Sindicato impugna redução de salários

Audiência na Justiça do Trabalho de Sorocaba, dia 30 de abril, analisou pedido do Sindicato de impugnação da redução de salários e jornada que vinha sendo praticada pela ZF do Brasil sem acordo sindical. Justiça orientou as partes a negociarem.

ZF Sachs usa a crise como desculpa para demitir metalúrgicos

São Bernardo do Campo

Produção e empregos estão estáveis na ZF

araraquara

Mesmo com a crise, a produção e o nível de emprego na ZF em Araraquara estão estáveis. O Sindicato agora está investindo no trabalho de base para aumentar o número de sindicalizados.PÁG. 4

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Liminar garante volta ao trabalho de lesionado na ZFO metalúrgico Douglas Moreira Salton foi reintegrado ao quadro de funcionários da ZF do Brasil no último dia 24. O trabalhador, vítima de LER (Lesão por Esforço Repetitivo) e de um acidente de trabalho, é um dos 20 operários lesionados demitidos pela empresa em outubro de 2008. PÁG. 2

Plano de cargos e salários é luta prioritáriaNegociação sobre PLR está emperrada

Belo HoriZonte

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Douglas no momento da reintegração na ZF do Brasil

SoroCaBa

SoroCaBa

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atestado médico: veja como deveria funcionar

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Belo HoriZonte

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Redução de salários foi impugnada pelo Sindicato

ZF do Brasil

A Justiça do Trabalho de Sorocaba questionou a redu-ção de salários e jornada que vinha sendo praticada pela ZF do Brasil sem acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, que pediu impugnação da redução.

O assunto foi tema au-diência realizada no dia 30 de abril, na terceira Vara do Trabalho de Sorocaba. Essa foi a segunda audiência sobre o assunto. A primeira ocorreu dia 23 de abril.

No termo de audiência, assinado pela juíza Luciana Nasr e pela procuradora do Trabalho Catarina Von Zu-ben, Sindicato e empresa se comprometem a se reunirem até o dia 15 de maio, a fim de chegarem a um acordo.

Segundo o dirigente sin-dical e funcionário da ZF

João Evangelista de Oliveira, mesmo durante a audiência a empresa insistiu em fazer acordo sobre redução de sa-lário. “Mas para o Sindicato a prioridade é discutir a forma de devolver aos trabalhadores

os salários pagos a menor, visto que a Justiça não reco-nhece como válida a redução feita pela empresa”, afirma.

O Sindicato imediatamen-te se colocou a disposição da empresa para marcar a data

das negociações, que deverá ocorrer em breve. “Espera-mos que a ZF não compareça ao encontro apenas para aten-der determinação judicial, e sim para negociar de verda-de”, afirma Evangelista.

Fogu

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ZF Lemforder recontrata 5 demitidos

devido à criseConforme compro-

misso assumido com o Sindicato e com os traba-lhadores em negociações no início deste ano, a ZF Lemforder recontratou cinco funcionários que tinham sido dispensados devido aos reflexos da crise internacional na produção local.

De acordo com mem-bros do Comitê Sindical de Empresa (CSE), a Le-mforder está aguardando autorização da matriz, na Alemanha, para efetuar outras recontratações.

“O sinal de retomada da produção é nítido na empresa e ela está cum-prindo com o combina-do ao chamar de volta companheiros demitidos naquela fase mais aguda da crise”, afirma Marcos Roberto Coelho, o Latino, membro do CSE.

O Sindicato estima que a fabricante de autopeças demitiu aproximadamen-te 30 trabalhadores desde o início do ano. Atual-mente a fábrica conta com 400 funcionários.

O CSE na Lemforder tem ainda dois outros pontos de pauta sendo ne-gociados com a empresa. Um deles é a adequação de horário, favorável aos trabalhadores, para jor-nada de segunda a sexta. Essa proposta está prati-camente pronta e deverá ser votada em assembléia pelos trabalhadores nos próximos dias.

Outro item da pauta é a participação nos resul-tados (PPR) de 2009, que já tem negociações em andamento e as perspec-tivas dos trabalhadores de conseguir um bom acordo são favoráveis.

