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Sintaxe do Espanhol Francisco Thibério Arruda Salles e Secundino Vigón Artos

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Sintaxe do Espanhol

Francisco Thibério Arruda Salles e Secundino Vigón Artos

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Diretor Executivo DAVID LIRA STEPHEN BARROS

Gerente Editorial CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA

Projeto Gráfico TIAGO DA ROCHA

Autores FRANCISCO THIBÉRIO ARRUDA SALLES

E SECUNDINO VIGÓN ARTOS

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OS AUTORESFrancisco Thibério Arruda Salles

Eu, Thibério, possuo graduação em Letras pela Universidade

Estadual do Ceará (2009); Especialista em Linguística pela Universidade

Estadual do Ceará (2013) e estou concluindo o Mestrado em Análise

do Discurso na Universidade de Buenos Aires – Argentina. Atualmente

sou Professor Universitário e Conteudista. Na Argentina, trabalho como

professor de português e de Linguística nas seguintes universidades:

Universidad Nacional de Avellaneda e Universidad Nacional de San

Martin. Possuo diploma de Proficiência em Língua Espanhola emitido pelo

Ministério de Educação da Argentina e obtive o nível “avanzado superior”. A

minha proficiência na língua se deu através do exame CELU – Certificado

de Español Lengua y Uso. Além disso, participo constantemente de

Jornadas universitárias, Congressos e Seminários de temas relacionados

à Linguística (como ouvinte e expositor). Atualmente estou elaborando

livros de conjugação e expressões idiomáticas. Também desenvolvi uma

metodologia focada na Abordagem Comunicativa para o ensino de línguas

(português como língua estrangeira/espanhol). No Brasil, trabalhei como

professor de espanhol e de Linguística em renomadas instituições e tenho

experiência de ensino tanto na Graduação quanto na Pós-Graduação de

forma presencial e online.

Secundino Vigón Artos

Eu, Secundino, sou formado em Filologia Espanhola pela

Universidade de Oviedo; em Licenciatura para fins de Ensino da Língua

Espanhola pela Universidade do Porto e conto com pós-graduação em

Línguas Aplicadas e Tradução pela Universidade de Évora e Mestrado

em Linguística pela Universidade do Minho, reconhecidos no Brasil como

Graduação em Letras - Habilitação em Português e as suas literaturas e

habilitação em Língua Espanhola e as suas literaturas pela Universidade

Estadual de Santa Cruz (2013) e Mestrado em Letras: Linguagens e

Representações, também pela UESC (2013). Também realizei o Programa

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de Doutorado em Filologia Clássica e Hispânica da Faculdade de Filosofia

e Letras da Universidade de León (Espanha) trabalhando na área de

sintaxe funcional com grandes nomes da sintaxe do espanhol como

Salvador Gutiérrez Ordóñez ou Manuel Iglesias Bango. Tenho experiência

técnico-profissional na área de sintaxe leccionando esta disciplina durante

mais de 20 anos. Passei por universidades como o Instituto Superior de

Ciências Educativas de Felgueiras, a Universidade Católica Portuguesa, a

Faculdade de Letras da Universidade do Porto e a Universidade do Minho,

em Portugal. No Brasil, leccionei disciplinas de linguística espanhola na

Universidade Estadual da Paraíba e na Universidade Federal da Paraíba

e, atualmente, trabalho como professor efetivo concursado na Unidade

Acadêmica de Letras na Universidade Federal de Campina Grande.

Somos apaixonados pelo que fazemos e adoramos transmitir

experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por

isso, fomos convidados pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco

de autores independentes. Estamos muito felizes em poder ajudar você

nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte conosco!

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ICONOGRÁFICOSOlá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez

que:

INTRODUÇÃO:para o início do desenvolvimento de uma nova compe-tência;

DEFINIÇÃO:houver necessidade de se apresentar um novo conceito;

NOTA:quando forem necessários obser-vações ou comple-mentações para o seu conhecimento;

IMPORTANTE:as observações escritas tiveram que ser priorizadas para você;

EXPLICANDO MELHOR: algo precisa ser melhor explicado ou detalhado;

VOCÊ SABIA?curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias;

SAIBA MAIS: textos, referências bibliográficas e links para aprofundamen-to do seu conheci-mento;

REFLITA:se houver a neces-sidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou dis-cutido sobre;

ACESSE: se for preciso aces-sar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast;

RESUMINDO:quando for preciso se fazer um resumo acumulativo das últi-mas abordagens;

ATIVIDADES: quando alguma atividade de au-toaprendizagem for aplicada;

TESTANDO:quando o desen-volvimento de uma competência for concluído e questões forem explicadas;

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SUMÁRIOCompreendendo como funciona a Sintaxe ..................................... 14

Esboço Histórico .............................................................................................................................. 14

O Termo Sintaxe ............................................................................................................................... 17

Tipos de Sintaxe ............................................................................................................................... 18

Procedimentos Analíticos I .....................................................................22

Funtivos ..................................................................................................................................................22

Sintagmas .............................................................................................................................................24

Relações ................................................................................................................................................27

Procedimentos Analíticos II ....................................................................32

As categorias ......................................................................................................................................32

Tipos de categorias .......................................................................................................................35

Procedimentos Analíticos III ................................................................... 41

Construções categoremáticas e construções sencategoremáticas ......... 41

Construções categoremáticas. .......................................................................... 41

Construções sencategoremáticas ...................................................................42

As transposições .......................................................................................42

As construções preposicionais .......................................................43

Construções endocêntricas e construções exocêntricas .................................44

Construções Endocêntricas .................................................................................45

Construções coordenadas .................................................................45

Construções subordinadas ............................................................... 46

Construções Exocêntricas ........................................................................................................47

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PLANO DE ANÁLISE SINTÁTICO E SUA INTERFACE COM A SEMÂNTICA E A PRAGMÁTICA

UNIDADE

01Sintaxe do Espanhol

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INTRODUÇÃOVocê sabia que a área da sintaxe é uma das mais interessantes da

linguística? Isso mesmo. Pode parecer chato de início esse termo, mais vai

ver ao longo destas páginas que é uma área bem apaixonante. Desde o

início das primeiras gramáticas, ela sempre foi objeto de estudo porque

na verdade ela estuda como se combinam as palavras e os grupos que

estas formam para expressar significados. A sintaxe também se ocupa da

relação que se estabelecem entre essas unidades e é por isso que está

especialmente ligada com outras áreas da linguística como a semântica ou

a pragmática. A sintaxe é essencial para construir enunciados e obviamente

sem um domínio dela não é possível uma comunicação eficaz. Existem

vários modelos de análise sintático e ao longo desta unidade daremos

especial atenção ao modelo de análise funcional, pois consideramos a

língua como um objeto funcional que serve para comunicar-nos e que

não existe melhor modelo descritivo que aquele que parte das funções.

