sÃo paulo, 21 a 25 de abril de 2016. · sÃo paulo, 21 a 25 de abril de 2016. virada zen reúne...
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SÃO PAULO, 21 A 25 DE ABRIL DE 2016.
Virada Zen reúne cerca de 700 atividades para relaxar em SP
Que tal parar por alguns minutos em meio à correria do dia a dia para meditar ou
praticar ioga? Essa é a proposta da Virada Zen, que começa nesta segunda (25) e
promove, até o próximo domingo (1º), cerca de 700 atividades em 200 pontos da
cidade, entre parques e espaços públicos.
"Todo mundo vive estressado e cansado. O que a gente pode fazer para mudar isso?
Parar, respirar e olhar para dentro", afirma Mariana Amaral, organizadora do
movimento -como denomina a virada. "A partir daí", completa ela, "conseguimos
tomar decisões melhores".
Confira alguns destaques selecionados pela sãopaulo -a programação completa está
aqui.
PARQUE IBIRAPUERA
Reúne as principais atrações do evento, todas no sábado (30). O dia começa com
meditação com a monja Coen, às 11h. Às 11h45, haverá vivência de ioga guiada por
música, com o objetivo de fazer com que os participantes se concentrem melhor. Às
13h, o "ommm" fica a cargo de Marcia de Luca. Às 13h30, Chandra Lacombe & Fusão
Divina sobem ao palco. Às 15h, o guru Prem Baba conduz um "satsang" (encontro de
ensinamentos com música). Em seguida, às 16h, o bloco Pena de Pavão de Krishna se
apresenta. Inspirado na cultura indiana, o grupo usa o violino como principal
instrumento. O grupo Pedra Branca encerra a programação, às 17h30, em show que
mescla downbeat e músicas asiática e brasileira.
Pq. Ibirapuera - ao lado do Auditório Ibirapuera - av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, próx.
ao Obelisco, s/tel. Sáb. (30): a partir das 11h. 90 min. Livre. GRÁTIS
Veja os locais onde é possível retirar mudas de árvores em São Paulo
Pelo menos 4 viveiros possuem espécies disponíveis na capital. Plantas podem ser retiradas em parques, segundo a secretaria do Verde.
Assista, aqui.
Na cidade de São Paulo, a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente
disponibiliza mudas de árvores em locais em que a população pode retirar.
As espécies disponíveis nos viveiros municipais são para serem plantados, segundo a
prefeitura, em áreas públicas municipais, bem como promover a arborização e o
ajardinamento de áreas da municipalidade.
Locais de retirada de mudas:
- Viveiro Manequinho Lopes - (Parque Ibirapuera) - herbáceas / arbustivas /
trepadeiras / medicinais
- Viveiro Manequinho Lopes - (Parque Ibirapuera) - árvores e palmeiras
- Viveiro Arthur Etzel - (Parque do Carmo) - arbustivas, herbáceas e palmeiras
- Viveiro Harry Blossfeld - (Parque Cemucam) - árvores e palmeiras listagem por classe.
Banhistas lotam prainhas da Represa de Guarapiranga
Assista, aqui.
Área degradada no Sapopemba vira parque público
Depois de dez anos de discussões, audiências e muita cobrança da comunidade,
finalmente a extensa área municipal localizada entre as ruas Pico do Marumbi e
Iamacaru, no Jardim Planalto, região de Sapopemba, foi transformada em parque
público. O local recebeu pista de caminhada, playground, novas calçadas e paisagismo.
No último dia 2, lideranças locais, moradores e o vereador Jair Tatto (PT), responsável
pela emenda de R$ 200 mil que viabilizou a obra, estiveram na área para realizar uma
inauguração simbólica.
Para o líder comunitário José Amaro da Silva Capoeira, a região finalmente tem uma opção de lazer. “Esse parque foi concretizado pela luta de toda a comunidade, que sempre cobrou por mais espaços de convivência. Esse equipamento trará muito mais qualidade de vida aos moradores das proximidades”, declarou Capoeira. “Pouco antes de começarem as obras os moradores da região ficaram bastante assustados, pois surgiram rumores que a área seria utilizada pela Subprefeitura de Sapopemba como depósito de materiais e veículos. Com essa possibilidade a população se mobilizou e, através do vereador que destinou uma emenda, conseguimos pressionar para que o
local, que estava servindo de lixão, fosse transformado em parque”, completou Capoeira.
