sÃo paulo, 07 de janeiro de 2006tal dissolução, preservando-se o que é defeso em lei,...

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jornal do nikkey SÃO PAULO, 07 DE JANEIRO DE 2006 A decretação de nulidade pode ser requerida por qualquer pessoa interessada ou pelo Ministério Público. A sentença de nulidade de casamento torna-o nulo, desde a sua celebração. O ca- samento declarado nulo não produz efeito, pois fere a ordem pública. A sentença de nulidade extingue qualquer relação jurídica entre o homem e a mulher, cuja união não passa de concubinato; cessa o regime de bens entre os cônjuges, volta-se a utilizar o nome anterior ao casamento se o mesmo foi modificado e os esposos perdem o direi- to de se sucederem. Interessante notar, e isto é uma realidade, a mulher só pode con- trair novo casamento após 300 dias do tér- mino da coabitação para evitar confusão sobre a paternidade do filho que lhe nascer neste ínterim ou se der à luz neste interva- lo. De qualquer forma, aos filhos estendem- se os efeitos civis. a) De anulação de casamento (Art.1550) menor de idade que não completou idade mínima para se casar; menor em idade núbil, quando não autoriza- do por seu representante legal; por vício da vontade; do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco o consentimento; realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação e não houve coabitação; por incompetência da autoridade celebrante. A idade mínima para o casamento é 16 anos, uma vez que a puberdade sempre foi exigida como condição do casamento, bem como um certo grau de desenvolvimento intelectual. Ao menor de 18 anos e maior de 16 anos exige-se autorização de seu representante legal ou su- primento judicial dessa anuência sob pena de anulabilidade. Ninguém pode ser forçado a casar, portan- to, qualquer vício que macule a vontade torna o casamento anulável. Da mesma forma, em re- lação ao incapaz de manifestar de modo ine- quívoco o seu consentimento. No casamento por procuração, é lógico, se a mesma foi revogada e o outro cônjuge des- conhecia tal fato e não houve coabitação, ele é anulável. Não resta dúvida de que o casamento reali- zado por autoridade incompetente é anulável. III - Pela separação judicial A separação judicial pode ser litigiosa ou consensual. A litigiosa (Art. 1573 do Código Civil), que também a chamamos não consensual, é permi- tida, a pedido de qualquer dos cônjuges, medi- ante processo contencioso, qualquer que seja o tempo de casamento, presentes quaisquer das hipóteses legais, como adultério, tentativa de morte, abandono do lar etc. A separação litigiosa também pode ser requerida, após a ruptura da vida conjugal por mais de um ano e a impossibilidade de sua reconstituição. A separação consensual se dá por mútuo consentimento. Só pode ser requerida após um ano do casamento. Como o próprio nome diz, é consensual, ambos os cônjuges a requerem estabelecendo de comum acordo as regras de tal dissolução, preservando-se o que é defeso em lei, principalmente em relação aos filhos. Depois de um ano tal separação pode ser convolada em divórcio, é o que chamaremos de divórcio indireto. IV - Pelo divórcio O divórcio foi instituído pela Lei 6515/77, que ficou conhecida como a Lei do Divórcio. Daí algumas modificações advieram, mormen- te com a promulgação da Constituição de 1988. Pela sistemática do Novo Código Civil, na esteira da legislação anterior, temos o divórcio direto e o indireto. A convolação da separação consensual em divórcio é que se chama de divórcio indireto que se realiza após um ano da referida sepa- ração. Pode ser formulado por ambos os côn- juges ou por um deles, neste caso devendo o outro ser citado para contestação. Já o divórcio direto pode ser obtido desde que haja comprovada separação de fato por mais de dois anos, podendo ser requerido por ambos os cônjuges ou por um deles, citando o outro para contestar. Interessante notar que o Novo Código Ci- vil dispõe que não há mais a necessidade de prévia partilha para obtê-lo. E, por outro lado, quanto ao nome, o cônjuge poderá mantê-lo, se ao contrário não dispôs na precedente se- paração consensual, se for o caso. Isto vale para o homem também, pois não só a mulher pode adotar o patronímico do marido como o homem pode adotar o patronímico da mulher (dada a igualdade proclamada constitucional- mente). Entrementes, é sempre bom lembrarmos que, excluindo as causas naturais da dissolu- ção do casamento, os casais devem investir tudo que puderem, se esforçarem para evitar tal dissolução, principalmente quando da união advieram os filhos, que para a sua formação e seu desenvolvimento intelectual e emocio- nal necessitam da presença de ambos os côn- juges, da mãe e do pai. Felicia Ayako Harada Advogada em São Paulo Sócia do Harada Advogados Associados [email protected] Alguns aspectos do direito de família à luz do Novo Código Civil - Parte IV A Comissão de Reforma Estatutária do Bunkyo (Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa), órgão nomeado pela entidade com o objetivo de analisar o atual Estatuto Social e propor even- tuais mudanças para adequá- lo às novas disposições do Código Civil, decidiu promover uma audiência pública na pró- xima terça-feira (10). A idéia é ouvir opiniões de associados e líderes da comu- nidade sobre “três itens polê- micos” levantados na reunião realizada no último dia 22, isto é, depois de o atual presidente do Bunkyo, Kokei Uehara afir- mar em entrevista ao Jornal do Nikkey que o sistema para a escolha do futuro mandatá- rio da entidade voltaria a ser como antes, ou seja, através do Conselho Deliberativo. Na reunião, os membros da Comissão, formada pelo advo- gado Kiyoshi Harada (presi- dente), Tuyoci Ohara (secre- tário), Jorge Nagado, Mário Iwamizu, Roberto Nishio, Ha- tiro Shimomoto e Akio Ogawa, decidiram promover a audiên- cia pública para debater essa e outras duas questões. Desta forma, serão discu- tidas três questões específicas: 1) A eleição dos diretores deve ser direta (como é atualmen- te) ou deve ser indireta (elei- ção pelo Conselho Delibe- rativo)? 2) Em assembléias gerais, deve ser admitida a re- presentação de um associado por outro associado mediante procuração? Caso positivo, até quantos associados (atualmen- te admite-se até 10)? 3) Qual é o número ideal de membros efetivos e membros suplentes do Conselho Deliberativo (atu- almente são 150 membros efe- tivos, aos quais se acrescen- tam 4 membros natos, e 50 membros suplentes). Segundo Kiyoshi Harada, que também presidiu a Comis- são Eleitoral responsável pela condução do processo que ele- geu o primeiro presidente do Bunkyo pelo voto direto em 50 anos de história da entidade (no caso, Kokei Uehara foi reeleito para o cargo em dis- puta com os candidatos Hati- ro Shimomoto e Hiromi Tani), as alterações no Código Civil deram mais flexibilidade às ins- BUNKYO Comissão de Reforma Estatutária convoca audiência pública para debater itens polêmicos. Eleição está na pauta de discussão tituições, que podem definir os critérios para a escolha de seus dirigentes, se de forma direta ou indireta. “No início, essa alteração encontrou resistência princi- palmente por parte das ONGs e igrejas, que se fecham em si e não querem saber de parti- cipação de muita gente”, es- clareceu, lembrando que, uma vez aprovada a alteração, op- tar entre eleições direta ou in- direta para eleger seus dirigen- tes é uma escolha que cabe única e exclusivamente às en- tidades. Sobre as questões que se- rão apresentadas na audiência, Harada explicou que solicitou à diretoria do Bunkyo que an- tecipasse os pontos a serem modificados no Estatuto, “mas eles não se pronunciaram”. “Acho preocupante porque trata-se de uma grande res- ponsabilidade partir para uma mudança”, afirma Harada, acrescentando que “como não houve uma diretriz, a parte política ficou nos ombros da Comissão”. “Por isso, decidimos tomar uma certa cautela e ouvir a so- ciedade”, justifica o advogado, afirmando que os membros que compõem a Comissão têm opi- niões distintas sobre os pontos polêmicos que serão apresen- tados na audiência. “São ques- tões mais políticas do que técnicas”, observa ele, que aponta dois exemplos de escolha democrática de dirigentes. “Tanto na OAB [Ordem dos Advo- gados do Brasil] como no Instituto dos Advogados de São Paulo a eleição é di- reta”, destaca. Democracia – Apesar de manter uma posição de neutralidade, Harada disse ao Jornal do Nikkey que a eleição indireta, “ainda que seja o regime mais adequado para certos tipos de enti- dades, não soa bem numa democracia”. Outra questão relacionada a esse item, se- gundo ele, refere-se ao núme- ro de membros do Conselho Deliberativo. No caso de elei- ção indireta, explica, o Colegiado deve ser maior. “No caso de eleição direta, o nú- mero atual [150 membros] é exagerado, até porque nunca se conseguiu reunir a metade dos membros. Em caso de eleição direta, os membros da Comissão também devem pro- por que alguns cargos fiquem de fora para facilitar uma eventual coligação com a cha- pa derrotada”, comenta Ha- rada, explicando que, “quanto ao voto por procuração [atu- almente cada associado pode representar outros dez] viola o voto secreto, mas do ponto de vista do aspecto prático pode-se tolerar porque muitos associados têm dificuldades de locomoção”. Assim mesmo, Harada faz uma ressalva. “Na última elei- ção do Bunkyo, o voto por pro- curação deu muita confusão”, conta, antecipando que outro ponto a ser apresentado na audiência é a criação de um diretor na área de assistência social em função da dívida da entidade com o INSS. “O ob- jetivo é deixar esse item mais claro para a obtenção do cer- tificado de filantropia, já que a *PAULO YOKOTA O calendário é uma con- venção baseada na astrono- mia, diferenciada em algu- mas civilizações, e é muito útil para marcar a passagem do tempo. Nesta entrada em 2006, fica claro o seu rápido escoamento para os prepara- tivos dos eventos do Cente- nário da Imigração Japonesa no Brasil, a ser realizado em 2008, em ambos os países. As tarefas preparatórias deman- dam mais tempo que o ima- ginado, principalmente quan- do são eventos que não são freqüentes. É, portanto, urgente que, destacando as tarefas mais relevantes, sejam concedidas as devidas prioridades, consi- derando todas as cogitações que já despenderam preciosos meses e até anos. Hoje, com realismo, é preciso distinguir os projetos que possuem via- bilidade para serem efetivados até o período das comemora- ções diante da evidência da escassez de recursos. Todos os eventos são im- portantes para os seus ideali- zadores, mas para a coletivi- dade, principalmente dentro do conceito que devem en- volver toda a população bra- sileira e japonesa, destacam- se os que possuem maior al- cance binacional. Os responsáveis pelas en- tidades, como os da Associa- ção do Centenário, além de usufruírem os merecidos des- taques sociais, precisam as- sumir o encargo de selecio- nar as tarefas que merecem maior prioridade, diante da carência do tempo como de recursos, levando em consi- deração as opiniões da comu- nidade . A postergação das decisões apresenta os seus custos, na medida em que vão tornando mais difíceis os trabalhos que procuram via- bilizar alguns dos empreendi- mentos. Com muito realismo e ob- jetividade é preciso conscien- tizar-se que o tempo está se tornando um fator muito es- casso, principalmente para a preservação da qualidade, que não torne os eventos pro- vincianos. E diante da espi- nhosa tarefa de encontrar meios econômicos e financei- ros para viabilizá-los, com pa- trocinadores condignos, que exigem exames cuidadosos dos projetos, estudando todas as suas alternativas, pensan- do nos retornos adequados. *Paulo Yokota é economista e pre- sidente do Hospital Santa Cruz OPINIÃO Um passo à frente entidade perdeu todos que ti- nha”. “Mas será mais um exercí- cio de democracia e espero que todos as pessoas interes- sadas no futuro do Bunkyo compareçam à audiência até porque não quero que pairem dúvidas sobre o trabalho da Comissão”, conta Harada, que deve limitar o tempo para as manifestações – no máximo dez inscritos – em duas horas. “Espero que as abordagens sejam sintéticas”, conclui, afir- mando que após a audiência pública a Comissão deve se reunir para finalizar seus tra- balhos – o prazo termina no dia 19 deste mês. “Os trabalhos da Comissão estão bastante adi- antados, deixamos apenas es- ses três pontos em branco”, ex- plica Harada, acrescentando que a Comissão teve pratica- mente menos de um mês para conduzir seu trabalho. “Mas já estou acostumado a trabalhar contra o tempo”, assinala. A Audiência Pública está aberta a todos os associados e terá início às 19h, no Salão Nobre, 2º andar do Edifício Bunkyo, na Rua São Joaquim, 381, Liberdade. Mais informa- ções podem ser obtidas pelo tel.: 11/3208-1755. Se desejar, o associado tam- bém poderá enviar, por e-mail, as suas propostas de mudan- ças. O endereço é: secadm@ bunkyo.org.br para Comissão de Reforma Estatutária. (Aldo Shiguti) Eleição direta no Bunkyo: fato inédito e histórico no cinqüentenário da entidade, comemorado em 2005 Harada, que preside a Comissão MARCUS HIDE/ARQUIVO

