simulado guia do estudante 2010 ( humanas )

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  • Cincias Humanase suas Tecnologias

    2010

    Caderno de

    questes

  • Chegou o cursopreparatrio da EditoraAbril para o novo EnEm.

    20 apostilascompletas 1. Contedo revisado e atualizado.

    2. Ilustraes e grficos que facilitam o entendimento.

    3. Centenas de exerccios resolvidos e comentados.

    Toda semana uma novaapostila nas bancas.

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  • Apresentado pela:

    Prezado(a),

    Sentimo-nos orgulhosos de receb-lo(a) neste Simulado. Leia com ateno as instrues abaixo:

    1) Confira, nas folhas pticas, seu nome e nmero de inscrio. se constatar algum erro, informe ao fiscal de sala.

    2) Preencha com ateno a Folha ptica de respostas da Prova, pois no haver folha avulsa para substituir a original. ao faz-lo nesta folha, destinada marcao das respostas, obedea ao limite dos quadrculos.

    3) Indique, com o preenchimento total dos quadrculos, as respostas referentes s alternativas a, B, C, d ou e de cada questo da prova.

    4) assine a Folha ptica de respostas da Prova, no espao reservado no rodap da folha, sem invadir os campos destinados s respostas.

    5) use somente caneta esferogrfica azul ou preta.

    6) no dobre nem rasure a Folha ptica de respostas da Prova.

    7) Coloque embaixo da carteira universitria todo o seu material (celular, apostilas, cadernos, bolsa etc.). os celulares devero permanecer desligados durante toda a prova.

    8) antes de 1 (uma) hora de prova, nenhum candidato poder deixar a sala, tampouco as dependncias da universidade.

    9) Caso falte alguma folha, solicite imediatamente ao fiscal de sala outro caderno completo. no sero aceitas reclamaes posteriores.

    10) no ser permitida nenhuma espcie de consulta nem uso de calculadora para a realizao da prova.

    11) utilize os espaos designados para rascunho no prprio caderno de questo; mas, ateno, pois estes no sero considerados para a correo de sua prova.

    12) administre seu tempo! o tempo total das duas provas (Cincias Humanas e suas tecnologias e Cincias da natureza e suas tecnologias) de 4 (quatro) horas e 30 (trinta) minutos.

    13) ao terminar, entregue ao fiscal de sala a Folha ptica de respostas da Prova.

    Boa prova!

    Realizao:

  • CinCiaS HUManaS e SUaS TeCnoLogiaS

    4

    Questo 1

    Desde o fim da dcada de 1970, a China vem apresentando modificaes em sua situao demogrfica.

    O ENVELHECIMENTO NA CHINA, 1950-2050Parcela da populao (em %)

    Projees: a altas; b mdias; c baixas.

    menos de 15 anos

    mais de 60 anos

    menos de 15 anosmais de 60 anos

    a

    b

    cab

    c

    40

    35

    30

    25

    20

    15

    10

    5

    0

    Nmeros (em milhes), projeo mdia

    1950 1975 2000 2025 2050

    1950 1975 2000 2025 2050

    400

    300

    200

    100

    0

    Fonte: Durand, Marie-Franoise; Copinschi, Philippe; Martin, Benoit; Placidi, Delphine. Atlas da Mundializao. So Paulo: Saraiva, 2009, p. 35

    A partir dos grficos e usando seus conhecimentos sobre a estrutura demogrfica chinesa, possvel concluir que a referida alterao em sua situao demogrfica reflexo da combinao dos seguintes fatores:

    a) Rpida urbanizao e taxas de mortalidade altas.b) Acelerao do crescimento econmico e taxas de natalidade elevadas.c) Reduo das taxas de mortalidade infantil e aumento expressivo da renda per capita.d) Poltica de controle da natalidade e expressivo progresso na expectativa mdia de vida.e) Participao crescente da mulher no mercado de trabalho e timas condies sanitrias.

    Questo 2

    Diocina Lopes dos Reis nasceu em 1952, em Lago do Junco, no Maranho.[...] Contou que, desde cedo, teve de aprender a tirar seu sustento colhendo cocos de babau. Mas as terras em que trabalhava foram tomadas por fazendeiros que no permitiam mais o extrativismo. Casou-se e teve cinco filhos. [...] Com as mulheres de sua comunidade, criou a Associao das Mulheres Trabalhadoras Rurais, para garantirem os seus direitos de trabalhar e sustentar suas famlias: Eu e as mulheres de outros garimpeiros passamos por muita agresso e humilhao. Enquanto andvamos sozinhas pelo mato, apanhvamos muito. Ento, comeamos a conversar sobre isso; aqui quase todo mundo da comunidade comadre e compadre: Comadre, ontem fui para o mato e o cara tomou meus cocos, at o machado ele pegou e jogou fora.

    Fonte: Site Museu da Pessoa (adaptado). Disponvel em http://www.museudapessoa.net/MuseuVirtual/hmdepoente/depoimentoDepoente.do?action=ver&idDepoenteHome=13929&key=7801&forward=HOME_DEPOIMENTO_

    VER_GER. Acesso em 10 de maro de 2010

    O depoimento, por meio do qual Diocina conta parte de sua vida, permite-nos concluir que

    a) as mulheres da comunidade eram empregadas dos fazendeiros que cultivavam o babau.b) a forma como o coco do babau era colhido integra a cultura da populao de Lago do Junco.c) as agresses sofridas pelas trabalhadoras rurais na regio do Lago do Junco fazem parte da cultura local. d) o extrativismo do babau uma atividade predatria, por isso combatida pelos fazendeiros.e) na produo de coco de babau todos so integrantes de uma mesma famlia.

    Questo 3

    A fora real da xenofobia percebida no fato de que a ideologia do capitalismo globalizado dos mercados fracassou redondamente no estabelecimento da livre movimentao internacional da fora de trabalho, ao contrrio do que ocorreu com o capital e o comrcio.

    Fonte: Hobsbawm, Eric. Globalizao, Democracia e Terrorismo. So Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 91 (com cortes)

    A xenofobia reflete o colapso tico do fim do sculo XX e incio do sculo XXI, pelo seguinte motivo:

    a) Incentiva o desrespeito s lutas e movimentos sociais.b) Promove a rpida assimilao lingustica de grupos minoritrios.c) Estimula a hostilidade restrita aos grupos religiosos protestantes.d) Provoca prticas policiais violentas para o combate criminalidade.e) Representa uma acelerao da averso descabida aos estrangeiros.

  • CinCiaS HUManaS e SUaS TeCnoLogiaS

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    Questo 6

    Em maro de 2002, duas colunas de luz preencheram os lugares vazios das Torres Gmeas destrudas no 11 de setembro de 2001. Na solenidade, que assinalou os seis meses dos atentados, rodeado por parentes das vtimas e representantes dos Estados que participaram da coalizo contra o terror, o presidente dos EUA evocou a causa e a misso nacionais: Cada uma das naes deve saber que, para os Estados Unidos, a guerra ao terror no apenas uma poltica um compromisso. Nessa guerra, no h imunidade e no pode existir neutralidade.

    Fonte: Magnoli, Demtrio. O Grande Jogo Poltica, Cultura e Idias em Tempo de Barbrie. So Paulo: Ediouro, 2006, p. 42 (com cortes e adaptado)

    Considerando as relaes de poder entre as naes, o episdio descrito no texto acima apresenta o seguinte significado histrico-geogrfico:

    a) Crise do capitalismo no continente asitico.b) Derrubada do regime fundamentalista islmico.c) Crescimento do poder da Organizao das Naes Unidas.d) Expresso de nascimento e consolidao da Doutrina Bush.e) Adoo de normas ticas de conduta para o fortalecimento do direito internacional.

    Questo 4

    O Frum Social Mundial (FSM) um evento organizado por movimentos sociais de diversos continentes, com o objetivo de elaborar alternativas para uma transformao social global. Seu slogan Um outro mundo possvel. um espao internacional para a reflexo e organizao de todos os que se contrapem globalizao neoliberal e esto construindo alternativas para favorecer o desenvolvimento humano e buscar a superao da dominao dos mercados em cada pas e nas relaes internacionais. O Frum Social Mundial tem o objetivo de se contrapor ao Frum Econmico Mundial de Davos.

    Fonte: Os Movimentos Sociais no Brasil. Disponvel em: . Acesso em 8 de maro de 2010 (adaptado)

    Segundo o texto:

    a) O Frum Econmico Mundial de Davos busca alternativas para solucionar problemas sociais decorrentes da globalizao neoliberal.b) Tanto o Frum Social como o Econmico buscam alternativas para minimizar os efeitos negativos da globalizao econmica em escala mundial.c) O Frum Econmico Mundial tem como objetivo propor alternativas globalizao neoliberal, contrapondo-se ao Frum Social Mundial.d) O slogan Um outro mundo possvel remete luta dos pases neoliberais pela construo de um mundo mais humano e justo.e) O Frum Social Mundial tem como objetivo propor alternativas globalizao neoliberal, contrapondo-se ao Frum Econmico Mundial de Davos.