Segundo a Subprefeitura de Sapopemba, o trabalho realizado no local é uma das 24 obras efetuadas entre 2015 e 2016 e, no espaço, foram instalados brinquedos infantis, como: uma casa do Tarzan, duas gangorras, dois escorregadores e duas balanças, além de uma pista de caminhada, sistema de drenagem de água pluvial e reforma na calçada do espaço, que tem metragem de 7 mil m². A manutenção do espaço ficará a cargo da Prefeitura.
Um número recorde de países assina acordo sobre o clima na ONU
Um número recorde de países, incluindo Estados Unidos e China, os maiores
poluidores do mundo, assinaram nesta sexta-feira (22) na ONU o histórico acordo para
desacelerar o aquecimento global, negociado em dezembro passado em Paris.
Simbolicamente, o presidente francês, François Hollande, foi o primeiro a assinar o
acordo, entre os 175 países que já assinaram.
“Nunca antes tantos países assinaram um acordo internacional em um único dia”,
comemorou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, saudando um “momento
histórico”.
China e Estados Unidos estiveram representados, respectivamente, pelo vice-premiê
Zhang Gaoli e o secretário de Estado americano John Kerry. Este último assinou o
acordo com sua neta em seus braços e foi muito aplaudido.
Os signatários desta sexta-feira representam mais de 93% das emissões de gases do
efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global, de acordo com a ONG World
Resources Institute.
“Já no ano passado, os investimentos em energias renováveis registraram uma alta
histórica, quase 330 bilhões de dólares. E espera-se investimentos de trilhões de
dólares até o final do século”, declarou Kerry nesta sexta-feira.
A assinatura é apenas o primeiro passo. O acordo entrará em vigor apenas quando 55
países responsáveis por pelo menos 55% das emissões de gases do efeito estufa o
ratificarem.
DiCaprio na tribunaAntes de assinar, Hollande pediu ao mundo para traduzir o acordo
em “atos”, e desejou que a UE “dê o exemplo”, ratificando o acordo de Paris “até o
final do ano”. “Devemos nos mover rapidamente, ainda mais rapidamente”, insistiu.
“O mundo está nos assistindo (…) não precisamos de mais retórica, mais desculpas,
mais manipulação da ciência e da política por empresas ligadas aos combustíveis
fósseis”, como o petróleo ou o carvão, ressaltou, por sua vez, o ator e ambientalista
Leonardo DiCaprio.
“Sim, nós concluímos o Acordo de Paris, é um motivo de esperança, mas não é
suficiente”, ressaltou.
Sessenta chefes de Estado e de governo estavam presentes na sede da ONU para esta
assinatura.
A presidente Dilma Rousseff, ameaçada por um processo de impeachment, evocou
brevemente, ao final de seu discurso, a crise política no país, expressando sua
esperança de que os brasileiros vão impedir qualquer “retrocesso” da democracia.
A sociedade civil também comemorou a assinatura. “Este é um momento que vai
entrar para os livros de história, um ponto de curva para a humanidade para avançar
na direção de uma economia 100% limpa”, afirmou Michael Brune, diretor-executivo
do Sierra Club, em um comunicado.
O número de ao menos 175 países signatários em um dia é um recorde. O anterior
datava de 1982, quando 119 países assinaram a Convenção da ONU sobre direito
marítimo.
Abertura para a assinatura durante um anoBan Ki-moon, indicou que espera que os
países concordem já nesta sexta-feira em ratificar o acordo, a fim de “deixar claro para
os governos e ao mundo dos negócios que é chegada a hora de intensificar as ações
sobre o clima”.
Porque o tempo corre depressa. O último mês foi o março mais quente já registrado,
de acordo com os meteorologistas americanos. Há 11 meses, cada mês tem batido um
recorde de calor, uma série inédita em 137 anos de registro.
O acordo de Paris compromete seus signatários a limitar o aumento da temperatura
“bem abaixo dos 2°C” e “continuar os esforços” para limitar o aumento a 1,5 ºC. Este
objetivo muito ambicioso requer um compromisso sério e centenas de bilhões de
dólares para fazer a transição para as energias limpas.
O acordo permanecerá aberto por um ano aos 195 países que negociaram.
Treze pequenos países altamente vulneráveis às mudanças climáticas (Fiji, Tuvalu,
Maldivas, Belize, Barbados e Samoa) disseram que estavam dispostos a ratificar o
acordo já nesta sexta-feira.
“O acordo de Paris deve salvar Tuvalu e salvar o planeta”, declarou o primeiro-ministro
de Tuvalu, um arquipélago polinésio, Enele Sosene Sopoaga.
