[sindae] gota d'água - ed. n.23 - julho 2015

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Informativo do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia Ano XXIX – Nº 23 – 6 de julho de 2015 www.sindae-ba.org.br ACESSE A VERSÃO DIGITAL TERROR EM ITAPARICA: TRAFICANTES ENTRAM NA EMBASA PARA MATAR TRABALHADOR PÁGINA 5 REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL É MAIS UM GOLPE NA DITADURA DE EDUARDO CUNHA PÁGINA 2 PARA TIRAR O PAÍS DA CRISE, CUT DEFENDE MUDANÇA URGENTE NA POLÍTICA ECONÔMICA PÁGINA 4 COMEÇOU NESTA SEGUNDA A GREVE NA CERB. É HORA DE UNIÃO PÁGINA 2 A falta de sensibilidade de dirigentes e do governo, levando a Cerb a parar a partir desta segunda (6), também atingiu a Embasa: os (as) trabalhadores (as) decretaram greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda (13). A última proposta da Embasa foi rejeitada, pois ela quer apenas repor a inação (8,34% de reajuste salarial), mesmo assim parcelados. Nada de ganho real nem de melhorias signi cativas nos benefícios de ordem econômica. Num setor tão essencial à sociedade, e cujas empresas vem dando bons resultados, é de se esperar que os (as) trabalhadores (as) tenham um tratamento mais adequado da parte dos dirigentes e do governo. PÁGINAS 3 e 4 Greve atinge todo o setor Greve atinge todo o setor de saneamento na Bahia: Depois da Cerb, de saneamento na Bahia: Depois da Cerb, Embasa também vai parar Embasa também vai parar Nossa categoria teve uma bonita participação na festa da independência da Bahia, com a pre- sença de vários companheiros (as) do interior. Diversas faixas de protesto foram colocadas no centro histórico de Salvador, e com bandeiras e pirulitos denunciamos as tentativas de privatização da água, e nos juntamos aos protestos contra a redução da maioridade penal. O Sindae integrou o “Bloco dos Trabalhadores (as)” comandado pela CUT Bahia e que cobrou mais emprego, educação e trabalho, além de fazer a defesa da Petrobras e da democracia. PÁGINA 2 Sindae integra “bloco dos (das) trabalhadores (as)” no 2 de Julho CAB JÚLIA GUEDES

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Informativo do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia Ano XXIX – Nº 23 – 6 de julho de 2015

www.sindae-ba.org.br

AC

ESSE

A V

ERSÃ

O D

IGIT

AL

TERROR EM ITAPARICA: TRAFICANTES ENTRAM NA EMBASA

PARA MATAR TRABALHADORPÁGINA 5

REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL É MAIS UM GOLPE NA DITADURA DE

EDUARDO CUNHAPÁGINA 2

PARA TIRAR O PAÍS DA CRISE, CUT DEFENDE MUDANÇA URGENTE

NA POLÍTICA ECONÔMICAPÁGINA 4

COMEÇOU NESTA SEGUNDA A GREVE NA CERB.

É HORA DE UNIÃOPÁGINA 2

A falta de sensibilidade de dirigentes e do governo, levando a Cerb a parar a partir desta segunda (6), também atingiu a Embasa: os (as) trabalhadores (as) decretaram greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda (13). A última proposta da Embasa foi rejeitada, pois ela quer apenas repor a infl ação (8,34% de reajuste salarial), mesmo assim parcelados. Nada de ganho real nem de melhorias signifi cativas nos benefícios de ordem econômica. Num setor tão essencial à sociedade, e cujas empresas vem dando bons resultados, é de se esperar que os (as) trabalhadores (as) tenham um tratamento mais adequado da parte dos dirigentes e do governo. PÁGINAS 3 e 4

Greve atinge todo o setor Greve atinge todo o setor de saneamento na Bahia: Depois da Cerb, de saneamento na Bahia: Depois da Cerb, Embasa também vai pararEmbasa também vai parar

Nossa categoria teve uma bonita participação na festa da independência da Bahia, com a pre-sença de vários companheiros (as) do interior. Diversas faixas de protesto foram colocadas no centro histórico de Salvador, e com bandeiras e pirulitos denunciamos as tentativas de privatização da água, e nos juntamos aos protestos contra a redução da maioridade penal. O Sindae integrou o “Bloco dos Trabalhadores (as)” comandado pela CUT Bahia e que cobrou mais emprego, educação e trabalho, além de fazer a defesa da Petrobras e da democracia. PÁGINA 2

