síndrome da fadiga crônica

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Síndrome da Fadiga Crônica SFC Dr Francismar Prestes Leal Hematologista CRM/PR 18829 Hemocenter

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Palestra ministrada na SIPAT 15 do HM Maringá

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Page 1: Síndrome da Fadiga Crônica

Síndrome da Fadiga CrônicaSFC

Dr Francismar Prestes LealHematologista

CRM/PR 18829

Hemocenter

Page 2: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Conceitos Gerais

Síndrome da Fadiga Crônica (SFC):

Fadiga de causa desconhecida, que é “permanente” e limita a capacidade funcional, produzindo vários graus de incapacidade

Fadiga (na terminologia médica): Dificuldade de realizar atividade física ou mental Cansaço precoce, após o início de atividade Sensação de exaustão, que não melhora após

um período de descanso

Page 3: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Conceitos Gerais

Classificação:

Recente: menos de um mês

Prolongada: mais de um mês

Crônica: mais de seis meses

Page 4: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Conceitos Gerais

Diferenciar de:

Astenia: Falta de “força” (capacidade) para realizar as

atividades diárias, que é mais intensa no fim do dia e melhora após um período de sono

Fraqueza: Redução ou perda da força muscular

(doenças musculares)

Page 5: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Conceitos Gerais Além da Fadiga, há na SFC:

Artralgias Dores Musculares Cefaléia Ansiedade Depressão Problemas Cognitivos Desordens do Sono Intolerância ao Exercício Outros

Page 6: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Conceitos Gerais O diagnóstico de SFC é “demorado” (tardio):

Pouco entendimento da etiopatogenia Difícil abordagem objetiva e quantitativa dos

sintomas

Consequência disto é “confusão” (vários nomes): Encefalomielite alérgica Síndrome da Disfunção Imune/Neurendócrina Síndrome Pós-Viral Neurastenia Doença da Islândia, Royal Free, dentre outras

Page 7: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Conceitos Gerais

Nos últimos anos:

Critérios diagnósticos mais claros

Melhor entendimento do quadro clínico

Ampliação do arsenal terapêutico

Page 8: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Conceitos Gerais

A SFC é, assim: Uma doença crônica complexa De causa desconhecida Caracterizada por fadiga incapacitante, mental e

física Que interfere nas atividades diárias Piora com o exercício Não melhora com o descanso Associada a manifestações sistêmicas,

neuropsicológicas e físicas

Page 9: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Causas e “Mecanismos”

Como os critérios diagnósticos da SFC não são baseados no entendimento da doença, mas em sintomas e sinais clínicos, é comum haver outros “diagnósticos”: Fibromialgia Síndrome do Intestino Irritável Síndrome da Articulação Temporomandibular,

etc.

Mais do que partilhar sinais e sintomas, estas doenças parecem ter mecanismos fisiopatogênicos similares

Page 10: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Causas e “Mecanismos”

Embora a causa e os mecanismos patogênicos da SFC sejam pouco conhecidos, muitas hipóteses foram postuladas:

Infecciosa

Imunológica

Neurendocrinológica

Page 11: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Causas e “Mecanismos”

Teoria Infecciosa

Foram associados a SFC: Vírus Epstein Barr, Enterovírus, Citomegalovírus,

Herpesvírus, Espumavírus, Retrovírus (HIV), vírus Borna, vírus Coxsackie B e vírus da Hepatite C (HCV)

Candida albicans, Borrelia burgdorferi

Mas a relação patogênica não foi demonstrada

Page 12: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Causas e “Mecanismos”

Teoria Imunológica

Existem muitos estudos sobre o sistema imune na SFC, mas os resultados têm sido frequentemente contraditórios

Embora muitos problemas tenham sido encontrados no sistema imune e em suas funções na SFC:

Não há evidência científica que ligue a SFC a uma doença imunológica primária

Page 13: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Causas e “Mecanismos”

Teoria Neurendocrinológica

Foram encontradas na SFC muitas desordens no eixo hipotalâmico-pituitário-adrenal (e na produção de hormônios relacionados) e em mecanismos regulatórios do sistema nervoso autônomo

As relações entre as diferentes partes do sistema nervoso são mediadas por neurotransmissores e problemas com os mesmos levam à disfunção de estruturas e desenvolvimento de doenças (conhecidas)

Page 14: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Causas e “Mecanismos”

Teoria Neurendocrinológica

Muitas das características clínicas dos pacientes com SFC são semelhantes as dos pacientes com fibromialgia, sugerindo fisiopatogenia similar

Em pacientes com fibromialgia, as pesquisas sobre desordens de neurotransmissores têm mostrado “alterações”, havendo inclusive correlação de diferentes manifestações de acordo com o tipo e o local de ação de certos neurotransmissores

