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UNICENP – Centro Universitário Positivo Núcleo de Ciências Exatas e Tecnológicas Curso de Engenharia da Computação Sistema automatizado de coleta de dados para experimentos biológicos baseados em labirintos e animais do tipo “ratos brancos” Autora: Natasha Krassuski Fortes Prof. Orientador: Álvaro R. Cantieri Curitiba 2003

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Page 1: Sistema automatizado de coleta de dados para experimentos ... · dados em experimentos ... uso de um sistema microcontrolado que realizará a automação do controle ... crônica

UNICENP – Centro Universitário Positivo

Núcleo de Ciências Exatas e Tecnológicas

Curso de Engenharia da Computação

Sistema automatizado de coleta de dados para experimentos biológicos

baseados em labirintos e animais do tipo “ratos brancos”

Autora: Natasha Krassuski Fortes

Prof. Orientador: Álvaro R. Cantieri

Curitiba

2003

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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ....................................................................................................................................................IV

LISTA DE TABELAS ....................................................................................................................................................V

RESUMO ..........................................................................................................................................................................VI

ABSTRACT....................................................................................................................................................................VII

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................................1

1.1 DESCRIÇÃO DOS OBJETIVOS .........................................................................................................................2 1.2 JUSTIFICATIVA ................................................................................................................................................2

2 REVISÃO TÉCNICA E BIBLIOGRÁFICA..................................................................................................3

2.1 ANÁLISE DE COMPORTAMENTO DE ANIMAIS ..............................................................................................3 2.2 EXPERIMENTOS COM RATOS OU CAMUNDONGOS NAS ÁREAS DE FARMACOLOG IA E PSICOLOGIA......3

2.2.1 Caixa de Skinner .......................................................................................................................................4 2.2.2 Labirinto aquático....................................................................................................................................4 2.2.3 Caixa de esquiva.......................................................................................................................................4

2.3 OS ANIMAIS DE TESTE....................................................................................................................................6 2.3.1 Características dos Camundongos........................................................................................................7

2.4 FERRAMENTAS PARA O PROJETO..................................................................................................................8 2.4.1 Câmera .......................................................................................................................................................8 2.4.2 Microcontrolador .....................................................................................................................................9 2.4.3 Conversor analógico/digital ADC 0808............................................................................................. 10 2.4.4 Linguagem de Programação C++...................................................................................................... 11 2.4.5 Linguagem de Programação Assembly para 8051........................................................................... 11

3 O PROJETO .......................................................................................................................................................... 12

3.1 VISÃO GERAL................................................................................................................................................ 12 3.2 EXPERIMENTO DE VALIDA ÇÃO ................................................................................................................... 12 3.3 FUNCIONAMENTO......................................................................................................................................... 13

3.3.1 Módulos de hardware e software utilizados ...................................................................................... 13 3.3.2 Módulo de Aquisição de imagens........................................................................................................ 13 3.3.3 Módulo de Processamento de Imagens .............................................................................................. 14 3.3.4 Módulo Microcontrolado ...................................................................................................................... 15 3.3.5 Módulo de Sensores e Atuadores......................................................................................................... 16

3.4 D IAGRAMAS .................................................................................................................................................. 17 3.4.1 Hardware................................................................................................................................................. 17 3.4.2 Software.................................................................................................................................................... 21

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3.5 INTERFACES................................................................................................................................................... 26 3.6 DESCRIÇÃO DA BASE DE DADOS ................................................................................................................ 29

4 IMPLEMENTAÇÃO .......................................................................................................................................... 30

4.1 HARDWARE................................................................................................................................................... 30 4.1.1 Conversor A/D de Sensores Analógicos............................................................................................. 31 4.1.2 Controlador de Sensores Digitais, Atuadores e Endereçamento................................................... 33 4.1.3 Emissor do Sensor de Passagem .......................................................................................................... 36 4.1.4 Receptor do Sensor de Passagem ........................................................................................................ 37 4.1.5 Placa de Barramento............................................................................................................................. 38 4.1.6 Sensor de Luminosidade e Temperatura ............................................................................................ 40

4.2 SOFTWARE ..................................................................................................................................................... 42 4.2.1 Linguagem C++ ..................................................................................................................................... 42 4.2.2 Linguagem Assembler para 8051 ........................................................................................................ 44

4.3 ANÁLISE DE CUSTOS ..................................................................................................................................... 44

5 TESTES................................................................................................................................................................... 45

5.1 TESTES D E VALIDAÇÃO....................................................................................................................... 45 5.1.1 Módulo de Aquisição de Imagens........................................................................................................ 45 5.1.2 Módulo de Processamento de Imagens .............................................................................................. 46 5.1.3 Módulo Microcontrolado ...................................................................................................................... 46 5.1.4 Módulo de Sensores e Atuadores......................................................................................................... 46 5.1.5 Validação do Protótipo......................................................................................................................... 46

6 CONCLUSÕES ..................................................................................................................................................... 47

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................................... 48

ANEXO 1 – ESQUEMÁTICO DA PLACA MICROCONTROLAD ORA ..................................................... 50

ANEXO 2 – CRONOGRAMA FÍSICO .................................................................................................................... 53

ANEXO 3 - LABIRINTO ............................................................................................................................................. 54

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LISTA DE ABREVIATURAS

ADC – Analog to Digital Converter;

CI – Circuito Integrado;

CMOS – Complementary Metal Oxide Semi-Conductor;

CPU – Central Processing Unit;

DFD – Diagrama de Fluxo de Dados;

EEPROM – Electrically Erasable Programmable Ready Only Memory;

EPROM – Erasable Programmable Ready Only Memory;

E/S – Entrada / Saída;

LCE – Labirinto em cruz elevado;

LDR – Light Depending Resistor;

LSB – Lower Signifcative Bit;

LTG – Lamotrigina;

MDF - Fibras de Madeira de Média Densidade (Medium Density Fiberboard)

NAT – Natação;

ODBC – Open Database Computing Driver;

PC – Personal Computer;

PIC – Projeto de Iniciação Científica;

RAM – Random Access Memory;

REC – Resposta Emocional Condicionada;

RGB – Red-Green-Blue;

ROM – Ready Only Memory;

UART – Universal Assynchronous Receiver Transmitter;

USB – Universal Serial Bus;

VGA – Video Graphics Adapter / Array;

WDM – Windows Device Manager.

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - MUS MUSCULUS ...............................................................................................................................................6 FIGURA 2 – DIVISÃO DO LABIRINTO PARA PROCESSAMENTO DAS IMAGENS............................................................. 14 FIGURA 3 - ESQUEMÁTICO DO SENSOR DE PASSAGEM................................................................................................. 17 FIGURA 4 – CIRCUITO ELETRÔNICO DOS SENSORES DE LUMINOSIDADE E TEMPERATURA.................................... 17 FIGURA 5 – DIAGRAMA EM BLOCOS DO HARDWARE ...................................................................................................... 18 FIGURA 6- ESQUEMÁTICO DO ALARME........................................................................................................................... 18 FIGURA 7 - ESQUEMÁTICO DO CIRCUITO DOS SENSORES ANALÓGICOS ..................................................................... 19 FIGURA 8 - ESQUEMÁTICO DO CIRCUITO DOS SENSORES DIGITAS, ATUADORES E LÓGICA DE ENDEREÇAMENTO 20 FIGURA 9 - DIAGRAMA DE CASO DE US O........................................................................................................................ 21 FIGURA 10 - D IAGRAMA DE SEQÜÊNCIA DE CONFIGURAÇÃO DO 8051 ..................................................................... 22 FIGURA 11 - D IAGRAMA DE SEQÜÊNCIA DO EXPERIMENTO........................................................................................ 22 FIGURA 12 - D IAGRAMA DE SEQÜÊNCIA DE SALVAR RESULTADOS .......................................................................... 23 FIGURA 13 - D IAGRAMA DE SEQÜÊNCIA DE ABRIR RESULTADOS.............................................................................. 23 FIGURA 14 - DFD DE PESQUISA ....................................................................................................................................... 24 FIGURA 15 - DFD DE EXCLUSÃO ..................................................................................................................................... 24 FIGURA 16 – FLUXOGRAMA............................................................................................................................................. 25 FIGURA 17 - T ELA PRINCIPAL DO SOFTWARE DO COMPUTADOR ................................................................................ 26 FIGURA 18 - T ELA DE CONFIGURAÇÃO........................................................................................................................... 27 FIGURA 19 – T ELA DE RESULTADOS ............................................................................................................................... 27 FIGURA 20 - T ELA DE PESQUISA ...................................................................................................................................... 28 FIGURA 21 - INTERFACE DE EXCLUSÃO.......................................................................................................................... 28 FIGURA 22 - T ELA DE INFORMAÇÕES.............................................................................................................................. 28 FIGURA 23 – LAYOUT DA PLACA DO CONVERSOR A/D DE SENSORES ANALÓGICOS .............................................. 31 FIGURA 24 - LAYOUT DA PLACA DO CONTROLADOR DE ATUADORES....................................................................... 33 FIGURA 25 - LAYOUT DA PLACA DO EMISSOR DO SENSOR DE PASSAGEM ................................................................ 36 FIGURA 26 - LAYOUT DA PLACA DO RECEPTOR DO SENSOR DE PASSAGEM ............................................................. 37 FIGURA 27 - ESQUEMÁTICO DO CIRCUITO DAS INTER-CONEXÕES DE PLACAS ......................................................... 38 FIGURA 28 - LAYOUT DA PLACA DA PLACA DE B ARRAMENTO................................................................................... 39 FIGURA 29 - LAYOUT DA PLACA DE SENSORES DE LUMINOSIDADE E T EMPERATURA............................................ 40 FIGURA 30 - ESQUEMÁTICO DO K IT DO MICROCONTROLADOR 8051......................................................................... 50 FIGURA 31 - D IMENSÕES DO LABIRINT O......................................................................................................................... 54 FIGURA 32 - POSICIONAMENTO DAS TÁBUAS NO LABIRINTO. ..................................................................................... 55