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Page 1: SÃO PAULO, 07 DE JANEIRO DE 2006tal dissolução, preservando-se o que é defeso em lei, principalmente em relação aos filhos. Depois de um ano tal separação pode ser convolada

jornal do nikkeySÃO PAULO, 07 DE JANEIRO DE 2006

A decretação de nulidade pode serrequerida por qualquer pessoa interessada oupelo Ministério Público.

A sentença de nulidade de casamentotorna-o nulo, desde a sua celebração. O ca-samento declarado nulo não produz efeito,pois fere a ordem pública. A sentença denulidade extingue qualquer relação jurídicaentre o homem e a mulher, cuja união nãopassa de concubinato; cessa o regime debens entre os cônjuges, volta-se a utilizar onome anterior ao casamento se o mesmofoi modificado e os esposos perdem o direi-to de se sucederem. Interessante notar, eisto é uma realidade, a mulher só pode con-trair novo casamento após 300 dias do tér-mino da coabitação para evitar confusãosobre a paternidade do filho que lhe nascerneste ínterim ou se der à luz neste interva-lo. De qualquer forma, aos filhos estendem-

se os efeitos civis.

a) De anulação de casamento (Art.1550)

– menor de idade que não completou idademínima para se casar;

– menor em idade núbil, quando não autoriza-do por seu representante legal;

– por vício da vontade;– do incapaz de consentir ou manifestar, de

modo inequívoco o consentimento;– realizado pelo mandatário, sem que ele ou o

outro contraente soubesse da revogação enão houve coabitação;

– por incompetência da autoridade celebrante.

A idade mínima para o casamento é 16 anos,uma vez que a puberdade sempre foi exigidacomo condição do casamento, bem como umcerto grau de desenvolvimento intelectual. Aomenor de 18 anos e maior de 16 anos exige-seautorização de seu representante legal ou su-primento judicial dessa anuência sob pena deanulabilidade.