Sindae integra “bloco dos (das) trabalhadores (as)” no 2 de Julho

CAB

JÚLIA GUEDES

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O Sindicato se reuniu com a diretoria da Cerb na última sexta (3), mas não houve qualquer avanço que pudesse ser avaliado pela categoria, que nesta segunda (6) começa uma greve por tempo indeterminado. A direção da empresa informou que vai tentar, junto ao go-verno, no começo desta semana, uma forma de colocar fi m ao impasse.

A greve foi decretada em assembleia re-alizada no último dia 26, em clima de muita revolta: os (as) trabalhadores (as) rejeitaram de novo a proposta de acordo com reajus-te parcelado de duas vezes (4,5% em julho,

retroativo a maio, e 3,51% em novembro, sem retroatividade). Além disso, a Cerb quer manter “congelados” os benefícios de ordem econômica.

A partir desta segunda, a categoria deve estar mais unidade do que nunca, pois somente com luta poderemos alcançar um acordo cole-tivo decente. Todas as unidades, na capital e in-terior, devem paralisar suas atividades, incluindo as máquinas que estão no campo. Diariamente serão realizadas assembleias em Salvador e Fei-ra de Santana. A mobilização da categoria é fun-damental. Todos (as) à luta!

O Brasil amanheceu na última quinta (2) conhecendo ainda mais o lado mais do que perverso do presidente da Câmara dos De-putados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Menos de 24 horas após ver derrotada a proposta de redução da maioridade penal, de 18 para 16 anos, ele colocou em votação uma pro-posta de idêntico teor e conseguiu reverter o resultado. Ele atropelou o regimento inter-no e a Constituição e vai, assim, impondo a sua ditadura ao Brasil.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) decidiram que vão entrar com ação no Supremo Tribunal Federal para anu-lar a segunda votação, por expressa viola-ção à Constituição Federal. É o mesmo que deputados de sete partidos decidiram fazer, além de representantes de 23 estados e do Distrito Federal. O próprio ministro do STF, Marco Aurélio Mello, já adiantou que a vota-ção é inconstitucional.

Com faixas fi xadas em diversos pontos do centro histórico de Salvador, e portando bandeiras e muitos pirulitos, trabalhadores (as) do saneamento ambiental participaram ativamente do desfi le do 2 de Julho, nessa que foi uma das maiores participações da nossa categoria na festa da independência da Bahia. Mais uma vez denunciamos as tentativas de privatização da água, pelas prefeituras de Sal-vador e Feira de Santana, e fi zemos coro, jun-to com várias entidades, aos protestos contra a redução da maioridade penal recentemente aprovada pela Câmara dos Deputados.

De camisas vermelhas, para simbolizar o sangue derramado por guerreiros (as) que lutaram e conseguiram a independência da Bahia, os (as) representantes do Sindae in-tegraram o “Bloco dos Trabalhadores (as)” comandado pela CUT Bahia e que cobrou mais emprego, educação e trabalho, além de fazer a defesa da Petrobras e da democracia.

Nesse palco das grandes batalhas do passado, e diante do grande tapete verme-

Reunião com a Cerb não tem avanço.Greve começou nesta segunda

Redução da maioridade penal: Cunha vai impondo sua ditadura ao país

lho formado pelo movimento sindical, este-ve presente a secretária Nacional de Comu-nicação da CUT Nacional, Rosane Bertotti, que expressou sua alegria: “É uma festa de-mocrática, de todas as raças, credos e con-cepções e que marca um momento funda-mental da nossa história”.

Segundo o juiz paulista André Be-zerra, presidente da Associação Juízes pe-la Democracia, já estão dadas as condi-ções para questionar o procedimento de Cunha, “que está passando por cima das formalidades legislativas, do regimento”. Ele também afi rmou que “atropelar o re-gimento e fi car colocando uma matéria já rejeitada até conseguir aprová-la causa re-volta em qualquer cidadão que tenha no-ção democrática de Direito”.

