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Simpósio de Enfermagem 1 st Baxter Hemophilia University Brazil Nurse Training Program 15 e 16 de maio de 2010 São Paulo

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Page 1: Simpósio de Enfermagem 1 st Baxter Hemophilia University Brazil Nurse Training Program 15 e 16 de maio de 2010 São Paulo

Simpósio de Enfermagem

1st Baxter Hemophilia UniversityBrazil

Nurse Training Program

15 e 16 de maio de 2010São Paulo

Page 2: Simpósio de Enfermagem 1 st Baxter Hemophilia University Brazil Nurse Training Program 15 e 16 de maio de 2010 São Paulo

UNIVERSIDADE DA

HEMOFILIA

Simpósio de Enfermagem

15 e 16 de maio de 2010São Paulo

Page 3: Simpósio de Enfermagem 1 st Baxter Hemophilia University Brazil Nurse Training Program 15 e 16 de maio de 2010 São Paulo

A PESSOA COM HEMOFILIA

O QUE É TER HEMOFILIA

Carmen Cunha M Rodriguesenfermeira

[email protected]

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“A criança perfeita que esperavam

não veio, em seu lugar terão que

aceitar algo fora de suas

expectativas e sonhos.

Essas emoções são difícieis de

admitir por se tratar de seu filho”

(Souza e Carvalho, 2000)

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O impacto do diagnóstico

Nessa perspectiva, as mães muitas vezes saem da consulta

levando nos braços sua criança e carregam sobre os ombros

novas tarefas, que irão desencadear uma grande mudança de

hábitos pessoais e familiares (Almeida, 2006).

Page 6: Simpósio de Enfermagem 1 st Baxter Hemophilia University Brazil Nurse Training Program 15 e 16 de maio de 2010 São Paulo

A segurança com que aguardavam o futuro foi profundamente

abalada. Os sonhos de realização através dos filhos encontram-se

estraçalhados por ora. A camada superficial de verniz está se

tornando mais transparente. A força, a segurança e a independência

estão enfraquecendo. A confusão, os medos, a dor, aproximam-se

de forma perigosa da superfície (Buscáglia, 2006).

O impacto do diagnóstico

Page 7: Simpósio de Enfermagem 1 st Baxter Hemophilia University Brazil Nurse Training Program 15 e 16 de maio de 2010 São Paulo

O impacto do diagnóstico

O laço biológico: uma teia involuntária

x

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O impacto do diagnóstico

x

O cotidiano: da adaptação à compreensão

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Normalização

Negação Enfrentamento

Imprevisibilidade

Impotência

Medo

Superproteção

Negligência

Três dificuldades em profunda

conexão: ter e manter um emprego

formal, financeira e acesso ao

centro de tratamento.

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Ter hemofilia é...

“Ter hemofilia é ruim porque quando nos machucamos temos de tomar o fator imediatamente se caso o contrário o machucado piora e nossas brincadeiras precisarão ser moderados para não se machucar” (paciente 10 anos)

Page 11: Simpósio de Enfermagem 1 st Baxter Hemophilia University Brazil Nurse Training Program 15 e 16 de maio de 2010 São Paulo

Ser mãe de uma criança com hemofilia é...

“Tenho um filho com hemofilia A grave, hoje muito mais tranquila,

mas confesso que já fui muito estressada devido aos sangramentos

contínuos que meu filho tinha, digo tinha pois, há muito tempo não

sangra devido à profilaxia que faz 2 vezes na semana, isso foi tudo

em nossas vidas, sem ela seria muito difícil ser mãe de hemofílico,

mas com ela com certeza iremos longe e o melhor, sem

sangramentos e conflitos.”

(mãe de paciente com 9 anos há 1 ano em profilaxia secundária)

Page 12: Simpósio de Enfermagem 1 st Baxter Hemophilia University Brazil Nurse Training Program 15 e 16 de maio de 2010 São Paulo

A doença impondo um significativo

isolamento social, não só à criança,

mas à mãe.

Superproteção é igual a inabilidade em lidar com o filho com uma doença

crônica? Como é com-viver com a imprevisibilidade da doença crônica?

A preocupação parental com relação à incerteza do desenvolvimento da criança pode determinar um comportamento superprotetor dos pais para com a criança, o que se intensifica, ainda, pelo modo como os profissionais de saúde transmitem informações sobre a doença e a terapêutica (Irvin, 1992).

