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simulado guia do estudante

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  • LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

  • LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

    6

    REDAO

    Leia os textos a seguir e reflita sobre eles antes de desenvolver sua redao.

    Texto 1

    MULHER, MULHERES

    A revoluo da mulher foi a mais importante revoluo do sculo XX, disse Norberto Bobbio, um dos maiores pensadores do nosso tempo. Quero lembrar que no se trata aqui da chamada revoluo feminista, com tantas polmicas e conotaes ideolgicas, com tantos acertos e desacertos, agresses e egresses demaggicas, o fervor de congressos e comcios beirando a histeria na emocionada busca da liberdade. Houve, sem dvida, uma exploso de narcisismo tumultuando as ideias no natural ressentimento das mulheres, se confundindo nos exageros, toda revoluo mesmo exagerada. Mas a verdadeira revoluo qual se refere o filsofo italiano teria a cabea mais fria, digamos. No seu planejamento e estrutura seria uma revoluo mais prudente e mais paciente, obscura, talvez, contudo, ambiciosa na sua natureza mais profunda e que teria seu nascedouro visvel no fim do sculo passado para vir a desenvolver-se plenamente durante a Segunda Grande Guerra: os homens vlidos partiram para as trincheiras. Ficaram as mulheres na retaguarda e dispostas a exercerem o ofcio desses homens nas fbricas. Nos escritrios. Nas universidades. Enfim, as mulheres foram luta, para lembrar a expresso que comeava a ficar na moda. A ptria em perigo abrindo os seus espaos e as mulheres ocupando com desenvoltura esses espaos, inclusive em atividades paralelas guerra, desafios arriscados que enfrentaram com a coragem de assumir responsabilidades at ento s exigidas ao primeiro sexo.

    Oportuno lembrar que em muitos casos essas mulheres demonstraram maior habilidade do que os homens no trato com certas mquinas, uma prova evidente de que as mos femininas, afeitas aos trabalhos caseiros (as tais prendas domsticas) podiam lidar com uma prensa rotativa com a mesma facilidade com que bordavam uma almofada. Rpidas no aprendizado e estimuladas pela competio, assumiram os mais sofisticados ofcios. Apesar da desconfiana, apesar do preconceito, o indisfarvel preconceito mais visvel nos pases do Terceiro Mundo, embora tambm no mundo rico continuasse ecoando e com que nfase! a famosa pergunta de Freud com aquela irnica perplexidade. Mas afinal o que querem as mulheres?!

    Fonte: TELLES, Lygia Fagundes. Mulher, mulheres in DEL PRIORE, Mary. Histria das Mulheres no Brasil. So Paulo: Contexto, 1997, p. 669-670

    Texto 2

    Mesmo com maior escolaridade, as mulheres tm rendimento mdio inferior ao dos homens. Em 2009, o total de mulheres ocupadas recebia cerca de 70,7% do rendimento mdio dos homens ocupados. No mercado formal essa razo chega a 74,6%, enquanto no mercado informal o diferencial entre o rendimento de homens e mulheres ainda maior: as mulheres no mercado informal recebem somente 63,2% do rendimento mdio dos homens. Esse diferencial no rendimento est certamente relacionado com a maior qualificao das pessoas no trabalho formal e com a mdia de horas trabalhadas, que inferior para as mulheres em trabalhos informais.

    Total Homens Mulheres

    GRFICO 9.7 RENDIMENTO MDIO DO TRABALHO PRINCIPAL DAS PESSOASDE 16 ANOS OU MAIS DE IDADE, TOTAL, OCUPADAS E OCUPADAS EM

    EMPREGO FORMAL E INFORMAL, POR SEXO BRASIL 2009

    Em R$

    1600

    1200

    800

    400

    0Ocupados

    1071

    ,40

    1218

    ,30

    861,

    50

    Trabalho formal

    1371

    ,40

    1529

    ,50

    1141

    ,30

    Trabalho informal

    695,

    00

    821,

    20

    518,

    70

    Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios 2009

  • LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

    7

    Texto 3

    DIREITO DE VOTO FEMININO COMPLETA 76 ANOS* NO BRASIL; SAIBA MAIS SOBRE ESSA CONQUISTA

    Faz s 76 anos que a mulher brasileira ganhou o direito

    de votar nas eleies nacionais. Esse direito foi obtido por meio do Cdigo Eleitoral Provisrio, de 24 de fevereiro de 1932. Mesmo assim, a conquista no foi completa. O cdigo permitia apenas que mulheres casadas (com autorizao do marido), vivas e solteiras com renda prpria pudessem votar.

    As restries ao pleno exerccio do voto feminino s foram eliminadas no Cdigo Eleitoral de 1934. No entanto, o cdigo no tornava obrigatrio o voto feminino. Apenas o masculino. O voto feminino, sem restries, s passou a ser obrigatrio em 1946.

    O direito ao voto feminino comeou pelo Rio Grande do Norte. Em 1927, o Estado se tornou o primeiro do pas a permitir que as mulheres votassem nas eleies.

    Naquele mesmo ano, a professora Celina Guimares, de Mossor (RN), se tornou a primeira brasileira a fazer o alistamento eleitoral. A conquista regional desse direito beneficiou a luta feminina da expanso do voto de saias para todo o pas.

    Mulheres no poder A primeira mulher escolhida para ocupar um cargo eletivo

    do Rio Grande do Norte. Foi Alzira Soriano, eleita prefeita de Lajes, em 1928, pelo Partido Republicano. Mas ela no terminou o seu mandato. A Comisso de Poderes do Senado anulou os votos de todas as mulheres.

    *[Essa reportagem circulou em 2008.]Fonte: Folha Online, 24.2.2008, com cortes. Acessado em 8.3.2011

    Texto 4

    BRASIL PERDE 10% DO PIB COMVIOLNCIA CONTRA A MULHER

    O Brasil perde anualmente cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) como resultado da violncia cometida contra as mulheres.

    O dado foi destacado pela corregedora nacional de Justia, ministra Eliana Calmon, esta semana, durante palestra em homenagem ao Dia Internacional da Mulher na Cmara Municipal de Salvador (BA).

    Segundo a ministra, a estimativa se refere aos gastos com o sistema de sade no atendimento s vtimas, movimentao do aparelho judicial e policial e interrupo do trabalho das mulheres agredidas.

    Eliana Calmon classificou a Lei Maria da Penha (n 11.340) como um grande avano no combate a esse tipo de violncia no Brasil e na proteo estrutura familiar, ao estabelecer as prises em flagrante e preventiva ao agressor, a instaurao de inqurito policial e a impossibilidade de desistncia por parte da vtima.

    No entanto, lembrou que ainda h muito que fazer para erradicar o problema no Brasil.

    Em um pas com 27 tribunais de Justia temos apenas 43 juizados especializados em combate violncia

    Observaes:

    Seu texto deve: ser redigido em norma culta escrita do

    portugus; conduzir a uma proposta de interveno

    para a temtica em questo; respeitar os direitos humanos.

    O texto no deve ser escrito em forma de poema (versos) ou narrao.

    O texto com at 7 (sete) linhas escritas ser considerado texto em branco.

    O rascunho pode ser feito na ltima pgina deste Caderno.

    A redao deve ser passada a limpo na folha prpria e escrita tinta.

    contra a mulher, sendo que em trs estados eles ainda so inexistentes. Ainda falta conscincia sobre a gravidade do problema, criticou a corregedora nacional.

    Segundo ela, muitos juizados no possuem estrutura adequada, os policiais carecem de capacitao no atendimento s vtimas, a sistematizao de dados ainda precria, sem contar os problemas sociais, que impedem que muitas mulheres denunciem ou tenham acesso Justia.

    Fonte: http://www.correiodoestado.com.br/noticias/brasil-perde-10-do-pib-com-violencia-contra-a-mulher_104496/ Acessado em 12.3.2011, com cortes

    PROPOSTA DE REDAO:

    Com base na compreenso dos textos motivadores e em seus conhecimentos prvios, elabore um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema:

    A MULHER NA DEMOCRACIA BRASILEIRA

  • LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

    8

    QUESTO 1

    Fonte: Disponvel em: . Acessado em 18 de maro 2011

    O site WikiLeaks.org tem formato wiki, um modelo cooperativo de construo, e se apresenta como espao de defesa global das fontes e das liberdades de imprensa. No cartum, gnero que explora o humor, sugere-se que esse modelo de informao e comunicao pode implicar

    a) a divulgao de notcias sem credibilidade, com baixo impacto na formao da opinio pblica.b) a revelao de contedos que comprometem imagens de personalidades pblicas.c) a censura imprensa mundial, visto que assuntos divulgados abrangem diferentes pessoas e pases.d) a difuso de dados negativos para as relaes entre os mercados globalizados.e) o aumento de sites desse tipo, dado o grande interesse pblico por esse tratamento da informao.

    QUESTO 2

    LABORAL: A PAUSA QUE D RETORNO

    Para muita gente, dar uma pausa no servio s mesmo no horrio de almoo. Quem atua com ginstica laboral garante: parar pelo menos 15 minutos e fazer exerccios assegura um rendimento maior e um retorno qualitativo para as empresas.

    Atender o telefone apoiando o aparelho no ombro, digitar horas a fio sem o suporte adequado, sentar-se em desnvel com a tela do computador so cenas cotidianas em diversas empresas. Independentemente da funo, a necessidade, em muitos casos, a mesma: realizar mais de uma atividade ao mesmo tempo.

    Sem os devidos cuidados, o resultado disso acaba sendo dores musculares, torcicolo, tenses e, em casos extremos, uma leso por esforo repetitivo (LER).

    Fonte: Dirio do Nordeste. Trabalho, 12 de abril de 2009. Trecho. Disponvel em: < http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=629984>. Acessado em

    17 de maro de 2011

    O ttulo da reportagem refora a sugesto que o texto faz de que a prtica da ginstica laboral atende a interesses

    a) das empresas, que assim podem controlar o tempo livre de seus empregados, evitando que usem computadores e telefones.b) dos convnios e seguros de sade, que assim evitam gastos com doenas derivadas do trabalho, como a leso por esforo repetitivo.c) dos trabalhadores, que podem trabalhar a esttica corporal sem precisar gastar com professores e academias particulares.d) de empregados, que assim podem evitar doenas, e empregadores, que assim podem evitar prejuzos na produo.e) de empregados, que podem trabalhar e ganhar mais, e empregadores, que podem produzir mais com as horas extras.

    QUESTO 3

    Fonte: QUINO. Cartum. Disponvel em: . Acessado em 19 de maro 2011

    Os excertos a seguir so discursos sobre sistemas de comunicao. Entre eles, o que poderia ser tomado como discurso contrrio ao do cartum, por apresentar viso positiva quanto s possibilidades de uso social do mesmo sistema de comunicao nele referenciado :

    a) A publicidade destinada ao pblico infantojuvenil, mormente durante a exibio de programas de televiso destinados a essa faixa etria, constitui-se altamente eficaz na formao de novos consumidores imediatistas. claro que tal prtica com vistas perpetuao do consumo desbragado de bens suprfluos que denotam a sensao desde tenra idade de que ter ser se demonstra essencial pelos agentes do mercado.

    Fonte: MAGANANI, Carolina. Publicidade Infantil. In Revista E. n. 118

    b) O fato que a televiso pode ser mais do que mero entretenimento e se tornar instrumento eficaz de apoio formao das pessoas, ao incentivo agregao familiar, disseminao de valores, ao enriquecimento cultural e motivao aos jovens para que estudem, desenvolvam-se e empreendam.

    ODEBRECHT, Emlio. Teledramaturgia: as novelas e a educao. Folha de S. Paulo, 11 de julho de 2010.

