sindiversões jornal nº 02 - out/nov/dez 2005 sede: av ... · do jogo do bicho e outras...

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Sede: Av. Prestes Maia, 241 - 11º Andar - Conj. 1116/1124 Sta. Ifigênia - Cep :01031-902- São Paulo - SP Telefax: (11) 3227-7866 / 3105-7647 / 3315-9376 ÓRGÃO I NFORMATIVO DO S INDICATO DOS E MPREGADOS EM C ASAS DE DIVERSÕES DE S ÃO PAULO E REGIÃO. Nº 02 - Out/Nov/Dez 2005 Diretor Resp.: Elisson Zapparoli E-mail: [email protected] Jorn. Resp.: Benedito Aparecido da Silva (MTb 17.598) E-mail: [email protected] S indiversões Edição Trimestral Jornal Em 2004, São Paulo abri- gou mais de 73 mil congres- sos, feiras e eventos. O po- tencial turístico da cidade na área de negócios é inegável. O que ainda falta são progra- mas que levem esses milhares de turistas que vem do interior, de outros estados e até do ex- terior, a aproveitar também o potencial cultural e de entrete- nimento que a cidade oferece. Para Elisson Zapparali, presi- dente do Sindiversões, o turis- mo de negócios pode e deve ser utilizado como alavanca para gerar novos empregos na categoria. Coração econômico do Pa- ís, São Paulo é uma das cida- des que mais realiza eventos nas Américas. Segundo dados da Empresa Brasileira de Tu- rismo (Embratur), anualmen- te a cidade recebe cerca de 2 milhões de estrangeiros e 7,8 milhões de turistas de ou- tras cidades. Os empregos, diz POTENCIAL TURÍSTICO PODE CRIAR MAIS EMPREGOS NA NOSSA CATEGORIA tico movimenta 56 setores da economia, gera cerca de 500 mil empregos diretos e indire- tos e realiza 90 mil eventos por ano, os quais propiciam mais de R$ 8 bilhões de receita. Nós, trabalhadores de entre- tenimento, também queremos uma fatia desse bolo. Para isso o governo do Estado e a Pre- feitura devem discutir políticas de geração de empregos com os interessados; os trabalha- dores e empresários. A experiência de São Paulo na área já é vista como refe- rência, mas pode ser melho- rada muito mais, basta inte- resse político, lembra Elisson. “Consolidando-se como notó- ria sede do turismo de lazer e negócios, a tendência é que a cidade transforme postos de trabalho temporários em efe- tivos e com isso estaremos aumentando o número de ci- dadãos empregados”, finaliza Elisson. Elisson, não seriam gerados apenas na nossa categoria. O turismo, o comércio, a cultu- ra, a gastronomia entre outras também seriam beneficiadas. Segundo dados do São Paulo Convention & Visitors Bureau (SPCVB) o setor turís- São considerados integrantes da categoria profissional os traba- lhadores que mantenham vínculo de emprego e aqueles que tenham relação de trabalho com empresas que explorem atividades voltadas ao entretenimento, diversão, lazer e exploração de jogos, aqui tam- bém consideradas as danceterias, boates, táxis dancing, salões de bailes e similares, casas de espe- táculos e show, salões de bilhares, casas de boliches, kart-indoor, di- versões eletrônicas automáticas e manuais, parques de diversões (indoor, terrestres, aquáticos e Quem são os trabalhadores em Casas de diversões? temáticos), pesque-pague, camping, zoológicos e exposições da fauna e flora, clubes sociais recreativos, casas de bingos, casas de jogos e diversões abrangendo, inclusive, as empresas que operam em hotéis e embarcações marítimas e fluviais, bem como as empresas que explo- rem atração turística. Através da Certidão Sindical nº 46000.003677/98-13, o Ministério do Trabalho reconhece a base de atu- ação do Sindiversões como intermuni- cipal e, inclusive, abrange municípios cedidos pela Fethesp, a Federação Estadual da nossa categoria. Arujá, Bertioga, Biritiba-Mirim, Cubatão, Cotia, Diadema, Embu, Em- bu-Guaçu, Ferraz de Vasconcelos, Francisco Morato, Franco da Rocha, Guararema, Guarulhos, Guarujá, Igua- pe, Ilha Comprida, Itanhaém, Itapece- rica da Serra, Itaquaquecetuba, Ju- quitiba, Mongaguá, Mairiporã, Mauá, Mogi das Cruzes, Peruíbe, Praia Gran- de, Poá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santa Isabel, Santo André, Santos, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Vicente, São Pau- lo e Suzano. Base de representação do Sindiversões Investimento para revigorar o Centro Velho da cidade. Na foto, Estação Júlio Prestes, Es- tação Pinacoteca, no Largo Gal Osório e ao fundo ao prédio da Estação da Luz. Foto: Benê Silva CAMPANHA SALARIAL 2005 WWW.SINDIVERSÕES.COM.BR Nosso sindicato continua negociando com todos os sindicatos patronais e empresas da nossa categoria. Até agora nada foi definido. Em breve os resultados das diversas negociações estarão disponíveis no Site do Sindiversões, bem como em circulares que serão distribuidas nas empresas. Diversoes2 7/12/2005, 16:20 1