Ninguém pode ser forçado a casar, portan-to, qualquer vício que macule a vontade torna ocasamento anulável. Da mesma forma, em re-lação ao incapaz de manifestar de modo ine-quívoco o seu consentimento.

No casamento por procuração, é lógico, sea mesma foi revogada e o outro cônjuge des-conhecia tal fato e não houve coabitação, ele éanulável.

Não resta dúvida de que o casamento reali-zado por autoridade incompetente é anulável.

III - Pela separação judicialA separação judicial pode ser litigiosa ou

consensual.A litigiosa (Art. 1573 do Código Civil), que

também a chamamos não consensual, é permi-tida, a pedido de qualquer dos cônjuges, medi-ante processo contencioso, qualquer que seja otempo de casamento, presentes quaisquer dashipóteses legais, como adultério, tentativa demorte, abandono do lar etc.

A separação litigiosa também pode serrequerida, após a ruptura da vida conjugal pormais de um ano e a impossibilidade de suareconstituição.

A separação consensual se dá por mútuoconsentimento. Só pode ser requerida após umano do casamento. Como o próprio nome diz, éconsensual, ambos os cônjuges a requeremestabelecendo de comum acordo as regras detal dissolução, preservando-se o que é defesoem lei, principalmente em relação aos filhos.Depois de um ano tal separação pode serconvolada em divórcio, é o que chamaremosde divórcio indireto.

IV - Pelo divórcioO divórcio foi instituído pela Lei 6515/77,

que ficou conhecida como a Lei do Divórcio.Daí algumas modificações advieram, mormen-te com a promulgação da Constituição de 1988.

Pela sistemática do Novo Código Civil, naesteira da legislação anterior, temos o divórciodireto e o indireto.

A convolação da separação consensual emdivórcio é que se chama de divórcio indireto

que se realiza após um ano da referida sepa-ração. Pode ser formulado por ambos os côn-juges ou por um deles, neste caso devendo ooutro ser citado para contestação.

Já o divórcio direto pode ser obtido desdeque haja comprovada separação de fato pormais de dois anos, podendo ser requerido porambos os cônjuges ou por um deles, citando ooutro para contestar.

Interessante notar que o Novo Código Ci-vil dispõe que não há mais a necessidade deprévia partilha para obtê-lo. E, por outro lado,quanto ao nome, o cônjuge poderá mantê-lo,se ao contrário não dispôs na precedente se-paração consensual, se for o caso. Isto valepara o homem também, pois não só a mulherpode adotar o patronímico do marido como ohomem pode adotar o patronímico da mulher(dada a igualdade proclamada constitucional-mente).

Entrementes, é sempre bom lembrarmosque, excluindo as causas naturais da dissolu-ção do casamento, os casais devem investirtudo que puderem, se esforçarem para evitartal dissolução, principalmente quando da uniãoadvieram os filhos, que para a sua formaçãoe seu desenvolvimento intelectual e emocio-nal necessitam da presença de ambos os côn-juges, da mãe e do pai.

Felicia Ayako HaradaAdvogada em São Paulo

Sócia do Harada Advogados [email protected]

Alguns aspectos do direito defamília à luz do Novo CódigoCivil - Parte IV

AComissão de ReformaEstatutária do Bunkyo(Sociedade Brasileira

de Cultura Japonesa), órgãonomeado pela entidade com oobjetivo de analisar o atualEstatuto Social e propor even-tuais mudanças para adequá-lo às novas disposições doCódigo Civil, decidiu promoveruma audiência pública na pró-xima terça-feira (10).

A idéia é ouvir opiniões deassociados e líderes da comu-nidade sobre “três itens polê-micos” levantados na reuniãorealizada no último dia 22, istoé, depois de o atual presidentedo Bunkyo, Kokei Uehara afir-mar em entrevista ao Jornaldo Nikkey que o sistema paraa escolha do futuro mandatá-rio da entidade voltaria a sercomo antes, ou seja, através doConselho Deliberativo.

Na reunião, os membros daComissão, formada pelo advo-gado Kiyoshi Harada (presi-dente), Tuyoci Ohara (secre-tário), Jorge Nagado, MárioIwamizu, Roberto Nishio, Ha-tiro Shimomoto e Akio Ogawa,decidiram promover a audiên-cia pública para debater essae outras duas questões.

Desta forma, serão discu-tidas três questões específicas:1) A eleição dos diretores deveser direta (como é atualmen-te) ou deve ser indireta (elei-ção pelo Conselho Delibe-rativo)? 2) Em assembléiasgerais, deve ser admitida a re-presentação de um associadopor outro associado medianteprocuração? Caso positivo, atéquantos associados (atualmen-te admite-se até 10)? 3) Qualé o número ideal de membrosefetivos e membros suplentesdo Conselho Deliberativo (atu-almente são 150 membros efe-tivos, aos quais se acrescen-tam 4 membros natos, e 50membros suplentes).

Segundo Kiyoshi Harada,que também presidiu a Comis-são Eleitoral responsável pelacondução do processo que ele-geu o primeiro presidente doBunkyo pelo voto direto em 50anos de história da entidade(no caso, Kokei Uehara foireeleito para o cargo em dis-puta com os candidatos Hati-ro Shimomoto e Hiromi Tani),as alterações no Código Civilderam mais flexibilidade às ins-

BUNKYO

Comissão de Reforma Estatutária convoca audiência públicapara debater itens polêmicos. Eleição está na pauta de discussão

tituições, que podem definir oscritérios para a escolha deseus dirigentes, se de formadireta ou indireta.

“No início, essa alteraçãoencontrou resistência princi-palmente por parte das ONGse igrejas, que se fecham em sie não querem saber de parti-cipação de muita gente”, es-clareceu, lembrando que, umavez aprovada a alteração, op-tar entre eleições direta ou in-direta para eleger seus dirigen-tes é uma escolha que cabeúnica e exclusivamente às en-tidades.

Sobre as questões que se-rão apresentadas na audiência,Harada explicou que solicitouà diretoria do Bunkyo que an-tecipasse os pontos a seremmodificados no Estatuto, “maseles não se pronunciaram”.“Acho preocupante porquetrata-se de uma grande res-ponsabilidade partir para umamudança”, afirma Harada,acrescentando que “como nãohouve uma diretriz, a partepolítica ficou nos ombros daComissão”.

“Por isso, decidimos tomaruma certa cautela e ouvir a so-ciedade”, justifica o advogado,afirmando que os membros quecompõem a Comissão têm opi-niões distintas sobre os pontospolêmicos que serão apresen-tados na audiência. “São ques-

tões mais políticas do quetécnicas”, observa ele, queaponta dois exemplos deescolha democrática dedirigentes. “Tanto naOAB [Ordem dos Advo-gados do Brasil] como noInstituto dos Advogados deSão Paulo a eleição é di-reta”, destaca.

Democracia – Apesarde manter uma posiçãode neutralidade, Haradadisse ao Jornal doNikkey que a eleiçãoindireta, “ainda que sejao regime mais adequadopara certos tipos de enti-dades, não soa bem numademocracia”. Outra questãorelacionada a esse item, se-gundo ele, refere-se ao núme-ro de membros do ConselhoDeliberativo. No caso de elei-ção indireta, explica, oColegiado deve ser maior. “Nocaso de eleição direta, o nú-mero atual [150 membros] éexagerado, até porque nuncase conseguiu reunir a metadedos membros. Em caso deeleição direta, os membros daComissão também devem pro-por que alguns cargos fiquemde fora para facilitar umaeventual coligação com a cha-pa derrotada”, comenta Ha-rada, explicando que, “quantoao voto por procuração [atu-

almente cada associado poderepresentar outros dez] violao voto secreto, mas do pontode vista do aspecto práticopode-se tolerar porque muitosassociados têm dificuldadesde locomoção”.

