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PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS PROVA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS SIMULADO ENEM Instituição de ensino: Aluno: A COR DA CAPA DO SEU CADERNO DE QUESTÕES É ROSA. MARQUE-A EM SEU CARTÃO-RESPOSTA. Selo FSC aqui 2016 19995760 PROVA 1 LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES: 1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém questões numeradas de 1 a 46, dispostas da seguinte maneira: a. as questões de número 1 a 22 são relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias; b. as questões de número 23 a 46 são relativas à área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias. 2. Verifique, no CARTÃO-RESPOSTA, se os dados estão registrados corretamente. Caso haja alguma divergência, comunique-a imediatamente ao aplicador da sala. 3. Após a conferência, escreva e assine seu nome nos espaços próprios do CARTÃO-RESPOSTA com caneta esferográfica de tinta preta. 4. Não dobre, não amasse nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA. Ele não poderá ser substituído. 5. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções identificadas com as letras A , B , C , D e E . Apenas uma responde corretamente à questão. 6. No CARTÃO-RESPOSTA, marque, para cada questão, a letra correspondente à opção escolhida para a resposta, preenchendo todo o espaço compreendido no círculo com caneta esferográfica de tinta preta. Você deve, portanto, assinalar apenas uma opção em cada questão. A marcação em mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta. 7. O tempo disponível para estas provas é de duas horas e trinta minutos. 8. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO- -RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação. 9. Quando terminar as provas, entregue ao aplicador o CARTÃO- -RESPOSTA. 10. Você somente poderá deixar o local de prova após decorrida uma hora e quarenta minutos do início da sua aplicação. 11. Você será excluído do exame caso: a. utilize, durante a realização da prova, máquinas e/ou relógios de calcular, bem como rádios, gravadores, fones de ouvido, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer espécie; b. se ausente da sala de provas levando consigo o CADERNO DE QUESTÕES, antes do prazo estabelecido, e/ou o CARTÃO-RESPOSTA; c. aja com incorreção ou descortesia para com qualquer participante do processo de aplicação das provas; d. se comunique com outro participante, verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma; e. apresente dado(s) falso(s) na sua identificação pessoal. 1 a Série CADERNO 1

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PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIASPROVA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

SIMULADO ENEM

Instituição de ensino:

Aluno:

A COR DA CAPA DO SEU CADERNO DE QUESTÕES É ROSA. MARQUE -A EM SEU CARTÃO-RESPOSTA.

Selo FSC aqui

2016

1999

5760

PROVA 1

LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:

1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém questões numeradas de 1 a 46, dispostas da seguinte maneira:

a. as questões de número 1 a 22 são relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias;

b. as questões de número 23 a 46 são relativas à área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias.

2. Verifi que, no CARTÃO-RESPOSTA, se os dados estão registrados corretamente. Caso haja alguma divergência, comunique-a imediatamente ao aplicador da sala.

3. Após a conferência, escreva e assine seu nome nos espaços próprios do CARTÃO-RESPOSTA com caneta esferográfi ca de tinta preta.

4. Não dobre, não amasse nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA. Ele não poderá ser substituído.

5. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções identifi cadas com as letras A , B , C , D e E . Apenas uma responde corretamente à questão.

6. No CARTÃO-RESPOSTA, marque, para cada questão, a letra correspondente à opção escolhida para a resposta, preenchendo todo o espaço compreendido no círculo com caneta esferográfi ca de tinta preta. Você deve, portanto, assinalar apenas uma opção em cada questão. A marcação em mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta.

7. O tempo disponível para estas provas é de duas horas e trinta

minutos.

8. Reserve os 30 minutos fi nais para marcar seu CARTÃO-

-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas

no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na

avaliação.

9. Quando terminar as provas, entregue ao aplicador o CARTÃO-

-RESPOSTA.

10. Você somente poderá deixar o local de prova após decorrida

uma hora e quarenta minutos do início da sua aplicação.

11. Você será excluído do exame caso:

a. utilize, durante a realização da prova, máquinas e/ou

relógios de calcular, bem como rádios, gravadores, fones

de ouvido, telefones celulares ou fontes de consulta de

qualquer espécie;

b. se ausente da sala de provas levando consigo o

CADERNO DE QUESTÕES, antes do prazo estabelecido,

e/ou o CARTÃO-RESPOSTA;

c. aja com incorreção ou descortesia para com qualquer

participante do processo de aplicação das provas;

d. se comunique com outro participante, verbalmente, por

escrito ou por qualquer outra forma;

e. apresente dado(s) falso(s) na sua identifi cação pessoal.

1a Série

CADERNO 1

Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens presentes nesta obra didática. No entanto, colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais irregularidades ou omissões de crédito e consequente correção nas próximas edições.

As imagens e os textos constantes nesta obra que, eventualmente, reproduzam algum tipo de ma-terial de publicidade ou propaganda, ou a ele façam alusão, são aplicados para fins didáticos e não representam recomendação ou incentivo ao consumo.

CH - 1a Série | Caderno 1 - Rosa - Página 3

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS

Questões de 1 a 22

Questão 1

Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens

de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou

em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação,

à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade

brasileira, nos quais se incluem:

I - as formas de expressão;

II - os modos de criar, fazer e viver;

III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;

IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais

espaços destinados às manifestações artístico-culturais;

V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, pai-

sagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e

científico.

[…]

BRASIL. Presidência da República. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988. Disponível em: <www.senado.gov.br/

atividade/const/con1988/CON1988_05.10.1988/art_216_.asp>. Acesso em: 11 dez. 2015.

Os bens que compõem o patrimônio cultural brasileiro estão no artigo 216 da Constituição de 1988. Esse artigo revela a

A legitimação dos bens de cultura material e imaterial perten-centes aos grupos formadores da cultura brasileira como ele-mentos de entendimento da história do Brasil.

B inexpressividade da cultura material para compreender a for-mação da história da população brasileira.

C difi culdade de o governo brasileiro excluir da cultura brasileira os bens de ordem material e imaterial da Constituição de 1988.

D tentativa do governo brasileiro de homogeneizar a cultura ma-terial e imaterial.

E tentativa da Constituição de 1988 de uniformizar a cultura ma-terial e imaterial da história do Brasil.

Questão 2

[…] Mas parece-me que fiz como os glutões, que agarram

numa prova de cada um dos pratos, à medida que os servem,

antes de terem gozado suficientemente o primeiro; também eu,

antes de descobrir o que procurávamos primeiro – o que é a

justiça – largando esse assunto, precipitei-me para examinar,

a esse propósito, se ela era um vício e ignorância, ou sabe-

doria e virtude; depois, como surgisse novo argumento – que

é mais vantajosa a injustiça do que a justiça – não me abstive

de passar daquele assunto para este; de tal maneira que daí

resultou agora para mim que nada fiquei a saber com esta

discussão. Desde que não sei o que é a justiça, menos ainda

saberei se se dá o caso de ela ser uma virtude ou não, e se

quem a possui é ou não feliz.

PLATÃO. A República. 10. ed. Trad. Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2007. p. 51.

A conclusão a que se chega com base na leitura do texto é a de que, para Platão, a filosofia é uma atividade que busca

A estimular o debate sem-fi m acerca de um tema.

B chegar à essência das coisas mesmas.

C proporcionar diversos conhecimentos sensíveis.

D terminar em discordância e aporia.

E tratar das opiniões sobre um mesmo assunto.

Questão 1Conteúdo: Patrimônio cultural do BrasilC1 | H5Difi culdade: MédiaA Constituição brasileira de 1988 traz defi nições sobre o que se considera patrimônio cultural, levando em conta os vestígios materiais e culturais dos diversos grupos que compõem a cultura brasileira como elementos formadores da identidade nacional num sentido amplo.

Questão 2Conteúdo: Defi nições de Filosofi aC1 | H3Difi culdade: MédiaSe a atividade fi losófi ca estimulasse um debate infi ndável acerca de um tema qual-quer, Sócrates não terminaria o diálogo confessando nada saber. Os debates platô-nicos não buscam o conhecimento sensível proporcionado por meio da crença e da opinião, mas o conhecimento inteligível por meio da intuição intelectual e do raciocí-nio dedutivo. Além disso, não é verdade que a atividade fi losófi ca termine sempre em discordância e aporia, pois muitos diálogos platônicos chegam a conclusões e não são aporéticos. Por fi m, é equivocado supor que a fi losofi a platônica trate apenas das opiniões sobre um mesmo assunto, pois seu objetivo é chegar ao mundo das ideias, ou seja, à essência das coisas mesmas sobre as quais se debruça, quer seja a justiça, a beleza ou o amor.

CH - 1a Série | Caderno 1 - Rosa - Página 4

Questão 3

O amor vem por princípio, a ordem por base / O progresso é

que deve vir por fim / Desprezaste esta lei de Augusto Comte /

E foste ser feliz longe de mim

ROSA, Noel; BARBOSA, Orestes. Positivismo. In: Noel pela primeira vez, v. 4. Velas/Funarte, 2000.

Os versos citam o positivista francês Auguste Comte, autor que cunhou o termo “Sociologia” para uma ciência que pudesse ex-plicar a sociedade. No ano em que o samba foi gravado (1933), a filosofia positivista não era mais uma inspiração determinante para o pensamento sociológico, apesar de integrantes da Igreja Positivista do Brasil (IPB), criada em 1881, terem influenciado a organização política do Brasil republicano. Nesse sentido, a canção demonstra que

A os autores, além de grandes sambistas e compositores do Rio de Janeiro, eram estudiosos da doutrina comtiana e apli-cavam a fi losofi a positiva em seus versos de forma literal e militante, sem uso metafórico delas.

B apesar de ser, naquela época, uma teoria que já perdia espa-ço no campo sociológico, as ideias positivistas ainda tinham presença relativamente marcante nos imaginários cultural, intelectual e artístico brasileiro.

C embora a fi losofi a estivesse completamente desacreditada pelos cientistas, independentemente de sua área de atuação, o princípio de Comte demonstrado na sequência “amor, ordem, progresso e felicidade” comprovou-se tão preciso quanto uma fórmula de Física.

D os músicos, por serem conhecidos frequentadores da Igreja Positivista do Brasil, fundada por Miguel Lemos, fi zeram uma canção de cunho fundamentalmente doutrinário com base na Lei de Augusto Comte.

E a felicidade só é encontrada na compreensão das leis comtianas, sobretudo quando se entende que o amor é o princípio estruturan-te de tudo aquilo que nos cerca, sendo o progresso consequência inevitável desse modo de pensar.

Questão 4

Pintura rupestre na caverna de Lascaux, França.

As pinturas rupestres da caverna de Lascaux são vestígios deixados por povos que habitaram aquela região há cerca de 17 mil anos. Assim como as pinturas rupestres de outras re-giões do globo, elas registram animais e cenas do cotidiano dos grupos que as produziram. Tais vestígios revelam

A a necessidade dos povos do Paleolítico de criar um registro dos animais com os quais conviviam na época.

B que as pinturas rupestres feitas na caverna de Lascaux datam do período conhecido como Paleolítico.

C que o grande número de pinturas rupestres produzidas no período Paleolítico pode estar relacionado à sedentarização dos grupos humanos.