Para atingir rapidamente a marca de 55 países/55%, será preciso que ao menos um ou
dois dos grandes poluidores (Estados Unidos, China, União Europeia, Rússia, Índia)
ratifique o acordo.
Pequim (responsável por 20% das emissões) e Washington (18%) se comprometeram a
fazê-lo antes do final do ano.
Do lado americano, o acordo foi negociado para que o presidente Barack Obama não
necessite da aprovação do Congresso controlado pelos republicanos hostis ao texto.
De Paris a Nova York, pacto sobre clima prestes a avançar
Quatro meses depois da euforia da COP21, 160 países assinarão na sexta-feira (22) na
ONU o acordo de Paris sobre o clima, cuja aplicação implica que a economia mundial
dê as costas às energias fósseis.
Esta cerimônia de assinatura “tem, principalmente, uma função simbólica muito
forte”, mas também será a “ocasião de consolidar a dinâmica que surgiu do acordo de
Paris” alcançado em 12 de dezembro passado por 195 países, considera Pascal Canfin,
ex-ministro francês e diretor da WWF France.
Sessenta chefes de Estado estarão presentes em Nova York, entre eles o francês
François Hollande, assim como o vice-primeiro-ministro chinês Zhang Gaoli, o
primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, e o secretário de Estado americano, John
Kerry.
No total, 160 países estarão representados, segundo a ministra francesa do Meio
Ambiente, Ségolène Royal.
A adoção do texto em Paris, que colocou fim a anos de complexas e trabalhosas
negociações, “não quer dizer que as partes aderem automaticamente ao acordo”,
lembra Eliza Northrop, do World Resources Institute.
Ainda são necessárias duas etapas: a assinatura (aberta até abril de 2017) e a
ratificação em função das regras nacionais (votação pelo Parlamento, decreto, etc).
Formalmente, para entrar em vigor, o acordo de Paris precisa ser ratificado por 55
países que representem 55% das emissões mundiais de gases de efeito estufa.
“Uma entrada em vigor rápida”, talvez em 2017 ou 2018, “permitiria enviar uma
mensagem política”, afirma Laurence Tubiana, a negociadora francesa.
E o tempo urge: “estamos distantes do objetivo de uma alta limitada a 2º C” e para
que exista uma possibilidade de respeitar este limite “as ações anteriores a 2020 são
muito importantes”, afirma Tubiana, lembrando que o acordo de Paris foi um marco
para “acelerar as transformações a uma economia sóbria em carbono”.
“Para aplicá-lo, os Estados devem agora organizar sua transição energética, que passa
por uma reorientação dos investimentos”, resume Celia Gautier, da ONG Réseau
Action Climat (ONG).
“Não há varinha mágica”Boas notícias para o clima: as energias renováveis registraram
em 2015 um crescimento recorde de +8%, os preços baixos do petróleo freiam os
investimentos caros dos grupos petrolíferos (Ártico, ‘offshore’) e o setor do carvão não
vai bem.
Nos Estados Unidos, com a concorrência do gás natural, cede terreno. Na semana
passada, o maior produtor americano, Peabody, se declarou em default, e 250 centrais
fecharam, segundo a ONG Sierra Club.
Na China, o consumo baixou em 2014 e 2015, devido, certamente, à desaceleração da
economia, mas também à vontade do governo de lutar contra a poluição do ar.
Pequim anunciou recentemente a suspensão de quase todos os projetos de centrais a
carvão.
No entanto, as necessidades em infraestruturas energéticas são enormes e está
prevista a construção de centrais a carvão (Índia, Turquia, Indonésia, etc).
“Sabíamos que o acordo de Paris não seria uma varinha mágica que apagaria todos os
projetos nefastos”, reconhece Celia Gautier.
Taxa ou mercado de carbono, fim dos subsídios às energias fósseis, normas de
emissões na indústria, desenvolvimento de transportes limpos, apoio às energias
renováveis e à eficácia energética, luta contra o desmatamento, mudança de práticas
agrícolas: os países têm uma grande gama de setores nos quais agir para respeitar seus
compromissos sobre as emissões.
O respeito por parte dos países ricos das promessas de ajuda aos países em
desenvolvimento condicionará também investimentos mais “verdes”.
Por sua vez, o setor financeiro terá que desempenhar um papel chave.
Há agora “uma percepção crescente dos riscos ligados aos investimentos no longo
prazo nas atividades” energéticas, afirma Alden Meyer, da ONG Union of Concerned
Scientists.
O último exemplo no tema é a revolta dos acionistas de Exxonmobil para alcançar uma
estimativa das consequências das políticas em favor do clima sobre as atividades do
grupo.