    Questo 7

    Promover o respeito s diferenas e garantir o direito que todos tm de preservar sua identidade nica, com as limitaes e habilidades de cada um. Este o objetivo maior do Projeto Incluso Social, uma iniciativa estratgica do Superior Tribunal de Justia (STJ) que vai ao encontro da vocao de uma corte que trabalha em dia com a cidadania. O projeto, de iniciativa do presidente da Casa, ministro Cesar Asfor Rocha, prev diversas prticas inclusivas para oferecer s pessoas portadoras de deficincia acessibilidade fsica, digital e social.

    Fonte: Sem espao para a sndrome do preconceito. Coordenadoria de Editoria e Imprensa do STJ. Publicado em 14 de maro de 2010.

    Disponvel em: http://www.stj.gov.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto=96312. Acesso em 14 de maro de 2010

    Da leitura atenta do excerto acima, depreende-se que

    a) a elaborao de projetos de incluso social de responsabilidade exclusiva dos representantes do Poder Legislativo.b) o projeto do STJ demonstra que, no Brasil, os problemas sociais so enfrentados apenas pelo Poder Judicirio.c) o projeto do STJ criou um atrito entre os poderes Executivo e Judicirio, j que ingressou na rea de atuao do presidente da Repblica.d) o Projeto Incluso Social, desenvolvido pelo STJ, demonstra a participao do Poder Judicirio nas questes sociais do Brasil.e) a parceria entre os trs Poderes da Repblica foi responsvel pelo sucesso do Projeto Incluso Social, elaborado pelo STJ.

    Questo 5

    Alguns autores afirmam que muitas populaes tradicionais so fundamentais para a manuteno e gerao da biodiversidade nos ecossistemas. As prticas culturais de manejo dos recursos naturais desenvolvidas por algumas dessas populaes interagem com os processos evolutivos das espcies h milhares de anos, de modo que a presena das populaes e o manejo que fazem de determinados ecossistemas so essenciais manuteno da biodiversidade.

    Fonte: Castro Jr., Evaristo et alli. Gesto da biodiversidade e reas protegidas. In : Guerra, A. e Coelho, M. (orgs.). Unidades de Conservao.

    Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2009, p. 28 (com cortes)

    Na Amaznia brasileira, um segmento tradicional da populao que interage com a biodiversidade regional, conforme o texto acima, encontra-se, explicitamente, em

    a) garimpeiros de ouro de aluvio. b) produtores de carvo vegetal.c) oleiros dos terraos fluviais.d) usineiros de ferro-gusa.e) povos indgenas autctones.

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    Questo 8

    As rodovias, quando mal concebidas, esto entre as principais causadoras de impactos negativos sobre o meio ambiente. Em nome do desenvolvimento, foram construdas rodovias sem o devido planejamento e cuidado com seus impactos. Essas rodovias tm intensificado a destruio ambiental, aumentando a pobreza, particularmente em florestas tropicais.

    Fonte: Florenzano, Teresa (Org.) Geomorfologia. Conceitos e Tecnologias Atuais. So Paulo: Oficina de Textos, 2008, p. 178

    Em reas de encosta com floresta, sobretudo nos perodos chuvosos, rodovias mal planejadas provocam, mais diretamente, o seguinte impacto ambiental:

    a) Assoreamento de rios.b) Escorregamento de terra.c) Contaminao de guas.d) Esterilizao de solos.e) Extino de espcies nativas.

    Questo 9

    UM PLANETA LATA DE LIXO?

    Mars negras, catstrofes industriais ou acidentes nucleares so geralmente alvo de considervel midiatizao, contrariamente a formas de poluio difusa produzidas por atividades industriais e agrcolas, cujas consequncias sanitrias e agrcolas no cessam de aumentar.

    Fonte: Durand, M-F et alli. Atlas da Mundializao. So Paulo: Saraiva, 2009, p. 109

    Em muitas cidades, a poluio industrial pode agravar a elevao das temperaturas mdias da atmosfera nas reas centrais, em comparao com as zonas perifricas ou com as rurais.

    O agravamento das temperaturas mdias descrito acima caracteriza, especificamente, o seguinte problema e sua consequncia:

    a) Inverso trmica e enfermidades respiratrias.b) Chuva cida e degradao do patrimnio.c) Lixo txico e contaminao dos mananciais.d) Ilha de calor e desconforto ambiental.e) Depleo do oznio e doenas dermatolgicas.

    Questo 10

    Leia o texto sobre a localizao industrial e interprete o mapa sobre migraes internas nos Estados Unidos.

    Novos ramos industriais baseados em tecnologia de ponta esto provocando profundas transformaes na organizao do territrio nos EUA. Nas proximidades dos centros de pesquisa de So Francisco, importante a presena de indstrias da rea de informtica. J indstrias ligadas tecnologia aeroespacial disseminou-se por vrios centros urbanos do pas como, por exemplo, Houston e Cabo Kennedy.

    OESTENORTE-CENTRAL

    NORDESTE

    MIGRAES INTERNAS

    SULLos Angeles

    San Francisco

    Dallas

    Houston

    Fluxo migratrio

    Atrao muito grandeAtrao grandePerda de populao

    Fonte: Ferreira, Graa M. L. Atlas Geogrfico: Espao Mundial. So Paulo: Moderna, 2003, p. 37

    Com base nas informaes do texto e na interpretao do mapa, possvel concluir que, nos EUA, as migraes internas se associam ao

    a) novo reordenamento espacial que no comporta um nico polo industrial.b) crescimento acelerado do setor industrial, que maior do que o de servios.c) incremento populacional que se manifesta pelo deslocamento de trabalhadores mexicanos.d) intenso fluxo de mudanas produtivas, que esto localizadas nas proximidades da capital do pas.e) concentrao espacial de novos ramos industriais, que representada pelo avano da microeletrnica e da tecnologia aeroespacial.

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    Questo 11

    Compare o contedo dos trechos retirados de jornais.

    I. A Organizao Mundial de Comrcio (OMC) confirmou ontem a derrota do Brasil na queixa que havia sido aberta pelo pas contra as medidas antidumping colocadas pela Unio Europia (UE) contra as exportaes da Fundio Tupy. O pas agora estuda se ir apelar da deciso.

    Fonte: O Estado de S. Paulo, 8/3/2003 (com cortes)

    II. O governo brasileiro divulgou uma lista de 102 produtos oriundos dos Estados Unidos cujas tarifas de importao podero subir at 100%, como retaliao aos subsdios americanos ao algodo, autorizada pela Organizao Mundial do Comrcio (OMC).

    Fonte: O Globo, 9/3/2010

    A partir dos textos, possvel reconhecer que as polticas de subsdios autorizadas pela OMC, apoiando um dos lados da negociao comercial, representam

    a) benefcio ao comrcio entre pases do continente americano, com nfase ao setor metalrgico.b) ao limitada ao setor de produo agropecuria, com destaque para os pases europeus.c) desenvolvimento da agroindstria brasileira, com adoo de uma poltica de segurana alimentar.d) disputas acirradas nos negcios internacionais, com risco de abalo na autonomia dos Estados nacionais.e) efeitos multiplicadores positivos no comrcio brasileiro, com base no desenvolvimento das redes de circulao de bens industrializados.

    Questo 12

    A revoluo iniciada em 1910 foi um grande movimento popular, antilatifundirio e anti-imperialista, que foi responsvel por importantes transformaes no Mxico. Do ponto de vista institucional, oficial, considera-se a revoluo como o movimento que derrubou a ditadura e possibilitou a ascenso de Francisco Madero em junho de 1911. No entanto, o movimento revolucionrio possua outra dimenso: os camponeses do sul, liderados por Emiliano Zapata, e os do norte, liderados por Pancho Villa, defendendo a reforma agrria.

    Fonte: A Revoluo Mexicana. 2000. Disponvel em: . Acesso em 7 de

    maro de 2010 (adaptado)

    A leitura do texto acima nos permite concluir que

    a) o movimento popular que derrubou a ditadura no Mxico teve como uma de suas manifestaes as presses dos camponeses para a realizao de uma reforma agrria. b) a Revoluo Mexicana, apesar de promover a derrubada da ditadura de Madero, apresentou um carter essencialmente burgus, sem a participao das camadas populares.

    c) Pancho Villa e Emiliano Zapata, lderes do movimento campons da Revoluo Mexicana, foram os principais responsveis pela derrubada da ditadura de Madero em 1911.d) a ditadura implementada aps a Revoluo Mexicana de 1910 foi responsvel pela efetivao do projeto de reforma agrria defendido por Emiliano Zapata e Pancho Villa.e) a Revoluo Mexicana de 1910, apesar da aparncia anti-imperialista, teve total apoio do governo dos Estados Unidos, beneficiado pela ascenso do lder popular Francisco Madero.