D a passagem do sedentarismo para o nomadismo no período Neolítico.

E que os elementos representados nas pinturas da caverna de Lascaux podem ser considerados uma exceção entre os re-gistros pré-históricos.

Questão 3Conteúdos: História do pensamento sociológico; Fundamentos da SociologiaC1 | H3Difi culdade: MédiaDe acordo com a história das ideias e do pensamento sociológico no Brasil, o Positivismo, enquanto teoria e método, estava em franco declínio nos anos 1930, tanto pela ascensão do trio de intérpretes do Brasil – Gilberto Freyre (culturalismo, história cultural), Sérgio Buarque de Holanda (Psicologia social e Max Weber) e Caio Prado Jr. (marxismo) – quanto pela fundação de instituições de ensino supe-rior voltadas para tradições intelectuais menos tributárias de Comte. Porém, por conta do lema da nossa bandeira, da música popular, da prosa e da poesia, de prá-ticas e leis dos primórdios republicanos (fundadas por discípulos positivistas) e de algumas infl uências residuais, o Positivismo ainda tinha certa expressividade, so-bretudo na linguagem artística e intelectual. Fazia parte, pois, da cultura brasileira.

Questão 4Conteúdo: Processo de sedentarização dos seres humanosC1 | H3Difi culdade: MédiaAs pinturas rupestres dão indícios de como viviam e se organizavam os primeiros grupos humanos. O grande número de pinturas rupestres datadas do período Paleolí-tico e o estudo de suas localizações apontam, segundo estudos históricos e arqueoló-gicos, a transição de uma cultura nômade para outra sedentarizada. A análise dessas pinturas também pode nos dizer muito sobre o cotidiano dos homens pré-históricos.

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CH - 1a Série | Caderno 1 - Rosa - Página 5

Questão 5

[…]

No mercado americano de tecnologia da informação em

que a eNext entrou, as companhias brasileiras competem com

prestadores de serviços terceirizados indianos e de países do

Leste Europeu – além das empresas locais.

Em geral, essas companhias estrangeiras são escolhidas

por oferecerem boa capacidade técnica a preço baixo. Mas o

momento econômico brasileiro muda a situação […].

OLIVEIRA, Filipe. Dólar alto faz prestador de serviço ganhar competitividade internacional. Folha online, São Paulo, 29 nov. 2015. Disponível em: <http://folha.com/no1712517>.

Acesso em: 12 dez. 2015.

O cenário de favorecimento de empresas brasileiras no comér-cio internacional retratado na notícia se deve

A à recente alta do dólar americano no país.

B ao ajuste fi scal promovido pelo Governo Federal.

C aos investimentos em qualifi cação da mão de obra.

D ao grande desenvolvimento tecnológico do país.

E ao aumento de brasileiros estudando no exterior.

Questão 6

[…] “A Argentina se transformou no último vagão do trem

bolivariano. Ao desprender-se da locomotiva, o país encorajará

outros a fazer o mesmo”, diz o advogado Emilio Cárdenas,

que foi embaixador da Argentina na ONU durante o governo

de Carlos Menem.

WATKINS, Nathalia. Mudança leva bons ares à Argentina. Veja. São Paulo, 27 nov. 2015. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/mudanca-leva-

bons-ares-a-argentina>. Acesso em: 12 dez. 2015.

A declaração expressa na notícia sobre a Argentina faz menção

A à atuação do país no Conselho de Segurança da ONU.

B à sua saída de um bloco econômico sul-americano.

C ao resultado da recente eleição presidencial ocorrida no país.

D ao rompimento das relações democráticas com a Bolívia.

E à busca por parceiros econômicos no âmbito regional.

Questão 7

TEXTO I

[…] para a juventude, consumir atua na esfera de seu pró-

prio desejo de parecer mais importante nesse período do que

em ser. Consumir a grife que está na moda, aquela que aparece

nos meios de comunicação, a que a turma valoriza, tem efeitos

diretos na autoestima; por mais que seja sempre a intenção de

ser diferente sendo o mesmo – finalmente, usa-se o que o grupo

usa ou valoriza –, tem-se a impressão de um ato autônomo. […]

LARA, Marcos Rodrigues de. O que sobrou do paraíso? O consumo e o reencantamento do mundo juvenil. São Paulo, 2009. Disponível em:

<http://livros01.livrosgratis.com.br/cp100919.pdf>. Acesso em: 12 dez. 2015.

TEXTO II

[…]

Há vários fatores que podem contribuir para que essa invisibi-

lidade [social] ocorra: sociais, culturais, econômicos e estéticos.

De acordo com o psicólogo Samuel Gachet a invisibilidade

pode levar a processos depressivos, de abandono e de acei-

tação da condição de “ninguém”, mas também pode levar à

mobilização e organização da minoria discriminada.

COSTA, Viviane Fernanda Garcia da; CONSTANTINO, Mateus de Lucca. Invisibilidade social: outra forma de preconceito. Overmundo, 27 jun. 2007. Disponível em: <www.overmundo.

com.br/overblog/invisibilidade-social-outra-forma-de-preconceito>. Acesso em: 12 dez. 2015.

Ao exaltar o consumo baseado no culto às grifes, jovens MC’s despontaram na segunda década do século XXI com seus “funks ostentação”. Eles procuravam demarcar posição com base em um estilo de vida: ter e parecer para ser, de modo a sair de uma suposta invisibilidade social. Dessa forma, o con-sumo transformou-se em um “passaporte” para a cidadania. Com a retração econômica no biênio 2014-15, alguns deles preferiram diminuir o tom exibicionista de suas letras.

Com base na leitura dos textos, compreende-se que esses jovens funkeiros seriam:

A despolitizados, com uma visão equivocada de cidadania, hip-notizados pelo ato do consumo e incapazes de avaliar critica-mente a vida social e seus próprios atos.

B músicos e/ou personagens que consomem avidamente, sem pensar nos impactos sobre os amigos e fãs, mesmo em pe-ríodos de grave crise econômica e desemprego galopante.

C sujeitos com baixa autoestima, frustrados logo após a aquisi-ção de um produto. Afi nal, a uniformidade de gostos, desejos e compras gera uma identidade frouxa.

D consumidores de grifes valorizadas pelos pares. Mesmo que seus atos possuam autonomia relativa, elevam a autoestima e reduzem a sensação de invisibilidade social.

E facilmente manipulados com as promessas midiáticas dos prazeres do consumo de luxo e da ostentação, embora não saibam exatamente o que querem.

Questão 5Conteúdo: Economia atualC3 | H14 Difi culdade: MédiaAtualmente, vários são os fatores que infl uenciam a competitividade de uma empresa perante as demais concorrentes no mercado. A situação de estagnação econômica vi-vida pelo Brasil deixou-o em uma situação desfavorável no cenário macroeconômico internacional, o que provocou uma grande desvalorização do real em relação ao dólar. Como consequência, há um favorecimento das exportações brasileiras, ou a contra-tação de empresas nacionais para a prestação de serviços no exterior, uma vez que a desvalorização da moeda acaba barateando o custo desses produtos e serviços.

Questão 6Conteúdo: Eleições na ArgentinaC3 | H13Difi culdade: MédiaA eleição presidencial argentina, em novembro de 2015, levou ao poder o candidato oposicionista Mauricio Macri, que venceu o candidato governista Daniel Scioli, apoia-do pela então presidente Cristina Kirchner. O governo argentino era bastante ligado ao bolivarianismo, que tem como expoentes o falecido ex-presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e o presidente da Bolívia, Evo Morales, e como um de seus ideais o fortalecimento das alianças políticas regionais em detrimento de alianças com países centrais da economia capitalista, principalmente os Estados Unidos.

Questão 7Conteúdos: Juventude; Identidade; Consumo; CidadaniaC3 | H11Difi culdade: MédiaOs dois textos, de naturezas distintas, convergem no foco da importância da identida-de, do status e do reconhecimento. Os “funkeiros ostentação” demonstram, em suas letras, consumir sobretudo marcas de grife valorizadas pelo grupo ao qual perten-cem, a fi m de aumentar a autoestima e afastar-se da invisibilidade social. A sensação de autonomia é, portanto, aparente, pois constroem os próprios vínculos identitários e acreditam no poder do consumo como fator de integração social e cidadã.

CH - 1a Série | Caderno 1 - Rosa - Página 6

Questão 8

[…]

— Descobrimos portanto, ao que parece, que as múltiplas noções da multidão acerca da beleza e das restantes coisas como

que andam a rolar entre o Não ser e o Ser absoluto.

— Descobrimos.

— Mas assentamos previamente em que, se uma coisa destas nos aparecesse, teríamos de a considerar do domínio da

opinião, e não da ciência, pois, como objeto errante no espaço intermédio, é apreendida pela potência intermediária.

— Assentamos.

— Por conseguinte, dos que contemplam a multiplicidade de coisas belas, sem verem a beleza em si, nem serem capazes

de seguir outra pessoa que os conduza até junto dela, e sem verem a justiça, e tudo da mesma maneira – desses, diremos que

têm opiniões sobre tudo, mas não conhecem nada daquilo sobre que as emitem.

— Forçosamente.

— E agora os que contemplam as coisas em si, as que permanecem sempre idênticas? Porventura não é isso conhecimento,

e não opinião?

— Também isso é forçoso.

— Não diremos também que têm entusiasmo e gosto pelas coisas que são objeto de conhecimento, ao passo que aqueles

só o têm pelas que são do domínio da opinião? Ou não nos lembramos que dissemos que esses apreciam e contemplam vozes

e cores belas e coisas no gênero, mas não admitem que o belo em si seja uma realidade?

— Lembramo-nos.

— Logo, não os ofenderemos de alguma maneira chamando-lhes amigos da opinião em vez de amigos da sabedoria? Acaso

se irritarão fortemente conosco, se dissermos assim?

— Não, se acreditarem no que eu digo, porquanto não é lícito irritar-se contra a verdade.

— Por conseguinte, devemos chamar amigos da sabedoria, e não amigos da opinião, aos que se dedicam ao Ser em si?

— Absolutamente.

PLATÃO. A República. 10. ed. Trad. Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2007. p. 264-5.

Ao diferenciar os amigos da sabedoria dos amigos da opinião, Platão aponta o interesse do filósofo em caminhar em direção

A a resultados científi cos, oriundos da experiência.

B à inimizade coletiva, causada por sua prepotência.

C à revelação divina, originária da crença religiosa.

D ao conhecimento seguro, intermediado pela razão.

E aos saberes cotidianos, transmitidos sem refl exão.

Questão 8Conteúdo: Teoria platônica do conhecimentoC1 | H5Difi culdade: MédiaSe os amigos da sabedoria (em grego, philosophos: philo (amigo) + sophos (saber)) buscam o conhecimento do ser em si, estão interessados em conhecer a forma ou ideia das coisas, ou seja, aquilo que faz as coisas serem aquilo que são. Tal conhecimento difere daquele acerca da aparência das coisas, isto é, dos aspectos acidentais que variam de objeto para objeto, de experiência para experiência, constituindo-se, então, como conhecimento do que é imutável. Para Platão, tal conhecimento pode ser buscado com base no exercício racional, iniciado com a superação das meras impressões sensíveis (experiência) e da superfi cialidade do saber do senso comum, momento em que o fi lósofo se põe em direção à defi nição das coisas. Por fi m, o fi lósofo não pretende se indispor com a coletividade, embora, naturalmente, isso possa ocorrer – não por causa de uma suposta prepotência de sua parte, e sim por querer investigar questões a fundo, não se contentando com a superfi cialidade das opiniões da maioria.

