrair, abre a válvula aórtica ejetando o sangue oxigenado e rico em nutrientes para todos os tecidos do corpo através da artéria aorta, este sangue oxigenado passará pelos capilares, deixando o oxigenado e nutrientes e capitando os resíduos metabólicos e CO2 que serão levados para o átrio direito através das veias cavas superiores e inferiores.

CIRCULAÇÃO CORONARIANA

O ventrículo esquerdo ao se contrair abre a válvula aórtica e ejeta o sangue através da artéria aorta, que possui sua primeira divisão próximo ao coração, formado pelas artérias coronarianas direita e esquerda que tem como função levar o sangue oxigenado ao miocárdio. Após a liberação do sangue oxigenado e a captação dos resíduos metabólicos que são levados pelas veias coronarianas até o seio coronáriano, que é a transição do sistema venoso com o atrio direito. O sistema circulatório subdivide-se em:

SISTEMA SANGUINEO

SISTEMA LINFÁTICO

SISTEMA EMATOPOÉTICO

O sangue é formado de plasma, células sanguineas ( hemácias, leucócitos, plaquetas ), proteína, hormônio.

A válvula do coração é composto de várias valvas.

Para haver nutrientes , O2 e remoção de resíduos metabólicos, CO2 o sangue sai do sistema arterial passando por vários vasos de menores calibres até chegar a nível capilar, é só neste instante que é feito o processo dito acima com as células.

HEMATOSE TECIDUAL: É a troca de nutrientes e O2 nas células e a remoção CO2 e resíduos metabólicos.

HEMATOSE PULMONAR: É a troca de CO2 do sangue levado ao pulmão para O2.

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O processo de nutrientes no sangue ocorre quando as células do intestino absorve os nutrientes dos alimentos pré-processados pelo estômago enviando este material para o sangue pelas vias capilares, que vão para as "veia porta " este sangue rico em nutrientes passa pelo fígado que verifica a qualidade do sangue, após este processo o sangue vai para a veia "cava inferior "

PRESSÃO SISTÓLICA: É a pressão do sangue na localidade do ventrículo esquerdo para a artéria aorta. A pressão é de 120 mmhg. ( contração do coração )

PRESSÃO DIÁSTOLE: É a pressão do sangue na localidade do ventrículo esquerdo para a artéria aorta no relaxamento. A pressão é de 80 mmhg.

Ventrículo Esquerdo: 120 x 80 mmhg

Ventrículo Direito: 25 x 8 mmhg

Pressão nas Arteríolas é de 35 mmhg

Capilares é de 17 mmhg

Vénulas é de 10 mmhg

O retorno do sangue pelas veias, na entrada do átrio, tem a pressão de 0 mmhg.

O refluxo do sangue e contido através de válvulas encontradas nas artérias e veias.

Ex: Artéria Aorta: Válvula semilunar aórtica.

Artéria Tronco Pulmonar: Válvula semilunar pulmonar

As artérias e veias são formados por camadas de músculos, tendo que as artérias tem mais camadas que as veias, pois a pressão da artéria é bem maior que da veia e conforme vai diminuindo o calibre das mesmas vai diminuindo suas camadas.

Em repouso a sístole ventricular e de 70 ml por minuto.

Em 1 minuto passa pelo coração 4900 ml de sangue.

A quantidade de absorção realizada pelos tecidos pode ser controlado pela própria necessidade tecidual ou pelo SNC.

As células quando estão debilitadas ( sem O2 e nutrientes ) , por alguma lesão ou motivo patológico liberam substâncias químicas tentando avisar que precisam de ajuda, além de avisar o SNC que envia um PA para o coração para que o mesmo trabalhe mais enviando mais sangue para o local debilitado, mas estas substâncias também estimulam o esfincter pré-capilar, que é uma válvula recoberto

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de uma camada muscular ao redor deste capilar, liberando ou restringindo o fluxo do sangue.

Esquemia: É a obstrução do fluxo sanguineo.

Infarto : Morte por esquemia súbita (falta de sangue) morte celular.

A dor que antecede o infarto e chamado de " Angina de Peito ".

Quando sentimos dores da angina do peito que antecede o infarto, sentimos dores em demais partes do corpo, na realidade há uma morte tecidual no coração fazendo que o mesmo contraia com menas intensidade, levando menos sangue para os tecidos do corpo.

Necessidade Tecidual: Faz com que os batimento cardíacos aumentem para suprir as necessidades dos tecidos.

O pús é o resíduo dos vírus e bactérias.

A substância química liberada das células pela diminuição de sangue que ocorreu com a obstrução das artérias parcial ou total faz acontecer um processo chamado de:

ANGIOGÊNESE: É a criação de novos vasos sanguineos pela necessidade do tecido a passagem de sangue ocorrido na obstrução das artérias ( placa de ateroma ).

Mas ao praticar esportes as vezes pode-se ocorrer a Angiogênese , o Tecido Basal ( tecido em repouso ), as células não estão condicionadas, não tendo mitocondreas e organelas suficientes para realizar determinados exercícios anaeróbicos, não estando condicionados sentimos dor pela produção de ácido lático ( debilita as terminações nervosas avisando que tem algum problema, isto é bom pois está reação avisa-nos (a dor)), é importante que a pessoa volte a fazer exercício no próximo dia sem muita intensidade mesmo com dor, para que haja um maior fluxo sanguineo removendo os resíduos ( ácido lático ) e condicionando as células.

É necessário que tenha mais vasos sanguineos, levando mais sangue para as células que estão trabalhando mais que o normal, este fenômeno é chamado de "Angiogênese do Esporte ". Esta angiogênese irá acontecer principalmente no coração do atleta, bombeando mais sangue para os tecidos em maior funcionamento, as células do coração também irão precisar de mais sangue para nutrir a sua musculatura , criando mais vasos no tecido do coração para as células condicionadas.

Energia Aeróbica: Energia pura, sem muito resíduo com presença de oxigênio.

Energia Anaeróbica: Energia formado sem muito oxigênio ou com muito pouco, formando muito resíduos. Ex: Ácido Lático.

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O fígado produz a bíle que fica na vesícula biliar. Um das mais importantes funções é formar colesterol.

Colesterol: É lipoproteína.

VDRL = Ruim ( tem pouca concentração protéica ).

LDL = Médio

HDL = Bom ( alta concentração protéica ).

O débito cardíaco varia mais ou menos conforme a necessidade do tecido.

As células guardam energia.

As artérias capilares são formadas por uma única camada muscular "endotélio ", as células que formam o endotélio abrem pequenos espaços para alimentar o tecido celular que liberou a substância avisando que precisava de ajuda, liberando nutrientes e O2.

O CO2 e o O2 saem e entram no intertício sem abrir as células do tecido dos tubos capilares ( endotélio ) passando sem barreiras.

Exocitose: Remoção de resíduos metabólicos, o que não utiliza.

Para remver os resíduos metabólicos "exocitose" a célula pega o resíduo que ela não aproveitou e manda para o interstício, muito pouco deste resíduo entra nos capilares, pois a pressão é mais elevada que no interstício (17 mmhg). Os resíduos que sai do núcleo, uma parte forma o glicocálix, e o que não foi utilizado fica alojado no " liquido interstícial ".

