sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

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Renato Luiz Sbalqueiro Renato Luiz Sbalqueiro Departamento de Tocoginecologia Departamento de Tocoginecologia UFPR UFPR 10/2010 10/2010

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Page 1: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

Renato Luiz SbalqueiroRenato Luiz SbalqueiroDepartamento de TocoginecologiaDepartamento de Tocoginecologia

UFPRUFPR10/201010/2010

Renato Luiz SbalqueiroRenato Luiz SbalqueiroDepartamento de TocoginecologiaDepartamento de Tocoginecologia

UFPRUFPR10/201010/2010

Page 2: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

BREVE HISTÓRICOBREVE HISTÓRICO

Tempos antigos = sem referências precisasTempos antigos = sem referências precisas Idade média (1493) = França – “Doença Napolitana” Idade média (1493) = França – “Doença Napolitana” = Itália – “Il Morbo Gálico”= Itália – “Il Morbo Gálico” * Fracastoro de Verona em 1530 escreve poema* Fracastoro de Verona em 1530 escreve poema “ “Syphilis sive Morbus Gallicus” ( “A SífilisSyphilis sive Morbus Gallicus” ( “A Sífilis ou a Doença Francesa”)ou a Doença Francesa”)

RLS-UFPRRLS-UFPR

Page 3: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

SífilisSífilisSífilisSífilis Agente causador: Agente causador: Treponema pallidumTreponema pallidum Localização: Extra-celular Localização: Extra-celular

Intra-celularIntra-celular Quadro clínico: doença sistêmicaQuadro clínico: doença sistêmica

múltiplas manifestaçõesmúltiplas manifestações

evolução lentaevolução lenta

endarterite obliteranteendarterite obliterante

múltiplas manifestaçõesmúltiplas manifestações

comprometimento fetal comprometimento fetal

Agente causador: Agente causador: Treponema pallidumTreponema pallidum Localização: Extra-celular Localização: Extra-celular

Intra-celularIntra-celular Quadro clínico: doença sistêmicaQuadro clínico: doença sistêmica

múltiplas manifestaçõesmúltiplas manifestações

evolução lentaevolução lenta

endarterite obliteranteendarterite obliterante

múltiplas manifestaçõesmúltiplas manifestações

comprometimento fetal comprometimento fetal

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Page 4: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

*TRANSMISSÃO :*TRANSMISSÃO :

SEXUALSEXUAL CONTACTO DIRETO COM LESÕES CONTACTO DIRETO COM LESÕES SANGÜINEASANGÜINEA VERTICALVERTICAL

SífilisSífilisSífilisSífilis

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Page 5: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

SífilisSífilisA transmissão depende:A transmissão depende: Tempo de infecçãoTempo de infecção

Presença de lesões úmidas infectantesPresença de lesões úmidas infectantes

Tipo de contacto íntimoTipo de contacto íntimo

Número de microorganismosNúmero de microorganismos

Porta de entrada adequadoPorta de entrada adequado

Page 6: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

INFECÇÃO PRIMÁRIA:INFECÇÃO PRIMÁRIA:

* EM MULHERES PODE SER DE DIFÍCIL * EM MULHERES PODE SER DE DIFÍCIL DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO

* CANCRO PRIMÁRIO * CANCRO PRIMÁRIO * VULVA* VULVA * PAREDES VAGINAIS* PAREDES VAGINAIS * COLO UTERINO* COLO UTERINO * ANAL* ANAL

SífilisSífilisSífilisSífilis

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Page 7: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

INVESTIGAR SEMPRE PARCEIRO(S) INVESTIGAR SEMPRE PARCEIRO(S) SEXUAL(AIS) PARA EVITAR NOVAS SEXUAL(AIS) PARA EVITAR NOVAS CONTAMINAÇÕESCONTAMINAÇÕES

SífilisSífilisSífilisSífilis

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Page 8: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

SífilisSífilisSífilisSífilis

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Infecção Primária Infecção Primária (incubação em torno (incubação em torno

de 21 dias)de 21 dias)

Latência Latência (Anos)(Anos)

Latência Latência ( 2 meses a 1 ano)( 2 meses a 1 ano)

  

     

  

     

  

Resolução Resolução espontâneaespontânea sem cicatriz sem cicatriz (3-8 semanas)(3-8 semanas)

Secundarismo Secundarismo (pleomorfismo)(pleomorfismo)

Terciarismo (Terciarismo (Lesões Lesões gomosasgomosas Neurolues, Neurolues, Cardite, etc.)Cardite, etc.)

