simulação numérica de distribuição de temperatura e tensões residuais para processos de...
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Apresentação do desenvolvimento do mestrado realizado em disciplina do programa de pós graduação em Engenharia mecânica, realizado na Universidade Federal de Campina Grande.TRANSCRIPT
SIMULAÇÃO NUMÉRICA DE DISTRIBUIÇÃO DE
TEMPERATURA E TENSÕES RESIDUAIS PARA
PROCESSOS DE SOLDAGEM
SETEMBRO - 2013
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA
MECÂNICA
Disciplina: Seminários
Professor: Carlos José
Aluno PPGEM: Jailson A. da Nóbrega
SUMÁRIO
1. Introdução;
2. Objetivo Geral;
3. Objetivos Específicos;
4. Fundamentação Téorica;
5. Metodologia Computacional;
6. Resultados Parciais;
7. Conclusões Parciais;
8. Etapas à desenvolver
9. Cronograma;
10. Referências.
2
Introdução
Crescimento dos investimentos dos diversos setores da indústria, das
quais podemos destacar:
• Petrolífera, química, siderúrgica e veicular ;
Setores Valores (R$ bilhões)
2006-2009 2011-2014
Crescimento
% % a.a
Petróleo e Gás 205 378 84 13,0
Extrativista Mineral 60 62 4 0,9
Siderúrgica 28 33 17 3,2
Química 22 40 78 12,3
Papel e Celulose 18 28 52 8,7
Veículos 25 33 31 5,6
Eletroeletrônica 20 29 48 8,2
Têxtil e Confecções 9 12 39 6,8
Indústria 387 614 59 9,7
Tabela 1: Crescimento dos investimentos estimados para 20011-2014. (Fonte: BNDES/ GT do investimento).
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Introdução
Depende de um controle eficiente dos parâmetros, devendo obedecer
aos requisitos essenciais a cada processo.
Surgimento de vários estudos que visam à obtenção de juntas
soldadas com qualidade e com redução de custos, evitando prejuízos de natureza
financeira e ambiental.
Atualmente, a soldagem é considerada como o processo mais utilizado
industrialmente na ligação de metais. (ALMEIDA, 2012)
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Introdução
Diferentes Técnicas são utilizadas para verificar o ciclo térmico enivel de Tensão Residual da região da solda.
Metalografia
Termopares
Difração por raio X
Problemática:
:
O desenvolvimento da tecnologia proporcionou o surgimento
de novas técnicas analíticas e computacionais permitindo assim, estimar
as solicitações a que um componente é submetido em serviço.(ALMEIDA 2012)
5
Introdução
Alternativa é o emprego da simulação via métodoscomputacional.
Software comercial ABAQUS® baseado noMEF ( Método de Elementos Finitos) para Analise de JuntaSoldada.
6
Objetivo Geral
7
Elaborar um procedimento para avaliar e prever astransformações metalúrgicas durante a soldagem, por meiode simulações de temperatura e tensões residuaisatravés do método de elementos finitos utilizando osoftware comercial Simulia ABAQUS®.
Objetivo Específico
8
Fazer revisão bibliográfica acerca do tema;
Implementar um modelo térmico matemático que descreva o sistema;
Simulação de Soldagem multipasse;
Simulação de soldagem multipasse variando os parâmetros de
processo, I e V ;
Adição do modelo estrutural estático para a análise de Tensões
Residuais;
Analisar os resultados obtidos na simulação;
Validar o modelo proposto tendo como base o resultado de trabalhos
experimentais.
Fundamentação Teórica
9
Energia de Soldagem
No processo de soldagem ao arco elétrico, uma fonte elétrica gera uma
diferença de potência U entre o eletrodo e o metal de base, induzindo a
formação de um arco elétrico percorrido por uma corrente I.
No processo, o sistema tem perdas por diversos fatores, dentre eles podemos
citar a convecção e a radiação no arco e no eletrodo, sendo apenas uma
parcela aproveitada na fusão do material, sendo necessária a adição de um
rendimento η.
