simulado ciclo 1 2º ano

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Banca Poliedro ano Ensino Médio | Ciclo 1 ERRADO ERRADO ERRADO CORRETO A A A Instruções para a prova Verifique se este caderno de questões contém um total de 60 questões, destas, 3 de Inglês e 3 de Espanhol. Caso o caderno apresente alguma diferença, solicite ao fiscal da sala um outro caderno de questões. Não serão aceitas reclamações posteriores. Escolha somente uma língua estrangeira: Inglês ou Espanhol. Para cada questão, existe apenas uma resposta correta. Você deve ler cuidadosamente cada uma das questões e escolher a alternativa que corresponda à resposta adequada. Essa alternativa (a, b, c, d ou e) deve ser preenchida completamente no item correspondente na folha de respostas que você recebeu, segundo o modelo abaixo. Observe: Não será permitida nenhuma espécie de CONSULTA, nem o uso de máquina calculadora. É proibido pedir ou emprestar qualquer material durante a realização da prova. Você terá 3h30min para responder a todas as questões e preencher a folha de respostas. Não é permitida a saída antes de 2 horas de duração da prova. Boa prova! 1 2 3 3 4 4 5 5 6 6 7 7 8 8

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Page 1: Simulado Ciclo 1   2º ano

Banca Poliedroano Ensino Médio | Ciclo 1

A

ERRADO ERRADO ERRADO CORRETOA A A

Instruções para a prova

Verifique se este caderno de questões contém um total de 60 questões, destas, 3 de Inglês e 3 de Espanhol. Caso o caderno apresente alguma diferença, solicite ao fiscal da sala um outro caderno de questões. Não serão aceitas reclamações posteriores.

Escolha somente uma língua estrangeira: Inglês ou Espanhol.

Para cada questão, existe apenas uma resposta correta.

Você deve ler cuidadosamente cada uma das questões e escolher a alternativa que corresponda à resposta adequada. Essa alternativa (a, b, c, d ou e) deve ser preenchida completamente no item correspondente na folha de respostas que você recebeu, segundo o modelo abaixo. Observe:

Não será permitida nenhuma espécie de CONSULTA, nem o uso de máquina calculadora.

É proibido pedir ou emprestar qualquer material durante a realização da prova.

Você terá 3h30min para responder a todas as questões e preencher a folha de respostas.

Não é permitida a saída antes de 2 horas de duração da prova.

Boa prova!

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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

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Laerte. Folha de S.Paulo, 22 abr. 2010.

Depois de ler os quadrinhos de Laerte, em que o juiz condena o escritor a cinco anos de prisão por fazer seus leitores se emocionarem, concluímos que suas obras não se enquadrariam como Realistas-Naturalistas porque, para essa escola literária: a) o importante era a denúncia social, a impassibilidade,

o uso do Determinismo, a crença na razão em oposi-ção à emoção.

b) as preocupações do escritor convergiriam para a de-núncia política, religiosa e econômica, apenas.

c) o uso dos temas ligados ao desequilíbrio, às sensa-ções de transitoriedade e finitude são instrumentos fundamentais.

d) os temas colocados em questão eram a subjetividade, as sensações e as sugestões.

e) a impassibilidade, o cuidado formal, o uso dos versos alexandrinos era o que importava para o autor.

2 Leia os textos a seguir.

TEXTO 1

“Nada mais universal que o folclórico; nada mais regio-nal que o folclórico” – escreveu o musicólogo argentino Carlos Vega em um de seus magistrais trabalhos. São universais os elementos; são regionais as combinações. Pois o que confere fisionomia regional a cada região não é tanto a matéria original como o produto de suas especiais e singulares maneiras de superposição e mescla.

Este conceito parece sintetizar ao máximo o processo de formação das danças populares. As danças de salão são lançadas por um foco de irradiação das “modas” – um foco universal – e daí ganham as capitais, as cidades, as vilas, até chegarem ao meio rural. Descem das cama-das superiores – superiores do ponto de vista sociológico – até as camadas inferiores, amoldando-se, nesta longa migração, às características psicológicas e principalmente à instrumentação musical típica de cada povo.

A música popular pode ser uma manifestação puramen-te individual. A dança popular sempre será uma manifesta-ção coletiva. Acreditamos, assim, que a formação das dan-ças populares obedece a fatores e influências distintas da-quelas que se observam na formação da música popular.

Na música prepondera a criação direta do indivíduo. Na dança, a força-criadora mais potente se encontra no grupo social. [...]

Paixão Cortes e Barbosa Lessa. Manual de Danças Gaúchas. <http://centrodetradicoesgauchasdeniteroi.com/danca.htm >.

TEXTO 2

Ao formular uma frase, o enunciador realiza duas ope-rações: seleção e combinação. Primeiramente, ele selecio-na as palavras (eixo paradigmático), posteriormente ele as combina (eixo sintagmático). A seleção pressupõe a esco-lha das classes gramaticais (substantivo, verbo, adjetivo); a combinação implica organizar as classes gramaticais de modo que haja relação entre elas (sujeito-predicado, por exemplo). Ao relacionar as classes, o enunciador formula a frase, que servirá como mensagem.

Renato Gomes de Carvalho.

O conceito de paradigma e sintagma pode ser encontrado na seguinte frase do texto de Cortes e Lessa: a) “A música popular pode ser uma manifestação pura-

mente individual. A dança popular sempre será uma manifestação coletiva”.

b) “Descem das camadas superiores – superiores do ponto de vista sociológico – até as camadas inferiores”.

c) “Na música prepondera a criação direta do indivíduo. Na dança, a força-criadora mais potente se encontra no grupo social”.

d) “São universais os elementos; são regionais as combi-nações. Pois o que confere fisionomia regional a cada região não é tanto a matéria original como o produto de suas especiais e singulares maneiras de superpo-sição e mescla”.

e) “As danças de salão são lançadas por um foco de irra-diação das “modas” – um foco universal – e daí ganham as capitais, as cidades, as vilas, até chegarem ao meio rural”.

3 Leia os textos a seguir.

TEXTO 1

A negra, imóvel, cercada de escamas e tripas de peixe, com uma das mãos espalmada no chão e com a outra segurando a faca de cozinha, olhou aterrada para eles, sem pestanejar.

Os policiais, vendo que ela não se despachava, de-sembainharam os sabres. Bertoleza, então, erguendo-se com um ímpeto de anta bravia, recuou de um salto, e antes que alguém conseguisse alcançá-la, já de um só golpe certeiro e fundo rasgara o ventre de lado a lado.

E depois emborcou para a frente, rugindo e esfoci-nhando-se moribunda numa lameira de sangue.

João Romão fugira até o canto mais escuro do arma-zém, tapando o rosto com as mãos.

Nesse momento, parava à porta da rua uma carrua-gem. Era uma comissão de abolicionistas que vinha, de casaca, trazer-lhe respeitosamente o diploma de sócio benemérito.

Aluísio Azevedo. O Cortiço.

TEXTO 2 – Você jura? – Juro. Deixe ver os olhos, Capitu. Tinha-me lembrado a definição que José Dias dera

deles, “olhos de cigana oblíqua e dissimulada”.

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Eu não sabia o que era oblíqua, mas dissimulada sabia, e queria ver se podiam chamar assim. Capitu deixou-se fitar e examinar. Só me perguntava o que era, se nunca os vira, eu nada achei extraordinário; a cor e a doçura eram minhas conhecidas. A demora da contemplação creio que lhe deu outra ideia do meu intento; imaginou que era um pretexto para mirá-los mais de perto, com os meus olhos longos, constantes, enfiados neles, e a isto atribuo que entrassem a ficar crescidos, crescidos e sombrios, com tal expressão que...

Retórica dos namorados, dá-me uma comparação exa-ta e poética para dizer o que foram aqueles olhos de Capi-tu. Não me acode imagem capaz de dizer, sem quebra da dignidade do estilo, o que eles foram e me fizeram. Olhos de ressaca? Vá, de ressaca. É o que me dá ideia daquela feição nova. Traziam não sei que fluido misterioso e enér-gico, uma força que arrastava para dentro, como a vaga que se retira da praia, nos dias de ressaca. Para não ser arrastado, agarrei-me às outras partes vizinhas, às orelhas, aos braços, aos cabelos espalhados pelos ombros, mas tão depressa buscava as pupilas, a onda que saía delas vinha crescendo, cava e escura, ameaçando envolver-me, puxar-me e tragar-me.

Machado de Assis. Dom Casmurro.

Em relação aos dois textos, é correto afirmar que: a) o primeiro é Naturalista e expõe a crueza dos aconte-

cimentos; o zoomorfismo está ali presente. O segundo faz um uma espécie de inventário de caráter, julga-mento (oblíqua e dissimulada).

b) o primeiro é real, cruel e deseja apenas chocar o leitor. O segundo analisa uma dúvida que mais tarde será confirmada de modo realista.

c) o primeiro compara um ser humano a um bicho, o mundo natural. O segundo é sofisticado e denuncia as emoções de um ponto de vista romântico.

d) o primeiro traz a curiosidade do arranjo da cena. O segundo traz apenas a análise social de um fato.

e) o primeiro é Realista e denuncia um fato: a escravidão. O segundo é Naturalista e denuncia um comportamento social: o adultério.

Texto para as questões 4 e 5.

<www.releituras.com/ratodesebo05.asp>.

