sidney penal completo 001

15
1 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? Sidney Filho – Direito Penal Curso Completo NOÇÕES INTRODUTÓRIAS PRINCIPAIS PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL Conceito e Princípios Conceito Direito Penal Objetivo Leis (Art. 22, I, CF) Direito Penal Subjetivo Direito de Punir Limitações Temporais Espaciais Direito de Persecução Penal Direito de Punir E os índios? proibida em qualquer caso a pena de morte. E o TPI? Art. 1, Estatuto de Roma - -- Decreto 4388/02 Princípio

Upload: maisacesso1

Post on 21-Oct-2015

66 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

1 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você?

Sidney Filho – Direito Penal

Curso Completo

NOÇÕES INTRODUTÓRIAS

PRINCIPAIS PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL

Conceito e Princípios

Conceito

Direito Penal Objetivo

Leis (Art. 22, I, CF)

Direito Penal Subjetivo

Direito de Punir

Limitações

Temporais

Espaciais

Direito de Persecução Penal

Direito de Punir

E os índios?

proibida em qualquer caso a pena de morte.

E o TPI?

Art. 1, Estatuto de Roma -

- -

Decreto 4388/02

Princípio

2 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você?

da Intervenção Mínima

da Fragmentariedade

Intervenção em concreto

da Subsidiariedade

Intervenção em abstrato

da Lesividade

Crimes de Perigo

Concreto

Abstrato

Princípio

da Adequação Social

da Responsabilidade Penal Pessoal e Subjetiva

da Culpabilidade

da Pessoalidade da Pena

Art. 5, XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de

reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas

aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;

Princípio

Da Humanidade das Penas

Art. 5, XLVII - não haverá penas:

a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;

b) de caráter perpétuo;

c) de trabalhos forçados;

d) de banimento;

e) cruéis;

Princípio

da Presunção de Inocência ou da não culpa

Art. 5, LVII, CF -

Art. 2, §2, da CADH -

Princípio

da individualização da pena

3 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você?

Art. 5, XLVI, CF - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as

seguintes:

a) privação ou restrição da liberdade;

b) perda de bens;

c) multa;

d) prestação social alternativa;

e) suspensão ou interdição de direitos;

Princípio

do non bis in idem

da insignificância

a) mínima ofensividade da conduta do agente;

b) nenhuma periculosidade social da ação;

c) reduzido grau de reprovabilidade do comportamento;

d) inexpressividade da lesão jurídica provocada.

da Consunção ou Absorção

Durante as aulas

da legalidade

da anterioridade

da taxatividade

Questões

1. (CESPE - 2013 - TRE-MS - Analista Judiciário - Área Judiciária) No que diz respeito aos princípios aplicáveis

ao direito penal, assinale a opção correta.

a) Para que ocorra o reconhecimento do princípio da insignificância, tem de haver conduta típica, ou seja,

ofensa grave a bens jurídicos tutelados, sendo suficientes lesões irrelevantes aos bens ou interesses

protegidos.

b) O princípio da legalidade ou princípio da reserva legal não se estende às consequências jurídicas da

infração penal, em especial aos efeitos da condenação, nem abarca as medidas de segurança.

c) O princípio da adequação social do fato não se confunde com a teoria do risco permitido ainda que

tenham como pressuposto fundamental a existência de uma lesão ao bem jurídico que não chega a

constituir um desvalor do resultado, o qual é obtido por uma interpretação teleológica restritiva dos tipos

4 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você?

penais, na adequação social, e, no risco permitido, ocorre pelo desvalor da ação que repercute no desvalor

do resultado.

d) O princípio do ne bis in idem ou non bis in idem traduz a proibição de punir ou processar alguém duas ou

mais vezes pelo mesmo fato e concretiza-se pela valoração integral da conduta delituosa perpetrada pelo

agente, incidindo apenas nos casos de concurso de delitos.

e) De acordo com o princípio da fragmentariedade, a lei penal só deverá intervir quando for absolutamente

necessário, para a sobrevivência da comunidade, como ultima ratio.

2. (CESPE - 2012 - PC-AL - Agente de Polícia) Em caso de urgência, a definição do que é crime pode ser

realizada por meio de medida provisória.

3. (CESPE - 2012 - TJ-AC - Técnico Judiciário) A CF prevê expressamente o respeito à integridade física e

moral dos presos.

4. (CESPE - 2012 - TJ-AC - Técnico Judiciário) Uma pessoa poderá ser considerada culpada após sentença

condenatória pela prática de crime, ainda que dela recorra.