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LISTA DE TABELAS

T ABELA 1 - TABELA DE EXPERIMENTOS ........................................................................................................................ 29 T ABELA 2 - TABELA DE PONTOS ...................................................................................................................................... 29 T ABELA 3 - CUSTOS ........................................................................................................................................................... 44 T ABELA 4 - TÁBUAS DO LABIRINTO. ............................................................................................................................... 55

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Resumo

O sistema apresentado nesse projeto tem a finalidade de automatizar coleta de

dados em experimentos biológicos com pequenos animais, principalmente do tipo análise

de comportamento com ratos brancos ou camundongos. Essa automatização será feita por

meio da aquisição e processamento de imagens dos movimentos dos animais em um

labirinto, retornando os dados de interesse dentro de um conjunto pré-determinado, e do

uso de um sistema microcontrolado que realizará a automação do controle de variáveis de

um ambientes e de possíveis estímulos aplicados aos animais. O sistema tem como

principal característica à flexibilidade de aplicação, pois pequenas alterações nas

configurações e no código do software possibilitam sua utilização em diversos tipos de

experimentos similares.

Palavras -chave: experimentos biológicos, análise de comportamento, coleta automática de

dados.

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Abstract

The system presented on this project has the purpose to automatize the acquisition

of data in biological experiments with small animals, preferentially the type used to

analyses the behavior with mices or rats . This automatization will be made by means of

the acquisition and image processing of animals movement on a labyrinth, returning the

interest data on a pré-determinated group, and the use of a micro controlled system that

will carry through the automation of ambient variable control and possible stimulus

applied on the animals. The system has as principal characteristic the application

flexibility, therefore small configuration changes and alterations on software make

possible his utilization on a large type of similar experiments.

Key Words: b iological experiments, behavior analyses, automatic data collection.

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1 INTRODUÇÃO

A análise de comportamento de animais é uma técnica já antiga de estudo aplicada

a vários ramos da ciência humana. Sua utilização permite aos estudiosos a busca de

respostas para muitas questões relacionadas as mais diversas áreas do conhecimento

humano. Dentre elas, possivelmente uma das áreas que mais influenciam o dia a dia do

homem é o desenvolvimento de medicamentos, onde todos os testes preliminares devem

ser feitos com a utilização destes animais, devido ao risco envolvido. Este tipo de análise

necessita de um número grande de testes em vários grupos de animais, pois a confirmação

da ação dos fármacos é baseada em análise estatística do resultado obtido para cada animal

em separado. Dessa forma o número de repetição de coleta de dados envolvida é grande,

realizada pelo experimentador, muitas vezes de forma manual, o que pode gerar

imprecisões devido aos métodos utilizados.

Com o surgimento dos computadores, estas ativida des podem se tornar mais simples

de serem resolvidas com uma maior precisão através da coleta automática desses dados. A

tecnologia necessária para o desenvolvimento de sistemas desse tipo com o grau de

precisão exigida está atualmente disponível para uso geral a baixo custo, o que é um

grande incentivo a este tipo de desenvolvimento.

Dessa forma, procurou-se neste trabalho realizar o desenvolvimento de um protótipo

de sistema de coleta de dados para este tipo de experimento, buscando os melhores

resultados com relação à eficiência nas aplicações dos mesmos nas áreas de biologia,

farmacêutica e psicologia, que se utilizam deste tipo de análise mais diretamente, mas que

pode também ser facilmente adaptado a experimentos de outras áreas. A base fundamental

deste sistema é o processamento de imagens utilizando-se o MICROCOMPUTADOR,

auxiliada pelo controle automático de variáveis de interesse baseado em um módulo de

controle microprocessado.

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1.1 Descrição dos Objetivos

O projeto tem por objetivo viabilizar o estudo do comportamento de animais

estimulados por fatores externos, tais como drogas, pulsos elétricos, alimentação, etc. O

objetivo geral é a criação de um sistema flexível de coleta de dados e automação de

estímulos para a utilização em experimentos de análise de comportamento com animais do

tipo “ratos brancos” ou camundongos.

Os objetivos específicos são:

ü Criar um protótipo de sistema de controle de sensores e atuadores, com oito

entradas analógicas, oito entradas digitais e oito saídas com acionadores de relês, baseado

em microcontrolador, com interligação com o MICROCOMPUTADOR e software de

interação com usuário para programação do sistema, para utilização na manipulação das

variáveis ambientes no experimento.

ü Criar um sistema de coleta e processamento de imagem proveniente de uma câmera

do tipo Web Câmera, com o devido processamento e armazenamento dos dados relevantes

ao experimento para uma análise posterior.

ü Desenvolver o sistema para que o mesmo possua flexibilidade de aplicação,

podendo ser utilizado posteriormente em diversos tipos de experimentos desde que sejam

realizadas alterações necessárias no hardware e software.

1.2 Justificativa

Um problema relevante encontrado atualmente nos experimentos biológicos com

animais em ambiente de laboratório é o fato de não existirem sistemas digitais flexíveis e

de baixo custo para a aquisição de dados comportamentais das mesmas. Todo o processo é

geralmente feito manualmente gerando imprecisões e lentidão. Dessa forma, o estudo de

um dispositivo para automatização deste processo é um problema relevante e possui uma

aplicação prática importante no desenvolvimento deste tipo de experimento.

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2 REVISÃO TÉCNICA E BIBLIOGRÁFICA

2.1 Análise de comportamento de animais

O estudo do comportamento dos animais não é uma área nova na ciência humana.

No entanto, este estudo nunca possuiu um grau de importância tão grande no

desenvolvimento das ciências que afetam diretamente o ser cidadão comum,

principalmente nas áreas médica e psicológica, como agora. Dentre os experimentos

baseados em comportamentos de animais, os relacionados às áreas da psicologia do

comportamento e da farmacologia possuem um nível de importância prática muito grande.

Dentre os experimentos destas áreas, os mais importantes são descritos a seguir.

2.2 Expe rimentos com ratos ou camundongos nas áreas de farmacologia e

psicologia

Os experimentos relacionados à área de farmacologia são bastante utilizados para o

teste dos efeitos de um determinado medicamento sobre o comportamento, memória ou

outras variáveis que podem ser diretamente afetadas por este. Um exemplo de experimento

deste tipo é um estudo realizado na UNICAMP, intitulado “Efeitos da administração

crônica de lamotrigina sobre a aprendizagem e a memória em ratos submetidos ao teste do

labirinto em cruz elevado” [ 11 ]. Neste experimento notamos claramente a necessidade da

análise dos dados relacionados ao comportamento, mais especificamente a movimentação

do rato sobre o labirinto. O número de repetições da análise é grande, o que nos demonstra

a utilidade da automação do processo.

Já no caso da psicologia, o estudo geralmente tem como objetivo a verificação de

alteração nos padrões de comportamento devido a condicionamentos, memórias, traumas

ou outras variáveis deste tipo. Um exemplo de estudo deste tipo é o experimento intitulado

“Influência da temperatura da água sobre o comportamento de ratos submetidos a estresse

por natação” [ 12].

Dentre os experimentos possíveis, os mais comumente utilizados para os fins

descritos anteriormente são os definidos a seguir.

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2.2.1 Caixa de Skinner

Um dos experimentos mais utilizados para teste de comportamento em ratos é a

caixa de Skinner [ 9 ]. Tipicamente, um rato é colocado dentro de uma caixa fechada que

contém apenas uma alavanca e um fornecedor de alimento. Quando o rato aperta a

alavanca sob as condições estabelecidas pelo experimentador, uma bolinha de alimento cai

na tigela de comida, recompensando assim o rato. Após o rato ter forne cido essa resposta o

experimentador pode colocar o comportamento do rato sob o controle de uma variedade de

condições de estímulo. Além disso, o comportamento pode ser gradualmente modificado

ou modelado até aparecerem novas repostas que ordinariamente não fazem parte do

repertório comportamental do rato.

2.2.2 Labirinto aquático

Criado em 1982 por Richard Morris, consistia de uma piscina circular de 132 cm de

diâmetro e 53cm de altura, preenchida com água a 26 °C e tornada opaca pela adição de

leite. Em um local pré-estabelecido, havia uma plataforma submersa, 1 cm abaixo do nível

da água, na qual o animal podia subir para escapar da água. Como não existiam pistas

locais que identificassem a posição da plataforma o animal tinha que navegar para um local

particular do espaço, baseando-se nas pistas externas ao aparelho. Isto é, o animal devia

localizar uma plataforma que ele não podia ver, ouvir ou cheirar [ 10 ].