Page 9: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

SífilisSífilisSífilisSífilis Lembrar que :Lembrar que :

Sífilis recente:Sífilis recente:Até um (1) ano de evoluçãoAté um (1) ano de evolução

Sífilis tardia: Sífilis tardia: Após um (1) anoApós um (1) ano

Lembrar que :Lembrar que :

Sífilis recente:Sífilis recente:Até um (1) ano de evoluçãoAté um (1) ano de evolução

Sífilis tardia: Sífilis tardia: Após um (1) anoApós um (1) ano

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Page 10: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

Sífilis primáriaSífilis primária * Presença do cancro no local * Presença do cancro no local de inoculaçãode inoculação * Geralmente único, podendo haver* Geralmente único, podendo haver outrosoutros *Adenopatia satélite (10 dias após o*Adenopatia satélite (10 dias após o aparecimento do cancro) bilateral,aparecimento do cancro) bilateral, indolor, gânglios endurecidosindolor, gânglios endurecidos

SífilisSífilisSífilisSífilis

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Page 11: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

CANCRO PRIMÁRIOCANCRO PRIMÁRIO

Page 12: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

ÚLCERAS GENITAIS – VIH/ITSÚLCERAS GENITAIS – VIH/ITSSÍFILISSÍFILIS

R.L.S UFPRR.L.S UFPR

Page 13: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

Diagnóstico diferencial da Sífilis primáriaDiagnóstico diferencial da Sífilis primária *Cancro Mole*Cancro Mole *Herpes genital*Herpes genital *Donovanose*Donovanose *Linfogranuloma inguinal*Linfogranuloma inguinal *Lesões traumáticas*Lesões traumáticas

SífilisSífilisSífilisSífilis

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Page 14: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

ÚLCERAS GENITAIS – VIH/ITSÚLCERAS GENITAIS – VIH/ITSCANCRO MOLECANCRO MOLE

R.L.S UFPRR.L.S UFPR

Page 15: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

Sífilis secundáriaSífilis secundária

* Infecção sistêmica* Infecção sistêmica

* Lesões mucocutâneas* Lesões mucocutâneas

* Linfadenopatia* Linfadenopatia

* Múltiplos sintomas e sinais* Múltiplos sintomas e sinais

SífilisSífilisSífilisSífilis

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Page 16: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

Diagnóstico diferencial da sífilis secundáriaDiagnóstico diferencial da sífilis secundária *Farmacodermias*Farmacodermias *Doenças exantemáticas não vesiculosas*Doenças exantemáticas não vesiculosas *Hanseniase não virchowiana*Hanseniase não virchowiana *Colagenoses*Colagenoses *Processos alérgicos*Processos alérgicos *Dermatopatias*Dermatopatias

SífilisSífilisSífilisSífilis

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Page 17: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

Sífilis terciáriaSífilis terciária

*Lesões cutâneo-mucosas*Lesões cutâneo-mucosas

*Lesões neurológicas*Lesões neurológicas

*Lesões cardiovasculares*Lesões cardiovasculares

*Lesões articulares*Lesões articulares

SífilisSífilisSífilisSífilis

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Page 18: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

SífilisSífilis Estudo de TuskegelEstudo de Tuskegel

Realizado no Tuskegel Institut, em Macon Realizado no Tuskegel Institut, em Macon County, Alabama, EEUUCounty, Alabama, EEUU

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Page 19: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

SífilisSífilis

Devido a todos estes diagnósticos Devido a todos estes diagnósticos diferenciais, pode-se dizer que trata-diferenciais, pode-se dizer que trata-se da doença das mil e uma facesse da doença das mil e uma faces