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Sede: Av. Prestes Maia, 241 - 11º Andar - Conj. 1116/1124Sta. Ifigênia - Cep :01031-902-

São Paulo - SPTelefax: (11) 3227-7866 /

3105-7647 / 3315-9376

ÓRGÃO INFORMATIVO DO SINDICATO DOS EMPREGADOS EM CASAS DE DIVERSÕES DE SÃO PAULO E REGIÃO.

Nº 02 - Out/Nov/Dez 2005

Diretor Resp.: Elisson ZapparoliE-mail: [email protected]

Jorn. Resp.: Benedito Aparecido da Silva (MTb 17.598)E-mail: [email protected]

Sindiversões Edição Trimestral

Jornal

Em 2004, São Paulo abri-gou mais de 73 mil congres-sos, feiras e eventos. O po-tencial turístico da cidade na área de negócios é inegável. O que ainda falta são progra-mas que levem esses milhares de turistas que vem do interior, de outros estados e até do ex-terior, a aproveitar também o potencial cultural e de entrete-nimento que a cidade oferece. Para Elisson Zapparali, presi-dente do Sindiversões, o turis-mo de negócios pode e deve ser utilizado como alavanca para gerar novos empregos na categoria.

Coração econômico do Pa-ís, São Paulo é uma das cida-des que mais realiza eventos nas Américas. Segundo dados da Empresa Brasileira de Tu-rismo (Embratur), anualmen-te a cidade recebe cerca de 2 milhões de estrangeiros e 7,8 milhões de turistas de ou-tras cidades. Os empregos, diz

POTENCIAL TURÍSTICO PODE CRIAR MAIS EMPREGOS NA NOSSA CATEGORIA

tico movimenta 56 setores da economia, gera cerca de 500 mil empregos diretos e indire-tos e realiza 90 mil eventos por ano, os quais propiciam mais de R$ 8 bilhões de receita. Nós, trabalhadores de entre-tenimento, também queremos uma fatia desse bolo. Para isso o governo do Estado e a Pre-feitura devem discutir políticas de geração de empregos com os interessados; os trabalha-dores e empresários.

A experiência de São Paulo na área já é vista como refe-rência, mas pode ser melho-rada muito mais, basta inte-resse político, lembra Elisson. “Consolidando-se como notó-ria sede do turismo de lazer e negócios, a tendência é que a cidade transforme postos de trabalho temporários em efe-tivos e com isso estaremos aumentando o número de ci-dadãos empregados”, finaliza Elisson. •

Elisson, não seriam gerados apenas na nossa categoria. O turismo, o comércio, a cultu-ra, a gastronomia entre outras

também seriam beneficiadas. Segundo dados do São

Paulo Convention & Visitors Bureau (SPCVB) o setor turís-

São considerados integrantes da categoria profissional os traba-lhadores que mantenham vínculo de emprego e aqueles que tenham relação de trabalho com empresas que explorem atividades voltadas ao entretenimento, diversão, lazer e exploração de jogos, aqui tam-bém consideradas as danceterias, boates, táxis dancing, salões de bailes e similares, casas de espe-táculos e show, salões de bilhares, casas de boliches, kart-indoor, di-versões eletrônicas automáticas e manuais, parques de diversões (indoor, terrestres, aquáticos e

Quem são os trabalhadores em Casas de diversões?

temáticos), pesque-pague, camping, zoológicos e exposições da fauna e flora, clubes sociais recreativos, casas de bingos, casas de jogos e diversões abrangendo, inclusive, as empresas que operam em hotéis e embarcações marítimas e fluviais, bem como as empresas que explo-rem atração turística.