Dia Internacional da Terra marca assinatura de “pacto histórico”
Para secretário-geral da ONU, o fato de mais de 170 países assinarem o Acordo de
Paris em um único dia é um sinal claro de determinação; em 2016, celebração foca na
importância das árvores para o planeta.
Como em todos os anos, 22 de abril é o Dia Internacional da Terra. Mas nesta sexta-feira, a celebração ainda é mais especial: líderes de mais de 170 países estarão reunidos na sede da ONU, em Nova York, para assinar o Acordo de Paris.
Para o secretário-geral Ban Ki-moon, o “pacto histórico” de combate à mudança
climática tem o poder de transformar o mundo. Ban acredita que tantos líderes assinando o acordo em apenas um dia é um “sinal claro da solidariedade e da
determinação”.
Brasil
Estão confirmadas as presenças da presidente do Brasil, Dilma Rousseff, do presidente da França, François Hollande, do secretário de Estado americano, John Kerry, entre
outros líderes.
Antes da assinatura do acordo, a Rádio ONU conversou, em Nova York, com a ministra
do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira.
“O Acordo de Paris tem uma história e uma urgência de fazer acontecer. E assinar imediatamente é algo que está sendo construído entre sucessos de interlocução
política que nos possibilitará de fato ter uma ambição maior e novos caminhos de implementação de economia de baixo carbono, de redução de emissões, enfim. No
Brasil, eu tenho a firme convicção de que a sociedade brasileira pressiona para que a gente faça de maneira acelerada essa transição para o desenvolvimento de baixo carbono, com um olhar mais inclusivo e do ponto de vista da sustentabilidade
ambiental.”
Efeito Estufa
O secretário-geral da ONU vai inaugurar a sessão de assinaturas por volta das 8h30 da manhã, hora local em Nova York. O chefe da ONU lembra a importância de garantir,
nas próximas décadas, a redução das emissões dos gases que causam o efeito estufa e melhorar a capacidade de adaptação aos efeitos do clima.
Ban Ki-moon lembra que a liderança vinda do topo é crucial, mas cada habitante do
planeta também pode fazer sua parte. Entre as sugestões dele estão: dar prioridade
para a eficiência energética, acabar com o desperdício de alimentos, reduzir as
pegadas de carbono e aumentar os investimentos em sustentabilidade.
Árvores
Na avaliação de Ban, pequenas ações, multiplicadas por bilhões de pessoas, vão gerar uma “mudança dramática” no planeta.
Neste ano, o tema do Dia da Terra foca na importância das árvores para o planeta, que
são essenciais para a absorção de gás carbônico, armazenamento de água e para filtrar poluentes. Existe uma meta global de plantar 7,8 bilhões de árvores nos próximos
cinco anos.
Dia da Terra: mais de 400 abaixo-assinados pelo meio ambiente na
América Latina
O 22 de abril é celebrado mundialmente como o Dia da Terra. Cada vez mais pessoas
se unem nas lutas pelo ambiente e, especialmente, no enfrentamento às mudanças
climáticas, tema do encontro de chefes de estado na Nações Unidas neste final de
semana. Esta mobilização se reflete na plataforma Change.org. Nos primeiros quatro
meses de 2016, mais de 400 pessoas criaram abaixo-assinados, que totalizam 600 mil
assinaturas, voltados para a preservação ambiental e o resgate de ecossistemas.
Aqui estão petições que você pode conferir e apoiar:
Brasil
Por conta de obras rodoviárias, o Governo do Estado do Rio de Janeiro iniciou um
movimento para transformar a reserva nacional do Tingua em parque nacional. Uma
iniciativa que parecia boa ia, na verdade, diminuir o grau de conservação do local. Por
isso, o jornalista Ricardo Portugal, que desde a década de 1980 acompanha a reserva,
criou uma petição e conseguiu mais de 23 mil assinaturas. O Ministério do Meio
Ambiente respondeu o abaixo-assinado descartando a mudança da categoria de
proteção do Tinguá.
Outras duas campanhas atuais se destacam. O Felipe Chediek quer proteger a
cachoeira dos Henriques, em Minas Gerais, ameaçada por uma usina hidrelétrica. Já o
biológo Sergio Lucena fez um abaixo-assinado à extinção do Instituto Nacional da Mata
Atlântica, órgão federal responsável por proteger o bioma mais degradado do Brasil.