Podemos expressar assim, a entrada real do calor pela expressão:
convecção e a
radiação
Fundamentação Teórica
10
Equações:
Equação Governante:
Dissipação da temperatura
nas três direçõesPropriedades do material em função
Da temperatura no instante de tempo
Q = ƞ . I . V
Fundamentação Teórica
11
Equações:
Perdas de calor por condução;
Perdas de calor por Convecção;
Mudança de fase, ( calor latente ) em função da entalpia;
Tensões Residuais longitudinais aproximadas empiricamente;
Fundamentação Teórica
12
Fluxo de Calor na Soldagem
Pode ser dividido, de maneira simplificada, em duas etapas básicas:
Fornecimento de calor à junta ;
Dissipação deste calor pela peça;
A transferência de calor causa alterações de temperatura na região adjacente
ao metal de base e depende da forma que o calor é difundido para o restante do
material soldado. (Modenesi et al,2006 e Marques et al., 2007)
Estas variações de temperatura provocam transformações de fase durante a
soldagem, alterando a microestrutura e provocando variações dimensionais
resultando em efeitos indesejáveis. (Okumura e Tanigushi, 1982 e Kou, 2003).
Figura 1: Isotermas na soldagem de chapas grossas (fluxo de calor
tridimensional) Fonte: (Guimarães, 2010).
13
Modelagem da Fonte de calor:
2
2
2
2
2
2 3exp
3exp
3exp36,,
c
z
b
y
a
x
bca
UIfzyxq
ff
ff
Fonte: (Guimarães, 2010 p. 27).
qf > Distribuição volumétrica de energia antes da
tocha [W/m³];
qr > Distribuição volumétrica de energia após a tocha
[W/m³];
ff > Repartição de energia antes da tocha;
fr > Repartição de energia após a tocha;
af > Comprimento da poça de fusão - energia
distribuída antes da tocha [m];
ar > Comprimento da poça de fusão - energia
distribuída após a tocha [m];
b > Semi-largura da poça de fusão [m];
c > profundidade da zona fundida [m].
2
2
2
2
2
2 3exp
3exp
3exp36,,
c
z
b
y
a
x
bca
UIfzyxq
rr
rr
Fundamentação Teórica
14
“Método Numérico que tem a capacidade de resolver equações diferenciais
através de aproximações, resolvendo equações que representam um
comportamento físico contínuo. Sua representação geométrica é construída a
partir de um modelo de elementos ou nós.”(ALMEIDA 2012)
Fonte: (http://eaiconvergiu.wordpress.com)
Metodologia computacional
15
Modelagem computacional desenvolvida com o auxilio do código de cálculo
ABAQUS ® 6.9, no qual é baseado no método de elementos finitos (MEF);
A peça modelada é uma placa 0,120m x 0,360 m x 0,017m, de um aço ARBL API
5L X80;
Porcentagem (%) em peso
C Mn Si P S Ni Mo Al Cr V Cu
0,084 1,61 0,23 0,01 0,011 0,17 0,17 0,035 0,135 0,015 0,029
Tabela 2: Composição química do aço API 5L X80 cedido pela USIMINAS.
Metodologia computacional
16
Processo de Soldagem.
Figura 4: Rendimento térmico para diferentes processos de soldagem. (Kou, 2003)
Rendimento teórico ou eficiência de fusão do processo.
Metodologia computacional
17
Parâmetros de Soldagem
Tabela 3:Parâmetros de soldagem empregados. ( Diniz, et al 2012)
Parâmetros utilizados com base na tese de Bruno Alisson Araújo (2013)
Condição I(A) U(V) v(mm/s) H(KJ/cm) T0 (ºC)
130,8 19,73 5,00 9,87 25
Modificação da velocidade
Alteração dos valores de corrente, voltagem e energias em cada passe.
Temperatura multipasse
Metodologia computacional
18
Propriedades Termofísicas
(Diniz et al. 2012) considerou que devido ao fato de se ter
poucas informações das propriedades físicas do aço API 5L X80 com a
temperatura, esses dados podem ser considerados como sendo de um aço de
baixo teor de carbono
T
(°C)
K
(W/m/°C)
C
(J/kg/°C)
hf
(W/m2/°C)
α
(10-5°C-1)
0 52 500 2,5 1,1
200 50 550 6,5 1,2
400 43 600 7 1,35
600 37 800 7,5 1,45
800 26 950 8 1,5
1000 28 950 8,2 1,5
1200 30 950 8,4 1,5
1400 33 950 8,6 1,5
1600 120 950 9,2 1,5
1800 120 950 9,2 1,5
2000 120 950 9,2 1,5
Tabela 4: Propriedades do aço baixo carbono em função da temperatura. Fonte: (Teng 2009).