Assim mesmo, Harada fazuma ressalva. “Na última elei-ção do Bunkyo, o voto por pro-curação deu muita confusão”,conta, antecipando que outroponto a ser apresentado naaudiência é a criação de umdiretor na área de assistênciasocial em função da dívida daentidade com o INSS. “O ob-jetivo é deixar esse item maisclaro para a obtenção do cer-tificado de filantropia, já que a

*PAULO YOKOTA

O calendário é uma con-venção baseada na astrono-mia, diferenciada em algu-mas civilizações, e é muito útilpara marcar a passagem dotempo. Nesta entrada em2006, fica claro o seu rápidoescoamento para os prepara-tivos dos eventos do Cente-nário da Imigração Japonesano Brasil, a ser realizado em2008, em ambos os países. Astarefas preparatórias deman-dam mais tempo que o ima-ginado, principalmente quan-do são eventos que não sãofreqüentes.

É, portanto, urgente que,destacando as tarefas maisrelevantes, sejam concedidasas devidas prioridades, consi-derando todas as cogitaçõesque já despenderam preciososmeses e até anos. Hoje, comrealismo, é preciso distinguiros projetos que possuem via-bilidade para serem efetivadosaté o período das comemora-ções diante da evidência daescassez de recursos.

Todos os eventos são im-portantes para os seus ideali-zadores, mas para a coletivi-dade, principalmente dentrodo conceito que devem en-volver toda a população bra-sileira e japonesa, destacam-

se os que possuem maior al-cance binacional.

Os responsáveis pelas en-tidades, como os da Associa-ção do Centenário, além deusufruírem os merecidos des-taques sociais, precisam as-sumir o encargo de selecio-nar as tarefas que merecemmaior prioridade, diante dacarência do tempo como derecursos, levando em consi-deração as opiniões da comu-nidade . A postergação dasdecisões apresenta os seuscustos, na medida em quevão tornando mais difíceis ostrabalhos que procuram via-bilizar alguns dos empreendi-mentos.

Com muito realismo e ob-jetividade é preciso conscien-tizar-se que o tempo está setornando um fator muito es-casso, principalmente para apreservação da qualidade,que não torne os eventos pro-vincianos. E diante da espi-nhosa tarefa de encontrarmeios econômicos e financei-ros para viabilizá-los, com pa-trocinadores condignos, queexigem exames cuidadososdos projetos, estudando todasas suas alternativas, pensan-do nos retornos adequados.

*Paulo Yokota é economista e pre-sidente do Hospital Santa Cruz

OPINIÃO

Um passo à frente

entidade perdeu todos que ti-nha”.

“Mas será mais um exercí-cio de democracia e esperoque todos as pessoas interes-sadas no futuro do Bunkyocompareçam à audiência atéporque não quero que pairemdúvidas sobre o trabalho daComissão”, conta Harada, quedeve limitar o tempo para asmanifestações – no máximodez inscritos – em duas horas.“Espero que as abordagenssejam sintéticas”, conclui, afir-mando que após a audiênciapública a Comissão deve sereunir para finalizar seus tra-balhos – o prazo termina no dia19 deste mês. “Os trabalhos daComissão estão bastante adi-antados, deixamos apenas es-

ses três pontos em branco”, ex-plica Harada, acrescentandoque a Comissão teve pratica-mente menos de um mês paraconduzir seu trabalho. “Mas jáestou acostumado a trabalharcontra o tempo”, assinala.

A Audiência Pública estáaberta a todos os associados eterá início às 19h, no SalãoNobre, 2º andar do EdifícioBunkyo, na Rua São Joaquim,381, Liberdade. Mais informa-ções podem ser obtidas pelotel.: 11/3208-1755.

Se desejar, o associado tam-bém poderá enviar, por e-mail,as suas propostas de mudan-ças. O endereço é: [email protected] para Comissãode Reforma Estatutária.

(Aldo Shiguti)

Eleição direta no Bunkyo: fato inédito e histórico no cinqüentenário da entidade, comemorado em 2005

Harada, que preside a Comissão

MARCUS HIDE/ARQUIVO

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2 jornal do nikkey 07 de janeiro de 2006

NIKKEI BUNGAKU

Associação divulga relação de premiados do 23º Concurso LiterárioA Associação Cultural e li-

terária “Nikkei Bungaku doBrasil”, através das comissõesjulgadoras, divulgou a relaçãodos premiados da 23ª ediçãodo Concurso Literário YoshioTakemoto. A cerimônia de en-trega será realizada no dia 26de março, no auditório do Cen-tro Brasileiro de Língua Japo-nesa (Zona Sul de São Paulo).

No total, foram inscritasobras de 183 autores, sendo quea comissão julgadora selecio-nou os trabalhos literários de 25.Este ano, a novidade fica porconta da modalidade haicai emportuguês, instituída em 2004.Segundo o atual presidente daassociação, Atuo Takemoto,para 2007 o destaque será ainclusão da categoria poesia li-vre, também em português.

Takemoto lembra ainda quejá estão abertas as inscriçõespara a entrega dos trabalhosde haicai, poesias livres e pe-quenos contos em português.As melhores obras, seleciona-das pela Comissão Julgadora,serão publicadas na edição deagosto da revista Brasil NikkeiBungaku. Os trabalhos devemser enviados até 30 de abril.Para mais informações, a As-sociação Cultural e LiteráriaNikkei Bungaku do Brasilatende pelos telefones: 11/5058-0178 ou 3813-4376.

Modalidade Título Autor Prêmio

Shoosetsu Asu e Ayako Nakazawa Menção Honrosa

Shoosetsu Machu Pichu no ame Kinuko Tomioka Menção Honrosa

Shoosetsu Kata bushi Masayuki Matsumura Menção Honrosa

Zui-shitsu Argos to I-sho Kazuko Hirokawa Menção Honrosa

Zui-shitsu Metrô ten-biyô Takeo Kato Menção Honrosa

Zui-shitsu Oi no tawa goto Sahei Kumamoto Menção Honrosa

Hon yaku Jiu-mim kumi ai Tigusa Teraoka Menção Honrosa

Tanka Titi no banka Hikaru Watanabe Prêmio Especial

Tanka Nozue no hi Yuzo Takahashi Menção Honrosa

Tanka Lindou Kiyo Kajita Menção Honrosa

Tanka Shiki o yomu Shiran Katayama Menção Honrosa

Haiku Shunka Shu-tou Shiran Katayama Prêmio Especial

Haiku Gue-koo Mitsuyuki Saito Menção Honrosa

Haiku Fubu aru kurashi Akiko Miyake Menção Honrosa

Haiku Gibun shi Sussumu Omura Menção Honrosa

Haiku Haru no kaze Sumie Hamada Menção Honrosa

Sen-ryu Nana iro no niji Noriko Fujii Menção Honrosa

Sen-ryu Yutaka na guen-soo Aiki Utikawa Menção Honrosa

Sen-ryu Sen-sou Sumiko Fujikura Menção Honrosa

Shi Oa-zis Haruyuu Saito Menção Honrosa

Shi Man guetsu Tsuyako Urahata Menção Honrosa

Shi Kokyoo no nai-otoko Teruo Tonooka Menção Honrosa

Haicai Regina Lúcia Alonso Perez Prêmio Especial

Haicai Olga Amorim Menção Honrosa

Haicai Anália Marie Gerda Bornheim Menção Honrosa

Haicai Carol Ribeiro Menção Honrosa

Confira a relação dos vencedores de 2005 e seus respectivos trabalhos:

*DRA EMIKO SHIRAISHI

O maior desafio da medi-cina alternativa é conscienti-zar o mundo de que a mesamata mais do que a guerra.Um estudo realizado por ci-entistas da Universidade deHarvard, nos Estados Unidos,mostra que a adoção do esti-lo de vida saudável ajuda aprevenir e a combater doen-ças. Infelizmente, poucas pes-soas têm disposição paramudar os hábitos alimentarese exercitar-se, de acordo coma boa norma de saúde.