Colômbia
As águas do Caño Cristales, conhecido como o rio mais lindo do mundo, estava em
perigo por conta da permissão de exploração petrolítfera. Melissa Vivas, que mora na
cidade de Calí, criou o abaixo-assinado, conseguiu mais de 40 mil apoios e o próprio
presidente Colombiano, Juan Manuel Santos, suspendeu o projeto. Em outra
mobilização, o jovem Juan Pablo Lalinde, depois de 5 mil assinaturas, garantiu a
implementação do plano de recuperação e vigilância do morro da Bandeira.
Neste momento, o líder comunitário Samuel Arregocés, por meio do abaixo-
assinado com 15 mil apoio, busca a preservação do último riacho que abastece a tribo
indígena Wayuú.
Mexico
Cancún é famosa por sua rede hoteleira, não é? E ainda queriam construir mais um
resort na zona costeira de Punta Nizuc, que possui cerca de 230 espécies de plantas e
animais marinhos. Maria Fernanda Bravo chamou a atenção criando apetição, obteve
mais de 56 mil assinaturas e o projeto foi cancelado. Já os moradores de Ahuisculco
levantaram 5 mil assinaturas e conseguiram impedir a construção de depósitos da
indústria farmacêutica em sua cidade.
A sede da próxima cúpula das Nações Unidas para a Biodiversidade - a COP 13 - é
motivo de polêmica no México. O grupo de atores Supercívicos pede que a ONU
cancele o encontro na cidade de Quintana Roo. Para eles e mais de 120 mil
pessoas que já assinaram, isso é dar respaldo para um governo local que não respeita
o meio ambiente.
Costa Rica
O rio Vera Cruz passaria por uma extração de 6 milhões de litros de água. Mais de 3 mil
pessoas se uniram por meio do abaixo-assinado e a exploração foi cancelada.
Chile
Para transformar um lixão ilegal em um parque, Manuel Cerda conseguiu mais de3 mil
assinaturas.
Peru
Para que a empresa PetriPerú pague as indenizações de pessoas atingidas por um
derramamento de petróleo em terras da Amazônia em 2010, Fiorella Davies angariou
mais de 6 mil assinaturas.
9 frutas e verduras que você compra uma vez e replanta sempre
Pense bem antes de jogar sementes e restos de frutas e verduras no lixo - você pode replantá-las e criar sua própria plantação!
Algumas frutas e verduras são tão práticas de se cultivar em casa que, se você
começar, nunca mais vai querer comprá-las em supermercados. Outras são mais
trabalhosas e demoram - mas o trabalho vale a pena quando você ver a primeira delas
crescer!
O inegável é que investir na jardinagem desses queridinhos da cozinha não só significa
economia de dinheiro, como também se torna um hobby prazeroso e divertido. Se
você tem interesse em criar um jardim só seu, confira nossa lista de nove alimentos
que você pode plantar a partir das sobras e sementes que você costuma jogar fora, por
grau de dificuldade:
Facéis
Manjericão (e outros temperos)
Fácil de replantar, você só precisa de uma haste de tamanho razoável. Retire as folhas
mais baixas e coloque a haste em um copo com as folhas que sobraram acima do nível
da água. Deixe a planta em uma área iluminada, mas sem luz direta. As raízes deverão
se formar em alguns dias e quando elas tiverem alguns centímetros você pode
transplantá-las para solo!
Pimentas
Vários tipos de pimentas podem ser replantados a partir das sementes que sobram.
Quando for cozinhar, separe as sementes das habañeros e jalapeños, por exemplo.
Coloque-as em solo fértil em um espaço com bastante luz solar. A planta cresce rápido
e não precisa de muito cuidado.
Gengibre
Escolha um gengibre com vários nós e plante-o em terra com o maior deles virado para
cima. Ele deve ser cultivado em vasos ou jardins que não recebam luz solar direta. Fica
pronto para colher de quatro a seis meses - é só puxar a planta inteira, incluindo as
raízes, e depois replantar outro pedaço!
Cebolinha, alho-poró e capim-limão
Corte o ramalhete das plantas na altura de dez centímetros acima da raiz. Em seguida,
coloque-o em um copo cheio de água e próximo a uma janela ensolarada. Ele vai
começar a crescer e você pode escolher plantá-lo ou continuar cultivando-o no copo.
Cebolas
Plante uma parte da cebola com a raiz para baixo. As raízes vão regenerar - assim que
elas aparecerem, você pode puxar a cebola usada para o replantio, com muito
cuidado. Em pouco tempo você terá cebolas novas para cozinhar.
