síntese unidade ii - seis passeios pelos bosques da ficção - umberto eco

2
 SÍNTESE UNIDADE II – SEIS PASSEIOS NOS BOSQUES DA FICÇÃO  No livro Seis Passeios nos Bosques da Ficção(1994), Umberto Eco vers res!eito " co#str$%&o "o leitor' O $tor ($i)#os !el co#str$%&o e *orm%&o "o leitor, e+!licit#"o os cmi#os !ercorri"os !elo leitor !r lc#%r o e#te#"ime#to !le#o "o te+to' - im!ort#te ressltr .$e o leitor / co#str$0"o !rtir "o te+to e #&o "e si mesmo' Umberto Eco, #o c!0t$lo 1E#tr#"o No bos.$e2, "estc o !!el "o $tor # co#str$%&o "o leitor' Pr Eco o escrever $m te+to o $tor !roc$r co#str$ir $m leitor i"el, o$ se3, ele escreve !r $m leitor .$e / c!4 "e com!ree#"er s$ obr' Se($#"o Eco 1.$l.$er #rrtiv "e *ic%&o / #ecess5ri e *tlme#te r5!i" !or.$e, o co#str$ir $m m$#"o .$e i#cl$i $m m$lti!lici""e "e co#tecime#tos e "e !erso#(e#s, #&o se !o"e "i4er t$"o sobre esse m$#"o2, o$ se3, o te+to #ecessit "e $m leitor c!4 "e !ree#cer esss lc$#s' O $tor i#" *l .$e o .$e "etermi# como o te+to / co#str$0"o "e!e#"e .$e ti!o "e leitor ele se "esti#'  No c!it$lo "ois Eco !rese#t " $s m#eirs " e !ercorrer o bos.$ e, $m / e+!erime#t#"o $m o$ to"os os cmi#os, o$tr m#eir / observr o bos.$e e veri*icr  !or.$e l($#s cmi#os s&o ! ercorr0eis e o$tros #&o' A ess i"ei ele ssemel leit$ r "o te+to #rrtivo' Eco i#" #os e+!licit .$e "ois #0veis "e leitor)mo"elo6 o !rimeiro / .$ele .$e !e#s .$er sber como termi# ist7ri e o se($#"o se !er($#t .$e #0vel o $tor .$er .$e ele ce($e "o te+to e como este !rete#"e ($i)lo !elo te+to' Um e+em!lo "esse ti!o "e te+to se($#"o Eco / o rom#ce O assassinato de Roger Ackroyd, "e A(t Cristie'  No c!it$lo 1Div (#"o !elo Bo s.$e2 Eco *l sobre !sseio s i#*ere#ciis .$e v em ser o !o#to "e co#tto e#tre o .$e o leitor #&o co#ece e .$ilo .$e 35 co#ece "e #rrtivs #teriores' Assim o leitor $tili4 co#ecime#tos e+teriores o te+to !r !ree#cer os !o#tos .$e o $tor !e"e .$e se3m !ree#ci"os !or este' Em 1Bos.$es Poss0veis2 e em 1O estr#o cso " 8$e Serv#"o#i2 o $tor "iscorrer5 sobre o .$e ele cm "e cor"o *iccio#l, #o .$l o leitor ss$me com o $tor $m co#trto em .$e ceit .$e o .$e est5 se#"o #rr"o / $m ist7ri im(i#ri, ms .$e #em !or isso "eve cr .$e o $tor est co#t#"o me#tirs' Eco i#" *irm .$e 1 obr "e *ic%&o #os e#cerr #s *ro#teirs "e se$ m$#"o e, "e $m *orm o$ "e o$tr, #os *4 lev)l s/rio2'  No $ltimo c!it$lo, 1 Protocolos Ficcio# is2, Eco *l so bre como o m$#" o *iccio#l l9 vi" como se *osse *ic%&o e *ic%&o como se *osse vi"' Ess vis&o #os mostr *ic%&o como !rte "o cor"o e#tre leitor e $tor e t$"o o .$e co#tece em rel%&o o te+to est li(" os co#ecime#tos "o leitor, !ree#ce#"o s lc$#s cor""s e#tre $tor e leitor' A *orm%&o "o leitor)mo"elo "e "e!e#"e " estr$t$r%&o .$e o $tor)mo"elo "is!e#sr5 o se$ te+to' :5 $m r el%&o "e c$m!lici""e e#tre mbos' N&o se !o"e #e(r .$e