Uma parte do liquido intersticial é formado de sangue ( 55% liquido e 45% sólido).

Quando o endotélio abre suas células além de sair nutrientes sai para o liquido intersticial sai plasma e outros componentes do sangue (leucócitos, hemácias, proteínas ).

A linfa é formada por plasma sanguineo, células sanguineas, proteínas, resíduos metabólicos.

O liquido intersticial que é formado por sais, plasma, resíduos, proteínas e outros. O sistema linfático capta a linfa com uma rapidez extrema para que alguns componentes não misture com os componentes da matrix extracelular. Tudo que é extravasado pelo tubo capilar é captado pelos tubos linfáticos que tem a pressão negativa de –3 mmhg que suga. Estes tubos se localizam no interstício.

Diapedese: São as células que extravasam do tecido capilar para o tecido lesado.

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Quando levamos alguma pancada (lesão) e não rompemos vasos ou mesmo rompendo, as células lesadas enviam um sinal quimicamente para o esfincter local e ao SNC, liberando mais sangue para o local, para reconstituir as células danificada ( sistema imunológico ), os leucócitos (células de defesa), hemácias, nutrientes, O2 , proteínas, acumulam-se no local aumentando o liquido intersticial, que verifica o local e reage conforme o quadro fisiológico ( inflamatório ), após diagnóstico, os materiasi encontrados no sangue com o aumento do fluxo começam a fazer o processo de recuperação das células danificadas pela lesão e o sistema linfático a retirar o acumulo de liquido intersticial.

Processo inflamatório:

Dor: É a substância enviada ao SNC pelas células avisando que tem algum problema.

Calor: O calor existe pois há um aumento de quantidade sanguinea no local, aumentando o metabolismo.

Rugor: ( cor avermelhada ) Por causa dos vasos sanguineos que existem.

Edema: Acumulo de linfa no interstício.

A linfa ao ser captada pelos canais linfáticos passam por linfonodos que são como filtros, e verificam se há algum agente patológico ( vírus ou batéria ), esta verificação é feita pelo sistema imunológico. Os linfonodos mais distais do corpo são em menores quantidades. Se houver uma invasão de bactérias no pé, as mesmas passam pelos linfonodos da perna que são em poucas quantidades, mas quando chegam na região verilha com uma concentração maior de linfonodos geralmente são destruidas. As vezes aparece as inguas que nada mais é um trabalho excessivo dos linfonodos da verilha, após verificado a linfa ela desemboca na veia cava superior.

Sepsemia: Infecção generalizada

Varizes: É quando algumas válvulas das veias ficam danificadas dificultando o retorno do sangue venoso acumulando sangue, engrossando-as.

Quando os linfonodos não conseguir combater os vírus ou bactérias pode haver uma sepsemia.

A drenagem linfática, além de drenar a linfa ajuda o sistema venoso. A vontade de fazer "xixi " acontece porque a quantidade de sangue é de 5 litros isso é controlado, ao realizarmos massagem linfática a linfa é desembocada na veia cava superior aumentando a velocidade do fluxo sanguineo fazendo com que acelere a função do rim, que retira do plasma sanguineo 1% de resíduos e manda para a bexiga.

A massagem linfática tem que ir de distal para proximal , mas começando sempre da parte mais proximal, para não empurar a linfa que está estagnada,

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dilatando os vazos . Ex: começ da virilha, do joelho para a virilha, do pé em direção á virilha.

O sistema linfático é o que mais colhe materiais residuais.

O edema linfático é uma obstrução do vaso linfático.

Embolia: deslocamento de um trombo.

Ematose: Troca de CO2 para O2.

 Este aviso enviado através da dor pela células debilitadas ao SNC, estimula o coração para acelerar sua contração ( sístole ) que é feito pelo marcapasso fisiológico do coração ( que dá o ritmo ) chamado de " NODO ou NOSINU – ATRIAL ", que se encontra no atrio. Este processo faz aumentar a frequência cardiaca e a contração cardiaca.

A proteína retém moléculas de água, a proteína tendo moléculas de água ajuda a prender melhor as gorduras. Então se houver no sangue uma boa quantidade de proteínas as gorduras irão se prender com facilidade, evitando que as gorduras se fixem nas paredes das arteriolas ou venulas formando as " PLACAS DE ATEROMA ", que nada mais é um acúmulo de gordura nas paredes destes canais, ocorrendo um entopimento.

A dor que antecede o infarto

Timo: termina de montar o linfócito T, e o linfócito B já sai pronto da medula óssea.

O atrio contrai 25% para mandar sangue para o ventrículos.

 Fisiologia do Músculo Cardiaco

O coração é constituido de três tipos principais de músculo cardíaco: músculo atrial, músculo ventricular e fibras musculares condutoras e excitatórias expecializadas.

Os tipos atrial e ventricular de músculo contraem-se da mesma maneira que o músculo esquelético, exceto que a duração de contração é muito maior. Por outro lado, as fibras condutoras e excitatórias expecializadas contraem-se apenas fracamente , por conterem poucas fibras contráteis.

Potenciais de Ação do Músculo do Coração.

O potencial da membrana em repouso do músculo cardíaco normal é de aproximadamente -85 a -95 milivolts (mV) e de cerca de -90 a -100 mV nas fibras de condução especializadas.

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O PA registrado no músculo ventricular é de 105 mV, o que uqer dizer que o potencial de membrana se eleva do seu valor normalmente muito negativo para um valor ligeiramente positivo, de +20 mV.

Contração do Músculo Cardíaco

O mecanismo de acoplamento excitação e contração é o mesmo que para o músculo esquelético, mas há um segundo efeito que é bem diferente. Além dos íons cálcio liberados no sarcoplasma do retículo sarcoplasmático, grande quantidade de íons cálcio extra também se difunde dos túbulos T para o sarcoplasma por ocasião do PA. Na verdade sem este cálcio extra dos túbulos T, a força de contração do músculo cardíaco seria consideravelmente reduzida, porque o retículo sarcoplasmático do músculo cardíaco não é tão desenvolvido quanto os dos músculos esqueléticos e não armazena cálcio suficiente para proporcionar contração completa. por outro lado os túbulos T do músculo cardíaco tem o diâmetro 5 vezes maior que o dos túbulos do músculo esquelético e volume 25 vezes maior; da mesma forma, há no interior dos túbulos T grande quantidade de mucopolissacarrídios eletronegativamente carregados que fixam abundante reserva de íons cálcio, mantendo sempre disponiveis para difusão para dentro da fibra muscular cardíaca ao ocorrer o PA dos túbulos T.

A Duração de contração do músculo cardiaco é função principalmente do PA - Cerca de 0,2s no músculo atrial e 0,3s no músculo ventricular.

O Efeito da frequência cardíaca com o coração batendo a um ritmo muito rápido não fica relaxado por tempo suficientemente longo para possibilitar o enchimento completo das câmaras cardíacas antes da próxima contração.