Metodologia computacional
19
Geração da malha
Malha refinada;
Convergência dos Resultados;
Teoria da simetria;
Menor custo computacional;
Figura 5: Malha empregada na simulação.
Metodologia computacional
20
Condições de contorno ambiente
Figura 6: Condições de contorno do ambiente.
Convecção
Convecção
Convecção
Convecção
Convecção = 0
Convecção
Radiação = Toda a Região
Emissividade = 0,77
Stefan Boltzmann = 5,6697 x 10-8 W m-2 K4
21
Fonte de Calor
Parâmetros
dimensionais
da solda
af
(m)
ar
(m)
b
(m)
c
(m)
0,0042 0,0168 0,0042 0.0044
Tabela 5: Parâmetros dimensionais do cordão de solda.
Sub-rotina DFLUX, no ambiente Fortran
2
2
2
2
2
2 3exp
3exp
3exp36,,
c
z
b
y
a
x
bca
UIfzyxq
ff
ff
Fonte: (Guimarães, 2010 p. 27).
2
2
2
2
2
2 3exp
3exp
3exp36,,
c
z
b
y
a
x
bca
UIfzyxq
rr
rr
4. Metodologia computacional
Figura 8: Representação esquemática das etapas do estudo para modelagem
numérica em soldagem. Fonte: (Guimarães, 2010)
Resultados Parciais
23
Revisão Bibliográfica: (science direct, google, biblioteca UFMG, revisão
por pares)
Número de publicações( API 5L X80, soldagem,
elementos finitos, ciclo térmico,
tensão residual)
87
1 Norma
Tipo
Tese Dissertação Artigos
7 8 72
Período
2012-2007 2006-2002 Antes de 2001
49 18 20
Método
Experimental Numérico Ambos
36 16 35
Tabela 6: Revisão bibliográfica desenvolvida.
Resultados Parciais
24
Artigo: SIMULAÇÃO NUMÉRICA DO CAMPO DE
TEMPERATURAS DE JUNTAS SOLDADAS DO AÇO
API 5L X80, ATRAVÉS DO MÉTODO DE ELEMENTOS FINITOS.
Condição I(A) U(V) v(mm/s) H(KJ/cm) T0 (ºC) Interpasse (°C)
A 130,8 19,73 5,00 9,87 25 150
B 130,8 19,73 5,00 9,87 100 150
Tabela 7: Parâmetros de soldagem empregados.
Objetivo: Avaliar os campos de temperaturas decorrentes da soldagem pelo
processo GTAW (Gas Tungsten Arc Welding) em juntas multipasse de aço API
5L X80 através do uso de um software ABAQUS®, baseado no Método dos
Elementos Finitos (MEF) possibilitando avaliar as variações e o efeito de
cada passe no processo.
Norma da Petrobras (N 133J).
Resultados Parciais
25
Artigo: SIMULAÇÃO NUMÉRICA DO CAMPO DE
TEMPERATURAS DE JUNTAS SOLDADAS DO AÇO
API 5L X80, ATRAVÉS DO MÉTODO DE ELEMENTOS FINITOS.
Figura 9 : Animação da simulação em temperatura ambiente e com pré-aquecimento de 100 °C.
(a) (b)
Resultados Parciais
26
Figura 10:Gradientes de temperatura multipasse para a condição A (To=25 ºC).
Resultados Parciais
27
Figura 11: Gradientes de temperatura multipasse para a condição B (To=100 ºC).
Resultados Parciais
28
Figura 12: Pontos de análise do
ciclo térmico.
Sentido da Soldagem
Linha de Fusão
0,0023m
0,005 m Figura 13 : Ciclo térmico de Soldagem da condição A (To=25 ºC).
Figura 14: Ciclo térmico de Soldagem da condição B (To=100 ºC).