Imaginamos que já terá estudado sintaxe do português em outras

ocasiões e que alguns conceitos não serão tão novos para você, mas se

este estudo se deu apenas no ensino médio devemos de lhe advertir que

o modelo que apresentaremos agora terá bastantes diferenças com o

modelo da gramática tradicional que seguem a maioria dos professores

no ensino fundamental. Não se assuste. Finalmente entenderá a sintaxe

e esclarecerá muitas dúvidas que antes tinha. Acompanhe-nos nesta

viagem. Ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar neste universo

maravilhoso da sintaxe do espanhol! Seja bem-vindo!

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OBJETIVOSOlá. Seja muito bem-vindo à Unidade 1. Nosso propósito é auxiliar

você no desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o

término desta etapa de estudos:

1. Compreender como funciona a sintaxe dentro da linguística geral;

2. Aplicar as técnicas de análise sintático à língua espanhola, de

uma perspectiva funcional;

3. Identificar e solucionar problemas relacionados à sintaxe do

espanhol;

4. Executar os procedimentos de análise sintático depois de

conhecer os principais conceitos da sintaxe.

Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento?

Ao trabalho!

Sintaxe do Espanhol

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Compreendendo como funciona a Sintaxe

INTRODUÇÃO:

Ao término deste capítulo, você será capaz de entender como funciona a parte da gramática que conhecemos como sintaxe, entendendo-a como essa parte que estuda o modo em se combinam as palavras e os grupos que estas formam para expressar significados, assim como a relação que se estabelecem entre essas unidades. Isto será fundamental diferenciá-la de outras partes da gramática. Para isso, começaremos com um pequeno esboço histórico que situe a sintaxe dentro da linguística e depois de definir o termo sintaxe, estabeleceremos as diferencias entre os dois principais modelos atuais de análise sintático. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!

Esboço HistóricoComeçamos este capítulo situando a sintaxe dentro da teoria

linguística, especialmente, dentro do funcionalismo. Gutiérrez Ordóñez

(1981: 7) continuando a proposta de Saussure (1916: 23), define a linguística

em geral como a ciência da linguagem. E adverte que esta breve

caracterização ou definição implica duas restrições importantes:

a. É um estudo que pretende ser científico, pelo que deve adaptar-se às

exigências da metodologia da ciência; seguir um modelo, articular-

se em teoria e obedecer aos imperativos de qualquer modelo

teórico: critérios de sistematicidade, de decisão e de avaliação.

b. O seu objeto de estudo não é a linguagem, o objeto teórico de que

se fala na metodologia da ciência é a langue, a competência e o

sistema, nas propostas avançadas por Saussure, Chomsky e Coseriu.

Sob a denominação de funcionalismo linguístico, incluem-se várias

correntes linguísticas que, embora partam dos mesmos princípios teóricos,

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concebem modelos de análise muito diferentes. Recebem o qualificativo

de “funcional” os paradigmas teóricos propostos pela Escola de Praga, a

glossemática do dinamarquês Louis Hjemslev, os trabalhos do linguista

francês André Martinet, a gramática sistémica do britânico Michael Halliday

e a propriamente chamada gramática funcional do holandês Simon Dik.

Também se incluem neste quadro teórico diversos trabalhos de autores

como Talmy Givón, Susumu Kuno, Michael Silverstein, Anna Siewierska,

Sandra Thompson, Robert Van Valin e Anna Wierzbicka.

VOCÊ SABIA?

O funcionalismo herda as ideias de Ferdinand de Saussure e é uma corrente teórica da linguística que se apoia no pressuposto de que o papel da língua como instrumento de comunicação é essencial. Além disso, considera o estudo de uma língua como a investigação das funções desempenhadas pelos elementos, as classes e os mecanismos que nela intervêm; consequentemente, o estudo de um estado de língua, independentemente de toda reflexão histórica, tem valor explicativo e não apenas descritivo.

Sob o conceito de funcionalismo inclui-se, portanto, qualquer

perspectiva científica que tome como ponto de partida o conceito de

função. O funcionalismo é assim uma perspectiva que parte da evidência

de que as línguas são objetos funcionais e, logo, do convencimento

de que potencialmente não existe melhor descrição de um objeto

funcional do que aquela que toma como dado primário as suas funções.

Consequentemente, a função prima sobre a própria natureza material dos

elementos.

No panorama científico, hispânico existem dois grupos de

investigadores decididamente funcionalistas nas suas abordagens,

reflexões metodológicas e aplicações a campos concretos da linguagem.

Por um lado, temos o ramo de Oviedo, com derivações em outras

Sintaxe do Espanhol

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universidades como León ou La Laguna e, por outro, um outro grupo

importante situado na Universidade de Santiago de Compostela.

No funcionalismo de Oviedo, percebem-se as influências das

grandes escolas (Praga, Copenhague, Martinet, Tesnière...), assim como

a sabedoria dos grandes gramáticos como Bello, Fernández Ramírez,

Gili Gay. O grupo de Santiago tem construído a sua doutrina a partir

do funcionalismo desenvolvido em Oviedo, mas combinando-o com

contributos mais recentes tais como a Nova Escola de Praga, a Tagmémica,

a Gramática Sistémica de M. A. K. Halliday ou a Gramática Funcional de S.

C. Dik.

Mas se existe um gramático funcionalista no panorama linguístico

espanhol representativo do século XX, esse é D. Emílio Alarcos LLorach.

Podemos considerá-lo pai das ideias tanto da Escola Funcional de

Oviedo, como da Escola de Compostela. Depois dos trabalhos de Alarcos,

o funcionalismo espanhol seguirá novos rumos: Tomás Jiménez Juliá,

Mª Victoria Vázquez Rozas, Alexandre Veiga, Milagros Fernández Pérez

ou Guillermo Rojo, em Santiago; José Antonio Martínez, Alfredo Álvarez

Menéndez, Hortensia Martínez ou Josefina Martínez Álvarez, em Oviedo;

ou Manuel Iglesias Bango, Carmen Lanero Rodríguez e Salvador Gutiérrez

Ordóñez, em León, são apenas uma pequena amostra dos gramáticos

que podemos incluir dentro do funcionalismo no noroeste peninsular.