Page 15: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Epidemiologia

Prevalência da SFC

Difícil de estabelecer, variando conforme critérios diagnósticos e população estudada

Pesquisas iniciais: 0,002% a 0,04% Estudos mais recentes (EUA e Inglaterra): 0,007%

a 2,5% da população geral Estes índices aumentam para 0,5-2,5% quando a

população estudada inclui apenas indivíduos atendidos em unidades de atenção primária à saúde

Page 16: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Epidemiologia

Prevalência da SFC

No Reino Unido (critérios de Oxford): 0,6% (população geral)

No Japão: 1,5% (idem)

Logo, a prevalência da SFC parece ser bem maior do que previamente indicado

Mesmo usando critérios diagnósticos mais restritivos, estima-se que pelo menos 1% da população adulta tenha SFC

Grande parte deste grupo segue sem diagnóstico e, portanto, sem tratamento

Page 17: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Epidemiologia

A SFC afeta principalmente adultos jovens (20-40 anos), embora também ocorra nas demais faixas etárias

É mais frequente na mulher (3:1)

Não há evidências apontando diferenças sócio-econômicas na prevalência da SFC

Page 18: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Quadro Clínico

O caso típico de SFC ocorre agudamente, mesmo abruptamente, numa pessoa previamente saudável

Inicialmente, febre, dor de garganta, tosse, dores musculares e fadiga são os sintomas predominantes

Sintomas digestivos, como diarréia,

são menos comuns

Page 19: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Quadro Clínico

Quadro inicial passa, restando intensa adinamia

Sintoma “chave”: fadiga, essencial para diagnóstico

A fadiga da SFC: Não é secundária a atividade excessiva Não melhora com repouso Piora com estresse Resulta, diretamente, em incapacidade

persistente, física e mental

Page 20: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Quadro Clínico Os sintomas crônicos aparecem mais tarde,

persistindo por semanas a meses

Os sintomas crônicos mais comuns da SFC são: Fadiga Distermia ou febre intermitente Artralgias migratórias Mialgias generalizadas Cefaléia Faringites, dor de garganta Adenopatia dolorosa, cervical ou axilar

Page 21: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Quadro Clínico

Na SFC, a fadiga usualmente se associa a problemas neurocognitivos ou do sono

A maioria dos pacientes tem dificuldade de concentração e de memorização

Há insônia ou hiperssonia, ocasionalmente depressão

Palpitações, dor torácica, suor noturno e variações do peso (perda / ganho) são menos comuns

Page 22: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Quadro Clínico

Em geral, a evolução clínica se caracteriza por recorrências regulares ou mesmo sazonais

Cada “crise” pode ser diferente da(s) prévia(s)

Períodos entre “crises”: raramente são totalmente assintomáticos

Page 23: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Quadro Clínico

Sintomas pioram com estresse físico ou emocional, comprometendo atividades “normais” (familiares, de trabalho e sociais)

Em alguns pacientes, pode haver necessidade de ajuda nas atividades básicas

As principais comorbidades são psiquiátricas, como depressão e ansiedade (incidência de 28% na população ocidental)

Page 24: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Diagnóstico

Como não há exame patognomônico de SFC, o diagnóstico é clínico

Outras causas de fadiga devem ser descartadas através de história e exame físico médicos, completos e detalhados: Falta de repouso adequado Perda de motivação Intolerância ao exercício, etc.

Page 25: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Diagnóstico

Na anamnese, focar nas características da fadiga:

Forma de início e duração (da crise e do quadro) Fatores precipitantes (gatilhos) Relação com repouso e atividade física Grau de incapacitação funcional do paciente Associação com sintomas osteomusculares,

neurovegetativos ou neuropsicológicos

Page 26: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Diagnóstico

Na anamnese/EF, descartar neoplasias, depressão, desordens do sono, etc.:

Exposição a inseticidas, organofosforados, solventes, CO

Hiperssenssibilidade química múltipla Síndrome “sick building” Alergias prévias Situações que atrapalham o sono Presença de problemas psiquiátricos (ansiedade,

depressão)

Page 27: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Diagnóstico

Avaliar especificamente os sistemas: Musculoesquelético: força, reflexos, tônus muscular Neurológico: qualquer déficit Cardiovascular: ICC, arritmias Respiratório: dispnéia, tosse Hematológico: anemia, adenopatia Endocrinológico: problemas tireodianos Imunológico: febre, adenopatia dolorosa Gastrintestinal: diarréia, dor abdominal

Page 28: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Diagnóstico

Os achados físicos são habitualmente inespecíficos:

Faringalgia Adenopatia dolorosa (cervical ou axilar) Dor muscular (à palpação) Rash cutâneo Etc.