O Ciclo Cardiaco

O período do início de um batimento cardíaco até o início do batimento seguinte é denominado de Ciclo cardíaco.

O Átrio serve como bomba, o sangue flui de modo contínuo das grandes veias para os átrios; cerca de 75% fluem diretamente através dos átrios para os ventrículos antes mesmo que os átrios se contraiam. Ai, então, a contração átrial causa enchimento adicional dos ventrículos de ordem de 25%.

A Eficiência da Contração Cardiaca

Durante a contração muscular, a maior parte da energia química é convertida em calor, e parte muito menor, em trabalho. A proporção entre o trabalho e o gasto de energia química é denominada " eficiência da contração cardíaca ", ou simplesmente " eficiência do coração ". A eficiência máxima do coração normal está entre 20 e 25%. Na insuficiência cardíaca, pode cair até para 5 a 10%.

Regulação do Bombeamento Cardíaco

Os dois meios básicos pelos quais o volume bombeado pelo coração é regulado são:

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* A regulação intríseca do bombeamento pelo coração a respostas pela alterações do volume de sangue que flui até o coração.

* O controle do coração pelo SNA.

A quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada minuto é determinada pela intensidade do fluxo sanguineo das veias para o coração, o que é denominado " retorno venoso ". Isso quer dizer que cada tecido periférico do corpo controla seu próprio fluxo sanguineo. O coração bombeia automaticamente, este sangue que chega para as artérias sistêmicas, de modo que possa fluir novamente pelo circuito.

Essa capacidade intríseca de adaptação do coração à alternação no volume de sangue que entra é denominada " Mecanismo de Frank-Starling ". Dentro do limite fisiológico o coração bombeia todo o sangue que chega até ele, sem permitir acúmulo excessivo de sangue nas veias.

Controle do Coração pelos Nervos Simpáticos e Parasimpáticos

Uma forte estimulação simpática pode aumentar a frequência cardíaca de seres humanos para 200, em casos raros, até mesmo 250 batimentos por minuto, em pessoas jovens.

Uma forte estimulação parasimpática (vagal) , pode fazer cessar por alguns segundos os batimentos cardíacos, retornando com frequência de 20 a 30 batimentos por minuto. A forte estimulação parasimpática diminui se 20 a 30% a força de contração do coração. Podendo reduzir em até 50% ou mais o bombeamento ventricular - especialmente em grande carga de trabalho.

Efeito da Frequência Cardíaca sobre a Função do Coração como uma Bomba

Após a frequência cardíaca elevar-se acima de um nível crítico, por exemplo, a força do próprio coração diminui, presumivelmente devido ao uso excessivo de substratos metabólicos pelos músculos cardíacos. Além disso, o período de diástole entre as contrações fica tão reduzido que o sangue não tem tempo para fluir adequadamente dos átrios para os ventrículos.

Quando a frequência cardíaca é aumentada pela estimulação elétrica o coração tem sua capacidade máxima de bombear sangue na frequência entre 100 a 150 bpm.

Mas se a frequência cardíaca for aumentada pelo estimulo simpático, ele fará o mesmo processo com a frequência entre 170 a 220 bpm.

A razão para esta diferença é que a estimulação simpática aumenta não só a frequência como também a força cardíaca. Ao mesmo tempo ela diminui a duração de contração sistólica e possibilita mais tempo para o enchimento durante a diástole.

Efeito de Íons Potássio e Cálcio sobre a Função Cardíaca

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O excesso de potássio no líquido extracelular faz o coração ficar extremamente dilatado e flácido e lentifica a frequência cardíaca. Quando o potencial da membrana diminui, a intensidade do PA também diminui, o que torna progressivamente mais fraca a contração do coração.

O excesso de íons cálcio causa efeitos opostos aos do íons potássio, fazendo o coração entrar em contração espástica. Causado pelo efeito direto na excitação do processo contrátil cardíaco.

Efeito da Temperatura no Coração

O aumento da temperatura do coração que ocorre quando se tem febre, causa grande aumento da frequência cardíaca, as vezes até o dobro do normal, aumentando a permeabilidade da membrana muscular aos íons. Mas se a frequência aumenta por muito tempo pode causar fraquesa cardíaca.

A diminuição da temperatura causa grande redução da frequência cardíaca, caindo alguns batimentos por minuto quando a pessoa está próxima da morte por hipotermia, na faixa de 15,5 a 21 graus celcius.

 

Características Física da Circulação

As arteríolas são os pequenos ramos finais do sistema arterial, atuando como válvulas de controle pelas quais o sangue é lançado nos capilares.

A função dos capilares é de efetuar troca de líquidos, nutrientes, eletrólitos, hormônios e outras substâncias entre o sangue e o líquido intersticial. As parede capilares são muito finas e permeáveis a pequenas substâncias moleculares.

As vênulas coletam sangue dos capilares, elas coalescem gradualmente em veias progressivamente maiores.

As veias funcionam como dutos para o transporte de sangue para os tecidos de volta para o coração.

Quando estão ativos, os tecidos necessitam de fluxo de sanguineo muito maior que em repouso, ocasionalmente de até 20 a 30 vezes em repouso.

Os rins tem importante papel adicional no controle de pressão, tanto pela secreção de hormônios controladores da pressão como pela regulação do volume sanguíneo.

 

Distencibilidade Vascular

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Anatomicamente falando as paredes das artérias são bem mais fortes que as das veias. Como conseqüência , as veias são em média 6 a 10 vezes mais distensíveis que as artérias.

Efeito da Estimulação Simpática

O controle simpático da capacidade vascular também é particularmente importante durante as hemorragias. O aumento do tônus simpático vascular, especialmente das veias, reduz as dimensões do sistema circulatório e a circulação continua quase que normalmente, mesmo quando são perdidos até 25% do volume sangüíneo total.

A pressão sistólica é de 120 mmhg, e na pressão diástole é de 80 mmhg. A diferença entre estas duas pressões, de aproximadamente 40 mmhg, denominada de "Pressão Diferencial "

O Pulso Radial

Um pulso fraco na artéria radial indica geralmente:

1 - Grande diminuição da pressão diferencial central, tal como ocorre quando o débito sistólico é baixo.

2 - Maior "amortecimento" da onda de pulso causada por espasmos vasculares; estes ocorrem quando o sistema nervoso simpático fica excessivamente ativo após perda de sangue ou quando a pessoa apresenta calafrios.

O pulso paradoxal torna-se forte, depois fraco, e depois forte, com isso ocorrendo em sintonia com as fases da respiração. Isso é causado pelo aumento e diminuição alternados do débito cardíaco a cada respiração.

No déficit de pulso o ritmo do coração é muito irregular na fibrilação atrial ou no caso de batimentos cardíacos prematuros. Nestas arritmias, dois batimentos vêem tão próximo um do outro, que o segundo batimento bombeia pouco sangue. Porque o ventrículo tem muito pouco tempo para encher entre os batimentos.