Ao contrário da grande vitalidade que vive o funcionalismo em terras

espanholas, nos estudos de linguística portuguesa podemos afirmar que,

esta é uma teoria linguística pouco seguida ou que foi abandonada em

favor de outros quadros teóricos. Apesar de terem sido realizados muitos

estudos em um enquadramento teórico próximo da gramática tradicional

(GT), os novos caminhos da teoria gramatical portuguesa parecem preferir

os quadros teóricos das gramáticas americanas de constituintes imediatos

(GCI), especialmente os modelos das gramáticas generativas (GG) ou das

gramáticas cognitivas (GC) (ARTOS, Vigón, 2007a).

No entanto, existem também algumas universidades portuguesas

um núcleo importante de gramáticos que poderemos incluir dentro de

um funcionalismo europeu muito próximo do funcionalismo proposto em

Espanha por Alarcos: Jorge Morais Barbosa, Maria João Marçalo, Maria do

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Céu Fonseca, Maria Joana de Almeida Vieira dos Santos, Isabel Maria do

Poço Lopes Pinto ou Rogelio Ponce de León Romeo constituem apenas,

a modo de exemplo, uma pequena amostra da linha funcional portuguesa

nas Universidades de Coimbra, Évora e Porto. No Brasil, o funcionalismo

conta com maior número de seguidores e está espalhado tanto por

universidades federais como estaduais.

Figura 1:: Gramática nas Bibliotecas

Fonte: Freepik

Entenderemos a linguística como um objeto funcional e, apesar de

este quadro teórico não ter sido muito desenvolvido para o português, os

principais estudos de sintaxe do espanhol, iniciados por Emilio Alarcos

Llorach, seguirão este modelo teórico.

O Termo SintaxePodemos definir o termo “sintaxe” dentro da linguística funcional da

seguinte maneira:

• Parte da gramática que estuda a maneira em que se combinam as

palavras e os grupos que estas formam para expressar significados,

assim como a relação que se estabelecem entre essas unidades.

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O termo grego σσσ σ σ σ σ σ (sýntaxis) foi introduzido na terminologia gramatical

no século II d.C. por Apolónio Díscolo, que com ele procurava designar o

estudo das relações que as palavras adquirem na oração.

Este termo era usado até então na terminologia militar para

designar um determinado coletivo de soldados; metaforicamente, foi

utilizado pelos gramáticos para designar a união das letras (ou sons) para

formar as palavras. Apolónio Díscolo foi o primeiro a aplicar este termo no

sentido mencionado (Lázaro Carreter, 1968: 376-377). A seguir, a proposta

de Díscolo, o termo sofreu diversas variações e interpretações na história

da terminologia gramatical.

Hoje podemos entender a sintaxe como uma parte da gramática

que estuda as relações das diferentes unidades ou grupos que integram

uma oração. Obviamente não se pode entender a sintaxe sem ter em

conta outras partes da gramática como a semântica e a pragmática.

Tipos de SintaxeNa atualidade, podemos afirmar que existem dois tipos de sintaxe,

os quais dependem do ponto de partida. Há uma sintaxe que parte do

conceito de categoria (sintaxe categorial ou sintaxe de constituintes

imediatos) e outra, cujo ponto de partida será o de função (sintaxe

funcional).

Marçalo (2004), apresenta uma tabela comparativa entre os dois

quadros teóricos, nomeadamente entre a sintaxe categorial e a sintaxe

funcional, onde são comparados os principais pontos de convergência e

divergência entre ambas as sintaxes.

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Tabela 1: Diferencias de Tipos de Sintaxe

Fonte: MARÇALO, (2004, p. 47).

Pensamos que, embora com bases e pontos de partida diferentes,

os dois quadros falam do mesmo e, portanto, entendemos que qualquer

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trabalho descritivo deve procurar encontrar pontos de encontro para

esclarecer e descrever a teoria sintática. Tentaremos neste livro seguir

o modelo funcional de descrição sintática, mas sem esquecer-nos de

que existem outras maneiras de entender a sintaxe. Contudo, estamos

conscientes, como alerta Gutiérrez Ordóñez, do seguinte problema:

“[…] toda «importación» de nociones procedentes de otras

metodologías entraña el evidente peligro de arrastrar

connotaciones e incluso interpretaciones no deseadas”

(ORDÓNEZ, Gutiérrez, 1997a: 409).

Já foi referido que o funcionalismo apresenta algumas divergências

relativamente ao formalismo. Substitui, por exemplo, o conceito de

forma pelo o de função fundamenta-se nas relações e nas funções que

assumem os elementos dentro do sistema para oferecer uma explicação

mais simples e compreensiva do objeto. Gutiérrez Ordóñez (1997a)

reproduz o seguinte exemplo que adapta de G. Mounin:

“Imaginemos una mesa que por uno de tantos accidentes de

la vida se queda coja. En su lugar podemos colocar un trozo de

madera, de hierro, de plástico, el palo de una escoba o un trozo

de mástil. Cualquiera sea el origen, materia e incluso forma de

tal elemento pasará inevitablemente a denominarse ‘pata’, en

virtud de la nueva función que pasa a desempeñar. Algo es

‘pata’ no por su ser en sí, sino por la función que desempeña.

La función predomina sobre la materia, la fisiología sobre la

anatomía, el funcionalismo sobre el fisicalismo.” (ORDÓNEZ,

Gutiérrez, 1997a: 20).

Lembre-se que existem dois tipos de sintaxe e que ambos se

diferenciam do ponto de partida, pelo que obterão resultados diferentes

e concepções de análise diferentes.

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ACESSE:

Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo: “Principios y magnitudes en el funcionalismo sintáctico de E. Alarcos”, Español Actual, 61, 1996, págs. 19-35., de SALVADOR GUTIÉRREZ ORDÓÑEZ acessível pelo link https://bit.ly/3luM6Eu

RESUMINDO:

E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que a sintaxe é uma parte da linguística que se relaciona com outras áreas como a semântica e a pragmática. Com certeza, ficou gravado que o tempo tem muitos anos e que devemos a Apolinário Díscolo a introdução do mesmo nas gramáticas. Esse termo sofreu várias mudanças ao longo do tempo e hoje entendemos a sintaxe como aquela parte da gramática que estuda a maneira em que se combinam as palavras e os grupos que estas formam para expressar significados, assim como a relação que se estabelecem entre essas unidades. Não esqueça, que atualmente existem dois tipos de sintaxe: a sintaxe que parte do conceito de categoria (sintaxe categorial ou sintaxe de constituintes imediatos e a sintaxe cujo ponto de partida será o de função. Esse ponto de partida diferente pode ocasionar diferentes perspectivas de análise.