2.2.3 Caixa de esquiva

É uma caixa que possui dois compartimentos ligados através de uma porta onde

existe um sensor de passagem. Em um dos compartimentos coloca-se o animal e no outro,

comida. No compartimento onde existe a comida, uma grade metálica ligada a um gerador

elétrico é acionada cada vez que o rato entra, fornecendo assim um choque de baixa

corrente, suficientemente forte para causar uma dor incômoda no mesmo. O objetivo deste

experimento é a verificação da memória do animal, uma vez que cada vez que este entra no

compartimento da comida pode-se deduzir que o mesmo tenha perdido a lembrança do

evento anterior. É um dos experimentos utilizados para o teste de drogas com efeito sobre a

memória.

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Esquiva passiva (ou inibitória) step-down: o objetivo desse teste, formado por

uma caixa que contém uma plataforma estreita localizada uma polegada acima a um piso

de metal, é de observar o animal descendo o assoalho recebendo choques nas patas. O

tempo que o animal demora para descer é medido, é realizado uma média dos valores e é

avaliado o índice de aprendizagem pelo tempo de demora que o animal leva para descer a

plataforma.

Esquiva passiva step-through: o objetivo desse teste, formado por uma caixa com

um pequeno compartimento intensamente iluminado, conectado a uma porta que por sua

vez liga um compartimento escuro com barras metálicas, é o de, colocado o animal no

compartimento iluminado, é testar o índice de retenção do animal quando esse tenta ir para

o compartimento escuro e recebe choques nas patas.

Esquiva ativa em uma caixa de Skinner (lever press box ): o objetivo desse teste,

composto por uma caixa com uma barra em uma das quatro paredes e um emissor do

estímulo condicionado (luz ou som), é o de avaliar a intuição do animal em pressionar a

barra evitando assim o choque. O animal realiza o aprendizado ao perceber que antes de

cada choque o emissor de estímulo condicionado é acionado. Caso ele pressione a barra,

esse emissor não é acionado.

Esquiva ativa em uma shuttle box: o objetivo desse teste, composto por uma caixa

dividida em dois compartimentos com grades do assoalho eletrificadas e separadas por

uma porta em forma de guilhotina ou por uma barreira transponível, é o de avaliar o teste

de retenção, bem como a caixa de esquiva ativa de uma via, porém, o choque não é dado

quando o animal emite uma resposta de esquiva, isto é, quando o animal corre do

compartimento de punição para o compartimento seguro dentro de um determinado tempo.

A latência de entrada no compartimento seguro é aferida como o índice de retenção da

tarefa [ 13 ].

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2.3 Os animais de teste

Os animais de laboratório mais comumente utilizados em experimentos do tipo

citado no trabalho são os chamados “ratos brancos” e camundongos do tipo Mus musculus

(Figura 1). São comumente utilizados em experimentos porque são animais inteligentes e

aprendem rápido, além serem semelhantes aos humanos em alguns aspectos como:

amamentam seus filhotes com leite materno e também constroem comunidades.

Estes animais são produzidos e criados em ambiente controlado de forma a evitar

estímulos que poderiam alterar o resultado dos experimentos. São geralmente realizadas

reproduções consangüíneas de forma a se obter um grupo de animais com as mesmas

características genéticas, o que nos garante a repetibilidade dos experimentos dentro dos

“grupos teste”.

Figura 1 - Mus musculus

De modo geral, os ratos apresentam hábitos noturnos, (embora a visão deles seja

pouco desenvolvida diferenciando apenas claro e escuro), possuem paladar e olfato

bastante apurados. A audição e o tato são os sentidos mais aperfeiçoados, que auxiliam na

locomoção, busca de alimentos e abrigo. Através da audição, conseguem escapar do perigo

com antecedência. A presença de vibrissas “bigodes” e pêlos sensoriais dispos tos ao longo

do corpo “pêlo-guarda” possibilitam a sua movimentação em ambientes escuros, caminhar

junto às paredes e dentro de túneis subterrâneos.

O camundongo de laboratório difere-se do camundongo doméstico apenas pelo fato

dele ser completamente branco, albino, possuindo a pelagem branca e a coloração dos

olhos vermelha. No demais, ambos possuem as seguintes mostradas a seguir.

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2.3.1 Características dos Camundongos

As características dos camundongos listadas a seguir foram extraídas da referência [

5 ] .

Tempo de vida: aproximadamente um ano;

Maturidade sexual: 6 semanas;

Gestação: 19 a 21 dias;

Filhotes: 3 a 8 por ninhada;

Procriação: 5 a 6 vezes pro ano;

Tamanho médio (incluindo a cauda): 18 cm;

Orelhas: grandes;

Olhos: grandes e salientes;

Focinho: pequeno;

Peso: aproximadamente 15 gramas;

Fezes (tamanho / forma): 3 mm / finas, lisas e afiladas nas pontas;

Hábitos: Domiciliares; vivem em grupo; familiares ou casais;

Habitat: Intradomiciliares;

Ninhos: Buracos nas paredes, dispensas e outros;

Distância (Abrigo/Alimento): Mais ou menos 10 metros no máximo;

Alimentos preferidos: Cereais e alimentos açucarados;

Comportamento: Neofílico;

Quantidade de alimento diário: Aproximadamente 3 gramas.

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2.4 Ferramentas para o projeto

2.4.1 Câmera

Uma câmera digital é um dispositivo capaz de digitalizar em forma de quadros,

imagens que posteriormente podem compor um vídeo digital. Essas câmeras são produtos

de uso geral e atualmente seu custo é acessível para a maior parte dos usuários de

informática. Por meio desse dispositivo é que será efetuada a captura da movimentação da

cobaia pelo labirinto, para posterior processamento. O funcionamento básico de uma

webcam USB genérica é:

ü Passo 1: Ao estar conectada ao computador, ela envia um sinal de requisição para a

porta USB e aguarda;

ü Passo 2: O driver da câmera detecta um valor vindo por um endereço específico da

câmera e retorna o sinal, indicando a possibilidade de transferência para o computador e

para o software gerenciador do driver do dispositivo (WDM - Windows Device Manager);

ü Passo 3 - A câmera envia os dados para o software e ao final, envia um último

sinal, dizendo para finalizar a conexão com o dispositivo USB.

A câmera utilizada para o desenvolvimento do protótipo foi do tipo Creative Labs

WebCam Go. As especificações desta são as seguintes:

ü Sensor de imagem do tipo CCD, VGA colorido de resolução 640x480 pixels;

ü 4 MB de memória não volátil para armazenamento de imagem;

ü Resistência a choque;

ü Foco ajustável;

ü Lente de alcance de 75mm até o infinito;

ü Focalizador ótico;

ü Captura de vídeo em até 30 quadros por segundo (fps) nas seguintes resoluções:

160x120 e 320x240;

ü Captura de vídeo em até 15 quadros por segundo (fps) nas seguintes resoluções:

640x480;

ü Qualidade de 24 bits RGB e 16 bits RGB de cor em todas as resoluções;

ü Conector Universal Serial Bus (USB). [ 3 ]

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Apesar da resolução baixa, os testes iniciais demonstraram que a mesma é

adequada para a aplicação em questão. O principal motivo que justifica a escolha da

câmera em questão foi seu baixo custo e grande disponibilidade no mercado. Devido a

essas características, o protótipo final deve ter seu custo reduzido, o que é um dos objetivos

principais, pois possibilita sua larga aplicação prática.

2.4.2 Microcontrolador

O microcontrolador é a parte fundamental do sistema microcontrolado. É dele a

responsabilidade de processar as informações provenientes dos sensores analógicos/digitais

e de realizar as ações dos atuadores presentes no experimento. O microcontrolador

escolh ido para a aplicação no protótipo é o 8031 da família 8051, processadores de

aplicações gerais.

O microcontrolador 8051 é rápido, com um clock típico de 12 MHz. Suas

características de hardware e software permitem a sua utilização como um poderoso

controlador, sobretudo em sistemas para lógica seqüencial e combinatória. Como o 8031

não possui memória interna, no projeto da Intel existe a possibilidade de expansão para a

utilização de memória externa. Possui 2 temporizadores/contadores de 16 bits; oscilador de

clock interno e também um canal de comunicação serial do tipo UART full-duplex. Cujo

propósito do UART é converter dados para bits, enviá-los pela linha serial e reconstruir os

dados novamente na outra extremidade da linha. Pode trabalhar com dados lógicos e

aritméticos complexos além de trabalhar com banco de registradores nominais. As

principais especificações técnicas do microcontrolador são as seguintes:

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2.4.2.1 Características do Microcontrolador 8051

A seguir temos algumas características do microcontrolador 8051 extraídas de [ 7 ].

ü CPU de 8-bits otimizada para aplicações de controle;

ü Processamento Booleano Amplo (lógica Single -bit);

ü Espaço de endereçamento de Memória de Programa de 64K;

ü Espaço de endereçamento de Memória de Dados de 64K;

ü 4K bytes de Memória de Programa embutidos no microcontrolador;

ü 128 bytes de RAM de Dados embutidos no microcontrolador;

ü 32 linhas de E/S programáveis;

ü Dois contadores/timers de 16-bits;

ü UART Full duplex;

ü Estrutura de interrupção com dois níveis de prioridade;

ü Oscilador de relógio embutidos no microcontrolador.