Válvulas Venosas e a Pressão Venosa

Caso o indivíduo permaneça perfeitamente imóvel, a bomba venosa não funciona e as pressões venosas na parte inferior das pernas elevam-se, em aproximadamente 30s, até o valor hidrostático integral de 90 mmhg. As pressões dos capilares também aumentam muito, ocasionando vazamento de líquido do sistema para os espaços teciduais. Como conseqüência as pernas incham e o volume sangüíneo diminui. Na verdade, até 15 a 20 % de volume sangüíneo são freqüentemente perdidos pelo sistema circulatório dentro de 15 minutos em que se permanece de pé absolutamente imóvel, como ocorre quando um soldado é obrigado a ficar na posição de sentido.

Incompetência das válvulas venosas e veias varicosas: As válvulas do sistema venoso freqüentemente tornam-se incompetentes, as vezes são destruídas.

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Isto ocorre particularmente quando as veias foram distendidas em excesso por pressão venosa excessiva durando semanas ou meses, como ocorre na gravidez ou quando fica de pé a maior parte do tempo. A distenção da veias aumenta sua área de seção transversa, mas as válvulas não aumentam de tamanho. Por esta razão as válvulas das veias não mais se fecham totalmente. Quando isso ocorre, a pressão nas veias da pernas aumentam ainda mais devido á insuficiência da bomba venosa; isso aumenta mais ainda o tamanho das veias e acaba por destruir por completo a função das válvulas. A pessoa passa então a apresentar as " veias varicosas " , que se caracterizam por grandes protrusões bulbosas das veias sob a pele de toda a perna, sobretudo sua parte inferior. As pressões venosas e capilares ficam muito elevadas e o vazamento de líquido dos capilares causa edema constantes nas pernas sempre que as pessoas ficam de pé por mais de alguns minutos. O edema por sua vez impede a difusão adequada de materiais nutricionais dos capilares para as células musculares.

Função Reservatório de Sangue nas Veias

Mais de 60% de todo o sangue no sistema circulatório estão nas veias.

Quando há perda de sangue pelo corpo e a pressão arterial começa a cair, freflexos de pressão são evocados pelo seios carotídeos e outras áreas da circulação sensíveis a pressão, estes reflexos por sua vez, enviam sinais nervosos simpáticos para as veias, fazendo –as contraindo-se, e isto tira grande parte da folga da circulação causada pela perda de sangue. Mesmo após até 20% do volume de sangüíneo terem sido perdidos.

Reservatório Sangüíneo Específico: Certas partes do sistema circulatório são tão amplas e tão complacentes que são denominadas " reservatório sangüíneos específicos ".

O baço, que pode diminuir suficientemente de tamanho para liberar até 100ml de sangue em outras áreas da circulação.

O fígado, cujos sinusóides, podem liberam várias centenas de mililitro de sangue para o restante da circulação.

As grandes veias abdominais, que podem contribuir com até 300 ml.

O plexo venoso por sob a pele, que também pode contribuir com várias centenas de mililitros . o coração e os pulmões, embora não façam parte do sistema de reservatório venoso sitemico, também devem ser considerado como reservatórios de sangue.

 Poros na Membrana Capilar

Os poros nos capilares de alguns órgãos tem características especiais para atender as necessidades peculiares deste órgãos.

No fígado, as fendas entre as células endoteliais capilares são muito largas, de modo que quase todas as substância dissolvida no plasma, incluindo até mesmo

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as proteínas plasmáticas, podem passar do sangue para o tecido hepático. Os poros das membranas intestinais são intermediários entre os dos músculos e dos do fígado.

Difusão de Substâncias Lipossolúveis Através da Membrana : Quando são lipossolúveis , as substâncias podem difundir-se diretamente através das membranas celulares do capilar sem Ter de atravessar os poros.

Difusão de Substâncias Hidrossolúveis Através da Membrana: Muitas substâncias necessárias aos tecíduos são solúveis em água, mas não pode passar através das membranas limpídicas das células endoteliais; essas moléculas incluem as próprias moléculas de água, íon cálcio, íons cloro e glicose.

Gel no Interstício: O líquido no interstício é derivado dos capilares por filtração, ele contém quase que os mesmos componentes do plasma, exceto por concentração muito menor de proteínas , porque elas não são filtradas facilmente para fora dos capilares. O líquido nele retido tem a característica de um gel, chamando-se de " Gel Tecidual ".

O Bombeamento pelo Sistema linfático é a Causa Básica da Pressão Negativa: O sistema linfático é um sistema de " Gari " que remove o excesso de líquido, restos celulares e outros materiais dos espaços teciduais. Quando um líquido penetra nos capilares linfáticos terminais, eles se contraem e impelem a linfa para adiante ao longo do sistema linfático até desenbocar novamente na circulaçào.

A somatória de forças na extremidade arterial do capilar mostra um pressão de filtração efetiva de 13 mmhg, tendendo a mover líquido para fora.

Essa pressão de filtração de 13 mmhg, faz com que em média, cerca de 0,5 do plasmo seja filtrado para fora da extremidade arterial dos capilares para os espaços intersticial.

A força que faz o líquido mover para dentro do capilar, 28 mmhg, é A maior que se opõe à reabsorção, de 21 mmhg. A diferença , 7 mmhg é a Pressão de reabsorção menor que a pressão de filtração e consideravelmente menor que a pressão de filtração.

 

SISTEMA LINFÁTICO

O sistema linfático constitui uma via acessória pela qual os líquidos possam fluir do espaço intersticial para sangue. Os vasos linfáticos podem transportar, para fora dos espaços teciduais, proteínas e grandes materiais particulados, nenhum dos quais podem ser removido diretamente pela absorção do capilar sangüíneo.

Com exceção de alguns, quase todo os tecíduos do corpo tem canais linfáticos que drenam o excesso de líquido diretamente dos espaços intersticiais .

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As excessões incluem as partes superficiais da pele, o sistema nervoso central , as partes mais profundas dos nervos periféricos.

A LINFA deriva do líquido interstícial que flui para os vasos linfáticos.

A concentração de proteínas no líquido intersticial na maioria dos tecidos é, em média, cerca de 2g/dl e a concentração protéica da linfa que flui desses tecidos é muito próximo deste valor. Por outro lado a linfa formada no fígado tem a concentração de proteina de até 6g/dl e é formada no intestino tem concentração de proteínas de 3 a 4 g/dl. Como cerca de 2/3 de toda linfa derivam do fígado e do intestino, a linfa torácica, uma mistura de linfa de todas as partes do corpo, tem geralmente a concentração de proteínas 3 a 5 g/dl.

O sistema linfático é uma das principais vias de absorção de nutrientes a partir de um tubo gastritestinal, sendo responsável principalmente pela absorção dos lipídios, após uma refeição rica em lipídios, a linfa do duto torácico contém até 1 a 2% de lipídios.

Intensidade do Fluxo Linfático

Aproximadamente 100ml de linfa fluem através do duto torácico do ser humano em repouso por hora, e talvez, outros 20ml fluiriam para a circulação a cada hora por outros canais, fazendo um fluxo linfático total de 120 ml/h. a intensidade do fluxo da linfa é determinada principalmente por dois fatores:

1. 1.          1.          Pressão do líquido intersticial 2. 2.          2.          Grau de atividade da bomba linfática

O fluxo linfático é muito pequeno, com pressões do líquido intersticial mais negativas que –6 mmhg. Então, quando a pressão se eleva até valores ligeiramente acima de 0 mmhg ( pressão atmosférica ), o fluxo aumenta por mais de 20 vezes.