Sintaxe do Espanhol

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Procedimentos Analíticos I

INTRODUÇÃO:

Neste capítulo, vamos apresentar alguns procedimentos analíticos que se utilizam na sintaxe. No final dele, você será capaz de entender conceitos que se utilizam na sintaxe como funtivos, sintagmas e relações. Isto será fundamental para realizar qualquer análise sintático e entender os capítulos seguintes. E aí? Animado para saber que são estes quatro termos? Vamos lá.

FuntivosFuntivos, sintagmas e relações são de real importância para entender

a sintaxe funcional, já que eles são a base de qualquer procedimento

analítico nesta parte da gramática.

Nas gramáticas funcionais se parte do conceito função, mas a

distinção entre funções, funtivos, sintagmas e relações também será

necessária. A modo de exemplo imaginemos uma outra metáfora de

Gutiérrez Ordóñez – desta vez apoiada num casamento –:

a. A relação seria, portanto, o próprio casamento;

b. As funções: esposo e esposa, isto é, as

funções que implica o casamento em si;

c. Os funtivos ou sintagmas, as pessoas concretas

que assumem essas funções: Ana e Pedro, António

e Célia, esse rapaz alto e essa menina simpática.

• Sendo assim, denomina-se funtivo a magnitude simples ou complexa

que representa ou preenche uma função sintática abstrata para torná-

la em função sintática concreta.

Sintaxe do Espanhol

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O próprio Gutiérrez Ordóñez (Idem: 395) diferencia três tipos de

magnitudes ou funtivos:

a. Funtivos simples: o funtivo mínimo que pode exercer uma

função sintática. Estes funtivos coincidem com aqueles

que, no quadro da Escola Funcional de Santiago de

Compostela, Guillermo Rojo (1983: 72) designou de unidades.

(1) Exemplo:

1. Entran / Entram.

2. Pescados / Peixes.

3. Aquí / Aqui.

4. Buenos / Bons..

b. Funtivo composto: será o funtivo constituído

por vários segmentos em coordenação.

(2) Exemplo:

1. Entran y salen / Entram e saem.

2. Pescados y mariscos / Peixes e mariscos.

3. Aquí y ahora / Aqui e agora.

4. Buenos y malos / Bons e maus.

Sintaxe do Espanhol

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Funtivos complexos: são magnitudes complexas formadas por

elementos heterogéneos que aparecem quer em relação de subordinação

quer em relação de interdependência.

(3) Exemplo:

1. Entran por la puerta / Entram pela porta.

2. Pescados frescos / Peixes frescos.

3. Ahora mismo / Mesmo agora.

4. Muy buenos / Muito bons.

Os funtivos simples estão escritos na categoria do elemento que

os representa. A sequência formada por vários segmentos coordenados,

quer dizer, a unidade composta, pertencerá à mesma categoria dos seus

componentes. Os funtivos complexos herdam a categoria funcional do seu

núcleo. Para estes, temos de ter em conta o princípio de recursividade, isto

é, que toda a categoria pode preceder-se a si própria num ordenamento

hierárquico; ou, como afirma Rojo na seguinte citação: “[…] toda unidad

puede contraer en su interior otra cadena perteneciente al mismo tipo […]”.

(ROJO, 1983).

SintagmasO termo sintagma, na abordagem funcional, possui uma relação

evidente com a dimensão combinatória da linguagem. No entanto,

existem duas visões de sintagma:

a. Aqueles que concebem este termo como a associação de vários

elementos. Esta primeira posição parte do próprio Saussure e será

seguida, entre outros, pela Escola de Genebra e pela Escola de Praga.

No entanto, dentro desta tendência, observamos ainda duas opções:

Sintaxe do Espanhol

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a.1- A opção daqueles que consideram que o sintagma é um grupo

binário; quando duas palavras que se encontram no interior do enunciado

e numa relação determinada constituem um sintagma.

a.2- Quando o carácter binário não é indispensável. Esta será a

posição seguida principalmente por Martinet (1975) e Rojo (1983), que

consideram que o sintagma deve satisfazer três condições:

1. Los constituyentes del sintagma contraen entre sí relaciones

gramaticales [Martinet, 1975:65].

2. El sintagma mantiene una relación unitaria con la secuencia a que

pertenece […] contrae, como parte una relación única […] con respecto

al todo en que está integrado. [Ibidem]

3. El sintagma constituye un todo con respecto al cual los elementos

que lo forman mantienen relaciones de parte a todo. [Ibidem]

b. Aqueles que o definem como uma magnitude sintática mínima.

Esta será a posição de Emilio Alarcos (1970, 1994) e a aqui será

defendida. Dentro do funcionalismo da escola de Oviedo concebe-

se o sintagma não como o resultado da combinação de elementos,

mas sim como um funtivo sintático simples, elementar. Gutiérrez

Ordóñez (1997a: 400-401) define o sintagma como unidade de

função sintática, elemento mínimo capaz de representar um dos

papéis da arquitetura formal combinatória da sequência. Embora

não seja uma combinação de elementos, tem plena dimensão

combinatória: “es la unidad de la combinatória sintagmática,

la unidad de función sintáctica”. (ORDÓNEZ, Gutiérrez,1997).

Sendo assim, também qualquer sintagma deve estar adscrito a uma

categoria dependendo das funções que possa representar, pelo que o

sintagma deve ser descrito em relação à função que desempenha, isto é,

Sintaxe do Espanhol

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deve definir-se como o elemento mínimo que possa contrair uma função

sintática.

Na teoria funcional apenas se diferenciam os seguintes sintagmas:

SV – Sintagma Verbal.

SN – Sintagma Nominal.

SAdj – Sintagma Adjectival.

SAdv – Sintagma Adverbial.

Martínez também inclui um quinto sintagma que seria o sintagma

interjeição; no entanto, está consciente do seu comportamento especial:

“sólo se yuxtaponen a sintagmas de cualquier categoría” (Cf. Martínez,

1994c: 21). Acrescente, ainda, que “la interjección se caracteriza por su simple capacidad para yuxtaponerse con unidades de las demás categorías y éstas –verbo, sustantivo, adjetivo y adverbio – son definidas por poder entrar en las subordinaciones, bien como núcleos bien como adyacentes” (Cf. Martínez, Ibidem).