2.4.3 Conversor analógico/digital ADC 0808

Os conversores analógico-digitais são circuitos ou componentes que ao terem suas

entradas excitadas por uma tensão ou corrente provenientes de um sinal o qual deseja -se

medir produzem um código digital equivalente que pode ser processado pelo controlador.

[ 6 ]

Os ADC’s são usados para compatibilizar a interface entre instrumentos digitais ou

computadores com o mundo analógico. Em qualquer sistema de instrumentação típico,

algum tipo de sinal deve ser aplicado ao computador. Este sinal, geralmente proveniente de

um amplificador, representará o valor de algum fenômeno analógico que foi convertido

para sinais elétricos através de transdutores.

Existem vários tipos de conversores A/D. As características de cada tipo definem as

aplicações típicas. São importantes em aplicações industriais, comerciais e militares. O uso

de circuitos integrados tem reduzido o tamanho, aumentado a confiabilidade, e criadas

novas aplicações.

O desenvolvimento da tecnologia tem produzido conversores A/D de baixo custo

permitindo a utilização destes circuitos integrados em áreas de controle de processo,

sinalização, telemetria e indústria automotivas.

Page 19: Sistema automatizado de coleta de dados para experimentos ... · dados em experimentos ... uso de um sistema microcontrolado que realizará a automação do controle ... crônica

11

O conversor A/D escolhido para utilização nesse projeto foi o circuito integrado

ADC0808 pela quantidade de níveis de codificação, bem como pelo fato dele possuir um

mutiplexador para as suas oito entradas, tornando mais simples o circuito responsável

pelos sensores analógicos , que precisam de uma conversão para que os dados sejam

enviados ao microcontrolador.

2.4.4 Linguagem de Programação C++

A linguagem C e C++ é utilizada na implementação científica, por permitir uma

maior abrangência à implementação em baixo, médio e alto nível. Com a orientação por

objetos, através do C++, consegue -se além desse leque amplo de implementação, uma

maior organização no código e, conseqüentemente, um melhor entendimento pós-criação

do código. Como nesse projeto foi utilizada, além da interface com o usuário, a

comunicação em baixo nível com dispositivos, como câmera e microcontrolador (através

da porta serial do computador), a utilização da linguagem C++ está justificada, pois ela

permite essa implementação facilitada, bem mais acessível do que com as demais

ferramentas presentes no mercado. Além disso, durante a graduação, utilizou-se como

padrão de referência em programação, a linguagem C++.

2.4.5 Linguagem de Programação Assembly para 8051

A linguagem de programação em assembler utilizada no projeto é voltada para

programação do microcontrolador 8051. Esta programação possui sintaxe própria e por

isso ela não é portável para outros processadores a não ser os da família 8051. Assim como

todas as linguagens assembler (pois essa sofre alterações para cada tipo de processador que

é aplicada), ela é de baixo nível, o que faz com que os programas feitos nessa linguagem

serem processados diretamente no dispositivo.

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12

3 O PROJETO

3.1 Visão Geral

O projeto consiste em um sistema automatizado de coleta de dados para

experimentos em labirintos com animais do tipo mus musculus, ou “ratos brancos”. É

composto de duas partes fundamentais: a primeira de coleta e processamento de imagens

para verificação de grandezas como deslocamento, velocidade, trajetória, etc., e a outra, de

interface de sensores e atuadores programáveis para desenvolvimento de experimentos

com interações mais complexas.

O primeiro sistema faz a captura digital do vídeo com a movimentação do animal

pelo labirinto para depois poder realizar o processamento de informações cabíveis, que são

armazenadas em um banco de dados para uma análise posterior.

O segundo sistema é responsável pela interação com o animal. Através dele é

realizada a programação dos sensores e dos atuadores e também, a verificação dos eventos

ocorridos durante o experimento. Foi utilizado um sensor de passagem, indicando a

localização atual do animal no labirinto.

3.2 Experimento de validação

Para a validação do protótipo, planejava -se realizar algum dos diversos

experimentos definidos na seção 2.2. Entretanto, não foi possível realizar um experimento

em conjunto com o Curso de Psicologia da instituição por falta de um professor orientador

para o experimento de verificação do projeto. Então, tomou-se a decisão de realizar um

experimento com um labirinto (Figura 31 e Figura 32) e com hamisters russos, adquiridos

à parte, para efeito de verificação de condicionamento. Os hamisters serão utilizados para

demonstrar todas as funcionalidades do sistema. Foi escolhido o hamister tipo russo,

devido ao seu porte bastante semelhante ao rato branco.

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13

3.3 Funcionamento

Inicialmente o usuário deverá escolher no computador, quais serão os parâmetros

dos sensores analógicos que estarão habilitados. Em seguida, deverá realizar a

transferência dessa configuração para o microcontrolador. Após isso, será definida a

duração do experimento e deverá ser ativada a gravação ou o usuário irá determinar

manualmente quando o experimento acaba ou até mesmo cancela a ação. Durante a

gravação, os quadros são armazenados no computador. Após o término do experimento, o

sistema processa estes valores, gerando a posição do animal em cada instante de tempo e

retorna as variáveis importantes para este, além de salvar esses dados em um banco para

uma análise posterior.

3.3.1 Módulos de hardware e software utilizados

O hardware base do projeto é composto pelo kit do microcontrolador 8051, cujo

esquemático é mostrado no ANEXO 1, das interfaces de sensores analógico/digitais,

atuadores e da câmera digital.

O software do projeto é composto de três partes. A primeira é um programa

elaborado em assembler para o microcontrolador 8031, que trata do controle dos sensores e

dos atuadores. As outras duas são feitas na linguagem C++. Um delas é responsável pela

programação dos componentes (sensores/atuadores) a serem habilitados no

microcontrolador através da porta serial. A outra, é responsável pelo processamento das

imagens capturadas através da Web Câmera e da composição dos resultados. Elas, então,

são processadas, mostradas na tela e salvas em um banco de dados.

3.3.2 Módulo de Aquisição de imagens

Este módulo é responsável por capturar as imagens do labirinto e armazená -las em

local apropriado. As imagens são armazenadas no formato bitmap com resolução de 320 x

240 pixels e profundidade de cor de 24 bits. Para fazer as aquisições das imagens são

utilizadas macros do Windows. A câmera é acoplada ao labirinto a uma altura mínima de

40 centímetros, devido a sua capacidade mínima de focalização. A transferência dos dados

é dada por meio de uma interface USB da câmera até o computador que processa os dados.

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14

3.3.3 Módulo de Processamento de Imagens

Neste módulo as imagens são analisadas, obtendo-se os dados de interesse para os

experimentos. Essas imagens são processadas por um programa feito na linguagem C++,

capaz de reconhecer a variação de cores entre o labirinto de cor bege claro fosca e o

hamister, que quase na sua totalidade é cinza escuro, obtendo os pontos em que o animal se

encontra em cada intervalo de tempo de aquisição. Para cada frame (quadro) do filme

capturado, os pixels são agrupados em quadrantes, cada qual com 300 pixels, resultado da

divisão da imagem de 320 x 240 pixels em 16 linhas por 16 colunas. Para cada quadrante,

o total de pixels é varrido e é realizada uma análise que separa os pixels considerados

“claros” e “escuros” presentes neste, ou seja, pixels com valores abaixo ou acima do limiar

especificado para a diferenciação de cor entre o rato e o labirinto. Isto é realizado tomando-

se a média dos seus valores RGB, e comparando-se o valor obtido com o limiar padrão

adotado, o que indica se ele é um pixel claro ou escuro. O quadrante que possuir maior

quantidade de pixels escuros é marcado como local onde o rato se encontra, ou seja, é

armazenada a coordenada matricial da posição deste. Esse procedimento é repetido para

todas os quadros capturados, sendo que para cada um deste a nova coordenada é

armazenada. A Figura 2 ilustra a divisão da imagem em 16 linhas por 16 colunas.

Figura 2 – Divisão do labirinto para processamento das imagens

Page 23: Sistema automatizado de coleta de dados para experimentos ... · dados em experimentos ... uso de um sistema microcontrolado que realizará a automação do controle ... crônica

15

O valor de 16 linhas por 16 colunas foi escolhido empiricamente através da análise

do espaço ocupado pelo hamster na imagem adquirida. Este valor pode ser alterado para

que se possa adequar o sistema ao labirinto a ser utilizado. A quantidade de linhas e

colunas deve ser proporcional ao tamanho da imagem, no caso 320 x 240 pixels, para que

não haja espaçamentos entre os quadrantes, o que resultaria em perda de dados das

imagens.

O valor limiar para diferenciação do labirinto e do hamster também é configurável

via software, de forma que diversos tipos de experimentos podem ser realizados com uma

certa precisão, desde que estas cores sejam razoavelmente distintas.

3.3.4 Módulo Microcontrolado

O módulo microcontrolador possui oito entradas analógicas e oito entradas digitais

para sensores e oito saídas para atuadores. As entradas analógicas permitem o acoplamento

de dispositivos sensores que em um determinado valor, acionam um evento que pode ser,

por exemplo, um alarme para o operador em uma situação de erro. As entradas digitais

servem para acoplar mecanismos sensores que enviam os dados na forma binária , como

por exemplo, os módulos de sensores infravermelhos utilizados no experimento de

validação. As saídas para atuadores podem acionar cargas de até 1A, o que permite acoplar

controle automático a dispositivos diversos de interesse, como por exemplo, um módulo

solenóide para controle de portas do labirinto.