    Questo 13

    A revoluo na Rssia atingiu considervel alcance, a influncia profunda por ela exercida permitiu-lhe abalar todas as relaes de classe, revelar o conjunto dos problemas econmicos e sociais, e passar, consequentemente, com a fatalidade da sua lgica interna, do primeiro estgio da repblica burguesa a estgios cada vez mais elevados, no tendo sido a queda do czarismo mais do que um episdio menor, quase uma bagatela.

    Fonte: Luxemburg, Rosa. A Revoluo Russa. RJ: Vozes, 1990, p. 61

    O conjunto de episdios conhecido como Revoluo Russa apresenta dois momentos distintos: uma fase burguesa e uma socialista. Assinale a alternativa que mais bem expressa o conceito da autora em relao aos efeitos desse processo revolucionrio.

    a) O abalo nas relaes de classe refere-se igualdade promovida aps a concretizao da Revoluo Russa, uma vez que no Estado sovitico no existiam diferenas entre grupos sociais.b) Aps a queda do czarismo, implementou-se uma repblica burguesa na Rssia, que, ao ser derrubada pela Revoluo Socialista, levou o pas a um estgio mais elevado de organizao.c) A fase burguesa da Revoluo Russa, identificada como um estgio mais elevado do processo revolucionrio, foi responsvel pela derrubada do czarismo no pas.d) As disputas entre os partidos da Rssia revolucionria levaram o pas a um caos institucional e promoveram um aumento nos problemas econmicos e sociais, garantindo a manuteno do czarismo.e) O czarismo, o primeiro estgio da Revoluo Russa, foi implantado aps a derrubada dos governos institudos, respectivamente, nas fases burguesa e socialista do processo revolucionrio.

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    Questo 14

    O acesso ao conhecimento cientfico e tcnico sempre teve importncia na luta competitiva; mas, tambm aqui, podemos ver uma renovao de interesse e de nfase, j que, num mundo de rpidas mudanas de gostos e necessidades e de sistemas de produo flexveis (em oposio ao mundo relativamente estvel do fordismo), o conhecimento da ltima tcnica, do mais novo produto, da mais recente descoberta cientfica, implica a possibilidade de alcanar uma importante vantagem competitiva. O prprio saber se torna uma mercadoria-chave, a ser produzida e vendida a quem pagar mais, sob condies que so elas mesmas cada vez mais organizadas em bases competitivas.

    Fonte: Harvey, D. Condio Ps-Moderna. So Paulo: Loyola, 2003, p. 151 (com cortes)

    O processo descrito no texto revela uma mudana relevante em relao associao contempornea entre conhecimento, produo econmica e vida social. Assinale a alternativa que melhor sintetiza essa mudana.

    a) A converso do conhecimento, de mero fator de produo mercadoria, no sistema produtivo atual. b) A transformao do conhecimento em insumo produtivo, ao contrrio do que ocorria nas sociedades industriais.c) O papel central da tcnica no estabelecimento de vantagens comparativas, em decorrncia das mudanas surgidas no sistema fordista.d) O carter flexvel dos gostos, demandas e necessidades do consumidor determina o grau de utilizao de insumos tecnolgicos na produo.e) A intensificao da competitividade entre os agentes econmicos, prpria do ambiente de produo do conhecimento e da tecnologia, como universidades e centros de pesquisa.

    Questo 15

    A acumulao flexvel envolve rpidas mudanas dos padres do desenvolvimento desigual, tanto entre setores como entre regies geogrficas, criando, por exemplo, um vasto movimento no emprego no chamado setor de servios, bem como conjuntos industriais completamente novos em regies at ento subdesenvolvidas. Ela tambm envolve um novo movimento que chamarei de compresso do espao-tempo; no mundo capitalista, os horizontes temporais da tomada de decises privada e pblica se estreitaram.

    Fonte: Harvey, David. Condio ps-moderna. So Paulo: Loyola, 2003, p. 140

    O texto alude a novas distribuies geogrficas da produo econmica. Assinale a alternativa que apresenta fatores que permitiram essa nova configurao produtiva.

    a) Transferncia de centros de pesquisa e desenvolvimento tecnolgico a regies mais pobres.b) Desconcentrao do sistema financeiro e dos centros de decises empresariais.c) Desenvolvimento amplo do setor de servios nas naes menos desenvolvidas.d) Desenvolvimento das telecomunicaes e aumento da velocidade dos transportes.e) Difuso simtrica de novas tecnologias industriais e da produo do conhecimento.

    Questo 16

    A abertura comercial e o acirramento concorrencial derivado da globalizao tm significado, de fato, um gradual encurralamento das opes que se apresentam ao mundo rural. Como resultado, o poder de manobra dos Estados nacionais para erigir programas de desenvolvimento rural que mantenham alguma autonomia prpria tem sido igualmente reduzido com o passar dos anos.

    Fonte: Navarro, Z. Desenvolvimento Rural no Brasil: os limites do passado e os caminhos do futuro. Estudos Avanados, v. 15, n. 43, 2001, p. 91

    Assinale a alternativa que indica uma tecnologia polmica, introduzida em um perodo relativamente recente na agricultura brasileira sob a justificativa do acirramento das presses concorrenciais no mercado externo.

    a) Uso de defensivos agrcolas mais agressivos no plantio de alimentos.b) Introduo de variedades transgnicas nas lavouras de soja.c) Substituio de mo de obra por mquinas na colheita da cana.d) Alternncia de culturas no plantio de milho e feijo.e) Desenvolvimento de novas variedades de algodo por centros de pesquisa.

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    Questo 17

    Desregulamentao, flexibilizao, terceirizao, downsinzig, empresa enxuta, bem como todo esse receiturio que se esparrama pelo mundo empresarial, so expresses de uma lgica societal onde se tem a prevalncia do capital sobre a fora humana de trabalho, que considerada somente na exata medida em que imprescindvel para a reproduo desse mesmo capital. Isso porque o capital pode diminuir o trabalho vivo, mas no elimin-lo. Pode intensificar sua utilizao, pode precariz-lo e mesmo desemprega parcelas imensas, mas no pode extingui-lo.

    Fonte: Antunes, R. Adeus ao Trabalho?. So Paulo: Cortez Editora /Editora Unicamp, 2000, p. 184

    De acordo com o texto, novas tcnicas gerenciais representam a

    a) eliminao lenta e progressiva do trabalho na sociedade capitalista.b) subordinao da lgica empresarial a receitas que no so adequadas realidade.c) reduo da produtividade do trabalho e da renda destinada aos trabalhadores.d) flexibilizao dos padres de reproduo do capital em benefcio de uma reorganizao mais produtiva da sociedade.e) submisso da fora de trabalho ao capital, o qual se apropria do trabalho humano apenas para ampliar-se.

    Questo 18

    O processo de modernizao favoreceu, por meio de crditos subsidiados, as propriedades patronais, deixando de lado a agricultura familiar. Esse carter excludente ampliou a ____________________________________ e agravou as disparidades regionais. Ao mesmo tempo, a modernizao provocou a transformao da mo de obra familiar em assalariamento temporrio, agravando o problema do desemprego e do subemprego volante. Como conseqncia desse processo, assistiu-se a intensas _____________________________.

    Fonte: Ehlers, E. Agricultura sustentvel: origens e perspectivas de um novo paradigma. Guaba: Agropecuria, 1999, p. 44

    Assinale a alternativa que preencha adequadamente, na ordem em que se apresentam, as lacunas do texto.

    a) Concentrao de renda; revoltas nos grandes centros urbanos.b) Reforma agrria; ampliaes da produtividade do trabalho rural.c) Concentrao fundiria; migraes do campo para a cidade.d) Distribuio de renda; contrataes de novos empregados rurais.e) Produo voltada para o mercado interno; disputas por novos mercados.

    Questo 19

    USINA DE FIO DgUA NO RIO DANbIO, NA USTRIA

    Fonte: Revista VEJA. So Paulo, Abril, p. 110, 4 de abril de 2007

    A usina hidreltrica registrada na foto funciona com turbinas bulbo que so dispostas na horizontal e cujas ps so movimentadas pela fora da correnteza do rio Danbio. O gerador fica dentro da turbina, e a gua passa ao redor.