Sabe-se que a diminuiçãodo consumo de gorduras deorigem animal reduz em 30 %o risco de doenças cardíacas.Comparada às causas demorte em todas as idades, aparada cardíaca é mais letaldo que o câncer, a malária e atuberculose. Em números ab-solutos, os acidentes de trân-sito, as armas de fogo e atro-pelamentos matam menos doque as doenças do coração.Na maioria das “mortes natu-rais”, indica-se a parada car-díaca como causa do faleci-mento. Na verdade, sozinho,raramente o coração é culpa-do da morte, mas sim dege-neração geral dos órgãos, mi-nados pela ação do tempo.

FRITURAS

Sabe-se que o óleo vege-tal quente, em ebulição, alte-ra as características químicase orgânicas do alimento queé mergulhado nele. Na dietamoderna, a concentraçãocalórica de alimentos enchar-cados em óleo tiram o lugardas hortaliças, frutas e cere-ais in natura. Enquanto o óleoborbulha na frigideira, ele so-fre mudanças químicas que otransformam em bombadietética.

Os triglicerídeos, impor-tantes constituintes de óleose gorduras, são desmembra-dos pelo calor em glicerol eácidos graxos.

O glicerol continua sofren-do a ação do calor, provocan-do a desidratação da molécu-la. Este processo de perda deágua forma uma substânciachamada acroleína, que é po-tencialmente cancerígena. Aacroleína destrói fibras elásti-cas, e irrita as mucosasgastrintestinal e nasal.

Entre as maiores vítimasda acroleína, estão as artéri-as. As fibras elásticas, queconferem firmeza e elastici-dade à parede arterial, sãodestruídas sistematicamente.

O resultado é degenera-ção e envelhecimento preco-ce. Esta questão deveria me-recer toda a atenção daspessoas, pois as artérias sãoo conduto da vida. Elas atu-am como segundo coração,impulsionar o sangue pormeio da elasticidade que ascaracteriza. Porém, a des-truição das fibras elásticasdiminui, pouco a pouco a ca-pacidade.

Quando o funcionamentodelas é comprometido, todo oorganismo sofre conseqüên-cias. O fornecimento inade-quado de sangue favorece adegeneração orgânica, dimi-nui a vitalidade e reduz o tem-po de vida. É o momento ondecomeça a desencadear pro-

blemas circulatórios o quepode resultar em comprome-timentos sérios como dor ouquentura insuportável nosmembros inferiores, pernas epés, ou mesmo em casos ex-tremos, formação de úlcerasvaricosas, associando alimen-tação com atividade laboralou mesmo à obesidade, alémde uma alimentação inade-quada. Muitas vezes, estasintomatologia está associa-da com a menopausa, onde épreciso rever todo o históricopara avaliar.

Além de danificar as ar-térias, a acroleína acelera oenrugamento e o envelheci-mento da pele. Não há dúvi-da de que, sem fritura, a vidaé mais agradável. Pessoasque aspiram conservar a pelejovem por mais tempo devemrecusar frituras. O óleoreutilizado, que é aquecidosucessivamente, tem efeitomais danoso sobre o organis-mo, pois a formação deacroleína e a decomposiçãoda gordura ocorrem de for-ma mais acentuada.

Está comprovado que oconsumo de gordura, carnevermelha e laticínios tem re-lação direta com a incidênciade câncer de próstata, intes-tino e mama. Nos EstadosUnidos, país conhecido como“terra da gordura”, a cadacatorze minutos o câncer depróstata faz uma vítima. Aconcentração de gordura dosalimentos acelera o apareci-mento de tumores.

Carnes vermelhas, leites ederivados ativam a produçãodo hormônio testosteronaque, em excesso, intensificao desenvolvimento das célu-las prostáticas, aumentandoconsideravelmente o risco decâncer.

Entre as mulheres, decada dez diagnósticos de cân-cer de mama, nove ocorremem pessoas com hábitos in-salubres. Dieta rica em gor-dura, excesso de peso e vidasedentária são apontadascomo as principais causas deenfermidades hormonais fe-mininas. O estilo de vida éfator preponderante para osurgimento do câncer, segun-da causa de morte no mun-do. Hoje existe vários suple-mentos alimentares que au-xiliam muito no cuidadopara com a sua saúde comoa Chlorella, Omega 3,Squalene, Geléia Real, DHAe outros.

Nunca é tarde para ir deencontro com uma qualidademelhor de saúde, fazendouma reeducação alimentar,controle da obesidade e au-mentar o consumo de verdu-ras, frutas e legumes, paraque o intestino tenha funcio-namento pleno evitando umasérie de enfermidades meta-bólicas degenerativas, nãocontagiosas e também abs-tendo da bebida alcoólica emexcesso e mesmo ao tabagis-mo. A conscientização é oprimeiro passo... seguido deuma boa dose de força devontade e amor próprio. Nin-guém melhor que você mes-mo para se cuidar! O maisimportante é colocá-la emprática após esta leitura.

*Dra.Emiko Shiraishi é farmacêuti-ca-bioquímica (Farma Vita – Lins)

SAÚDE

Hábitos alimentares

DEKASSEGUIS

Confira a programação dos próximoscursos preparatórios do CiateRealizados pelo Centro de Informação e Apoio ao Trabalha-dor no Exterior (Ciate), os cursos preparatórios são promovi-dos com o objetivo de orientar as pessoas que pretendem irtrabalhar no Japão. Gratuitos, eles são ministrados das 14h às16h30, na Rua São Joaquim, 381, 1º andar, Liberdade. Maisinformações podem ser obtidas pelo telefone 11/3207-9014.

10/01 – terça-feira - “Regras básicas para estrangeiros eleis trabalhistas do Japão”

13/01 – sábado - “Utilização do Hello Work no Japão eórgãos assistenciais do Japão”

A comunidade nipo-brasilei-ra de Curitiba (PR) comemo-ra amanhã, a partir das 12h30,no Nikkei Curitiba, noUberaba, o “Inudoshi Iwai”, afesta de boas-vindas ao ano doCachorro que, segundo o ho-róscopo oriental, é comemora-do em 2006. “Nesta festa aspessoas nascidas no ano docachorro serão abençoadasassim como os animais”, dizCláudio Seto, coordenador doevento.