Justiça manda reintegrar lesionado demitido pela ZF

O metalúrgico Douglas Moreira Salton, de 33 anos de idade e 11 de ZF do Brasil, foi reintegrado ao quadro de funcionários da empresa no último dia 24 de abril. O trabalhador, vítima de LER (Lesão por esforço repetitivo) e de um acidente com uma empilha-deira, é um dos 20 operários com problemas de doenças ocupacionais demitidos em outubro do ano passado.

A demissões de lesiona-dos pela ZF em 2008 de-ram origem a uma séria de manifestações sindicais, na porta da fábrica e também na Câmara de Vereadores de Sorocaba.

Douglas foi reintegrado via liminar, decisão emer-gencial da justiça.

Mesmo reintegrado sob liminar, cujos direitos traba-lhistas ficam resguardados, Douglas não está na escala de operários da empresa. “Eles me mandaram para casa até acharem um setor adequado para mim”, diz o trabalhador.

Embora sendo uma de-cisão provisória (liminar), o departamento jurídico do Sindicato considera a reintegração de Douglas uma vitória significativa. A expectativa, agora, é que o julgamento da questão rea-firme a reintegração garanti-

da pela liminar e que a justi-ça determine a reintegração dos outros 19 trabalhadores lesionados que também fo-ram despedidos juntamente com Douglas.

“A decisão judicial con-firma que a ZF do Brasil

tem cometido muitas ar-bitrariedades contra seus trabalhadores ultimamente. Nossa expectativa é que todos os outros lesionados também sejam reintegrados em breve”, comenta o diretor sindical Joselito Mansinho.

Fogu

inho

Reintegração foi garantida em ação movida pelo jurídico do Sindicato

Fachada da ZF Brasil e ZF Sistemas, instaladas na zona industrial de Sorocaba

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Sindicato luta por plano de cargos e salários

Uma das principais crí-ticas dos trabalhadores na ZF Sistemas de Direção, de Belo Horizonte, é quanto à desigualdade salarial entre o alto escalão e os demais funcionários.

Um boletim recente do Sindicato denunciou que o descaso dos altos cargos com o pessoal de salários mais baixos acontece porque: “O alto escalão da empresa não precisa colocar seus filhos na creche para ir trabalhar. Não precisa contar as moedinhas na hora de ir à padaria. Não precisa deixar uma conta para pagar depois porque surgiu uma emergência e o dinheiro não sobrou. Aliás sobrar di-nheiro no bolso de trabalha-dor da ZF é coisa rara”.

O Sindicato também afir-ma que, para minimizar essa injustiça, o plano de cargos e salários desejado pelos tra-balhadores na ZF já seria um

passo importante.Desde 2007 o Sindicato

vem discutindo com a em-presa uma forma de motivar e reconhecer o esforço dos trabalhadores, evitando a alta rotatividade praticada pela fábrica nos últimos anos.

Outro problema, que po-deria ser resolvido com o pla-no de cargos e salários, é o do alinhamento salarial. “ Hoje acontece de um trabalhador novato (sem desmerecer os

novos companheiros) ganhar o mesmo salário que alguns trabalhadores vem colaboran-do com a empresa há vários anos”, denuncia o Sindicato no informativo O Dirigível, de maio deste ano.

“ É necessário a compre-ensão de cada um de nós neste processo que é complicado, mas, uma vez resolvido, te-remos sucesso em ambas as partes”, afirma o informativo do Sindicato em BH.

Atestado médico: como é e como deveria ser

Uma prática que tem deixado os trabalhadores da ZF de Belo Horizonte indignados, pois ninguém vai ao médico por vaidade, é o questionamento dos atestados médicos apre-sentados. Se os médicos têm critérios para atender e afastar o trabalhador que apresenta alguma doença, não é a direção da empresa que deveria questionar.

O que acontece hoje é preocupante, pois vários tra-

balhadores que apresentam atestado médico são questio-nados por quem não é médico do trabalho. O CID também está sendo questionado e isso é proibido pelo Conselho Federal de Medicina.

Achamos que a empresa deveria deixar o diagnóstico para o médico do trabalho, que é pago para prestar esse serviço e atender os trabalhadores. Se o médico do convênio entende que o trabalhador tem necessidade

e direito de afastamento, não é papel da empresa questioná-lo.