    Disponvel em: . Acessado em 19 de maro 2011(trecho adaptado)

  • LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

    9

    c) Infelizmente, o compromisso do Google de fornecer livre acesso ao seu banco de dados em um terminal em cada biblioteca pblica est cercado de restries: os leitores no podero imprimir nenhum livro protegido por copyright sem pagar uma taxa aos detentores dos direitos.Fonte: DARNTON, Robert. O Google e o Futuro dos Livros. Serrote, 1, 2009.

    p. 32

    d) De acordo com o psiquiatra Jairo Bauer, que coordena a pesquisa, a internet hoje um grande polo agregador de jovens. Para que se dar ao trabalho de se deslocar at o shopping, quando o outro pode estar ao alcance de alguns toques no teclado?, questiona o mdico.

    Fonte: GOMES, Patricia e AZANHA, Thiago. Amigo virtual vira amigo real para 38% dos jovens, diz estudo. Folha de S.Paulo, Cotidiano, 28 de outubro

    2010

    e) O fato que a imprensa esquarteja as notcias com requintes de crueldade nunca antes vistos. E atira os pedaos massa de leitores e ouvintes. Porque o bom senso parece no ter ainda provado que no s doena que contagia, sade tambm contagia.

    Fonte: ARAJO, Washington. Notcias esquartejadas com requintes de crueldade. Disponvel em: < http://www.observatoriodaimprensa.com.br/

    artigos.asp?cod=598IMQ011>. Acessado em 19 de maro de 2011 (adaptado)

    QUESTO 4

    A BRIEF HISTORy OF PUNk

    The original punk music scene ran like the careers of many of its stars - burning brightly for a short time before crashing to the ground in flames.

    But its importance can be judged by the echoes heard in music ever since, as well as the legends and cliches that have grown up around it.

    One clich is that punk was less a musical genre than a state of mind - but that was true in the days before it became fashionable to become a punk fashion victim.

    Punk remained an underground scene until 1976, when two bands - The Ramones and The Sex Pistols - made the outside world take notice.

    Not only did they become hugely successful in their own right, but they also provided an inspiration to people who realised you did not need to be able to play an instrument to be in a band - you just had to have something to say.

    YOUNGS, Ian. BBC News Online, 23 dez. 2002. Trecho com cortes. Disponvel em: . Acessado em 11

    de maro de 2011

    Marca o movimento cultural descrito no texto a) a cena musical, que, com clichs, se manteve no estrelato. b) o primor musical, que se difundiu para o outro lado do mundo.c) a msica popular, por incorporar elementos do mundo fashion.d) a origem com show histrico de Sex Pistols junto com Ramones.e) a expresso ideolgica, que deu um novo sentido ideia de banda.

    QUESTO 5

    Fonte: http://www.joyoftech.com/joyoftech/joyimages/1514.jpg

    Acessado em 11 de maro de 2011

    A expresso Im so excited to announce our newest product explicita para o leitor a funo do texto, que

    a) promover a venda de nova tecnologia para produzir msica, por meio de discurso publicitrio.b) anunciar produto similar e concorrente de outro lder de mercado, por meio do apelo emoo.c) criticar o impacto social do primeiro produto, por meio de discurso irnico em relao ao segundo.d) causar humor, por meio de discurso crtico aos produtos com baixa qualidade tecnolgica.e) orientar o consumidor, por meio de discurso esclarecedor das vantagens e custos dos produtos.

    QUESTO 6

    Fonte: Disponvel em < http://insoniainsana.zip.net/images/DownloadedKid.jpg>. Acessado em 22 de maro de 2011

  • LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

    10

    O texto verbal refora o efeito de humor do cartum ao pr em questo

    a) as referncias da internet na viso de mundo e expresses lingusticas das novas geraes.b) a falta de conhecimento que as pessoas de meia-idade possuem da internet e seus recursos.c) a curiosidade infantil sobre questes difceis, como essa a respeito do incio e do fim da vida.d) o despreparo dos pais para impor limites aos filhos no uso de jogos e computadores.e) a falta de tempo para dialogar com filhos, derivada do excesso de funes da me moderna.

    QUESTO 7

    Fonte: < http://n.i.uol.com.br/educacao/saladoprofessor/banco/maitena.jpg > Acessado em 22 de maro de 2011

    O texto permite compreender que um dos fatores do preconceito

    a) a falta de conhecimento, uma vez que me e filho desconhecem o que se vestir bem e adequadamente.b) a perda de referenciais de valores, uma vez que o filho ocupa o lugar de opinar, que deveria ser da me.c) a tomada de um ponto de vista como universal, uma vez que o filho se sente apto a criticar a roupa da me.d) a alienao, uma vez que me e filho aderem ao que est na moda, sem avaliar bem os resultados.e) a falta de abertura para o dilogo, uma vez que a me ignora a opinio manifestada por seu filho.

    QUESTO 8

    PRONOMINAIS D-me um cigarroDiz a gramticaDo professor e do alunoE do mulato sabidoMas o negro e o bom branco

    Da Nao BrasileiraDizem todos os diasDeixa disso camaradaMe d um cigarro

    Fonte: Andrade, Oswald de. In Primeiro Caderno do Aluno de Poesias Oswald de Andrade, 1927. Disponvel em: . Acessado em 18 de maro de 2011

    O poema valoriza a diversidade

    a) tnica, ao tratar dos povos que formaram o brasileiro.b) regional, ao tratar de costumes do homem sertanejo.c) social, ao denunciar a falta de escola para os pobres.d) lingustica, ao usar formas fora da gramtica escolar.e) temporal, ao integrar portugus arcaico e moderno.

    QUESTO 9

    Texto I

    Fonte: Piet, de Michelangelo. 1499.

    Disponvel em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Michelangelo%27s_Pieta_5450_cropncleaned.jpg. Acessado em 18 maro de 2011

    Texto II

    Fonte: SATRAPI, Marjane. Perspolis. Trad. Paulo Werneck. So Paulo: Companhia das Letras, 2007

    O texto II pertence obra Perspolis, na qual a iraniana Marjane Satrapi relata por meio de quadrinhos sua

  • LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

    11

    histria no pas que, em 1979, viveu a imposio do regime xiita institudo por uma ditadura islmica. O dilogo que ela estabelece com a pintura renascentista de Michelangelo resulta, em sua obra,

    a) na manuteno da aura de religiosidade, como se a me ofertasse o filho a um plano transcendente.b) na representao da imagem da me com o corpo do filho, cujo uniforme militar sugere morte durante conflito armado.c) na manuteno da sensao de harmonia, sugerida pelo tom do mrmore, na linguagem sem contrastes e cores dos quadrinhos.d) na representao da mulher que se rebela contra a violncia e a intolerncia, erguendo o corpo do filho morto como protesto.e) na manuteno da sugesto da fora masculina contrastando com a fragilidade fsica da mulher, cujo esforo para erguer o filho causa comoo.

    QUESTO 10

    RESDUO

    Carlos Drummond de Andrade

    De tudo ficou um poucoDo meu medo. Do teu asco.Dos gritos gagos. Da rosaficou um pouco.

    Ficou um pouco de luzcaptada no chapu.Nos olhos do rufiode ternura ficou um pouco(muito pouco).

    Pouco ficou deste pde que teu branco sapatose cobriu. Ficaram poucasroupas, poucos vus rotospouco, pouco, muito pouco.

    Mas de tudo fica um pouco.Da ponte bombardeada,de duas folhas de grama,do mao vazio de cigarros, ficou um pouco.

    Pois de tudo fica um pouco.Fica um pouco de teu queixono queixo de tua filha.De teu spero silncioum pouco ficou, um pouconos muros zangados,nas folhas, mudas, que sobem.

    Fonte: ANDRADE, Carlos Drummond de. Resduo (Fragmento). In: A Rosa do Povo. 42 ed., Rio de Janeiro: Record, 2009

    H nas reflexes do eu-lrico aluso a qual contexto histrico?

    a) O fim do militarismo no Brasil.b) O regime escravista brasileiro.

    c) A Segunda Guerra Mundial.d) A greve metalrgica em 79.e) A Semana de Arte Moderna.

    QUESTO 11

    Texto I

    Fonte: HAJJAJ, Emad. Disponvel em: http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-54/cartuns/cartuns-sobre-o-oriente-medio. Acessado em 17 de maro 2011

    Texto II

    EUA CRIAM FERRAMENTA PARA MANIPULAR AS REDES SOCIAIS

    O Exrcito americano est desenvolvendo um software para manipular as mdias sociais, como Twitter e Facebook. A ferramenta vai ajudar os militares a criar e administrar perfis falsos, que seriam alimentados com informaes e opinies de interesse dos EUA para manipular discusses e comunidades. Havendo interesse em atacar a Lbia, por exemplo, agentes poderiam se passar por exilados lbios e defender essa medida em debates no Twitter e no Facebook. Alm de tornar o processo mais organizado (a ideia que cada militar mantenha 10 perfis falsos ao mesmo tempo), o software resguarda o endereo IP dos agentes, evitando que sejam descobertos. uma tentativa do Pentgono de pegar carona na fora das redes sociais, que tiveram papel crucial na derrubada de regimes no Oriente Mdio.

    Fonte: GARATTONI, Bruno. EUA criam ferramenta para manipular as redes sociais. 2011. Disponvel em: http://super.abril.com.br/blogs/rebit/eua-criam-

    ferramenta-para-manipular-redes-sociais/. Acessado em 17 de maro de 2011

    A leitura do texto II permite compreender que no texto I o humor foi usado para

    a) criticar o uso de interaes via internet em escutas e vigilncias de militares americanos.b) referenciar o uso das interaes via internet nas manifestaes ideolgicas no Oriente Mdio.c) ironizar a pouca eficcia das interaes via internet nos movimentos sociais dos EUA.d) exemplificar o poder das interaes via internet nas decises do governo norte-americano.e) explicar como funcionam as interaes via internet entre os governos do Oriente Mdio.

  • LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

    12

    QUESTO 12

    O Iluminismo libertou no s a razo mas tambm o seu oposto: ajudou a criar uma nova onda de sentimentalismo que iria durar quase um sculo e que se chamaria Romantismo. O racionalista proclamara a natureza como origem primeira da razo, enquanto o romntico a cultuava como ilimitada, selvagem e em eterna mudana, sublime e pitoresca.

    Fonte: JANSON, H.W. e JANSON, Anthony F. Iniciao Histria da Arte. 2. ed. So Paulo: Martins Fontes, 1996, p. 309. Trad. Jefferson Luiz Camargo (adaptado)

    No fim do sculo XVIII e durante o sculo XIX, os pintores observam na natureza a expresso das emoes humanas. H uma relao desproporcional entre a significao do indivduo e a fora da natureza. Com base nessa ideia, no excerto apresentado acima e em seus conhecimentos sobre o Romantismo, identifique a obra que pertence pintura romntica.

    d) O Rio, Claude Monet e) Mural Painting for Helena Rubinstein (panel 1), Salvador Dal

    a) O Grito, Edvard Munch b) O Viajante sobre o Mar de Nvoa, Caspar David Friedrich

    c) Abaporu, Tarsila do Amaral

    Fonte das imagens: O Grito, de Edvard Munch, 1893. Disponvel em: http://www.edvard-munch.com/gallery/anxiety/scream.htm. Acessado em 10 maro de 2011

    O Viajante sobre o Mar de Nvoa, de Caspar David Friedrich, 1818. Disponvel em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Caspar_David_Friedrich_032.jpg. Acessado em 9 maro de 2011

    O Rio, de Claude Monet, 1868. Disponvel em: http://trabalhodaivana.wordpress.com/. Acessado em 9 de maro de 2011

    Abaporu, de Tarsila do Amaral, 1928. Disponvel em: http://www.caras.com.br/imagens/65553/em/noticias/11187/. Acessado em 11 de maro de 2011.