Assim, em português, seguindo a proposta estabelecida para o

espanhol por José Antonio Martínez (1994c: 22), poderíamos diferenciar,

por um lado, o sintagma verbal (isto é, o verbo ou a oração mínima) cuja

função seria a de núcleo oracional, e por outro, os sintagmas adjacentes.

Os sintagmas verbais, por sua parte, levariam adjacentes nominais

(substantivos, adjetivos e advérbios), tal como se exemplifica no seguinte

esquema:

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Tabela 2: Organização dos Sintagmas

Fonte: MARTINEZ, (1994, p. 211).

O grande grupo dos nominais poderia subdividir-se em três grupos,

apoiando-nos na subordinação: Sintagmas Nominais (SN), Sintagmas

Adjectivais (SAdj) e Sintagmas Adverbiais (SAdv).

“Siempre que no intervengan los transpositores, los sintagmas

sustantivos funcionan como núcleos de los sintagmas adjetivos

(adyacentes suyos), los cuales en función nuclear pueden

llevar sintagmas adverbiales como adyacentes, siendo así

que, además de los adverbios, algunos pueden subordinarse

a otros. (MARTINEZ, 1994c: 22).

RelaçõesAs relações que podem estabelecer os funtivos entre termos

categoremáticos podem ser de três tipos:

a) Interdependência.

b) Coordenação.

c) Subordinação.

Sintaxe do Espanhol

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O método funcional procura evitar a circularidade na classificação

das relações e baseia-se nas noções de constante e de variáveis. Para

determinar se um termo de relação é uma constante ou uma variável

aplica a comutação por zero ou supressão.

Para uma melhor visualização, propomos estes exemplos

apresentados por Gutiérrez Ordóñez, nos quais podem ser verificadas as

relações que se estabelecem entre cada termo:

(4) Exemplo:

a. Compró pasteles, arroz. / Comprou bolos, arroz.

b. Compró pasteles y arroz. / Comprou bolos e arroz.

c. Compró pasteles de arroz. / Comprou bolos de arroz.

d. Llegó acabada la reunion. / Chegou acabada a reunião.

Tabela 3: Análise dos Exemplos 4

Fonte: Elaborada pelo autor, (2020).

Este método de classificar as relações sintáticas é independente

da natureza das conjunções e evita o problema da circularidade. Inclui,

ainda, a justaposição e a coordenação no mesmo grupo e descobre a

existência de uma nova relação: a interdependência. Teríamos os mesmos

resultados de análise também com os exemplos do português.

Sintaxe do Espanhol

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Tabela 4: Análise dos Exemplos 4

Fonte: Elaborada pelo autor, (2020).

No seguinte quadro, mostramos as diferenças entre as análises

tradicionais e a análise funcional.

Tabela 4: Método Tradicional/Método Funcional

Fonte: Elaborada pelo autor, (2020)

Passamos agora a resumir brevemente essas relações:

a) Interdependência – ambos os elementos são necessários.

A anulação de um deles supõe o desaparecimento da função.

(5) Exemplo:

a. Analizado el curriculum, decidimos contrtatarlo /

Analisado o curriculum, decidimos contratá-lo.

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b. *Analizado, decidimos contrtatarlo / *Analisado, decidimos

contratá-lo.

c. *El curriculum, decidimos contrtatarlo / *O curriculum,

decidimos contratá-lo.

b) Coordenação – função composta, constituída pela adjunção

de dois ou mais segmentos equifuncionais. Nestes casos, se é

suprimido um dos elementos coordenados, a função manter-

se-á.

(6 )Exemplo:

a. Compré plátanos y fresas / Comprei bananas e morangos.

b. Compré plátanos / Comprei bananas.

c. Compré fresas / Comprei morangos.

Para que exista coordenação os funtivos devem cumprir os

requisitos que anotamos a seguir:

i) pertencer ao mesmo nível hierárquico;

ii) pertencer à mesma categoria funcional;

iii) realizar a mesma função sintática;

iv) desempenhar a mesma função semântica.

c) Subordinação – seria constituída por um núcleo e por um

ou vários segmentos adjacentes. Caso o núcleo se comute por

zero, a função desaparece; no entanto, se o segmento que se

anula é o termo dependente, a função manter-se-á.

(7) Exemplo:

a. Compré plátanos de Canarias. / Comprei bananas das

Canárias.

b. *Compré de Canarias. / *Comprei das Canárias.

c. Compré plátanos / Comprei bananas.

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SAIBA MAIS:

Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo: «Visualización sintáctica: un nuevo modelo de representación espacial», en Actas del VII Coloquio Internacional de Lingüística Funcional, Oviedo, Universidad de Oviedo, 1978, págs. 259-270. de SALVADOR GUTIÉRREZ ORDÓÑEZ acessível pelo link https://bit.ly/3kmDE9a

RESUMINDO:

Somos conscientes de que este tipo de conceitos é de fácil aquisição, mas vamos tratar de fazer um resumo final. Um funtivo, é aquela unidade mínima que é capaz de realizar função e, consequentemente, o sintagma é entendido como um funtivo sintático simples, elementar e não como o resultado da combinação de elementos. Por outro lado, vimos que existem três relações que esses funtivos podem aparecer: coordenação, subordinação e interdependência. Saberias já diferenciá-las? Nesse artigo de Salvador Gutiérrez Ordóñez que recomendamos anteriormente poderás aprofundar sobre o assunto.

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Procedimentos Analíticos II

INTRODUÇÃO:

Continuaremos neste capítulo com os procedimentos analíticos que se utilizam na sintaxe. Nele dedicamos a atenção a outro termo importantíssimo em sintaxe: o termo de categoria. Esperamos no final deste capítulo que você seja capaz de entender este conceito, pois ele também será fundamental para iniciar qualquer análise sintático. Vamos lá então? Disposto a saber como estabelecemos as categorias em sintaxe?

As categoriasConvém lembrar que na linguística atual também existem duas

concepções das categorias sintáticas, que são elas:

i) A concepção que procede das gramáticas categoriais,

a qual nasce com a análise de constituintes imediatos e foi

desenvolvida pelas distintas escolas generativistas;

ii) A que emana de uma visão funcionalista e apresenta uma

concepção centrada na língua como objeto funcional.