CH - 1a Série | Caderno 1 - Rosa - Página 7

Questão 9

É sabido que, em Geografia, o termo “paisagem” possui sig-nificado próprio, diferente daquele utilizado no senso comum, e auxilia os pesquisadores a analisarem as transformações do espaço geográfico ao longo do tempo. Observe duas imagens da Rua Líbero Badaró, no centro da cidade de São Paulo, em dois períodos distintos: início do século XX e 2015.

Com base na leitura das paisagens representadas nas foto-grafias, na comparação entre elas e em seus conhecimentos históricos e geográficos da cidade de São Paulo, conclui-se que

A a urbanização, no século XX, promoveu a verticalização, prin-cipalmente nas áreas centrais da cidade.

B apesar da fraca urbanização ocorrida no século XX nessa ci-dade, houve um processo notável de verticalização nas áreas centrais.

C as construções antigas foram modernizadas ou substituídas, excluindo marcas antigas da paisagem.

D foram poucas as mudanças signifi cativas em relação aos meios de transporte.

E os elementos naturais, predominantes na primeira imagem, foram substituídos por elementos culturais, predominantes na segunda imagem.

Questão 10

ASSOCIAÇÕES DE BAIRRO PODEM FAZER A DIFERENÇA

Tradicional forma de participação política ainda é o caminho

para benfeitorias nas comunidades. No entanto, falta de

verbas e burocracia ainda são problemas

Área de ocupação próxima ao Rio Iguaçu, no bairro do

Uberaba, em Curitiba, a Vila União faz parte de um conjunto

de nove vilas conhecido como Bolsão Audi/União. Antes uma

favela, a região passa por processo de urbanização e regulação

fundiária. O local possui uma administração virtual liderada pelo

autodenominado fiscal não remunerado Altair Góis, presidente

da associação de moradores local.

Góis usa os conhecimentos de mestre de obras para sugerir

e acompanhar as obras na vila. “A gente ajuda a lotear e vamos

pedindo infraestrutura. É tudo documentado por ofícios, como o

pedido por galerias pluviais. Às vezes, você depende do poder

público, que depende de verbas…”, explica.

É assim, no trabalho “de formiga” focado na sua região, que

algumas das tradicionais associações de bairro continuam fa-

zendo a diferença nas comunidades, levantando demandas e

atuando junto ao poder público por benfeitorias. Hoje são mais de

1,4 mil na capital e Região Metropolitana. Em 1993 eram apenas

30, segundo números da Femoclan (Federação Comunitária das

Associações de Moradores de Curitiba e Região Metropolitana).

[…]

BONASSOLI, Leonardo e outros. Associações de bairro podem fazer a diferença. Gazeta do Povo, Curitiba, 22 jun. 2010. Disponível em: <www.gazetadopovo.com.

br/vida-publica/eleicoes/2010/associacoes-de-bairro-podem-fazer-a-diferenca-1gisy1blrvbkmhsjr1zo72fri>. Acesso em: 14 dez. 2015.

Em uma sociedade, cada indivíduo participa direta ou indireta-mente das transformações no espaço geográfico. Isso acontece porque nossas ações e relações se refletem no lugar onde vivemos. Nesse âmbito, o texto apresenta o contexto de uma comunidade que

A tem se organizado para melhorar o lugar onde vive e tem obtido resultados positivos, apesar dos entraves políticos e burocráticos.

B pouco se organizou para solicitar melhorias ao poder público, abandonado nessa tarefa complexa e de alto custo.

C atua num movimento de retrocesso, realizando parte da tarefa determinada ao poder público, ao invés de apenas cobrá-lo pelas benfeitorias.

D se utiliza de documentos não ofi ciais para solicitar a regulari-zação da área e a implementação de infraestrutura básica.

E possui uma associação que atua em conjunto com milhares de outras em busca de melhorias para a região metropolitana de Curitiba.Questão 9

Conteúdos: Leitura e comparação entre paisagens; UrbanizaçãoC1 | H1Difi culdade: DifícilO século XX, acompanhando as revoluções industriais e tecnológicas mundiais, promoveu intensamente o fenômeno da urbanização em diversas cidades do mun-do e em muitas capitais brasileiras. O rápido crescimento das cidades resultou na verticali zação das áreas centrais em direção às periferias. A paisagem, na Geografi a, é caracterizada pela mistura de diferentes tempos históricos. No caso das fotogra-fi as, com o processo de urbanização observou-se uma política de incentivo ao uso de veículos automotores e à construção de ruas, avenidas e rodovias para atender essa demanda, o que justifi ca o crescimento observado na segunda imagem, além da construção de edifícios comerciais e residenciais mais altos.

Questão 10Conteúdo: Cidadania; Transformação do espaço geográfi coC2 | H10Difi culdade: MédiaA reportagem demonstra como a atuação conjunta dos moradores de um lugar sim-ples e com recursos escassos pode contribuir para uma transformação positiva desse espaço, fenômeno crescente nos últimos anos, relacionado à consciência de atuação cidadã. Além disso, o texto também critica ações burocráticas demais e limitações do poder público que emperram benfeitorias locais.

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CH - 1a Série | Caderno 1 - Rosa - Página 8

Questão 11

Povos indígenas da Amazônia e do cerrado carregam em

seu DNA as marcas de um parentesco insuspeito com aborí-

gines da Austrália e nativos de Papua-Nova Guiné. O resul-

tado, que aparece de forma independente em dois estudos

divulgados […], reforça a ideia de que o povoamento original

do continente americano foi muito mais complexo do que os

arqueólogos costumavam imaginar.

A questão é como explicar exatamente essa complexidade.

Enquanto uma das pesquisas diz que duas populações dife-

rentes se misturaram logo no início da presença humana nas

Américas, outra defende uma única grande onda migratória

no começo, com a vinda posterior de grupos aparentados aos

povos da Oceania.

[…]

LOPES, Reinaldo José. História da ocupação humana das Américas fica cada vez mais confusa. Folha de S.Paulo, 21 jul. 2015. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/

ciencia/2015/07/1658455-historia-da-ocupacao-humana-das-americas-fica-cada-vez-mais-confusa.shtml>. Acesso em: 14 dez. 2015.

Os fósseis humanos mais antigos foram encontrados na África. Esse fato leva grande parte dos especialistas a afirmar que o ser humano teria surgido no continente africano e migrado de lá para outras regiões do planeta. De acordo com o texto acima, especialistas ainda não chegaram a um consenso a respeito da chegada dos seres humanos ao continente americano. Sobre esse assunto, podemos afirmar que

A o povoamento da América ocorreu apenas por meio da migra-ção de grupos humanos oriundos da Ásia, que se deslocaram por terra.

B a chegada de grupos humanos à América se deu somente por meio de viagens marítimas pelo oceano Pacífi co.

C as teorias da comunidade científi ca quanto ao povoamento da América são convergentes e apontam para a vinda do ser humano do continente africano para o americano.

D as teorias da comunidade científi ca quanto ao povoamento da América são confl itantes, faltando consenso sobre a origem e a forma de locomoção dos povos que chegaram à América.

E há consenso na comunidade científi ca quanto ao surgimento dos seres humanos na região da Patagônia.

Questão 12

A parte central da ilha de Marajó é formada por uma zona

sedimentar plana, poucos metros acima do nível do mar. Du-

rante vários meses do ano, a região é coberta por um lençol de

água pouco profunda; no período mais seco, sobram lagoas

e uma densa rede de pequenos rios. No início da Era Cristã,

levantaram-se aterros artificiais nesse ambiente inundável para

permitir a permanência durante a época das cheias. No sécu-

lo V multiplicam-se esses montículos, nos quais aparece uma

cerâmica de excepcional qualidade, denominada “marajoara”,

que perdura pelo menos até meados do século XIV. […]

PROUS, André. O Brasil antes dos brasileiros: a pré-história do nosso país. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2007. E-book. Disponível em: <https://leaarqueologia.files.wordpress.com/2013/11/o-brasil-antes-dos-brasileiros-andre-prous.pdf>. Acesso em: 14 dez. 2015.

Urna funerária da cultura Marajoara de cerca de 3500 anos.

Os povos Marajoara produziam objetos de cerâmica com fun-ção utilitária ou decorativa. Os vestígios deixados na região, conhecida atualmente como Ilha de Marajó (atual estado do Pará), nos permitem

A conhecer parte do cotidiano dos povos que viveram nas terras brasileiras.

B compreender a função decorativa da cultura material deixada pelos povos Marajoara.

C entrar em contato com os ritos da cultura Marajoara.

D decorar os museus com os vestígios materiais encontrados em terras brasileiras.

E perceber a importância dada aos ritos e aos cultos aos ante-passados por meio da análise da cerâmica.

Questão 11Conteúdo: A ocupação humana no continente americanoC1 | H3 Difi culdade: MédiaA comunidade científi ca ainda não chegou a um consenso a respeito do povoamento do continente americano. As teorias divergem tanto no que diz respeito à origem dos seres humanos que primeiro ocuparam o continente quanto aos meios utilizados por esses grupos para deslocar-se até a América.

Questão 12Conteúdo: A cultura Marajoara no atual território brasileiroC1 | H3Difi culdade: FácilA cultura material deixada pelos povos Marajoara é muito rica. Os vestígios materiais encontrados na região da atual Ilha de Marajó ajudam-nos a compreender um pouco do cotidiano dos povos que ali viveram. A cerâmica Marajoara, especifi camente, pode nos ajudar a compreender as técnicas e os meios utilizados por esses povos para se adaptar às cheias que ocorriam na região.

Fabi

o C

olom

bini

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Questão 13

Vista da fachada reconstruída do Zigurate de Ur, em Nassíria, Iraque.

Os zigurates são templos da antiga Mesopotâmia erguidos, em sua grande maioria, entre 2200 a.C. e 500 a.C. Essas constru-ções, feitas pelos sumérios, babilônicos e acádios, entre outros povos que viveram na Mesopotâmia durante a Antiguidade, tinham como função abrigar os deuses aos quais prestavam cultos, o que justifica a localização privilegiada, a grandeza e a riqueza de detalhes dessas construções. Os templos religiosos da Mesopotâmia antiga revelam

A a difi culdade dos mesopotâmicos de construir edifi cações monumentais como o Zigurate de Ur.

B a aversão dos sumérios, babilônicos, acádios e outros povos da Mesopotâmia à religiosidade.

C a importância da religião nas sociedades mesopotâmicas, como a suméria, a babilônica e a acádia.

D a semelhança entre as edifi cações e os usos dados a elas pelos povos do Egito Antigo e da Mesopotâmia.

E as especifi cidades das cerimônias religiosas praticadas pelos povos do Egito Antigo.

Questão 14

A Cartografia é uma ciência que estuda e elabora represen-tações do espaço geográfico, transmitindo diferentes tipos de informações, de acordo com a intenção de seu criador ou com a demanda de uma pesquisa.