    Comparando o tipo de usina mencionado acima com a usina hidreltrica de Itaipu, no rio Paran, correto afirmar que, na usina austraca, o impacto ambiental provocado

    a) menor, pois a fonte de energia gerada limpa.b) menor, por no exigir grandes reservatrios de gua.c) maior, devido interceptao do fluxo de peixes no rio.d) maior, uma vez que o gerador fica dentro da turbina bulbo.e) equivalente, em razo dos distintos climas dos dois pases.

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    Questo 21

    O processo poltico brasileiro fortemente influenciado pela propaganda partidria. Historicamente, alguns marcos importantes merecem destaque: o rdio, como primeiro veculo de massa para a populao no alfabetizada nos anos 30, foi bastante explorado pelo ento presidente Getlio Vargas; a ampliao gradativa da imprensa escrita e o acesso da populao a diferentes tipos de publicao trouxeram tambm mudanas significativas. Merece destaque, ainda, a chegada da televiso, que transformou de forma radical o processo poltico. A partir da dcada de 1950, seu alcance, por todo o territrio nacional, mudou comportamentos, impingiu valores, e a poltica, rapidamente, incorporou essa mdia. O poder da imagem passou a dizer mais que palavras. Progressivamente, a poltica foi se apropriando dos mesmos mecanismos que a propaganda comercial, capaz de criar hbitos, necessidades, ordem moral, tica e esttica.

    Com base nessa reflexo, assinale a alternativa que se mostra coerente com as ideias do texto.

    a) Propaganda poltica e propaganda comercial no tm nenhum tipo de relao.b) O rdio pode ser apontado como a mdia precursora da propaganda poltica.c) As palavras possuem maior peso do que as imagens na propaganda poltica.d) A televiso no suplantou a importncia do rdio na propaganda partidria.e) No existe relao nenhuma entre propaganda partidria, moral e tica social.

    Questo 20

    MUDANAS CLIMTICAS

    O aquecimento global apresenta intensidades e efeitos distintos, de acordo com a rea especfica do planeta. As atividades humanas provocam uma espcie de efeito guarda-sol, pois as emisses crescentes de CO

    2 acarretam aerossis

    que aumentam a reflexo para o espao e diminuem a energia solar absorvida e convertida em calor no solo. Quanto ao solo em si mesmo, sua explorao modifica seu albedo, no sentido de um aumento quando se substitui a floresta por campos cultivados ou pastagens, alterando a paisagem.

    Fonte: Kandel, Robert. O Reaquecimento Climtico. So Paulo: Loyola, 2007, p. 48 (adaptado)

    Nas reas do planeta onde esses aerossis so mais abundantes e a intensificao do efeito guarda-sol particularmente forte, eles devem agir no sentido de um

    a) possvel resfriamento atmosfrico.b) rigoroso reaquecimento atmosfrico.c) eficaz bloqueio do desflorestamento.d) espontneo processo de conservao do solo.e) lento processo de fertilizao do solo.

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    Do mesmo modo que o poder, assim tambm a honra do soberano deve ser maior do que a de qualquer um, ou a de todos os seus sditos. Tal como na presena do senhor os servos so iguais, assim tambm o so os sditos na presena do soberano.

    E, embora alguns tenham mais brilho, e outros menos, quando no esto em sua presena, perante ele no brilham mais do que as estrelas na presena do sol.

    Fonte: Hobbes, Thomas. Leviat. Coleo Os Pensadores. So Paulo: Abril Cultural, 1979, p. 112 (com cortes)

    O ato que institui o Governo no de modo algum um

    contrato, mas uma lei; os depositrios do Poder Executivo no so absolutamente os senhores do povo, mas seus funcionrios; e o povo pode nome-los ou destitu-los quando lhe aprouver. Fazem seno desempenhar seu dever de cidados, sem ter de modo algum o direito de discutir as condies.

    Fonte: Rousseau, Jean-Jacques. Do Contrato Social. Coleo Os Pensadores. So Paulo: Nova Cultural, 1991, p. 113 (adaptado)

    Assinale a alternativa que mais bem representa a relao entre os excertos acima:

    a) Os textos apresentam vises opostas, uma vez que o primeiro defende a concentrao de poderes nas mos do governante e o segundo, a participao popular na organizao do poder.b) Os textos expressam uma mesma viso em relao ao processo de organizao das estruturas do poder poltico, j que ambos defendem a participao popular.c) Enquanto o primeiro texto exalta a participao popular na escolha do governante, o segundo atribui vontade divina o direito de algumas pessoas possurem o poder.d) Os dois fragmentos complementam-se, j que o primeiro trata do incio da formao das chamadas Monarquias Modernas e o segundo, da concretizao de suas estruturas.e) Os excertos defendem uma mesma teoria em relao ao poder poltico: a participao popular deve ser restrita para evitar a deposio de governantes por meio de revoltas.

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    Texto IDentre as vrias definies existentes sobre a

    sustentabilidade, podemos estabelecer que o termo implica na manuteno quantitativa e qualitativa de recursos ambientais, sem danificar suas fontes ou limitar a capacidade de suprimento futuro.

    Fonte: Afonso, Cintia. Sustentabilidade. Caminho ou Utopia? So Paulo: Annablume, 2006, p. 11 (com cortes)

    Texto IIDeve-se valorizar, em diferentes escalas geogrficas, a

    manuteno da capacidade de carga dos ecossistemas, ou seja, a capacidade da natureza para absorver e recuperar-se das agresses antrpicas; e privilegiar a conservao de energia.

    Fonte: Guimares, Roberto. Desenvolvimento Sustentvel. In: Becker, Bertha e Miranda, Mariana (Orgs.) A Geografia Poltica do Desenvolvimento

    Sustentvel. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 1997, p. 33 (adaptado)

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    Analise os textos abaixo.

    Texto I

    OS RECURSOS COMO ARMAS POLTICAS

    Hoje o petrleo, amanh o trigo. Quem sabe? Todos os recursos so ou podem ser instrumentos de poder. Se verdade que certos recursos conforme a sua capacidade de satisfazer as necessidades fundamentais manifestam uma grande permanncia no papel que podem desempenhar, eles no deixam de se ligar ao contexto scio-econmico e scio-poltico quanto sua significao.

    Fonte: Raffestin, Claude. Por uma Geografia do Poder. So Paulo: tica, 1993, p. 251

    Texto II

    IRAQUE ACUSA IR DE INVADIR SEU TERRITRIO

    Governo iraquiano exige que tropas iranianas saiam de campo de petrleo tomado na regio da fronteira; Teer nega incurso. Circunstncias do incidente, situado em rea de reservas disputadas, so confusas; Bagd v provocaes frequentes vindas do pas vizinho. Autoridades de Bagd informaram que militares iranianos avanaram cerca de 300 metros no territrio iraquiano.

    Fonte: Folha de S. Paulo. So Paulo. Seo Mundo. p. A16, 19 de dezembro de 2009 (adaptado e com cortes)

    A anlise dos textos I e II conduz concluso de que os recursos em foco assumem significado mais explcito quanto

    a) poltica econmica desses dois pases e valorizao do petrleo no mundo.b) poltica energtica do Oriente Mdio e queda do preo do barril de petrleo.c) geocultura e s diferentes concepes sobre os recursos como armas polticas.d) geoeconomia e aos entraves tecnolgicos para elevar a produtividade extrativa.e) geopoltica e aos impasses para uma plena estabilizao da zona de fronteira.

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    Uma vez instaurado o regime, um vis que prevaleceu muito evidente do ponto de vista poltico foi o cerceamento das liberdades democrticas, traduzido pelo controle sobre as entidades representativas de classe e sobre os cidados pensantes. No campo das polticas econmicas, presenciou-se um grande arrocho salarial sobre os trabalhadores, ao lado de um processo inusitado de concentrao de renda, denominado por alguns teoria do bolo. Por essa teoria, seria necessrio deixar o bolo (da renda) crescer, para distribu-lo somente quando fosse suficiente para todos. Em tal conjuntura, surgiram vrias modalidades de movimentos reivindicatrios, centrados, quase todos, em torno de demandas sociais no satisfeitas.

    Fonte: Mizubuti, Satie. Uma releitura do movimento associativo de bairro. In: Santos, Milton et alli. Territrio, Territrio: Ensaios sobre o Reordenamento

    Territorial. Rio de Janeiro: DP&A, 2006, 2 edio, p. 233

    Sobre a importncia da participao da sociedade brasileira no processo de transformao da realidade histrico-geogrfica, o par de elementos corretamente relacionado ao texto acima est em:

    a) Luta sindical contra o neoliberalismo ltimas dcadas do sculo XX.b) Ecloso de movimentos sociais perodo do regime militar aps 1964.c) Protestos das mulheres contra a discriminao de gnero perodo da era Vargas.d) Campanha pela demarcao de terras indgenas primeira dcada do sculo XXI.e) Reivindicao coletiva por melhores salrios perodo imediatamente posterior Segunda Guerra Mundial.