Diversos deputados de oposição re-agiram e classifi caram de golpe a postura de Eduardo Cunha, homem que vem ten-tando impor uma agenda de graves retro-cessos ao país, como a aprovação da pro-posta da terceirização sem limites e do fi nanciamento empresarial de campanhas políticas, base da corrupção eleitoral. De qualquer forma, o projeto de redução da maioridade penal terá de passar pela se-gunda votação na Câmara e mais duas vo-tações no Senado. A sociedade civil preci-sa resistir contra esses retrocessos.

Sindae tem boa participação e leva para o 2 de Julho as bandeiras da categoria

JÚLIA GUEDES

Cansados (as) de tanto esperar por algo decente, os (as) trabalhadores (as) da Emba-sa partiram para a reação: por ampla maioria, rejeitaram a última proposta da empresa e decretaram greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira (13), man-tendo abertas as negociações. A decisão foi tomada em assembleias realizadas nesta se-

gunda (6), no CAB e nas unidades regionais do interior. Teremos assembleias diárias para o caso da empresa apresentar uma proposta que deva ser avaliada pela categoria.

A última proposta apresentada pela Em-basa aconteceu na véspera do feriado do 2 de julho: insistindo na alegação de difi culda-

Trabalhadores (as) da Embasa também reagem e decretam greve por tempo indeterminado a partir de segunda

A decisão foi tomada em assembleias realizadas nesta segunda (6), no CAB e nas unidades regionais do interior.

des fi nanceiras, fez uma pequena alteração em relação à anterior, como passar o reajus-te salarial dos 7,5% oferecidos anteriormen-te para 8,34% (índice da infl ação medido pe-lo INPC-IBGE), mantendo o parcelamento de duas vezes, sendo 5% de julho e outros 3,3181% em outubro. Nessa proposta, as du-as parcelas são retroativas a maio. Na pro-posta anterior não havia retroatividade para a segunda parcela.

No caso dos benefícios econômicos, a Embasa propôs passar o abono alimenta-ção para R$ 29,26, auxílio creche para R$ 700,00, auxílio educação para R$ 217,00, au-xílio material escolar para R$ 190,00, auxílio funeral para R$ 5.500,00, auxílio fi lho espe-cial para R$ 1.268,00 e o bônus junino e na-talino para R$ 130,00.

3Encarte da edição de nº 23/2015

COMUNICADOO Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia – SINDAE, com sede à Rua General Labatut, n.º 65 – Barris – Salvador – Bahia, por seu Coordenador Geral comunica a população em geral que os empregados da Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. – EMBASA irão paralisar suas atividades por prazo indeterminado a partir 00h00min do dia 13.07.15, com Assembleia Geral Permanente na porta da Empresa, em razão da discordância da proposta de Acordo Coletivo de Trabalho 2015/2016 apresentado pela Empresa.

Danillo Libarino AssunçãoCoordenador Geral

CAB

CAB CABCAB

ITABERABA SENHOR DO BOMFIM

VITÓRIA DA CONQUISTA STO. ANTÔNIO DE JESUS

JÚLIA GUEDES

Assim, a empresa está propondo apenas repor a infl ação do período (maio de 2014 a abril de 2015), desconsiderando a outra rei-vindicação da categoria, que é de ganho real de salário. Outra questão que mantém ridí-cula a proposta é o parcelamento: por mais de uma vez o Sindicato tem informado que não irá aceitar e a categoria tem confi rmada essa posição. Além disso, queremos uma res-posta clara para a implementação da revisão do plano de cargos e salários.

Houve uma mudança insignifi cante de uma proposta para outra. A empresa não po-

de permanecer presa à desculpa de difi culda-de fi nanceira, uma vez que já teve autorizado o reajuste de tarifas, e os (as) trabalhadores (as) têm deixado claro que exigem uma pro-posta decente para o fechamento do acordo coletivo. E é com esse espírito que a catego-ria decidiu partir para a luta.

4 Encarte da edição de nº 23/2015

Mudança imediata na política eco-nômica tocada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foi exigida pelo presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas, durante reunião da executiva da central na última terça (30), em São Paulo. Para isso, ele pe-diu a união dos setores de esquerda, tal como aconteceu no último 1º de Maio, e tal como acontece na Argentina e na Ve-nezuela. “Precisamos nos unir não para disputar eleição, mas para disputar a atual conjuntura”, conclamou ele.