Através da Certidão Sindical nº 46000.003677/98-13, o Ministério do Trabalho reconhece a base de atu-ação do Sindiversões como intermuni-cipal e, inclusive, abrange municípios cedidos pela Fethesp, a Federação Estadual da nossa categoria. •

Arujá, Bertioga, Biritiba-Mirim, Cubatão, Cotia, Diadema, Embu, Em-bu-Guaçu, Ferraz de Vasconcelos, Francisco Morato, Franco da Rocha, Guararema, Guarulhos, Guarujá, Igua-pe, Ilha Comprida, Itanhaém, Itapece-rica da Serra, Itaquaquecetuba, Ju-quitiba, Mongaguá, Mairiporã, Mauá, Mogi das Cruzes, Peruíbe, Praia Gran-de, Poá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santa Isabel, Santo André, Santos, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Vicente, São Pau-lo e Suzano.

Base de representação do Sindiversões

Investimento para revigorar o Centro Velho da cidade. Na foto, Estação Júlio Prestes, Es-tação Pinacoteca, no Largo Gal Osório e ao fundo ao prédio da Estação da Luz.

Foto

: Ben

ê Silv

a

CAMPANHA SALARIAL

2005

WWW.SINDIVERSÕES.COM.BR

Nosso sindicato continua negociando com todos os sindicatos patronais e empresas da nossa

categoria. Até agora nada foi

definido. Em breve os resultados das diversas

negociações estarão disponíveis no Site do

Sindiversões, bem como em circulares que serão

distribuidas nas empresas.

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Por que não legalizar o Bingo?

Elisson Zapparoli

Elisson Zapparoli é presidente do Sindiversões, diretor secretário da Fethesp.

Foto: Benê Silva

SindiversõesPágina 2 Out/Nov/Dez 2005

A nossa diretoria

EFETIVOS — Elisson Zapparoli, Ismael Rodrigues dos San-tos, Paulo Sérgio Marques, Francisco de Assis dos Santos e Altino de Paula Bezerra.CONSELHO FISCAL — EFETIVOS — Nilo José Vieira, Bene-dito Aparecido e Neide Nadai.DELEGADOS AO CONSELHO DA FEDERAÇÃO — Elisson

Zapparoli e Paulo Sérgio Marques.DELEGADO A CONFEDERAÇÃO — Elisson Zapparoli.DIRETORIA - SUPLENTES — José Demontie Rodrigues, Daniel Leite Patines e Arnaldo Prudêncio de Queiroz.CONSELHO FISCAL - SUPLENTES — José Julio de Oliveira, Claudionor Victor dos Santos e Raimundo Pereira Amurim.DELEGADOS AO CONSELHO DA FEDERAÇÃO - SUPLEN-TES — Laerte Aparecido Ricardo e Benedito Aparecido.DELEGADO A CONFEDERAÇÃO - SUPLENTE — Francisco de Assis dos Santos.

A Lei de Contravenções Penais (1941) proíbe, em seu artigo 50, o estabelecimento ou exploração de jogo de azar em lugar público ou acessível ao público. Consideram-se jogos de azar aqueles em que o ganho e a perda dependem da sorte.

O artigo 51 da mesma lei pro-íbe a promoção ou extração de qualquer loteria sem autorização legal.

A Lei Pelé (1998) permitia (ar-tigo 59) a realização de jogos de bingo em todo o país, consideran-do-se “bingo permanente” aquele realizado em salas próprias, com extração isenta de contato hu-mano.

A Lei 9.981/00 revogou todos os artigos referentes a bingos na Lei Pelé, estabelecendo que ca-beria à Caixa Econômica Federal autorizar e fiscalizar os jogos de bingo, bem como decidir sobre a regularidade das prestações de contas.