É claro que a bomba linfática fica muito ativa durante os exercícios, muitas vezes aumentando por até 10 a 30 vezes o fluxo. Durante períodos de repouso o fluxo linfático é lento.

 O Controle do Fluxo Sangüíneo

Porque não proporcionar simplesmente um fluxo sangüíneo muito elevado por cada tecido corporal, sempre suficiente para suprir as necessidades do tecido, quer sua atividade seja muito pequena ou muito grande? Para fazer isto requeria fluxo sangüíneo muita mais vezes maior que o coração pode bombear.

O fluxo sangüíneo para cada tecido é regulado em geral no nível mínimo que vai suprir suas necessidades, nem mais nem menos. Com o controle do fluxo sangüíneo local de modo tão exato, os tecido nunca sofrem deficiências nutricionais.

Mecanismo de Controle do Fluxo Sangüíneo

O controle do fluxo sangüíneo local pode ser dividído em fases distintas:

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Controle agudo

Controle a longo prazo

O controle agudo é obtido por alterações rápidas das constrições locais das arteríolas, metarteríolas e esfincteres pré-capilares ocorrendo dentro de segundos a minutos, de modo a proporcionar um meio rápido de manutenção do fluxo sangüíneo tecidual local aprimorado. O controle a longo prazo, por outro lado indica alterações lentas do fluxo, em período de dias, semanas e até meses.

Regulação Humoral da Circulação

VASOCONTRITORES

Norepinefrina é um hormônio vasoconstritor particulamente potente; a epinefrina tem menor potência, em alguns casos, chega a causar até vasodilatação, o que ocorre no coração para dilatar as artérias coronârias durante o aumento da atividade cardíaca. Quando todo o sistema simpático é estimulado durante um extresse ou um exercício, os nervos simpáticos promovem liberação direta de norepinefrina que excita o coração, as veias e as arteríolas.

A Angiotensina é uma das mais potentes substâncias vasoconstritoras conhecida. Uma quantidade tão pequena quanto um milionésimo de grama pode aumentar a pressão arterial do ser humano por até 50 mmhg ou mais. O efeito da angiotensina é o de contrair fortemente as pequenas arteríolas.

Vasopressina também denominada hormônio antidiurético é formado no hipotálamo, mas é transportada do centro por axônios nervosos até a glândula hipófise superior, onde acaba de ser secretada no sangue.

VASODILATADORES

Bradicinina- Várias substâncias denominadas cininas, que podem causar vasodilatação intensa freqüentemente formadas no sangue e nos líquidos teciduais.

Serotonina – está presente em grande concentração no tecido cromafin do intestino e de outras estruturas abdominais.

Histamina – é liberada em praticamente todos os tecidos do corpo quando eles são lesados, ficam inflamados ou sofrem reações alérgicas.

Aumento da concentração de íons cálcio causa vasoconstrição. Isso decorre do efeito geral do cálcio estimulando a contração dos músculos lisos.

Aumento da concentração de íons potássio causa vasodilatação. Isso decorre da capacidade do íons potássio para inibir a contração dos músculos lisos.

Aumento da concentração do íons magnésio causa potente vasodilatação, pois o íons magnésio inibi geralmente os músculos lisos.

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Aumento da concentração de íons sódio causa leve dilatação arteriolar.

Aumento da concentração de íons hidrogênio ocasiona a dilatação das arteriolas.

Aumento da concentração de dióxido de carbono causa vasodilatação moderada em muitos tecidos e vasodilatação acentuada no cérebro.

Aparelho Circulatório

O aparelho circulatório é o sistema de transporte interno do organismo. Seu objetivo é levar elementos nutritivos e oxigênio a todos os tecidos do organismo, eliminar os produtos finais do metabolismo e levar os hormônios, desde as correspondentes glândulas endócrinas, aos órgãos sobre os quais atuam.Durante este processo, regula a temperatura do corpo.

Aparelho Circulatório Humano: o aparelho circulatório compreende: coração, vasos sangüíneos, vasos linfáticos, sangue, linfa.

Vasos sangüíneos: existem três tipos de vasos sangüíneos: artérias, veias e capilares. Artérias: sua função é levar o sangue desde o coração até os tecidos. Três capas formam suas paredes, a externa ou adventícia de tecido conjuntivo; a capa media de fibras musculares lisas, e a interna ou íntima formada por tecidos conectivos, e por dentro dela se encontra uma capa muito delgada de células que constituem o endotélio. Veias: devolvem o sangue dos tecidos ao coração. À semelhança das artérias, suas paredes são formadas por três capas, diferenciando-se das anteriores somente por sua menor espessura, sobretudo ao diminuir a capa media. As veias têm válvulas que fazem com que o sangue circule desde a periferia rumo ao coração ou seja, que levam a circulação centrípeta. Capilares: são vasos microscópicos situados nos tecidos, que servem de conexão entre as veias e as artérias; sua função mais importante é o intercâmbio de materiais nutritivos, gases e desperdícios entre o sangue e os tecidos. Suas paredes se compõem de uma só capa celular, o endotélio, que se prolonga com o mesmo tecido das veias e artérias em seus extremos. O sangue não se põe em contato direto com as células do organismo, se bem que estas são rodeadas por um líquido intersticial que as recobre; as substâncias se difundem, desde o sangue pela parede de um capilar, por meio de poros que contém os mesmos e atravessa o espaço ocupado por líquido intersticial para chegar às células.

As artérias antes de se transformarem em capilares são um pouco menores e se chamam arteríolas, e o capilar quando passa a ser veia novamente tem uma passagem intermediária nas que são veias menores chamadas vénulas; os esfíncteres pré-capilares ramificam os canais principais, abrem ou fecham outras partes do leito capital para satisfazer as variadas necessidades do tecido. Dessa maneira, os esfíncteres e o músculo liso de veias e artérias regulam o fornecimento do sangue aos órgãos.

Vasos linfáticos: são um sistema auxiliar para o retorno de líquido dos espaços tissulares.  A circulação; o líquido intersticial entra nos capilares linfáticos, 

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transforma-se em linfa e logo é levado à união com o sistema vascular sangüíneo e se mistura com o sangue. Os capilares linfáticos se reúnem e formam  os vasos linfáticos, cada vez maiores, que têm válvulas para evitar o reflexo igual ao das veias.

Baço: é um órgão linfático, situado na parte esquerda da cavidade abdominal. Nele não se produz a contínua destruição dos glóbulos vermelhos envelhecidos; sua principal função está vinculada com a imunidade; como órgão linfático está encarregado de produzir linfócitos (que são um  tipo de glóbulos brancos) que se derramam no sangue circulante e toma parte nos fenômenos necessários para a síntese de anticorpos. Apesar de todas estas funções, o baço não é um órgão fundamental para a vida sua forma é oval e com um peso de 150 gr o qual varia em situações patológicas. Macroscopicamente, se caracteriza pela alternância entre estruturas linfóides e vasculares, que formam respectivamente a polpa branca e a polpa vermelha.