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16

3.3.5 Módulo de Sensores e Atuadores

Este módulo é responsável pela aquisição de parâmetros presentes avaliados através

dos sensores analógicos e digitais utilizados no experimento, bem como a ativação de

qualquer dispositivo necessário para a realização deste, conforme a necessidade do usuário.

Foi desenvolvido de forma a tornar flexível a utilização do sistema em diversos tipos de

experimentos. Desta forma, possibilita a ligação de qualquer sensor previamente

construído que entregue em sua saída o dado analógico ou digital dentro dos valores de 0V

a 5V, valores padrões de interface do sistema. Neste módulo, estão previstas oito entradas

analógicas e oito entradas digitais, além de oito saídas de atuadores que ativam relês que

podem ligar qualquer dispositivo que consuma corrente de até 1A. O módulo realiza a

varredura constante de todos os sensores em loop. As entradas analógicas são ativadas

através da comparação do valor lido no sensor presente na porta correspondente e um valor

padrão limite armazenado na memória do microcontrolador antes do início do

experimento. As entradas digitais são ativadas em nível lógico alto, individualmente. Os

atuadores estão ligados a saída de cada sensor, sendo cada um destes compartilhados por

uma porta analógica e uma digital, por motivo de economia de hardware. Uma expansão

no sistema para evitar tal compartilhamento é simples de implementar, não sendo, portanto

um limitador do projeto.

Para testar essas entradas e saídas, foram implementados um o sensor digital do tipo

infravermelho capaz de detectar a passagem do rato por um determinado lugar do labirinto,

cujos esquemáticos dos circuitos de recepção e transmissão podem ser visualizados na

Figura 3, um sensor analógico de luminosidade que indica se a lâmpada que garante a

iluminação do labirinto para a filmagem, está acesa ou não (Figura 4) e dois atuadores, um

led que indica o acionamento do sensor digital e um buzzer (Figura 6), que indica se o

sensor analógico está acionado.

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17

J2

vcc2

1

J1

vcc

1

J3

gnd

1

D1

LED

J4

gnd2

1

VCC

R1RESISTOR

VCCCON1

1

D1

LED

GNDCON1

1

VCC

OUTCON1

1

0

R1RESISTOR

Figura 3 - Esquemático do Sensor de Passagem

GND3CON1

1

-

+

U4A

TL084

3

21

411

VCC4CON1

1VCC1CON1

1

R1RESISTOR

NTC

CON2

12

LDR

CON2

12

R2RESISTOR

OUT_ADC2CON1

1

GND4CON1

1

VCC3CON1

1

0

GND2CON1

1

VCC2CON1

1

GND1CON1

1

VCC

R3RESISTOR

-

+

U4B

TL084

5

67

41

1

OUT_ADC1CON1

1

Figura 4 – Circuito Eletrônico dos Sensores de Luminosidade e Temperatura

3.4 Diagramas

3.4.1 Hardware

A seguir temos o diagrama em blocos do funcionamento da parte de hardware do

sistema:

R1 -1kΩ

R2 -10kΩ

R3 -4,7kΩ

R1 -56kΩ R1 -220Ω

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18

Figura 5 – Diagrama em blocos do hardware

O esquemático do kit microcontrolador encontra-se no ANEXO 1 deste documento.

A seguir, serão tratadas as interfaces de sensores e de atuadores.

O alerta do sensor analógico de luminosidade que atingiu seu valor crítico é dado

através de uma sirene (buzzer), conforme o esquemático a seguir:

VCC

1 2

BUZZER

1

2

Figura 6- Esquemático do alarme

A interface de leitura dos sensores analógicos foi dada da seguinte maneira: têm-se

as entradas analógicas conectadas a um ADC que está projetado para o modo de conversão

contínua com um clock ajustado para aproximadamente 640kHz que converte e envia os

valores para o barramento de dados do microcontrolador. A entrada a ser lida é habilitada

através do mutiplexador do conversor que está conectado aos pinos P1.0, P1.1 e P1.2 da

porta P1 do microcontrolador que sempre mantém os valores dessa porta. O pino que

habilitará o envio de dados para o barramento virá da lógica de endereçamento será

equivalente ao endereço 1001h.

Este conversor foi configurado para estar em conversão contínua, pois isso facilita

as operações do microcontrolador, tirando dele a responsabilidade de acionar a conversão.

Sistema de sensores

Sistema de atuadores

Interface dos sensores

Interface dos atuadores

Microcontrolador

8031

MICROCOMPUTADOR

(interface de programação)

RS-232

Hardware

KRE

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19

D21

VCC

U3B

74LS04

3 4

D11

IN2

VRES11

3

2

OE 1

IN3

U2

ADC0808

262728

12345

1216

10

97

171415818192021

252423

622

1113

IN0IN1IN2IN3IN4IN5IN6IN7

REF+REF-

CLK

OEEOC

D0D1D2D3D4D5D6D7

A0A1A2

STARTALE

VC

C

GN

D

IN4

J1

CON212

GND 1

IN5

J4

CON212

U3A

74LS04

1 214

7

IN6

D61

IN0

A21

IN7

D41

VCC 1

C1

D71

D51

A11

D31

IN1

J2

CON212

J3

CON212

D01

A01

Figura 7 - Esquemático do circuito dos sensores analógicos

As portas dos sensores digitais estarão conectadas a um latch para poder recuperar

seus valores. O pino de habilitação desse latch vem da lógica de endereçamento e é

correspondente ao endereço C001h. O acionamento dos atuadores, também ligados ao um

latch, será dado por meio da lógica de endereçamento e é correspondente ao endereço

5001h.

R1 -1kΩ

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20

CH2

CON2

12

LS2

RELAY SPDT

35

412

U7 ULN2004A

1234567

16151413121110

9

8

1B2B3B4B5B6B7B

1C2C3C4C5C6C7C

COM GN

DCH50

OE_ADC1

LS7

RELAY SPDT

35

412

CH51

LS4

RELAY SPDT

35

412

J7

CON2

12

LS5

RELAY SPDT

35

412

CH21

CH60

CH6

CON2

12

LS8

RELAY SPDT

35

412

RD1

CH61

D61

U9A

74LS04

1 2

147

WR1

CH0

CON2

12

CH20

D01

D41

CH4

CON2

12

CH11

U8A 74LS139/SO

23

1

4567

168

AB

G

Y0Y1Y2Y3V

CC

GN

D

D51

D31

CH10

CH7

CON2

12

LS1

RELAY SPDT

35

412

CH01

LS3

RELAY SPDT

35

412

J6

CON2

12

J5

CON2

12

0

CH00

J8

CON2

12

U10

74HC573/SO_1 23456789

111

1918171615141312

1020

D0D1D2D3D4D5D6D7

LEOE

Q0Q1Q2Q3Q4Q5Q6Q7

GN

DV

CC

CH31

A141

CH1

CON2

12

D71

CH71

U1274HC573/SO_1

23456789

111

1918171615141312

10 20

D0D1D2D3D4D5D6D7

LEOE

Q0Q1Q2Q3Q4Q5Q6Q7

GN

DV

CC

LS6

RELAY SPDT

35

412

D21

CH40U11A

74LS08

1

23

147

CH3

CON2

12

U6 ULN2004A

1234567

16151413121110

9

8

1B2B3B4B5B6B7B

1C2C3C4C5C6C7C

COM GN

D

VCC

CH30

CH70

U9B

74LS04

3 4

147

GND1

CH5

CON2

12

CH41

D11

VCC1

A151

Figura 8 - Esquemático do circuito dos sensores digitas, atuadores e lógica de endereçamento

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21

3.4.2 Software

Os diagramas do programa desenvolvido em C++ são os seguintes:

Diagrama de Caso de Uso

Figura 9 - Diagrama de caso de uso

Configuração 8051

Experimento

Salvar Resultados

Abrir Resultados

Usuário

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22

Diagramas de Seqüência

ü Configuração do 8051

Figura 10 - Diagrama de Seqüência de Configuração do 8051

ü Experimento

Figura 11 - Diagrama de Seqüência do Experimento

ü Salvar Resultados

Tem

po

: CControlador

Usuário

1.Iniciar

5.Resultados

2.IniciarExperimeto

: CExperimento

3.LêCâmera

2.ProcessaImagem

Tem

po

: CControlador

Usuário

1.Gravar

3.EnviaConfiguração 2.EnviaValores

: CComunicação : CConfiguração

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23

Figura 12 - Diagrama de Seqüência de Salvar Resultados

ü Abrir Resultados

Figura 13 - Diagrama de Seqüência de Abrir Resultados

Tem

po

: CControlador

Usuário

1.Abrir

2.Materializa

: CBrokerBanco

Tem

po

: CControlador

Usuário

1.Gravar

2.Desmaterializa

: CBrokerBanco

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24

Diagrama de Fluxo de Dados

Figura 14 - DFD de pesquisa

Figura 15 - DFD de exclusão

Excluir

experimento Pesquisa

Pesquisar

experimento Pesquisa

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25

Fluxograma do Programa em Assembler para o 8031

O programa em Assembler que controlará os sensores e atuadores tem o seguinte

fluxograma:

Figura 16 – Fluxograma

Início

Verifica Sensores

Analógicos Aciona

atuadores

Verifica Sensores Digitais

Aciona Atuadores

S

S

N

N

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26

3.5 Interfaces

A Figura 17 abaixo, mostra os protótipos de telas do sistema. A primeira imagem

trata da tela principal do sistema. Nela é possível realizar os experimentos, abrir resultados

e configurar os sensores analógicos.