4 A tirinha de Custódio, muito bem-humorada, propõe-nos uma reflexão acerca da leitura e dos leitores em nosso país. O professor, assumindo uma postura “médica” em relação à reclamação do aluno de não gostar de ler a obra de Macha-do de Assis, “prescreve” outros autores e gêneros, para auxiliar o processo de aculturamento do aluno. Tal atitude do professor aproxima-se à seguinte expressão popular: a) “Quem não tem cão caça com gato.” b) “Nem tudo que reluz é ouro.” c) “Lágrimas de crocodilo.” d) “O pior cego é o que não quer ver.” e) “Vá se queixar ao bispo.”

5 No último quadrinho da história, a suposta “maturidade” necessária para a leitura das obras do escritor deve-se ao fato de o estilo narrativo de Machado de Assis se caracteri-zar por: a) enfoque na análise psicológica narrativa linear e deta-

lhada, caracterização positiva dos seres humanos co-mo personagens.

b) uso da narrativa não linear, da digressão e do tom filosofante, da descrição e da ironia.

c) insistência no uso da narrativa em que os tipos huma-nos são, na verdade, representação de camadas da sociedade; o tom romântico ao enfocar os sentimen-tos, as angústias e os medos do casamento.

d) narrativa linear, generalização sobre os comportamen-tos humanos, detalhamento quanto à descrição de am-bientes, economia de emoção na descrição de seres humanos.

e) enfoque na análise das camadas sociais mais baixas, explicitando o pensamento raso dos personagens com ironia e detalhando linearmente suas trajetórias.

6 Feitas da flor estilizada de maneira radial, as rosá-ceas podem ser construídas a partir do conceito de triân-gulo equilátero.

Na Arquitetura Gótica, a rosácea é utilizada como um importante ornamento, carregado de significados relacio-nados aos valores religiosos. Pode-se dizer que arte e arquitetura barrocas se aproximam da arquitetura Gótica à medida que: a) também tinha como fim propagar a fé católica. O traça-

do das plantas no Barroco Português, por exemplo, obe-decia aos modelos clássicos do século anterior, no entanto, a ideia de “espetáculo barroco”, que visava ao afeto da alma pelos efeitos da arte, concentrava-se no interior das catedrais.

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b) a rosácea era utilizada como adorno externo das cate-drais também das igrejas barrocas significando a fé cató-lica, na qual, a exemplo de Maria, é necessário viver sob os desígnios de Deus (igreja).

c) a rosácea e as esculturas barrocas representavam, em cada uma de suas divisões, os passos de Cristo em direção ao calvário. Era utilizada como maneira de ilustração para aqueles que não sabiam ler a Bíblia.

d) as rosáceas e os elementos barrocos estão relacionados à retomada de valores gregos, representando o belo relacionado ao conceito de simetria e perfeição, simboli-zando, dessa maneira, o próprio Deus.

e) as rosáceas, bem como os vitrais barrocos, foram sub-vertidas pela Igreja Católica, assim como outros símbo-los pagãos, em adorno de suas catedrais, como manei-ra de converter fiéis provenientes de outras crenças.

7 Observe a figura a seguir.

<http://brazileiro.zip.net>.

A ilustração do desenhista Brazileiro, de Ribeirão Preto, em parceria com o ilustrador Gilmak, põe em evidência três personagens protagonistas do romance O primo Basílio (1878), de Eça de Queirós: Luísa, a adúltera; Julia-na, a empregada chantagista; e Basílio, o primo, ex-noivo e amante de Luísa. No livro, o narrador analisa a alma humana e critica os comportamentos burgueses viciosos da sociedade lisboeta, tematizando o adultério. Sendo assim, podemos categori-zar o romancista português como: a) um realista tal como Machado de Assis, já que apenas

a análise da alma humana está posta em evidência. b) um naturalista, uma vez que o eixo central de seus

interesses é o comportamento adúltero da empregada Juliana.

c) um realista-naturalista, já que os interesses temáticos do romance repousam sobre crítica aos costumes bur-gueses e a análise de um adultério e dos comporta-mentos das personagens.

d) um romântico, já que aquele escritor se interessava pelos sentimentos humanos como o amor e, inevita-velmente, a causa de todos os adultérios.

e) um romântico, já que, no canto inferior esquerdo da ilustração, está um dos romances mais importantes do Romantismo na Europa: A Dama das Camélias, de Alexandre Dumas.

8 Leia os textos a seguir.

TEXTO 1

<www.turismo4patasblogdacleo.blogspot.com>.

TEXTO 2

VOLUNTÁRIOS RECOLHEM SETE TONELADAS DE LIXO DE RIOS DA REGIÃO

Mutirão pela natureza mobilizou moradores durante este sábado Da redação

Novo Hamburgo – Ontem o dia foi de mutirões. De São Leopoldo a Igrejinha, oito municípios banhados pelos rios dos Sinos e Paranhana receberam a atenção de Organizações Não Governamentais (ONGs) e voluntários em ações de limpeza.

Com sacos de lixo em mãos, disposição e boa vontade, representantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente hamburguense e do Grupo Pensando Novo Hamburgo estiveram engajados no mutirão de limpeza realizado pela ONG Cururuay, de Sapiranga. Conforme o responsável pela ONG, Renato Wallauer, sete toneladas de lixo foram recolhidas.

Em Novo Hamburgo, foram coletados cinco sacos com capacidade para 40 litros de lixo. A diversidade de objetos impressionou. Lâmpadas, calçados, bolas e até garrafas com gasolina. “Se continuar assim, estranho será ver peixes vivos daqui a alguns anos”, destacou o coordenador geral do Grupo Pensando Novo Hamburgo, Plácido Crescente.

Já em São Leopoldo, quem foi participar da ação orga-nizada pelo Instituto Martim Pescador e Projeto Canoagem na Escola auxiliou por terra e pela água na retirada de lixo no Rio dos Sinos. Enquanto um grupo recolhia o lixo das margens do rio, outro aguardava a bordo do barco Martim Pescador os detritos recolhidos pelos alunos e instrutores do projeto. O presidente do Instituto, Pedro Ivo Marques, destacou a parceria na atividade. “Essa é uma função do Instituto, preservar o rio”, concluiu.

<www.diariodecanoas.com.br/site/noticias/ meioambiente,canal-8,ed-4,ct-602,cd-307040,manchete-

true,VOLUNTARIOS+RECOLHEM+SETE+TONELADAS+ DE+LIXO+DE+RIOS+DA+REGIAO.htm>.

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Em relação aos textos, é correto afirmar que: a) na charge, a placa e os objetos jogados no chão não

servem de motivação para a fala do cão. No texto 2, o mutirão tem como motivo o fato de as pessoas poluí-rem o meio ambiente.

b) a charge aborda o tema da ecologia por meio de um texto que trabalha com elementos concretos; já o texto 2 trabalha com o mesmo tema, mas com palavras apenas de cunho abstrato.

c) no texto 1, o lixo na praia e a personagem que ali estão, abstratamente, representam o descaso de alguns cida-dãos em relação ao meio ambiente; no texto 2 esse descaso não é relatado.

d) no texto 1, há uma analogia com o mundo animal, deixando claro que o animal suja menos que o ho-mem. O texto 2 faz referência ao meio ambiente, mas não aponta culpados.

e) ambos os textos exploram o mesmo tema: ecologia; na charge, a palavra “animais” é ambígua e possui, em uma das interpretações, um sentido figurado e pejorativo.

Texto para as questões 9 e 10.

O texto a seguir é a última crônica de Moacyr Scliar, publicada no Correio Braziliense, no dia 11 de janeiro de 2011, no caderno Diversão&Arte.

ELOGIO DA DIVERSIDADE

Entre as impressionantes mudanças ocorridas no Brasil, há uma que mereceria um estudo especial, quem sabe até uma tese de mestrado ou doutorado. Nos últi-mos anos, descobrimos os números, o que é uma verda-deira revolução para um país que, durante muito tempo, acreditava sobretudo na retórica, nas palavras, domínio de uns poucos privilegiados. Agora, não. Agora, passa-mos a ter como divisa a frase do cientista Lord Kelvin, segundo a qual tudo que é verdadeiro deve ser expresso em algarismos. Todos os dias recebemos pela mídia uma verdadeira enxurrada numérica, indicadores econômicos, sociais, de saúde. E disso resultam também rankings, lis-ta dos melhores estados, ou municípios, classificados pelo sucesso obtido em áreas que vão desde a produção industrial até o nível educacional.

Nessas várias listas, há uma trinca constante, formada por Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Distrito Federal. Peguem, por exemplo, a expectativa de vida, o número de anos que podemos esperar viver. Em primeiro lugar estão o Distrito Federal e Santa Catarina, com 75,8 anos, e logo em seguida, o RS, com 75,5 anos. Tomem a mortalidade infantil. Por causa da fragilidade das crianças, esse é, infelizmente, o indicador clássico para avaliar a situação de saúde. Pois nos quatro melhores estados (São Paulo entra aí também) está a nossa trinca, RS, SC, DF, todos bem abaixo da média nacional.

Vamos para uma outra área, a educacional. Recente-mente foram divulgados os dados do Pisa (Programme for International Students Assement, Programa Internacional de Avaliação de Alunos) introduzido pela Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico, que anali-sou a situação da educação em 65 países, no que se refere a ciências, matemática e leitura. No caso do Brasil, quem encontramos no topo do ranking dos estados? Distri-to Federal, Santa Catarina, Rio Grande do Sul.

Tomemos um indicador mais abrangente, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), composto de expectativa de vida, alfabetização e produto interno per capita; ou seja, saúde, educação, economia. Nos cinco estados mais bem situados (aí entram São Paulo e Rio de Janeiro), está de novo a nossa trinca, DF, SC, RS.