A LEI SOBRE BINGOS NO BRASILA MP 2.216-37/01 ratificou que

a exploração de jogos de bingo, serviço público de competência da União, tem de ser executada, dire-ta ou indiretamente, pela CEF.

Em fevereiro de 2004, após o escândalo da gravação de Carli-nhos Cachoeira e Waldomiro Diniz, o governo editou a MP 168, que proibia a exploração de bingo e jogos em máquinas eletrônicas de-nominadas “caça-níqueis”. A MP foi rejeitada pelo Congresso.

Há alguns anos, os estados deram início à autorização de ins-talação de bingos como modalida-de lotérica, mas tiveram de voltar atrás, por tratar-se de competência exclusiva da União.

Ainda em 2004, o Supremo Tribunal Federal, no julgamento de ação direta de inconstituciona-lidade (Adin 2.847/DF), declarou que as normas estaduais são in-constitucionais por serem “ofen-sa à competência privativa da União”. •

O senador Eduardo Azeredo (PS-DB-MG) acusou o presidente Luiz Iná-cio Lula da Silva de divulgar números “errados e fantasiosos” sobre a cria-ção de empregos no país. Ele leu tre-cho de discurso em que o presidente sustentou que seu governo criou 11 vezes mais empregos que o governo anterior. Lula, conforme o senador, informou que a média do governo passado teria sido de 8 mil empregos por mês, enquanto agora são gera-dos 91 mil.

Azeredo lembrou que, conforme estatísticas do IBGE no período 1994-2002, foram criados 11,6 milhões de empregos formais e informais, o que dá uma média mensal superior a 120 mil novas ocupações. Pelos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho, os empregos com carteira assinada no mesmo período cresceram 5,6 mi-

SENADOR CONTESTA NÚMEROS SOBRE EMPREGO

lhões, o que dá uma média de 58 mil por mês.

- Ninguém sabe de onde o pre-sidente Lula tirou estes dados. De uma coisa temos certeza: não foi das estatísticas oficiais. A realidade é muito diferente do cenário fantasioso apresentado pelo presidente - afir-mou Azeredo, que lembrou o uso de comparação na propaganda e o fato de passar à população “uma versão fantasiosa”.

O senador acusou também o Ministério do Trabalho de ignorar mudanças metodológicas no levan-tamento do Cadastro Geral de Em-pregados e Desempregados (Caged). Assim, o ministério compara os dados antigos com aqueles obtidos pela nova metodologia, que aponta até o dobro de empregos. Para ele, fazer duas comparações demonstra “falta de escrúpulos”. •

Tudo que é proibido parece ser mais gostoso. Essa é a regra, não a exceção. Com os bingos não é diferente. Há anos tramitam no Congresso Nacional propostas pa-ra a regulamentação dos bingos, do jogo do bicho e outras jogati-nas, hoje consideradas ilegais.

No Brasil, desde o descobri-mento, que o povo joga. Em al-guns momentos se apostaram terras, animais, dinheiro e até gente. Há mais de 150 anos exis-tem no Brasil loterias voltadas pa-ra ações sociais. Regulamentadas essas loterias sempre geraram renda e postos de trabalhos reco-nhecidos por lei.

A situação dos bingos preocu-pa. Não legalizá-lo por quê?

Do jeito que está, é muito mais vantajoso? Do jeito que está dá para pagar mazelas de muita gente? E o emprego, a estabilida-de, a segurança do trabalho e o bem estar da família do trabalha-dor, onde ficam?

Escamotear a discussão só vai levar a novas CPIs, novos Waldo-miros e um número sem fim de corruptos que vão continuar ali-mentando o crime organizado, o mal político e o mal empresário.

E o trabalhador, mal remu-nerado, o apostador incauto e que vão continuar alimentando a grande roda que sempre vai girar sem nunca chegar a lugar algum.

Segundo a Organização Mun-dial do Turismo dos 108 países fi-liados apenas Brasil e Cuba proí-bem esta atividade. Para defender o emprego, a renda e a família dos trabalhadores, o Sindiversões também é favorável à regulamen-tação dos bingos em todo o terri-tório Nacional e avisa que é o legí-timo represenante dos trabalhdo-res em casas de bingos na capital e região. • Missão do Sindicato: “Representar e defender os trabalhadores, promovendo o

exercício da cidadania, assumindo a responsabilidade social e a diversidade como princípio para participar da construção de uma nova sociedade”.