Observe a imagem a seguir.

OCEANOATLÂNTICO

50°O

0ºEquador

Trópico de Capricórnio

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1024 10261004

1004

972

972

972

1008

0 1270

Fonte: Cartas sinóticas. Diretoria de Hidrografia e Navegação. Centro de Hidrografia da Marinha. Serviço Meteorológico Marinho. Disponível em: <www.mar.mil.br/dhn/chm/meteo/

prev/cartas/cartas.htm>. Acesso em: 14 dez. 2015.

A carta representada apresenta como elemento principal e fun-ções, respectivamente,

A linhas isóbatas, que orientam embarcações sobre a profundi-dade aquática e obstáculos naturais.

B linhas isoetas, que ajudam a determinar a direção dos ventos e a previsão do tempo.

C linhas isóbaras, que ajudam a determinar a direção dos ventos e a previsão do tempo.

D linhas isóbaras, que orientam embarcações sobre a profundi-dade aquática e obstáculos naturais.

E linhas isotermas, que orientam embarcações sobre a profun-didade aquática e obstáculos naturais.

Questão 13Conteúdo: Aspectos culturais dos povos sumérios, babilônicos e acádios na Anti-guidadeC1 | H3Difi culdade: MédiaA construção dos zigurates revela a importância que os povos mesopotâmicos da-vam à religiosidade. Essas edifi cações diferem-se das pirâmides egípcias, pois não tinham o seu caráter mortuário e serviam como abrigo das divindades cuidadoras das cidades e regiões.

Questão 14Conteúdos: Cartografi a; ClimatologiaC2 | H6Difi culdade: DifícilNa Cartografi a, as linhas são elementos de representação e são classifi cadas em: isó-baras (pressão atmosférica) – ajudam a determinar a direção dos ventos e auxiliam os climatologistas a realizar previsões do tempo; isóbatas (profundidade aquática) – orientam pesquisadores oceanográfi cos, geólogos e navegadores; isoetas (pluviosi-dade) – indicam os níveis de precipitação em determinadas áreas e contribuem para orientação, por exemplo, em planejamentos urbanos e implementação de infraestrutu-ras; isotermas (temperatura) – permitem visualizar a temperatura em diferentes áreas em um mapa.

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Questão 15

Observe o mapa.

IMPÉRIO PERSA

Mar Mediterrâneo

Mar NegroMar

Cáspio

Marde

Aral

Rio Nilo

Mar Verm

elho

Persépolis

Susa

Ecbatana

EGITO

IMPÉRIOPERSA

ÁSIA

EUROPA

ÁFRICA

MarArábico

Rio Tigre

Rio Eufrates

0 420

km

Trópico de Câncer

45° L

40° N

MESOPOTÂMIA

Fonte: ALBUQUERQUE, J. M. Atlas histórico escolar. Rio de Janeiro: FAE, 1996.

Por volta do século VI a.C., a convivência entre medos e persas, na região atualmente conhecida como Oriente Médio, começou a apresentar algumas turbulências, tendo em vista o grande aumento dos impostos cobrados dos persas por parte dos medos. Esse fato motivou uma revolta liderada por Ciro II contra o rei medo, episódio considerado por historiadores como marcador do início do Império Persa no Oriente e representa também a junção dos povos medo e persa.

Com base no mapa e nessas informações, podemos afirmar que

A o Império Persa teve início na região da Mesopotâmia e, em seu processo de expansão, englobou uma grande extensão de terras e culturas, ocupando desde o Egito até o sudoeste da Ásia.

B a expansão do Império Persa englobou apenas regiões cujas culturas eram parecidas com a persa, o que favoreceu a unifi cação de costumes, religião e língua.

C além do aumento na cobrança de impostos, a necessidade de expansão das áreas férteis para cultivo foi um dos motivos que impulsionaram a expansão persa, tendo em vista a escassez de água na região da Mesopotâmia.

D apesar da expansão territorial promovida por Ciro, a junção de outras áreas à região da Mesopotâmia não representou um grande aumento territorial em relação ao território medo anterior à expansão.

E apesar da grande expansão territorial promovida por Ciro, regiões que pertenciam a grandes impérios, como o egípcio e o fenício, não foram incorporadas ao Império Persa.

Questão 15Conteúdo: Império PersaC2 | H6Difi culdade: MédiaO Império Persa se formou após a vitória de Ciro II em um confl ito com os medos na região da Mesopotâmia. Entre as estratégias que contribuíram para esse processo, destaca-se o respeito à diversidade cultural dos povos dominados.

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Questão 16

A dinâmica da crosta terrestre é resultante da ação de placas tectônicas, que se movimentam sobre a astenosfera e causam diversos fenômenos, como os terremotos. Observe o mapa a seguir, que apresenta os locais do Brasil e de países vizinhos onde foram registrados tremores de terra.

BoaVista

Porto Alegre

Florianópolis

Curitiba

CampoGrande

Cuiabá

PortoVelho

Manaus

RioBranco

Salvador

Aracaju

Recife

Natal

Fortaleza

Teresina

BeloHorizonteGoiânia

Brasília

Palmas

São Paulo

Rio de Janeiro

Vitória

Maceió

João Pessoa

Belém São Luís

Macapá

ARGENTINA

CHILEPARAGUAI

URUGUAI

PERU

COLÔMBIA

BOLÍVIA

GUIANA

SURINAME

GUIANAFRANCESA

(FRA)VENEZUELA

OCEANOPACÍFICO

OCEANOATLÂNTICO

Trópico de Capricórnio

Equador0º

50°O

Tremores de terraregistrados

0 385

Fonte: INSTITUTO de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas – USP. Sismologia. Disponível em: <http://164.41.28.70/websisbra>. Acesso em: 8 dez. 2015.

Apesar do grande número de terremotos registrados em nosso território, os relatos de tragédias ou destruições são praticamente inexistentes. Esse fato pode ser explicado porque o Brasil

A se localiza acima dos limites divergentes de uma placa tectônica; portanto, em uma área somente de vulcões, resultando na baixa magnitude dos tremores nesse território.

B se localiza no centro de uma placa tectônica; portanto, longe dos epicentros dos terremotos, resultando na baixa magnitude dos tremores nesse território.

C possui uma crosta terrestre muito profunda em relação aos países vizinhos; portanto, longe dos hipocentros dos terremotos, cujos efeitos são minimizados.

D se localiza nas bordas de uma placa tectônica; portanto, perto dos epicentros dos terremotos, resultando na baixa magnitude dos tremores nesse território.

E possui infraestrutura altamente tecnológica e preparada para esse tipo de fenômeno; portanto, a população em geral não sente os tremores, captados somente por aparelhos especializados.

Questão 16Conteúdo: TectonismoC6 | H27Difi culdade: FácilO fato de o Brasil estar localizado distante das bordas das placas tectônicas faz os tremores de terra no país serem predominantemente imperceptíveis para os seres humanos. Os tremores de alta magnitude são muito raros e podem ocorrer em regiões não ocupadas, não havendo, portanto, perdas materiais ou de vidas.

Ren

ato

Bas

sani

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Questão 17

Observe duas imagens do Japão, do ano de 2011, quando parte do país foi avassalada por um tsunami.

Questão 17Conteúdos: Tsunamis; Desastres naturaisC2 | H9Difi culdade: MédiaO Japão é um país de forte economia e administração interna bastante efi ciente; portanto, capacitado a reorganizar rapidamente seu território após desastres naturais, como os tsunamis. Países não desenvolvidos, no entanto, apresentam processo de recuperação e reorganização mais lento, não apenas pela economia mais fraca, mas pelos problemas políticos internos, casos de violência como guerras civis e disputas territoriais. Tanto o Japão quanto os demais países citados estão em áreas sujeitas a atividade sísmica signifi cativa; portanto, mais suscetíveis a esse tipo de fenômeno.

Agora, associe as imagens ao conteúdo do texto a seguir, publicado três anos após o tsunami no Oceano Índico:

[…]

Para além das realizações da UNICEF até à data, o 2007 Tsunami Monitoring Report também realça os desafios que muitas

vezes comprometem os programas de recuperação. Por exemplo, no Sri Lanka e na Somália o trabalho foi em alguns casos in-

terrompido devido ao ressurgimento de violência no último ano. Por outro lado, a construção na Indonésia foi prejudicada devido

à falta de novas estradas e a questões por resolver de títulos de propriedade de terra, a monitorização e avaliação nas Maldivas

teve como obstáculo a geografia dispersa e o acesso em Myanmar foi dificultado pela geografia e a segurança.

[…]

TSUNAMI 3 anos depois. Unicef Portugal. Disponível em: <www.unicef.pt/artigo.php?mid=18101112&m=3&sid=1810111225>. Acesso em: 15 dez. 2015.

Com base na análise das imagens e do texto, fica evidente que

A países em desenvolvimento como a Somália, de economia fraca e altos índices de violência, demoram mais tempo para reorganizar seus territórios após catástrofes naturais.

B eventos catastrófi cos causam os mesmos estragos em países desenvolvidos e não desenvolvidos, e em ambos o processo de recuperação é sempre rápido e efi ciente.

C os tremores de terra resultantes dos tsunamis destroem países desenvolvidos e subdesenvolvidos igualmente, apesar de a recu-peração em cada tipo ser diferente, devido a obstáculos naturais, como montanhas e fl orestas densas.

D tanto no Japão quanto nos demais países apresentados os estragos causados pelos tsunamis foram enormes, apesar de todos estarem em áreas de baixa atividade sísmica.

E o Japão, país desenvolvido e com poucos confl itos internos, se recuperou muito mais rapidamente de um desastre natural que as demais nações citadas.

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Questão 18

A charge a seguir, do cartunista John Atkinson, evidencia as-pectos positivos e negativos condizentes com a realidade atual do planeta. Observe-a.

TRADUÇÃO DO TÍTULO: REDES SOCIAIS VINTAGE

Em relação ao fenômeno geográfico em questão, um aspecto posi-tivo e outro negativo que podem ser citados são, respectivamente,

A tecnologização; eliminação de produtos descartáveis; redução de empregados nas indústrias de produção de papel, aces-sórios de estudo e escritórios.

B urbanização; acesso às redes sociais e de informação dentro de casa; aumento do número de pessoas acima do peso de-vido ao grande número de horas em computadores.

C desenvolvimentismo; ampliação nas comunicações; perda de interesse das populações por produções de leitura mais profunda e complexa.

D globalização; abrangência e acesso às tecnologias; depen-dência das pessoas em relação aos produtos eletrônicos e tecnológicos em seu cotidiano.

E interacionismo; maior rede de comunicação entre pessoas no trabalho; ampliação da rede de pessoas que não se conhecem pessoalmente ou raramente se encontram.

Questão 19

Um dos mais antigos e notáveis avanços da civilização

egípcia verificou-se no campo da economia. Ao final do

Neolítico, em torno de –5000, os antigos egípcios transfor-

maram gradualmente o vale do Nilo […], permitindo que seus

habi tantes passassem de uma economia de coleta a uma

economia de produção de alimentos; essa importante etapa

do desenvolvimento do vale trouxe grandes conse quências

materiais e morais. O desenvolvimento da agricultura pos-

sibilitou aos antigos egípcios adotarem uma forma de vida

aldeã, estável e integrada, o que, por sua vez, afetou seu

desenvolvimento social e moral, não apenas no período pré

-histórico, mas também durante o período dinástico.