Figura 17 - Tela Principal do software do computador

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27

A Figura 18 mostra a parte de configuração dos sensores e atuadores, além da

comunicação entre o MICROCOMPUTADOR e o microcontrolador feita pela serial. Por

meio dessa tela é possível escolher os limites dos sensores analógicos, bem como seu valor

de ativação. Após a escolha das variáveis é feita a gravação dessas configurações no

microcontrolador e o sistema de sensores e atuadores começa a funcionar.

Figura 18 - Tela de Configuração

Após o processamento das imagens, o usuário tem acesso aos resultados do

experimento por meio da seguinte tela na Figura 19:

Figura 19 – Tela de Resultados

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28

O sistema permite que o usuário abra os experimentos anteriores procurando pela

data através da seguinte tela:

Figura 20 - Tela de Pesquisa

O usuário também pode excluir os experimentos que ac har necessário por meio da

seguinte tela:

Figura 21 - Interface de Exclusão

Por fim, tem-se a tela de informações sobre o projeto:

Figura 22 - Tela de Informações

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29

3.6 Descrição da base de Dados

O sistema gerenciador de banco de dados que foi utilizado nesse projeto é o

Paradox 7, pois o mesmo é parte integrante da ferramenta de desenvolvimento em C++ da

Borland.

Para esse projeto é necessário o uso de duas tabelas, uma que contém os dados do

experimento tais como dia e horário, já a segunda tabela tem os pontos por onde o rato

passou.

A relação entre a tabela de experimentos para a tabela de pontos é de um para n,

sendo que n pode valer de zero até infinito).

Campo Tipo

idExperimento Inteiro

Data String

Tempo String

Velocidade String

Distancia Inteiro

Tabela 1 - Tabela de Experimentos

Campo Tipo

idPontos inteiro

idExperimento inteiro

X inteiro

Y Inteiro

Intensidade inteiro

Horário String

Tabela 2 - Tabela de Pontos

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30

4 IMPLEMENTAÇÃO

4.1 Hardware

A partir do capítulo 3 pode-se ter noção do esquemático respectivo dos circuitos

implementados.

Então, foram confeccionadas as seguintes placas:

ü Conversor AD de Sensores Analógicos;

ü Controlador de Sensores Digitais, Atuadores e Endereçamento;

ü Emissor do Sensor de Passagem;

ü Receptor do Sensor de Passagem;

ü Placa de Barramento;

ü Sensor de Luminosidade e Temperatura.

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31

4.1.1 Conversor A/D de Sensores Analógicos

Para a integração dos valores aquisicionados pelos sensores, junto ao

microcontrolador, houve a necessidade de criar um circuito que pudesse converter os sinais

provenientes desses sistemas analógicos, para a forma binária, aplicável ao

microcontrolador. Para tanto, implementou-se em um circuito um conversor A/D,

visualizável no esquemático da Figura 7, realizando continuamente a conversão,

facilitando seu uso. O layout da placa de circuito impresso do conversor está apresentado

abaixo, na Figura 23.

Figura 23 – Layout da placa do Conversor A/D de Sensores Analógicos

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32

4.1.1.1 Lista de Componentes

Circuitos Integrados:

ü U2 – conversor ADC0808 analógico / digital;

ü U3 – porta 74LS04 inversora;

Soquetes:

ü Soquete 28 pinos;

ü Soquete 14 pinos;

Capacitores:

ü C1 – 1P6;

Conectores:

ü Barra de conectores fêmea para pinos de conexões;

ü 4x Borne KRE 2 vias.

4.1.1.2 Comentários

Esta foi a primeira placa a ser confeccionada. Seu circuito foi de fácil

implementação devido ao fato de já ter sido utilizado durante o curso. A única novidade

era o uso de KRE’s para conexões de circuitos externos. Foi bem nessa parte o único

problema encontrado nessa placa, pois ao esquematizá-la no Orcad, o componente

referente ao KRE era diferente do componente adquirido para a confecção dela. A solução

encontrada foi utilizar barras de conectores nos lugares dos KRE’s e fazer na placa de

barramento, conectores para os KRE’s com os furos e espaçamentos corretos.

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4.1.2 Controlador de Sensores Digitais, Atuadores e Endereçamento

Esta placa é responsável pelo endereçamento dos sensores analógicos, digitais e dos

atuadores. Além, ela possui o latch que armazena os valores dos sensores digitais e os

circuitos das chaves responsáveis pela parte de atuação. O layout da placa de circuito

impresso pode ser visualizado na Figura 24, que foi montada a partir do esquemático da

Figura 8.

Figura 24 - Layout da placa do Controlador de Atuadores

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34

4.1.2.1 Comentários

O circuito da lógica de endereços foi baseado na referência [ 4 ], implementado sem

maiores problemas com o auxílio do osciloscópio para a verificação dos pulsos de leitura e

escrita. Como o multiplexador utilizado foi o 74LS139 e este tem sua saídas em nível

lógico baixo, fez-se necessária a inclusão de uma porta inversora para poder fazer as

habilitações do ADC0808 que é ativado em nível alto e do latch 74HC573 responsável

pelo gerenciamento dos atuadores que também é ativado em nível alto.

A parte responsável pelos sensores digitais apresentou o seguinte problema: quando

as entradas estavam livres, o sistema reconhecia o nível “aberto” como nível alto,

acionando os atuadores. A solução encontrada para esse problema foi aterrar todas as

entradas que não estavam sendo utilizadas.

Para fazer a confecção da parte dos atuadores dessa placa, foram comprados relês

de 6 volts, já que não foi encontrado no mercado relês de baixo custo com ativação em 5

volts.

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35

4.1.2.2 Lista de Componentes

Circuitos Integrados:

ü U6 – driver de corrente ULN2004A;

ü U7 – driver de corrente ULN2004A;

ü U8 – multiplexador 74LS139;

ü U9 – porta inversora 74LS04;

ü U10 – latch 74HC573;

ü U11 – porta and 74LS08;

ü U12 – latch 74HC573;

Soquetes:

ü 3x Soquete 16 pinos;

ü 2x Soquete 20 pinos;

ü 2xSoquete 14 pinos.

Conectores:

ü Barra de conectores fêmea para pinos de conexões;

ü 12x Borne KRE 2 vias.

Relés:

ü 8x Mini-Relés 5 pinos 6V.

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4.1.3 Emissor do Sensor de Passagem

É responsável por enviar um sinal de infravermelho que o mantém conectado com a

placa receptor. Enquanto a placa receptora receber esse sinal, ela manterá o valor em nível

zero, o pino de ativação do sensor. Quando esse contato é interrompido, o valor no pino de

ativação vai para nível lógico alto. Seguindo o esquemático da Figura 3, primeira parte,

criou-se o layout de confecção da placa da Figura 25.

Figura 25 - Layout da placa do Emissor do Sensor de Passagem

4.1.3.1 Lista de Componentes

Resistores:

ü R1 – 220O;

Conectores:

ü Barra de conectores fêmea para pinos de conexões;

Outros:

ü IF1– Emissor.

4.1.3.2 Comentários

Como o circuito é bem simples, foi necessário apenas fazer o ajuste do resistor para

determinar o alcance do sinal de infra vermelho.

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4.1.4 Receptor do Sensor de Passagem

É responsável por receber um sinal de infravermelho proveniente do emissor.

Seguindo o esquemático da Figura 3, segunda parte, criou-se o layout de confecção da

placa da Figura 26.

Figura 26 - Layout da placa do Receptor do Sensor de Passagem

4.1.4.1 Lista de Componentes

Resistores:

ü R1 – 56kO;

Conectores:

ü Barra de conectores fêmea para pinos de conexões;

Outros:

ü IF1– Receptor.

4.1.4.2 Comentários

Como o receptor é bastante sensível, foi preciso encapá-lo com fita isolante para

poder direcionar o sinal. Durante os testes com o receptor foi encontrado o seguinte

problema: ao ligar a lâmpada que melhora a iluminação do labirinto, ele ficou menos

sensível. Como a lâmpada só ajuda na iluminação, a solução encontrada foi deixá -la

desligada.

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4.1.5 Placa de Barramento

Foi necessária a implementação de uma placa de barramento para que os sensores

analógicos, os sensores digitais e os atuadores pudessem compartilhar o barramento de

dados. Além de facilitar a conexão entre as demais placas, devido a utilização do espaço

interno do protótipo ser muito restrito. Portanto, ligações essenciais, em vez de cruzar o de

lado a lado o protótipo, conectam-se com essa placa de conexões e dela, vão para seu real

destino. O esquemático do circuito pode ser visualizado na Figura 27 e o seu layout, na

Figura 28.