    Tendo em vista a noo de desenvolvimento sustentvel, a anlise correta dos textos acima permite concluir que

    a) o texto I contradiz parcialmente o texto II.b) o texto I nega completamente o texto II.c) o texto II aprofunda conceitualmente o texto I.d) o texto II contesta superficialmente o texto I.e) os textos esto desvinculados tematicamente entre si.

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    A seguir, foram reproduzidas duas fontes histricas que documentam o perodo da ditadura militar brasileira (19641985): algumas deliberaes polticas que integram o Ato Institucional n 5 de 1967, considerado o mais autoritrio dos atos institucionais, e a capa comemorativa dos 40 anos da fundao de O Pasquim, jornal semanal publicado de 1969 a 1991. O

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    O escritor e cartunista Henrique de Souza Filho, Henfil, nasceu a 5 de fevereiro de 1944, em Ribero das Neves (MG), e faleceu em 4 de janeiro de 1988, no Rio de Janeiro. Foi colaborador de O Pasquim (1969) e, em 1970, lanou a revista Os Fradinhos, seus personagens mais famosos que possuam sua marca registrada: a stira e a crtica poltica que retratavam a situao nacional da poca. Henfil atuou em diversos movimentos polticos combatendo o autoritarismo da ditadura militar.

    Observe a charge a seguir para responder questo:

    Fonte: Disponvel em: http://verdadeirojornalismo.blogspot.com/2008/06/henfil-o-gnio.html. Acesso em 12 de maro de 2010

    A ditadura militar (19641985) foi, gradativamente, suprimindo os mecanismos legais de participao da populao. A organizao poltica do perodo passava ao largo de princpios ticos que garantissem direitos de cidadania, o que aparece ironizado na charge.

    Considerando essas informaes e o sentido da charge, assinale a alternativa que representa os mecanismos polticos da poca.

    a) Havia consulta popular baseada no plebiscito.b) As eleies eram indiretas para cargos do Executivo.c) Os governos federais tinham durao de oito anos.d) Havia revezamento de civis e militares na Presidncia.e) Ocorriam eleies diretas para todos os cargos polticos.

    Pasquim, inicialmente, focava assuntos relacionados ao comportamento social, mas, com o passar do tempo e o recrudescimento do regime militar, foi se tornando politizado e porta-voz da insatisfao nacional.

    Art 2 - O Presidente da Repblica poder decretar o recesso do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas e das Cmaras de Vereadores, por Ato Complementar, em estado de sitio ou fora dele, s voltando os mesmos a funcionar quando convocados pelo Presidente da Repblica. 1 - Decretado o recesso parlamentar, o Poder Executivo correspondente fica autorizado a legislar em todas as matrias e exercer as atribuies previstas nas Constituies ou na Lei Orgnica dos Municpios.Art 4 - No interesse de preservar a Revoluo, o Presidente da Repblica, ouvido o Conselho de Segurana Nacional, e sem as limitaes previstas na Constituio, poder suspender os direitos polticos de quaisquer cidados pelo prazo de 10 anos e cassar mandatos eletivos federais, estaduais e municipais.

    Fonte: Disponvel em: http://www.acervoditadura.rs.gov.br/. Acesso em 10 de maro de 2010

    Fonte: Disponvel em: http://pasquimtupiniquim.blogspot.com. Acesso em

    10 de maro de 2010

    Considerando as duas fontes histricas analisadas, assinale a alternativa correta.

    a) O AI-5 retrata a memria oficial da ditadura militar e, por esse motivo, a fonte que o historiador deve priorizar nas suas anlises.b) O Pasquim, por ser um jornal de humor, no deve ser considerado como memria relevante do perodo militar.c) As fontes apresentadas pertencem memria do perodo e, por ser ideologicamente distintas, so importantes na compreenso da ditadura militar.d) Por meio da anlise do AI-5, temos a memria de como a sociedade reagia em relao ditadura militar. e) O humor de O Pasquim uma fonte histrica mais significativa que o AI-5, pois registrava a crtica ao regime.

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    Na dcada de 1970, uma msica de autoria de Joo Bosco e Aldir Blanc ficou famosa na voz de Elis Regina e tornou-se uma espcie de hino do movimento pela anistia. Em 1979, a Lei da Anistia, assinada pelo governo militar, foi considerada um importante marco no processo de redemocratizao da sociedade brasileira. Leia a seguir trechos de O bbado e o Equilibrista:

    Meu Brasil!...Que sonha com a voltaDo irmo do Henfil.Com tanta gente que partiuNum rabo de fogueteChora!A nossa PtriaMe gentilChoram MariasE ClarissesNo solo do Brasil...Mas sei, que uma dorAssim pungenteNo h de ser inutilmenteA esperana...Dana na corda bambaDe sombrinhaE em cada passoDessa linhaPode se machucar...Asas!A esperana equilibrista

    Considerando o contexto histrico da dcada de 1970 e os sentimentos que a msica retrata, assinale a alternativa correta.

    a) O perodo foi marcado pela supresso dos direitos polticos de muitos brasileiros, que tiveram de se exilar no exterior.b) A anistia poltica restringiu-se aos militares e aos crimes por esses cometidos contra cidados brasileiros.c) A cassao dos direitos polticos dos opositores do regime foi uma exceo na ditadura militar.d) Durante a ditadura militar, todos os cidados tiveram seus direitos de cidadania garantidos pelo regime.e) O sentimento de esperana da populao encontrou ressonncia nas aes dos militares durante a ditadura.

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    fantasiosa a imagem construda por certo revisionismo histrico de que o Paraguai pr-1865 promoveu sua industrializao a partir de dentro, com seus prprios recursos, sem depender dos centros capitalistas, a ponto de supostamente tornar-se ameaa aos interesses da Inglaterra no Prata. Tambm equivocada a apresentao do Paraguai como um Estado onde haveria igualdade social e educao avanada.

    Fonte: Doratioto, Francisco. Maldita Guerra. SP: Companhia das Letras, 2002, p. 30 (com cortes)

    Apoiado em um discurso de modernizao e progresso, o presidente Carlos Antonio Lopez manteve a centralizao poltica e aprofundou o isolamento do pas frente ao capital internacional. Ferrovias e pequenas indstrias foram criadas com a contratao de especialistas estrangeiros, e a educao continuou a ser estimulada pelo governo. Tudo o que o Paraguai consome, ele mesmo produz. No entanto, essa autonomia era precria. Apesar do desenvolvimento interno do pas, a pobreza ainda era muito grande. Porm, todos tinham trabalho e a alimentao bsica.

    Fonte: A Guerra do Paraguai Os Protagonistas. Disponvel em: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=12.

    Acesso em 14 de maro de 2010 (adaptado)

    Aps a anlise dos excertos acima, que tratam da Guerra do Paraguai, assinale a alternativa que mais bem expressa a relao entre eles.

    a) Os dois textos defendem a teoria, expressa pela historiografia tradicional, de que a Guerra do Paraguai aconteceu devido ao crescimento econmico e social do Paraguai, o que ameaava os interesses ingleses e brasileiros na regio sul da Amrica do Sul.b) O segundo texto defende uma nova viso sobre a Guerra do Paraguai, na qual o pas no era uma potncia econmica isolada do resto mundo e no apresentava desenvolvimento social significativo, enquanto o primeiro defende essa antiga viso sobre a guerra.c) Os textos defendem uma nova explicao sobre a Guerra do Paraguai, que tenta mostrar que a nao paraguaia no se desenvolveu de forma isolada e nem apresentava grande crescimento econmico, a ponto de ameaar os interesses ingleses na regio.d) O primeiro fragmento demonstra que as causas que levaram Guerra do Paraguai tinham motivaes exclusivamente econmicas, enquanto o segundo defende a concepo de que o expansionismo paraguaio teria sido a nica causa para o conflito.e) O primeiro texto expressa uma nova concepo sobre a Guerra do Paraguai, na qual o pas no era uma potncia econmica e social isolada do resto do mundo, enquanto o segundo defende essa viso tradicional da histria do conflito.

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    A seguir est reproduzido um texto que retrata o processo de urbanizao da cidade de So Paulo no comeo do sculo XX:

    A cidade passa por um amplo processo de urbanizao no decorrer do primeiro decnio do sculo XX, sob a administrao do conselheiro Antnio Prado. Inspirado no modelo europeu, consolidou as ideias de civilidade e urbanidade em amplos setores da sociedade: servios sanitrios, alargamento de ruas, reformas das praas e dos servios de segurana, construo de pontes, reas pblicas de lazer, arborizao etc. Antes das reformas, a rua de So Joo foi conhecida por muito tempo como Ladeira do Au, que em tupi-guarani febre ou gua que produz febre, devido a uma bica insalubre que ali existia, aterrada em 1898. Lugar em que fiis banhavam a esttua de So Joo, rendendo-lhe homenagem, acabou ganhando o nome do santo. Com o aterro, foram igualmente higienizadas as prticas populares, mcula para a civilizao.