A festa está sendo organi-zada pela Associação Culturale Beneficente Nipo-Brasileirade Curitiba (Departamentos deCultura, Karaokê e futebol),Associação Brasileira de De-kasseguis, Confraria Noman-kai, Bunka Center Praça doJapão, Centro Bunkyo de Lín-

gua Japonesa e Wakabataiko.Diferentemente do horós-

copo chinês, que inicia no dia29 de janeiro, no horóscopojaponês o ano do Cachorrocomeçou no dia 1º dejaneiro.”Este será o ano doCachorro de Fogo, porque ohoróscopo oriental é baseadono calendário lunar e tem comofator importante a combinaçãodo Jikkan (cinco elementos danatureza), com o E (ying emchinês), o TO (yang em chi-nês) e o Junishi (12 animaissignos)”, informa Seto que es-creveu o livro

Almanaque Garça da Sorteao explicar que o ano prometeser um ano quente e seco e operigo maior estará nos incên-dios e erupções vulcânicas doque nos tsunamis e enchentes.

CIDADES/CURITIBA

Comunidade comemora amanhãchegada do ano do Cachorro

O Centro de Chado Ura-senke do Brasil está venden-do convites para a reunião fes-tiva Hatsugama-Shinnenkai,que acontece no próximo dia15. O evento, que acontece noBuffet Baiuca, reunirá profes-sores, alunos, amigos e interes-sados para uma confraterniza-ção.

“É a primeira cerimônia de2005, como faz toda arte japo-nesa, que começa o ano comum evento”, afirma a profes-sora Berta Nakao. A progra-mação se inicia às 11h30, comdemonstração da cerimônia dochá, que será oferecido aosparticipantes.

Às 12h será servido um al-moço e haverá sorteio de brin-des. Atrações culturais e sur-presas complementam a fes-

ta, que deve receber cerca de200 pessoas.

Os interessados em adqui-rir o convite deve ligar para osnúmeros 11/5535-4562 ou3253-1965. O Buffet Baiucafica na Rua Oscar Freire,1.375, Jardim América.

Cursos - O Centro de Chadoinforma ainda que as aulaspara o curso de cerimônia dochá recomeçam no dia 17 dejaneiro, com aulas às terças-feiras, das 10h às 21h (perío-dos da manhã, tarde e noite),às sextas, das 10h às 16h, enos primeiros e terceiros sá-bados e domingos do mês, das10h às 13h. O endereço é naRua São Joaquim, 381, 4º an-dar, sala 44. Informações pelotelefone 11/3815-3641.

CERIMÔNIA DO CHÁ

Centro de Chadô Urasenkerealiza shinnenkai no dia 15

Oprefeito de Mogi dasCruzes (SP), Junji Abe(PSDB), recebeu em

seu gabinete, na quinta-feirapassada, o presidente da Câ-mara Municipal, Rubens Be-nedito Fernandes, o Bibo, queentregou ao chefe do Executi-vo mogiano um cheque no va-lor de R$ 2.023.522,22.

O valor é referente à sobrado duodécimo (repasse de re-cursos da Prefeitura ao legis-lativo para folha de pagamen-to e outras despesas) de 2005,além da sobra de recursos doFundo de Pensões (recursosrepassados pela AdministraçãoMunicipal para custeio dasaposentadorias do legislativo).

O valor foi depositado nomesmo dia (quinta-feira) naconta da Prefeitura e entra nacontabilidade como receita doorçamento de 2006. Pergunta-do o que pretende fazer com odinheiro devolvido pela Câma-ra, Junji afirmou que será mui-to bem utilizado, principalmen-te em projetos sociais e com-bate às enchentes.

Ao entregar o cheque aoprefeito o presidente da Câma-ra enfatizou a seriedade comque vem conduzindo o Legis-lativo, e o resultado é a soma

de esforços de sua gestão edos vereadores. Bibo aprovei-tou para explicar ao prefeitoque pretende fazer algumasampliações no prédio da Câ-mara para facilitar o atendi-mento ao público, bem como otrabalho dos vereadores. Junjiprometeu estudar a possibilida-de de ajudar na reforma.

O secretário municipal deFinanças, Alexandre Ripa-monti, e o diretor financeiro daCâmara Municipal, Lucas Ta-deu Gomes, também participa-ram do encontro.

Laboratório – O Laboratóriode Análises Clínicas da Prefei-

tura de Mogi das Cruzes foidestaque no informativo da So-ciedade Brasileira de AnálisesClínicas, o Qualinews. O jornal,de quatro páginas, dedicou asduas centrais ao bom desem-penho do laboratório de Mogi.

A matéria fala sobre o ates-tado de “Excelência”, conquista-do em outubro de 2005 pelo La-boratório Mogiano. O texto citaainda, os critérios que foram uti-lizados pelo Programa Nacionalde Controle de Qualidade(PNCQ) na entrega do certifi-cado ao Laboratório, como ava-liação de equipamentos, proce-dimentos, atendimento, organiza-ção e métodos de análise.

CIDADES/MOGI DAS CRUZES

Câmara Municipal devolve mais de doismilhões de reais à Prefeitura

“Fico muito feliz em saberque o nosso trabalho está sen-do bem sucedido e que serviráde exemplo para outros órgãosde Saúde do Brasil. O PNCQavalia os laboratórios e dá umapontuação que norteia a clas-sificação. O trabalho obedeceàs normas internacionais pre-conizadas pela OrganizaçãoMundial de Saúde (NOS), pelaFederação Internacional deQuímica Clínica – IFCC eGuia IEC ISO 43, no planeja-mento, composição, implanta-ção e avaliação, relativa aostestes de proficiência”, diz osecretário municipal de Saúde,Cláudio Miyake.

O presidente da Câmara Municipal, vereador Bibo (direita), entrega o cheque ao prefeito Junji Abe

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Page 3: SÃO PAULO, 07 DE JANEIRO DE 2006tal dissolução, preservando-se o que é defeso em lei, principalmente em relação aos filhos. Depois de um ano tal separação pode ser convolada

07 de janeiro de 2006 jornal do nikkey 3

Equipe de apresentação e produção das Rádios Fenix e Fenix 2

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Muitos ainda a desco-nhecem, mas o veí-culo já detém o pos-

to de rádio mais ouvida pelaInternet. A proposta inicial, ide-alizada pelo empresário Car-los Zaha, era fornecer infor-mações de serviços aos brasi-leiros que moram no Japão. Eletambém fora um dekassegui etalvez por isso batizou de Fênix(a ave que, segundo a mitolo-gia grega, simboliza a ressur-reição) a web rádio que surgiuem junho de 2003.

A meta foi alcançada – eultrapassada. Fez tanto suces-so que, mesmo com uma divul-gação local, o boca-a-boca ser-viu para que o nome e endere-ço eletrônico da rádio chegas-sem ao Brasil; e hoje supõe-seque o público esteja dividido emfatias iguais nos dois países. Porisso, em 1º de novembro de2005, surgiu outro segmento: aRádio Fenix 2. Os primeirosmeses foram praticamente ex-perimentais, mas já surtiu resul-tado mais que o esperado. Sevocê acha que o acesso pelaInternet poderia limitar que aproposta atingisse seu público-alvo, está enganado.

Já suspeita-se que na casade 70% dos dekasseguis hajaconexão à Rede Mundial. “Ocomputador é um grande canalde informação em língua portu-guesa para eles. Nem sempre odekassegui pode pagar uma TVpor assinatura [que retransmitecanais como a Globo e Record]ou comprar jornais e revistas –já que ler não é a cultura do bra-sileiro – e o rádio acaba virandoa opção da massa”, afirma umdois coordenadores geral daFenix, Celso Likio Yamaguti.