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Page 20: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

SífilisSífilisSífilisSífilisNo produto concepcionalNo produto concepcional

Pode causar:Pode causar:AbortamentoAbortamentoÓbito intra-úteroÓbito intra-úteroPrematuridadePrematuridadeLesões fetaisLesões fetaisInfecção fetalInfecção fetal

No produto concepcionalNo produto concepcional Pode causar:Pode causar:

AbortamentoAbortamentoÓbito intra-úteroÓbito intra-úteroPrematuridadePrematuridadeLesões fetaisLesões fetaisInfecção fetalInfecção fetal

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Page 21: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

SífilisSífilisSífilisSífilisDiagnósticoDiagnóstico

Clínico: reconhecimento das lesões tanto Clínico: reconhecimento das lesões tanto primária quanto secundárias e/ou terciáriasprimária quanto secundárias e/ou terciárias

Laboratorial: pesquisa direta em campo escuroLaboratorial: pesquisa direta em campo escuro Imunofluorescência direta Imunofluorescência direta

provas não treponêmicas (VDRL;RPR)provas não treponêmicas (VDRL;RPR) provas treponêmicas (FTA-Abs;provas treponêmicas (FTA-Abs; MHA-Tp; TPI)MHA-Tp; TPI)

DiagnósticoDiagnóstico Clínico: reconhecimento das lesões tanto Clínico: reconhecimento das lesões tanto

primária quanto secundárias e/ou terciáriasprimária quanto secundárias e/ou terciárias

Laboratorial: pesquisa direta em campo escuroLaboratorial: pesquisa direta em campo escuro Imunofluorescência direta Imunofluorescência direta

provas não treponêmicas (VDRL;RPR)provas não treponêmicas (VDRL;RPR) provas treponêmicas (FTA-Abs;provas treponêmicas (FTA-Abs; MHA-Tp; TPI)MHA-Tp; TPI)

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Page 22: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

SífilisSífilis

NÃO PODE SER CULTIVÁVEL “IN VITRO”NÃO PODE SER CULTIVÁVEL “IN VITRO” NÃO REPRODUZIDO EM COBAIASNÃO REPRODUZIDO EM COBAIAS OS TESTES TANTO TREPONÊMICOS COMO OS TESTES TANTO TREPONÊMICOS COMO

NÃO TREPONÊMICOS NÃO NOS INDICAM NÃO TREPONÊMICOS NÃO NOS INDICAM QUAL O ESTÁGIO DA DOENÇA E NEM O QUAL O ESTÁGIO DA DOENÇA E NEM O TEMPO DE DOENÇATEMPO DE DOENÇA

Page 23: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

SífilisSífilis Percentagem de sensibilidadePercentagem de sensibilidade

Estágio Estágio PrimáriaPrimária SecundáriaSecundária Latente Latente Tardia Tardia

VDRLVDRL 59-8759-87 100100 73-9173-91 37-9437-94

FTA-AbsFTA-Abs 86-10086-100 99-10099-100 96-9996-99 96-10096-100

CDCCDC

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Page 24: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

SífilisSífilisSífilisSífilisNo Pré-natalNo Pré-natal

Solicitar VDRL quantitativo na primeira Solicitar VDRL quantitativo na primeira consulta; novo exame no início do 3º consulta; novo exame no início do 3º trimestre; e quando do internamento trimestre; e quando do internamento (parto, CST, abortamento)(parto, CST, abortamento)

No Pré-natalNo Pré-natal

Solicitar VDRL quantitativo na primeira Solicitar VDRL quantitativo na primeira consulta; novo exame no início do 3º consulta; novo exame no início do 3º trimestre; e quando do internamento trimestre; e quando do internamento (parto, CST, abortamento)(parto, CST, abortamento)

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Page 25: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

TESTE RÁPIDO – RPRTESTE RÁPIDO – RPR REALIZAR EM:REALIZAR EM:

*CASOS DE ABORTAMENTO, PACIENTES*CASOS DE ABORTAMENTO, PACIENTES

SEM SOROLOGIA PRÉVIASEM SOROLOGIA PRÉVIA

*EM PARTURIENTES, PODEMOS UTILIZAR *EM PARTURIENTES, PODEMOS UTILIZAR

NORMALMENTE O VDRLNORMALMENTE O VDRL

SífilisSífilisSífilisSífilis

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Page 26: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

SífilisSífilisSífilisSífilisAtençãoAtenção

O resultado do VDRL deve ser fornecido O resultado do VDRL deve ser fornecido com a sua titulação: com a sua titulação: 1:1; 1:2; 1:4; 1:8; etc1:1; 1:2; 1:4; 1:8; etc

Considerar sífilis sempre que diluição Considerar sífilis sempre que diluição for 1:8 ou superiorfor 1:8 ou superior

Fenômeno de De Prozona pode ocorrer Fenômeno de De Prozona pode ocorrer em situações especiaisem situações especiais

AtençãoAtenção

O resultado do VDRL deve ser fornecido O resultado do VDRL deve ser fornecido com a sua titulação: com a sua titulação: 1:1; 1:2; 1:4; 1:8; etc1:1; 1:2; 1:4; 1:8; etc

Considerar sífilis sempre que diluição Considerar sífilis sempre que diluição for 1:8 ou superiorfor 1:8 ou superior

Fenômeno de De Prozona pode ocorrer Fenômeno de De Prozona pode ocorrer em situações especiaisem situações especiais

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Page 27: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

SífilisSífilisSífilisSífilis

Em situações de titulação baixa; ou seja Em situações de titulação baixa; ou seja inferiores a 1:8 deve SEMPRE ser inferiores a 1:8 deve SEMPRE ser realizada uma boa realizada uma boa história clínicahistória clínica investigando tratamento anterior e se investigando tratamento anterior e se este foi correto. Neste caso, não há este foi correto. Neste caso, não há indicação de solicitar provas indicação de solicitar provas treponêmicas.treponêmicas.

Seguimento destas pacientes através de Seguimento destas pacientes através de VDRL quantitativo mensal.VDRL quantitativo mensal.

Em situações de titulação baixa; ou seja Em situações de titulação baixa; ou seja inferiores a 1:8 deve SEMPRE ser inferiores a 1:8 deve SEMPRE ser realizada uma boa realizada uma boa história clínicahistória clínica investigando tratamento anterior e se investigando tratamento anterior e se este foi correto. Neste caso, não há este foi correto. Neste caso, não há indicação de solicitar provas indicação de solicitar provas treponêmicas.treponêmicas.

Seguimento destas pacientes através de Seguimento destas pacientes através de VDRL quantitativo mensal.VDRL quantitativo mensal.

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Page 28: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

SífilisSífilisSífilisSífilisSeguimentoSeguimento

O acompanhamento pós tratamento:O acompanhamento pós tratamento:

- VDRL quantitativo trimestral- VDRL quantitativo trimestral Considerar tratamento eficaz quando Considerar tratamento eficaz quando

houver queda de duas ou mais diluiçõeshouver queda de duas ou mais diluições

Comunicar sempre o pediatraComunicar sempre o pediatra

SeguimentoSeguimento

O acompanhamento pós tratamento:O acompanhamento pós tratamento:

- VDRL quantitativo trimestral- VDRL quantitativo trimestral Considerar tratamento eficaz quando Considerar tratamento eficaz quando

houver queda de duas ou mais diluiçõeshouver queda de duas ou mais diluições

Comunicar sempre o pediatraComunicar sempre o pediatra

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Page 29: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

SífilisSífilisSífilisSífilisTratamentoTratamento

Penicilina benzatinaPenicilina benzatina Sífilis primária :Sífilis primária : 2.400.000 UI(dose única) 2.400.000 UI(dose única) Sífilis recente :Sífilis recente : 4.800.000 UI (dividida em 4.800.000 UI (dividida em

2 doses- uma por semana)2 doses- uma por semana) Sífilis tardia ou desconhecida :Sífilis tardia ou desconhecida :