    Mural Painting for Helena Rubinstein (panel 1), de Salvador Dal, 1942. Disponvel em: http://www.4shared.com/photo/os8Oupm1/1942_10 Mural_Painting_for_Hel.html. Acessado em 11 de maro de 2011

  • LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

    13

    QUESTO 13

    COM ACAR, COM AFETO

    Com acar, com afetoFiz seu doce prediletoPra voc parar em casaQual o queCom seu terno mais bonitoVoc sai, no acreditoQuando diz que no se atrasa Voc diz que operrioVai em busca do salrioPra poder me sustentarQual o queNo caminho da oficinaH um bar em cada esquinaPra voc comemorar Sei l o queSei que algum vai sentar juntoVoc vai puxar assuntoDiscutindo o futebolE ficar olhando as saiasDe quem vive pelas praiasColoridas pelo sol Vem a noite e mais um copoSei que alegre ma non troppoVoc vai querer cantarNa caixinha um novo amigoVai bater um samba antigoPra voc rememorar Quando a noite enfim lhe cansaVoc vem feito crianaPra chorar o meu perdoDiz pra eu no ficar sentidaDiz que vai mudar de vidaPra agradar meu corao E ao lhe ver assim cansadoMaltrapilho e maltratadoAinda quis me aborrecerQual o queLogo vou esquentar seu pratoDou um beijo em seu retratoE abro meus braos pra voc

    Fonte: HOLLANDA, Chico Buarque de. In: Nara Leo. Com Acar, com Afeto. Rio de Janeiro: Polygram, 1980

    Quanto ao eu-lrico da cano e sua viso de mundo, podem ser estabelecidas relaes com

    a) a cantiga de amigo do Trovadorismo, em que a voz feminina cantava a ausncia do amado, submissa espera.b) a pica do Classicismo, em que as jornadas heroicas do homem em retorno para casa eram cantadas.c) a lrica do Barroco, em que se exprimiam contradies existenciais, como a vida boemia X a do lar.

    d) a lrica do Romantismo, em que a idealizao da pessoa amada encerrava o eu na solido.e) a prosa do Naturalismo, em que se denunciavam as causas sociais dos vcios.

    QUESTO 14

    Fonte: Disponvel em: http://quasepublicitarios.wordpress.com/2011/01/23/coca-cola-santo/

    Para convencer o consumidor da vantagem de o produto anunciado ser legtimo, o texto se vale de estratgia diferenciada de argumentao, explorando ludicamente a forma de uma carta com um discurso sobre relaes amorosas, segundo o qual

    a) a mulher que ama perdoa traies. b) o homem que ama resiste a sedues. c) as mulheres so mais fiis que os homens.d) a traio inviabiliza a continuidade da vida a dois.e) o casamento longo leva ao desgaste do relacionamento.

    QUESTO 15

    Os movimentos sociais urbanos so tambm diferentes de outros movimentos sociais, relacionados aos direitos mais universais. Os movimentos sociais urbanos so assim denominados porque atuam sobre uma problemtica urbana relacionada com o uso do solo, com a apropriao e a distribuio da terra urbana e dos equipamentos coletivos. Portanto, os movimentos por moradia, pela implantao ou melhoria dos servios pblicos, como transporte pblico de qualidade, so exemplos de movimentos reivindicatrios urbanos relacionados ao direito cidade e ao exerccio da cidadania.

    Fonte: SANTOS, Regina Bega dos. Movimentos Sociais Urbanos. So Paulo: Editora Unesp, 2008, p. 11

    Para oferecer ao leitor a possibilidade de definir o que so movimentos sociais urbanos, o texto

    a) conceitua movimentos sociais e amplia essa noo com exemplos ligados aos direitos universais.b) apresenta uma noo geral sobre movimentos sociais e defende o princpio da cidadania.c) distingue os objetivos desse tipo de movimento daqueles que motivam os movimentos sociais.

  • LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

    14

    d) compara o mrito dos diferentes tipos de movimento, destacando como os urbanos so mais relevantes cidadania.e) iguala os direitos defendidos nos diferentes movimentos, j que todos so relevantes para o direito cidadania.

    QUESTO 16

    PROMESSAS DARWINIANAS: POR QUE OS DEUSES PERSISTEM?

    Como vimos no Captulo 3, o sculo XIX foi marcado por uma mentalidade evolucionista e progressivista entre os grupos ilustrados europeus, com claros reflexos em grupos correspondentes aqui no Brasil. Como vimos tambm, essa mentalidade ganhou um novo impulso e uma nova direo depois que Darwin publicou, em 1859, A origem das espcies, onde propunha mecanismos cientificamente tratveis do processo de evoluo.

    Fonte: CRUZ, Eduardo Rodrigues da. A Persistncia dos Deuses: Religio, Cultura e Natureza. So Paulo: Editora Unesp, 2004, p. 61-62, com adaptaes

    A funo da linguagem predominante no texto acima a

    a) ftica, pois o uso da 1 pessoa do plural testa o canal de comunicao entre autor e leitor.b) conativa, pois se vale de discurso imperativo para influenciar o comportamento do leitor.c) referencial, pois trata de acontecimentos buscando efeitos de objetividade na recepo do leitor.d) potica, j que explica, em portugus, o sentido de termos prprios dessa lngua. e) funo expressiva, com marcas da subjetividade do autor em relao ao tema em questo.

    QUESTO 17

    NATUREzA MORTA

    A esta fruita chamam AnanazesDepois que sam maduras tm un cheiro muy suaveE come-se aparados feitos em talhadaE assi fazem os moradores por elle maisE os tm em mayor estimaQue outro nenhum pomo que aja na terra

    Fonte: ANDRADE, Oswald de. Natureza Morta, in: Pau-Brasil. So Paulo: Editora Globo/Secretaria da Cultura, 1990, p. 72

    A esta fruta chamam ananases e nascem como alcachofras, os quais parecem naturalmente pinhas, e so do mesmo tamanho e alguns maiores. Depois que so maduros, tem um cheiro mui suave, e comem-se aparados feitos em talhadas. So to saborosos, que a juzo de todos, no h fruta neste reino que no gosto lhes faa vantagem. E assim fazem os moradores por eles mais, e os que tm em maior estima, que outro nenhum pomo que haja na terra.

    Fonte: GANDAVO. Histria da Provncia de Santa Cruz. So Paulo: Hedra, 2008, p. 91

    Em Natureza Morta, Oswald de Andrade torna o passado brasileiro matria potica ao

    a) parodiar o texto de Gandavo, aproveitando sua estrutura formal, mas dando-lhe novo contedo.b) valorizar as descries feitas pelo historiador do sculo XVI, transformando-lhes em versos em portugus arcaico.c) criticar o texto de Gandavo, acrescentando-lhe uma perspectiva contrria explorao que a metrpole fez aos bens coloniais.d) ridicularizar o estilo do historiador portugus, por meio do ttulo natureza morta, que remete escrita sem emoo e beleza.e) reconhecer o texto do europeu como a primeira manifestao literria em portugus, integrando-o a sua prpria coletnea de poemas.

    QUESTO 18

    Fonte: Campanha da WWF. Disponvel em: http://lh3.ggpht.com/_Px_Cuzgwmwg/S95vacgvOpI/AAAAAAAAAFk/Nu9AtOsZFT4/WWF_midimp02_

    ideia.jpg /. Acessado em 17 de maro de 2011

    Para convencer o leitor sobre a necessidade de preservar a gua, o anncio explora

    a) a identidade entre a composio da Terra e a do organismo humano.b) o impacto da proporo de gua j desperdiada ou poluda pelo homem.c) a identidade entre a gua e o corpo humano quanto presena na Terra.d) o impacto do nmero de pessoas que, caso no houvesse gua, morreriam.e) a identidade entre gua e mundo, no nmero de danos feitos pelos homens.

    QUESTO 19

    Texto I INTIL

    A gente no sabemos escolher presidente A gente no sabemos tomar conta da gente A gente no sabemos nem escovar os dente Tem gringo pensando que ns indigente

    Fonte: MOREIRA, Roger (composio). Intil. EP: Ultraje a Rigor. WEA, 1983 (Fragmento)

  • LINGUAGENS, CDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

    15

    Texto II

    INFINITA HIGHWAy

    No queremos lembrar o que esquecemosNs s queremos viverNo queremos aprender o que sabemosNo queremos nem saber

    Fonte: GESSINGER, Humberto. Infinita Highway. Acstico - Engenheiros do Hawaii. Universal Music, 2004 (Fragmento)

    Ambos os textos assumem uma voz lrica coletiva, sendo que

    a) em I, a concordncia verbal se faz por silepse e em II gramaticalmente.b) por serem cano, deveriam ter expressividade dessa voz no singular.c) no texto I, a concordncia segue a norma, mas prejudica a significao.d) no texto II, a concordncia fica prejudicada pelo uso indevido do infinitivo. e) fazem concordncia de acordo com as regras do portugus no padro.

    QUESTO 20

    Os slogans seguintes foram indicados para uma campanha de conscientizao sobre a mudana climtica, voltada para a populao geral:

    Mudando o clima, muda tudo! O clima est mudando, e voc no vai mudar? Clima aqui, clima l, e voc num vai mud? Ns no clima. E o nosso clima? hora de agir! No deixe o clima mudar. Mude suas atitudes! A questo climtica e o ambientalismo. Entre no clima: faa a sua parte! Mudanas do clima. Mudanas de tudo. o clima a, gente! T pintando um clima de mudana.

    Fonte: Ministrio do Meio Ambiente/Secretaria de Articulao Institucional e Cidadania Ambiental/Departamento de Educao Ambiental. Projeto Bras

    00/0011. Disponvel em:< http://www.mma.gov.br/estruturas/educamb/_arquivos/produto_ii_relatorio_finalcampanha_irineu_tamaio_20.pdf>.

    Acessado em 18 de maro 2011 (adaptado)

    Considere os seguintes critrios:I. Ter linguagem informal, com marcas da oralidade. II. Usar palavras mais cotidianas para a maior parte dos falantes.

    Com base neles, seria inadequado para a campanha o slogan constante em qual alternativa?

    a) Clima aqui, clima l, e voc num vai mud?b) T pintando um clima de mudana.c) A questo climtica e o ambientalismo.d) o clima a, gente!e) Ns no clima.

    QUESTO 21

    Fonte: Campanha Ita. Disponvel em: http://edutakashi.wordpress.com/2011/02/25/itau-leva-qr-code-para-anuncio-na-revista-veja/.

    Acessado em 17 de maro de 2011

    No anncio publicitrio, as caractersticas da pessoa que segura a tela, a imagem nela projetada e a cor de fundo sugerem a integrao de

    a) seriedade e confiana, para atrair clientes da terceira idade.b) dinamismo e arrojo, para atrair clientes com perfis ousados.c) modernidade e tradio, para atrair clientes com perfis variados.d) passado e presente, para atrair os clientes que nascero no futuro.e) tecnologia e rigidez, para atrair os clientes resistentes ao uso da internet.

    QUESTO 22

    Fonte: Disponvel em .

    Acessado em 25 de maro de 2011

    O texto trata, com humor, do impacto das tecnologias de comunicao e informao, mostrando como elas

    a) reforam a confiana entre as pessoas.b) comprometem a privacidade das pessoas.c) favorecem a compreenso entre as pessoas.d) dificultam a publicao de dados e informaes.e) ampliam as possibilidades de formao de redes.

  • MATEMTICA E SUAS TECNOLOGIAS

  • 18

    MATEMTICA E SUAS TECNOLOGIAS

    QUESTO 23

    Uma empresa lanou um produto em dois tamanhos de embalagem e peso. Uma com 750 g ao preo de R$ 9,00 e outra com 300 g do mesmo produto com valor de R$ 5,80. A embalagem maior utiliza 15% a menos de papelo que duas das menores. Alm da economia para o consumidor, na compra de 1,5 kg desse produto na embalagem maior a economia de papelo, em termos percentuais, de:

    a) 30%. b) 32%. c) 45%. d) 47%. e) 52%.