[…] Seja como for, um dos primeiros resultados dessa “revo-

lução” no vale do Nilo foi o fato de os antigos egípcios passarem

a considerar as forças naturais que os cercavam. Tais forças

– em especial o Sol e o rio – eram deificadas e simbolizadas

sob muitas formas, principalmente de animais e de aves fa-

miliares. O desenvolvimento da agricultura teve também por

consequência o estabelecimento do princípio da cooperação

dentro da comunidade, sem a qual a produção agrícola teria

permanecido bastante limitada. […]

EL-NADOURY, Rashid. O legado do Egito faraônico. In: MOKHTAR, Gamal (ed.). História geral da África, II: África antiga. 2. ed. rev. Brasília: UNESCO, 2010. p. 120.

De acordo com o texto, podemos afirmar que a sociedade egípcia

A foi marcada por atividades econômicas individualizadas, cuja realização pelos indivíduos independia da execução de outros trabalhos.

B desenvolveu-se no entorno do rio Nilo, tendo seus membros reproduzido conhecimentos e técnicas aprendidos com outros povos antigos que já viviam na região.

C tinha seu cotidiano e suas atividades econômicas relacionados ao rio Nilo, sendo a maior parte de sua produção agrícola destinada a trocas com outras sociedades.

D organizou-se em torno do rio Nilo, caracterizando-se pela forte relação com a produção agrícola, que possibilitou aos egípcios um cotidiano sedentário e de cooperação para a produção de alimentos.

E não se desenvolveu em torno da identifi cação com elementos da natureza, apesar da importância da produção agrícola e de sua relação com o rio Nilo.

Questão 18Conteúdo: GlobalizaçãoC4 | H16Difi culdade: MédiaA globalização é um fenômeno atual que, entre outras características, encurta as dis-tâncias e facilita a comunicação entre as pessoas por meio de elementos tecnológicos atrelados às redes de comunicação. Como resultado tem-se a ampliação exponencial da dependência das pessoas dos produtos eletrônicos.

Questão 19Conteúdo: Formação da sociedade egípciaC2 | H10Difi culdade: MédiaA formação da sociedade egípcia remete ao processo de ocupação da região do vale do Nilo por povos africanos do período Paleolítico, como os hamíticos, os semitas e os núbios, que fugiam das transformações climáticas pelas quais passava o conti-nente africano por volta de 5000 a.C. Esse contexto revela a importância dada pelos egípcios aos aspectos naturais do cotidiano.

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Questão 20

O texto a seguir trata de um problema muito comum na repre-sentação do espaço geográfico.

Os erros de Tordesilhas

Tordesilhas foi a primeira tentativa de delimitação de terri-

tório em que a forma esférica da Terra fez grande diferença. A

delimitação por um paralelo, como no Tratado de Alcáçovas, era

algo relativamente simples, mas o uso de um meridiano mos-

trou-se um desafio para os cosmógrafos da época e resultou

em erros grosseiros, em muitos casos. […]

O TRATADO de Tordesilhas. Disponível em: <http://www.historia-brasil.com/colonia/tordesilhas.htm>. Acesso em: 15 dez. 2015.

Qual o problema retratado e qual método matemático foi utili-zado para sua minimização?

A Distorção ao representar uma forma arredondada em um plano; convenções cartográfi cas.

B Distorção representativa geral; coordenadas cartográfi cas.

C Deformação ao representar um geoide em um plano; projeções cartográfi cas.

D Deformação coordenada; projeções cartográfi cas.

E Distorção ao representar um geoide em um plano; coordena-das cartográfi cas.

Questão 21

A Torre de Babel, de Pieter Brueghel, c. 1563-1565. Óleo sobre tela, 59,9 cm × 74,6 cm.

O império Neobabilônico atingiu seu auge sob o governo de Na-bucodonosor II, quando regiões como a Síria, a Fenícia e Judá foram conquistadas, e os babilônicos tornaram-se hegemônicos na região da Mesopotâmia. Com base nessas informações, podemos afirmar que

A a Torre de Babel foi concluída após Nabucodonosor II expulsar, no século XVI, os hebreus da região.

B o templo dedicado ao deus Marduk, protetor da Babilônia, tornou-se símbolo da nova Babilônia.

C a tela de Pieter Brueghel faz um retrato fi el da Torre de Babel e do esplendor do império Neobabilônico.

D para construir o zigurate de Etenemank, foi necessário utilizar a mão de obra do povo hebreu.

E a Torre de Babel é um espaço utilizado atualmente para os cultos religiosos, tanto dos hebreus quanto dos babilônicos.

Questão 20Conteúdos: Cartografi a; Projeções cartográfi casC1 | H5Difi culdade: MédiaA Terra possui um formato geoide, isto é, um corpo arredondado levemente achatado nos polos. O texto em questão trata da difi culdade dos europeus, no período das descobertas, de delimitar áreas nesse formato em um plano, gerando deformações. Com o passar dos anos, as projeções cartográfi cas foram criadas para representar o espaço terrestre no plano com distorções específi cas, privilegiando ou preservando determinados elementos, como a forma ou a área de uma região.

Questão 21Conteúdo: Construção imagética da Torre de BabelC1 | H1Difi culdade: MédiaA representação da Torre de Babel, ainda hoje, possui uma forma mítica calcada na tradição bíblica. Diversos pesquisadores, porém, acreditam que ela é o zigurate erigi-do na Mesopotâmia para o deus Marduk, protetor da Babilônia.

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CH - 1a Série | Caderno 1 - Rosa - Página 15

Questão 22

Na charge acima, o personagem faz alusão a duas eras geológicas distintas, que podemos associar ao aparecimento dos ver-tebrados e do ser humano. Quais são essas eras?

A Paleozoica e Mesozoica.

B Mesozoica e Pré-Cambriana.

C Paleozoica e Cenozoica.

D Pré-Cambriana e Cenozoica.

E Pré-Cambriana e Paleozoica.

Questão 22Conteúdo: Eras geológicasC6 | H26Difi culdade: DifícilO personagem faz alusão a um osso, que deve ser relacionado à evolução dos seres vivos, em especial aos vertebrados, na era Paleozoica. A segunda alusão é feita à utilização de utensílios por homens das cavernas, remetendo ao aparecimento dos seres humanos no período Quaternário da era Cenozoica.

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CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

Questões de 23 a 46

QUESTÃO 23

Imagine uma situação hipotética em que todos os organis-mos decompositores do planeta tenham se extinguido. Nesse cenário, pode-se prever que

A a reposição dos elementos no solo seria afetada, reduzindo a disponibilidade para o desenvolvimento de novas vidas.

B os vegetais seriam os únicos sobreviventes por causa de a capacidade de suas raízes assimilarem substâncias orgânicas.

C a quantidade total de elementos na natureza seria profunda-mente reduzida, uma vez que novos átomos não seriam mais criados.

D a vida se restringiria aos organismos heterotrófi cos, tendo em vista a capacidade desses organismos de fi xarem o carbono atmosférico em substâncias orgânicas.

E os elementos como oxigênio, hidrogênio e carbono presentes nos cadáveres seriam liberados para a atmosfera, alterando a sua constituição.

QUESTÃO 24

DESCOBERTA A ESTRELA MAIS VELHA DO UNIVERSO

O Hubble, o telescópio espacial da NASA, descobriu estrela

mais velha alguma vez vista. Tem, pelo menos, 13 200 milhões

de anos de idade, o que significa que nasceu “apenas” 600 mi-

lhões de anos após o Big Bang.

[…]

DAVID, Elisa. Descoberta a estrela mais velha do Universo. Diário de Notícias, 14 jan. 2013. Disponível em: <http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=2993271>.

Acesso em: 10 nov. 2015.

Caso os astrônomos queiram fazer cálculos e pesquisas usando a idade dessa estrela em unidades do SI, a ordem de grandeza que eles devem utilizar é

A 109 s

B 1013 s

C 1017 s

D 1021 s

E 1025 s

QUESTÃO 25

Um manual com dados de um celular continha as seguintes especificações técnicas:

Comprimento C (cm) 14

Largura L (cm) 8

Espessura E (mm) 19

Peso P (g) 200

Volume C × L × E (cm3) 212,8

Quem elaborou esse manual cometeu um equívoco quando

A utilizou diferentes unidades de C, L e E, quando deveriam estar todas apresentando a mesma unidade.

B não apresentou as unidades de espessura e peso no Sistema Internacional de Unidades.

C trocou as especifi cações da espessura e da largura (E deveria ser 8 e L deveria ser 19).

D utilizou unidade de massa para a grandeza peso do celular.

E apresenta um valor incorreto para o volume, considerando as especifi cações de C, L e E.

Questão 23Conteúdo: Características gerais dos seres vivosC4 | H16Difi culdade: MédiaA decomposição é fundamental para a perpetuação da vida na Terra, uma vez que possibilita a ciclagem da matéria. A ausência desse processo reduziria a disponibili-dade de elementos necessários para o desenvolvimento de novas vidas.

Questão 24Conteúdo: Noções de ordem de grandezaC5 | H17Difi culdade: MédiaTransformando 1 ano em segundos:1 ano = 365 dias = 365 ⋅ 24 ⋅ 60 ⋅ 60 segundos 3,15 ⋅ 107 sA idade da estrela é, então, dada por:3,15 ⋅ 107 ⋅ 13 200 ⋅ 106

s = 4,158 ⋅ 1017

Questão 25Conteúdo: Sistema Internacional de UnidadesC5 | H18Difi culdade: FácilAs medidas podem ser expressas em unidades que não são do SI. O equívoco ocorre quando se mistura a grandeza peso com a grandeza massa. Essas são grandezas distintas.

CN - 1a Série | Caderno 1 - Rosa - Página 17

QUESTÃO 26

Ao longo da história, alguns modelos surgiram para explicar como são as diminutas partículas que compõem a matéria – os átomos. Esses modelos sofreram modificações/adaptações em função de novas descobertas e constatações. A seguir estão representados dois modelos atômicos.

Modelo atômico A Modelo atômico B

+

++

+

−−

− −

−−

Os modelos atômicos podem explicar alguns fenômenos físicos e químicos. A seguir têm-se dois fenômenos que podem ser explicados, cada um, por um dos modelos atômicos represen-tados acima.

1. Ao atritar um bastão de vidro com uma fl anela, o bastão passa a atrair pequenos pedaços de papel.

2. Na queima do etanol, considerando os átomos como indivisí-veis e as transformações como apenas rearranjo de átomos, é possível prever as massas de gás carbônico e água formadas.

Assinale a alternativa que associa corretamente o nome dos modelos A e B com os fenômenos 1 e 2.