7.200.000 UI (dividido em7.200.000 UI (dividido em

3 doses- uma por semana3 doses- uma por semana))

TratamentoTratamento Penicilina benzatinaPenicilina benzatina

Sífilis primária :Sífilis primária : 2.400.000 UI(dose única) 2.400.000 UI(dose única) Sífilis recente :Sífilis recente : 4.800.000 UI (dividida em 4.800.000 UI (dividida em

2 doses- uma por semana)2 doses- uma por semana) Sífilis tardia ou desconhecida :Sífilis tardia ou desconhecida :

7.200.000 UI (dividido em7.200.000 UI (dividido em

3 doses- uma por semana3 doses- uma por semana))

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Page 30: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

DROGAS ALTERNATIVASDROGAS ALTERNATIVAS

Sífilis recente e latente precoce :Sífilis recente e latente precoce :

Azitromicina 1 g VO/sem. duas a três sem.Azitromicina 1 g VO/sem. duas a três sem.

Doxiciclina 100 mg VO 12/12 h por 20 diasDoxiciclina 100 mg VO 12/12 h por 20 dias

Eritromicina (estearato) 500 mg VO 6/6 h 20 diasEritromicina (estearato) 500 mg VO 6/6 h 20 dias

Tetraciclina 500 mg VO 6/6 h 20 diasTetraciclina 500 mg VO 6/6 h 20 dias

Sífilis latente tardia :Sífilis latente tardia :

Doxiciclina 100 mg VO 12/12 h 40 diasDoxiciclina 100 mg VO 12/12 h 40 dias

SífilisSífilis

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Page 31: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

SífilisSífilisSífilisSífilisAtençãoAtenção

NAS GESTANTES:NAS GESTANTES: Para pacientes alérgicas ou suspeita de Para pacientes alérgicas ou suspeita de

alergia à Penicilina: alergia à Penicilina: Seguir protocolo do Ministério da Saúde Seguir protocolo do Ministério da Saúde

para identificação (Testes) e para identificação (Testes) e desensibilizaçãodesensibilização

AtençãoAtenção

NAS GESTANTES:NAS GESTANTES: Para pacientes alérgicas ou suspeita de Para pacientes alérgicas ou suspeita de

alergia à Penicilina: alergia à Penicilina: Seguir protocolo do Ministério da Saúde Seguir protocolo do Ministério da Saúde

para identificação (Testes) e para identificação (Testes) e desensibilizaçãodesensibilização

RLS-UFPRRLS-UFPR

Page 32: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

Medidas que podem reduzir ou Medidas que podem reduzir ou erradicar a Sífilis Congênitaerradicar a Sífilis Congênita

Minuciosa investigação epidemiológica, Minuciosa investigação epidemiológica, tratamento e prevenção da Sífilis nas tratamento e prevenção da Sífilis nas comunidades heterossexuaiscomunidades heterossexuais

Educação das mulheres sobre a necessidade de Educação das mulheres sobre a necessidade de um pré-natal precoce e contínuoum pré-natal precoce e contínuo

Solicitação dos testes sorológicos para sífilis de Solicitação dos testes sorológicos para sífilis de rotina no primeiro e terceiro trimestres e nos rotina no primeiro e terceiro trimestres e nos internamentos (aborto, TPP ou nascimento)internamentos (aborto, TPP ou nascimento)

RLS-UFPRRLS-UFPR

Page 33: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

Fatores que impedem a erradicação da Fatores que impedem a erradicação da Sífilis congênitaSífilis congênita

Privação sócio-econômicaPrivação sócio-econômica

* * Atendimento tardio de pré-natalAtendimento tardio de pré-natal

* Drogadição* Drogadição

* Atrasos na comunicação* Atrasos na comunicação

RLS-UFPRRLS-UFPR

Page 34: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

Fatores que impedem a erradicação da Fatores que impedem a erradicação da Sífilis congênitaSífilis congênita