Também estamos de olho no comportamento do re-presentante do SESMT (Serviço de Engenharia e Medicina do Trabalho ) que deveria de fato cumprir seu dever, mas prefere intervir onde não deve.

Fonte: “O Dirigível”, In-formativo dos Trabalhadores da ZF Sistemas de Direção, Belo Horizonte (MG)

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PLR 2009: negociação chegou ao limite

Há vários meses a comissão e o Sindica-to dos Metalúrgicos vêm tentando buscar acertar na mesa de negociação uma PLR satisfatória para os tra-balhadores da ZF em Belo Horizonte, mas a representação da empresa parece que não percebe a ansieda-de dos trabalhadores dentro da fábrica, não percebe que a propos-ta de acordo elabora-da o ano passado não pode ser piorada nem nas metas e nem nos valores.

Sindicato e comissão já tornaram público o fato de que chegaram ao limite da tolerância e não vão mais aceitar enrolação.

“Na mesa as nego-

ciações não avançam! Infelizmente a repre-sentação da ZF além de agir de forma des-respeitosa, quebrou o princípio da boa fé quando de forma irres-ponsável e desesperada montou uma operação anti-greve, atirando no escuro e colocando em risco a continuidade das negociações.

“Alertamos para o risco iminente de uma greve desnecessária onde os prejuízos po-derão ser de propor-ções indesejáveis. Que-remos uma PLR de-cente que reconheça e valorize nossos esfor-ços e que as metas não sejam inatingíveis”, afirmou recentemente o Sindicato no infor-mativo “O Dirigível”

Desde 2007 o Sindicato vem discutindo com a empresa uma forma de valorizar o esforço dos trabalhadores e, ao mesmo tempo, motivá-los

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No início de novembro do ano passado, a ZF Sa-chs São Bernardo come-çou a demitir, alegando que a causa era a crise internacional. A empresa afirmou que a produção em geral estava caindo. O Comitê Sindical, porém, analisou as demissões e descobriu que elas eram localizadas, por setor.

O Comitê concluiu que a ZF estava aproveitando a “onda” da crise para mandar parte da produção do setor de revestimento para a Europa. De fato, 30% do setor foi transferi-do para gerar emprego na Europa, bastante afetada pela crise.

Para o Comitê, a ZF

Sachs usou de má-fé com seus trabalhadores. Foi oportunista a ponto de usar a crise como des-culpa e transferir parte da produção de São Ber-nardo para onde fosse mais conveniente para a matriz.

“Nós, do Comitê Sin-dical, junto com o Sindi-cato dos Metalúrgicos do ABC, estamos indignados porque a ZF Sachs tomou suas decisões sem sequer negociar, colocando vá-rios trabalhadores na rua”, afirma nota no comitê.

Para o Comitê, o tiro da ZF Sachs começou a sair pela culatra. Hoje, a fábrica está perdendo en-comendas porque não tem

mão-de-obra suficiente para atender aos pedidos. A empresa está deixan-do de atender a algumas

ZF Sachs aproveita a crise para demitir trabalhadores

Crise não afeta nível de emprego na ZF de Araraquara

montadoras e cancelando até pedidos da China.

“O comitê sindical condena essas atitudes

por saber que varias de-missões poderiam ter sido evitadas”, diz a nota dos sindicalistas.

O balanço do Sindicato sobre a ZF de Araraquara nos últimos meses é bas-tante positivo. Mesmo com a crise, a produção e o nível de emprego estão estáveis.

A empresa cumpriu o compromisso feito de realizar investimentos locais em troca do turno

de 6x2 no ano passado. Já em 2009, o regime de horários voltou para o sistema de 6x1.

Do acordo coletivo original, foi feita apenas uma revisão recente e ele agora estará em vigor até 31 de março de 2010.

Ao mesmo tempo, o Sindicato está investindo

no trabalho de base, na organização no local de trabalho, para aumentar o número de sindicali-zados.

A expectativa é que cada vez mais compa-nheiros se engajem na luta sindical e contribuam para que novas conquistas possam acontecer.

Para o comitê sindical, a ZF usou de ma-fé ao transferir parte da produção para a Europa

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Arte:

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