Page 29: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Diagnóstico

Até o momento, não existem marcadores morfológicos ou biológicos específicos para o diagnóstico de SFC

Assim, nenhuma das alterações que pode ser encontrada é útil para o diagnóstico

Os “critérios diagnósticos” surgiram para fins de pesquisa, com óbvias limitações práticas

Page 30: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Diagnóstico

O CDC e o CFS International Study Group propuseram, em 1994, critérios diagnósticos internacionais para SFC:

1. Fadiga crônica (>6 meses) ou intermitente, com recaídas, sem relação com exercícios recentes e que não melhora com repouso, levando a redução importante das atividades rotineiras

2. Exclusão de outras doenças que possam causar fadiga crônica

Page 31: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Diagnóstico

Quatro dos seguintes Critérios Menores devem estar presentes (por pelo menos 6 meses, concorrentes com a fadiga):

1. Concentração/ Memória comprometida (recente)

2. Odiofagia

3. Adenopatia dolorosa, axilar ou cervical

4. Mialgias

5. Poliartralgias (sem flogose)

6. Cefaléia (pior ou com novo padrão)

7. Sonolência (que não melhora com descanso)

8. Desconforto pós-esforço (>24 horas)

Page 32: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Diagnóstico

Condições que “excluem” o diagnóstico de SFC:

Doenças Psiquiátricas Depressão Maior Esquizofrenia Anorexia, Bulimia Distúrbio Bipolar Drogadição, Alcoolismo

Obesidade Mórbida Outras Doenças “sub-tratadas”

Page 33: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Abordagem Prática Diários

Questionários específicos: Bagnall et al

Escalas de desempenho físico: “Karnofsky Performance Scale, Medical

Outcomes Study Short-Form General Health Survey” (SF-36®)

Sickness Impact Profile (SIP)

Page 34: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Abordagem Sintomas Dor

Escala Visual (Analógica)

Fadiga Multidimensional Fatigue Inventory Gasometria arterial Hemograma Dosagem de vitaminas, enzimas Espirometria Teste ergométrico, etc.

Page 35: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Tratamento

O tratamento da SFC é complexo e multidisciplinar Muitas terapias já foram tentadas, mas a única

eficaz na SFC é a cognitivo-comportamental, juntamente com exercício físico (gradual)

Uma revisão de 2008 (Cochrane) mostrou que 40% dos pacientes relataram melhora da fadiga após terapia cognitivo-comportamental, comparada com 26% dos submetidos a cuidados usuais

No seguimento destes pacientes, após 1-7 meses do término do tratamento, já não havia diferanças entre os grupos

Page 36: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Tratamento

A terapia cognitiva é uma modalidade terapêutica que compreende uma série de técnicas para mudanças comportamentais (modificação de pensamentos e atitudes associados a SFC)

A maioria dos protocolos desenvolvidos para este tratamento baseia-se em 3 fatores-chave: Exercício físico programado Controle do estresse Reestruturação cognitiva

Page 37: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Tratamento

Na prescrição de exercícios físicos, não há um consenso de qual é o melhor programa

Mas um aumento gradual dos exercícios é benéfico para alguns pacientes, melhorando os sintomas, físicos e psicológicos

O principal objetivo dos exercícios é a prevenção da deterioração física e melhora da capacidade funcional (qualidade de vida)

Page 38: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Tratamento Há muitos tratamentos farmacológicos para a SFC

Mas existem poucos trabalhos adequados e confiáveis acerca do uso de medicamentos na SFC

Ampligen, um agente antiviral, estimulador da produção de interferon, têm sido usado na SFC

Os resultados mostram melhora ainda modesta

O FDA americano considera o Ampligen uma terapia experimental para SFC, ainda não aprovada para uso comum (embora um estudo esteja aberto para este tratamento)

Page 39: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Prognóstico

Em média, passam-se cinco anos entre o início dos sintomas e o diagnóstico da SFC

Recuperação total: 0% a 37%

e de melhora: 6% a 63%

Pacientes mais jovens e/ ou sem comorbidades psiquiátricas têm melhor evolução/ prognóstico

Page 40: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Conclusão

SFC: doença crônica, social devido à incapacidade que causa ao paciente, que não consegue trabalhar ou conviver adequadamente

Ainda não estamos preparados para entender (preconceito) e tratar tais pacientes

Até o momento, não há cura para a SFC Objetivo da terapia: melhorar sintomas/capacidade

funcional do paciente (qualidade de vida) A abordagem deve ser multidisciplinar, através de

um “protocolo individualizado”

Page 41: Síndrome da Fadiga Crônica

SFC: Conclusão

ACREDITE NAS PESSOAS…

Obrigado!

Page 42: Síndrome da Fadiga Crônica

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Demais, vide revisão: http://www.biomedcentral.com/1471-244X/9/S1/S1