    Fonte: Guimares, Valria. Paixo que mata leitura popular no incio do sculo XX em So Paulo, comunicao publicada nos anais do I Simpsio

    Nacional de Histria Cultural, RS, 2002, GT- Histria Cultural ANPUH-RS, CD-ROM, Ventura Livros/Livraria Terceiro Mundo

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    Leia a seguir o depoimento de um operrio que viveu a primeira greve geral em 1917:

    So Paulo uma cidade morta: sua populao est alarmada, os rostos denotam apreenso e pnico, porque tudo est fechado, sem o menor movimento. Pelas ruas, afora alguns transeuntes apressados, s circulavam veculos militares, requisitados pela Cia. Antrtica e demais indstrias, com tropas armadas de fuzis e metralhadoras. H ordem de atirar para quem fique parado na rua. Nos bairros fabris do Brs, Mooca, Barra Funda, Lapa, sucederam-se tiroteios com grupos de populares; em certas ruas j comearam a fazer barricadas com pedras, madeiras velhas, carroas viradas e a polcia no se atreve a passar por l, porque dos telhados e cantos partem tiros certeiros. Os jornais saem cheios de notcias sem comentrios quase, mas o que se sabe sumamente grave, prenunciando dramticos acontecimentos.

    Fonte: Dias, Everardo. Histria das Lutas Sociais no Brasil. Apud Bandeira, M. et alia, op. cit., pp. 56-57

    Sobre a greve geral de 1917, podemos considerar que

    a) foi um marco histrico na luta dos trabalhadores por melhores condies de vida e trabalho.b) o Estado oligrquico interagiu tranquilamente com os grevistas, considerando suas reivindicaes.c) no houve luta, e sim uma mesa de negociaes envolvendo sindicato patronal e de trabalhadores.d) o resultado do movimento foi a pronta elaborao de legislao que regulamentava o trabalho.e) a populao, acostumada com movimentos reivindicatrios, no temeu a situao de greve.

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    Esta, a terrvel realidade do serto: Tendo como pano de fundo o problema da terra. Consubstanciado no absoluto domnio do latifundirio sobre a grande massa camponesa. Secundava esta sua desgraa a seca inclemente e devastadora do Nordeste. Seus dois maiores inimigos. Com a diferena: a seca peridica, passa; a ao dos proprietrios permanente, eterna, no acaba nunca... Por isso famlias inteiras de retirantes, nufragos da penria e da seca, ganhavam as veredas e seguiam para Canudos, na busca da terra da liberdade. Libertao, a Cana de Moiss, a cidade Utopia de Thomas Morus igualitria, justa, farta, pacfica. E feliz... Vinham. Alegres de tudo. Canudos um nome mgico. O paraso de que nos narrava a Bblia, descido agora do cu, plantado aqui na terra, nossa disposio... Dos sertanejos.

    Fonte: Loures, Guilhon. Antonio Conselheiro. Braslia: LGE Editora, 2004, pp. 113-123 (adaptado)

    Com base na anlise do texto acima, identifique seu tema central.

    a) O processo de migrao em direo ao arraial de Canudos teve como causa exclusiva a falta de alimentos no Nordeste devido s fortes secas.b) A seca e os grandes proprietrios rurais, os dois maiores inimigos do sertanejo, responsveis diretos pela formao do arraial de Canudos.c) A explorao da mo de obra sertaneja no nordeste do Brasil pode ser apontada como a nica causa para a formao do arraial de Canudos.d) Os sertanejos que se dirigiram a Canudos o faziam com a nica inteno de salvar suas almas, j que acreditavam que o arraial era sua terra prometida.e) A aura divina que envolvia Canudos pode ser explicada pelo fato de seu lder, Antonio Conselheiro, ter sido padre antes de organizar o arraial.

    Considerando o histrico contido no texto e a realidade da cidade de So Paulo hoje, podemos concluir que a urbanizao teve o seguinte efeito sobre sua dinmica social:

    a) Consolidou um projeto urbano que privilegia as festas populares.b) Ampliou os espaos de manifestao de carter popular na cidade.c) Desenvolveu um plano urbanstico que atende s demandas populares.d) Disciplinou e restringiu as manifestaes de carter popular.e) Preservou as formas de ocupao do espao do incio da urbanizao.

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    A justia revolucionria toma um novo ritmo. o incio dos grandes processos diante do Tribunal Revolucionrio de Paris. Maria Antonieta guilhotinada, seguida dos girondinos. O Terror tambm aplicado na provncia pelos representantes em misso, que endossam, na mesma ocasio, as vinganas locais de indivduos ou grupos at pouco tempo marginais. Os afogamentos ordenados por Carrier em Nantes, as fuzilarias por ordem de Fouch e Collot dHerbois em Lyon fazem milhares de vtimas. Lebon em Arras, Tallien em Bordeaux, Frron e Barras na Provena, para s citar os mais clebres, destacam-se tambm por sua crueldade.

    Fonte: Bluche, Frdrric, Rials, Stphane e Tulard, Jean. A Revoluo Francesa. RJ: Zahar, 1989, p. 119 (com cortes)

    Durante a fase popular da Revoluo Francesa, dominada pelos jacobinos, foram criados os tribunais revolucionrios. Sua ao foi marcada pela arbitrariedade nos julgamentos e pela extrema violncia nas execues. Sobre sua atuao na revoluo, podemos dizer que

    a) o descontentamento das camadas populares com a ao dos tribunais levou radicalizao da Revoluo e derrubada do governo jacobino, criando as condies para a ascenso dos girondinos.b) o governo jacobino buscava garantir aos marginalizados da sociedade francesa uma efetiva participao nas decises polticas, por isso os tribunais eram comandados por elementos das camadas populares.c) apenas os girondinos, os grandes inimigos da Revoluo Francesa, sofreram perseguies e foram executados pelos tribunais, o que garantiu a pacificao da Frana revolucionria. d) as execues de pessoas e grupos considerados inimigos da revoluo buscavam eliminar os opositores ao regime jacobino e dar a impresso ao povo francs de que as aes eram feitas em seu nome.e) os mtodos utilizados pelos representantes dos tribunais nas provncias francesas, apesar de violentos, eram justos, uma vez que a justia revolucionria garantia, a todos os acusados, defensores pblicos.

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    Z da Luz, poeta das terras nordestinas, nasceu em 29 de maro de 1904, em Itabaiana, regio agreste da Paraba, e faleceu no Rio de Janeiro, em 12 de fevereiro de 1965. Veio ao mundo como Severino de Andrade Silva e recebeu a alcunha de Z da Luz, nome de guerra e poesia. A seguir, versos de sua autoria, por meio dos quais o poeta define, dentro da cultura popular do serto brasileiro, suas especificidades lingusticas:

    O qui Brasi caboco? um Brasi diferente do Bras das capit. um Brasi brasilro, sem mistura de instrangero,um Brasi nacion! o Brasi qui no vesteliforme de gazimira,camisa de peito durocom butuadura de ouro...Brasi caboco s veste, camisa grossa de lista, (...)gibo e chapu de coro! (...)Brasi caboco num sabefal ingrs nem francs,munto meno o portugusqui os outros fala imprestado...Brasi caboco num inscreve;munto m assina o nomepra votar pru mode os homeS gunverno e diputado.Mas porm Brasi caboco, um Brasi brasileiro,sem mistura de instrangero. Um Brasi nacion! (...) o Brasi dos cantad,desses caboco afamadoqui nos verso improvisado,sirrindo, cantro o am;cantando choraro as mgua.

    Fonte: Disponvel em A Unio, Governo da Paraba: http://www.auniao.pb.gov.br/v2/index.php?option=com_content&task=view&id=33277&Itemid=55. Acesso

    em 12 de maro de 2010

    A seguir, leia tambm o que pensa sobre linguagem um estudioso desse assunto:

    Tambm conhecida como lngua padro e norma culta, essa variedade utilizada na maior parte dos livros, jornais e revistas, em alguns programas de televiso, nos livros cientficos e didticos, e ensinada na escola. (...) a variedade lingustica de maior prestgio social.