A mudança nos rumos da economia é urgente na visão do dirigente cutista, pois, a persistir o caminho traçado pelo gover-no, o cenário fi cará pior: “Nós temos que mudar essa política econômica já. Ela vai provocar uma recessão e nos impede de avançar nos salários. Se entramos em re-cessão, a direita passa por cima da gente”, disparou Vagner.

A crítica à economia brasileira foi acompanhada pelo coordenador nacional do MST, João Pedro Stédile, convidado pa-ra o encontro. Segundo Stédile, as massas podem voltar às ruas protestando contra

a perda de seus direitos. “Há uma insatis-fação popular e ela vai estar nas ruas em breve, isso é certo.”

Stédile lembrou que o Brasil tem in-vestido na economia apenas 14% do PIB, o que, segundo ele, impede o crescimento do país, e que a classe trabalhadora tem sofrido para acessar direitos básicos, co-mo moradia, transporte e saúde. Quanto à crise política, ele disse que “a democra-cia burguesa representativa virou uma far-sa no Brasil. Os eleitores se lembram em quem votaram, mas não reconhecem seus representantes. Há uma crise de repre-sentação política”.

O dirigente do MST afi rmou, ainda, que o projeto da burguesia é recompor o neoliberalismo, o que traz ainda mais per-das de direitos para a classe trabalhadora. “Para concorrer com a burguesia interna-cional, precisa-se aumentar a taxa de lucro, nada melhor do que deixar de gastar com trabalhadores. É o estado mínimo. Para re-solver a corrupção, eles pedem redução de gastos com servidores. Por último, o realinhamento da burguesia com os EUA.”

Direção da CUT pede mudança imediata na política econômica

p p

FEIRA DE SANTANA

IRECÊ

BARREIRAS

PAULO AFONSO

FEIRA DE SANTANA

ITAMARAJU

Teremos assembleias

diárias para o caso da empresa apresentar uma

proposta que deva ser avaliada

pela categoria.

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O Coletivo de Mulheres do Saneamen-to da Bahia (Comusba) fez o lançamento da Marcha das Margaridas durante a reunião da diretoria ampliada do Sindae, na última quarta (1º), quando realizou um ato lúdico e apre-sentou o “Canto das Margaridas”, hino ofi cial do evento. A Marcha acontecerá dias 11 e 12 de agosto, em Brasília, e o nosso Coletivo es-tará presente, com oito representantes.

A Marcha das Margaridas é uma ação estratégica das mulheres do campo e da fl o-resta, mas também integra a agenda perma-nente dos movimentos sindical e feminista. É uma mobilização das mulheres trabalha-doras para romper com todas as formas de

discriminação e violência, que trazem con-sequências perversas à vida delas.

Quanto ao Comusba, este se reuniu na última terça (30), no Sindae, para dis-cutir novas ações em prol da categoria (as reuniões acontecem a cada dois meses, precedendo as reuniões da diretoria am-pliada). Ele tem feito trabalhos de formação política e sindical, a exemplo de um deba-te sobre a reforma política. O Coletivo é integrado atualmente por nove mulheres, trabalhadoras da Embasa e da Cerb, e está aberto a novas participações. Basta ser fi lia-da ao Sindicato e ter disposição para o tra-balho de formação junto à categoria.

Não são raros os relatos de assédio moral praticados nas empresas e autarquias de saneamento na Bahia e isso não pode continuar. Esse tipo de assédio é uma das formas mais agressivas para a relação de trabalho, atingindo a saúde física e mental do (da) trabalhador (a) em decorrência da pressão que sofre no ambiente de trabalho.

O assédio moral é a exposição de tra-balhadores (as) a situações constrangedo-ras e humilhantes, caracterizando uma ati-tude desumana e violenta, repetitiva, com o objetivo de desqualifi car e desestabilizar a vítima, sendo mais comum de chefe para su-bordinado. Há casos também em que ocor-re de baixo para cima, ou seja, de um (uma) empregado (a) para com o (a) chefe.