• Nas gramáticas categoriais, entre a oração e os elementos simples

existe uma partição sucessiva em constituintes hierarquicamente

organizados. Desta observação, surge a necessidade de estabelecer

a diferença entre categorias lexicais e categorias sintagmáticas. As

primeiras são unidades mínimas de determinada categoria (N, V, Adj,

etc); as segundas são unidades máximas formadas por sequências

de palavras. A categoria da unidade máxima é determinada pela

categoria do item lexical que constitui o seu núcleo:

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Tabela 5: Categorias Lexicais / Categorias Sintáticas

Fonte: Elaborada pelo autor, (2020).

Nos modelos generativistas mais recentes, uma categoria SX

pode ser a projeção de uma categoria funcional, como Tempo, Flexão,

Comp, Asp, etc. Quer isto dizer que a combinatória não se restringe

exclusivamente às categorias lexicais (ou substantivas, na terminologia

mais recente).

Na determinação das categorias nos últimos modelos generativistas,

parte-se de duas hipóteses:

1. Todas as construções sintáticas são endocêntricas. Têm como núcleo

uma categoria lexical;

2. Todas as construções herdam a categoria do seu núcleo.

Na teoria X-barra proposta por Chomsky (l981), um sintagma

é a projeção do seu núcleo. Parte-se, portanto, do princípio de

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endocentricidade: cada categoria sintagmática tem obrigatoriamente de

ter um núcleo da mesma categoria sintagmática.

Eduardo Raposo (1992) resume este princípio com as seguintes

palavras:

1. Uma categoria sintagmática SX tem obrigatoriamente um núcleo

pertencente a uma categoria léxica principal.

2. Para uma dada categoria sintagmática SX, o núcleo pertence à

categoria léxica correspondente X. [RAPOSO, 1992:162].

Portanto, seguindo este princípio, não existe diferença categorial

entre uma categoria sintagmática SX e o seu núcleo lexical X. No entanto,

como adverte Ana Mª Brito (2003), neste modelo há núcleos que não

podem ocorrer por si só:

“Pelo contrário […] um sintagma preposicional não pode

ser constituído exclusivamente pelo seu núcleo, devendo

conter obrigatoriamente um complemento. Quer dizer, uma

preposição não pode, por si só, constituir um SP […]”(BRITO,

2003: 327).

Da nossa perspectiva funcional, apenas consideramos núcleo

de uma determinada categoria aquele funtivo capacitado para realizar

funções sintáticas autonomamente. Na sintaxe funcional também se

fala de categorias, mas estas categorias derivam das funções. Serão,

portanto, categorias funcionais e estarão incluídas na mesma categoria

funcional todos aqueles sintagmas ou grupos sintagmáticos que realizem

as mesmas funções ou como diz lapidar e literalmente Gutiérrez Ordóñez:

“[…] pertenecerán a una misma categoría los sintagmas

que pueden contraer las mismas funciones”. (ORDÓNEZ,

Gutiérrez,1997a: 73).

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Lembre-se que em sintaxe funcional, independentemente da

forma que tiver esse funtivo, estão incluídos na mesma categoria todos

aqueles funtivos que sejam capazes de realizar a mesma função e que as

categorias como são funcionais, serão estabelecidas exclusivamente com

critérios funcionais.

Tipos de categoriasÉ conveniente dizer que existem dois tipos de categorias: as

categorias sintagmémicas e categorias sintagmáticas. Ao longo desta

secção trataremos de diferenciá-las.

Nas categorias sintáticas das gramáticas de funções, funcionais

ou funcionalistas é proposto deslindar dois estádios de análise: o plano

morfológico e o plano sintático, isto é, as categorias sintagmémicas e as

categorias sintagmáticas.

“Se trata de dos factorías que se articulan en dos etapas

sucesivas a los mensajes. La morfología compone palabras

o sintagmas. La sintaxis ensambla estos componentes

en unidades superiores. La diferente naturaleza de las

construcciones morfológicas y de las construcciones

sintácticas nos lleva a establecer distintas clasificaciones.”

(ORDÓNEZ, Gutiérrez, 2007a: 955).

Com isso podemos distinguir entre categorias morfológicas e

categorias sintáticas:

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Tabela 6: Nível morfológico/ Nível Sintático

Fonte: Elaborada pelo autor, (2020)

A forma de se combinar as expressões lava e loiça diferencia-se

perfeitamente em mensagens como em (8):

(8) Exemplo:

Él lava la vajilla con el lavavajillas. / Ele lava a loiça com o lava-loiça.

Meu caro, as categorias morfológicas agrupam as palavras ou

sintagmas mínimos segundo a sua constituição interna, segundo a

combinatória intrasintagmática. Pelo contrário, as categorias sintáticas

ordenam as magnitudes (simples ou complexas) segundo as propriedades

que revelem dentro da combinatória intersintagmática ou sintática.

Sendo assim, em gramática funcional, seguindo a proposta de

Gutiérrez Ordóñez (2007a: 956) são consideradas categorias morfológicas

ou sintagmémicas:

Tabela 7: Categorias Morfológicas

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Fonte: Elaborada pelo autor, (2020)

Por outro lado, na sintaxe funcional diferenciamos dois tipos de

elementos:

1. Os sintagmas: são funtivos ou elementos que estão capacitados para

contrair função sintática.

2. Os elementos funcionais são fatores ou signos que têm como missão

indicar ou possibilitar função (é o caso das preposições e conjunções).

Diferenciamos as seguintes categorias de sintagmas, categorias

sintáticas ou categorias sintagmáticas:

Tabela 8: Categorias Morfológicas

Fonte: Elaborada pelo autor, (2020).

Como vemos, nesta relação também não figura o SP (sintagma

preposicional), dado que na proposta funcional que seguimos não se

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considera categoria, mas uma construção sencategoremática, isto é, a

união de um índice funcional ou transpositor a um SN, SAdj ou SAdv.

“Las llamadas frases preposicionales, tomadas como

categorías (al lado de nombre, adjetivo, verbo o adverbio),

constituyen una de las incorporaciones más discutibles

que haya tomado la lingüística europea desde la fuente del

estructuralismo americano.” (ORDÓNEZ,Gutiérrez,1997 a: 170).

Embora possa parecer que não existem grandes diferenças entre

ambos os quadros teóricos, os resultados que obtemos na hora de

analisar certas construções mostram o contrário. Verifiquemos isto a partir

da seguinte série de estruturas que apresentamos nos seguintes quadros,

onde ilustramos, a título exemplificativo, a categoria Sintagma Nominal

(exemplos de 9) e a categoria Sintagma Adjetival (exemplos de 10).