    QUESTO 24

    Este o desenho do Homem Vitruviano, de Leonardo da Vinci. Trata-se de um estudo das propores humanas que foi primeiramente esboado ainda na poca da Roma Antiga, no sculo I a.C., por Marcus Vitruvius Polio. O estudo foi apresentado dentro de um tratado em dez volumes, denominado De Architectura, no qual o arquiteto latino determina as razes de proporcionalidade do corpo humano da seguinte forma:

    a distncia entre a linha de cabelo na testa e o fundo do queixo (face) um dcimo da altura de um homem. o comprimento da orelha um tero do da face.

    Fonte: http://pt.wikipedia.org, consultado em 10/3/2011

    Usando as propores dadas, os valores que completam a tabela abaixo so, aproximadamente:

    Mrcio Marcel

    Orelha (cm) 5,72 y

    Altura (m) x 1,83

    a) x = 1,58 m; y = 7 cm b) x = 1,65 m; y = 6,7 cm c) x = 1,80 m; y = 6,0 cm d) x = 1,72 m; y = 6,1 cm e) x = 1,78 m; y = 5,87 cm

    QUESTO 25

    Um corpo se desloca linearmente sobre um cubo de aresta 4 cm da seguinte maneira:

    O corpo sai do ponto A, atinge o ponto P sobre a face ABCD formando um ngulo de 60 em relao ao lado AD. Em seguida atinge Q, que ponto mdio do lado BC, e segue paralelamente ao lado BF at o ponto R e, finalmente, vai at o ponto C, onde encerra sua trajetria.

    A trajetria desse corpo projeta, na base do cubo, a sombra que liga os pontos A, P, Q, R e D, conforme a figura. O comprimento desta sombra, em centmetros, :

    a) 8 + cm.5b) 6 + 2 cm.5c) 5 + 2 cm.5d) 5 + 2 cm.6e) 6 6+ 2 cm.

    QUESTO 26

    Para embalar certo produto sero utilizadas latas cilndricas de alumnio. A superfcie lateral da lata s poder ser confeccionada com placas de alumnio nas dimenses 0,4 m x 0,6 m ou 0,3 m x 0,8 m. Por medida de economia, a empresa vai adotar a placa que fornea a menor superfcie total na lata. Adotando = 3, a rea total dessa superfcie, em m, :

    a) 0,015.b) 0,24.c) 0,255.d) 2,4.e) 2,55.

    QUESTO 27

    A linha infantil de uma marca de produtos de higiene foi inovadora ao utilizar frascos na forma de cone circular reto e de esfera como embalagens para xampus.

    O frasco cnico tem dimetro da base coincidente ao dimetro do frasco esfrico, e altura igual metade do dimetro da base. Se a embalagem esfrica cheia acondiciona 800 ml de xampu, a embalagem cnica acondicionar:

    a) 3.200 ml.

    F

    R

    B

    E

    R

    Q C

    G

    H

    DQPA

    P

  • 19

    MATEMTICA E SUAS TECNOLOGIAS

    b) 800 ml.c) 400 ml.d) 200ml.e) 100ml.

    QUESTO 28

    O grfico abaixo apresenta a taxa de crescimento dos voos domsticos no Brasil, por ano, em relao ao ano anterior, entre 2006 e 2011. Verifica-se que a estimativa para a taxa de 2011 em relao a 2010 de 49%.

    2006 2007 20102008 2009 2011*

    50

    40

    30

    20

    10

    0

    12,3% 11,9%7,4%

    17,6%

    36%

    49%

    * Estimativa

    Crescimento dos voos domsticos no Brasil, por ano, em relao ao ano anterior, no perodo de 2006 a 2011.

    Entre o cu e o inferno. VEJA, So Paulo, n 2.159, 7 de abril de 2010, pg. 70 (adaptado)

    Segundo os dados apresentados (mantida a estimativa para 2011), pode-se afirmar que a taxa de crescimento estimada para o nmero de voos em 2011 em relao ao nmero de voos em 2008 de aproximadamente:

    a) 85%b) 95,2%c) 102,6%d) 110%e) 138%

    QUESTO 29

    O ciclone Gamede est entre os ciclones tropicais mais chuvosos da histria, batendo no ano de 2006 o recorde mundial de precipitao, cujo ndice pluviomtrico foi de 4.069 mm em quatro dias. O ndice pluviomtrico dado pela medida da altura resultante da somatria da quantidade de precipitao de gua (chuva, neve, granizo) em 1 metro quadrado. Utilizando uma caixa-dgua aberta e vazia, com uma base de 10 m, nesse mesmo local e perodo em que o ciclone bateu o recorde mundial, em mdia, a altura de gua acumulada nessa caixa-dgua, em um nico dia, seria de aproximadamente:

    a) 0,1 m.b) 0,5 m.c) 1 m.d) 5 m.e) 10 m.

    QUESTO 30

    Os grficos a seguir apresentam um estudo do Ministrio do Esporte do governo federal sobre os impactos econmicos da Copa de 2014.

    Turistas(sem Copa)

    Turistas internacionais Turistas Nacionais

    Acrscimode turistas

    internacionais

    Acrscimode turistasnacionais

    Total de turistascom Copa

    Milh

    es

    de

    turi

    stas

    26,5 30

    1,30,7

    3,5 2

    32

    27,8

    Grfico 1 Quantidade estimada de turistas sem a Copa e acrscimo esperado do nmero de turistas com a Copa-2014.

    Gastos dosturistas

    (sem Copa)

    Gasto dos turistas internacionais Gasto dos turistas nacionais

    Acrscimo nogasto dosturistas

    internacionais

    Acrscimo nogasto dosturistas

    nacionais

    Gasto totaldos turistascom a Copa

    Bilh

    es

    de

    reai

    s

    19,5 25

    3,0

    4,0

    5,5 7

    32

    22,5

    Grfico 2 Gasto estimado dos turistas sem a Copa e acrscimo esperado do gasto dos turistas com a Copa-2014.

    BRASIL. Ministrio do Esporte. Impactos econmicos da realizao da Copa-2014 no Brasil. Disponvel em: . (Adaptado)

    Os dados apresentados nos grficos permitem estabelecer relaes entre o acrscimo na quantidade estimada de turistas, tanto nacionais quanto internacionais, bem como o de seus gastos. Assim, segundo esse estudo, com a Copa de 2014 a estimativa de gasto mdio por turista internacional , aproximadamente:

    a) o dobro do turista nacional.b) a metade do turista nacional.c) o qudruplo do turista nacional.d) o triplo do turista nacional.e) o mesmo do turista nacional.

  • 20

    MATEMTICA E SUAS TECNOLOGIAS

    QUESTO 31

    Uma pirmide cujas faces so tringulos equilteros tem base quadrada com diagonal medindo 10 2 cm.

    Inscreve-se nesta pirmide um octaedro regular cujos vrtices opostos sejam fixados, um no centro da base da pirmide e o outro coincidindo com o vrtice oposto base, como na figura acima.

    A medida das arestas do octaedro , em centmetros:

    a) 5 2b) 5c) 10 2d) 10e) 2

    QUESTO 32

    A esteira em que Andrea caminha marca a velocidade em km/h e o tempo de caminhada em minutos. Ela anda 15 minutos numa velocidade v1, aumenta para uma velocidade v2 por mais 15 minutos e torna a aumentar a velocidade para v3 e caminha por mais 15 minutos. Andrea sabe que perde 65 calorias a cada quilmetro percorrido, ento, para obter a quantidade x de calorias perdida ela calcula:

    a) x = 65 15 v + v + v ( )1 2 3

    b) x = 65 v + v + v14 1 2 3( )

    c) x = 65 v + v + v1 2 3( )

    d) x = 65 v + v + v13 1 2 3( )

    e) x = 65 v + v + v34 1 2 3( )

    QUESTO 33

    O cido sulfrico encontra inmeras aplicaes industriais, como matria-prima e como coadjuvante em processos industriais, apenas perdendo para a gua como substncia mais utilizada.

    Em qualquer massa de cido sulfrico (H2SO4), as massas de hidrognio, enxofre e oxignio so proporcionais, respectivamente a 1, 16 e 32. A massa desses elementos em 588 g de cido sulfrico

    a) 1g, 16g e 32g.b) 3g, 48g e 96g.c) 4g, 64g e 126g.d) 6g, 96g e 192g.e) 12g, 192g e 384g.

    QUESTO 34

    O lixo do refeitrio de uma grande metalrgica coletado diariamente por um caminho e levado para um aterro sanitrio que fica a aproximadamente 30 quilmetros da empresa. Duas transportadoras disputam a licitao para o transporte desse lixo dirio, que chega a 150 toneladas por ano. Sabendo que a transportadora A cobra R$ 145,00 por tonelada de lixo e R$ 50,00 por coleta diria, de segunda a sbado; e a transportadora B cobra R$ 139,00 por tonelada e R$ 0,80 por quilmetro rodado, na ida e na volta ao aterro. Considerando 26 dias teis no ms, assinale a alternativa correta:

    a) A proposta de A mais interessante, pois cobra aproximadamente R$ 3.000,00 por ms.b) A proposta de A mais interessante, pois o preo fixo de coleta reduz o custo para a empresa.c) A proposta de B mais interessante, pois seu custo mensal menor do que o de A.d) A proposta de B mais interessante, pois cobra pouco a mais de R$ 3.000,00 por ms. e) As propostas so igualmente boas, pois ambas tm o mesmo custo mensal.

    QUESTO 35

    Os tringulos presentes na figura abaixo foram obtidos a partir de um quadrado e, a seguir, das alturas relativas ao maior lado. As reas das regies indicadas pelas letas X, Y e Z, so respectivamente:

    X

    u2

    Y

    127

    Z

    a) 1214

    1228

    1221

    2 2 2u ; u ; u

    b) 129

    1213

    1211

    2 2 2u ; u ; u

    c) 107

    87

    67

    2 2 2u ; u ; u

    d) 67

    127

    614

    2 2 2u ; u ; u

    e) 67

    314

    37

    2 2 2u ; u ; u

  • 21

    MATEMTICA E SUAS TECNOLOGIAS

    QUESTO 36

    A distncia do planeta Mercrio ao Sol de 36 milhes de milhas, ou seja, 67 milhes de quilmetros, e esse planeta possui um ano igual a 88 dias terrestres.Com base nas informaes do texto podemos deduzir, aproximadamente, que:

    a) 1 milha equivale a 0,54 km, e 1 ms em Mercrio equivale a 13,6 dias terrestres.b) 1 milha equivale a 1,8 km, e 1 ms em Mercrio equivale a 7,3 dias terrestres.c) 1 milha equivale a 0,54 km, e 1 ms em Mercrio equivale a 7,3 dias terrestres.d) 1 milha equivale a 1,8 km, e 1 ms em Mercrio equivale a 13,6 dias terrestres.e) 1 milha equivale a 13,6 km, e 1 ms em Mercrio equivale a 0,54 dia terrestre.

    QUESTO 37

    Em uma consulta ao Google Maps, uma pessoa marcou como origem a cidade de So Paulo, indicada com o ponto A, e o destino a cidade de Cuiab, com o ponto B. Usando a escala do canto inferior esquerdo do mapa, para estimar a distncia entre as duas cidades, essa pessoa mediu o segmento correspondente a 200 km, obtendo uma medida x cm. Depois, mediu a distncia entre os pontos A e B no mapa obtendo y cm. A partir da, ela pde encontrar a distncia aproximada entre So Paulo e Cuiab calculando:

    a) 200yx

    km

    b) 200 xy km

    c) 200xy

    km

    d) 200xy

    km

    e) xy200

    km

    QUESTO 38

    Uma empresa de produtos de beleza contratou certo nmero de consultoras para fazer a apresentao de seus produtos de casa em casa. Sua meta era que fossem visitadas todas as casas de determinado bairro. Se cada

    consultora visitasse 100 casas, 80 delas no seriam visitadas. Como todas foram visitadas e cada consultora visitou 105, o nmero de casas desse bairro :

    a) 1.680.b) 1.695.c) 1.705.d) 1.785.e) 1.800.