É, também, uma conduta abusiva, mani-festada por palavras, gestos e escritos que possam trazer danos à personalidade, à dig-nidade ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa. É uma prática reiterada, fei-ta por período prolongado. Uma das for-

mas mais comuns é a de ameaça de demis-são ou perda de parte do salário ou alguma vantagem.

Caracteriza-se, ainda, pela determi-nação de tarefas não previstas no contra-to, isolamento do (da) empregado (a), tra-tamento rígido, desrespeito e provocador, controle de tempo e pedido de explicações quando se vai ao banheiro, ridicularização do (da) empregado (a), imposição de so-brecarga, mudança inesperada de turno por perseguição e assim por diante.

É fundamental o combate a essa praga que tanto afeta a classe trabalhadora. Os pa-trões precisam agir com rigor, seja por re-gulamentos ou instruções, para evitar ações discriminatórias e humilhantes no ambien-te de trabalho. As vítimas devem resistir e denunciar, buscar a solidariedade de com-panheiros (as), e também levar ao conheci-mento do Sindicato. Se preciso, poderão ser adotadas medidas judiciais, inclusive para cobrar indenização por danos morais.

Coletivo de Mulheres do Saneamento lança Marcha das Margaridas

Traficantes invadem escritório de Itaparica para

matar trabalhador

Uma praga a ser erradicada no ambiente de trabalho

ASSÉDIO MORAL

A tragédia da insegurança nas uni-dades da Embasa, tantas vezes denuncia-das neste boletim, está por fazer novas vítimas: trabalhadores (as) do escritório de Itaparica viveram uma tarde de pânico na última quarta (1º), quando trafi cantes invadiram o local para matar um funcio-nário da empresa. O caso foi levado ao conhecimento da delegacia local imedia-tamente, mas até o fechamento desta edição ninguém havia sido preso.

Os trafi cantes deixaram o local, mas reafi rmaram a intenção de voltar para ma-tar um agente de sistema. Eles não aceitam que sejam incomodados no seu “trabalho”.

O fato é que a direção da Embasa precisa tomar providência urgente para garantir a segurança e tranquilidade dos (as) empregados (as), constantemente ameaçados pelos trafi cantes. Diariamente eles pulam o muro de proteção ou pas-sam por um buraco aberto junto ao setor do almoxarifado e usam drogas na própria área da Embasa. E fazem isso com muita tranquilidade: o muro é muito baixo e a segurança trabalha desarmada, incapaz de conter a bandidagem que domina a região.

O escritório de Itaparica é um caso à parte. Há tempos os (as) empregados (as) reivindicam mais segurança da gerên-cia e nada é feito, facilitando a presença no local de trafi cantes e usuários. Recen-temente uma moto foi roubada na área.

“O verdadeiro resultado de nossas lutas não é o êxito imediato, mas a união cada vez mais ampla dos trabalhadores.

Karl Marx ”

SINVAL SOARES

Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia (Sindae), fi liado à FNU/CUT;Responsabilidade: Diretoria Executiva; Editor: José Sinval Soares; Comp. e Impressão: Gráfi ca do Sindae;Tiragem: 8.000 exemplares; Endereço: Rua General Labatut, nº 65, Barris. Salvador – BahiaCEP: 40.070-100; Tel.: (71) 3111-1700; Fax: (71) 3013-6913Email: [email protected]

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ROMARIA DAS ÁGUASTerminou no último domingo (5), em

Bom Jesus da Lapa, a 38ª Romaria da Ter-ra e das Águas, que teve como tema “De-fender as águas, um direito sagrado”. Ela foi organizada pela Comissão Pastoral da Ter-ra (CPT-Bahia) e debateu temas como meio ambiente, fi xação das famílias no campo e sobrevivência no semiárido e, especialmen-te, a seca e revitalização do Rio São Fran-cisco. Quase dez mil pessoas participaram dessa jornada de luta.

ESCRAVIDÃOQuem tiver interesse em conhecer a

história do tráfi co internacional de escravos pode conferir a exposição “Forever Free - Livres para sempre”, que está no Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca), da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). A mostra foi criada pelas Nações Unidas para lembrar os 400 anos nos quais mais de 15 milhões de pessoas foram víti-mas de um dos capítulos mais nefastos da história da humanidade. A exposição fi ca até o fi nal deste mês.