Agora, o que terão em comum os três? Aí entramos no terreno do palpite, mas ouso arriscar uma resposta: a diversidade, populacional e cultural. Rio Grande do Sul e Santa Catarina são estados formados em grande parte por emigração, e o mesmo acontece com Brasília (só que aí é a migração de brasileiros, dos lendários candangos). Ora, o emigrante é um cara que luta: luta para sobreviver, luta por melhores condições de vida, luta para educar seus filhos. E frequentemente vence. Porque o emigrante é aquele cara que não se resignou a ficar onde estava, entregue aos queixumes e às lamentações; não, o emi-grante é um cara que, à frente de sua família, foi em busca de uma existência melhor, viajando num pau de arara ou num precário navio. Um cara que chegou a um lugar para ele desconhecido, mas que, sem se intimidar, procurou trabalho (e o gaúcho, que ajudou a povoar todo o oeste do país, é um exemplo disso). A combinação da cultura dos emigrantes com as tradições locais funcionou bem nesses três estados, mostrando que o Brasil é o verdadeiro melting pot, aquele panelão de misturas que os Estados Unidos sempre viram, acertadamente, como uma fórmula para o desenvolvimento.

DF, SC, RS: dá para acreditar no Brasil. O que, conve-nhamos, além de boa notícia, é um verdadeiro presente de ano-novo.

Moacyr Scliar. Correio brasiliense. <www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-

arte/2011/02/27/interna_diversao_arte,240074/confira-a-ultima-cronica-de-moacyr-scliar-publicada-no-correio-braziliense.shtml>.

9 Assinale a alternativa que faz uma afirmação correta sobre o texto de Moacyr Scliar. a) O autor vê nos três estados – Rio Grande do Sul, Santa

Catarina, Distrito Federal – um exemplo para o país, pois a população desses estados não se entregou aos costumes dos emigrantes; pelo contrário, preservou suas origens.

b) A ideia de diversidade contida no título é coerente, pois os estados que costumam destacar-se no cenário econômi-co são Rio de Janeiro e São Paulo; porém os números apontam qualidade de vida em outros estados, como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Distrito Federal.

c) O autor enfatiza como é importante o nacionalismo, é ele que impulsiona o desenvolvimento do país, é ele o responsável por esses índices positivos em relação aos três estados citados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Distrito Federal.

d) A diversidade, cultura do emigrante com a cultura local, é para o autor o que justifica o bom desempenho dos três estados – Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Distrito Federal – em índices que estão diretamente re-lacionados à qualidade de vida, à saúde e à educação.

e) O autor deixa claro que, nos estados com melhor qualidade de vida, não houve movimentos migratórios como em São Paulo e Rio de Janeiro; trata-se do con-ceito de raça pura.

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10 Considere a frase: Ora, o emigrante é um cara que luta: luta para sobre-

viver [...].

Em relação à frase, pode-se afirmar que: a) a preposição “para” estabelece uma relação de conse-

quência em relação à luta. b) o conectivo “que” é elemento coesivo, liga orações e,

ao mesmo tempo, retoma a palavra luta. c) o termo “Ora” pode ser considerado coloquial, o que

não é coerente com os palavras da frase. d) a reiteração da palavra “luta” procura enfatizar a perfor-

mance do emigrante em busca da sobrevivência. e) a palavra “cara” é, no contexto, depreciativa, pois é de

uso coloquial.

11 Leia os anúncios a seguir, que versam sobre o tema da pedofilia.

<www.tpa.com.br>.

De acordo com os textos lidos, assinale a alternativa correta. a) O pronome “alguém”, no terceiro anúncio, refere-se à

garota, vítima da pedofilia. b) No segundo anúncio, os vocábulos empregados reme-

tem ao campo semântico do adulto. c) O conectivo “mas” introduz uma ressalva e, do ponto

de vista argumentativo, o argumento mais fraco. d) A imagem das algemas, no segundo anúncio, entra em

relação com a palavra castigo, assim como a chupeta remete ao mesmo campo semântico do texto verbal.

e) Os anúncios visam criticar a falta de atenção dos pais; que não dão atenção suficiente ao problema.

12 Leia o texto a seguir.

Sobre o anúncio, é correto afirmar que: a) ele aborda o tema da ecologia por meio de uma oposi-

ção entre natureza e peças de museu. b) a ideia do museu remete ao fato de que, se cuidarmos

da natureza, ela deixará de existir, encontrá-la-emos apenas no museu.

c) no anúncio, os elementos visuais, a árvore e a peça que a sustenta, reiteram o que se diz no verbal.

d) embora sofra um tratamento artístico, não há quebra de expectativa na imagem da árvore e da peça que a sustenta.

e) o fato de o texto dirigir-se diretamente ao receptor visa a um efeito de distanciamento, próprio da publicidade.

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS

13 Na década de 1830, Tocqueville escreveu as seguin-tes linhas a respeito da moralidade nos EUA.

A opinião pública norte-americana é particularmente dura com a falta de moral, pois esta desvia a atenção frente à busca do bem-estar e prejudica a harmonia doméstica, que é tão essencial ao sucesso dos negócios. Nesse sentido, pode-se dizer que ser casto é uma questão de honra.

A. Tocqueville. Democracy in America. Chicago: Encyclopædia Britannica, Inc., Great Books 44, 1990. (Adapt.).

Do trecho, infere-se que, segundo Tocqueville, para os norte-americanos do seu tempo: a) a vida moral nada tinha a ver com o progresso, consti-

tuindo-se em um entrave para este. b) a opinião pública deveria deixar de lado as questões

morais, dado que elas representavam um passado do qual a nova nação teria de se libertar.

c) a conduta moral era uma condição inevitável para o progresso e para a própria expansão territorial dos EUA.

d) questões como a harmonia doméstica desviavam a atenção da população do que realmente importava, que é o progresso material.

e) não há nenhuma relação entre harmonia doméstica, conduta moral e progresso material.

14 Leia com atenção o fragmento a seguir. O fuso horário do Acre – que hoje é de uma hora a

menos em relação ao horário oficial de Brasília – deverá ser alterado e voltar a ter duas horas de diferença. Em referendo feito no domingo, junto com o segundo turno, 56,8% dos eleitores responderam “não” à pergunta “Você é a favor da recente alteração de horário legal promovida no seu estado?”.

<http://oglobo.globo.com/pais/eleicoes2010/mat/2010/11/02/acreanos-dizem-nao-ao-atual-fuso-horario-922927588.asp>.

Assinale a alternativa em que o resultado do referendo está mais bem explicado. a) Os acreanos votaram contra a adoção do horário de

verão no estado, uma vez que a economia predomi-nantemente rural não é capaz de se adequar às regras desse horário.

b) Localizando-se no fuso do 75° O, o horário oficial com uma hora a menos que o de Brasília trouxe incômodos para parte da população acreana como, por exemplo, ter de acordar antes de o Sol nascer.

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c) O novo horário, criado para estimular a economia de energia, não deu o resultado esperado e, dessa forma, vem sendo cada vez mais questionado pela população em relação à sua eficiência.

d) A partir de 2008, o Acre adotou o horário do meridiano 75° O, o que impossibilitou a adoção do horário de ve-rão, que era bem visto pela população devido à grande economia de energia que proporcionava.

e) Estando próximo à linha do Equador, o Acre recebe mais horas de Sol do que a maior parte do Brasil, o que impossibilita a adoção do atual fuso horário.

15 Com a crescente expansão da industrialização do con-tinente europeu, a partir de 1830, os pequenos Estados italianos e alemães sentiram a necessidade de promover uma centralização, com o objetivo de conseguir equiparar-se às grandes potências, principalmente França e Inglaterra. Ainda politicamente fracas, nem a burguesia italiana nem a alemã tinham condições de assumir a direção do governo. Por isso, aceitavam a monarquia constitucional, desde que o Estado incentivasse o progresso econômico. Acreditavam que só assim poderiam chegar à centralização política, sem passar necessariamente por mudanças estruturais que colocassem em perigo sua posição de classe proprietária.

Alceu Luiz Pazzinato. História Moderna e Contemporânea.

O autor analisa as condições em que se promoveram as unificações da Itália e da Alemanha e o tipo de Estado surgido nesses novos países. Com base no texto, assina-le a alternativa correta. a) Para o autor, tanto os italianos quanto os alemães

tinham consciência de que as unificações políticas de ambos os países gerariam fortes transformações nas estruturas sociais.

b) A chamada “via prussiana” – a efetivação dos proces-sos de unificação a partir dos Estados mais fortes – impediu que a luta pela unificação na Itália e na Ale-manha abrisse caminho às reivindicações populares, garantindo a supremacia dos interesses burgueses.

c) Os interesses econômicos não foram decisivos nos processos de unificação italiana e alemã. Na verdade, eles ficaram em segundo plano, dada a supremacia da questão política e militar, marcada pelo interesse de ambos os povos em neutralizar o poderio da Áustria em seus territórios.

d) As unificações da Itália e da Alemanha não tiveram repercussões significativas para o panorama político europeu da época.

e) Por serem ainda fracas, tanto a burguesia alemã quanto a italiana não foram capazes de tomar o poder, sendo derrotadas pelos regimes monárquicos que se criaram nesses processos de unificação.

16 A abertura dos portos, decretada ainda em 1808, resul-tava de uma imposição dos acontecimentos. Vêm em segui-da os tratados de 1810 que transformaram a Inglaterra em potência privilegiada, com direitos de extraterritorialidade e tarifas preferenciais a níveis extremamente baixos, tratados esses que constituirão, em toda a primeira metade do sécu-lo, uma séria limitação à autonomia do governo brasileiro no setor econômico.

Celso Furtado. Formação econômica do Brasil.