    Fonte: Cereja, William Roberto; Magalhes, Thereza Cochar. Gramtica Reflexiva Texto, Semntica e Interao. 2 edio, Atual Editora, 2005, p. 22

    Considerando os diferentes pontos de vista a respeito da linguagem, fundamental para a cultura brasileira, assinale a alternativa correta.

    a) Existe uma nica forma de expresso lingustica, considerada correta e adequada na cultura brasileira.b) As diferenas de linguagem esto relacionadas principalmente s influncias exercidas pelo tipo de profisso escolhida pelos indivduos.c) A compreenso de um tipo de linguagem deve estar relacionada ao seu contexto scio-histrico.

    d) As lnguas estrangeiras no chegam ao interior do Brasil, pois regies mais distantes so impermeveis aos estrangeirismos.e) A forma de portugus genuno e verdadeiramente nacional encontra-se no serto do pas.

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    A especializao flexvel a anttese do sistema de produo incorporado no fordismo. E de uma forma muito especfica; na fabricao de carros e caminhes hoje, a velha linha de montagem quilomtrica foi substituda por ilhas de produo especializada. A especializao flexvel serve alta tecnologia; graas ao computador, fcil reprogramar e configurar as mquinas industriais. A rapidez das modernas comunicaes tambm favoreceu a especializao flexvel, pondo dados do mercado global ao alcance imediato da empresa. Alm disso, essa forma de produo exige rpidas tomadas de decises, e assim serve ao grupo de trabalho pequeno; numa grande pirmide burocrtica, em contraste, a tomada de decises perde rapidez medida que os documentos sobem ao topo para obter aprovao da sede.

    Fonte: Sennet, R. A Corroso do Carter. Rio de Janeiro: Record, 2009, pp. 59-60 (com cortes)

    Uma das mudanas relevantes que as novas tecnologias de produo criaram no mundo do trabalho, de acordo com o texto, a

    a) centralizao dos sistemas fabris em poucos pases. b) reorganizao dos sistemas de gesto e tomada de decises.c) burocratizao dos mecanismos gerenciais das grandes corporaes.d) substituio do fordismo pelo taylorismo na organizao produtiva fabril.e) melhoria da remunerao do trabalho nos pases que recebem investimentos produtivos.

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    O cenrio produtivo com o qual nos defrontamos hoje revela fortes sinais de que a produo em massa de produtos industriais padronizados, empregando milhares de trabalhadores, pode ser considerada coisa do passado. Os empregados das indstrias esto, cada vez mais, produzindo bens especializados em fbricas que empregam consideravelmente menos funcionrios e utilizam de forma crescente tecnologias altamente informatizadas. H tambm grande alterao na organizao espacial da produo. As empresas so hoje capazes de operar em escala mundial, movimentando-se por distintos pases e/ou regies, beneficiando-se de ____________________, da baixa incidncia de _________________ e das vantagens propiciadas por __________________. Outras mudanas relacionadas a estas tambm so evidentes: a forte tendncia ao desmembramento de grandes empresas em pequenas unidades produtivas descentralizadas; o crescimento de novas formas de propriedade, como o franchising, ou de novos arranjos produtivos como a subcontratao.

    Fonte: Sorj, B. Sociologia e trabalho: mutaes, encontros e desencontros. Rev. Bras. Ci. Soc. [on-line]. 2000, vol. 15, n. 43, pp. 25-34 (com cortes)

    As novas tecnologias permitiram novos arranjos produtivos, abordados pelo texto. Assinale a alternativa cujas expresses preencheriam corretamente, na ordem em que se apresentam, as lacunas do texto acima, considerando as novas formas de territorializao da produo no espao global.

    a) Escassez de recursos naturais; mo de obra especializada; sistemas educacionais ineficientes.b) Mo de obra barata; recursos naturais; sindicatos fortes.c) Baixos salrios; conflitos trabalhistas; isenes fiscais.d) Mo de obra abundante; qualificao profissional; Estados reguladores.e) Forte atuao sindical; benefcios fiscais; regulamentaes rgidas.

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    Tempestades de inverno so temidas em Tijuana, porque a maioria da populao de 1,5 milho de habitantes vive em colnias erguidas por eles e que se sustentam precariamente nas encostas dos morros erodidos ou ocupam pequenos plats. A verdadeira cidade tira seu sustento como plataforma manufatureira das gigantes coreanas e japonesas. As maquiladoras esto localizadas em parques industriais modernos e bem planejados, indistinguveis de seus equivalentes ao norte da fronteira, com amplas ruas pavimentadas e um bom sistema de drenagem pluvial. As colnias, por outro lado, tero de esperar dcadas por gua encanada e saneamento bsico.

    Fonte: Davis, M. Apologia dos Brbaros. So Paulo: Boitempo, 2008, pp. 209-210 (com cortes)

    O texto faz referncia s maquiladoras, que se caracterizam por ser

    a) empresas de tecnologia de ponta, localizadas ao sul da Califrnia e no norte do Mxico.b) companhias de telecomunicaes e informtica utilizadoras da tecnologia do Vale do Silcio.c) indstrias mexicanas voltadas para o mercado interno em crescimento, a partir da urbanizao de regies como Tijuana.d) parques industriais voltados para a produo de cosmticos, tendo como mercado a Coreia e o Japo.e) fbricas exportadoras de bens de consumo, beneficiadas pelo Nafta e voltadas para o mercado norte-americano.

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    Conhea Arthur Bispo e a importncia artstica da sua obra:

    Bispo passou anos em um quarto, espcie de cela de 3 m por 3 m. L construa suas peas. Acreditava ser Jesus Cristo, que veio reconstruir o mundo para depois entreg-lo a Deus. Por isso ficou 30 anos confeccionando seu Manto da Apresentao, que deveria vestir no dia do Juzo Final. Ao todo foram criadas 902 peas com o intuito de marcar a passagem de Deus na Terra. Arthur Bispo no tinha inteno de criar obras de arte. Tudo o que fazia era para Deus. Porm, sem o saber, acabou dialogando com o movimento artstico que estava acontecendo na poca, apesar de no possuir nenhum embasamento histrico. Suas peas foram classificadas como arte vanguardista e comparadas s de Marcel Duchamp e Ren Magritte. Fez bandeiras, estandartes e mantos, alm de criar objetos, modificando e transformando seu significado inicial, a exemplo das produes elaboradas na dcada de 1960. [...]. O Manto da Apresentao, sua pea mais famosa ,[...] nem sempre viaja para as exposies mundo afora devido sua fragilidade e importncia, pois feito de cobertor.

    Fonte: Disponvel em Proa Fundacion: http://www.proa.org/exhibiciones/pasadas/inconsciente/salas/id_bispo1.html. Acesso em 12 de maro de 2010

    Considerando as informaes contidas no texto, assinale a alternativa correta:

    a) A produo de Arthur Bispo, em razo de sua situao pessoal, no pode ser considerada arte.b) A inteno religiosa contida na produo de Arthur Bispo no a qualifica como obra de arte.c) A obra de Arthur Bispo foi classificada como de vanguarda e comparada produo de outros artistas.d) Uma das caractersticas da produo de Arthur Bispo foi inspirar-se nas obras de Duchamp e Magritte.e) Os objetos produzidos por Arthur Bispo tinham por objetivo atender s funcionalidades do cotidiano.

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    A tica do trabalho, como a entendemos comumente, afirma o uso autodisciplinado de nosso tempo e o valor da satisfao adiada. Essa disciplina de tempo moldou a vida dos trabalhadores na indstria automobilstica de Willow Run e dos padeiros gregos de Boston. Eles deram duro e esperaram. Essa tica do trabalho depende de instituies suficientemente estveis para a pessoa praticar o adiamento. A satisfao adiada perde seu valor, porm, num regime cujas instituies mudam rapidamente; torna-se absurdo trabalhar arduamente por muito tempo e para um patro que s pensa em vender o negcio e subir.

    Fonte: Sennet, R. A Corroso do Carter. Rio de Janeiro: Record, 2009, pp. 117-118 (com cortes)

    O texto critica as mudanas produzidas no mundo do trabalho pelos novos padres de organizao da economia. Assinale a alternativa que apresenta o argumento utilizado pelo autor nesse trecho.

    a) O desemprego estrutural destri a tica do trabalho e adia a satisfao do trabalhador.b) As constantes mudanas polticas fazem com que as satisfaes do trabalhador sejam permanentemente adiadas.c) A disciplina prpria do trabalho industrial foi corrompida pela introduo de novas mquinas e equipamentos nas linhas de produo.d) A tica do trabalho comprometida pelas contnuas mudanas na estrutura societria das empresas, como aquisies e fuses.e) A satisfao dos trabalhadores s possvel se no houver modificao na gerncia das empresas onde trabalham.

  • CinCiaS HUManaS e SUaS TeCnoLogiaS

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    George Hazeldon, arquiteto ingls estabelecido na frica do Sul, tem um sonho: uma cidade diferente das cidades comuns, cheia de estrangeiros sinistros que se esgueiram de esquinas escuras, surgem de ruas esqulidas e brotam de distritos notoriamente perigosos.