Modelo A / Fenômeno Modelo B / Fenômeno

A Dalton / 1 Thomson / 2

B Thomson / 1 Dalton / 2

C Dalton / 2 Thomson / 1

D Thomson / 2 Dalton / 1

E Dalton / 2 Thomson / 2

QUESTÃO 27

FOSFOETANOLAMINA: EM DEBATE NA CCT,

PESQUISADORES DEFENDEM MAIS TESES ANTES

DE LIBERAÇÃO

A polêmica sobre a liberação ou não do uso da fosfoetano-

lamina – substância ainda sem testes clínicos, mas apontada

como revolucionária no tratamento do câncer – acabou che-

gando a debate da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação,

Comunicação e Informática (CCT), nesta quinta-feira (22), sobre

o desenvolvimento de tecnologia na área de saúde.

[…]

Entre os expositores convidados pela CCT, prevaleceu o

entendimento sobre o risco de se comercializar um medica-

mento sem experimentos prévios que comprovem sua eficácia

e segurança.

— A princípio, acho irresponsável distribuir uma droga para

o câncer sem passar por uma fase pré-clínica e clínica rigorosa.

Pular etapas é perigoso. Eu seria mais cauteloso com isso –

opinou o biólogo Alysson Muotri, pesquisador do Instituto Salk

para Estudos Biológicos, na Califórnia, com foco em autismo.

[…]

FRANCO, Simone. Fosfoetanolamina: em debate na CCT, pesquisadores defendem mais testes antes da liberação. Senado Notícias, 22 out. 2015. Disponível em: <http://

www12.senado.leg.br/noticias/materias/2015/10/22/fosfoetanolamina-em-debate-na-cct-pesquisadores-defendem-mais-testes-antes-de-liberacao>. Acesso em: 10 nov. 2015.

A frase “pular etapas é perigoso” proferida pelo biólogo faz alusão

A ao estabelecimento de uma nova ciência, pautada nos conhe-cimentos populares.

B ao processo de patente do medicamento, cuja efi cácia já é popularmente conhecida.

C ao tempo necessário para que a fosfoetanolamina produza efeitos biológicos nos doentes.

D à importância de se seguirem as etapas do método científi co para produção de um conhecimento seguro.

E à necessidade de se distribuir o medicamento rapidamente, cuja ação pode salvar várias vidas.

Questão 26Conteúdo: Modelos atômicosC5 | H17Difi culdade: MédiaO modelo A é o de Dalton: átomo como uma esfera rígida, indivisível e imutável; cada tipo de átomo é relacionado a uma massa própria. Esse modelo está relacionado ao fenômeno 2 e por meio dele é possível explicar as leis proporcionais, pois, na transformação química (combustão), essas esferas estariam se recombinando para formar novos arranjos, mantendo suas massas características.O modelo B é o de Thomson: esfera positiva com partículas negativas (elétrons) incrustadas. Esse modelo é relacionado ao fenômeno 1, pois, ao atritar o bastão de vidro, ocorre a eletrização por causa da excitação dos elétrons.

Questão 27Conteúdo: Método científi coC5 | H19Difi culdade: FácilA frase proferida pelo biólogo faz alusão à importância de se seguirem as etapas do método científi co antes da administração do remédio, principalmente a realização de testes clínicos em humanos.

Ilust

raçõ

es: C

afé

CN - 1a Série | Caderno 1 - Rosa - Página 18

QUESTÃO 28

Observe a tirinha abaixo.

Disponível em: <http://4.bp.blogspot.com/-6ijN8FLYU04/UrGe1FHsSHI/AAAAAAAAAJk/uU8_z0PY_5Q/s1600/AS+C%C3%89LULAS+em+c%C3%A9rebro!!.jpg>.

Acesso em: 10 nov. 2015.

Sob a ótica dos níveis de organização dos seres vivos, a frase proferida pelo personagem “Cérebro” da tirinha pode ser en-tendida pela:

A organização mais complexa de um órgão em relação a uma célula.

B complexidade das moléculas neuronais que formam o tecido nervoso.

C dependência dos sistemas biológicos por certas moléculas, como o neurônio.

D constituição simples do tecido cerebral, formado pela união de várias organelas.

E difi culdade de comunicação entre os neurônios, cujo conjunto forma o sistema nervoso.

QUESTÃO 29

Entre as principais modalidades do balonismo, existe o balo-nismo de competição, que é composto de várias provas. Em uma dessas provas, o competidor deve ficar em um balão e deixar cair verticalmente um objeto bem pesado e pequeno, de maneira que ele atinja um alvo no solo. No local onde a prova é realizada, não há vento e pode-se desprezar a resistência do ar para o objeto. Em todas as etapas da prova, os balões trafegam apenas na horizontal e a velocidade pode ser considerada a mesma para todos os competidores. Na primeira etapa da prova, os competidores no balão devem estar a 20 m de altura com relação ao solo. Os únicos competidores que acertaram o alvo deixaram cair o objeto a partir de uma distância horizontal x1 = 10 m, conforme mostra a figura a seguir.

20 mx1 = 10 m

Alvo

Etapa 1 Etapa 2

vh80 m

x2

vh

Alvo

Sabendo-se que na etapa 2 os competidores estarão a 80 m de altura em relação ao solo e que a velocidade horizontal será a mesma nessa segunda etapa, para vencer a prova os competidores deverão jogar o objeto de uma distância x2 igual a

A 6,9 m

B 10,0 m

C 14,4 m

D 20,0 m

E 25,0 m

Questão 28Conteúdo: Níveis de organizaçãoC5 | H17Difi culdade: FácilA tirinha tem como personagens uma célula, o neurônio, e um órgão, o cérebro. Nes-se contexto, a frase proferida pelo cérebro na tirinha pode ser entendida pela maior complexidade dessa estrutura em relação a uma célula, uma vez que o cérebro ocupa um nível na organização superior.

Questão 29Conteúdo: Quantifi cação do movimento e sua descrição matemática e gráfi caC6 | H20Difi culdade: DifícilComo o objeto é solto, não há velocidade vertical inicial. Logo, o tempo de queda do

objeto na etapa 1 da prova está relacionado à altura da seguinte maneira: =hgt2

(I)112

Na etapa 2 da prova, temos: =hgt2

(II)222

Dividindo (II) por (I), temos:

= ⇒ =

⇒ =

⇒ = ⇒ = ⋅

hh

gt2

gt2

hh

tt

8020

tt

tt

2 t 2 t2

1

22

12

2

1

2

1

2

2

1

2

2

12 1

A distância horizontal percorrida pelo objeto desde o começo de sua queda até atingir o solo nas duas etapas da competição é dada por:x1 = vhorizontal t1; x2 = vhorizontal ⋅ t2

Assim, temos:x2 = vhorizontal t2 ⇒ x2 = vhorizontal ⋅ 2t1 ⇒ x2 = 2x1 ⇒ x2 = 2 ⋅ 10 ⇒ x2 = 20 m

Caf

é

DO

UG

LAS

DE

FRA

A

CN - 1a Série | Caderno 1 - Rosa - Página 19

QUESTÃO 30

A figura a seguir representa de forma esquemática um biodi-gestor de área rural, que pode ser alimentado com restos, tais como esterco, cascas de frutas, folhas e outros.

água biodigestor água de cal

No processo de biodigestão, ocorre hidrólise seguida de fer-mentação do material orgânico. Com isso, forma-se o biogás, mistura rica em gás metano (CH4), que pode ser utilizado como fonte de energia. Com a finalidade de enriquecer o bio-gás, retém-se o gás carbônico (CO2) utilizando a água de cal (Ca(OH)2), pois ocorre a seguinte reação química:

CO2(g) + Ca(OH)2(aq) → CaCO3(s) + H2O()

Considere que, em uma amostra de biogás, há 4,4 kg de gás carbônico e que foram necessários 7,4 kg de Ca(OH)2 para rea-gir com toda essa massa. Sabendo que essa transformação obedece à lei da conservação das massas (Lavoisier), pode-se concluir que será formada uma massa de CaCO3

A igual a 11,8 kg, pois toda a massa será convertida nessa substância.

B menor que 11,8 kg, pois parte da massa será transformada em água.

C maior que 11,8 kg, pois parte da massa será transformada em água.

D maior que 11,8 kg, pois parte da massa será perdida na forma de gás carbônico.

E menor que 11,8 kg, pois parte da massa será perdida na forma de água e gás carbônico.

QUESTÃO 31

Disponível em: <https://br.fotolia.com/id/84574214>. Acesso em: 10 nov. 2015.

Identificar um ser vivo pode ser intuitivamente uma tarefa sim-ples; todavia, a formulação de critérios globais que sejam válidos para esse objetivo nem sempre é fácil.

O cão e o urso de pelúcia representados acima compartilham várias características em comum. Contudo, pode-se afirmar que o urso de pelúcia é um ser inanimado, enquanto o cão, um ser vivo. Entre outros fatores, isso pode ser justificado em razão da

A autotrofi a do cão, processo comum a todos os seres vivos.

B organização celular com membrana individualizada no cão.

C presença de átomos de carbono no corpo do cão, elemento exclusivo aos seres vivos.

D capacidade do cão de se movimentar, uma vez que todos os seres vivos se movimentam.

E existência de substâncias inorgânicas no cão, o que não ocorre nos seres inanimados.

Questão 30Conteúdo: Lei de LavoisierC5 | H26Difi culdade: MédiaDe acordo com a lei de Lavoisier, deve haver conservação da massa; logo:Massa de CO2 + Massa de Ca(OH)2 = Massa de CaCO3 + Massa de H2O4,4 + 7,4 = Massa de CaCO3 + Massa de H2OMassa de CaCO3 = 11,8 kg – Massa de H2O, ou seja, Massa de CaCO3 < 11,8 kg e a diferença será a massa de água formada.

Questão 31Conteúdo: Características gerais dos seres vivosC4 | H14Difi culdade: MédiaA defi nição de vida exige a análise conjunta de uma série de fatores. Na situação mencio-nada na questão, podem-se distinguir o cão e o urso de pelúcia pela organização celular, exclusiva dos seres vivos. Além disso, o cão é capaz de reagir a estímulos externos, se reproduzir e se desenvolver, o que não ocorre com o urso de pelúcia.

Caf

é

JSta

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01/S

hutte

rsto

ck.c

om

CN - 1a Série | Caderno 1 - Rosa - Página 20

QUESTÃO 32

Gálio é um elemento químico de símbolo Ga e de número atômico 31. A substância simples desse elemento químico é metálica, tem temperatura de fusão 28,8 °C e pode ser utili-zada na produção de espelhos e termômetros.

Considere que um técnico de laboratório segurou uma amos-tra de gálio puro, mantido a 25 °C, com as mãos, por alguns minutos. Como a temperatura corpórea do técnico é 36 °C, pode-se concluir que a amostra inicialmente se encontra no estado

A sólido, fundindo nas mãos do técnico e passando para o es-tado líquido.

B líquido, vaporizando nas mãos do técnico e passando para o estado gasoso.

C sólido, vaporizando nas mãos do técnico e passando para o estado gasoso.

D líquido, solidifi cando nas mãos do técnico e passando para o estado sólido.

E sólido, sublimando nas mãos do técnico e passando para o estado líquido.

QUESTÃO 33

Em uma maratona, um corredor percorre o primeiro trecho de 20 km entre 10h e 12h15. Já o segundo trecho de 15 km ele percorre das 12h15 até 13h30. Qual será a sua velocidade escalar média nesse percurso?