5. (FCC - 2012 - Prefeitura de São Paulo - SP - Auditor Fiscal do Município) O juiz de determinada comarca,

ao receber a denúncia formulada pelo Ministério Público contra o autor de um crime de peculato,

considerou desnecessária a produção de provas e o interrogatório do réu e julgou antecipadamente a lide,

condenando-o à pena de 6 anos de reclusão e multa. Essa decisão violou o princípio constitucional:

a) do devido processo legal.

b) da anterioridade da lei penal.

c) da presunção de inocência.

d) do juiz natural.

e) da intervenção mínima.

6. (FCC - 2012 - TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário - Execução de Mandados) O princípio, segundo o qual

se afirma que o Direito Penal não é o único controle social formal dotado de recursos coativos, embora seja

o que disponha dos instrumentos mais enérgicos, é reconhecido pela doutrina como princípio da

a) lesividade.

b) intervenção mínima.

5 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você?

c) fragmentariedade.

d) subsidiariedade.

e) proporcionalidade.

7. (FUMARC - 2012 - TJ-MG - Oficial Judiciário) O princípio da presunção de inocência até que o réu seja

considerado culpado ou até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória é prevista nos seguintes

textos de forma expressa:

a) Constituição da República Federativa e Código de Processo Penal

b) Declaração Universal dos Direitos Humanos(Resolução nº 217 – ONU) e Constituição da República

c) Declaração Universal dos Direitos Humanos(Resolução nº 217 – ONU) e Código de Processo Penal

d) Constituição da República e Estatuto do Servidor Público

8. (PC-SP - 2011 - PC-SP - Delegado de Polícia) A ideia de que o Direito Penal, deve tutelar os valores

considerados imprescindíveis para a sociedade, e não todos os bens jurídicos, sintetiza o princípio da

a) adequação social

b) culpabilidade

c) fragmentariedade

d) ofensividade.

e) proporcionalidade

9. (CESPE - 2012 - Polícia Federal - Agente da Polícia Federal) Conflitos aparentes de normas penais podem

ser solucionados com base no princípio da consunção, ou absorção. De acordo com esse princípio, quando

um crime constitui meio necessário ou fase normal de preparação ou execução de outro crime, aplica-se a

norma mais abrangente. Por exemplo, no caso de cometimento do crime de falsificação de documento

para a prática do crime de estelionato, sem mais potencialidade lesiva, este absorve aquele.

6 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você?

10. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial) O princípio da consunção, consoante posicionamento

doutrinário e jurisprudencial, resolve o conflito aparente de normas penais quando um crime menos grave

é meio necessário, fase de preparação ou de execução de outro mais nocivo, respondendo o agente

somente pelo último. Há incidência desse princípio no caso de porte de arma utilizada unicamente para a

prática do homicídio.

11. (CESPE - 2012 - PC-CE - Inspetor de Polícia - Civil) Considere que Lúcio, mediante o uso de faca do tipo

peixeira, tenha constrangido Maria a entregar-lhe o valor de R$ 2,50, sob a justificativa de estar

desempregado e necessitar do dinheiro para pagar o transporte coletivo. Nesse caso, segundo

entendimento do STF quanto ao princípio da insignificância, Lúcio, se processado, deverá ser absolvido por

atipicidade da conduta.

GABARITO

1.C 2.E 3.C 4.E 5.A 6.D 7.B 8.C 9.C 10.C 11.E

APLICAÇÃO DA LEI PENAL

- Arts. 1 ao 12 do CP -

Art. 1º - Princípio da legalidade

Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia

cominação legal

Art. 5º, XXXIX, CF

Subprincípios

Anterioridade

Analogia (lei estrita)

Prejudicar

Beneficiar (art. 128, CP)

Reserva legal

Reserva legal

Lei – sentido formal (lei escrita)

7 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você?

MP (art. 62, §1º, I, “b”)

Costume

Elemento de Interpretação

Fonte de normas permissivas

Princípio da Tipicidade

Perfeita subsunção

Conteúdo determinado

Crime vago

Tipo penal vago

Tipo penal aberto

Art. 2º - Lei Penal no Tempo

Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar

crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença

condenatória.

Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-

se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada

em julgado

(Ir)retroatividade

tempus regit actum

Competência

Critérios

Combinação de leis

Abolitio criminis

Art. 3º - Lei excepcional ou temporária

Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua

duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato

praticado durante sua vigência

Ultra-atividade

8 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você?

Art. 4º - Tempo do Crime

Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda

que outro seja o momento do resultado

Crime continuado e permanente

711, STF - A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime

permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da

permanência.

Inimputabilidade

Prescrição

Teoria do Resultado (art. 111, CP)

Art. 6º - Lugar do Crime

Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou

omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se

o resultado

Crimes a distância

Delito plurilocal

Art. 5º - Territorialidade

Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de

direito internacional, ao crime cometido no território nacional

Princípio da territorialidade temperada

9 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você?