A artéria esplênica entra no órgão e se subdivide em artérias traveculares, que penetram na polpa branca como artérias centrais e uma vez fora delas se dividem na polpa vermelha. A polpa branca é formada por agregados linfocitários formando corpúsculos, atravessados por uma artéria. A polpa vermelha é formada por seios e cordões estruturados por células endoteliais e reticulais formando um sistema filtrante e depurador capacitado para seqüestrar os corpos estranhos de forma irregular e de certa dimensão. Em síntese as funções de baço são múltiplas; Intervêm nos mecanismos de defesa do organismo, forma linfócitos e indiretamente anticorpos, destrói os glóbulos vermelhos envelhecidos e quando diminui a atividade hemocitopoiética da medula, é capaz de reemprender rapidamente dita atividade. Por outro lado como contém grande quantidade de sangue, em estado de emergência pode aumentar com sua contração a quantidade de sangue circulante, lilberando toda aquela que contém.

Dinâmica da circulação: o batimento do coração é iniciado e regulado pelo nódulo sinosal que se encontra na parte superior da aurícula direita e do nascimento automático deste nódulo passa o estímulo para o resto do coração pelo tecido de Purkinge. Quando o nódulo sinosal por qualquer doença não produz o batimento automático, as outras zonas que constituem a rede ou o tecido de Purkinje podem bater com ritmos de freqüências inferiores. A aurícula direita recebe o sangue por intermédio de duas importantes veias .

A veia cava superior (sangue da cabeça, braços e parte superior do corpo) e a veia cava inferior ( sangue de membros inferiores e parte inferior do corpo). A aurícula direita se contrai abrindo a válvula tricúspide ( que é a que separa a aurícula do ventrículo direito) que, permite a entrada do sangue ao ventrículo direito. A contração do ventrículo direito fecha a válvula tricúspide e abre a válvula pulmonar semilunar desse lado impulsionando o sangue pela artéria pulmonar em direção aos pulmões. Dos pulmões o sangue volta para a aurícula esquerda pelas  veias pulmonares. Este é o último caso no qual uma veia leva sangue oxigenado, já que normalmente o sangue oxigenado vai pelo sistema arterial e o sangue com desperdícios, com menor conteúdo de oxigênio, vai pela rede venosa. Mesmo assim, neste caso existe uma exceção quando a artéria pulmonar, que sai do

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ventrículo direito, leva sangue não oxigenado ou resíduos para os pulmões, e dos pulmões voltam às veias pulmonares com o sangue oxigenado para a parte do coração esquerdo; a aurícula esquerda se contrai abrindo a válvula mitral (que é a que separa a aurícula do ventrículo esquerdo). A contração do ventrículo esquerdo fecha esta válvula, abre a válvula aorta semilunar e envia o sangue através da aorta a todo o sistema, menos aos pulmões.

Toda a porção de sangue que entra na aurícula direita deve dirigir-se para a circulação pulmonar antes de alcançar o ventrículo esquerdo e daí ser enviada aos tecidos. O tecido nodal regula o batimento cardíaco que consta de uma contração ou sístole, seguida de relaxamento ou diástole. As aurículas e ventrículos não se contraem simultaneamente; a sístole auricular aparece primeiro, com duração aproximada de 0,15" seguida da sístole ventricular, com duração aproximada de 0,30".

Durante a fração restante de 0,40", todas as cavidades se encontram num estado de relaxamento isovolumétrica (situação onde não há mudança de volumes em nenhuma das quatro câmaras do coração). Ciclo cardíaco: A função impulsora de sangue do coração segue uma sucessão cíclica cujas faces, a partir da sístole auricular, são as seguintes: a) Sístole auricular: a onda de contração se propaga ao longo de ambas as aurículas estimuladas pelo nodo ou nódulo sinosal ou sinoauricular.

O coração tem a direção automática  elétrica mas por outro lado as válvulas e as câmaras se abrem e fecham conforme as diferenças de pressão que o sangue tem em cada uma delas. O ventrículo tem sangue em seu interior que provem da diferença de pressão, enquanto que há muito sangue nas aurículas e pouco nos ventrículos, e isso faz com que as válvulas se abram e passem o sangue das aurículas aos ventrículos, logo ao final, para ajudar o pouco sangue que restou nas aurículas  a passar ao ventrículo, produzindo a chamada sístole auricular.

b) Sístole ventricular :  começa a contrair-se o ventrículo, com aumento rápido de sua pressão; nesse momento fecham-se  as válvulas tricúspide e mitral, para que o sangue não volte a fluir para as aurículas e o aumento de pressão que sobrevem até que se abram as válvulas semilunares, auríticas e pulmonares e que passe o sangue rumo à aorta e também à artéria pulmonar, produzindo-se  o primeiro som dos ruídos cardíacos.

c) Aumento da pressão dos ventrículos: as válvulas semilunares se mantêm fechadas até que a pressão dos ventrículos se equilibra com a das artérias.

d) Quando a pressão intraventricular ultrapassa a das artérias, abrem-se as válvulas semilunares e o sangue se dirige pelas artérias aorta e pulmonar.

e) Diástole ventricular: os ventrículos entram em relaxamento, sua pressão interna é inferior à arterial por isso as válvulas semilunares se fecham, produzindo o segundo ruído cardíaco.

f) Diminuição  da pressão com relaxamento das paredes ventriculares, as válvulas

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tricúspide e mitral continuam fechadas (a pressão ventricular é maior que a auricular) pelo que não sai nem entra sangue nos ventrículos; embora penetre sangue nas aurículas ao mesmo tempo.

g) A pressão intraventricular é inferior à auricular , porque a aurícula vai se enchendo de sangue, o que produz uma diferença de pressão com a qual se abrem novamente as válvulas tricúspides e mitral e recomeça o ciclo.

Batimento cardíaco: o coração de uma pessoa em repouso impulsiona aproximadamente 5000 ml de sangue por minuto, que eqüivalem a 75 ml por batida. Isso significa que a cada minuto passa pelo coração um volume de sangue equivalente a todo aquele que o organismo humano contem. Durante um exercício físico intenso o gasto cardíaco (volume de sangue impulsado pelo coração) pode chegar até 30 l por minuto (30.000 ml/min). Pressão arterial ou pressão sangüínea: a força da contração cardíaca, o volume de sangue no sistema circulatório e a resistência periférica (que é a resistência que opõem as artérias e veias, já que estas também se contraem, porque têm uma capa media que produz essa contração com o relaxamento) determinam a pressão arterial. Esta pressão aumenta com a energia contrátil, com o maior volume de sangue e, com a energia da constrição e relaxamento dos ventrículos aumenta e diminui a pressão.

A pressão sistólica é a mais elevada e corresponde à sístole ventricular. E a pressão distólica é menor e corresponde a diástole ventricular. A diferença entre as pressões sistólica e diastólica se chama pressão diferencial.