Resultados Parciais
29
Figura 15: Ciclo térmico realizado com temperatura ambiente e pré-aquecimento de 100 °C.
Fonte: (Reis Sobrinho, 2007)
Resultados Parciais
30
Condição A (s) Condição B (s)
1 passe 2,3186 3,0178
2 passe 2,909 3,52
Condição A (s) Condição B (s)
1 passe 2,5521 3,129
2 passe 3,2404 3,746
Tabela 8: Tempos de resfriamento entre 800 - 500°C para as condições A e B na linha de fusão.
.
Tabela 9: Tempos de resfriamento entre 800 - 500°C A e B a 0.0023 m da linha de fusão.
Maior precisão na avaliação (∆t8/5)
31
Figura 16: Gradiente de resfriamento no inicio do segundo passe de soldagem da condição A.
Figura 17: Gradiente de resfriamento no inicio do segundo passe de soldagem da condição B.
Conclusões Parciais
32
Os resultados obtidos na simulação mostraram-se bastante satisfatórios
permitindo-se obter os efeitos proporcionados pela alteração nos parâmetros de
soldagem, mais especificamente a temperatura de pré-aquecimento;
Os resultados possibilitaram a confirmação da influência da temperatura do
segundo passe de soldagem e do pré-aquecimento, sobre o gradiente de
temperatura e sobre o resfriamento da chapa, de acordo com o que é dito na
literatura;
De uma forma geral o modelo ABAQUS® 6.9, aplicado à avaliação do histórico
térmico na soldagem mostrou-se promissor podendo servir como base para
análise de efeitos mecânicos/metalúrgicos provocados pelos ciclos térmicos em
juntas soldadas.
Etapas à desenvolver
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Simulação Multipasse variando as propriedades do cordão de soldagem
(GTAW na raiz e GMAW no passe de enchimento);
Acoplamento do modelo térmico ao modelo mecânico para análise de
Tensão Residual;
Comparativo entre o modelo realizado em simulação juntamente com
os resultados experimentais;
Utilização de um plugin de soldagem 2D para análise nas deformações
pertinentes da soldagem.
Resultados Parciais
34
Cronograma de atividade
2012.3 2013.1 2013.2 2013.3 2014.1 2014.2Cronograma
Disciplinas ofertadas
Levantamento bibliográfico e
aprofundamento do tema
Modelamento no ambiente
abaqus®
Simulação de soldagem no
ambiente computacional
Análise dos resultados
Publicações em eventos e
redação da dissertação
Referências
35
Almeida, Diogo Filipe Ferreira. Determinação das tensões residuais e deformações resultantes do processo
de soldadura TIG através do Método dos Elementos Finitos, Dissertação de mestrado em Engenharia
Mecânica – Faculdade de ciências e tecnologia, Universidade de Lisboa, Lisboa 2012.
Concer, Dionei. Previsão de fadiga térmica de matrizes para injeção de aluminio sob pressão utilizando a
equação de brasquin e elementos finitos, Dissertação de Mestrado em Engenharia Mecânica – Universidade
Federal do Parana. Curitiba, PR 2011.
Diniz, Diego David Silva. Simulação numérica de distribuição de temperatura para processos de soldagem
em aço API X80 via elementos finitos, In: Congresso Nacional em Engenharia Mecânica – São Luiz, MA 2012.
Guimarães, Pablo Batista. Estudo de campo de temperatura obtido numericamente para posterior
determinação das tensões residuais numa junta soldada de aço ASTM, Tese de Doutorado em Engenharia
Mecânica – Universidade Federal de Pernambuco. Recife, PE 2010.
Moura, Maria Luiza de Melo et al. Obtenção Numérica do Campo de Temperatura, Ciclos Térmicos e
Repartição Térmica de uma Junta Soldada de Aço Inoxidável AISI 304, in Congresso Norte Nordeste de
pesquisa e inovação – Palmas, TO 2012.
Vieira, Leandro C et al. Modelagem Térmica do processo de soldagem TIG via Elementos finitos, in
congresso Nacional de Engenharia Mecânica – Ilha Solteira SP 2005.
N-133 – Soldagem, revisão setembro 2002, pp 28.
36
OBRIGADO.