    Heritage Park, a cidade que Hazeldon est para construir em 500 acres de terra no muito longe da Cidade do Cabo, deve diferenciar-se das outras cidades por seu autocercamento: cercas eltricas de alta voltagem, vigilncia eletrnica das vias de acesso, barreiras por todo o caminho e guardas fortemente armados.

    Se voc puder se dar ao luxo de comprar uma casa em Heritage Park, pode passar boa parte de sua vida afastado dos riscos e perigos da turbulenta, hostil e assustadora selva que comea logo que terminam os portes da cidade. Tudo o que uma vida agradvel requer est l: Heritage Park ter suas prprias lojas, igrejas, restaurantes, teatros, reas de lazer, florestas, um parque central, lagos com salmes, playgrounds, pistas de corrida, campos de esportes e quadras de tnis.

    Fonte: Bauman, Z. Modernidade Lquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001, pp. 107-108 (com cortes)

    Assinale a alternativa que contm dois fenmenos representados pelo relato envolvendo a concepo do Heritage Park.

    a) Segregao espacial e desigualdade social.b) Insegurana urbana e valorizao da ecologia.c) Crescimento urbano e valorizao das diferenas. d) Valorizao da natureza e desconcentrao urbana.e) xodo rural e melhoria do planejamento urbano.

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    Leia as afirmativas:

    1. A organizao do espao resultado da ao humana ao longo do tempo, envolvendo vrias dimenses: econmica, cultural, poltica etc.

    2. A ao popular pode ser proposta pelos indivduos e visa a anular atos lesivos ao patrimnio pblico ou de entidade de que o Estado participe, moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimnio histrico e cultural.

    Observe a charge:

    Fonte: Novaes, C. E. & Lobo, Cesar. Cidadania para Principiantes. So Paulo: tica, 2006, p. 187

    A melhor associao entre as afirmativas e a charge remete ao reconhecimento da importncia de

    a) ao de grupos sociais a favor da moralidade poltica em todas as instncias da esfera pblica.b) movimento social contra a destruio das florestas tropicais e reas de preservao ambiental.c) atos isolados de indivduos preocupados com justa distribuio de renda pela administrao pblica. d) iseno de custas judiciais para o Estado nas aes contra o patrimnio histrico-cultural.e) participao de indivduos ou coletividades na transformao da realidade histrico-geogrfica.

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    Leia a notcia abaixo:

    JOVENS DEPOSITAM ESPERANA NO SISTEMA DE COTAS

    STF se prepara para analisar reserva de vagas em universidades para negros

    Anderson da Silva trabalha como ajudante de pedreiro e estuda para entrar numa universidade pblica. A esperana para ele, que ganha R$ 400 por ms, est no sistema de cotas.

    Se voc no tem renda familiar para te estruturar, para te bancar, no tem como voc passar numa faculdade. (...)

    Para o socilogo Demtrio Magnoli, a poltica de cotas funciona apenas como uma barreira entre os mais pobres:

    como uma fronteira que passa no meio dos nibus, no meio das favelas, no meio das periferias, entre pessoas de pele mais clara e os de pele mais escura.

    Este um preo que o pas precisa pagar, segundo o movimento negro:

    Voc tem que tratar desigualmente os desiguais para torn-los iguais l na frente.

    Fonte: Disponvel em R7 Notcias: http://www.r7.com/. Acesso em 10 de maro de 2010

    Assinale a alternativa que retrata o contedo da notcia:

    a) Na sociedade brasileira existe unanimidade de opinies a respeito do sistema de cotas.b) O sistema de cotas garante a reparao histrica em relao desigualdade social.c) O sistema de cotas privilegia pessoas pobres que no podem pagar uma universidade.d) O critrio da origem tnica negra define o acesso dos jovens s vagas nas universidades pelo sistema de cotas.e) O sistema de cotas garante o fim dos conflitos raciais que existem na sociedade brasileira.

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    A segurana interna, as crescentes dificuldades de recrutamento e as pssimas condies de vida do proletariado rural foram os problemas que Tibrio Graco se disps a resolver durante o seu mandato de tribuno, em 133 a.C. A soluo por ele cuidadosamente planejada, uma nica lei agrria, era de concepo simples e de efeito potencialmente revolucionrio. Graco props restabelecer os camponeses despojados em parcelas de terrenos pblicos. Tibrio Graco e 300 de seus apoiantes foram mortos.

    Fonte: Cornell, Tim e Matthews, John. Roma Legado de um Imprio. Madri: Edies Del Prado, 1996, p. 56-58 (adaptado)

    A histria da Repblica Romana foi marcada por uma srie de crises e por tentativas de solucion-las, como pode ser identificado no texto acima. Aps analis-lo, assinale a alternativa na qual aparece a melhor explicao para seu contedo.

    a) O tribuno Tibrio Graco e seus seguidores defendiam a manuteno do controle estatal sobre todas as terras frteis pertencentes a Roma.b) A proposta de Tibrio Graco visava a beneficiar tanto a elite agrria quanto os camponeses, dividindo igualitariamente as terras entre os dois grupos.c) Tibrio Graco pretendia promover uma reforma agrria por meio da entrega de terras pblicas a camponeses que perderam suas propriedades.d) A morte de Tibrio Graco provocou um aumento nas revoltas populares, forando o governo romano a distribuir terras aos camponeses.e) As revoltas camponesas e a perda das terras por parte dos soldados levaram o imperador Tibrio Graco a promover uma reforma agrria.

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    Diretas J foi um movimento poltico democrtico com grande participao popular que ocorreu no ano de 1984. Este movimento era favorvel e apoiava a emenda do deputado Dante de Oliveira que restabeleceria as eleies diretas para presidente da Repblica no Brasil. Estes eventos populares contaram com a participao de milhares de brasileiros. Em 25 de abril de 1984, a emenda constitucional das eleies diretas foi colocada em votao. Porm, para a desiluso do povo brasileiro, ela no foi aprovada. As eleies diretas para presidente do Brasil s ocorreriam em 1989, conforme estabelecido pela Constituio de 1988.

    Fonte: Diretas J. Disponvel em: http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/diretas_ja.htm. Acesso em 8 de maro de 2010 (adaptado)

    O texto acima versa sobre um dos maiores movimentos populares da histria do Brasil: as Diretas J!. De acordo com o fragmento:

    a) apesar das manifestaes populares, a Emenda Dante de Oliveira foi derrotada, demonstrando que os interesses das classes dominantes se sobrepem aos das demais classes.b) as presses populares foram responsveis pela aprovao da Emenda Dante de Oliveira, que previa eleies diretas para a Presidncia da Repblica para o ano de 1989.c) a no aprovao da Emenda Dante de Oliveira est relacionada s manifestaes populares a ela contrrias, uma vez que a maioria dos brasileiros apoiava o governo em vigor.d) a Constituio de 1988, ao determinar a volta das eleies diretas para Presidncia da Repblica, incorporou a Emenda Dante de Oliveira ao seu texto, realizando o sonho dos brasileiros, frustrado em 1984.e) a eleio de Dante de Oliveira para a Presidncia da Repblica, em 1989, marcou o fim dos governos militares e das eleies indiretas para o cargo, consolidando o regime democrtico brasileiro.

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    Leia as informaes sobre instituies e organizaes internacionais nos quadros a seguir:

    QUADRO I QUADRO II

    Durante muitos anos, o Brasil firmou acordos com o Fundo Monetrio Internacional (FMI), instituio financeira ligada ONU, com sede em Washington. Muitos novos emprstimos eram feitos para pagar parcelas da dvida externa. Hoje, a situao mudou, e o pas perdeu o estigma de refm do FMI.

    Considerando a situao de alguns pases europeus nos dias atuais, como no exemplo da Grcia, as instituies monetrias e financeiras da Unio Europeia em que o Banco Central Europeu (BCE) um exemplo j detm 1 trilho de euros de emprstimos na forma de crditos s coletividades pblicas.

    A comparao das informaes expostas nos quadros I e II revela a seguinte situao como correta:

    a) O Banco Mundial (Bird) se limita a emprestar dinheiro aos pases do Terceiro Mundo para obras de infraestrutura ou a financi-las.b) O BCE atua na direo de rejeitar a cooperao para a estabilidade econmica de pases com dificuldade no continente.c) As instituies econmicas e as organizaes polticas atuam no sentido de promover principalmente a cooperao entre os pases de sua rbita de ao.d) Tanto os planos de recuperao econmica do FMI quanto os das instituies monetrias da Unio Europeia priorizam o estmulo aos gastos militares.e) A ajuda emergencial do FMI e do BCE est condicionada exigncia de polticas igualitrias de pagamento sem respeito s diferenas conjunturais de cada Estado europeu.

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