Difíceis
Abacaxi
Todo replantio começa com algo bom: coma o abacaxi. Mas guarde a coroa! Remova
as folhas da base e coloque a coroa em água. Em aproximadamente 10 dias as raízes
aparecem e em três semanas elas já estarão completamente formadas. Quando isso
acontecer, transfira-o para o jardim. Em 18 meses você poderá colher um abacaxi para
chamar de seu - e repetir o processo com ele.
Batata e batata doce
Separe a parte da batata que tiver um “olho” - aquele pedacinho áspero de raiz - ou
mais. Antes do plantio, os pedaços de batata precisam ficar alguns dias em
temperatura ambiente para secar. Quando estiverem completamente secos é só
plantar, com bastante distância entre os pedaços. Lembre-se de que depois da colheita
a batata doce precisa ser armazenada em um local quente e seco por até duas
semanas antes do consumo - é isso que faz delas doces.
Tomate
Só as sementes já são suficientes para plantar tomates. Seque-as em uma toalha de
papel e coloque-as em um vaso para que seus tomateiros comecem a crescer dentro
de casa. Quando a planta já estiver alguns centímetros para fora da terra, coloque-a
em uma área ensolarada.
Maçãs
Se você tem bastante espaço no quintal e gostar muito de maçãs, também pode
plantar sua própria macieira. Depois de comer a fruta, deixe as sementes para secar e
plante-as, lembrando que nem todos os tipos de maçã crescerão em todos os climas.
Demora alguns anos até você pode aproveitar sua própria fruta, mas a espera vale a
pena!
Parque no Chile incentiva os vizinhos a respeitar e proteger a natureza
“De um ponto de vista existencial, você tem que fazer o que pode e é isso. Estamos
todos na mesma estrada”, diz o americano Douglas Tompkins.
Há 55 anos, Douglas Tompkins escolheu percorrer uma a estrada que leva a paisagens
belíssimas. Ela fica no Chile, na região dos lagos, na cidade de Chaitén.
De lá é possível ver o vulcão Corcovado e as ruas tranquilas que escondem uma
tragédia recente. A origem foi outro vulcão, com o mesmo nome da cidade.
O vulcão Chaitén entrou em erupção em 2008 e a explosão foi tão forte, que muitas
árvores grandes e antigas foram derrubadas e queimadas. Não houve lava, mas o
vulcão lançou muita cinza por toda a região e continuou assim por dois anos.
De tantos sedimentos depositados em seu leito, o rio Blanco, que margeia a cidade,
transbordou. Muitas casas até hoje continuam destruídas.
Na época, toda a população foi evacuada. Parte do santuário ecológico que o Globo
Rural visitou, o Parque Pumalin, ficou fechada.
De cara, o nome do parque nos remete ao animal: o puma. Um felino das Américas
que, no Brasil, é conhecido como suçuarana. Alguns povoam os 300 mil hectares do
parque.
Suas lindas paisagens atraem turistas do mundo todo. A advogada alemã, Elke, levou
um caminhão da Alemanha para o parque, no Chile. “Depois vamos para o norte e
esperamos chegar ao Alaska. A natureza aqui é fantástica. A floresta autêntica é muito
linda”.
A região é de floresta úmida temperada, onde a precipitação de chuva chega a seis mil
milímetros ao ano. Herardo Quicel, que trabalha no local há 12 anos, acompanhou a
equipe de reportagem para conhecer uma das trilhas onde as espécies de plantas
foram catalogadas.
Em outra trilha é possível conhecer alguns exemplares da árvore considerada uma das
mais antigas do planeta. O alerce é uma conífera, como os pinheiros. Carlos Zambrano,
administrador do parque, explica que ela pode chegar a 60 metros de altura.
O alerce é um monumento nacional. É uma espécie endêmica desta zona, só existe
nesta região do Chile e numa parte da Argentina. Está protegida por lei no Chile e o
Pumalin tem uma área importante. Cento e sessenta hectares degradados dentro do
parque já foram recompostos com novas mudas de alerce.
A vegetação emoldura lagos, rios de água cristalina, cachoeiras e dá abrigo a uma
diversidade de animais. Muitas aves, como a bandurria, ou curicaca, no Brasil. À noite
encontramos o pudu, um pequeno cervo. E pela manhã fomos saudados por um casal
de golfinhos que nadando tranquilo na Caleta Gonzalo.
A caleta é onde atracam barcos de pescadores e balsas que levam e trazem visitantes.
A equipe do Globo Rural navegou nesse braço de mar e registrou um grupo de lobos
marinhos descansando nas margens.
É de barco que se chega à maioria dos lugares no Parque Pumalin.