Sistema Linfático

É um complexo sistema orgânico constituído por diversas formações: capilares, vasos coletores linfáticos e nódulos linfáticos. Neste sistema circula a linfa que provem dos tecidos, e desemboca no sistema venoso. O sistema  linfático tem sua origem nos capilares situados na trama de quase todos os órgãos, onde nascem com fundo cego.

Faltam no baço, na medula óssea, no sistema nervoso central, nos epitélios, nos cartílagos e na esclerótica dos olhos. Os capilares linfáticos confluem nos vasos linfáticos propriamente ditos, que têm um curso flexuoso ou retilíneo, com um aspecto moniliforme e são providos de válvulas; costumam seguir quase sempre o curso das veias, dividindo-se em superficiais, que se encontram no tecido subcutâneo, e profundas, situadas por baixo dos feixes musculares. Os coletores linfáticos principais são dois e conduzem a linfa desde os vasos até as veias.

Os gânglios linfáticos são corpúsculos esféricos, ovais, de diferentes tamanhos, que variam, desde uma cabeça de alfinete a uma avelã; têm cor variável, desde o vermelho ao esbranquiçado, encontrando-se isolados ou agrupados em diferentes regiões do corpo, a isto convergem e disso saem os vasos linfáticos. Estas reagrupações regionais se denominam estações linfonodais e cada uma

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delas dispõe, portanto, de vasos aferentes e vasos eferentes.

A corrente dos vasos linfáticos procede em sentido centrípeto, ou seja, desde a periferia em direção ao centro. A linfa contida, em sua maior parte, nos vasos linfáticos, passa desde a circulação linfática à sangüínea através de dois coletores linfáticos principais: o conduto torácico e a grande veia linfática. Linfa: tem o aspecto de um líquido claro, transparente, incolor, com reação alcalina. Coagula quando sai dos vasos linfáticos. Além disso, (linfa dos vasos linfáticos) realiza pelos espaços existentes entre os elementos  dos tecidos, isto é, nos intervalos; neste caso recebe o nome de linfa intersticial.

A linfa intersticial contém substâncias que chegam aos espaços intersticiais dos tecidos, através das paredes dos capilares sangüíneos e que estão destinadas à nutrição das células e produtos que derivam da atividade funcional específica dos tecidos, que são, em parte, destinados a serem utilizados pelo organismo e, em parte, produtos de desfeitos. Certa quantidade desta linfa passa aos vasos linfáticos.

A linfa dos vasos linfáticos se distingue da intersticial porque contém os seguintes elementos (que faltam na linfa intersticial): linfócitos (8000/mm3), escassos granulócitos e monócitos . O plasma linfático é a parte líquida da linfa e o quilo, e a linfa que circula nos vasos linfáticos provenientes das abundância de pêlos intestinais. Os capilares linfáticos são condutos formados por células endoteliais, cujo diâmetro mede entre 15 e 100 micras. O passo da linfa intersticial tem lugar através da parede do capilar e depende, em grande medida,  da pressão intracelular. Os vasos e os coletores linfáticos se formam por  membranas de tecido superpostas, a túnica adventícia, mais externas, de fibras elásticas e colágenas; a túnica media, de células musculares circulares e oblíquas, às vezes falta e a túnica íntima, formada por uma lâmina de células endoteliais e por um plano subendotelial muito rico em fibras elásticas. Os vasos linfáticos estão providos, no seu interior, de uns repregues da túnica íntima que formam as válvulas, em cujo nível o vaso se estreita.

Gânglios linfáticos: são pequenas formações de aspecto cilíndrico, oval ou esférico, que apresentam sobre sua superfície externa um hilo por onde penetram os vasos sangüíneos e os vasos linfáticos eferentes; enquanto que os vasos linfáticos aferentes alcançam os gânglios linfáticos pela parte oposta ao hilo. O gânglio linfático é irrigado por uma artéria que penetra através do hilo. Os gânglios linfáticos produzem linfócitos e em parte monócitos. Principais cadeias linfáticas. A) Gânglios linfáticos pericervicais, são gânglios linfáticos situados na zona, interpostos entre a cabeça e o pescoço, formando uma espécie  de colar. Distinguem-se os seguintes grupos:

1. Gânglios linfáticos subocipitais, que provem da parte occipital do couro cabeludo e de uma parte da nuca

2. Auriculares: que compreendem um grupo posterior que se encontra na região mastóidea e recolhe a linfa, que provem dos linfáticos situados na região temporal e na superfície media do pavilhão auricular. Os vasos  eferentes vão

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aos gânglios linfáticos parótidas. Os vasos eferentes desembocam nos gânglios linfáticos parótidas.

3. gânglios linfáticos parótidas: são muito numerosos e se dispõem no oco ou prisão parótida recebendo a linfa, que provem da porção frontal do couro cabeludo, das pálpebras, do nariz, e  da região temporal, superfície lateral do pavilhão auricular, do conduto auditivo externo, do ouvido médio, e da glândula parótida.

4. gânglios linfáticos aferentes da testa , da porção medial das pálpebras, de parte do nariz, das maçãs do rosto e desembocam na cadeia jugular interna.

5. gânglios linfáticos submentonianos: São dois ou três gânglios situados na sínfise do queixo, da pele e da mucosa da parte media do lábio inferior, da ponta da língua e da superfície inferior da boca.

6. gânglios linfáticos retrofaríngeos: encontram-se situados entre a porção superior da parede posterior da faringe e as primeiras vértebras cervicais, recebem a linfa da rinofaringe, das trompas auditivas, do ouvido médio e das cavidades nasais. B) Cadeia laterocervical superficial: é formada por quatro de seis gânglios linfáticos situados no curso da veia jugular externa. Estes gânglios linfáticos recebem os vasos linfáticos da pele da região carotidea e do tecidos conetivo subcutâneo, e em uma mínima parte a linfa que provem do pavilhão auricular e da glândula parótida. Os vasos eferentes desembocam na jugular interna. C) Cadeia laterocervical  profunda: é formada por três gânglios: 1. Cadeia jugular interna, formada por gânglios linfáticos dispostos ao largo do curso da maior parte da cabeça  e do pescoço; os vasos eferentes formam o tronco jugular único ou duplo, que desemboca na confluência das veias jugular interna e subclávia ou conduto linfático à direita. 2. Cadeia do nervo acessório do vago, os vasos aferentes provem dos gânglios linfáticos mastóideos e occipitais, e os eferentes desembocam na cadeia cervical transversa. 3. Cadeia cervical transversa: situada ao longo da artéria transversa, recebe os vasos linfáticos da cadeia do nervo acessório do vago e os vasos aferentes formam o canal coletor cervical transverso, que  desemboca na confluência entre a veia jugular interna e a veia subclava, ou melhor se une ao coletor jugular, ou termina à direita no conduto linfático direito e à esquerda no conduto torácico. D) Cadeia jugular anterior: encontra-se ao longo do curso da veia homônima, seus vasos eferentes confluem na cadeia jugular interna ou na cervical transversa. E) Nódulos linfáticos cervicais profundos anteriores: compreendem os seguintes grupos: 1. grupo infrahiroedeo. 2. grupo prefaríngeo: dispostos nas vias linfáticas da tireóide e  laringe. 3. grupo pré-traqueal: situado  em frente à porção da traquéia; os vasos aferentes provêm da tiróide e da traquéia; os vasos eferentes confluem nas cadeias recorrenciais ou na jugular interna. 4. cadeia recorrencial: situada no curso do nervo laríngeo ou recorrente (ramo do nervo vago),  recebe a linfa da laringe, tireóide, traquéia e esôfago; os vasos eferentes formam o tronco que desemboca na confluência  venosa ou no conduto torácico à esquerda e no conduto linfático direito à direita. Linfáticos do tórax: distinguem-se os linfáticos parietais e viscerais. Os gânglios linfáticos parietais formam os seguintes grupos: 1. grupo mamário interno, disposto ao longo do curso da artéria mamária  interna,

