sintese_texto_5

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    UniversidadeAbertaMestrado em Comunicao EducacionalMultimdia

    MediaDigitaiseSocializao|2013

    Sntese do Artigo

    A Study of Self-Presentation in Light of Facebook

    Sasan Zarghooni

    Trabalho realizado por:

    AlexandraAlmeida,CndidaRodrigueseEuniceAfonso

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    UniversidadeAbertaMestrado em Comunicao EducacionalMultimdia

    MediaDigitaiseSocializao|2013

    Esta publicao (A Study of Self-Presentation in Light of Facebook) explica que o Facebook

    uma Rede Social em franca ascenso e que, originando imensos fenmenos psicossociais,

    contando com diferentes teorias de diversos autores que contriburam para a construo deste

    estudo.A autoapresentao no Facebook permite examinar psicossocialmente as interaes entre

    indivduos, o que levou o autor a descrever os fenmenos a ser considerados com a pretenso

    de pesquisar a consistncia dessas mesmas teorias perante outras RSs, revelando aspetos

    bons e menos bons a ter em conta quando se efetua uma autoapresentao.

    Os objetivos principais do presente estudo remetem para uma anlise das teorias da

    autoapresentao luz da mesma que cada utilizador faz no site de rede social, mais

    especificamente o designado Facebook, recaindo sobre as teorias de Irving Goffman e Mark

    Leary remetendo para a possvel generalizao em outras redes sociais, contribuindo, assim

    para a compreenso da autoapresentao.

    A importncia desta compreenso, no que toca autoapresentao online remete-se, ainda

    para as implicaes/consequncias, a fim, de entender outros fenmenos, como por exemplo,

    a formao da identidade.

    Porm, a autoapresentao de grande valor, tambm, para a psicologia social, devido ao

    surgimento da identidade social online, sendo de grande relevncia para este estudo, pois as

    teorias atuais explicam os novos comportamentos de autoapresentao.

    Outro objetivo, no menos relevante a anlise das teorias de autoapresentao, onde

    demostra como os bastidores podem se tornar num refgio onde o intrprete, que pode

    proferir algumas das restries autoimpostas dentro da sua rea frontal, onde a distino que

    existe frente-fase/bastidores ajuda a esclarecer, o motivo que leva as pessoas a terem

    comportamentos diferentes, mediante contextos tambm diferentes.

    No que gira em torno, da audincia da segregao, que consiste num conceito muito til no

    juzo da autoapresentao sustentado por quatro tticas importantes para a

    autoapresentao mediada por computador, provendo uma oportunidade para selecionar a

    informao que produza a impresso desejada.

    Como ltimo objetivo, como procurar evitar situaes embaraosas e alguns impasses da

    autoapresentao que so ocasionados pelas aes da prpria pessoa, uma vez que nocorrespondam as expetativas poder levar a pessoa ao constrangimento, sendo este ltimo

    explicado atravs da autoapresentao separada ou complementar ao Detached Self-

    Presentation, que uma pea fundamental compreenso de alguns processos cognitivos

    relacionados com a autoapresentao.

    Apesar, de este estudo propor sugestes para alteraes s teorias existentes, a

    centralidade dos objetivos a manifestao de pontos fortes e fracos nas teorias, modelos e

    conceitos existentes, que podem ser utilizados para um ajustamento dos mesmos, ou at

    mesmo ser considerado como um passo a ser dado para a criao de uma nova teoria.

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    UniversidadeAbertaMestrado em Comunicao EducacionalMultimdia

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    Os resultados apresentados por Zarghooni referem-se gesto das impresses que os

    indivduos procuram imprimir sobre si prprios, mais concretamente sobre as impresses

    reveladas atravs da autoapresentao. O autor confronta as teorias de autoapresentao deGoffman, E. (1982) e Leary, M. (1993), desenvolvidas na era pr-internet, com as atuais formas

    de autoapresentao no espao virtual, nomeadamente no Facebook.

    A Abordagem Dramatrgica de Goffman compara a autoapresentao a uma pea teatral.

    Segundo este autor quando o individuo est a realizar a sua autoapresentao como se

    estivesse em palco (numa zona frontal), isto , a representar um papel com o intuito de causar

    nos outros uma determinada impresso sobre si. Da mesma forma, quando est nos bastidores

    no necessita representar, ou seja, no precisa preocupar-se com a sua autoapresentao,

    aliviando a tenso de estar sob observao ou avaliao de terceiros. Os bastidores podem

    inclusivamente ser partilhados com um grupo restrito prximo ao individuo.