(9) Exemplo:

Fonte: Elaborada pelo autor, (2020).

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(10) Exemplo:

Fonte: Elaborada pelo autor, (2020).

Isto deve-se, como afirmávamos antes, a que o funcionalismo

diferencia, por um lado, categorias sintagmémicas e, por outro, categorias

sintáticas. A sintagmémica estuda as regras de combinação de signos

léxicos, morfológicos e sistemáticos no interior do sintagma: ‘amarel-o’,

‘amarel-íssimo’. A sintaxe, por outro lado, tem por objeto de estudo a

combinatória dos sintagmas na constituição dos esquemas sintagmáticos,

e o sintagma é considerado como a unidade ponte entre as duas disciplinas:

a sintagmémica e a sintaxe. Numa sequência, os sintagmas relacionam-

se, pelo que adquirem papéis, funções. Considera-se ainda que, contudo,

existem funções formais, semânticas e pragmáticas. Gutiérrez Ordóñez

exemplifica esta teoria, desta vez, com uma obra de teatro:

“[…] todo funciona como en el teatro: los sintagmas se comportan

como los actores, las funciones son como los personajes.

Un mismo actor puede representar a varios personajes […] y

un mismo personaje admite ser representado por diferentes

actores.” (GUTIÉRRES, 1997a: 74).

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Da mesma maneira, na sintaxe, o mesmo sintagma está capacitado

para adquirir várias funções e uma mesma função poderá ser ocupada

por funtivos não idênticos.

SAIBA MAIS:

Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo “Sobre categorías y clases: infinitivos y participios”, Actas del VI Congreso de Lingüística General, II.A Las lenguas y su estructura, Santiago de Compostela, 2007, págs. 953-983. de SALVADOR GUTIÉRREZ ORDÓÑEZ acessível pelo link https://bit.ly/3nrNtER

RESUMINDO:

Tentamos neste capítulo, definir os critérios para estabelecer uma categoria sintática, explicando como o fazem os principais quadros teóricos da sintaxe: a sintaxe funcional e a sintaxe gerativa. Acabamos o capítulo estabelecendo as diferencias entre categoria sintagmáticas e sintagmémicas. Será que você já consegue estabelecer categorias sintáticas? Lembra dos critérios que se utilizam? Se ainda tem dúvidas leia a primeira parte do artigo de Salvador Gutiérrez Ordóñez que recomendamos anteriormente. Vai ficar bem claro!

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Procedimentos Analíticos III

INTRODUÇÃO:

Neste último capítulo, seguiremos com os procedimentos analíticos básicos na sintaxe e essenciais para conseguir realizar uma análise sintática. Talvez alguns destes conceitos sejam novos para você, mas depois desta leitura vai encontrar respostas para algumas construções e estruturas que anteriormente provavelmente não saberia analisar nem identificar. Dedicaremos, pois, o capítulo a analisar construções categoremáticas e sencategoremáticas, e construções endocêntricas e construções excêntricas. Não se assuste! É mais fácil do que parece. Vamos lá, então?

Construções categoremáticas e construções sencategoremáticas

A sintaxe tem como objeto de estudo as relações intersintagmáticas,

apenas deveriam ocupar-se da combinatória entre sintagmas (ou grupos

sintagmáticos), quer dizer, entre as magnitudes capazes de contrair função

ou desempenhar autonomamente uma função. O resto das construções

(as intrasintagmáticas) ficaria, em princípio, a cargo da sintagmémica.

No entanto, existem também casos intermédios que podem apresentar

alguns problemas, como as combinações de signos não autónomos

(artigos, preposições, conjunções), quer dizer, signos que não podem

contrair função sintática pelo que não podem constituir sintagmas.

Gutiérrez Ordóñez (1997a: 405) procura resolver a questão anterior

diferenciando dois tipos de combinações:

Construções categoremáticas.

Uma magnitude é um categorema ou categoremática quando

está capacitada para exercer uma função sintática, isto é, quando está

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escrita a uma categoria funcional. Portanto, apenas se consideram quatro

categorias funcionais ou termos categoremáticos:

Tabela 9: Categorias funcionais

Fonte: Elaborada pelo autor, (2020).

Construções sencategoremáticas

São formadas pela combinação de termos categoremáticos e

sencategoremáticos, são exemplos destes tipos de construções:

As transposiçõesExplicaremos a seguir que nem todas as categorias podem contrair

qualquer função. A transposição é um mecanismo sintático que permite

realizar mudanças de categorias. Para que se produza tal transposição,

serão sempre necessários dois elementos: uma base e um transpositor.

A soma dos dois elementos originará uma unidade nova que constituirá

uma nova categoria diferente daquela que inicialmente tinha a base.

(11) Exemplo:

a. El amarillo es muy caro. / O amarelo é muito caro.

b. Ese chaval de Matinhas es simpático / Esse rapaz de

Matinhas é simpático.

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As construções preposicionaisExistem dois tipos de construções preposicionais que dependem

do papel que tenha a preposição na construção, isto é, entendemos que

as preposições podem ser índices funcionais ou funtores, ou podem ser

elementos que contribuem para uma transposição:

b.2.1 – Construções em que a preposição contribui para uma

transposição:

(12) Exemplo:

a. Libro de madera. / Livro de madeira.

b. Café con azúcar. / Café com açúcar

2.2 – Construções em que a preposição se comporta como um

índice funcional:

(13) Exemplo

a. Hablaba de política. Falava de política.

b. Se preocupa por su padre. Preocupa-se com o seu pai.

A partir destes pressupostos metodológicos, recusam-se as teses

que concebem as construções preposicionais tanto como construções

exocêntricas, como uma construção endocêntrica (últimas propostas

do generativismo). É verdade que existem algumas dificuldades na

determinação do núcleo, mas deve ficar claro que, na nossa perspectiva,

não pode ser considerada núcleo de uma construção uma magnitude que

não tenha valor categoremática, quer dizer, que por si própria não possa

Sintaxe do Espanhol

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exercer nunca uma função sintática. Seguindo este princípio, isto levar-

nos-á a apresentar uma nova classificação do nosso objeto de estudo e a

ignorar a categoria Sintagma Preposicional (SP) tão divulgada tanto dentro

das gramáticas generativas, como na terminologia linguística atual.

“El sintagma preposicional es una categoría sintáctica

que surge en el descriptivismo americano de la primera

mitad del siglo XX. Ha sido desde el origen una de las

aportaciones más problemáticas y, a pesar de su éxito y de su

simplicidad cognitiva, tal vez una de las más desafortunadas.