Upload: lidiane-souza

Post on 07-Oct-2015

13 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

Resumo do livro de umberto eco

TRANSCRIPT

SNTESE UNIDADE II SEIS PASSEIOS NOS BOSQUES DA FICO

No livro Seis Passeios nos Bosques da Fico(1994), Umberto Eco versa a respeito da construo do leitor. O autor guia-nos pela construo e formao do leitor, explicitando os caminhos percorridos pelo leitor para alcanar o entendimento pleno do texto. importante ressaltar que o leitor construdo a partir do texto e no de si mesmo.Umberto Eco, no captulo Entrando No bosque, destaca o papel do autor na construo do leitor. Para Eco ao escrever um texto o autor procura construir um leitor ideal, ou seja, ele escreve para um leitor que capaz de compreender a sua obra. Segundo Eco qualquer narrativa de fico necessria e fatalmente rpida porque, ao construir um mundo que inclui uma multiplicidade de acontecimentos e de personagens, no se pode dizer tudo sobre esse mundo, ou seja, o texto necessita de um leitor capaz de preencher essas lacunas. O autor ainda fala que o que determina como o texto construdo depende a que tipo de leitor ele se destina. No capitulo dois Eco apresenta duas maneiras de percorrer o bosque, uma experimentando um ou todos os caminhos, a outra maneira observar o bosque e verificar porque alguns caminhos so percorreis e outros no. A essa ideia ele assemelha a leitura do texto narrativo. Eco ainda nos explicita que a dois nveis de leitor-modelo: o primeiro aquele que apenas quer saber como termina a histria e o segundo se pergunta a que nvel o autor quer que ele chegue do texto e como este pretende guia-lo pelo texto. Um exemplo desse tipo de texto segundo Eco o romance O assassinato de Roger Ackroyd, de Agatha Christie.No capitulo Divagando pelo Bosque Eco fala sobre passeios inferenciais que vem a ser o ponto de contato entre o que o leitor no conhece e aquilo que j conhece de narrativas anteriores. Assim o leitor utiliza conhecimentos exteriores ao texto para preencher os pontos que o autor pede que sejam preenchidos por este.Em Bosques Possveis e em O estranho caso da Rue Servandoni o autor discorrer sobre o que ele chama de acordo ficcional, no qual o leitor assume com o autor um contrato em que aceita que o que est sendo narrado uma histria imaginaria, mas que nem por isso deve achar que o autor esta contando mentiras. Eco ainda afirma que a obra de fico nos encerra nas fronteiras de seu mundo e, de uma forma ou de outra, nos faz leva-la a srio.No ultimo capitulo, Protocolos Ficcionais, Eco fala sobre como o mundo ficcional l a vida como se fosse fico e a fico como se fosse vida. Essa viso nos mostra a fico como parte do acordo entre leitor e autor e tudo o que acontece em relao ao texto esta ligada aos conhecimentos do leitor, preenchendo as lacunas acordadas entre autor e leitor.A formao do leitor-modelo de depende da estruturao que o autor-modelo dispensar ao seu texto. H uma relao de cumplicidade entre ambos. No se pode negar que esta relao necessria para florescer do texto. O autor escreve pensando em seu leitor, porm o primeiro cria, ao desenvolver o texto, um leitor ideal que necessariamente ser capaz de decifrar os cdigos criados pelo autor. O leitor por sua vez, se deseja ler a obra, precisa aceitar o contrato prvio que vem com o texto, ou seja, precisa decifrar os cdigos e assim tornar-se o leitor construdo pelo autor.

Referencias Bibliograficas:ECO, Umberto. Seis Passeios nos Bosques da Fico. 10 Imp. So Paulo: Companhia das Letras, 1994.