Fique por dentro

Dificuldades não justifica atraso de salário

A empresa não pode transferir ao trabalhador os riscos da ativida-de econômica, como prevê o artigo 2° da CLT. Por isso, mesmo quando a empresa vai mal, o salário deve ser pago em dia. O entendimento é do TRT de São Paulo que aceitou recurso de trabalhador que tinha seu salário constantemente atrasado e condenou a empresa a pagar inde-nização por danos morais.

Para a Justiça, o trabalhador “não é o empreendedor, e se não ganha mais quando há incremento dos lucros, não deve ganhar me-nos — ou nada ganhar — quando o negócio vai mal. Em suma, o tra-balhador não corre riscos na relação contratual”. •

Rescisão não pode ser parcelada

Mesmo resultando de acordo en-tre as partes, o pagamento das ver-bas rescisórias não pode ser parcela-do. O não cumprimento dos prazos previstos na CLT sujeita a empresa ao pagamento de multa. Seguindo este entendimento, a 1ª Turma do TST negou recurso à empresa, que pretendia a isenção do pagamento do valor integral da multa por adotar o pagamento parcelado na demissão de uma trabalhadora. A multa está prevista na CLT (art. 477, § 8). •

Adicional noturno integra base de cálculo das horas extras

Em julgamento, o TST reco-nheceu o direito do trabalhador às diferenças de horas extras, decor-rentes da integração do adicional noturno no cálculo da parcela. O direito já havia sido garantido na primeira instância, mas recusado pelo TRT de São Paulo.

Para o TST o adicional noturno incide na base de cálculo das horas extraordinárias prestadas no perío-do noturno. •

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SindiversõesOut/Nov/Dez 2005 Página 3

O excesso de trabalho, a alta competitividade, esfor-ços repetitivos, excesso de movimento entre outros fa-tores do dia-a-dia no empre-go podem gerar problemas como Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT).

Segundo especialistas em medicina do trabalho, a melhor forma de prevenir o aparecimento e a evolução de doenças ocupacionais é a conscientização do traba-lhador e da empresa. O tra-balhador também precisa ter informações sobre as doen-ças ocupacionais a que está sujeito. Para procurar formas de prevenção e propor alter-nativas que melhorem o am-biente do trabalho, o melhor é investir no trabalho das Ci-pas e respeitar as normas de segurança e as regulamen-

tadoras, (NRs). Há diferentes medidas

que diminuem os riscos de doenças ocupacionais ou do trabalho, a empresa de-ve investir na elaboração de material informativo, como cartilhas e palestras, equipe especializada em fisiotera-peutas, psicólogos, médicos, etc., mobiliário ergonômico, ambiente de trabalho bem iluminado e ventilado, pau-sas durante o trabalho, entre outras providências.

O trabalhador deve se prevenir cuidando da sua postura dentro e fora do ambiente de trabalho, fazer pausa durante as atividades e utilizar roupas e sapatos adequados. A prática de ati-vidade física também ajuda. São medidas simples, mas que podem evitar ou ame-nizar as doenças ocupacio-nais. •

DICAS PARA VOCÊ EVITAR A LER/DORT

SÓ EXAME MÉDICO DETECTA DOENÇAS DA VISÃO

A estrutura e funciona-mento do olho são comple-xos e fascinantes. O olho ajusta constantemente a quantidade de luz que dei-xa entrar, focaliza os objetos próximos e distantes e pro-duz imagens contínuas que são instantaneamente trans-mitidas ao cérebro. Pequenos desajustes, por menores que sejam, provocam distúrbios incômados que impedem o portador de ver correta-

mente.Preocupado com a visão

dos companheiros da nos-sa categoria o Sindiversões mantém convênio com a Clínica de Oftalmologia do Dr. Arnaldo M. Gesuelli, com consultório à Rua Maestro Cardim, 939. O Atendimen-to é só com hora marcada e para ter acesso ao benefício, o associado deve dirigir-se à sede do Sindicato e solicitar guia de encaminhamento. •

Para ter um sorriso sau-dável se recomenda visitar o dentista regularmente. O pro-fissional tem que ser de con-fiança, ter experiência e com-preender os medos e receios do paciente.