MORDIDA DO LEÃOCerca de 11,5 milhões de trabalhado-

res (as), que ganham até R$ 1.904,00 por mês, fi carão isentos de pagar o Imposto de Renda. A correção da tabela do imposto, en-tre 4,5% e 6,5%, foi aprovada semana passa-da no Senado. A correção da tabela é antiga reivindicação do movimento sindical, mas, nos valores aprovados, nem de longe supe-ra a defasagem entre 2003 e 2014, que é de 17,34%, segundo o Dieese.

CRISE DA ÁGUAO sistema Cantareira, responsável pe-

lo abastecimento da maior parte da Gran-de São Paulo, continua operando em situ-ação crítica e na semana passada caiu mais um pouco, operando com 15,3% de sua ca-pacidade. Em junho, o sistema acumulou só 67% do volume de chuva esperado. Ele abas-tece atualmente 5,3 milhões de paulistanos, enquanto, antes da crise de água, chegava a abastecer cerca de 9 milhões. A diferença é atendida agora por outros sistemas.

FALECIMENTOSFaleceu na última terça (30) o engenhei-

ro Carlos Alberto Pontes de Souza, que por 17 anos dirigiu a unidade regional da Emba-sa em Itabuna. Estava algum tempo afastado para tratamento de doença. Também o ex--companheiro Antônio Carlos dos Santos, o Carlinhos, que foi operador de sistema do EL da Embasa em Mata de São João, faleceu no último dia 20, aos 70 anos de idade. Ele trabalhou na empresa durante 32 anos e há dois estava aposentado.

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RECICLÁVEL

TOMENota

Na segunda reunião de discussão do Programa de Participação nos Resultados (PPR), realizada na última terça (30), o Sindi-cato enfatizou a necessidade de mudança no modelo e na forma de distribuição do bene-fício, bem como o afastamento de metas in-dividuais. Além disso, cobrou a simplifi cação do programa, para que o (a) trabalhador (a) possa acompanhá-lo facilmente.

A comissão do PPR da Embasa chegou ao consenso de que o programa deve incluir metas ligadas à saúde e segurança no tra-balho, mas não houve acordo sobre outras duas variáveis: a inclusão de meta sobre ab-senteísmo (faltas) e a revisão do Índice de Efi ciência Operacional (IEO). Sobre a primei-

ra questão, o Sindicato lembrou que o atual programa já contempla o fator de assiduida-de. No segundo caso, a empresa quer incluir nas metas do IEO a insufi ciência de caixa, além de incluir despesas, a exemplo do Prê-mio Aposentadoria.

O Sindicato também ponderou que o benefício do PPR deve ser pago conforme as metas alcançadas, mas que essas metas sejam alcançáveis e possam ter intervenção do (da) trabalhador (a). As metas não podem fi car na dependência exclusiva da empresa, nem es-sa pode criar despesa (a exemplo de obras), que seja do seu interesse ou do governo, pa-ra abater no cálculo do benefício. A próxima reunião da comissão será nesta quinta (9).

Não faz nem tanto tempo que fechou o acordo coletivo de trabalho deste ano e a direção da Emasa já tratou de descumprí--lo, pois não depositou o valor referente à cesta junina (R$ 50,00), o que deveria ter acontecido até o último dia 22. Diante des-se precedente perigoso e do histórico de

descumprimentos da empresa, o Sindicato vai pedir uma reunião nos próximos dias, até porque vem aí o prazo para implantação do plano de cargos e salários, que é primei-ro de agosto. Também iremos cobrar a im-plantação de comissões, como a que trata do plano de saúde.

Na reunião do PPR, Sindicato volta a cobrar mudança no modelo e na forma

de distribuição

Emasa volta a descumprir o acordo coletivo

PLANTÃO DOS (AS) ADVOGADOS (AS) JULHO/2015

ADVOGADO (A)

[email protected]ãTarde

01, 08, 15, 22 e 29–

–01, 08, 15, 22 e 29

Dra. Má[email protected]

TURNOATENDIMENTO

TELEFONE PESSOAL

Dra. Gabriela ManhãTarde

–07, 14, 21 e 28

07, 14, 21 e 28–[email protected]

[email protected]ãTarde

–09, 16, 23 e 30

09, 16, 23 e 30–

Dr. [email protected]

Contato: (71) 3111-1700