Falta de recursosFalta de recursos

* * Falta de pessoal treinadoFalta de pessoal treinado

* Clínicas superpopulosas* Clínicas superpopulosas

* Atraso no rastreamento e acompanhamento* Atraso no rastreamento e acompanhamento

* Falhas na repetição da sorologia* Falhas na repetição da sorologia

* Falha no tratamento de parceiros sexuais* Falha no tratamento de parceiros sexuais

* Falha no reconhecimento de infecções* Falha no reconhecimento de infecções

adquiridas tardiamente na gestação atualadquiridas tardiamente na gestação atual

RLS-UFPRRLS-UFPR

Page 35: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

SífilisSífilisSífilisSífilisObservaçõesObservações

Notificação obrigatória (MS)Notificação obrigatória (MS) Informar ao pediatra quadro clínico Informar ao pediatra quadro clínico

maternomaterno Mãe tratada com eritromicina => Mãe tratada com eritromicina => RN considerado não tratadoRN considerado não tratado Investigar parceiro sexualInvestigar parceiro sexual Sexo seguroSexo seguro Investigar outras DSTsInvestigar outras DSTs

ObservaçõesObservações

Notificação obrigatória (MS)Notificação obrigatória (MS) Informar ao pediatra quadro clínico Informar ao pediatra quadro clínico

maternomaterno Mãe tratada com eritromicina => Mãe tratada com eritromicina => RN considerado não tratadoRN considerado não tratado Investigar parceiro sexualInvestigar parceiro sexual Sexo seguroSexo seguro Investigar outras DSTsInvestigar outras DSTs

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Page 36: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial
Page 37: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

SÍFILIS CONGÊNITASÍFILIS CONGÊNITA

Considera-se como sífilis congênita recente os Considera-se como sífilis congênita recente os casos manifestados até o segundo ano de vida, casos manifestados até o segundo ano de vida, e como sífilis congênita tardia, os casos e como sífilis congênita tardia, os casos manifestados após esta data. manifestados após esta data.

Page 38: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

SÍFILIS CONGÊNITASÍFILIS CONGÊNITA

Na maioria dos casos, a infecção Na maioria dos casos, a infecção congênita não produz manifestações congênita não produz manifestações clínicas no momento do nascimento. As clínicas no momento do nascimento. As manifestações clínicas mais importantes manifestações clínicas mais importantes são cutâneo-mucosas, ósseas e viscerais. são cutâneo-mucosas, ósseas e viscerais.

Page 39: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

SÍFILIS CONGÊNITASÍFILIS CONGÊNITA

Na sífilis congênita recente, a hepatomegalia Na sífilis congênita recente, a hepatomegalia e esplenomegalia estão presentes na maioria e esplenomegalia estão presentes na maioria dos casos, podendo ser acompanhadas por dos casos, podendo ser acompanhadas por anemia, púrpura, e icterícia com grande anemia, púrpura, e icterícia com grande aumento de TGO.aumento de TGO.

Page 40: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

SÍFILIS CONGÊNITASÍFILIS CONGÊNITA

As lesões ósseas na maioria dos casos não As lesões ósseas na maioria dos casos não apresentam sintomatologia, mas podem ser apresentam sintomatologia, mas podem ser detectáveis ao exame radiológico sob o detectáveis ao exame radiológico sob o aspecto de osteocondrite, periostite ou aspecto de osteocondrite, periostite ou osteíte, sem contudo serem consideradas osteíte, sem contudo serem consideradas patognomônicas da doença. patognomônicas da doença.

Page 41: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

SÍFILIS CONGÊNITASÍFILIS CONGÊNITA

Lesões cutâneas precoces quando Lesões cutâneas precoces quando presentes nas nádegas podem ser presentes nas nádegas podem ser responsáveis por um quadro semelhante responsáveis por um quadro semelhante ao de "dermatite de fraldas", da qual se ao de "dermatite de fraldas", da qual se diferencia também por não responder a diferencia também por não responder a medidas locais habitualmente eficazes. medidas locais habitualmente eficazes.