A abordagem do autor expressa uma visão clássica, con-sagrada pela historiografia, acerca dos efeitos para a eco-nomia brasileira da abertura dos portos de 1808 e, princi-palmente, dos tratados de “Comércio e Navegação” e “Aliança e Amizade”, assinados entre d. João e o governo inglês em 1810. Com relação a esses eventos, é correto afirmar que: a) os tratados de 1810 asseguraram à Inglaterra o mono-

pólio sobre todo o comércio com o Brasil, tendo sido fundamental para a consolidação da Inglaterra como principal potência econômica mundial no século XIX.

b) uma das demonstrações que atestaram a total subser-viência de d. João aos interesses ingleses foi o Alvará de Proibição Industrial, assinado em 1809, proibindo a instalação de manufaturas no Brasil, em uma clara cessão às pressões da Inglaterra que não desejava concorrência aos seus produtos industrializados.

c) não era apenas no aspecto econômico que a Inglater-ra beneficiava-se dos tratados de 1810. O Tratado de Aliança e Amizade concedia aos ingleses o direito de nomear um governador-geral para o Brasil, eliminando totalmente o poder de d. João.

d) o Tratado de Aliança e Amizade impunha a d. João a obrigação de atacar possessões francesas na América, atendendo aos interesses políticos da monarquia ingle-sa, então em guerra contra Napoleão.

e) embora uma medida em si liberalizante, acabando com o principal componente do pacto colonial (o exclusivo metropolitano sobre o comércio brasileiro), a abertura dos portos foi feita em uma conjuntura na qual a única beneficiária possível dessa nova condição seria a Ingla-terra, que passaria a ter acesso direto e privilegiado ao mercado brasileiro.

17 Os números de 1 a 4 representam etapas sequen-ciais da formação de rochas sedimentares.

Assinale a alternativa que identifica corretamente tais etapas.

1 2 3 4 a) Desgaste Metamorfose Sedimentação Erosão b) Acúmulo Intemperismo Erosão Sedimentaçãoc) Sedimentação Desgaste Metamorfose Intemperismo d) Intemperismo Erosão Transporte Deposição e) Intemperismo Deposição Sedimentação Litogênese

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18 Observe os mapas a seguir.

QUEDA DOS ASSASSINATOS NA PERIFERIANúmero de homicídios por distrito policial

Poucos homicídios Muitos homicídios

0 a 20 21 a 40 41 a 60 61 a 80

0 mortesO Pq. São Jorge foi oúnico distrito policialde SP sem homicídios

Mais violentoO Capão Redondoera o distrito commais homicídios

81 a 100 100 a 120 120 a 140 141 a 160 161 a 180 181 a 200

2000

DiferençaO Tatuapé foi o quemais reduziuproporcionalmenteos homicídios

2010

Fonte: O Estado de S. Paulo, 13 fev. 2011.

A partir da observação dos mapas e de seus conhecimen-tos sobre cartografia, assinale a alternativa correta. a) Os mapas são exemplos de cartografia sistemática, pois

priorizam a precisão. b) Os dados representados são, principalmente, qualitati-

vos, pois tratam de qualidades sociais dos bairros. c) O destaque positivo em relação ao Pq. São Jorge

pode ser percebido graças à gradação escolhida para a legenda.

d) Não é possível afirmar que se verificou uma tendência geral de queda da violência, já que são dois mapas di-ferentes.

e) A gradação da legenda dá a impressão de que a que-da no Capão Redondo foi mais importante que a do Tatuapé.

19 Leia o texto a seguir. O mostrengo que está no fim do mar Na noite de breu ergue-se a voar; À roda da nau voou três vezes, Voou três vezes a chiar; E disse, “Quem é que ousou entrar Nas minhas cavernas que não desvendo, Meus tetos negros do fim do mundo?” E o homem do leme disse, tremendo, “El-Rei d. João Segundo!”.

Fernando Pessoa. Mensagem. São Paulo: Hedra, 2006. p. 80.

Nos séculos XV e XVI, as grandes navegações decorreram de um conjunto de fatores e transformações na Europa. O pioneirismo português, no empreendimento de conquistas dos mares, deu-se: a) por sua posição geográfica privilegiada no litoral do

oceano Índico, com acesso ao Mediterrâneo e próximo à costa africana.

b) pela acumulação de capitais do grupo mercantil de ori-gem muçulmana, cujos recursos foram mobilizados pelo Estado absolutista para os empreendimentos marítimos.

c) pelo conhecimento das atividades marítimas desde a ocupação moura, com a absorção e o aperfeiçoamen-to de técnicas de navegação, de cartografia e de estu-dos de astronomia.

d) pelo domínio da Península Ibérica por meio das cida-des norte-africanas e do espírito empreendedor da an-tiga colônia fenícia de Cartago.

e) por seu desejo de colonizar regiões afro-americanas, estabelecendo a cultura anglo-saxônica.

20 Não foram os brasileiros os agentes iniciais da inde-pendência, nem precisavam sê-lo. Em 1820, era muito mais Portugal que precisava reconquistar o Brasil que este a necessitar de uma separação.

Jorge Caldeira. A Nação Mercantilista.

O texto se reporta a um importante fato que tem, pelas suas consequências, relação direta com nossa independência em 1822. Com relação a esse evento e sua importância no processo de independência do Brasil, assinale a alternativa correta. a) Havia por parte das elites brasileiras uma união em

torno da necessidade da independência. A Revolução Liberal do Porto, fenômeno abordado no texto, por seu ideário liberal e anticolonial, consolidou esse anseio.

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b) O texto trata da vinda da Família Real portuguesa para o Brasil. Sua expulsão de Portugal, após o movimento liberal que derrubou a Monarquia, deu início à ruptura do Brasil com a antiga metrópole.

c) Ao afirmar que o Brasil não necessitava de uma separa-ção, o autor refere-se à total ausência de qualquer ma-nifestação de descontentamento no Brasil durante os anos em que a Corte portuguesa esteve sediada no Rio de Janeiro.

d) A Revolução do Porto, ao preconizar a recolonização do Brasil, sepultou a possibilidade de o país manter-se como Reino Unido, como era o desejo de parte das eli-tes brasileiras, apontando necessariamente o caminho da independência como uma possibilidade de eliminar a ameaça recolonizadora.

e) O ideário liberal e anticolonialista, que marcou a Revo-lução de 1820 em Portugal, fez com que as elites por-tuguesas passassem a desejar a separação do Brasil, então uma colônia onerosa, cuja manutenção era vista como nefasta à economia portuguesa.

21 Leia o texto a seguir. Daqui nasce um dilema: é melhor ser amado do que

temido, ou o inverso? Respondo que seria preferível am-bas as coisas, mas, como é muito difícil conciliá-las, pare-ce-me muito mais seguro ser temido do que amado, se só se puder ser uma delas. [...] Os homens hesitam menos em prejudicar um homem que se torna amado do que outro se torna temido, pois o amor mantém-se por um laço de obrigações que, em virtude de os homens serem maus, quebra-se quando surge ocasião de melhor proveito. Mas o medo mantém-se por um temor do castigo que nunca nos abandona. Contudo, o príncipe deve-se fazer temer de tal modo que, se não conseguir a amizade, possa pelo menos fugir à inimizade, visto haver a possibilidade de ser temido e não ser odiado, ao mesmo tempo.

Nicolau Maquiavel. O príncipe. Lisboa: Europa-América, 1976.

Da leitura do texto, pode-se afirmar que: a) o papel do idealismo racional é o fio condutor que

constrói o tratado político de Maquiavel, submetendo as ações do soberano às leis da lógica.

b) possui uma influência direta do pensamento medieval, visto que o tema da ética do amor é central na cons-trução de um Estado.

c) o príncipe deve abandonar totalmente a tentativa de conciliar o amor e o medo, necessários para a conduta do Estado.

d) a visão liberal de Maquiavel com relação à presença do Estado fez com que esse autor tivesse influência direta nas revoluções sociais de cunho anarquista de 1830 e 1848.

e) o fio condutor do pensamento de Maquiavel é sua ob-servação de fatos concretos, como as atitudes humanas e suas consequências, com vistas em construir um ma-nual para o príncipe organizar e manter o Estado, ga-rantindo assim o bem-estar geral.

22 Em 1838, o deputado Bernardo Pereira Vasconcelos escrevia:

Fui liberal, então a liberdade era nova para o país, estava nas aspirações de todos, mas não nas leis, não nas ideias práticas; o poder era tudo, fui liberal. Hoje, porém, é diverso o aspecto da sociedade; os princípios democráticos

tudo ganharam e muito comprometeram. A sociedade, que corria risco pelo poder, hoje corre risco pela desordem e pela anarquia. [...]

As palavras de Bernardo Pereira Vasconcelos ligam-se a uma realidade na qual: a) as elites buscam a retomada de um poder forte, capaz

de conter a instabilidade política e as constantes amea-ças de fragmentação do território que se acentuaram após o Ato Adicional de 1834.

b) os setores das elites do Império reagem contra a abdi-cação de d. Pedro I.

c) fica clara a postura de setores da aristocracia brasilei-ra no sentido de negar a antecipação da maioridade de d. Pedro II.

d) os setores conservadores reagem ao Golpe da Maiori-dade, estratégia usada pelos liberais, que buscavam com essa medida retomar o poder.

e) pela primeira vez, observa-se uma defesa dos interes-ses populares por parte de políticos ligados à aristo-cracia, defesa que fica clara na menção aos riscos que a sociedade corria pelo autoritarismo do poder central.

Texto para as questões de 23 a 25.

O Oriente Médio e o norte da África estão em convulsão. Países que até há pouco tempo pareciam internamente estáveis como Tunísia, Egito e Líbia, estão surpreendendo o mundo ao se tornarem palcos de revoltas populares contra ditaduras que até então pareciam bem-estabelecidas. A extrema violência com a qual seus autocratas tentaram reprimir a vontade popular só vem reafirmando a impressão de que uma nova ordem deve estar se formando na região.