Page 13: Simpósio de Enfermagem 1 st Baxter Hemophilia University Brazil Nurse Training Program 15 e 16 de maio de 2010 São Paulo

Fica manifesto a dificuldade, para as mães, em encontrar equilíbrio entre o cuidar e o superproteger, entre a normalização e o medo das complicações, entre os

cuidados necessários e as demandas financeiras. Para compreender todas as particularidades da doença

falciforme, a mãe busca ressignificar sua existência, adaptando-se às limitações e novas condições geradas.

Page 14: Simpósio de Enfermagem 1 st Baxter Hemophilia University Brazil Nurse Training Program 15 e 16 de maio de 2010 São Paulo

“Hemofilia é um termo onde as pessoas se esconde pra inventar que não pode fazer algo na vida. Mas a hemofilia não impede as pessoas de estudar por exemplo, ao alcançar seus objetivos estabelecidos, para um futuro próximo que está por vir.”

“Hemofilia para mim tem um significado a seguir: comprometimento com a vida, força de vontade, e que todos podem fazer tudo o que gosta, o que basta é ter coragem de enfrentar os desafios da vida.”

(paciente, 20 anos, hoje caixa de supermercado)

Hemofilia é...

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“Ter hemofilia é delicado, você tem que viver conforme a hemofilia manda. Devido a muitas hemorragias e muita dor, é muito ruim.”

“Hoje já é muito melhor, um hemofílico vive muito mais que antes que não tinha tantos recursos como hoje, que é totalmente diferente.”

“Um hemofílico hoje vive muito mais melhor com tantos recursos que tem fazendo ter uma vida normal.”

(paciente com 23 anos de idade)

Ter hemofilia é...

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“Ser hemofílico é um pouco complicado principalmente

na infância pois criança não para. Com isso as mães

ficam preocupadas e com esta preocupação só falta nos

trancar nos quartos com medo dos sangramentos.”

“Nós hemofílicos, quando crianças, vivemos mais nos

hospitais do que em qualquer outro lugar.”

(paciente com 26 anos)

Ter hemofilia é...

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“Quando chegamos no hospital e somos atendidos de imediato é bom pois tomamos o fator e para com o sangramento, difícil é quando chegamos e demora o atendimento devido à falta do fator, coisa que sempre acontecia, hoje está melhor.”

“O hemofílico adulto sofre um pouco com o preconceito na parte profissional “trabalho” porque o hemofílico precisa se ausentar do trabalho para ir ao hospital tomar fator ou acompanhamento com a fisioterapia. Qual o empregador quer uma pessoa que se ausenta do trabalho? Com isso nós hemofílicos sofremos um pouco. Não é o meu caso pois trabalho em uma empresa há 6 anos mais tenho medo de procurar algo melhor em outra empresa devido à hemofilia.”

(paciente com 26 anos)

Ter hemofilia é...

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“Hemofilia pra mim que já tenho 20 anos é bem mais fácil, mas já sofri algumas vezes – na escola com perca de aulas, às vezes me sentia muito mal por não poder ficar correndo, jogando bola e outras brincadeiras, que quando era pequeno as crianças fazia e eu não podia.

Mas tive dificuldades também depois de grande. Algum tempo atrás tive uma grande discriminação. Por ser hemofílico, algumas empresas não querem assumir um risco desses. Mas pra mim, ser hemofílico é ser normal. Eu posso fazer tudo o que outra pessoa (normal) pode fazer, com algumas restrições, é claro”

(paciente com 20 anos)

Ter hemofilia é...

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As limitações impostas pela hemofilia

A hemofilia altera o ritmo de vida da criança. Se, antes,

a prioridade era brincar, pular e jogar futebol, agora

existem restrições; é preciso redobrar os cuidados.

A prioridade para essas crianças é a doença, e elas e

suas famílias precisam adaptar-se às limitações.

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É uma criança, um

jovem, um homem, com

sonhos, desejos,

projetos de vida, cheios

de energia, tem olhos

castanhos, pele branca,

1,80m e tem hemofilia.

QUEM É ESTA

PESSOA COM

HEMOFILIA?

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Obrigada!!