    QUESTO 39

    Sendo conhecidas as equaes das retas r, s, t, u, num plano cartesiano ortogonal:

    r: a1 x + b1 y + c1 = 0 t: a3 x + b3 y + c3 = 0s: a2 x + b2 y + c2 = 0 u: a4 x + b4 y + c4 = 0

    y s

    t u

    x

    A

    B D

    C

    Assinale a alternativa que apresenta condies que garantam que o polgono ABCD, formado pelos cruzamentos dessas retas, um quadrado.

    a) - ab

    -ab

    = -1;- ab

    -a11

    2

    2

    1

    1

    3

    bb= -1;

    - ab

    -ab

    = -1;

    3

    4

    4

    2

    2

    -- ab

    -ab

    = -1.44

    3

    3

    b)- ab

    -ab

    ;- ab

    -ab

    1

    1

    4

    4

    2

    2

    2

    2

    = = .

    c)- ab

    -ab

    ; d = dAB CD1

    1

    4

    4

    = .

    d)- ab

    -ab

    -1 ; d = d .AB BC4

    4

    1

    1

    =

    e)- ab

    -ab

    = -1;- ab

    -a11

    2

    2

    4

    4

    3

    bb= -1;

    - ab

    -ab

    , dAC

    3

    2

    2

    3

    3

    == dBD.

    r

  • 22

    MATEMTICA E SUAS TECNOLOGIAS

    QUESTO 40

    Um instituto de pesquisa realizou um estudo sobre os problemas de sade relacionados vida sedentria e observou que todos os 2.500 entrevistados de uma cidade com 300.000 habitantes fazem alguma atividade fsica, conforme mostra o grfico abaixo:

    HABITANTES X ATIVIDADES FSICAS

    Natao diria

    Praticam ciclismo

    Caminhada diria

    Diversas atividadesem academias

    0

    Ativ

    idad

    es

    fsi

    cas

    Nmero de pessoas

    100 400200 300 500 600 700 800 900 1000 1100

    Se todos os habitantes dessa cidade praticarem essas mesmas atividades na mesma razo que os entrevistados, o nmero total de pessoas que praticariam ciclismo ou fariam caminhada diariamente seria igual a:

    a) 100.000.b) 120.000.c) 140.000.d) 150.000.e) 180.000.

    QUESTO 41

    Devido ao crescimento do setor imobilirio, a prestao de servios no ramo tornou-se altamente competitiva. Uma construtora solicitou, em concorrncia aberta, oramento sobre o valor do m do piso colocado em um de seus empreendimentos.

    A distribuio apresentada pela construtora traz o preo desse servio, em reais, conforme o oramento de diferentes empresas especializadas.

    Preo (RS) N Empresas (frequncias)

    71,00 10

    72,00 15

    74,00 22

    76,00 30

    78,00 35

    80,00 40

    99,00 28Fonte: Construtora

    Assim, em relao aos preos apresentados, correto afirmar que:

    a) Mdia e moda tm valores iguais, porm o valor da mediana menor. b) Mdia e moda tm valores iguais, porm o valor da mediana maior.c) Mdia e mediana tm valores iguais, porm o valor da moda maior.d) Mdia e mediana tm valores iguais, porm o valor da moda menor.e) Mdia, mediana e moda tm valores iguais.

    QUESTO 42

    A Secretaria da Educao de um municpio fez um levantamento sobre o grau de escolaridade de seus muncipes e apresentou esses resultados:

    DISTRIBUIO DA POPULAO

    jovens30%

    mulherescom mais de

    27 anos36%

    homens commais de 27 anos

    34%

    Escolaridade Jovens Homens com maisde 27 anos

    Mulheres commais de 27 anos

    Fundamental incompleto 14% 18% 16%

    Fundamental completo 20% 24% 30%

    Mdio incompleto 22% 14% 18%

    Mdio completo 14% 26% 20%

    Superior incompleto 18% 6% 10%

    Superior completo 12% 12% 6%

    A imprensa local saiu s ruas para entrevistar as pessoas sobre esses resultados. A probabilidade de que uma pessoa, escolhida aleatoriamente, tenha curso superior, no importando que seja completo ou incompleto, :

    a) 64%, pois corresponde somatria das porcentagens de cada grupo, referente escolaridade superior.b) 30%, pois corresponde somatria das porcentagens de cada grupo, referente escolaridade superior completo.c) 20,88%, pois corresponde somatria das porcentagens de porcentagens, calculadas em cada grupo, referente escolaridade superior.d) 9,94%, pois corresponde somatria das porcentagens de porcentagem de cada grupo referente escolaridade superior completo.e) No possvel determinar essa probabilidade por no se saber o total da populao desse municpio.

  • 23

    MATEMTICA E SUAS TECNOLOGIAS

    QUESTO 43

    O grfico apresenta os salrios dos funcionrios de uma grande empresa nacional. A anlise dos dados apresentados nos permite afirmar corretamente que:

    QUESTO 44

    O ndice Bovespa (Ibovespa) o mais importante indicador do desempenho mdio das cotaes das aes negociadas na Bolsa de Valores de So Paulo. formado pelas aes com maior volume negociado nos ltimos meses. O grfico abaixo apresenta a variao desse ndice nos ltimos 5 anos. Nesse grfico, o eixo das ordenadas apresenta os pontos dirios desse ndice, que vo de 20.000 (20k) a 80.000 (80k) pontos, e o eixo das abscissas apresenta o perodo.

    SALRIOS DOS FUNCIONRIOS

    80

    70

    60

    50

    40

    30

    20

    10

    01

    Quan

    tida

    de d

    e fu

    ncio

    nri

    os

    Salrios em milhares de reais2 53 4 6 7 8

    20

    68

    31

    1712 9

    3 2

    a) O nmero total de funcionrios 80.b) O nmero de funcionrios cujo salrio superior a R$ 5.000,00 26.c) O nmero de funcionrios cujo salrio inferior a R$ 3.000,00 119.d) O nmero de funcionrios cujo salrio no mnimo de R$ 3.000,00 43.e) O nmero de funcionrios cujo salrio no mximo de R$ 4.000,00 136.

    Um investidor possui uma carteira de aes cujos ganhos de capital seguem o ndice Ibovespa. Se ele tivesse aplicado R$ 200.000,00 no incio de janeiro de 2007, ele teria aproximadamente:

    a) R$ 350.000,00 em outubro de 2008, pois a bolsa nesse perodo atingiu acima dos 70.000 pontos.

    b) R$ 100.000,00 em outubro de 2008, pois houve uma queda violenta da bolsa em meados de junho de 2008.c) Menos que R$ 200.000,00 em setembro de 2008, pois teve uma forte desvalorizao a partir de junho de 2008.d) R$ 250.000,00, no incio de junho de 2007, pois teve um aumento de aproximadamente 25% nesse perodo.e) R$ 270.000,00 em junho de 2008, pois a bolsa atingiu 70.000 pontos nesse perodo.

  • CINCIAS DA NATUrEzA E SUAS TECNOLOGIAS

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    CINCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

    QUESTO 45

    Os produtos qumicos disponibilizados para o pblico em geral, como a gua sanitria, comumente utilizada como alvejante e em limpeza de ambientes domsticos, costumam apresentar informaes sobre a periculosidade do produto, cuidados quanto ao seu manuseio e contato com a pele, os olhos, inalao ou ingesto e, tambm, advertncias quanto ao perigo de misturar diferentes produtos, muitas vezes realizada inadvertidamente pelo pblico leigo.

    Um incidente que pode ocorrer, no caso da gua sanitria, com graves consequncias, o uso deste produto em mistura com o cido muritico (cido clordrico, HCl) na limpeza de pisos em ambientes domsticos. Isso porque, da interao entre eles resulta o gs cloro (d= 3,2 g/L), cerca de duas vezes mais denso que o ar. Esse gs, de cor esverdeada, tem odor penetrante, desagradvel e sufocante, que irrita as mucosas nasais e a garganta, podendo causar a morte quando inalado em grande quantidade (seu limite de tolerncia de 0,8 ppm).

    A gua sanitria, por sua vez, comercializada na forma de soluo aquosa na qual o principal componente o hipoclorito de sdio, NaClO. Este gerado borbulhando o gs cloro em soluo aquosa de NaOH. Assim, a gua sanitria representa um sistema em equilbrio qumico, como mostra a equao:

    Cl2(g) + NaOH(aq) NaCl(aq) + NaClO(aq) + H2O

    ou

    Cl2(g) + OH(aq) Cl(aq) + ClO(aq) + H2O

    A adio de HCl ao sistema em equilbrio causa uma perturbao no mesmo que favorece a ocorrncia da reao inversa, a que produz cloro.

    Segundo o texto, pode-se afirmar:

    I. responsabilidade das empresas fornecer aos cidados informaes sobre riscos no manuseio de produtos qumicos usados no seu dia a dia, para que saibam agir conscientemente e eficazmente, com relao aos efeitos que podem causar sobre as pessoas e/ou sobre o ambiente. A falta de informao nos rtulos dos produtos de limpeza responsvel por parte dos acidentes que ocorrem com as pessoas que os utilizam.II. Caso um usurio misture gua sanitria com cido muritico, o procedimento correto ao prestar socorro a uma pessoa intoxicada com o gs transport-la para uma regio mais baixa, para evitar o contato prolongado com o mesmo.III. Caso um usurio misture gua sanitria com cido muritico, o gs cloro produzido. Como a densidade do gs cloro maior que a do ar, o procedimento correto ao prestar socorro a uma pessoa intoxicada com este gs transport-la para uma regio mais alta, para evitar o contato prolongado com o mesmo.IV. Pode-se compreender por que h produo de

    cloro quando se mistura a gua sanitria com HCl, considerando que a adio de cido introduz no sistema ons H+. Estes removem ons OH presentes na soluo, favorecendo a ocorrncia da reao inversa, a que produz o gs cloro.

    Dessas afirmaes, so corretas apenas:

    a) I e IIb) I e IIIc) II e IVd) I, III e IVe) I, II e IV

    QUESTO 46

    O IPCC (Painel Intergovernamental para as Mudanas Climticas), estabelecido pela Organizao das Naes Unidas e pela Organizao Meteorolgica Mundial em 1988, no seu relatrio mais recente diz que a maior parte do aquecimento global, observado durante os ltimos 50 anos, se deve muito provavelmente a um aumento dos gases do efeito estufa. A reteno de calor provocada pelo efeito estufa um fenmeno natural responsvel por proporcionar condies de vida em nosso planeta, mantendo nele uma temperatura mdia em torno de 15 C. O aumento do efeito estufa em razo da crescente emisso de gases estufa tem provocado o aquecimento global, um dos maiores problemas ambientais da atualidade.

    Os aterros sanitrios so locais para onde os resduos slidos urbanos podem ser destinados. O gs emitido durante a decomposio dos resduos slidos em um aterro chamado de biogs. Basicamente, esse gs composto de dixido de carbono e metano, dois dos principais gases causadores do efeito estufa. O gs metano produzido nos aterros sanitrios, na obteno de adubo orgnico e nos gases expelidos pelos animais ruminantes supera o perdido na extrao do carvo, petrleo e gs natural. O metano um gs do efeito estufa cerca de 23 vezes mais potente que o gs carbnico, CO2, tendo em vista o problema causado na atmosfera, muitas solues so propostas para minimizar o efeito do metano na natureza.

    Muitos aterros sanitrios recolhem o gs formado e o queimam, diminuindo o efeito estufa do metano, mas lanando gs carbnico na atmosfera. Como o gs formado na fermentao da matria orgnica dos lixes no gs metano puro, no pode ser recolhido nem distribudo como gs natural, mas possvel utiliz-lo na gerao de eletricidade. O mesmo ocorre com os adubos orgnicos e resduos que podem, por meio de digestores aerbicos, produzir gs que tambm pode ser empregado na gerao de eletricidade e no aquecimento, principalmente em lares rurais. No caso dos ruminantes, alterar a dieta dos animais pode diminuir a emisso de metano.