A 5 km/h

B 9 km/h

C 10 km/h

D 15 km/h

E 17 km/h

QUESTÃO 34

O carro A trafega em uma pista de mão dupla a 72 km/h (20 m/s) e está a 20 m de um caminhão que trafega a 54 km/h (15 m/s) em uma estrada reta e horizontal. O motorista acelera o carro a 5 m/s2 com o objetivo de ultrapassar o caminhão e, ao completar a ultrapassagem, a traseira do carro A está 10 m à frente da dianteira do caminhão.

A

2 m

B

Caminhão

28 m

20 m

x

O carro B, que trafega nessa mesma estrada, porém em sentido oposto, tem velocidade inicial de 72 km/h (20 m/s). Sabe-se que o carro A continua em um movimento acelerado e que 2 segundos após a finalização da ultrapassagem a dianteira do carro A passa pela dianteira do carro B nessa pista. Consi-derando as dimensões dos veículos, a distância x inicial entre as partes dianteiras dos dois carros é

A 95 m

B 150 m

C 210 m

D 290 m

E 330 m

Questão 32Conteúdo: Mudança de estado físicoC7 | H25Difi culdade: FácilSegundo o enunciado, a temperatura de fusão do gálio é 28,8 °C; assim, ao entrar em contato com as mãos do técnico, que estão a 36 °C, sua temperatura será aumentada e ele fundirá, passando para o estado líquido.

Questão 33Conteúdo: Quantifi cação do movimento e sua descrição matemática e gráfi caC5 | H17Difi culdade: FácilO intervalo de tempo total (das 10h até 13h30) em que ele correu foi de 3,5 h; por-tanto, ∆t = 3,5.A velocidade escalar média no percurso fi nal é dada por:

= ∆∆

= ⇒ =vst

353,5

v 10 km/hm m

Questão 34Conteúdo: Quantifi cação do movimento e sua descrição matemática e gráfi caC5 | H17Difi culdade: MédiaColocando-se o referencial na dianteira do caminhão, a distância relativa a esse refe-rencial que o carro deve percorrer para completar a ultrapassagem é:

= + + + ⇒ =d 20 28 2 10 d 60 mdistância carro-caminhão comprimento do caminhão comprimento do carro ultrapassagem

A velocidade inicial do carro A nesse referencial é de 5 m/s.Assim, temos:

= + + ⇒ = + ⇒ = + ⇒ + − =

= = −∴ =

s s v tat2

60 5t5t2

12 tt2

t 2t 24 0

t 4 s ou t 6 s (não convém)t 4 s

0 0

2 2 22

Esse é o tempo que o carro demora em fazer a ultrapassagem. Em um referencial na estrada, a distância percorrida pelo carro A após 6 s é:

∆ = + ⇒ ∆ = ⋅ + ⋅ ⇒ ∆ = + ⇒ ∆ =s 20t5t2

s 20 65 6

2s 120 90 s 210 mA

2

A

2

A A

Nesse intervalo de tempo, o carro B percorreu uma distância dada por:∆ = ⋅ = ⋅ ⇒ ∆ =s v t 20 6 s 120 mB B B

A distância x é dada por:= ∆ + ∆ = + ⇒ =x s s 210 120 x 330 mA B

Caf

é

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QUESTÃO 36

O período chuvoso coincide com o pico de casos de dengue na maioria das cidades do país. Em razão da abundância de água parada nesse período, as fêmeas do mosquito Aedes aegypti encontram facilmente reservatórios de água parada para depositarem seus ovos que, após concluírem o seu de-senvolvimento, se transformam em larvas. Algumas pessoas, no entanto, acreditam ainda que as larvas surgem esponta-neamente na água parada, tal como era defendido pela teoria da geração espontânea.

A teoria da geração espontânea foi criticada por vários cien-tistas, entre eles Francesco Redi e Louis Pasteur, os quais de-mostraram experimentalmente que

A a vida na Terra proveio de outros planetas.

B é possível produzir seres vivos controlando as condições laboratoriais.

C apenas seres microscópicos podem surgir a partir da matéria inorgânica.

D o surgimento de um ser vivo só é possível a partir da reprodu-ção de outro ser vivo.

E os seres vivos não mudam ao longo do tempo; assim, uma mosca e uma larva são obrigatoriamente de espécies diferentes.

QUESTÃO 35

[Solvente] é uma substância química ou uma mistura líquida

de substâncias químicas capazes de dissolver outro material

[…]. Geralmente o termo “solvente” se refere a um composto

de natureza orgânica. […]

A maioria das indústrias emprega solventes em algum de

seus processos de fabricação.

[…]

Disponível em: <http://www.higieneocupacional.com.br/download/solventes.doc>. Acesso em: 10 nov. 2015.

Assinale a alternativa que indica um processo de separação de misturas que pode utilizar solventes.

A Destilação fracionada.

B Filtração.

C Dissolução fracionada.

D Flotação.

E Decantação.

Questão 35Conteúdo: Separação de misturasC5 | H18Difi culdade: MédiaSolventes são indicados na dissolução fracionada quando são capazes de dissolver apenas um dos sólidos, como, por exemplo, a separação sal e areia.

Questão 36Conteúdo: Teorias sobre a origem da vidaC4 | H15Difi culdade: MédiaRedi e Pasteur eram defensores da teoria da biogênese, a qual admitia a origem dos seres vivos somente a partir de outro ser vivo preexistente. Esses cientistas realizaram experi-mentos para comprovar que as larvas de moscas e os micróbios que surgiam na matéria em decomposição eram oriundos da reprodução de outros seres vivos.

CN - 1a Série | Caderno 1 - Rosa - Página 22

QUESTÃO 37

MARTE TEM “CÓRREGOS” SAZONAIS DE ÁGUA

SALGADA, REVELA SONDA DA NASA

[…]

Algumas montanhas de Marte possuem veios estreitos de

água salgada líquida escorrendo em suas encostas, revela um

estudo divulgado hoje pela Nasa.

[…]

A importância da descoberta está sendo realçada pelo que

os cientistas escreveram. “Determinar se água líquida existe

na superfície marciana é central para a compreensão do ciclo

hidrológico e para o potencial da existência de vida em Mar-

te”, escreveu Ojha em estudo publicado hoje na revista Nature

Geoscience.

Ainda que a existência do líquido em Marte seja uma no-

vidade, diz o pesquisador, não é possível dizer ainda que as

condições nos córregos de salmoura temporários permitiria a

existência de vida. Na Terra, o centro do deserto do Atacama,

extremamente árido, é o único lugar parecido com essas con-

dições onde já se viu vida microbiana.

[…]

Marte tem “córregos” sazonais de água salgada, revela sonda da Nasa. G1 São Paulo, 28 set. 2015. Disponível em: <http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/09/marte-

tem-corregos-sazonais-de-agua-salgada-revela-sonda-da-nasa.html>. Acesso em: 10 nov. 2015.

Considerando a teoria da evolução química proposta por Oparin e Haldane, a presença de água aumenta a possibilidade de vida em Marte, pois

A a formação das primeiras moléculas orgânicas simples na Terra dependeu de reações entre elementos químicos em meio aquoso.

B o surgimento do oxigênio atmosférico só foi possível por meio da quebra das moléculas de água.

C a reação da molécula de água com o nitrogênio atmosférico possibilitou a formação das primeiras moléculas de ácidos nucleicos.

D o aparecimento das primeiras formas de vida na Terra envolveu reações entre água e moléculas orgânicas complexas, como DNA e lipídios.

E a água possibilitou a manutenção da vida na Terra em uma faixa compatível com as primeiras formas de vida.

QUESTÃO 38

A lei de Proust define que, em uma transformação química, as proporções entre as substâncias envolvidas obedecem a uma proporção fixa. Na tabela a seguir estão as massas obtidas em três experimentos da reação entre nitrato de prata (AgNO3) e salmoura (NaC) em excesso, obtendo-se cloreto de prata: (AgC).

Experimento AgNO3 (g) NaCPrecipitado

(AgC) (g)

1 1,70 Em excesso 1,44

2 5,95 Em excesso X

3 Y Em excesso 7,20

Os valores X e Y, em gramas, que completam corretamente a tabela são

A 5,76 e 7,65

B 7,02 e 6,10

C 0,41 e 0,34

D 5,04 e 8,5

E 5,04 e 7,65

Questão 37Conteúdo: Teorias sobre a origem da vidaC4 | H15Difi culdade: DifícilA presença de água aumenta o potencial de vida em Marte, pois, conforme a teoria de Oparin e Haldane, a formação das primeiras moléculas orgânicas ocorreu por causa das reações entre elementos químicos nos oceanos primitivos.

Questão 38Conteúdo: Lei de ProustC7 | H25Difi culdade: MédiaDe acordo com a lei de Proust, os valores devem estar em proporção.Cálculo de X:

=

= ⋅ =

1,705,95

1,44X

X5,95 1,44

1,705,04 g

Cálculo de Y:

=

= ⋅ =

1,70Y

1,447,20

Y7,201,44

1,70 8,5 g

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QUESTÃO 39

A humanidade está cada vez mais explorando o Sistema Solar através de diversas missões. Em algumas delas foram enviadas para Marte sondas não tripuladas com o objetivo de explorar esse planeta. Quando uma sonda está próxima ao planeta, ela possui determinada velocidade inicial v0 na vertical e, por causa da atração gravitacional do planeta, ela desce em um movimento com aceleração constante até o instante de tempo t1. Após esse instante, abre-se um paraquedas para diminuir a velocidade da sonda até um instante de tempo t2. Quando a sonda está chegando próximo à superfície do planeta, acionam-se foguetes que diminuem sua velocidade através de uma desaceleração cujo módulo aumenta linearmente com o passar do tempo, até que a sonda tenha velocidade nula em um instante t3. Considerando que o movimento da sonda é apenas vertical e que sua aceleração é positiva quando se encontra em queda livre, indique o gráfico que melhor descreve a aceleração a em função do tempo t para a sonda.

A

t1 t2 t3 t

a

B

t1 t2 t3 t

a

C

t1 t2 t3 t

a

D

t1 t2 t3 t

a

E

t1 t2 t3t

a

Questão 39Conteúdo: Descrições do movimento e sua interpretaçãoC5 | H17Difi culdade: MédiaEntre 0 e t1 trata-se de um movimento uniformemente acelerado com aceleração positiva. Logo, a aceleração é constante. Entre os instantes t1 e t2 o movimento tam-bém é uniformemente variado com aceleração positiva e de menor módulo que no caso anterior. Entre os instantes t2 e t3 a aceleração varia linearmente com o tempo. Isso é representado por uma linha reta inclinada com relação à horizontal, por se tratar de um movimento retardado, no qual a aceleração é negativa.

Ilust

raçõ

es: C

afé

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QUESTÃO 40

Pesquisadores do Instituto J. Craig Venter, dos Estados

Unidos, anunciaram […] a criação de um organismo vivo com

genoma totalmente sintético, desenvolvido artificialmente a par-

tir de compostos químicos. A equipe conseguiu sintetizar toda a

estrutura de DNA da bactéria unicelular Mycoplasma mucoides,

gerando um novo organismo capaz de se autorreproduzir. Os

resultados do experimento foram publicados na revista Science

[…] e abriram espaço para uma grande discussão sobre a ética

do procedimento.