Preocupado com a saú-de bucal dos companheiros, o Sindicato foi buscar auxí-lio com profissionais expe-rientes.

É por isso que mantém

convênio com um SESC, Ser-viço Social do Comércio que utiliza equipamento de alta tecnologia para dar melhor conforto ao paciente.

Por isso não se preocupe com a sua saúde bucal. Deixe que o Sindicato cuide disso para você. O SESC só atende com hora marcada e funciona de segunda à sexta-feira, das 8:00 às 20:00 horas. Associa-do, informe-se no Sindicato. •

O SORRISO SAUDÁVEL COMEÇA PELO DENTISTA

É de se lamentar a falta de respeito com a entidade sindical, estendida aos traba-lhadores da Fundação Parque Zoológico de São Paulo.

O sindicato está aguardando o julga-mento do Dissídio Co-letivo 2005/2006 que se encontra em trâmi-te no TRT.

Com a finalidade de tentar uma negociação para efetivar possível Acordo com a Funda-ção, o sindicato enviou ofício à direção.

Infelizmente até o fechamento desta edi-ção não houve mani-festação por parte da Fundação.

Lembramos que esta situação vem ocorrendo há vários anos. •

Acontece

Zoológico radicaliza

Para isso não hesi-ta em meter a mão no bolso dos trabalhado-res. Benefícios como a cesta básica e tíquete refeição, que estão garantidos em Acordo Coletivo de Trabalho, foram arbitrariamente suprimidos. Agora a ameaça recai sobre o vale transporte, direi-to garantido pela le-gislação trabalhista.

Para colocar ordem na casa e garantir os direitos adquiridos dos trabalhadores, o Sindicato denunciou a empresa à Delegacia Regional do Trabalho. Estamos aguardando solução. •

Dragon Bowling

quer mais lucro

Outra grande preocupa-ção da nossa diretoria, é ter um corpo jurídico treinado e especializado para atender e defender os interesses dos trabalhadores em casas de diversões de São Paulo e

Reprodução

ADVOGADO

Região. Por isso o Sindicato conta com a assessoria e a experiência do Escritório C.G.L. Advogados Associa-dos, especializado em direito trabalhista.

Para obter esclareci-mentos sobre seus direitos ou fazer qualquer tipo de denúncia, não é necessário ser associado. Basta passar no Sindicato e retirar guia de encaminhamento. Mas aten-ção: o atendimento é exclusi-vo na área trabalhista. •

Cega, mas infalível. Escultura de vidro de Sie-glinde Windmann reproduz o símbolo da Justiça.

Apesar de ser tão antigo quanto o próprio trabalho, muitos compa-nheiros ainda desconhe-cem quais são as atitudes do patrão ou chefias que caracterizam o assédio moral, atitude que agora está sendo punida com ri-gor pela Justiça, que con-dena e determina multas pesadas quando os fatos são comprovados.

Humilhações, ex-posição do trabalhador ao ridículo, supervisão excessiva, críticas sem fundamento, tarefas sem importância e sonegação de informações, são al-gumas das atitudes que configuram o assédio moral, responsável por danos no ambiente de trabalho e diversas doen-ças de origem nervosa, pânico, depressão e até suicídio.

Os empresários tam-

ASSÉDIO MORAL TEM QUE SER DENUNCIADO

bém devem ficar de olho. Quando o caso vi-ra pessoal entre o che-fe e seus subordinados, geralmente a empresa é prejudicada. Muitas ve-zes, por mero capricho o trabalhador é demitido ou transferido para locais distantes. Neste caso a empresa tem que gastar mais no vale transporte, o que acarreta despesas extras. Na hora de nego-ciar salário a desculpa é a de que as despesas são altas. É bom o empresá-rio investigar o motivo da dispensa.