    Como mostra o grfico ao lado, investir na recuperao e no uso do gs metano proveniente de aterros, adubos orgnicos e emisses dos ruminantes pode diminuir significativamente a emisso de gases do efeito estufa na atmosfera.

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    CINCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

    Assinale a alternativa correta segundo o texto apresentado.

    Animais17%

    Aterro38%

    Carvo14%

    Petrleo e gs18%

    Outros4%

    a) A ao de maior impacto na reduo da emisso de gases do efeito estufa nos sistemas aterro, animais e adubo orgnico seria aproveitar o gs formado nos aterros para a gerao de eletricidade.b) A quantidade de metano perdida na explorao do petrleo e do gs natural maior que qualquer outra atividade humana.c) Ao aproveitar o metano formado nos aterros e o obtido por fermentao aerbica de adubo orgnico na gerao de eletricidade, a emisso de gases do efeito desses sistemas cai a zero.d) Segundo o texto, a quantidade de metano extrado dos combustveis fsseis menor que a emitida pelos sistemas como o aterro, os animais e na obteno de adubo orgnico.e) A queima do gs metano que seria liberado na atmosfera por fontes antropognicas de nada adianta na reduo de gs do efeito estufa, porque o metano substitudo pelo CO2 como produto da combusto.

    QUESTO 47

    Um dos grandes problemas nas grandes cidades a poluio atmosfrica por material particulado. Nelas, os automveis, nibus e caminhes so os principais responsveis pela poluio. Vamos supor que uma atmosfera poluda apresente 2x10-6 mg/L de material particulado e que 20% da massa hidrocarboneto absorvido. Uma pessoa respira, em mdia, 9 m3 de ar por dia e retm nos pulmes 30% das partculas inaladas.

    A massa de hidrocarboneto absorvida pelos pulmes de uma pessoa em um dia :

    a) 2 x 10-6mgb) 3,6 mgc) 1,08 x 10-6 gd) 2 x 10-3 ge) 10,8 x 10-3g

    QUESTO 48

    Diferentes filmes de aventura tm como personagem principal um arquelogo em uma procura desenfreada por objetos ou relquias de civilizaes que no mais existem. Essa viso estereotipada do arquelogo ultrapassada e limitada. Os mtodos e tecnologias que auxiliam nas descobertas e interpretaes evoluram e exigem a contribuio de diversas reas do conhecimento humano.

    A Arqueologia, entre outras atividades, estuda antigas civilizaes a partir de vestgios e restos de materiais por eles desenvolvidos. Nessa disciplina, uma atividade importante a datao dos diferentes objetos encontrados, o que pode ser obtido de diversas formas. Uma delas a datao por carbono, mtodo utilizado para determinar a quantidade de carbono-14 do material estudado quando possui carbono proveniente de organismos mortos. O elemento carbono formado por uma mistura de istopos, entre eles o carbono-12 e o carbono-14. O carbono-14 formado na atmosfera por uma reao nuclear envolvendo tomos de nitrognio e radiao csmica representada pela equao:

    147N +

    10n

    146C +

    11P

    Os organismos vivos apresentam uma relao entre 14C e 12C fixa, pois o metabolismo renova as quantidades dos dois istopos, mantendo assim a mesma relao enquanto o organismo permanecer vivo. Aps a morte, a relao diminui, porque o carbono-14 sofre desintegrao segundo a equao:

    146C +

    11p

    147N +

    10n

    Como o 126C um istopo estvel, sua quantidade no se modifica aps a morte, mas a de 146C diminui, pois no mais substituda pelo metabolismo.

    O decaimento radioativo, isto , a desintegrao de um istopo radioativo, substitui o 14C pelo 14N, diminuindo a quantidade de 14C, enquanto o 12C continua com a mesma quantidade. Como a quantidade de 14C que diminui varia em relao ao tempo, possvel determinar a idade provvel comparando a variao da quantidade do istopo.

    A meia-vida de um istopo radioativo corresponde ao tempo necessrio para que metade dos istopos radioativos seja substituda pelo produto da desintegrao. Conhecendo-a, possvel saber a provvel idade do artefato estudado. A cada meia-vida, metade da amostra do istopo radioativo se desintegra. A meia-vida do istopo 14C de 5.700 anos.

    Verifique quais afirmaes a seguir esto corretas, segundo o texto:

    I. possvel determinar a idade de um fssil utilizando o mtodo do 14C porque sua concentrao na natureza constante e a existente no fssil diminui com o tempo.II. Um artefato de ferro de civilizaes antigas pode ser datado pelo mtodo do carbono-14.III. Uma sandlia encontrada em uma escavao apresentou uma relao entre 14C e 12C um quarto menor que a existente na natureza, sua antiguidade de, aproximadamente, 8.550 anos.IV. Uma sandlia encontrada em uma escavao apresentou uma relao entre 14C e 12C um quarto menor que a existente na natureza, sua antiguidade de, aproximadamente, 11.400 anos.

    Assinale a alternativa que contm as afirmaes corretas:a) I, II e III. b) I e III. c) II e IV.d) I e II. e) I e IV.

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    CINCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

    QUESTO 49

    Entre as fontes de energia renovvel, os biocombustveis so de grande importncia para o Brasil. O lcool combustvel e o biodiesel j so utilizados substituindo parte dos combustveis fsseis gasolina e diesel. A transformao do leo vegetal em biodiesel feita para que a modificao no motor diesel seja a menor possvel, obtido pela transesterificao do leo vegetal com o lcool etlico segundo a equao abaixo:

    HO

    HO

    HO

    HO3

    leo etanol

    biodieselglicerina

    3+

    O

    OO

    O

    O

    O

    O

    O

    +

    O diesel de petrleo apresenta molculas com estrutura semelhante representada abaixo.

    Comparando as estruturas do biodiesel e do diesel de petrleo, percebemos que apresentam semelhanas, o que permite o uso da mistura diesel e biodiesel.

    Analisando o texto e com seus conhecimentos de estrutura, avalie as afirmaes a seguir quanto a sua correo:

    I. Os biocombustveis so tambm conhecidos por combustveis oxigenados.II. Na esterificao ocorre uma diminuio na molcula do ster, facilitando sua combusto.III. A frmula molecular da molcula que no texto representa o diesel de petrleo C14H30.IV. Analisando as duas frmulas estruturais, do biodiesel e do diesel de petrleo, na combusto completa, formam a mesma quantidade de gs carbnico.

    Assinale a alternativa que apresenta as afirmaes corretas:

    a) I e II.b) I, II e III.c) II, III e IV.d) II e III. e) I, II, III e IV.

    QUESTO 50

    O elemento carbono apresenta vrias formas alotrpicas, diferentes organizaes atmicas originando distintas substncias com propriedades diferentes. As formas alotrpicas do carbono mais conhecidas so o grafite e o diamante, mas os

    fulerenos, que correspondem a estruturas organizadas por um nmero de tomos par (C60, C70 ou C78) na forma esfrica ou de tubos ocos, so cada vez mais importantes nanotecnologia. A nanotecnologia hoje uma realidade, chips para a fabricao de circuitos integrados contendo componentes feitos com nanotubos de carbono j podem ser utilizados em escala industrial. Alm disso, outros materiais como compsitos com metais (ligas envolvendo metais como alumnio e camadas de nanotubos formando um compsito extremamente duro) mostram a importncia dos fulerenos. A maior parte dos elementos qumicos capaz de originar variedades alotrpicas, substncias simples formadas pelo mesmo elemento qumico que apresentam propriedades diversas, isto possvel porque podem apresentar atomicidade diferente em suas molculas como o O2 e O3 ou arranjo atmico diferente em suas estruturas como o grafite e o diamante.

    Baseado nas informaes acima, assinale a alternativa com a afirmao correta.

    a) As diferenas existentes nas propriedades do diamante e do grafite so devidas aos tomos de carbono utilizados, um formado pelo 14C e o outro pelo 12C. b) Os fulerenos so substncias capazes de sofrer miniaturizao, sendo, portanto, importantes na nanotecnologia.c) O nmero de substncias simples muito maior que o nmero de elementos qumicos graas s variedades alotrpicas.d) As diferenas existentes nas propriedades das substncias simples so devidas aos elementos diferentes que as formam.e) Os nanotubos so compostos derivados do elemento carbono.

    QUESTO 51

    Os diagnsticos mdicos necessitam de ferramentas tcnicas para anlise das condies do paciente porque condies diferentes apresentam sintomas semelhantes. A anlise do sangue fornece dados como o pH, a presso parcial dos gases dissolvidos, a concentrao de substncias e ons, fundamentais no diagnstico mdico. A tabela a seguir apresenta o intervalo que tais parmetros devem apresentar no que se considera a normalidade.

    PH 7,35 a 7,45

    p02 75 a 100 mmHg

    pCO2 35 a 45 mmHg

    HCO3- 23 a 29 mmol/L

    Os ons HCO3

    so formados pela interao entre o CO2 dissolvido e a gua em uma reao de equilbrio.

    CO2 + H2O H2CO3 HCO3- + H+

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    CINCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

    A partir das informaes fornecidas pela tabela e com seus conhecimentos sobre presso parcial, equilbrio qumico e pH, assinale a alternativa que apresenta uma afirmao correta.

    a) Acidose, a diminuio do pH do sangue, pode levar uma pessoa morte caso ela se prolongue. Pessoas com enfisema ou pneumonia podem apresentar dificuldades para respirar e, assim, aumentar a presso parcial do CO2 no sangue, causando o problema.b) Alcalose, o aumento do pH do sangue, pode levar uma pessoa morte caso ela se prolongue. Pessoas com enfisema ou pneumonia podem apresentar dificuldades para respirar e, assim, aumentar a presso parcial do CO2 no sangue, causando o problema.c) Acidose, a diminuio do pH do sangue, pode levar uma pessoa morte caso ela se prolongue. Pessoas com ataque de histeria ou ansiedade respiram muito rapidamente podendo ocorrer hiperventilao, o que diminui a presso parcial do CO2 no sangue, causando o problema.d) Alcalose, aumento do pH do sangue, pode levar uma pessoa morte caso ela se prolongue. Pessoas com ataque de histeria ou ansiedade respiram muito rapidamente podendo ocorrer hiperventilao, o que diminui a presso parcial do CO2 no sangue, causando o problema.e) O aumento exagerado da concentrao do on HCO3

    - no sangue pelo metabolismo diminui o pH sanguneo, levando a um quadro de acidose.

    QUESTO 52

    As baterias so miniusinas eltricas indispensveis atualmente. H diversos tipos para os mais variados usos. Uma delas a de Li e SOCl2, utilizada nos marcapassos. As reaes que ocorrem nos eletrodos dessa pilha esto representadas a seguir:

    Li(s) Li+(aq) + e-

    SOCl2(l) + 4 e Cl(aq) + S(s) + SO2(g)

    Com as informaes acima, e seus conhecimentos sobre pilhas, assinale a alternativa correta.

    a) O metal ltio est atuando como agente oxidante.

    b) A equao geral da pilha pode ser representada pela equao

    4 Li(s) + SOCl2(l) 4 Li+(aq) + Cl-(aq) + S(s) + SO2(g)

    c) Na pilha o Li o ctodo e o SOCl2 o nodo.

    d) A equao geral da pilha pode ser representada pela equao

    Li(s) + SOCl2(l) Li+(aq) + Cl-(aq) + S(s) + SO2(g)

    e) O Li+ um forte agente redutor.

    QUESTO 53

    Um novo tipo de estufa est fazendo sucesso entre agricultores de morangos do sul de Minas. Em forma de tnel, as estufas alcanam 50 cm do solo e acompanham canteiros da fruta em toda a extenso. Alm do cultivo protegido, adota-se o sistema de fertilizao associado irrigao por gotejamento, ou seja, a gua chega diretamente raiz enriquecida por nutrientes. Destaca-se:

    A melhoria da qualidade do produto tende a ser maior do que a cultivada sob o sol porque menor a necessidade do uso de defensivos agrcolas, dado que sob os tneis de plstico as plantas ficam menos sujeitas a pragas e doenas.