23 Politicamente falando, é insuficiente dizer não serem o poder e a violência a mesma coisa. O poder e a violência se opõem: onde um domina de forma absoluta, o outro está ausente.

Hannah Arendt. Da violência. Trad. de Maria Clara Drummond. Publicação da editora, 1985. p. 24.

<http://www.scribd.com/doc/7011287/Hannah-Arendt-Da-ViolEncia>.

Em relação aos recentes acontecimentos no Egito e na Líbia, a ideia central do fragmento anterior: a) pode ser utilizada para avaliar tais acontecimentos, uma

vez que trata da crise do poder religioso nesses países. b) não pode ser utilizada para analisar tais acontecimen-

tos, pois adota um enfoque político em vez de religioso. c) trata da crise de hegemonia, portanto pode ser utiliza-

da para identificar as recentes revoltas populares des-ses países.

d) mostra que o poder é daqueles que controlam os mecanismos de violência, podendo ser utilizada para avaliar a perda de controle dos governos citados.

e) ao separar poder de violência, não se aplica à situação do norte da África, que é extremamente violenta.

24 A onda de manifestações nas regiões do norte da África e do Oriente Médio incluiu um grande número de países. O sucesso das manifestações na Tunísia encora-jou a revolta popular na Argélia, na Jordânia, no Egito, na Líbia e assim por diante. Alguns analistas vêm falando de uma “queda do muro de Berlim árabe”. Nesse sentido, pode-se afirmar que: a) a ordem política interna de cada país apresenta pouca

relação com os acontecimentos internacionais.

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b) o poder de um governo pode estar baseado em arran-jos diplomáticos, políticos e ideológicos que transpõem as fronteiras nacionais.

c) o que ocorre na política internacional determina direta-mente as relações políticas internas de todos os países.

d) somente países pobres são afetados por acontecimen-tos políticos ocorridos fora de suas fronteiras nacionais.

e) a fronteira nacional é mais baseada em características naturais do que históricas, o que torna difícil, mesmo que não impossível, a influência de um país sobre o outro.

25 Os países europeus criticam a violência com a qual ditadores de países árabes do norte da África e do Oriente Médio reprimem a população, no entanto, os chefes de governos europeus não se dispuseram a interferir direta-mente nos conflitos. Tal postura difere daquela que foi adotada pelo governo europeu durante o Imperialismo, que caracterizou a ordem mundial multipolar anterior à Primeira Guerra, uma vez que: a) naquela época, os europeus dividiram a África em

possessões para garantir o fornecimento de matérias- -primas e a expansão de mercados consumidores, mantendo uma intervenção direta sobre o continente.

b) durante o Imperialismo, os europeus não criticavam os governantes árabes pela sua violência, já que havia uma forte aliança entre os dois continentes em torno dos interesses sobre o petróleo.

c) a aliança dos europeus com os árabes no combate ao Socialismo, na época, impedia os países do norte do Mediterrâneo de criticar e interferir nos assuntos africanos.

d) os europeus interferiam na África durante o Imperialismo, em geral, com o objetivo de levar a civilização ao conti-nente africano, pretendendo assim garantir a expansão dos ideais iluministas para o sul do Mediterrâneo.

e) não existiam relações diplomáticas, políticas ou eco-nômicas entre europeus e africanos naquele período.

26 Observe o quadro a seguir.

Porcentagem dos produtos sobre o valor de exportação

Produto 1841-1850 1861-1870 1881-1888

Açúcar 26,7% 12,3% 9,9%

Café 41,4% 45% 61,5%

Algodão 7,5% 18,3% 4,2%

Borracha 0,4% 3,1% 8,0%

Couro, tabaco etc. 12,2% 11,1% 8,7%

Total 88,2% 89,8% 92,3% Fonte: Schlitter Silva e P. Singer.

Após a análise dos dados, pode-se concluir que: a) a substituição da cana-de-açúcar pelo café, como pro-

duto dominante da exportação brasileira nos períodos, não alterou a característica da economia brasileira, pro-dutora de artigos primários para vendas no exterior.

b) no período de 1881 a 1888, o comércio exterior brasi-leiro demonstrou querer alterar substancialmente a es-trutura econômica herdada do período Colonial.

c) o fator determinante para o decréscimo da exportação do açúcar foi o crescimento da exportação do algodão e da borracha.

d) entre 1841 e 1888, não houve uma modificação signi-ficativa no comportamento econômico dos produtos de exportação do país, embora tenham sido mantidas as características agrárias.

e) ao longo do século XIX, houve um claro crescimento da exportação de açúcar, associado à elevação expor-tadora de borracha.

27 Leia o texto a seguir. A filosofia está escrita nesse grandíssimo livro que con-

tinuamente é aberto diante de nossos olhos (refiro-me ao universo). Porém, não pode ser entendida se antes não se apreende a compreender a língua em que está escrito. Está escrito em linguagem matemática e os caracteres são triângulos, círculos e outras figuras geométricas, sem as quais é impossível entender humanamente uma palavra. Sem eles, é como teimar num obscuro labirinto.

Galileu. O ensaísta.

Assinale a alternativa que interpreta corretamente o texto. a) De acordo com Galileu, não é possível compreender o

universo, pois sua linguagem é a matemática, que, por ser muito complexa, faz-nos ficar perdidos nos labirin-tos da ignorância.

b) A matemática é a linguagem da mente humana e, apesar de ser exata, não consegue tecer relação com o universo, porque este é essencialmente físico e não abstrato.

c) O método científico de Galileu era essencialmente teórico e tinha na matemática sua única ferramenta de trabalho.

d) Para Galileu, o universo tem suas leis escritas em lin-guagem matemática; portanto, para compreendê-lo, é preciso se dedicar a essa ciência.

e) A mente humana não pode compreender nada que não a matemática.

CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS

28 Há cerca de 150 anos, o cientista inglês Charles Darwin estabeleceu uma teoria de evolução biológica, que mudou todo o pensamento científico.

Sobre esse tema, é possível afirmar que: a) a seleção natural leva ao aumento da frequência popu-

lacional das mutações gênicas vantajosas em um da-do ambiente.

b) a seleção natural é um processo que leva à sobrevi-vência dos mais aptos.

c) a mutação é a causa primária da variabilidade entre os indivíduos, dando origem a material genético novo e ocorrendo sem objetivo adaptativo.

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d) é impossível pensar-se na evolução a partir de um ances-tral comum, por meio da seleção natural.

e) Darwin demonstrava que características individuais mantinham-se constantes.

29 A sacarose é um dissacarídeo composto de uma molécula de glicose e uma de frutose. Todas as plantas produzem sacarose pela fotossíntese, um processo natural que transforma a luz do Sol em energia vital, contudo ape-nas a cana-de-açúcar e a beterraba produzem sacarose suficiente para a produção industrial, gerando o mesmo resultado: açúcar puro. Sacarose, mais comumente chama-da de açúcar, é somente um dos vários adoçantes naturais encontrados nas plantas utilizadas como alimento e que faz parte de um grande grupo de substâncias chamadas de carboidratos. O gráfico a seguir representa a solubilidade em água da sacarose em função da temperatura.

Com base na análise desse gráfico e admitindo-se que a densidade da água corresponde a 1,0 g/cm3, no intervalo de temperatura mencionado, é correto concluir que: a) a sacarose não se dissolve bem em água na tempera-

tura ambiente. b) 50,0 mL de um café, a 30 °C, após ser adoçado com

10,0 g de açúcar, deixará um resíduo de açúcar no fundo da xícara.

c) a adição de 100,0 g de açúcar a 100,0 cm3 de água, a 30 °C, forma uma solução saturada.

d) o coeficiente de solubilidade da sacarose a 40 °C é maior do que a 60 °C.

e) 2,0 L de água, a 20 °C, dissolvem, no máximo, 4,0 kg de sacarose.

30 Existem diferentes hipóteses que procuram explicar a origem da vida em nosso planeta. Entre elas está a hipóte-se heterotrófica, que é a mais aceita pela comunidade científica. Essa proposta tem como base as ideias de Oparin. Tais ideias sustentam que tenha se formado uma sopa orgânica nos oceanos da terra primitiva. Podemos afirmar corretamente que uma das condições presentes na atmosfera primitiva, sem a qual não haveria abundância de nutrientes nos oceanos primitivos, era: a) a presença de CO2 na atmosfera. b) a presença de uma atmosfera onde metano, amônia e

vapor-d’água estariam entre os principais componentes. c) o ambiente estável, onde a energia na atmosfera se

manifestava como no ambiente contemporâneo.

d) a presença abundante de oxigênio para proporcionar reações químicas mais eficazes na produção de maté-ria orgânica.

e) que a temperatura da terra primitiva durante a forma-ção dessas moléculas orgânicas era em níveis abaixo de zero.

31 Considere 100 mL de solução de ácido sulfúrico de densidade 1,40 g/cm3 e 35% em massa. A essa solução são adicionados 400 mL do mesmo ácido 4 M e depois 500 mL do mesmo ácido 2 M. Calcule a molaridade final dos íons H+. (Observação: desconsidere a ionização da água).