[…]

Para criar vida em laboratório, os pesquisadores se ba-

searam no sequenciamento do genoma da bactéria e rede-

senharam, em computador, a estrutura do DNA da espécie.

Sem utilizar qualquer pedaço de DNA natural, eles sintetizaram

quimicamente o genoma completo e o transportaram para uma

célula de uma levedura (espécie unicelular de fungo), onde

desenvolveu-se um cromossomo artificial.

O genoma sintético inteiro foi então isolado da célula de

levedura e transplantado em uma célula recipiente da espécie

Mycoplasma capricolum cujos genes haviam sido removidos.

Depois de dois dias, com a autorreprodução do organismo,

já era possível observar o aumento no número de bactérias

M. mycoides, cujo DNA era totalmente artificial.

[…]

Cientistas criam vida artificial em laboratório. Exame.com, 20 maio 2010. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/cientistas-criam-vida-artificial-

laboratorio-561878>. Acesso em: 10 nov. 2015.

O experimento descrito pela reportagem envolveu três organismos. Considerando a organização celular desses organismos, presume--se que

A o genoma sintetizando quimicamente tenha se integrado ao DNA circular no citoplasma da levedura.

B o cromossomo artifi cial produzido na levedura tenha sido co-locado no núcleo de M. capricolum.

C os genes removidos da M. capricolum estavam dispersos no citoplasma da bactéria no seu DNA circular.

D a estrutura celular da bactéria M. mucoides difere da M. capricolum em razão da ausência de núcleo na primeira.

E a produção do cromossomo artifi cial pela levedura foi possí-vel por causa dos ribossomos, única organela celular desse organismo.

QUESTÃO 41

A densidade de um objeto pode ser obtida da seguinte maneira:

1. Determina-se a massa do objeto através do uso de uma balança simples.

2. Utiliza-se um volume conhecido de água (V1), como mostra a fi gura.

3. Mergulha-se o objeto na água e anota-se o novo volume (V2).

água água

V2

V1

águaágua

objeto

Ao mergulhar um objeto de prata pura de massa 26,25 gramas em um volume de 50 mL de água, notou-se que o volume subiu para 52,5 mL. Considerando que 1 mL de água equivale a 1 cm3, conclui-se que a densidade da prata é de aproximadamente

A 0,05 g/cm3

B 0,50 g/cm3

C 2,00 g/cm3

D 0,525 g/cm3

E 10,50 g/cm3

Questão 40Conteúdo: Tipos celularesC8 | H29Difi culdade: DifícilO experimento descrito no enunciado envolveu três organismos: um fungo (eu-carionte) e duas bactérias (procariontes). Sendo um organismo procarionte, é possível presumir que os genes da bactéria M. capricolum estejam dispostos no DNA circular, o qual fi ca disperso no citoplasma, uma vez que esse organismo não possui carioteca.

Questão 41Conteúdo: DensidadeC5 | H18Difi culdade: MédiaConsiderando 1 mL = 1 cm3, tem-se:m = 26,25 gV = V2 – V1 = 52,5 – 50 = 2,5 mL, ou seja, 2,5 cm3

=

= =

dmV

d26,252,5

10,5 g/cm3

Ilust

raçõ

es: C

afé

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QUESTÃO 42

Em uma cena de um filme de ação, o herói está sobre o teto de um trem lado a lado com o vilão, que está sobre o teto de outro trem. Ambos estão parados com relação ao teto dos trens que trafegam em linha reta, com velocidades iguais de 60 km/h e no mesmo sentido, conforme a figura a seguir.

para trás para frente

para a direita

sentidodos trens

posição do vilão

posição do herói

trens

Vista superior dos trens

Nesse instante, o herói resolve pular para o outro trem. Para que o herói vá de encontro ao vilão, ele deve pular em qual sentido?

A Para a direita e para frente, pois a velocidade do herói no referencial do trem do vilão logo antes de pular é de 60 km/h.

B Para a direita apenas, pois a velocidade do herói no referencial do trem do vilão logo antes de pular é nula.

C Para a direita e para trás, pois a velocidade do herói no refe-rencial do trem do vilão logo antes de pular é de 60 km/h.

D Para a direita e para trás, pois a velocidade do herói no refe-rencial do trem do vilão logo antes de pular é de 120 km/h.

E Para a direita apenas, pois a velocidade do herói no referencial do trem do vilão logo antes de pular é de 60 km/h.

QUESTÃO 43

ÁTOMO DE BOHR COMPLETA 100 ANOS

Destaque em Física, semana de 21 de novembro de 2013

Há exatamente um século, o físico dinamarquês Niels Bohr

iniciaria a integração da física atômica com a teoria quânti-

ca, um caminho sem volta que levaria ao desvendamento dos

mistérios dos componentes mais elementares da matéria. […]

[…]

Bohr consagrou a clássica (embora equivocada) imagem

de elétrons orbitando o núcleo atômico como se o átomo fosse

um sistema solar em miniatura. Mas sua grande contribuição foi

incluir no modelo a noção de níveis de energia – emprestada

de Max Planck, o criador do conceito de quanta, a ideia de

que a energia só pode ser transmitida em pacotes discretos,

indivisíveis. O conceito do quantum ajudou a explicar diversos

fenômenos, como a descrição do espectro de corpo negro, que

assolava os físicos do fim do século 19. Mas ele só começou

a ganhar contornos reais a partir de trabalhos como o de Bohr

e o de Albert Einstein […].

Atribuindo o conceito de níveis de energia, Bohr conseguiu

criar uma versão do átomo de hidrogênio que possivelmente era

estável e satisfazia as observações espectrais. Até então, todas

as previsões teóricas sugeriam que ele não deveria existir por

mais do que uma fração de segundo – um fracasso que inco-

modava muito os físicos. Foi, portanto, um avanço monumental.

[…]

n = 3

n = 2

n = 1

+ Ze ∆ E = hv

SOCIEDADE BRASILEIRA DE FÍSICA. Átomo de Bohr completa 100 anos. Disponível em: <http://www.sbfisica.org.br/v1/index.php?option=com_content&view=article&id=516:atomo-

de-bohr-completa-100-anos&catid=151:destaque-em-fisica&Itemid=315>. Acesso em: 10 nov. 2015.

De acordo com o modelo de Bohr, na transição do elétron de n = 3 para n = 2 ocorre

A absorção de energia em forma de calor.

B liberação de energia em forma de calor.

C absorção de energia em forma de luz (fóton).

D liberação de energia em forma de luz (fóton).

E de maneira natural sem absorção ou liberação de energia.

Questão 42Conteúdo: Descrições do movimento e sua interpretaçãoC6 | H20Difi culdade: MédiaComo os dois trens estão trafegando em linha reta, com a mesma velocidade e indo no mesmo sentido, a velocidade relativa do herói e do vilão é nula, pois ambos estão parados com relação a seus trens. Logo, o herói só precisa pular para a direita.

Questão 43Conteúdo: Modelo atômico de BohrC5 | H17Difi culdade: MédiaComo o elétron, de acordo com a fi gura, parte de um nível de maior energia (n = 3) para um nível de menor energia (n = 2), isso ocorre somente com liberação de ener-gia, e essa energia é sempre em forma de fóton (luz).

Ilust

raçõ

es: C

afé

CN - 1a Série | Caderno 1 - Rosa - Página 26

QUESTÃO 44

[…]

Num dado momento, uma molécula particularmente notável

foi formada acidentalmente. Nós a chamaremos a Replicadora.

Ela não precisa necessariamente ter sido a molécula maior ou

a mais complexa existente, mas possuía a propriedade extra-

ordinária de ser capaz de criar cópias de si mesma. Isto talvez

pareça um tipo de acidente muito pouco provável de acontecer.

E de fato foi. Foi extremamente improvável. […]

[…]

DAWKINS, Richard. O gene egoísta. 3. ed. Lisboa: Gradiva, 2003. p. 13-14.

A Replicadora descrita no texto representa

A o aparecimento da célula procariota, similar às bactérias atuais.

B o surgimento dos primeiros aminoácidos nos oceanos primiti-vos, cuja associação deu origem às proteínas.

C a origem dos coacervados, moléculas de proteína em solução rodeadas por água.

D a capacidade reprodutiva, o que pode ter sido alcançado atra-vés da síntese de ácidos nucleicos.

E a primeira mutação genética, a qual culminou na origem do primeiro ser vivo.

QUESTÃO 45

Em uma cidade X passa uma linha de trem que se desmembra em três caminhos diferentes. Os três caminhos vão respectiva-mente para as cidades A, B e C e as distâncias dessas cidades à cidade X são mostradas na figura a seguir:

A

C

x

60 km

30 km

80 kmB

A fim de evitar acidentes e excessos, a velocidade instantânea dos trens é monitorada desde a cidade X até a cidade destino. O computador que controla esses dados gera um gráfico da velocidade v de cada trem em função do tempo t. Após a via-gem de dois trens que partiram da cidade X, foram gerados os dois gráficos mostrados abaixo.

Trem 1

Trem 2

v (km/h)

t (h)

60

0,5 1,0

v (km/h)

t (h)

50

0,2 1,2 1,4

O trem 1 teve como destino a cidade

A A, e o trem 2, a cidade B.

B B, e o trem 2, a cidade C.

C C, e o trem 2, a cidade A.

D A, e o trem 2, também a cidade A.

E B, e o t rem 2, também a cidade B.

Questão 45Conteúdo: Quantifi cação do movimento e sua descrição matemática e gráfi caC5 | H17Difi culdade: FácilA área sob a curva de um gráfi co do tipo v × t com a abcissa é numeri camente igual à distância percorrida. Para o trem 1, a área é um triângulo:

= ⋅ = ⇒ =A60 1

230 d 30 km1 1

Para o trem 2, a área é de um trapézio: ( )

=+ − ⋅

= ⇒ =A1,4 1,2 0,2 50

260 d 60 km2 2

Assim, o trem 1 teve como destino a cidade C, e o trem 2, a cidade A.

Questão 44Conteúdo: Teorias sobre a origem da vidaC4 | H16Difi culdade: MédiaO trecho do livro O gene egoísta, de Richard Dawkins, retrata o surgimento da primei-ra molécula replicadora. A capacidade de replicação é inerente a todas as espécies de seres vivos e é controlada pelos ácidos nucleicos.

CN - 1a Série | Caderno 1 - Rosa - Página 27

QUESTÃO 46

A molécula de grafeno é formada por uma rede de anéis

de seis membros constituídos apenas por átomos de carbono,

semelhante a um favo de mel.

Com base no texto e na imagem acima, é possível concluir que o grafeno é

A isótopo do carbono, assim como o diamante e o grafi te.

B isóbaro do carbono, assim como o diamante e o grafi te.

C alótropo do carbono, assim como o ozônio e o oxigênio.

D alótropo do carbono, assim como o ozônio e o enxofre rômbico.

E alótropo do carbono, assim como o diamante e o grafi te.

Questão 46Conteúdo: AlotropiaC5 | H18Difi culdade: MédiaDe acordo com o texto e a fi gura, o grafeno é formado apenas por átomos de carbono; então, se trata de alótropo desse elemento, assim como os consagrados diama nte e grafi te.

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