D1_ACON1

1

D3_ACON1

1

WR_ACON1

1

D6_ACON1

1

D4_BCON1

1OE_BCON1

1

D2_BCON1

1

I4_ACON1

1

GND_CCON1

1

WR_BCON1

1

D7_BCON1

1

D0_BCON1

1

D4_CCON1

1

BRN_GND

CON2

12

GND_BCON1

1

D5_BCON1

1

A15_A

CON1

1

GND_ACON1

1

D1_CCON1

1

A15_BCON1

1

OE_ACON1

1J3

CON2

12

D7_CCON1

1

D3_CCON1

1

I6_ACON1

1

I1_ACON1

1VCC_A

CON11

D5_ACON1

1

A14_A

CON1

1

VCC_CCON1

1

D3_BCON1

1

I3_ACON1

1RD_A

CON11

I0_ACON1

1

I2_ACON1

1

D1_BCON1

1

I5_ACON1

1

RD_BCON1

1

D5_CCON1

1

VCC_BCON1

1

D6_BCON1

1

J0

CON2

12

D0_CCON1

1

J2

CON2

12

D0_ACON1

1

D7_ACON1

1

D2_ACON1

1

D6_CCON1

1

D2_CCON1

1

A14_BCON1

1

I7_ACON1

1

D4_ACON1

1

J1

CON2

12

Figura 27 - Esquemático do circuito das Inter-conexões de Placas

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Figura 28 - Layout da placa da Placa de Barramento

4.1.5.1 Lista de Componentes

Conectores:

ü Barra de conectores fêmea para pinos de conexões;

ü 5x Borne KRE 2 vias.

4.1.5.2 Comentários

Como a placa de conversão A/D não pode ter seus KRE’s fixados, foi

implementada nessa placa o circuito dos KRE’s.

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4.1.6 Sensor de Luminosidade e Temperatura

Essa placa foi criada para poder testar o mecanismo de leitura / conversão e

acionamento dos sensores analógicos. Foi implementado um sensor de temperatura e um

de luminosidade, pois eles podem ser úteis no experimento do projeto.

Figura 29 - Layout da placa de Sensores de Luminosidade e Temperatura

4.1.6.1 Lista de Componentes

Circuitos Integrados:

ü U4 – amplificador operacional TL084;

Resistores:

ü R1 - 1 KO;

ü R2 – 10 KO;

ü R3 – 4K7 O.

Soquetes:

ü Soquete 14 pinos para amplificador operacional TL084;

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Conectores:

ü Barra de conectores fêmea para pinos de conexões.

ü 2x Borne KRE 2 vias.

Conectores:

ü Barra de conectores fêmea para pinos de conexões;

ü 5x Borne KRE 2 vias.

4.1.6.2 Comentários

A elaboração dessa placa foi simples, pois esse circuito já havia sido implementado

em outras disciplinas do curso.

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42

4.2 Software

4.2.1 Linguagem C++

Composta de duas partes, da parte de configuração do sistema gerenciador do

bando de dados e da implementação das classes propriamente dita.

4.2.1.1 Configuração

Para poder rodar o programa do sistema, inicialmente houve a necessidade de

configurar o banco de dados do Paradox no ODBC do Windows. Para isso foi utilizado o

SQL Explorer do Borland Builder. Nele, foram incluídas as tabelas especificadas no

capítulo 3.6.

4.2.1.2 Implementação

Para o desenvolvimento do software desse projeto, foi necessária a criação das

seguintes classes: classe controladora, classe de comunicação serial, classe de

processamento de imagens, classe de configuração dos sensores analógicos, classe de

comunicação com a web câmera, classe de acesso a tabela de experimentos e a classe de

acesso a tabela de pontos.

4.2.1.2.1 Classe Controladora

Essa classe é a classe intermediária entre os formulários e as demais classes. Os

formulários são responsáveis por mostrar e receber valores ao usuário, a classe

controladora envia os dados para as demais classes e passa os resultados delas para os

formulários. Nunca um formulário comunica-se com uma classe que seja diferente da

classe controladora e de outros formulários.

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43

4.2.1.2.2 Classe de Comunicação Serial

Como o sistema se comunica pela serial com o microcontrolador, a criação dessa

classe foi necessária. O método de recebimento de dados foi implementado para poder

fazer testes, apesar dele não ser utilizado pelo sistema, pois o programa apenas envia

valores para o microcontrolador, nunca recebendo valores dele.

4.2.1.2.3 Classe de Processamento de Imagens

É nessa classe que as imagens obtidas pela câmera são processadas. Sua função de

localizar ponto binariza as imagens em fundo e rato, divide as imagens em uma matriz de

16 linhas por 16 colunas e marca o ponto onde tem mais pixels do tipo “rato”. Também

possui as funções de salvar, abrir e excluir experimentos do banco de dados.

4.2.1.2.4 Classe de Configuração dos Sensores Analógicos

Como o conversor Analógico / Digital utilizado no circuito dos sensores analógicos

foi o ADC0808, os valores de limite inferior e superior dos sensores analógicos deveriam

ser ajustados dentro dos 256 níveis possíveis de conversão do ADC, e é isto que essa classe

faz, ajusta o nível de ativação dos sensores de acordo com seus limites inferior e superior e

os envia pela serial.

4.2.1.2.5 Classe de Comunicação com a Web Câmera

Essa classe utiliza macros do Windows para fazer a conexão com web-câmeras

USB. Ela se conecta ao driver da câmera, mostra na tela as imagens aquisicionadas na

câmera e salva em arquivos do tipo bitmap os quadros (frames) capturados. Foi a classe

mais difícil de ser implementada, pois o uso dessas macros não é trivial.

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4.2.1.2.6 Classe de Acesso a Tabela de Experimentos

Nela que é feita a conexão ODBC para executar as instruções SQL de inclusão,

pesquisa e remoção de dados da tabela de experimentos.

4.2.1.2.7 Classe de Acesso a Tabela de Pontos

Nela que é feita à conexão ODBC para executar as instruções SQL de inclusão,

pesquisa e remoção de dados da tabela de pontos.

4.2.2 Linguagem Assembler para 8051

O programa implementado na linguagem Assembler, tem por finalidade verificar se

todos os sensores analógicos atingiram seus valores limites que estão salvos na memória

externa do microcontrolador e verificar os valores dos sensores digitais, e, dependendo

desses valores, acionar os atuadores.

4.3 Análise de custos

Para o desenvolvimento desse projeto foram estimados os seguintes custos:

Ferramenta Custo em reais C++ Builder 6 Enterprise R$ 3,100.00 Kit 8051 R$ 100.00 Creative Labs Web Cam Go R$ 230.00 Computador Celeron 1.4 GHz R$ 2,200.00 Sensores e Atuadores R$ 50.00 Horas de trabalho 200 h R$ 7,000.00 Total R$ 12,680.00

Tabela 3 - Custos

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5 TESTES

Até o mês de maio foram realizados testes no módulo de aquisição de imagens e no

módulo de processamento de imagens.

O módulo de aquisição de imagens está conseguindo cumprir com a sua finalidade,

salvando em disco imagens no formato 320 x 240 pixels em 24 bits de cores.

O módulo de processamento de imagens está indicando que o algoritmo de

varredura atual de cada imagem está levando em média 2 segundos para analisar os pixels,

tempo esse bastante elevado, de forma que deverá ser aperfeiç oado. De qualquer forma,

para todas as inspeções realizadas, o processamento retornou corretamente a posição do

ponto referente ao hamister sobre o labirinto.

O módulo de sensores e atuadores está funcionando de maneira adequada, a cada

evento gerado pelos sensores, o sistema de atuação analisa seus valores e faz a atuação

devida.

5.1 TESTES DE VALIDAÇÃO

Para cada módulo foi realizado um teste de validação. Esses testes foram feitos com

programas que avaliam as funcionalidades básicas de cada módulo, verif icando seus

parâmetros relevantes destes de forma a garantir que seu funcionamento esteja adequado

ao que foi proposto.

5.1.1 Módulo de Aquisição de Imagens

O objetivo desse teste é a verificação do funcionamento da interface de aquisição

de imagens da câmera. O procedimento foi o seguinte:

- Inicialmente foi construído um programa que se conecta ao driver da

câmera, fazendo a sua inicialização obtendo um quadro no formato de 320 x

240 pixels que é salvo em arquivo no formato bitmap de 24 bits.

- O programa tenta abrir a imagem, e ela estando de acordo com os padrões, é

mostrada na tela.

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5.1.2 Módulo de Processamento de Imagens

Para realizar o teste desse módulo foi feito um programa que encontra figuras mais

claras em uma imagem com fundo preto. O sistema está retor nando adequadamente o

ponto onde essa figura mais clara se encontra. Nos casos de encontrar dois pontos com

pesos iguais, o programa opta pelo último ponto válido encontrado.

5.1.3 Módulo Microcontrolado

O módulo microcontrolado teve como teste um sistema de envio de dados pela

serial, que ativa alguns leds, de acordo com a programação efetuada pelo usuário.

5.1.4 Módulo de Sensores e Atuadores

O sensor digital utilizado teve como teste a sua variação de sinal de acordo com a

variação de resultado quando havia algo entre o receptor e o emissor. Quando tinha algo

entre o emisssor e o receptor, o valor no pino de resultados variava de 0,1 volts a 4,93

volts. Essa diferença é suficiente para que o sistema acione o atuador correspondente.