Dado: Massa molar do H2SO4 = 98 g/mol.

a) 3,1 M b) 6,2 M c) 4,1 M d) 8,2 M e) 2,1 M

32 Segundo as teorias de evolução, os milhões de espé-cies que existem hoje em nosso planeta surgiram de outras preexistentes. O mecanismo gerador de novas espécies é denominado especiação. Sobre esse assunto, pode-se afirmar que: a) a formação de raças de uma mesma espécie não de-

pende da formação de uma barreira geográfica. b) para que dois grupos sejam considerados de espécies

diferentes, eles não necessitam estar isolados repro-dutivamente.

c) o cruzamento entre duas espécies diferentes pode originar uma nova espécie.

d) o mecanismo formador de espécies, em geral, começa com o isolamento reprodutivo entre dois grupos e ter-mina com o isolamento geográfico.

e) o isolamento geográfico leva, obrigatoriamente, ao iso-lamento reprodutivo.

33 Pesquisas modernas têm demonstrado que muitas doenças neurológicas podem ser tratadas minimizando seus efeitos. Essas doenças estão relacionadas com os meca-nismos de transmissão do impulso nervoso de um neurônio para outro, fenômeno denominado sinapse.

Sinapse

Resolução não microscópica.

Em relação ao exposto, pode-se afirmar que: a) o impulso nervoso não tem a ver com íons. b) o impulso nervoso pode seguir qualquer sentido no

neurônio. c) na sinapse nervosa, neurônios têm contato físico. d) a adrenalina é o único mediador químico que atua na

sinapse nervosa. e) a sinapse nervosa, em geral, ocorre envolvendo o axônio

de um neurônio e os dendritos de um outro neurônio.

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34 Com o objetivo de aumentar seus conhecimentos em Física, um estudante acessou uma página da internet que continha o assunto Potencial Elétrico. Um fragmento do texto está indicado a seguir.

A capacidade que um corpo energizado tem de reali-zar trabalho, ou seja, atrair ou repelir outras cargas elétri-cas, é chamada potencial elétrico. Para obter o potencial elétrico de um ponto, coloca-se nele uma carga de prova q e mede-se a energia potencial adquirida por ela. Essa energia potencial é proporcional ao valor de q. Portanto, o quociente entre a energia potencial e a carga é constante. Esse quociente é chamado de potencial elétrico do ponto.

Ele pode ser calculado pela seguinte expressão: = ,PEVq

onde EP é a energia potencial e q é a carga de prova. Por conseguinte, quando se fala que o potencial elétrico de um ponto L é VL = 10 V, entende-se que esse ponto consegue dotar de 10 J de energia cada unidade de carga da 1C.

Para calcular o potencial elétrico devido a uma carga puntiforme, usa-se a fórmula:

= 0K QV

d

Após a leitura e se utilizando das aulas que teve em seu colégio, o estudante precisou resolver o seguinte proble-ma: uma carga elétrica puntiforme Q > 0 está colocada em um ponto P, como mostra a figura.

Os pontos que se encontram no mesmo potencial elétrico são: a) 1 e 2 b) 1 e 5 c) 3 e 4 d) 1 e 4 e) 2 e 3

35 Algumas doenças neurológicas podem levar princi-palmente a prejuízos motores. Essas lesões são chama-das de ataxia. A ataxia pode ser provocada pelo alcoo-lismo, apresentando sintomas como descoordenação motora e perda de equilíbrio.

Assinale a alternativa que apresenta o órgão do sistema nervoso central que tem relação com os sintomas da ataxia. a) Medula. b) Hipotálamo. c) Corpo caloso. d) Cerebelo. e) Nervos motores.

36 Em janeiro deste ano, mais um alpinista brasileiro sofreu um acidente fatal ao tentar escalar o Monte Aconcá-gua. Apesar de sua altitude, o Aconcágua não é uma mon-tanha particularmente difícil de ser escalada do ponto de vista técnico, pois, para atingir o seu cume pela rota nor-mal, não é necessário que o montanhista realize escaladas técnicas avançadas. Entretanto, a subida pela face sul da montanha (onde ocorreu o acidente com o escalador brasi-leiro) é considerada uma das mais perigosas do mundo. Para superar blocos de gelo do tamanho de edifícios, são necessários excelente conhecimento técnico e enorme capacidade física para suportar as condições meteorológi-cas adversas: no verão, registram-se, pela noite, tempera-turas de –25 °C e, no inverno, a temperatura pode chegar a –30 °C devido às fortes rajadas de ventos.

Monte Aconcágua, em janeiro de 2011.

Altitude: (6.959 m) Coordenadas: (32° 39’ S) – (70° 00’ W) Localização: Mendoza, Argentina Primeira ascensão: 1897 por Matthias Zurbriggen

Dado: 1 pé = 30 cm.

Sobre o Aconcágua, assinale a alternativa correta. a) A altura do Aconcágua é de, aproximadamente, 43.197

pés. b) A temperatura do Aconcágua, durante o inverno, é igual

a 22 °F. c) A temperatura do Aconcágua, durante o verão, é igual

a –208 K.

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Ciclo 1 2011 2o ano Ensino Médio Página 13 de 20

d) Os alpinistas nunca estão submetidos a alguns efeitos da altitude como, por exemplo, a hipotermia, perturba-ção do sono (devido aos baixos índices de oxigênio), cegueira causada pela neve e por raios ultravioletas, entre outros.

e) A variação de temperatura no Aconcágua entre o verão e o inverno vale –9 °F.

37 O isotônico é um tipo de bebida cientificamente formulada para ajudar na hidratação durante a prática de exercícios.

Durante atividade física prolongada e intensa, o corpo perde, por meio da transpiração, água e sais mineiras (principal-mente sais de sódio) importantes para o equilíbrio do orga-nismo. O sódio é um componente essencial na fórmula dos isotônicos, pois auxilia principalmente na absorção de líquido e na reposição hidroeletrolítica. Veja a informação nutricional de um isotônico: Porção de 200 mL ou 200 g (1 copo) Quantidade por porção: Valor energético: 48 kcal = 200 kJ Carboidratos: 12 g Sódio: 92 mg Potássio: 24 mg Dado: Massa molar do Na = 23 g/mol.

Assim, podemos afirmar que 500 mL dessa bebida contêm: a) 30,0 g de carboidrato e 0,92 g de sódio. b) 12 g de carboidrato e 125 mg de sódio. c) 0,004 mol/L de sódio. d) 0,02 mol/L de sódio. e) 12 g/L de potássio.

38 Em 1908, o químico alemão Fritz Haber publicou o primeiro trabalho sugerindo a possibilidade técnica da síntese da amônia a partir do nitrogênio e do hidrogênio atmosféricos. Dez anos depois, ele ganharia o Prêmio Nobel de Química por essa descoberta. Dois anos após o artigo inicial, em 1910, a empresa Basf comprou sua patente. Carl Bosch, engenheiro metalúrgico da empresa, transformou a possibilidade teórica prevista por Haber em uma realidade prática. Os aperfeiçoamentos renderiam a Bosch o mesmo Prêmio Nobel de Química em 1931. O que passaria para a história como o Processo Harber-Bosch daria início a uma nova fase não apenas da agricultura e da indústria mundiais, mas também da própria forma de vida de nossa civilização. Hoje, um século mais tarde, bilhões de pessoas são alimentadas graças a essa descoberta. Foi a síntese da amônia que permitiu o desen-

volvimento dos fertilizantes químicos nitrogenados sintéti-cos que hoje garantem a produtividade de quase metade de toda a agricultura mundial. Contudo, também foi esse mesmo processo que colocou em movimento uma série de alterações ambientais que hoje nos afetam mais do que nunca, e que viabilizou muitas das armas que fomentaram os conflitos armados nesse seu primeiro século de história.

Jan Willem Erisman, Mark A. Sutton, James Galloway, Zbigniew Klimont, Wilfried Winiwarter. “How a century of

ammonia synthesis changed the world”. Nature Geoscience; October 2008.

<www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=100-anos-de-sintese-da-amonia--a-descoberta-que-

mudou-o-mundo&id=010160081014>.

Um estudante de Química, após ler esse texto, tentou fazer um estudo sobre a produção de amônia. Ele trabalhou com a seguinte reação:

+ → +2(g) 2(g) 3(g)N 3H 2NH 92 kJ

Estando os reagentes e os produtos à mesma pressão e temperatura, o estudante de Química pôde afirmar que: a) é preciso fornecer 92 kJ para obter 1 mol de NH3(g) a

partir de N2(g) e H2(g). b) a reação é endotérmica (∆H é positivo). c) ao se processar a reação, há um aumento no número

de mols. d) o valor –92 kJ representa o ∆H de formação de 2 mols

de NH3(g), nessas condições. e) há mais energia armazenada no produto do que nos

reagentes.

39 A estabilidade de um núcleo é garantida pelo equilíbrio entre as forças nucleares e de repulsão eletrostática. Quando há um desequilíbrio entre essas forças, ocorre a instabilidade do núcleo. Nessa situação, o núcleo que se encontra em estado instável procura atingir o estado de maior estabilidade emitindo partículas ou radiações eletro-magnéticas. A esse fenômeno de transmutação dos nú-cleos instáveis dá-se o nome de radioatividade. Nesse processo, podem ser emitidas partículas alfa (α), beta (β), ou radiação gama (γ). O modo de decaimento depende do tipo de instabilidade nuclear, que é dado pela relação entre o número de nêutrons e o número de prótons. No fenôme-no de desintegração radioativa, os núcleos produtos po-dem ser formados no estado instável ou estável. Se os produtos são estáveis, então decairão produzindo outro núcleo que pode também ser radioativo e assim sucessi-vamente. Esse processo pode continuar ao longo de vários estágios até que se forme um núcleo estável.

<www.biossegurancahospitalar.com.br>.