Outra vantagem, afirma otambém coordenador e locutorNilson Ueti, é que “sendo pelaInternet, podemos estar desdeem Sapporo até Okinawa, o quetalvez não seria possível comuma rádio via satélite, devido aoscustos”. “Dessa forma, conse-guimos uma abrangência maiore temos ouvintes no Brasil in-teiro e em outros países, comoos Estados Unidos e na Euro-pa”, avalia.

Isso é claramente percebi-do apenas participando do chatcom os locutores, que apresen-tam a programação 24 horas aovivo, tocando quase que 100%de músicas pedidas pelos ou-vintes. Nas conversas e pelosnicknames (apelidos), há inter-nautas do interior de todo o Bra-sil, de cidades nipônicas comforte concentração brasileira oumesmo aquelas mais distantes.O canal acaba servindo comoelo também para amizades.“Fazemos companhia para o pú-blico, conversando ‘no aberto’pelo chat e eles podem nos verpela webcam. Viramos amigos

virtuais deles”, conta a locuto-ra da Fenix 2 Cinthia Yumi, queopera a mesa de som das 15hàs 19h. “Eles sentem que po-dem dominar, já que a progra-mação é feita pelas músicasque pedem”, afirma.

Apresentar não apenas asmúsicas que raramente – oununca – tocam em outras emis-soras. O objetivo da Fenix eFenix 2 é também trazer se-gurança e informação sobre asquestões que interessam aquem está do outro lado domundo, e não sabe falar a lín-gua japonesa, ou a quem estásedento por notícias de bandase cantores japoneses. “O bra-sileiro no Japão tem uma sériede carências e necessidades,como a amizade e o apoio, queos veículos de comunicaçãoacabam proporcionando. Omeio rádio consegue ter essa”,diz Likio.

Audiência - Acumulando tam-bém o cargo de gerente demarketing da rádio, Celso Likiodestaca uma pesquisa recente

sobre os hábitos dos internau-tas, a qual apontou que das ati-vidades mais acessadas pelaRede Mundial estão o e-mail,o comunicador Messenger e,em terceiro, as rádios on-line.E pode se dizer que a Fenixtem grande responsabilidadenesses dados, como indicam osíndices de audiência. Para che-car a medição, são consulta-dos dois meios: o do site Rádi-os (www.radios.com.br) e dospróprios servidores do veícu-lo. O primeiro aponta a lide-rança da Rádio Fenix com 200mil acessos por mês; já pelaverificação da casa, o númeroatinge 340 mil acessos/mês.

“Isso é algo que está co-meçando, e só tende a cres-cer”, aposta. Outra pesquisaaponta que o tempo médio emque o dekassegui mantém ocomputador ligado econectado à Internet é de 45minutos a uma hora e meia.Entre aqueles viciados e fãs daFenix, a permanência é de oitoa dez horas diárias, ouvindo asmúsicas solicitadas, participan-do de chats com os locutorese ligando para os estúdios.

WEB

Rádio Fenix se consolida como a mais ouvida pelos internautasE além do público nikkei,

esteja ele em Tóquio, em SãoPaulo, ou quaisquer outras ci-dades, “o de não-descendenteé enorme, e eles conhecem amúsica japonesa, mesmo noNordeste, de Misora Hibari aUtada Hikaru”, impressiona-seNilson Ueti. Esse foi o motivode ter criado uma segundaemissora, após muitos pedidos.“Vimos que a Fênix foi um su-cesso, levando novidades aosbrasileiros lá, então podería-mos fazer o contrário: trazeras novidades do Japão paracá”, conta Likio. Aliás, não sóda Terra do Sol Nascente, poisos hits coreanos e chinesestambém fazem parte do reper-tório selecionado pelos inter-nautas.

E no primeiro dia de opera-ção, em 1º de novembro do anopassado, a Fenix 2 já bateu umrecorde. Foi a primeira rádio afuncionar 24 horas ao vivo naInternet em seu primeiro dia.Mais que isso, a equipe de cer-ca de 15 locutores se despen-teia para manter a programa-ção em dois horários diferen-tes. “Nós funcionamos em dois

fusos. Quando é madrugadaaqui, lá é de dia. Então é sem-pre horário comercial e preci-samos atender os ouvintes”,diz Ueti. Para isso, vale o es-quema de revezamento entreos locutores e apresentadores.Cada um fica no ar em médiapor quatro horas ininterruptas,e nos finais de semana, entramem estúdio os “folguistas”. Navisita que o Jornal do Nikkeyfez aos estúdios da rádio, nobairro paulistano da Vila Pru-dente, uma ouvinte ligou atémesmo às 5h da manhã (no Ja-pão) para pedir a música“Miraie”, da dupla Kiroro, emandar o seu recado conver-sando com a locutora.

Complementam ainda aequipe formada o locutor daRádio Transamérica FM Ri-cardo Sam, que atua como co-ordenador artístico, além deoutros profissionais (da 89,Mix e Metropolitana FM) tam-bém convidados a fortalecero time. Para acessar e conhe-cer a programação das rádi-os Fenix e Fenix 2, o site éwww.radiofenix.com.br.

(Cíntia Yamashiro)

Início de ano é sempre amesma coisa. A cidade de SãoPaulo fica mais vazia, muitosainda estão viajando, em féri-as – escolares ou do trabalho–, e quem ficou e não pôde irpara a praia não precisa ficardentro de casa. É possível sedivertir também na Grande SãoPaulo.

Veja as opções seleciona-das e aproveite o mês de ja-neiro para conhecer aquele lu-gar que você ainda não teveoportunidade de ir.

Museu Histórico da Imi-gração Japonesa no Brasil- Situado dentro do Bun-kyo (Sociedade Brasi-leira de Cultura Japone-sa), apresenta seus mi-lhares de itens de acer-vo distribuídos em trêsandares. Lá estão do-cumentos e objetos queretratam a chegada dospioneiros no Brasil,como os utilizados naagricultura, uma réplicado Kasato Maru e deuma casa de imigrantescomo das fazendas emque viviam, além de do-cumentários e fotos dosnikkeis. Há ainda umabiblioteca (3º andar)para pesquisas de li-vros, revistas e jornais.

R$ 5,00 (adulto).Rua São Joaquim, 381,7º, 8º e 9º andares, Liberda-de. De 3ª a domingo, das13h30 às 17h30. Tel.: 11/3209-5465.

está inserido numa área de 13mil m2, que abrange ainda umjardim oriental, lagos com car-pas, cerejeiras, um manancialcom água pura para beber, eespaço para piqueniques. Re-produzido em tamanho originale madeira de cedro, o templobrasileiro funciona desde 1982em Itapecerica da Serra.

R$ 3,00. De 2ª a domingo,das 9h às 17h30. Rua Cama-rão, 220, Chácara Palmeiras,Itapecerica da Serra. Tel.: 11/4666-4895 ou 4667-3944.

Curso de mangá naAnimangá – Mesmo nas fé-rias, a escola está aberta paraatrair os interessados nessatradicional arte japonesa. Comum ensino individualizado, sãoensinadas técnicas do quadri-nho japonês, como estruturado corpo, noções de roupas eacessórios, e cenários. Na lojaestão à venda cerca de 50 tí-tulos de mangá em portuguêse 100 em japonês.

R$ 70,00 (pacote de quatroaulas) ou R$ 20,00 (avulsa) ematrícula grátis. Aulas comduração de 90min. De 2ª a 6ª,início às 14h; 6ª também às10h30 e 16h; sábado, às 9h,10h30, 14h e 15h30. RuaLoefgreen, 859, Vila Mariana.Tel.: 11/5083-3180 ou [email protected].