    Fonte: COSTA, L. Minitnel eleva a produo de morango. O Estado de S. Paulo. Suplemento Agrcola. p. 3. 29 de abril de 2010.

    Quais as vantagens dessas novas tecnologias na produtividade da plantao de morangos?

    Considere as afirmaes colocadas:

    I. As estufas tubulares de plstico do proteo fsico-qumica para os morangos, tornando-os menos sujeitos a pragas e doenas do que as plantas em estufas de vidro ou ao ar livre. II. A introduo de nutrientes na gua de irrigao garante suprimentos de carbono, cujo teor em solo brasileiro geralmente baixo, propiciando crescimento rpido das plantas. III. O cultivo em estufa propicia controle da insolao, ventilao e chuvas sobre as plantas, fatores que podem prejudicar os vegetais, principalmente plantas delicadas como o morango. IV. O cultivo em estufa afasta esporos de fungos e insetos que se proliferariam rapidamente no ambiente de monocultura.

    So corretas apenas as afirmaesa) I e III.b) I e II.c) II e IV.d) II e III.e) III e IV.

    QUESTO 54

    Entre os componentes da fauna da Caatinga, destaca-se o pequeno mamfero chamado moc (kerodon rupestris), um parente prximo do porquinho-da-ndia (Cavia porcellus): O moc ocorre em afloramentos rochosos na Caatinga, altamente arborcola e se alimenta de folhas e botes das rvores que tendem a se agrupar nesses micro-hbitats. O moc , tambm, um exemplo interessante de convergncia evolutiva, compartilhando muitas caractersticas morfolgicas, ecolgicas e comportamentais com o hrax (gnero Procavia) das savanas africanas.Fonte: LEAL, Inara et al. Mudando o curso da conservao da biodiversidade na

    Caatinga do Nordeste do Brasil. Megadiversidade. v.1, n.1, julho 2005.

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    CINCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

    A convergncia adaptativa entre os hiraxs e os mocs um fenmeno que se estabeleceu na histria evolutiva desses seres vivos em virtude da

    a) origem comum dos gneros a que pertencem o moc e o hyrax, isto , proximidade gentica. b) ocupao dos mesmos nichos ecolgicos por ambas as espcies, em ecossistemas semelhantes. c) luta pela sobrevivncia dos animais em campos abertos, como caatingas e savanas. d) mutao das caractersticas morfolgicas e fisiolgicas de mocs e hirax no mesmo perodo da histria evolutiva. e) adaptao dos dois mamferos em busca de satisfazer os mesmos fatores ambientais.

    QUESTO 55

    Dois grupos independentes de pesquisadores chegaram a uma nova descoberta que amplia a compreenso sobre o mecanismo de fecundao no ser humano:

    Clulas que envolvem os vulos liberam progesterona, que induz o influxo de ons de Ca2+ (clcio) nos espermatozoides. O influxo de ons de Ca2+ leva a um aumento na atividade e estimula o movimento da clula reprodutiva masculina em direo ao vulo. Os novos estudos ajudam a esclarecer os mecanismos desse processo. Os dois grupos demonstraram que a progesterona ativa nos espermatozoides um canal de clcio sensitivo ao pH chamado CatSper, o que causa um rpido influxo de ons de clcio.

    Fonte: Agncia Fapesp. Revista eletrnica: divulgao cientfica. Mecanismo molecular da fecundao. 17/3/2011

    Disponvel em: http://www.agencia.fapesp.br/materia/13588/ divulgacao-cientifica/mecanismo-molecular-da-fecundacao.htm

    Esse novo conhecimento se soma ao que j conhecido sobre as fertilizinas, substncias produzidas pelo vulo e que atraem os espermatozoides, por quimiotactismo. Ao compararmos os dois fenmenos envolvidos na fecundao humana, pode-se afirmar que

    a) apenas o mecanismo que envolve os ons clcio tem ao a distncia sobre os espermatozoides.b) apenas o mecanismo que envolve as fertilizinas atua em conjunto com hormnios sexuais. c) os dois processos ocorrem durante a fuso de espermatozoide e vulo.d) os dois processos correspondem a aes da progesterona no vulo e nos espermatozoides humanos.e) os dois processos mostram a conjugao de mecanismos fsico-qumicos no processo da fecundao.

    QUESTO 56

    Na busca por mais etanol, cincia busca reinventar a cana. Pesquisadores querem voltar s razes genticas da planta para gerar um tipo com mais fibra e menos sacarose, que vem sendo chamado de cana-energia.

    Escobar, Herton. Na busca por mais etanol, cincia busca reinventar a cana. O Estado de S. Paulo. 18 de abril de 2010

    Observe a figura que representa esquematicamente uma clula vegetal e suas organelas. As principais estruturas foram identificadas por nmeros.

    Comparada planta habitual, a cana-energia dever ser uma planta capaz de modificar geneticamente o funcionamento e a constituio das estruturas celulares indicadas pelos nmeros:

    a) 1 e 2.b) 3 e 4.c) 5 e 6.d) 7 e 8.e) 9 e 10.

    QUESTO 57

    Pesquisa cientfica sobre nutrio de adolescentes jogadoras de vlei calculou o consumo e o dispndio mdio dirio de calorias, comparando-os a valores padronizados nas Cincias Nutricionais. Entre os resultados obtidos, destacam-se: o consumo de calorias foi de 3.749 kcal por dia, enquanto o gasto energtico mdio foi de 2.500 kcal. o consumo dirio de protenas foi de 2,4g/kg/dia, representando 20% do valor energtico total. o consumo mdio de carboidrato foi de 47% em relao ao valor energtico total, enquanto a recomendao para praticantes de atividade fsica est em torno de 55% a 60%. o consumo dos lipdeos foi de 32% do valor energtico total, enquanto o esperado de 30%.

    Fonte: ALMEIDA, T. A. e SOARES, E. A. Perfil diettico e antropomtrico de atletas adolescentes de voleibol. Revista Brasileira Medicina do Esporte.

    Vol. 9, N. 4 Jul/Ago, 2003. .Disponvel em: http://www.scielo.br/pdf/rbme/v9n4/p02v9n4.pdf

    Os pesquisadores observaram o desequilbrio entre consumo e gasto energtico das moas atletas e alertaram para provveis consequncias de sua alimentao. Isso porque, tanto em atletas, como na populao em geral, a nutrio descrita deve ocasionar

    a) grande acmulo de energia nos msculos, disponvel na forma de glicognio. b) perda rpida de energia durante os exerccios, reposta pelos lipdeos circulantes.

    1. Retculo endoplasmtico Liso

    2. Cloroplasto

    3. Membrana Plasmtica

    4. Parede Celular

    5. Mitocndrias

    6. Complexo de Golgi

    7. Citoplasma

    8. Nuclolo

    9. Ribossomos

    10. Vaculo

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    CINCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

    c) aumento da funo renal para metabolizar aminocidos, com diurese intensificada. d) falta de ferro e vitamina B, devido ao excesso de alimentao gordurosa e proteica.e) excesso de vitaminas A e D, lipossolveis, necessrias ao metabolismo dos ossos, olhos e pele.

    QUESTO 58

    A Caatinga, bioma exclusivamente brasileiro, possui diferentes fisionomias ou paisagens, mais prximas ou mais distantes do litoral, localizadas em pequenas altitudes ou nas serras nordestinas. Com diversas origens geolgicas, as serras nordestinas possuem, em comum, um clima semelhante, mais mido do que nas regies de menor altitude.

    Assim, a distribuio da vegetao nos estados nordestinos do pas forma um mosaico de biodiversidade. Ainda que a ocupao humana, desde os tempos coloniais, tenha modificado profundamente todo o bioma, so prprios das paisagens nativas

    a) as rvores com folhas largas e razes tuberosas, nos brejos de altitude. b) a vegetao rasteira perene, nas matas de caatinga. c) os arbustos espinhosos, cactceas e bromeliceas nos brejos de altitude. d) as espcies xerfitas e decduas, nas matas de caatinga.e) as plantas adaptadas ao solo encharcado, nos brejos de altitude.

    QUESTO 59

    A maioria dos agentes infecciosos tem origem em animais, como o HIV, que se transferiu de chimpanzs para humanos, e as vrias gripes, que tm origem nas aves e porcos. Considerando esses aspectos, especialistas indicam cinco estgios para a vigilncia de doenas contagiosas:

    Estgio 1 O agente viral vive apenas em animais, no afeta os humanos.Estgio 2 - Os vrus podem ser transmitidos aos humanos apenas por animais.Estgio 3 O patgeno transmitido basicamente de animais para humanos, mas pode se espalhar entre humanos por um curto perodo antes de morrer. Estgio 4 - Os humanos podem sofrer surtos da doena, que ainda tem seu reservatrio em animais silvestres ou domsticos.Estgio 5 O agente exclusivo dos humanos.

    Adaptado. WOLFE. N. Na natureza selvagem. Scientific American Brasil. Ano 7. N. 84. Maio de 2009. P. 75.

    Como os estgios definidos orientam diferentes aes de vigilncia sanitria e preveno epidemiolgica?

    Avalie as seguintes afirmaes:I. Examinar o sangue de animais selvagens permite localizar doenas no estgio 1 e conhecer as que podem afetar o homem no futuro.

    II. Monitorar doenas de populaes que caam e comem carne de caa ajuda a observar novos agentes infecciosos, em estgio 2. III. Conferir a qualidade do sangue em bancos de sangue de hospitais permite a preveno de doenas nos estgios 2 a 5. IV. Informaes sobre morbidade e mortalidade de doenas permitem identificar surtos das doenas ou a existncia de pandemia de doenas nos estgios 2 a 5. V. Proibir o uso coletivo de alicates de unha em salo de beleza, de agulhas e outros objetos cortantes e perfurantes em hospitais ou farmcias uma ao de preveno de doenas nos estgios 4 e 5.

    So corretas as afirmaes:

    a) I, II, III, IV e V. b) I, II, III e IV, apenas.c) I, III, IV e V, apenas.d) I, II, IV e V, apenas. e) II, III, IV e V, apenas.

    QUESTO 60

    A Resoluo 277 do Conselho Nacional de Trnsito (Contran), publicada em junho de 2008, determina que crianas de at 7,5 anos devero ser transportadas obrigatoriamente no banco traseiro utilizando dispositivos de reteno, mais conhecidos como cadeirinhas.

    Conceba uma situao hipottica na qual uma criana no esteja usando uma cadeirinha e ocorra uma coliso com o veculo que a transporta: um carro se movendo a 36 km/h (ou 10 m/s), colidindo com um poste, parando completamente. Suponha que o tempo mdio de interao entre o carro e o poste durante essa coliso tenha sido de 0,02 s. Considere a acelerao gravitacional como sendo 10 m/s2.

    Imagine que uma criana de 20 kg, dentro desse carro, estivesse sentada no colo de um adulto (este, sim, preso ao cinto de segurana) e ele tentasse segur-la no momento da coliso. A fora que esse adulto deveria aplicar sobre a criana para segur-la seria equivalente a tentar levantar uma massa do cho com cerca de

    a) 20 kg.b) 50 kg.c) 300 kg.d) 800 kg.e) 1 tonelada.

    QUESTO 61

    Uma das tecnologias utilizadas nas telas sensveis ao toque (touch screen) em alguns telefones celulares a chamada tecnologia das Telas Capacitivas. Ela funciona a partir de uma camada carregada de eletricidade, conhecida como camada capacitiva, posicionada sobre o painel do monitor. Ao se tocar na tela, parte desses

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    CINCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

    eltrons transmitida para o seu dedo, como se fosse um pequeno choque, mas muito leve a ponto de no se perceber. O computador ento percebe essa pequena descarga de eletricidade naquele ponto e calcula as coordenadas, que so traduzidas como um comando para a tela do computador.