    Transportando esta teoria para o Facebook, e para as interaes mediadas por

    computador,

    Zarghooni considera como palco o perfil e o mural do Facebook. Como bastidor o autor

    abarca duas opes, o individuo que est por detrs do cran, no mundo real, ou, o sistema

    privado de mensagens do prprio Facebook. A teoria de Gofman no comtempla porm esta

    possibilidade que temos hoje de estar simultaneamente num mundo real, por exemplo vestidos

    com o pijama atrs de um cran de computador, e no mundo virtual, a editar a foto do perfil do

    Facebook. Zarghooni denomina de detached self-apresentation esta possibilidade de estar

    nos bastidores, despreocupado com a autoapresentao do self real, ao mesmo tempo que se

    est a atuar perante uma audincia, preocupado com a autoapresentao do self virtual.

    A detached self-apresentation (DSP) tambm complementa a ideia de que um maior

    controlo sobre a autoapresentao reduz constrangimentos, previne rotulagens e ajuda a lidar

    com situaes embaraosas e difceis. Os indivduos mais tmidos ou estigmatizados podem

    sentir que o que est sob avaliao e observao o self virtual e no o real. Esta separao

    (detached) aliada a um maior controlo na gesto de impreses, possibilitado por ferramentas

    como o Facebook, podem ser importantes na diminuio da ansiedade social e na reduo de

    impactos negativos que afetem a autoestima, motivando para uma autoapresentao comsucesso e confiana.

    Zarghooni considera tambm no seu estudo a importncia de 4 das tticas

    de autoapresentao teorizadas por Leary: auto descrio, atitudes escritas,

    comportamentos no-verbais e associaes sociais.

    Sendo a auto descrio a forma como as pessoas se autoapresentam atravs de palavras,

    revelando os seus valores, ideologias, gostos, atividades profissionais, etc., a mesma incorpora

    um elevado grau de poder de seleo por parte de quem se est a autoapresentar. No

    Facebook a auto descrio a seleo de informao que cada utilizador decide colocar no

    seu perfil, procurando desde logo causar determinada impresso naqueles que a lerem. Estas

    informaes so facilmente verificas e validades pelos amigos da vida real, que tambm fazem

    parte da rede social Facebook, reduzindo assim as hipteses de fraude.

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    Por outro lado as atitudes escritas so tambm uma outra forma de autoapresentao que

    revelam valores, ideologias, gostos, etc. No contexto do Facebook so os comentrios que

    cada utilizador realiza no seu mural bem como no mural de outros.A terceira ttica de Leary so os comportamentos no-verbais, que se dividem em trs

    categorias: emoes, aparncia fsica e movimentos e gestos. Segundo Zarghooni

    encontramos no Facebook muitas evidncias da utilizao de tticas de autoapresentao no-

    verbal.

    A utilizao de emoticons revela expresses faciais e emoes.

    A aparncia fsica revelada atravs das fotografias que os utilizadores colocam no seu

    perfil. Para Zarghooni esta uma das principais tticas de autoapresentao, considerando

    ainda o autor que os indivduos mais fotognicos ou fisicamente atrativos investem quaseexclusivamente na sua autoapresentao atravs de fotografias, no aprofundando outras

    forma de autoapresentao, ao contrrio dos indivduos fisicamente estigmatizados ou menos

    atraentes.

    Zarghooni apelidou de Computer Mediated Tactility (CMT) os comportamentos de contacto

    fsico online, como o abraar, possibilitados por aplicaes do Facebook como o poke. Para o

    autor a CMT um complemento ttica no-verbal de autoapresentao de Leary, uma vez

    que tambm expressa emoes no-verbais. A CMT tem semelhanas com a ttica de

    movimentos e gestos mas vai mais alm porque pressupe interao. Quando um individuo

    utiliza uma ao do poke procura no s causar uma determinada impresso sobre si como

    tambm interagir com o outro. Normalmente estas aes refletem uma personalidade socivel

    e podem ser vistas por diversas pessoas e no apenas pelo alvo da ao.

    A quarta ttica de Leary adotada por Zarghooni para o contexto do Facebook so as

    associaes sociais. considerada uma forma indireta de autoapresentao uma vez que o

    individuo no realiza uma descrio pessoal, mas sim procura associar-se positivamente ao

    sucesso de personalidades, clubes, marcas, etc.

    Concluiu-se que sendo o Facebook uma rede social centrada no individuo no era possvel

    generalizar o tipo de autoapresentao a outras Redes Sociais, pois as interaes pretendidas

    eram muito diferentes.

    A Motivao, as Situaes desafiadoras e constrangedoras, o Estigma e segregao, o self

    online e offline, as zonas frontais e de bastidores, todos estes aspetos tm de ser tidos em

    conta no momento de fazer uma autoapresentao.

    A autoapresentao numa RS vai regular a impresso social que causamos nas pessoas,

    devemos assim ter o mximo cuidado naquilo que transmitimos, consoante o que pretendemos

    quando nos inscrevemos numa RS.

    O autor concluiu que os aspetos por si abordados devem ser alvo de futuros estudos sobre

    a autoapresentao.