(ORDÓNEZ,Gutiérrez 2007b: 209).

Construções endocêntricas e construções exocêntricas

Nas propostas funcionalistas dos últimos anos, também é

muito frequente encontrar referências, discussões e adaptações dos

conceitos endocêntrico/exocêntrico incorporados da análise em

constituintes imediatos. Mas consideramos que, numa análise funcional,

falar de construções endocêntricas e exocêntricas podem causar-

nos alguns problemas, pelo que convém assumir algumas precauções

metodológicas -já resumidas por Gutiérrez Ordóñez- e apenas aplicar o

binómio endocêntrico/exocêntrico nas construções categoremáticas.

O próprio Gutiérrez Ordóñez, afirma que:

“não nos devemos esquecer de que estes conceitos foram

extraídos de uma sintaxe de constituintes para uma sintaxe

de dependências; de uma hierarquia de constituintes para

uma hierarquia de domínio e que, nas análises funcionais

de dependências, primam as relações parte/parte sobre as

relações parte/todo. (ORDÓNEZ, 1997ª:409)

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Na análise funcional, diferenciam-se categorias sintáticas e

categorias sintagmémicas. Pelo contrário, nas gramáticas de constituintes

não se estabelece esta diferença, pelo que todas se encontram no mesmo

plano de igualdade. Assim, numa sequência como em Madrid os dois

constituintes contam com os mesmos direitos. O núcleo nas construções

endocêntricas da análise em constituintes imediatos não exerce domínio

e o conceito de subordinação não tem lugar nesta metodologia.

Diferenciaremos, portanto:

Construções Endocêntricas

Incluímos dentro das construções endocêntricas aquele constituinte

complexo ou todo o grupo sintagmático que pertence à mesma categoria

que um dos seus constituintes imediatos ou, nos termos de Rojo & Juliá:

“Son construcciones endocéntricas aquellas en las que

alguno de sus constituyentes inmediatos puede desempeñar

la misma función que realiza la construcción completa que

estamos considerando “(JULIÁ, Jimenez ; ROJO, 1989:100).

Diferenciamos dois tipos de construções endocêntricas:

Construções coordenadasA coordenação de dois segmentos tem como resultado uma

construção que pertence à mesma categoria que as suas partes

constitutivas.

(14) Exemplo:

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Fonte: Elaborada pelo autor, (2020).

Construções subordinadasNestas combinações, o núcleo e o resto dos constituintes criam

uma construção que assume a categoria do núcleo.

(15) Exemplo:

Fonte: Elaborada pelo autor, (2020).

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Nas construções endocêntricas, existe um núcleo que se caracteriza

por presidir às relações hierárquicas da construção e por estar capacitado

para representar por si próprio a construção. Isto implica que não pode ser

comutado por zero sem que a função conjunta desapareça. A comutação

por zero é uma prova contundente do processo de identificação destas

estruturas.

Construções ExocêntricasNestas construções, existe uma categoria que não coincide com a

de nenhum dos constituintes imediatos que a integra. São construções

em que nenhum dos elementos constitutivos possui o mesmo privilégio

de figuração que a totalidade da construção. Desta última interpretação

deduzimos que, numa construção exocêntrica, ambos os elementos são

necessários, o que, na adaptação aos esquemas dependenciais, permite

inferir que estão unidos por meio de uma relação de interdependência.

Consideramos, portanto, construções exocêntricas aquelas construções

derivadas do mecanismo da transposição1, isto é, quando um funtivo se

une a um outro segmento chamado transpositor e ambos constituem

uma magnitude complexa que pertence a outro conjunto categorial

em que não estava incluído nenhum dos constituintes. São construções

exocêntricas porque nenhum dos elementos está capacitado para

poder assumir a função de núcleo. Este mecanismo tem como objetivo

capacitar a nova unidade para realizar funções que estavam proibidas aos

constituintes primitivos.

“A transposição é o mecanismo de que a língua dispõe e que

permite a um sintagma mudar de categoria e exercer funções

que até aí não lhe eram admitidas. A transposição é uma das

manifestações mais evidentes da lei de economia de Martinet.”

(MARÇALO, 2004:101).

1 Este conceito será novamente retomado e explicado nos seguintes capítulos.

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Repare-se nos seguintes exemplos:

(16) Exemplo:

Prefiero unas mesas de madera. / Prefiro umas mesas de

madeira.

Prefiero un café con leche. / Prefiro um café com leite.

Prefiero los tiempos de entonces. / Prefiro os tempos de

então.

Prefiero la amarilla. / Prefiro a amarela.

Prefiero los estropeados. / Prefiro os estragados.

Estas seriam as nossas propostas de análise:

(17) Exemplo:

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Além destes exemplos, podemos encontrar outras construções

exocêntricas mais complexas, isto é, em que se realizam transposições

múltiplas. Repare-se agora nos exemplos de 18a e 18b e a suas propostas

de análise ilustradas em 19a e 19b.

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(18) Exemplos:

a. Prefiero las de madera. / Prefiro as de madeira.

b. Prefiero el de las de madera./ Prefiro o das amarelas.

(19) Exemplos:

Fonte: Elaborada pelo autor, (2020).

Fonte: Elaborada pelo autor, (2020).

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SAIBA MAIS:

Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo “La transposición sintáctica (Problemas), Cuadernos de Lingüística y Didáctica del Español, 10, Logroño. 1991 de SALVADOR GUTIÉRREZ ORDÓÑEZ acessível pelo link https://bit.ly/3eUhnyr

RESUMINDO:

Para finalizar neste capítulo, diferenciamos entre construções categoremáticas e sencategoremáticas, assim como entre construções endocêntricas e construções exocêntricas, e introduzimos um conceito que nos acompanhará ao longo da disciplina: o conceito de transposição. Finalizamos com algumas propostas de análise de algumas construções complicadas para adentrar-nos nas seguintes unidades em uma análise sintática mais completa. Com isto, encerramos a primeira unidade e esperamos que tenha adquirido os conceitos básicos da sintaxe funcional do espanhol. Como sempre não se esqueça de ler o artigo de Salvador Gutiérrez Ordóñez que recomendamos anteriormente, com certeza que depois de lê-lo não ficará nenhuma dúvida sobre o que vimos ao longo desta unidade. Nos vemos em breve! Até já.

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Francisco Thibério Arruda Salles e

Secundino Vigón Artos