O Campo Pillàn, fica a 60 quilômetros por estrada de Chaitén, mais meia hora de
barco. De lá é possível ver, ao fundo, o segundo vulcão que fica dentro do parque: o
Michinmauida.
Pequenas propriedades ao redor do parque buscam produzir sem agredir a natureza.
Além de trazer renda à população local, as áreas funcionariam como um escudo para o
parque.
“Nós temos uma máxima: a conservação como consequência da produção. Se sua
produção prejudica a natureza, temos que modificar o método até que sua atividade
seja compatível com o ambiente”, explica.
Em Pillàn, a atividade é a extração de mel. Hoje a colheita é do mel da flor de ulmo, ou
olmo, uma árvore nativa. Três mil quilos já estão nos depósitos, mas a previsão é de 12
mil. Victoria Huenchuan é a engenheira agrícola e responsável pelo processamento.
“Nossa produção depende do clima. Se é muito rigoroso, muita chuva ou muito vento,
isso mata as abelhas e afeta a produção. O clima e as distâncias são grandes desafios
por aqui”, explica.
Em uma área ainda mais distante fica o campo Vodudahue. German e Luiz Sanchez, pai
e filho, cuidam de uma pequena criação de ovelhas e gado. A região chuvosa garante
pasto verde o ano inteiro, mas isso também traz desvantagens.
“É um solo muito frágil porque no inverno fica saturado de água. É comum a erosão.
Fazemos a criação só na primavera e verão porque são as estações em que temos solo
firme e maior crescimento das raízes do capim. Assim, o solo resiste mais ao pisoteio
do animal”, explica.
Melhorar o solo vem sendo o principal trabalho de Julia. Ela e o marido, Carlo, cuidam
do campo El Amarillo, do mesmo dono do parque. A horta é cultivada há quatro anos.
Tem beterraba, abobrinha, repolho, cebolinha, coentro. Na estufa, pepinos, abóbora.
Entre as frutas, morango, framboesa e mirtilo.
“O solo da Patagônia é como uma placa de terra praticamente estéril, porque não há
vida animal. É tão compacto que impede que as minhocas penetrem. É duro como uma
pedra e muito ácido. Faço uma rotação de culturas e as plantas melhoram o solo.
Coloco húmus e revolvo a terra para enriquecer. Hoje se pode dizer que o solo é
melhor, não bom, porque mais ao fundo tem um solo que chamamos de terrillo, que
tem ferro e é muito compacto”, explica.
A agricultora Julia Vasquez conta como se apaixonou pela agricultura. “O que mais me
impressionava era a transformação de uma semente tão insignificante como a de uma
cenoura, por exemplo, num legume. Então, o primeiro cultivo de cenoura foi para mim
foi como uma história que escutei sobre os budistas que conseguiam ver crescer o
pasto. Eu me coloquei no campo para ver o crescimento da minha cenoura. E um dia,
estava a cenoura e eu com a cabeça encostada no chão. Isso pra mim foi mágico e
comecei a chorar, porque me senti testemunha do crescimento de um vegetal. E esta é
a história da cenoura!”, lembra.
É de pessoas especiais como Julia que está cercado o Parque Pumalin. Mas para visitar
o lugar onde ele começou, a equipe de reportagem se aventurou em um dos tantos
dias chuvosos da região dentro de um barco e depois em uma carroça puxada por
cavalos.
No Campo Renihue que começou o Parque Pumalin. Uma área de 16.800 hectares que
estava praticamente abandonada, quando foi comprada em 1991, pelo homem que
idealizou o parque. Ele é carinhosamente chamado de El Grand Jefe ou El Grand Doug.
O Grande Chefe ou o Grande Doug.
Douglas Tompkins recebe os visitantes na porta de casa, onde todos tiram os sapatos
antes de entrar. Ele conta que a casa foi toda restaurada. “Esta é uma casa de fazenda
antiga. A chuva entrava pelo teto e nós praticamente reconstruímos tudo”.
As paredes forradas de fotos, até no banheiro, contam um pouco da história de Doug,
um americano apaixonado por esportes radicais. Foi como esquiador que ele esteve no
Chile pela primeira vez em 1961.
“Depois da estação de esqui, eu desci pra Patagônia e comecei a conhecera região.
Voltava pro Chile a cada dois anos”, conta.
Nos anos 1960, Doug criou duas marcas de roupas esportivas. As empresas foram
vendidas anos depois, quando passou a se dedicar ao conservacionismo. O Parque
Pumalin surgiu, segundo ele, por acaso.