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que recebe os linfáticos da mama, da pele e dos músculos da região epigástrica e os vasos linfáticos que provêm dos gânglios linfáticos diafragmáticos anteriores. 2. grupo intercostal que se divide em médios e laterais e recebem a linfa da parte posterior dos espaços intercostais, que se dividem em médios e laterais, e recebem a linfa da parte posterolateral da parede do tórax. 3. grupo diafragmático: disposto na superfície convexa do diafragma, que se divide num subgrupo pré-pericárdico e dois subgrupos lateropericárdicos, que recebem a linfa que provem do diafragma do pericárdio da pleura que reveste a face inferior do diafragma e do fígado. Os vasos eferentes se dirigem aos gânglios linfáticos viscerais e se encontram no mediastino anterior e posterior e nos pulmões. Formam os seguintes grupos: 1. grupo mediastínico anterior, que compreende os gânglios situados entre o esterno e o coração (gânglios cardíacos) e os que se encontram pela frente do arco da aorta e por cima do mesmo (gânglio pre-aórticos e supra-aórticos). 2. grupo mediastínico posterior formado por alguns gânglios linfáticos, situados entre o pericárdio e a coluna vertebral em relação com o esôfago, com a pleura e com a aorta torácica, isto é, com os órgãos do mediastino posterior. 3. grupo paratraqueobronquial ou estação mediastínica media, formado pelos gânglios linfáticos traqueobronquiais de Barety; estes gânglios linfáticos estão situados ao redor da bifurcação da traquéia e tem sido classificados em 5 grupos: A) intertraqueobronquial (ocupa o ângulo de bifurcação da traquéia); B e C) pretraqueobronquiais direito e esquerdo (ocupam a cada lado o ângulo entre a traquéia e o brônquio); D e E)  grupo hiliar (situado no hilo de cada pulmão) 4. gânglios linfáticos intrapulmonares, estão situados no interior dos pulmões, em correspondência dos ângulos formados pelas ramificações bronquiais e dos pulmões e os vasos eferentes confluem no grupo hiliar da estação peritraqueobronquial. Linfáticos dos membros inferiores.

No membro inferior existem três estações nodulares: A) Estação tibial anterior, formada pelo gânglio tibial anterior que se encontra em contato com a porção superior da artéria tibial anterior, em frente da parte superior da membrana interóssea, recebe os vasos linfáticos que provêm da parte profunda da planta do pé; esse tronco se acomoda logo junto aos vasos linfáticos profundos da região anterior da perna para confluir no gânglio linfático tibial anterior.

Os vasos linfáticos eferentes atravessam a parte superior do espaço interósseo da perna, de frente para trás, desembocando os gânglios poplíteos. B) estação poplítia: é formada por 4 ou oito gânglios linfáticos, imersos no tecido adiposo que enche a fossa poplítea. Encontra-se  por cima dos côndilos do fêmur (supracondileos), entre os côndilos do fêmur (intracondileos), em contato com a superfície posterior da cápsula articular do joelho (justa-articulares) e por último nas proximidades da embocadura da safena menor na veia poplítea (justa-safenos). Recebem os vasos linfáticos que provêm da estação tibial anterior, os vasos linfáticos que acompanham o curso dos vasos da planta do pé, dos vasos tibiais posteriores e perônios e os linfáticos que provêm da articulação do joelho. Por último, a estação poplítea recebe também os vasos linfáticos safenos internos, que dispõe do dorso do pé e dos planos superficiais da região da perna. c) Estação inguinal: é formada por gânglios linfáticos que se encontram na região  inguinofemoral, situada embaixo da dobra da virilha e que compreende parte da superfície ântero-medial da coxa; nesta estação se distinguem gânglios

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superficiais e profundos: 1. gânglios inguinais superficiais: estão situados no espessor do tecido conetivo subcutâneo pela frente da fasciata.

Estes gânglios costumam ser de oito a doze, e estão separados entre si por duas linhas imaginárias que se entrecruzam em ângulo reto, em correspondência da influência da veia safena maior na femoral. Distinguem-se assim quatro grupos de gânglios: superolateral, superomedial, inferolateral, e inferomedial. 2. gânglios inguinais  profundos: estão em número de dois ou três, colocados perto da superfície media da veia femoral, profundamente a fascia cribosa, no triângulo de Scarpa. Este grupo recebe vasos linfáticos que provêm dos gânglios inguinais superficiais. Os vasos linfáticos eferentes dos nódulos inguinais profundos se dirigem para a pélvis, desembocando nos gânglios ilíacos externos. Linfáticos da pélvis: são formados por grupos de gânglios linfáticos que se encontram ao longo dos vasos ilíacos externos, internos e comuns, pelo qual se descreve a estação ilíaca comum. Os gânglios ilíacos externos estão dispostos ao longo da veia e da artéria ilíaca externa, são dois ou três e estão situados imediatamente à direita do ligamento femoral e são denominados ilíacos comuns.

Os gânglios ilíacos internos ou hipogástricos estão situados ao longo do curso da artéria ilíaca interna, em relação com a parede lateral da parede pélvica e com a superfície anterior do sacro. Os gânglios ilíacos comuns estão situados no curso dos vasos ilíacos comuns e sobre o corpo da quinta vértebra lombar. Os vasos eferentes confluem nos gânglios linfáticos inferiores da estação lomboaórtica. Coletores linfáticos principais: Os coletores linfáticos principais se dividem em troncos supradiafragmáticos e subdiafragmáticos. Os coletores supradiafragmáticos são: o tronco subclávio, o tronco jugular, o tronco cervical transverso, o tronco mamário interno, o tronco mediastínico anterior, o laterotraqueal, o recorrente e o intercostal. Podem ser simples ou duplos e derivam das estações de gânglios homônimos, desembocando na confluência jugolosubclávia. Reúnem-se à direita formando o conduto linfático direito que termina na confluência formada pela veia jugular interna direita com a veia subclávia direita. O coletor subdiafragmático é o conduto torácico (coletor linfático mais longo do corpo). Corre ao longo do tórax e em parte do abdômen desemboca no ângulo de confluência da veia jugular interna esquerda com a  veia subclávia esquerda.