Hibari Karaokê Box - Re-formada há dois meses, o an-tigo Tokyo Karaokê Box, naregião da avenida Paulista,oferece seis boxes (com ar

FÉRIAS

Passeios podem aliar diversão e conhecimento da cultura japonesa

Objetos do Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil

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Pavilhão Japonês - Réplica daVila Imperial de Katsuura, cujooriginal se encontra na cidadejaponesa de Quioto, o Pavilhão

se situa dentro do Parque doIbirapuera. Mantido pelo Bun-kyo – e importante por marcaro início da entidade, sendo fun-dado em 1954 –, abriga um pe-queno museu com armaduras,peças em porcelana e bonecasde barro antigas, além de salaspara cerimônia do chá eikebana. Do lado de fora, podese apreciar um jardim japonêse um lago com cerca de 200carpas coloridas.

R$ 3,00 (adulto) e R$ 2,00(criança). Parque do Ibira-puera, portão 10, Ibirapuera.Aos sábados, domingos e feri-ados, das 10h às 12h e das 13hàs 17h. Tel.: 11/5573-6453.

Templo Kinkakuji - O Pavi-lhão Dourado, como tambémpode ser chamado, é uma ré-plica do templo de mesmo nomelocalizado em Quioto. Ocinerário (depósito de cinzas)

Lago de carpas do Pavilhão Japonês

condicionado) que comportamde cinco a 180 pessoas. Onome atual homenageia a can-tora de enka Misora Hibari.Há serviço de bar e os apare-lhos Videokê ou Joysound (ja-ponês) traz repertórios commúsicas japonesas, chinesas,

coreanas, brasileiras, america-nas e algumas italianas.

R$ 30,00 a R$ 50,00 (porhora) e consumação à parte.Todos os dias, das 14h até oúltimo cliente. Rua Manoel daNóbrega, 175, Jardins. Tel.: 11/3251-3362.

A Comissão de Artes Plásti-cas, através dos artistas KenichiKaneko e Naoto Kondo, realizade 16 a 20 de janeiro, das 9h às11h, o 43º Curso de Pintura In-fantil Bunkyo. Trata-se do tradi-cional curso ministrado duranteo período de férias escolares des-tinado ao público de 4 a 11 anosde idade. O artista-professorKenichi Kaneko ministrará o Cur-so de Pintura em Papel, para ascrianças de 4 a 10 anos de idade.

Os interessados devem tra-zer os seguintes materiais: 1 blo-co de papel canson A3, 1 con-junto de crayon, 1 conjunto deguache (cores básicas – branco,preto, amarelo, vermelho e azul),1 conjunto de pincéis, 1 prato paramistura, 1 vasilha para água (paralimpeza) e pano velho ou toalhade papel (para limpeza).

Já o artista-professor NaokoKondo ministrará o Curso dePintura em Acrílico sobre Telapara os alunos acima de 11 anosde idade.

Os interessados devem tra-zer os seguintes materiais: 2 te-las de 30 x 40 cm., 1 conjunto depincéis (pincel Tigre serie 815 -números 10, 12, 18 e 22 e pincelTigre serie 181 - números 1 e10), 1 conjunto de tinta acrílica(de preferência da Acrilex) nascores: preto, branco, amarelo decádmio, amarelo ocre, azulcobalto, verde, vermelho, sienaqueimada (marrom), entre outrasconforme a preferência do alu-no. Da lista constam ainda: 1prato para mistura, 1 vasilha paraágua (para limpeza), pano velhoou toalha de papel (para limpe-za), lápis 6B, borracha e carvãode desenho.

A taxa para o 43º Curso dePintura Infantil Bunkyo é de R$60,00 (sem incluir o material) ouR$ 100,00 (com material).

Mais informações na Socie-dade Brasileira de Cultura Japo-nesa, na Rua São Joaquim, 381 –Liberdade, tel.: 11/32081755, comRegina.

ARTES PLÁSTICAS

Bunkyo promove curso depintura infantil

Por meio de um convênio, aRádio Nikkey, transmitida às se-gundas, terças e quartas, das22h às 24h, na Rádio Imprensa(FM 102,5 mhz), ganha mais ummeio, a Internet. Pelo menos suaprimeira hora é retransmitidapela Rádio Fenix 2, nowww. r a d i o f e n i x . c o m . b r /principal.asp.

As tradicionais músicas ja-ponesas e as notícias do Japãoe da comunidade nikkei no Bra-

Rádio Nikkey pode trazer novo quadro com a Fenixsil são levadas ao ar pelas vozesdos apresentadores PauloMiyagui e Mieko Senaha.

“Temos uma proposta de co-meçar um programa, ainda nestemês, com música, muito humor, di-vulgação de eventos e falar de ar-tistas”, adianta o coordenador elocutor da Fenix, Celso Likio, limi-tando-se a dizer que mais detalhesserão futuramente anunciados porMiyagui. Assim, os ouvintes mais“adultos” que acompanham o pro-

grama do seu aparelho conven-cional poderá também apreciar otrabalho mais “jovial” da rádioque se originou na Internet, ummeio menos usual para eles.

“Há uma tendência de que onosso público seja mais jovemque o da Rádio Nikkey, pois osmais novos têm mais facilidadeno uso da Internet como ferra-menta, e até por isso o casamen-to seria mais legal”, entusiasmaLikio.

Page 4: SÃO PAULO, 07 DE JANEIRO DE 2006tal dissolução, preservando-se o que é defeso em lei, principalmente em relação aos filhos. Depois de um ano tal separação pode ser convolada

4 jornal do nikkey 07 de janeiro de 2006

P A N O R A M AFotos: Marcus Kiyohide Iizuka

Mirante da Vila Paranapiacaba, que quer dizer “lugar de onde se vê o mar”

Ao fundo o relógio “big ban” da antiga estação de passageiros, hoje desativada, é uma das atrações turísticas da região O outro lado da linha, conhecido como a parte “portuguesa”

Uma dica de verão para um passeio diferente e barato é visitar a Vila deParanapiacaba, no município de Santo André, na Serra do Mar (distante da Capitalcerca de 1h30 de carro).

A vila surgiu no final do séc. 19 para operários – a maioria ingleses –, trabalharna construção da ferrovia Santos-Jundiaí, pela sua localização estratégica e

privilegiada no meio da rica Mata Atlântica.

Detalhes e as casas de madeiras produzidas na Inglaterra e montadas no Brasil. Os imóveisforam pintados de vermelho, na mesma tonalidade dos vagões

O Museu Ferroviário é aberto a visitação pública com monitores: relíquias

Vista parcial da cidade: paisagem bucólicaO antigo pátio de manobras e garagem dos trens também merecem uma visita: passeio oferece uma viagem no tempo

Segundo registros, o primeiro campo de futebol do Brasil, inaugurado pelos ingleses. Aofundo, as casas construídas com o conceito da arquitetura japonesa

A cidade oferece lugares simples a aconchegantesrestaurantes, casas de chás e cafés

A atmosfera londrina, a neblina e o trem quechega e não pára....

A passarela que liga as partes “inglesa” e“portuguesa”: neblina faz parte do cartão postal

A Casa do Engenheiro, hoje museu aberto para opúblico, onde se tem a visão total da cidade

Monitoras e moradoras acompanham e guiam os turistas em várias trilhas da região.A mais difícil é a descida da serra pelo rio Mogi até Cubatão

Nas fotos acima, uma dascachoeiras de Parana-piacaba e o belo cenárioque cerca a trilha: passeioecológico