O atuador utilizado foi um led, que quando alimentado, acendia. Também foi

utilizada uma buzina, que foi acionada de maneira correta pelo sistema.

O sensor analógico utilizado foi um LDR, que não apresentou uma resposta

satisfatória.

5.1.5 Validação do Protótipo

O sistema é capaz de retornar ao usuário as variáveis de forma correta. Para isso

foram realizados os testes de acordo com o experimento de validação definido no estudo.

Para a parte de processamento de imagens, chegou-se nos seguintes valores:

100% de acerto na localização do animal quando o labirinto estava sem sombras e

bem iluminado.(quantidade de amostras analisadas: 136 imagens em três experimentos

práticos)

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O tempo médio de processamento de cada imagem é de 1,23s. A média de quadros

capturados por segundo é de 7 imagens, o que resulta em um processamento lento, pois

para um minuto de experimento temos 8 minutos e meio de processamento de imagens.

6 CONCLUSÕES

O sistema desenvolvido atingiu os objetivos inicialmente desejados, como a

flexibilidade de aplicações a abrangê ncia e a eficiência.

Os testes realizados com relação ao processamento de imagens e verificação de

posição mostraram resultados satisfatórios, pois o sistema foi capaz de reconhecer em

todas as imagens os locais em que o rato se encontrava. Com relação ao sistema de

sensores e atuadores, os experimentos realizados demonstraram que os mesmos são

adequados para a maior parte das aplicações estudadas, fornecendo algumas vezes mais

recursos que muitos sistemas similares no mercado, o que pode levar ao incremento da

complexidade dos experimentos sem grandes dificuldades técnicas, inclusive.

Pela sua característica modular, percebe-se essas novas aplicações podem ser

desenvolvidas sem grandes modificações de base, o que torna sua aplicação em áreas

diversas da biologia ou mesmo fora desta também interessante. Uma possível melhoria é a

modificação do software de reconhecimento para a identificação de mais de um animal, o

que pode ser realizado sem maiores dificuldades de programação. Outra melhoria

interessante é a interação em tempo real com o microcontrolador, que apesar de não ser

necessária dentro dos experimentos utilizados como base para o desenvolvimento, pode se

apresentar como uma alternativa para a realização de experimentos mais complexos onde a

interação com o objeto de pesquisa deve ser modificada durante o mesmo. Além de um

sistema de processamento de imagens em tempo real.

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7 Referências Bibliográficas

[ 1 ] ALCON, “Curiosidad sobre Roedores – Ratón Doméstico (Mus Musculus)”. [on-

line] WEBSITE, Alcon, 2003, visitado em 24/08/2003, Disponível:

http://www.labcon.com.br/versoes/espanhol/curiosidades/roedores/camundongo.htm

[ 2 ] FEHD, “Rodents Pests and Their Control”, [on-line] Website Food and

Environmental Hygiene Departament, 2003, visitado em 24/08/2003, Disponível:

http://www.fehd.gov.hk/fehd/safefood/risk-pest-rodents.html

[ 3 ] LABS, CREATIVE, “Web-Cameras”, [on-line] WEBSITE, Creative Labs, 2003,

visitado em 24/08/2003, Disponível: ht tp://www.americas.creative.com

[ 4 ] PEREIRA DA SILVA JR., VIDAL, “Aplicações Práticas do Microcontrolador

8051”, 1998

[ 5 ] Secretaria Municipal da Saúde, “Construindo um Ambiente Saudável - Caderno

Especial de Saúde e Meio Ambiente para Ensino Fundamental. Ministério da

Saúde” Fundação Nacional da Saúde. Prefeitura Municipal de Curitiba, Curitiba-

2000.

[ 6 ] Prof. João Carlos Giacomin, Universidade Federal de Lavras, Departamento de

Ciência da Computação. “CONVERSORES D/A E A/D - COM 145 Eletrônica

Básica”, 2000

[ 7 ] NICOLOSI, DENYS E.C.. “Microcontrolador 8051 Detalhado ”. Ed. Érica, 2000.

[ 8 ] APASFA, “Associação Protetora de Animais de São Francisco de Assis”, [on-line]

WEBSITE, APASFA, visitado em 24/08/2003, Disponível:

http://www.apasfa.org/futuro/ratos.doc

[ 9 ] Pedagogia em Foco, “Skinner e a máquina de ensinar”, [on-line] WEBSITE

Pedagogia em Foco, visitado em 24/08/2003, Disponível:

http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/per07.htm

[ 10 ] Andréa Maria Garrido dos Santos, “Aprendizagem e memória no labirinto

aquático de Morris”, [on-line] WEBSITE, Departamento de Fisiologia, Instituto de

Biociências, Universidade de São Paulo, visitado em 24/08/2003, Disponível:

http://www.ib.usp.br/~gfxavier/cap8.html

[ 11 ] Universidade de Campinas, “Efeitos da administração crônica de lamotrigina

sobre a aprendizagem e a memória em ratos submetidos ao teste do labirinto em

cruz elevado”, Pesquisadores internos, UNICAMP, São Paulo.

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[ 12 ] Miriam Iwamoto e Fernanda Klein Marcondes, “Influência da temperatura da

água sobre o comportamento de ratos submetidos a estresse por natação ”, VII

Congresso Interno de Iniciação Científica, 28/07/1999.

[ 13 ] Tatiana Rodrigues Nahas, “A Apredizagem da Esquiva”, [on-line] WEBSITE,

Departamento de Fisiologia, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo,

Disponível: http://www.ib.usp.br/~gfxavier/cap12.html.

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ANEXO 1 – Esquemático da placa microcontroladora

Figura 30 - Esquemático do Kit do microcontrolador 8051.

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A seguir temos a lista de componentes para a montagem do kit:

Circuitos Integrados:

ü U1 - microcontrolador 80C31;

ü U2 - latch 74LS373;

ü U3 - memória RAM 62256;

ü U4 - memória EPROM 27C256;

ü U5 - regulador de tensão LM7805.

Resistores:

ü R1 - 10 KO;

ü R2, R3, R4, R5 – 4K7 O;

ü R6 - 100 O.

Capacitores:

ü C1 - 10 µF/16V;

ü C2, C3 - 33 ?F;

ü C4 – 470 µF/16V;

ü C5 – 100 µF/16V;

ü C6, C7, C8, C9 – 100 ?F.

Diodos:

ü D1, D2, D3 - 1N4148.

Cristal

ü Xtal - 11,0592MHz.

Transistores:

ü Q1 - BC327B;

ü Q2 - BC337B.

Soquetes:

ü Soquete 40 pinos para microcontrolador;

ü Soquetes 28 pinos para memórias.

Conectores:

ü BAT - clip para bateria 9V;

ü DB9 - conector RS232 fêmea para placa;

ü RESET - push buttom, normalmente aberto;

ü POWER ON - chave liga-desliga;

ü Plug Vcc - conector jack para alimentação;

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ü Barra de conectores fêmea para barramento de endereços, dados, portas P1 e P3.

Outros:

ü Bateria 9V.

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ANEXO 2 – Cronograma Físico

As etapas com seus prazos para conclusão serão as seguintes:

Mês Atividade

março/abril

Estudo / pesquisa dos testes a serem aplicados no (s) experimento(s)

maio

Revisão bibliográfica do assunto

Estudo das ferramentas para desenvolvimento do protótipo

junho/julho

Estudo / implementação do sistema de câmera digital

Implementação do sistema de análise de imagens e armazenamento de

dados

setembro

Montagem / confecção / instalação do módulo de sensores e atuadores,

juntamente com o software de interação

outubro/novembro

Realização dos testes de validação do sistema

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ANEXO 3 - Labirinto

É formado por uma base de madeira MDF de 6 mm de espessura, 700 mm de

largura e 360 mm de profundidade. Suas paredes internas terão uma espessura de 6 mm e

terão altura de 150 mm. Isso forma um corredor de passagem de 60 mm de largura,

suficiente para a mobilização do rato, evitando que ele consiga impulsionar-se para um

possível pulo, conseguindo assim, sair do labirinto.

Para que a imagem desse labirinto possa ser processada de uma forma adequada,

ele é iluminado com uma lâmpada dicróica de 50 W.

Figura 31 - Dimensões do labirinto

150 mm

6 mm

700 mm

360 mm

6 mm

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Medidas das tábuas utilizadas para a confecção do labirinto:

Tipo Quantidade Dimensões

A 1 700 mm x 360 mm

B 2 580 mm x 150 mm

C 2 360 mm x 150 mm

D 3 200 mm x 150 mm

E 6 60 mm x 150 mm

F 1 150 mm x 150 mm

G 1 120 mm x 150 mm

H 2 220 mm x 100 mm

I 1 348 mm x 100 mm

J 1 220 mm x 360 mm

K 1 90 mm x 150 mm

Tabela 4 - Tábuas do labirinto.

Figura 32 - Posicionamento das tábuas no labirinto.

A- B|

C|

D| E|

F|

G|

H|

I|

J-

K| E| E| E|

E|

E|

D|

D|

B|

C|

H|

Legenda:

| -> tábua na vertical

- -> tábua na horizontal