    (Adaptado de http://www.tecmundo.com.br/2449-como-funcionam-as-telas-sensiveis-ao-toque-touch-screen-.htm)

    Pensando no fenmeno fsico que acontece quando colocamos o dedo sobre uma tela sensvel ao toque com tecnologia de Telas Capacitivas, podemos compar-lo ao que ocorre

    a) em uma queimadura causada por uma panela quente.b) em um tombo de uma escada alta.c) na queda de um raio num para-raios.d) na emisso de luz infravermelha por um controle remoto.e) na troca de uma pilha usada por outra nova em uma lanterna.

    QUESTO 62

    Em uma residncia, um morador decide trocar uma lmpada incandescente de 150 W e 127 V, que ilumina sua sala, por duas lmpadas fluorescentes de 25 W e 127 V cada uma. As duas novas lmpadas juntas apresentam brilho equivalente ao da incandescente.

    Pensando no consumo de energia com a iluminao da sala, esta troca

    a) provocar uma economia de 67%.b) no trar nenhuma mudana.c) ir aumentar o gasto energtico em 21%.d) reduzir pela metade o gasto energtico.e) dobrar o gasto energtico.

    QUESTO 63

    muito comum as crianas acreditarem que a Lua e o Sol tm o mesmo tamanho. Isso no nada estranho, pois, se voc esticar seu brao e utilizar seu polegar como uma referncia de tamanho, ir notar que o Sol e a Lua apresentam dimetros aparentes praticamente iguais. essa caracterstica que possibilita Lua cobrir exatamente o disco do Sol durante a ocorrncia de alguns eclipses solares.

    Sabe-se que, na verdade, o dimetro do Sol cerca de 400 vezes maior que o da Lua. Assim, a semelhana entre os dimetros aparentes desses dois astros, quando observados da superfcie terrestre, se deve ao fato de

    a) o Sol ser 400 vezes mais brilhante do que a Lua.b) o Sol estar 400 vezes mais distante da Terra que a Lua.c) a Lua estar 800 vezes mais prxima da Terra que o Sol.d) a Lua mudar de fase a cada 7 dias, aproximadamente.e) o Sol ter 200 vezes a massa da Lua.

    QUESTO 64

    MAR TEM NVEL DE RADIAO 1.250 VEzES ACIMA DO ACEITVEL NO JAPO

    UOL Notcias - 26/3/2011

    O Japo anunciou, neste sbado (26), que o nvel de iodo radioativo no mar perto da usina nuclear de Fukushima est 1.250 vezes acima do limite aceitvel. O temor de novos vazamentos de material radioativo nos reatores danificados pelo terremoto tambm segue no pas.

    Esta grande quantidade de iodo agrava o risco de contaminao alimentar. O primeiro-ministro japons, Naoto Kan, disse na sexta que a situao em Fukushima continua imprevisvel. A Agncia de Segurana Nuclear japonesa afirmou que a radioatividade encontrada no mar ser diluda com as mars.

    (Adaptado de http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/internacional/2011/03/26/mar-tem-nivel-de-radiacao-1250-vezes-acima-do-

    normal-no-japao.jhtm)

    No Japo, apesar do risco de terremotos, comuns naquela regio, cerca de 30% da energia eltrica provm de usinas nucleares.

    Pode-se afirmar que a escolha por esse tipo de usina no Japo est ligada, entre outras coisas,

    a) ao fato de os abundantes recursos hdricos japoneses para construo de hidreltricas ficarem muito distante dos centros urbanos.b) emisso quase nula de poluentes atmosfricos, em condies normais de funcionamento.c) ao seu baixo risco ambiental, visto que o material radioativo rapidamente biodegradvel.d) sua alta capacidade energtica aliada ao seu alto consumo de combustvel fssil.e) ao alto grau de desenvolvimento tecnolgico proporcionado pela maioria das indstrias japonesas.

    QUESTO 65

    Mergulhadores de guas profundas seguem rotinas tpicas de astronautas: ficam em confinamento por vrios dias ou semanas dentro de cmaras hiperbricas, onde vivem sob altas presses (da ordem de 2 a 6 atmosferas).

    No corpo humano, um dos efeitos conhecidos da alta presso o aumento da dissoluo do gs nitrognio, que compe o ar respirado, no sangue e nos tecidos. No retorno superfcie, ocorre o oposto, ou seja, diminui a presso e os gases se expandem, podendo causar doenas descompressivas quando a subida feita de maneira brusca. Por isso, o confinamento em cmaras hiperbricas to importante para garantir a descompresso desses profissionais com segurana.

    Imagine uma pequena bolha de gs nitrognio com um volume de 2 mm3, sob a presso de 6 atmosferas, liberada no fundo do mar, subindo em direo

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    CINCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

    superfcie. Supondo que a temperatura do gs no mude e considerando que o gs nitrognio praticamente insolvel em gua, o volume final da bolha dentro da gua, momentos antes de entrar em contato com a atmosfera, ser de

    a) 1 mm3.b) 2 mm3.c) 8 mm3.d) 12 mm3.e) 26 mm3.

    QUESTO 66

    A figura representa a etiqueta afixada em uma mquina de lavar roupas.

    Supondo que tal mquina ser usada quatro vezes por semana numa residncia, utilizando o ciclo de lavagem completo, e que os valores da energia eltrica e da gua consumidas nessa regio sejam, respectivamente, R$ 0,30/kWh e R$ 2,20/m3, o valor mensal gasto nesta residncia apenas com a utilizao desta mquina ser de, aproximadamente,

    a) R$ 5,50b) R$ 7,80c) R$ 34,20d) R$ 56,30e) R$ 410,00

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    CINCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS

    QUESTO 67

    A imagem a seguir de autoria de Vitor Meirelles (1832-1903), pintor brasileiro representante do Romantismo, que caracterizou as artes no sculo XIX. Especialista em produzir pinturas histricas, integrou o projeto do imperador dom Pedro II, que tinha por objetivo construir uma verso oficial da nossa histria. O indgena foi um dos temas resgatados pelo olhar romntico, como podemos observar na tela Moema, retratando a famosa personagem indgena do poema Caramuru, de Frei Santa Rita Duro, quando a ndia morre aps ser preterida por seu amante. Moema retratada desfalecida na praia, morta aps tentar alcanar a nado o barco do seu amante, em ato de amor heroico.

    Fonte: Museu de Arte de So Paulo http://www.masp.art.br/masp2010/acervo_detalheobra.php?id=357 Acessado em 7 de maro de 2011

    Considerando o contexto descrito e a imagem, analise as afirmativas para, em seguida, assinalar a alternativa correta.

    I. Os autores romnticos do sculo XIX resgatam a figura do indgena, porm o fazem de forma heroica, assemelhando-o a personagens medievais.II. A exaltao da natureza integra as obras romnticas acerca do Brasil no sculo XIX, enfatizando o cenrio natural brasileiro por meio de descries exuberantes.III. O resgate do indgena pelo romantismo no sculo XIX confere ao nativo a valorizao da sua cultura, resgatando as caractersticas anteriores colonizao.IV. A idealizao do amor e a morte por sentimentos no correspondidos agregam valores positivos queles que heroicamente sofrem.

    So corretas as afirmativas:

    a) I e II apenas.b) I e III apenas.c) I e IV apenas.d) I, II e III apenas.e) I, II e IV apenas.

    QUESTO 68

    A imagem a seguir mostra o detalhe de uma produo do pintor mexicano Diego Rivera (1886-1957), denominada Construo do Palcio de Cortez. Muralista,

    Rivera eternizou em grandes obras passagens da histria latino-hispnica. A preferncia pelo muralismo traz intrnseca a crtica pintura em telas, considerada burguesa, pois de apreciao restrita. A exposio de murais no sculo XX, ao contrrio, considerada uma prtica de arte engajada e politizada. Considerando essa caracterstica da obra de Rivera, a observao da imagem a seguir nos permite concluir que a inteno do autor era:

    Fonte: SOUZA LIMA, Lizneas, e PEDRO, Antonio in: Histria Sempre Presente, FTD, 1 edio, 2010, p. 119, So Paulo

    a) eternizar, por meio da arte, o encontro entre a cultura europeia e a nativa, que passaram a conviver harmoniosamente.b) representar a contribuio cultural dos indgenas cultura europeia por meio da sua produo agrcola.c) explicitar o carter da populao indgena como trabalhadora em contraposio a verso europeia de indolncia.d) contrastar a atitude autoritria do europeu em relao submisso dos nativos por meio da explorao do trabalho.e) evidenciar o reconhecimento dos astecas a respeito da importncia da construo da moradia do conquistador Cortez.

    QUESTO 69Com o desenvolvimento da sociedade industrial e das

    grandes metrpoles, os trabalhadores deslocaram-se cada vez mais das zonas rurais ou do campo, passando a residir nas periferias das grandes cidades, atravessando-as todas as manhs ao se dirigirem ao trabalho nas fbricas e todas as tardes regressarem s suas casas. Tendo sido forados a deixar o campo, a maioria desses trabalhadores tambm deixava para trs sua cultura e sua arte (que os intelectuais haviam denominado de folclore). Nas cidades, dois fenmenos aconteceram: por um lado, em seus bairros e locais de trabalho, os operrios e suas famlias foram criando uma cultura

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    CINCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS

    e uma arte prprias, chamadas de populares; por outro, passaram a fazer parte da grande massa de consumidores dos produtos industriais para os quais comearam a ser reproduzidas, em larga escala, verses simplificadas e inferiores dos produtos e criaes da cultura e da arte de elite. Essa reproduo simplificada das obras eruditas deu origem ao que viria ser conhecido com o nome de cultura e arte de massa.

    Fonte: CHAU, Marilena. Convite Filosofia. Editora tica, 13 edio, 2005, So Paulo/SP. p. 289

    Considerando a conceituao da autora acerca do processo histrico de produo da cultura, relacione a primeira coluna, que contm exemplos de manifestaes culturais, com a segunda coluna, que contm a conceituao desses exemplos. Ao final, escolha a alternativa que traduz as relaes corretas entre exemplos e conceitos.

    ( ) Samba de morro 1- Folclore( ) Rap 2- Popular( ) Msica dos DJs 3- Erudita( ) Novelas 4- Cultura de massa( ) Obras de arte( ) Bumba meu boi

    Assinale a alternativa correta:a) 2, 2, 4, 4, 3, 1.b) 2, 3, 4, 4, 1, 3.c) 2, 4, 4, 3, 1, 4.d) 2, 3, 1, 4, 4, 1.e) 2, 4, 4, 2, 3, 1.

    QUESTO 70

    Criada aps a Segunda Guerra Mundial, a Organizao das Naes Unidas tem, entre seus objetivos, manter a paz e a segurana no mundo, alm de defender os direitos humanos. Tanto que a crise poltica deflagrada na Lbia, no incio de 2011, levou a ONU a impor sanes ao governo lbio, considerando o modo como o governo lidou com os conflitos.

    A seguir, voc encontrar uma notcia na qual a Lbia se posiciona em relao s sanes da ONU:

    GOVERNO DA LBIA PEDE QUE ONU SUSPENDA SANES CONTRA kADHAFI

    A carta de 2 de maro, enviada ao Conselho de Segurana da ONU por Musa Mohammed Kusa, chefe do Comit Popular da Lbia para Relaes Exteriores, foi a primeira reao oficial comunicada ONU.

    Organizaes de direitos humanos sustentam que em torno de 6.000 pessoas morreram desde o incio dos protestos contra Kadhafi, em 15 de fevereiro. A ONU afirma que as vtimas so mais de mil.

    O regime lbio diz na carta que no levantou nenhuma oposio aos manifestantes pacficos desarmados, e que as foras de segurana apenas atuaram contra atos subversivos.

    Quando a mnima fo