Page 42: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

SÍFILIS CONGÊNITASÍFILIS CONGÊNITA

No período neonatal, a concomitância de No período neonatal, a concomitância de prematuridade, baixo peso, alterações prematuridade, baixo peso, alterações liquóricas ou acometimento pulmonar liquóricas ou acometimento pulmonar pioram consideravelmente o prognóstico da pioram consideravelmente o prognóstico da doençadoença. .

Page 43: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

SÍFILIS CONGÊNITASÍFILIS CONGÊNITA

Sorologia não treponêmica: VDRL Sorologia não treponêmica: VDRL (Venereal Diseases Research Laboratory)(Venereal Diseases Research Laboratory)

Indicado para o diagnóstico e seguimento Indicado para o diagnóstico e seguimento

terapêutico.terapêutico.

Page 44: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

O VDRLO VDRL

O teste pode resultar reagente por longos O teste pode resultar reagente por longos períodos, mesmo após a cura da infecção, períodos, mesmo após a cura da infecção, porém apresenta queda progressiva nas porém apresenta queda progressiva nas titulações até que se torna não reagente.titulações até que se torna não reagente.

Recém-nascidos não infectados podem Recém-nascidos não infectados podem apresentar anticorpos maternos transferidos apresentar anticorpos maternos transferidos por meio da placenta. Neste caso, o VDRL só por meio da placenta. Neste caso, o VDRL só será reagente até aproximadamente o terceiro será reagente até aproximadamente o terceiro mês de vida. mês de vida.

Page 45: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

SÍFILIS CONGÊNITASÍFILIS CONGÊNITA

Sorologia treponêmica: FTA-Abs Sorologia treponêmica: FTA-Abs (Fluorescent Treponemal Antibody - (Fluorescent Treponemal Antibody - Absorption)Absorption)

São testes mais específicos, úteis na exclusão São testes mais específicos, úteis na exclusão dede

resultados de VDRL falsos positivos.resultados de VDRL falsos positivos.

Page 46: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

SÍFILIS CONGÊNITASÍFILIS CONGÊNITA

O FTA-ABs/IgG, quando reagente em material O FTA-ABs/IgG, quando reagente em material do RN, não significa infecção pré-natal, pois os do RN, não significa infecção pré-natal, pois os anticorpos IgG maternos ultrapassam a anticorpos IgG maternos ultrapassam a barreira placentária.barreira placentária.

Em geral, os testes treponêmicos permanecem Em geral, os testes treponêmicos permanecem reagentes por toda a vida, mesmo após a cura reagentes por toda a vida, mesmo após a cura da infecção. da infecção.

Page 47: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

SÍFILIS CONGÊNITASÍFILIS CONGÊNITA

RX de Ossos Longos RX de Ossos Longos Demonstram alterações ósseas nas metáfises Demonstram alterações ósseas nas metáfises

e /ou epífises. e /ou epífises.

Page 48: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

SÍFILIS CONGÊNITASÍFILIS CONGÊNITA

Exame do Líquido Céfalo-Raquidiano Exame do Líquido Céfalo-Raquidiano (LCR) (LCR)

Na neurossífilis, detectam-se alterações na Na neurossífilis, detectam-se alterações na

contagem de linfócitos, na dosagem de contagem de linfócitos, na dosagem de

proteínas, e os testes sorológicos para sífilis proteínas, e os testes sorológicos para sífilis

podem ser reagentes podem ser reagentes

Page 49: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

Manejo clínico da sífilis congênitaManejo clínico da sífilis congênita

No Período NeonatalNo Período Neonatal Para todos os casos:Para todos os casos:

Toda gestante terá VDRL à admissão Toda gestante terá VDRL à admissão hospitalar ou imediatamente após o parto; hospitalar ou imediatamente após o parto;

Todo recém-nascido cuja mãe tenha sorologia Todo recém-nascido cuja mãe tenha sorologia positiva para sífilis, deverá ter VDRL de positiva para sífilis, deverá ter VDRL de sangue periférico. sangue periférico.