Aplicação da Lei Penal

- Questões –

1. (FUNDEP - 2012 - Prefeitura de Belo Horizonte - MG – Auditor) Um dos princípios basilares do Direito

Penal moderno – e fundamental no Estado Democrático de Direito – é o princípio da legalidade ou da

reserva legal, previsto no art. 5º , XXXIX, da Constituição da República. Como consequência da adoção

desse princípio, pode-se dizer

a) que, se o legislador deixar de observar o princípio da taxatividade, a lei penal será considerada

inconstitucional.

b) que o tipo penal poderá ser criado por meio de lei (Congresso Nacional) e medida provisória (Presidência

da República).

c) que a lei penal não poderá retroagir para regular condutas praticadas antes de sua vigência.

d) que está vedado ao legislador criar tipos penais cujo conteúdo seja complementado por outras leis ou

atos normativos.

2. (PC-SP - 2011 - PC-SP - Delegado de Polícia) A lei estrita, desdobramento do princípio da legalidade, veda

o emprego

a) analogia

b) costumes.

c) princípios gerais do direito.

d) equidade.

e) jurisprudência.

3. (CESPE - 2012 - TJ-AC - Analista Judiciário) De acordo com o que dispõe o Código Penal acerca de lei

excepcional ou temporária, a conduta de um comerciante que tenha criminalmente transgredido os preços

estipulados em tabela fixada por órgão do Poder Executivo deve ser avaliada pelo juiz com base na tabela

vigente ao tempo da transgressão, porquanto constitui complemento da norma penal em branco, com

efeito ultra-ativo.

4. (CESPE - 2012 - Polícia Federal - Agente da Polícia Federal) O fato de determinada conduta ser

considerada crime somente se estiver como tal expressamente prevista em lei não impede, em decorrência

do princípio da anterioridade, que sejam sancionadas condutas praticadas antes da vigência de norma

excepcional ou temporária que as caracterize como crime.

10 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você?

5. (OAB/Nacional/2007) Sobre a aplicação da lei penal e da lei processual penal, assinale a opção incorreta.

a) O dispositivo constitucional que estabelece que a lei não retroagirá, salvo para

beneficiar o réu, aplica-se à lei penal e à lei processual penal.

b) Lei penal que substitua outra e que favoreça o agente aplica-se aos fatos anteriores

à sua entrada em vigor, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em

julgado.

c) Os atos processuais realizados sob a vigência de lei processual anterior são

considerados válidos, mesmo após a revogação da lei.

d) As normas processuais têm aplicação imediata, ainda que o fato que deu origem ao

processo seja anterior à entrada em vigor dessas normas.

6. O Código Penal brasileiro,

a) quanto ao lugar do crime, adotou a teoria mista ou da ubiqüidade.

b) quanto ao lugar do crime, adotou a teoria da atividade ou da ação.

c) quanto ao tempo do crime, adotou a teoria mista ou da ubiqüidade.

d) quanto ao tempo do crime, adotou a teoria do resultado.

07. (OAB/SP/136/2008) Ainda de acordo com o que dispõe o CP, assinale a opção correta.

a) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela

a execução e os efeitos penais e civis da sentença condenatória.

b) Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem

como onde se produziu o resultado, sendo irrelevante o local onde deveria produzir-se o resultado.

c) A lei excepcional ou temporária, embora tenha decorrido o período de sua duração ou cessadas as

circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante a sua vigência.

d) Considera-se praticado o crime no momento da produção do resultado.

Art. 5º - Territorialidade

§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional

as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do

governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as

11 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você?

embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem,

respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.

Contravenção Penal

Territorialidade Exclusiva (Art. 2º, Dec.-lei 3.688/41)

Art. 5º - Territorialidade

§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de

aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se

aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo

correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil

Art. 7º - Extraterritorialidade

Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro

I – Incondicionada

II – Condicionada

Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:

I - os crimes:

a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;

b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de

Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista,

autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;

c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;

d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;

II - os crimes:

a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;

b) praticados por brasileiro;

c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade

privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados.

Art. 7, § 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes

condições:

a) entrar o agente no território nacional;

12 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você?

b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;

c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;

d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;

e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a

punibilidade, segundo a lei mais favorável

Extraterritorialidade Hipercondicionada

Art.7, § 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro

fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior:

a) não foi pedida ou foi negada a extradição;

b) houve requisição do Ministro da Justiça.