Considere as desintegrações radioativas de dois elemen-tos radioativos “A” e “B” com formação de chumbo, con-forme o esquema a seguir.

emite 4 e 6u k90 xA Pbβ α→

emite 6 e 8238 t k 2z yB Pbβ α = −→

Os valores corretos de u, k, x, z e y são, respectivamente: a) 232, 208, 82, 92, 82 b) 228, 208, 82, 98, 82 c) 228, 216, 86, 96, 86 d) 222, 212, 74, 84, 74 e) 228, 216, 82, 98, 82

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40 Charles Coulomb foi um físico francês que publicou inúmeros tratados sobre a Eletricidade e o Magnetismo. Experimentador genial e rigoroso, realizou uma experiência histórica com uma balança de torção para determinar a força exercida entre duas cargas. Coulomb estabeleceu a relação entre força elétrica, quantidade de carga e distân-

cia, ou seja, demonstrou a famosa equação 0 1 22

K Q QF = ,d

enfatizando a semelhança desta com a teoria de Isaac Newton para a Gravitação Universal. Além disso, estudou as cargas elétricas pontuais e a distribuição de cargas em superfícies de corpos carregados. Para verificar a Lei de Coulomb, fixaram-se, nos vértices do triângulo equilátero ABC da figura, três cargas elétricas puntiformes e de mes-mo sinal.

A força elétrica resultante sobre a carga A será: a) nula, pois encontra-se equidistante das cargas B e C. b) vertical para cima, somente se as cargas forem positivas. c) vertical para baixo, somente se as cargas forem nega-

tivas. d) vertical para cima, qualquer que seja o sinal das cargas. e) vertical para baixo, qualquer que seja o sinal das cargas.

41 A primeira impressora jato de tinta surgiu em 1964, quando o americano Richard Sweet apresentou seu inven-to na Academia de Ciências. Esse exemplar de impressora utiliza pequenas gotas de tinta que podem ser eletricamen-te neutras ou eletrizadas positiva ou negativamente. Tais gotas são lançadas entre as placas defletoras da impresso-ra, região na qual existe um campo elétrico supostamente uniforme, atingindo, então, o papel para formar as letras. A figura mostra três gotas de tinta que são lançadas para baixo, a partir do emissor de gotas. Após atravessar a região entre as placas, essas gotas vão impregnar o papel. O campo elétrico entre as placas está representado pelo vetor E.

Emissor degotas

Placas

Papel123

E

Pelos desvios sofridos, pode-se dizer que as gotas 1, 2 e 3 estão, respectivamente: a) carregada negativamente, neutra e carregada positi-

vamente. b) neutra, carregada positivamente e carregada negati-

vamente. c) carregada positivamente, neutra e carregada negati-

vamente. d) carregada positivamente, carregada negativamente e

neutra. e) carregada negativamente, carregada positivamente e

neutra.

42 No Departamento de Engenharia de Materiais do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), engenheiros avaliam, em função da temperatura, o comportamento de uma vareta confeccionada de um material desconhecido. Tal avaliação se faz necessária uma vez que cabe ao engenheiro de materiais estudar a estrutura, as proprieda-des, as aplicações, o processamento e o desempenho de materiais novos ou já existentes, nas áreas de metais, polímeros e cerâmicos. O gráfico obtido no experimento é mostrado a seguir, com o comprimento da vareta medido em milímetros e a temperatura em graus Celsius.

35

1,001

1,000

45 55 65 75 85 T(oC)

L(103mm)

Material Coeficiente α (1/°C) Chumbo 27 · 10–6

Zinco 26,3 · 10–6

Alumínio 22 · 10–6

Cobre 17 · 10–6

Ferro 12 · 10–6

Com base na tabela indicada, a vareta é constituída de qual material? a) Chumbo. b) Zinco. c) Alumínio. d) Cobre. e) Ferro.

MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS

43 Chamando de aresta a interseção de duas faces de um dado de forma cúbica, quantos pares de arestas reversas há nesse dado? a) 20 b) 22 c) 24 d) 26 e) 28

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Ciclo 1 2011 2o ano Ensino Médio Página 15 de 20

44 A figura a seguir mostra um pacote, na forma de um prisma quadrangular reto, de dimensões 10 cm, 20 cm e 40 cm, amarrado a um barbante.

20 cm

10 cm

40 cm

Se reservarmos 20 cm para o laço, a quantidade mínima, em metros, de barbante necessária para amarrar esse pacote é de: a) 1,10 m b) 1,30 m c) 2,00 m d) 2,20 m e) 2,40 m

45 Em dois movimentos de rotação de 180°, Márcia con-seguiu que a capa de um livro, conforme mostra a figura, girasse 90° no próprio plano.

AD

BC Esses movimentos foram: a) primeiro em torno da aresta AC; segundo em torno de

RS, que forma 90° com AB no sentido anti-horário. b) primeiro em torno da aresta AB; segundo em torno de

RS, que forma 180° com AB no sentido anti-horário. c) primeiro em torno da aresta AC; segundo em torno de

RS, que forma 45° com AD no sentido anti-horário. d) primeiro em torno da aresta AB; segundo em torno de

RS, que forma 45°com AB no sentido anti-horário. e) primeiro em torno da aresta AD; segundo em torno de

RS, que forma 45° com AD no sentido anti-horário.

46 Analise a figura a seguir.

70o

C

100 m Pcosta

H

V (barco)

150 m

Pode-se concluir que a distância do barco à praia está mais próxima de:

Dado: cos 70° ≈ 0,342.

a) 140 m b) 180 m c) 240 m d) 340 m e) 440 m

47 Um barco navega a 30 km/h na direção noroeste. Em uma hora, pode-se concluir que ele percorreu, aproximada-mente: a) 30 km na direção norte e 20 km na direção oeste. b) 25 km na direção leste e 28 km na direção oeste. c) 21 km na direção leste e 26 km na direção oeste. d) 21 km na direção norte e 21 km na direção oeste. e) 20 km na direção leste e 25 km na direção oeste.

48 Vivian, sentada em um banco, observa uma árvore na outra margem de um rio que corre em uma planície horizontal. O raio visual que parte de seus olhos para o topo da árvore forma 35° com aquele formado ao olhar horizontalmente para o tronco. Ao retroceder seu banco 10 metros, constata que a medida do ângulo é agora de 25°. Considerando que os olhos de Vivian estão a 1 me-tro do chão e que tg 35° = 0,7 e tg 25° = 0,466, pode-se concluir que, aproximadamente: a) a largura do rio é 14 metros e a altura da árvore é

20 metros. b) a largura do rio é 30 metros e a altura da árvore é

20 metros. c) a largura do rio é 25 metros e a altura da árvore é

18 metros. d) a largura do rio é 20 metros e a altura da árvore é

15 metros. e) a largura do rio é 18 metros e a altura da árvore é

22 metros.

49 Duas barcas saem de um porto em direções que for-mam 52°. Suas velocidades são, respectivamente, 14 km/h e 17 km/h sobre os lados do menor ângulo dessas direções. Tomando cos 52° = 0,62, pode-se afirmar que, depois de uma hora, a distância entre elas é de, aproximadamente: a) 31 km b) 3 km c) 14 km d) 19 km e) 25 km

50 Um barco B pede socorro e seus sinais são recebi-dos por duas estações de rádio A e C, 50 km distantes entre si. De cada estação se medem os ângulos  = 46° e C = 53° internos ao triângulo ABC. Pode-se dizer que, aproximadamente, o barco: Dados: sen 46° = 0,72; sen 53° = 0,80; sen 81° = 0,98.

a) dista 62 km de A e 37 km de C. b) dista 18 km de A e 40 km de C. c) dista 32 km de A e 27 km de C. d) dista 41 km de A e 37 km de C. e) dista 38 km de A e 32 km de C.

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Ciclo 1 2011 2o ano Ensino Médio Página 16 de 20

51 Um pentágono regular está inscrito em uma circunfe-rência de 20 cm de raio. Considerando sen 72° = 0,95 e sen 54° = 0,81, pode-se garantir que, aproximadamente, o lado e a diagonal desse pentágono medem, respectivamente: a) 28 cm e 45 cm b) 23,5 cm e 38 cm c) 20 cm e 34 cm d) 30 cm e 28 cm e) 38 cm e 31 cm

52 Em um jardim quadrado ABCD, cujo lado mede 40 m, abrem-se os caminhos retilíneos AM, MN e NA, sendo M ponto médio do lado BC e N ponto médio do lado CD.

D C

A B Quem percorre uma vez o caminho AMN terá percorrido, em metros:

a) ( )+20 2 2 5

b) ( )+20 2 2 5

c) ( )+15 2 5

d) ( )+15 2 2 5

e) ( )+20 2 5

53 Uma sala retangular é dividida em quatro outras por duas paredes retilíneas, paralelas aos lados. Três das salas assim obtidas têm suas áreas, em metros quadrados, indi-cadas na figura a seguir.

6 14

? 35

Qual a área, em metros quadrados, da quarta sala? a) 10 b) 15 c) 18 d) 20 e) 21

54 A 3.000 metros de altura, um aviador V enxerga um povoado A sob um ângulo de 40° em relação à horizontal de voo (ângulo de depressão) e outro povoado B sob um ângulo de depressão de 15°. Qual a distância entre os povoados A e B, aproximadamente?

Dados: tg 40° = 0,84 e tg 15° = 0,27.

a) 357 m b) 1.111 m c) 987 m d) 7.540 m e) 2.415 m

55 No terreno trapezoidal ABCD, representado na figura a seguir, os lados paralelos medem AB = 30 metros e CD = 70 metros.