Page 50: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

Manejo clínico da sífilis congênitaManejo clínico da sífilis congênita

Nos recém-nascidos de mães com sífilis não Nos recém-nascidos de mães com sífilis não tratada ou inadequadamente tratada, tratada ou inadequadamente tratada, independentemente do resultado do VDRL do independentemente do resultado do VDRL do recém-nascido, realizar: raio X de ossos recém-nascido, realizar: raio X de ossos longos, punção lombar, e outros exames longos, punção lombar, e outros exames quando clinicamente indicados. quando clinicamente indicados.

Page 51: Sífilis diagnóstico clínico e laboratorial

Manejo clínico da sífilis congênitaManejo clínico da sífilis congênita

Se houver alterações clínicas e/ou sorológicas e/ou Se houver alterações clínicas e/ou sorológicas e/ou radiológicas, o tratamento deverá ser feito com radiológicas, o tratamento deverá ser feito com Penicilina Cristalina na dose de 100.000 U/Kg/dia Penicilina Cristalina na dose de 100.000 U/Kg/dia E.V. em 2 ou 3 vezes, dependendo da idade, por 7 a E.V. em 2 ou 3 vezes, dependendo da idade, por 7 a 10; ou Penicilina G Procaína: 50.000 U/Kg I.M. por 10; ou Penicilina G Procaína: 50.000 U/Kg I.M. por 10 dias. 10 dias.

Se houver alteração liquórica - prolongar o Se houver alteração liquórica - prolongar o tratamento por 14 dias com Penicilina G. Cristalina tratamento por 14 dias com Penicilina G. Cristalina na dose de 150.000 U/Kg/dia E.V. em 2 ou 3 vezes, na dose de 150.000 U/Kg/dia E.V. em 2 ou 3 vezes, dependendo da idade, por 14 dias. dependendo da idade, por 14 dias.

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Manejo clínico da sífilis congênitaManejo clínico da sífilis congênita

Se não houver alterações clínicas, radiológicas, Se não houver alterações clínicas, radiológicas, liquóricas e a sorologia for negativa no recém-liquóricas e a sorologia for negativa no recém-nascido, dever-se-á proceder ao tratamento nascido, dever-se-á proceder ao tratamento com Penicilina Benzatina, via IM, na dose com Penicilina Benzatina, via IM, na dose única de 50.000 U/Kg. O acompanhamento é única de 50.000 U/Kg. O acompanhamento é desejável, incluindo o seguimento do VDRL desejável, incluindo o seguimento do VDRL sérico com 1 e 3 meses. sérico com 1 e 3 meses.

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Manejo clínico da sífilis congênitaManejo clínico da sífilis congênita

Nos recém-nascidos de mães adequadamente Nos recém-nascidos de mães adequadamente tratadas: realizar o VDRL em amostra de tratadas: realizar o VDRL em amostra de sangue periférico do recém-nascido; se este for sangue periférico do recém-nascido; se este for reagente ou na presença de alterações clínicas, reagente ou na presença de alterações clínicas, realizar raio X de ossos longos e punção realizar raio X de ossos longos e punção lombar. lombar.

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Manejo clínico da sífilis congênitaManejo clínico da sífilis congênita

Observações: Observações: No caso de interrupção por mais de 1 dia de No caso de interrupção por mais de 1 dia de

tratamento, o mesmo deverá ser reiniciado. tratamento, o mesmo deverá ser reiniciado. Em todas as crianças sintomáticas deverá ser Em todas as crianças sintomáticas deverá ser

efetuado exame oftalmológico (fundo de olho). efetuado exame oftalmológico (fundo de olho).

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Manejo clínico da sífilis congênitaManejo clínico da sífilis congênita

Seguimento: Seguimento: ambulatorial mensal; ambulatorial mensal; realizar VDRL com 1, 3, 6, 12, 18 e 24 meses, realizar VDRL com 1, 3, 6, 12, 18 e 24 meses,

interrompendo quando negativar; interrompendo quando negativar; diante das elevações de títulos sorológicos ou diante das elevações de títulos sorológicos ou

não-negativação destes até os 18 meses, não-negativação destes até os 18 meses, reinvestigar o paciente. reinvestigar o paciente.

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