“Em 1989 eu vim aqui e alguém me contou que esta fazenda estava à venda. Eu vim
visitar. Estava em péssimas condições e a um preço razoável. Eu comprei sem saber
qual seria o destino disso, ou o meu destino… Descobrimos que havia algo a mais à
venda ali, lá e começamos a juntar pedaços diferentes. Em sete, oito anos, eu reuni o
que hoje é 90% do Parque Pumalin”, conta.
Não foi só no Chile que Douglas e sua esposa, Kristine Tompkins, compraram terras. Na
Argentina também. Ao todo, eles criaram dez parques. Cinco foram foram doados aos
governos dos dois países e se tornaram parques nacionais.
No início, a compra de grandes extensões de terra por um americano, claro, gerou
resistência. Ainda que a ideia fosse preservar ou, principalmente, por isso.
“Em todo lugar do mundo conservação e desenvolvimento não convivem tão bem.
Havia resistência de algumas facções políticas, não todas, mas algumas. Estamos
fazendo isso com nosso trabalho e temos muitos chilenos nos apoiando”, afirma.
Além de comprar e preservar áreas, a fundação levanta fundos para produzir livros que
promovem o ativismo. Quando visitamos o parque, a esposa de Doug, Kris, estava em
viagem justamente pra isso.
“Este livro é sobre sistema intensivo de criação de animais. Você pode ver pelas fotos
os impactos negativos. Esse é lobby das grandes indústrias para enganar a todos, assim
conseguem investidores, boas leis, como se fizessem algo nobre. E, na realidade, isso é
uma das raízes da crise ambiental mundial. Vem da agricultura e da criação de animais.
O ativismo é está no meu DNA”, diz.
O próximo projeto é a doação do Parque Pumalin ao governo do Chile. “A vida
continua. Temos vários projetos. A gente espera ter um fim de vida e dizer adeus a
esta terra tendo deixado um bom número de parques. Este é nosso foco. Eu não
planejo me aposentar! Isso com certeza”, declara.
Ainda cheio de projetos, Douglas Tompkins morreu depois desta reportagem, fazendo
o que mais gostava: ficar em contato com a natureza. Aos 72 anos, sofreu um acidente
quando andava de caiaque num lago chileno. Teve bons momentos vividos e um
trabalho que, com certeza, impactou a existência de muitos seres vivos.
Nível do Sistema Cantareira tem queda nesta segunda-feira
Até o momento, represas do sistema receberam apenas 0,9 mm de chuva. Todos os sistemas que abastecem a capital caíram na Grande São Paulo.
O nível de água do Sistema Cantareira apresentou queda em seus reservatórios nesta
segunda-feira (25). O sistema opera nesta manhã com 65,8% do total de sua capacidade,
número que representa uma redução de 0,1 ponto percentual em relação ao domingo (24),
de acordo com dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo
(Sabesp).
Até o momento, as represas do Cantareira registraram 0,9 mm de chuva em abril,
considerado o início do período seco no estado de São Paulo. O esperado para o mês são
88,7 mm.
Em março, as represas receberam 179,6 mm, o equivalente a 0,89% acima do esperado
para todo o mês, que era 178 mm. Em 30 de dezembro de 2015, o Sistema Cantareira
deixou a dependência do volume morto após 19 meses.
Além do Cantareira, todos os sistemas que abastecem a capital - Alto Tietê, Guarapiranga,
Alto Cotia, Rio Claro e Rio Grande - caíram na Grande São Paulo.
Confira os índices atualizados:
- Cantareira: 65,8% da capacidade
- Alto Tietê: 40,6% da capacidade
- Guarapiranga: 80,2% da capacidade
- Alto Cotia: 98,2% da capacidade
- Rio Grande: 87,1% da capacidade
- Rio Claro: 99,1% da capacidade
Índices
Após uma ação do Ministério Público, aceita pela Justiça, a Sabesp passou a divulgar outros
dois índices do Cantareira. Nesta segunda, o segundo índice estava em 50,9% e considera o
volume armazenado na capacidade total, incluída a área do volume morto. O terceiro
índice leva em consideração o volume armazenado menos o volume morto na área total
dos reservatórios e estava em 36,5% nesta manhã.
O Cantareira chegou a atender 9 milhões de pessoas só na Região Metropolitana de São
Paulo, mas atualmente abastece 7,4 milhões após a crise hídrica que atingiu o estado em
2014 e 2015. Os sistemas Guarapiranga e o Alto Tietê absorveram parte dos clientes, para
aliviar a sobrecarga do Cantareira durante o período de estiagem.