B A30

70

60

C D A diagonal AC, que mede 60 metros, é perpendicular à diagonal BD que, em metros, mede: a) 70 b) 71 c) 100 d) 80 e) 81

56 A figura representa um jardim hexagonal equiangular ABCDEF.

A

F

14 m

12 m

10 m

6 m

E

D

CB Mauro pretende construir um caminho retilíneo de A até E. Em metros, esse caminho medirá, aproximadamente:

Dado:

cos 120° = 1 .2

a) 12 b) 14 c) 17 d) 20 e) 28

57 Um ponto de tamanho desprezível desloca-se no sentido de A para B em uma trajetória retilínea AB de ponto médio M. No trecho AM, sua velocidade é constan-te e de 6 m/s. No trecho MB, sua velocidade é constante e de 3 m/s. A velocidade média entre os pontos A e B é: a) 3,5 m/s b) 4 m/s c) 4,5 m/s d) 5 m/s e) 5,5 m/s

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LÍNGUA ESTRANGEIRA (INGLÊS OU ESPANHOL)

Texto para as questões de 58 a 60.

UNIVERSITY AWARDS FIRST BEATLES DEGREE

(Reuters) – A Canadian woman has become the first person in the world to graduate with a Masters degree in Beatles studies

Former Miss Canada finalist, Mary-Lu Zahalan-Kennedy was one of the first 12 students to sign up for the Liverpool Hope University course on the Fab Four when it began in 2009 and was the first to graduate, the university said on Wednesday.

“I am so proud of my achievement,” Zahalan-Kennedy said. “The course was challenging, enjoyable and it provided a great insight into the impact the Beatles had and still have to this day across all aspects of life.”

The launch of the unique MA in Beatles, Popular Music and Society was a world first when it took its first class. Zahalan-Kennedy was the first to accept her degree in person from the university.

The course looks at the studio sound and composition of the Beatles and how Liverpool helped to shape their music. The MA examines the significance of their music and how it helped to define identities, culture and society.

Mike Brocken, founder and leader of the Beatles MA at Liverpool Hope University, said the postgraduate degree makes Zahalan-Kennedy a member of a select group of popular music experts.

“Mary-Lu now joins an internationally recognized group of scholars of Popular Music Studies who are able to offer fresh and thought-provoking insights into the discipline of musicology.”

Reportagem de Paul Casciato, editado por Steve Addison. Agência Reuters, 27 jan. 2011.

<www.reuters.com/article/2011/01/27/us-beatles-degree-odd-idUSTRE70Q60920110127>.

58 De acordo com o texto, Mary-Lu Zahalan-Kennedy: a) já foi eleita Miss Canadá antes de obter seu mestrado

em uma universidade. b) foi uma das primeiras pessoas a se inscrever e a

primeira a se formar no curso sobre os Beatles. c) é reconhecida como a primeira candidata a se inscrever

no curso da Liverpool Hope University sobre os Beatles. d) é membro de um seleto grupo de pessoas com mes-

trado no Canadá. e) uniu-se a um grupo de música popular após o término

de seu mestrado.

59 Pode-se inferir pela leitura do texto que: a) a disciplina de musicologia provoca pensamentos

sobre a condição humana em geral. b) acadêmicos da Liverpool Hope University são interna-

cionalmente reconhecidos. c) a música dos Beatles ajudou a definir identidades, a

cultura e a sociedade. d) o lançamento do mestrado sobre os Beatles foi o mais

importante do gênero no mundo, embora não tenha si-do pioneiro.

e) um grupo internacional de estudiosos de música popular passará a oferecer cursos sobre os Beatles também.

60 A pós-graduação: a) fez Zahalan-Kennedy juntar-se a um grupo de profes-

sores de Musicologia. b) ofereceu novas oportunidades musicais a todo o grupo

de pesquisadores da universidade. c) colocou a Liverpool Hope University no topo do ranking

dos cursos de Musicologia. d) visava ampliar o acesso dos pesquisadores ao acervo

musical dos Beatles. e) tornou Zahalan-Kennedy membro de um seleto grupo

de especialistas em música popular.

Texto para as questões 58 e 59.

EL MEJOR AMIGO DE LOS ARQUEÓLOGOS ES GOOGLE EARTH

El arqueólogo australiano David Kennedy, de la Universidad de Western Australia, ha conseguido localizar cerca de dos mil nuevos yacimientos en torno a Arabia Saudita gracias a Google Earth, que se ha convertido en el nuevo “Indiana Jones” tecnológico. Para lograrlo, el investigador escaneó alrededor de 2.000 kilómetros cuadrados gracias al software satelital de Google. De este modo ha identificado 1.977 sitios potenciales sin poner un sólo pie en el desierto saudí. De todos los descubrimientos, más de mil, corresponden a tumbas de piedra de la antigua Arabia talladas con forma de lágrima. El estudio y su metodología se han publicado en la revista Journal of Archaeological Science.

Arqueológicamente, Arabia Saudita es una de las partes menos exploradas de Oriente Medio y los investigadores sugieren que una gran parte del país es inmensamente rica en restos arqueológicos. Si bien, como admite Kennedy, “sólo con Google Earth es imposible saber si hemos encontrado una estructura de beduinos que se hizo hace 150 años, o hace 10.000 años”, la herramienta permite economizar los recursos de los proyectos arqueológicos y ayuda a localizar “joyas” de la antigüedad.

Las imágenes de satélite reunidas por Google ya sirvieron para hallar monumentos del antiguo Imperio Romano en Reino Unido, para descubrir en Egipto el cráter Kamil, así como para encontrar en Mozambique un bosque con nuevas especies.

<www.muyinteresante.es/el-mejor-amigo-de-los-arqueologos-es-google-earth>.

58 De acordo com o texto, o Google Earth já ajudou: a) a encontrar uma estrutura de beduínos que foi feita há

150 anos. b) a descobrir que a estrutura de beduínos, a qual se

acreditava ter sido feita há 150 anos, tem, na verdade, 10.000 anos.

c) a encontrar monumentos do antigo Império Romano no Reino Unido, a descobrir a cratera Kamil, no Egito, e a encontrar uma floresta com novas espécies em Moçambique.

d) a localizar mais de 2.000 quilômetros de novos sítios arqueológicos em torno da Arábia Saudita.

e) a descobrir que, arqueologicamente, a Arábia Saudita é uma das partes menos exploradas do Oriente Médio.

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Ciclo 1 2011 2o ano Ensino Médio Página 18 de 20

59 A palavra “joyas” está em aspas no texto porque: a) não se refere a joias verdadeiras, feitas com metais ou

pedras preciosas, mas sim a restos arqueológicos que possuem muito valor para a História.

b) na Arábia Saudita há muitas minas de ouro ainda não exploradas, mas que o Google Earth está ajudando a localizar.

c) no deserto saudita foram identificados 1.977 sítios arque-ológicos potenciais, ou seja, que guardam muitas pedras preciosas.

d) é uma metáfora para deserto, a joia para os beduínos, que exploram dele seu meio de sobrevivência há 10.000 anos.

e) é uma metáfora para o Google Earth, a ferramenta que permite economizar os recursos dos projetos arqueo-lógicos.

60 Leia o texto a seguir.

LAS NUEVE CIUDADES MÁS CONTAMINADAS

Según un nuevo estudio, Róterdam es una de las ciudades más contaminadas del mundo en lo que respecta a las emisiones de dióxido de carbono (CO2) y metano. Ambos gases son los grandes responsables del efecto invernadero y los gases que más emiten las ciudades, principales contribuyentes al calentamiento global, según el coautor del estudio Dan Hoornweg.

El estudio analizó las cifras de emisiones de 100 ciudades en 33 países. Los resultados determinaron que cada residente de Róterdam es responsable de una emisión anual de alrededor de 29,8 toneladas de CO2 y de metano.

La cifra “refleja el gran impacto del puerto de la ciudad a la hora de atraer clientes, así como el abastecimiento de combustible de los buques”, según el informe.

El estudio analizó la cantidad de CO2 y metano que una ciudad llega a producir cada año basándose en el consumo de los residentes y de las industrias dentro de los límites de la ciudad. Sin embargo Hoornweg es cauteloso para que el informe no se vea como una acusación de las ciudades en general.

“Las diferencias en los patrones de producción y de consumo entre las ciudades y los ciudadanos no quiere decir que sea útil atribuir esas emisiones a las ciudades” excluyendo a las urbanizaciones y zonas rurales, dijo en un comunicado Hoornweg, especialista principal en urbanización del Banco Mundial en Washington, DC.

En todo el mundo, las emisiones anuales por persona varían de 5 a 25 toneladas de CO2 y el metano en ciudades de naciones industrializadas es de menos de media tonelada por persona durante un año en algunas ciudades del sur de Asia.

</www.nationalgeographic.es/environment/global-warming/las-nueve-ciudades-mas-contaminadas>.

De acordo com o texto, as emissões dos gases dióxido de carbono e metano: a) são exclusivas da cidade de Roterdã, uma das cidades

mais contaminadas do mundo. b) refletem no turismo, especialmente em Roterdã, que tem

em seu porto o maior atrativo da cidade. Se Roterdã deixasse de produzir esses gases, não conseguiria pro-duzir o combustível que abastece os navios.

c) em Roterdã, possuem uma taxa ao redor de 29,8 tone-ladas por ano, o que demonstra que essa taxa está apenas um pouco acima do que emite cada pessoa por ano em algumas cidades do sul-asiático.

d) são responsáveis pelo efeito invernal no mundo, ou seja, trazendo mais frio para cidades de clima quente e mais calor para aquelas de temperatura amena, cau-sando catástrofes naturais com mais frequência.

e) são as grandes responsáveis pelo efeito estufa no mundo; o dióxido de carbono e o metano são os gases que as cidades mais emitem, com isso, eles tornam-se os principais contribuintes para o aquecimento global.

Rascunho

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