Art. 7º - Extraterritorialidade

Princípios

Da justiça penal universal ou cosmopolita

Da proteção ou da defesa

Da nacionalidade ou personalidade

Da representação ou da bandeira

Bis in idem

Condicionada (art. 7, §2º, d, CP)

Incondicionada

Pena cumprida no estrangeiro

Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime,

quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.

Eficácia de sentença estrangeira

Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas

conseqüências, pode ser homologada no Brasil para:

I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis;

II - sujeitá-lo a medida de segurança.

13 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você?

Art.9, Parágrafo único - A homologação depende:

a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada;

b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de cuja

autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do

Ministro da Justiça.

Contagem de prazo

Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos

pelo calendário comum.

Frações não computáveis da pena

Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de

dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro.

Legislação especial

Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta

não dispuser de modo diverso.

8. (OAB/Nacional/2007) Acerca dos princípios da legalidade e da anterioridade, da lei penal no tempo e no

espaço e da contagem de prazo, assinale a opção correta.

a) Conforme previsão do Código Penal, o tempo do crime é o momento da ação ou omissão que coincida

com o momento do resultado

b) Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, sendo irrelevante o lugar

onde ocorreu o resultado.

c) Se determinada pessoa tiver sido vítima de homicídio no dia 1.º/8/2012, a contagem dos prazos penais,

nesse caso, terá iniciado em 1.º/8/2012.

d) Segundo o princípio da legalidade, no ordenamento jurídico brasileiro determinada conduta só será

considerada crime caso seja publicada lei posterior definindo-a como tal.

e) Exceto se já decididos por sentença transitada em julgado, a lei posterior que de qualquer modo

favorecer o agente aplica-se aos fatos anteriores.

9. (FEPESE - 2013 - DPE-SC - Técnico Administrativo) Assinale a alternativa correta de acordo com o Direito

Penal.

a) A lei penal é irretroativa.

b) Na contagem de prazo no Direito Penal computa-se o dia de início e exclui-se o dia final.

14 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você?

c) Não se admite a ultra-atividade da lei no direito penal.

d) O dia de início é excluído no Direito Penal, devendo-se na contagem do prazo ser considerado o dia final.

e) As frações de dias, e, na pena de multa, as frações de pecúnia, deverão sempre ser consideradas para

fins de execução da pena.

10. (CESPE - 2012 - TJ-AL - Auxiliar Judiciário) Determinado cidadão brasileiro praticou delito de genocídio

na Argentina, tendo matado membros de um grupo étnico daquele país, onde foi condenado

definitivamente à pena máxima de oito anos de reclusão, segundo a legislação argentina. Após ter

cumprido integralmente a pena, esse cidadão retornou a Maceió, cidade onde sempre estabeleceu

domicílio. A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta em relação à extraterritorialidade da

lei penal, à pena cumprida no estrangeiro e à eficácia da sentença estrangeira.

a) A hipótese revela situação de extraterritorialidade da lei penal brasileira, que seria aplicada apenas se o

brasileiro não tivesse sido condenado na Argentina.

b) Se tivesse sido absolvido pela justiça argentina, o brasileiro não deveria ser submetido à aplicação da lei

penal brasileira, sob pena de violação do princípio da anterioridade.

c) Nesse caso, o brasileiro poderá ser condenado novamente pela justiça do Brasil e, se a pena aplicada no

Brasil for superior àquela cumprida na Argentina, será atenuada.

d) A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas consequências,

não pode ser homologada no Brasil para fins de reparação civil.

e) Por se tratar de delito de genocídio, a utilização da lei penal argentina afasta a aplicação da lei penal

brasileira, que só seria aplicada caso as vítimas fossem brasileiras.

11. (CESPE - 2012 - Polícia Federal - Agente da Polícia Federal) Será submetido ao Código Penal brasileiro o

agente, brasileiro ou não, que cometer, ainda que no estrangeiro, crime contra administração pública,

estando a seu serviço, ou cometer crime contra o patrimônio ou a fé pública da União, de empresa pública

ou de sociedade de economia mista. A circunstância de a conduta ser lícita no país onde foi praticada ou de

se encontrar extinta a punibilidade será irrelevante para a responsabilização penal do agente no Brasil.

12. (FCC - 2012 - TRE-CE - Analista Judiciário - Área Judiciária) NÃO é uma das condições necessárias dentre

aquelas estabelecidas pelo Código Penal para aplicação da lei brasileira, ao crime cometido no estrangeiro

praticado por brasileiro:

a) entrar o agente no território nacional no prazo máximo de dois anos após o crime.

b) ser o fato punível também no país onde foi praticado.

15 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você?

c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição.

d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro.

e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro.

GABARITO

1.A 2.A 3.C 4.E 5.A 6.A 7.C 8.C 9.B 10.C 11.C 12.A