O Sindiversões tam-bém demonstra preo-cupação com o assédio moral na categoria. Por isso, se na sua empresa estiver ocorrendo tal si-tuação ligue para o Sindi-cato e denuncie para que as providências cabíveis possam ser tomadas. •

“Quando se gosta do que se está fazendo, a gente transmite essa vontade, essa determinação, esse

amor a todos em nossa volta.”

TRABALHO EM EQUIPE

Reprodução

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SindiversõesPágina 4 Out/Nov/Dez 2005

Todo mundo sabe que a circulação do nosso jornal é trimestral. Portanto para desejar boas festas, temos que aproveitar esta edição, pois a próxima, só no ano que vem.

E façamos deste Natal, tempo de paz e harmonia, tempo de união e agradecimentos. Que as festas de Ano Novo nos tragam esperanças de prosperidade e a segurança de vivermos em paz.Obrigado por acreditar em nosso trabalho.Boas Festas para você e toda a sua família.

São os votos da diretoria doSindiversões

Boas Festas

APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA NÃO ENCERRA CONTRATO DE TRABALHO

O Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 25 de setembro, ao apreciar o recurso interposto por uma trabalhadora demiti-da em virtude do adven-to de sua aposentadoria espontânea pelo Regime Geral de Previdência So-cial. A 1ª Turma do STF, por maioria, deu provi-

PRINCIPAIS TRECHOS DA DECISÃO DO TSTNo caso dos autos há ainda a pecu-

liaridade de ser a recorrente empregada pública, o que levou o Tribunal a fazer incidir o Enunciado / TST 363, segundo o qual:

“A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia apro-vação em concurso público, encon-tra óbice no respectivo art. 37, 11 e § 2°, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora da salário mínimo, e dos valores referentes aos depósi-tos de FGTS. “

A conclusão é lógica, posto que, se considerar que a aposentadoria espon-tânea extingue o contrato de trabalho e que a continuidade do trabalho na em-presa implica nova relação de trabalho, em se tratando de empregado público, somente seria válida se decorrente de aprovação em concurso público.

O raciocínio, no entanto, não me pare-ce o mais correto, à luz de manifestações anteriores do Supremo Tribunal.

A saúde é o nosso maior patrimônio

A saúde sempre foi pre-ocupação da diretoria do nosso Sindicato. Na nossa sede, há 20 anos funciona um eficiente departamen-to. Com a preocupação de cuidar cada vez melhor da saúde dos associados e seus dependentes, o Sin-dicato também mantém convênio com o Centro Médico Bresser, empresa especializada, que está modernamente equipada e com profissionais prepara-dos para atender os mais diferentes procedimentos. Nosso objetivo é sempre ampliar a rede de aten-dimento, e especialidades comenta Elisson Zapparoli, presidente do Sindicato.

O convênio com o Centro Médico Bresser e a qualidade do atendi-

Qualidade e dedicação na Bresser. Na foto, Dr Lúcio faz o diagnóstico de uma paciente.

mento disponibilizado aos trabalhadores pelo depar-tamento médico do Sindi-cato, demonstra o grau de preocupação e o compro-metimento que a diretoria tem com a categoria.

Estamos aprimoran-do e sob a coordenação dos Drs Nelson da Cruz Santos, Therezinha Ap. Alves Santos e Iraê Alves Santos, incorporamos no-vas especialidades que já estão disponíveis aos associados, entre elas a milenar Acupuntura, a Auriculomedicina e a Fi-toterapia.

Mas atenção: antes usar o convênio não es-queça de passar pela Se-cretaria do Sindicato e re-tirar uma guia de encami-nhamento.•

CASAS DE BINGO

ADVERTÊNCIA

mento a recurso extraor-dinário para afastar a pre-missa de acórdão do TST que, ao interpretar o art. 453 da CLT, negara pedido de readmissão ou indeni-zação com base na Lei 9.029/95, além de repara-ção por danos morais.

Os pedidos foram ne-gados em 1ª e 2ª instân-

cias, razão pela qual hou-ve interposição de recurso de revista ao STF. Com o julgamento, os Ministros do STF criaram prece-dente e acabaram com as controvérsias alusivas à extinção do contrato de trabalho pelo advento da aposentadoria espon-tânea. •

IINo julgamento da ADIn 1.721-MC,

RTJ 186/83, o relator, em. Ministro Ilmar Galvão, após discorrer sobre a nova dimensão dada pela Constituição de 1988 à proteção contra a despedida arbitrária ou sem justa causa, assentou:

“... a relação mantida pelo empregado com a instituição pre-videnciária não se confunde com a que o vincula ao empregador, razão pela qual o benefício previdenciário da aposentadoria, em princípio, não deve produzir efeito sobre o contrato de trabalho.”

Extrato ainda, do voto do Ministro Ilmar Galvão, texto do Prof. Arion Sayão Romita na LTR 60-08/1051:

“Duas são, portanto, as possí-veis conseqüências jurídicas da obtenção, pelo empregado, da aposentadoria previdenciária: 1°. — o empregado se aposenta pelo INSS e se afasta da atividade; 2°. — o empregado obtém o benefício previdenciário mas prefere continuar em atividade (aposentado ativo).

Na primeira hipótese, não há dúvida de que a aposentadoria

•Laboratório de Análises

Clínicas

•Ultrassonografia

•Radiologia•Ginecologia - Papanicolau,

Colposcolpia, Vulvoscopia,

Biópsia em Geral, Histe-

roscopia Diagnóstica e Ci-

rúrgica, Laparoscopia, Ma-

mografia,

•Obsteria - Amnioscopia,

cardiotocografia Fetal, Perfil

Biofísico Fetal,

•Cardiologia - Eletrocardio-

grama, Ecocardiogama,

teste ergométrico,

•Endoscopia Digestiva

EXAMES ESPECIALIDADES

•Medicina Tradicional Chinesa – Acupuntura, Auriculomedicina, Fito-terapia

•Clínica Geral•Ginecologia/ Obste-

trícia•Esterilidade•Pediatria•Medicina do Trabalho

– Atestado de Saúde, PCMSO

•Medicina Esportiva•Ortopedia / Trauma-

tologia

O QUE VOCÊ ENCONTRA NO SINDICATO AS ESPECIALIDDES DO CENTRO

MÉDICO BRESSERClínica Médica, Angiologia Vascular, Cardiologia, Dermatologia, Endocrinologista, Gastro, Ginecologista, Neurologista, Oftalmologista, Ortopedista, Otorrinolaringologista, Pediatria, Psicologia, Raio X, Ultra-Sonografia, ECG, Ecocardiograma, Laboratório de Analises Clinicas, Inalação e Pequenas cirurgia em nível ambulatorial.

extingue o contrato de trabalho, com todas as conseqüências jurídicas daí decorrentes. Na segunda hipótese, incorre a extinção do contrato de trabalho, porque a lei previdenciária não exige mais o desligamento para a concessão de benefício.

(...)O direito de trabalhar não se con-

funde com o direito aos benefícios previdenciários, podendo um mes-mo sujeito exercê-los simultanea-mente; ambos defluem de situações perfeitamente caracterizadas e não coincidentes. Subsiste o direito de laborar, manter o contrato individual de trabalho e auferir a vantagem, desde que não seja por invalidez. Assim, o pedido de benefício não promove o rescisão contratual; esta, sim, deriva da vontade do obreira de deixar de prestar serviços. Não sendo condição legal como era m CLPS - para o exercício do direito, se a empresa não deseja mais o apo-sentado. prestando-lhe serviço deve rescindir-lhe o contrato, assumindo, consequentemente, as obrigações previstas na lei.”

Você que trabalha em casa de bingo, percebeu se existe placa de advertência conforme manda a lei?O Sindiversões percebeu! Em diversas visitas realizadas pela diretoria da entidade em várias casas de bingos percebe-

mos que muitas não estão cumprindo o que obriga a lei.Leve ao conhecimento de seu patrão que a lei nº 13.997/05 manda que as casas de bingos coloquem uma placa na

entrada do estabelecimento em tamanho 1,50m x 1,00m, e outra no rol interno medindo 0,40m x 0,70m com os seguin-tes dizeres:

“ ADVERTÊNCIA: A PRÁTICA DO JOGO PODE VICIAR E PROVOCAR PROBLEMAS EMOCIONAIS E FINANCEIROS”.

Foto: Mário Silva

Diversoes2 7/12/2005, 16:214