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1 SEXUALIDADE NO CONTEXTO ESCOLAR E A TEORIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA Cleudinéia Aparecida Pereira Colégio Estadual Abraham Lincoln – Kaloré-Pr. - [email protected] Virginia Iara de Andrade Maistro Depto de Biologia Geral- [email protected] RESUMO O presente trabalho fundamenta-se nos estudos sobre a Teoria da Aprendizagem Significativa, segundo Ausubel, de modo a promover a análise dos limites e possibilidades da proposta inserida, essencialmente centrada na temática da sexualidade. O trabalho foi desenvolvido com alunos da 7ª série do Ensino Fundamental de uma escola pública do Estado do Paraná. O estudo tem como objetivo avaliar as potencialidades do trabalho desenvolvido na intervenção. Para a coleta de dados, foram utilizadas atividades com metodologias específicas e adequadas, incentivando o diálogo e a reflexão, nas quais os alunos trabalharam organizados em grupos e individualmente. A proposta foi a exploração de temas polêmicos de modo informativo e questionador, oferecendo condições para que o educando assuma seu corpo e sua sexualidade com atitudes positivas, livres de medo ou culpa, preconceitos, vergonha, bloqueios ou tabus. Diante das ações propostas e realizadas, alguns resultados positivos foram percebidos, no sentido de constatar a mudança de opiniões concernentes à temática abordada. Palavras-chave: Projeto de intervenção. Aprendizagem Significativa. Sexualidade. Ensino de Ciências. ABSTRACT This work is based on studies on the Theory of Meaningful Learning, according to Ausubel, to promote the analysis of the limits and possibilities of the proposal included,

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SEXUALIDADE NO CONTEXTO ESCOLAR E A TEORIA DA

APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

Cleudinéia Aparecida Pereira

Colégio Estadual Abraham Lincoln – Kaloré-Pr. - [email protected]

Virginia Iara de Andrade Maistro

Depto de Biologia Geral- [email protected]

RESUMO

O presente trabalho fundamenta-se nos estudos sobre a Teoria da Aprendizagem

Significativa, segundo Ausubel, de modo a promover a análise dos limites e

possibilidades da proposta inserida, essencialmente centrada na temática da

sexualidade. O trabalho foi desenvolvido com alunos da 7ª série do Ensino

Fundamental de uma escola pública do Estado do Paraná. O estudo tem como objetivo

avaliar as potencialidades do trabalho desenvolvido na intervenção. Para a coleta de

dados, foram utilizadas atividades com metodologias específicas e adequadas,

incentivando o diálogo e a reflexão, nas quais os alunos trabalharam organizados em

grupos e individualmente. A proposta foi a exploração de temas polêmicos de modo

informativo e questionador, oferecendo condições para que o educando assuma seu

corpo e sua sexualidade com atitudes positivas, livres de medo ou culpa, preconceitos,

vergonha, bloqueios ou tabus. Diante das ações propostas e realizadas, alguns

resultados positivos foram percebidos, no sentido de constatar a mudança de opiniões

concernentes à temática abordada.

Palavras-chave: Projeto de intervenção. Aprendizagem Significativa. Sexualidade.

Ensino de Ciências.

ABSTRACT

This work is based on studies on the Theory of Meaningful Learning, according to

Ausubel, to promote the analysis of the limits and possibilities of the proposal included,

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mainly centered on the theme of sexuality. The study was conducted with students from

7th grade student at a public school in the State of Paraná. The study aims to evaluate

the potential of the work in the intervention. For data collection activities were used with

specific methodologies and appropriate, encouraging dialogue and reflection, in which

students worked in groups and organized individual. The proposal was explore

controversial issues in an informative and questioning, providing conditions for the

student take his body and his sexuality with positive attitudes, free from fear or guilt,

prejudices, shame, blockages or taboos. In view of the actions proposed and

implemented, some positive results were realized in order to observe the change of

opinion concerning the theme.

Keywords: Project intervention. Meaningful Learning. Sexuality. Science teaching.

1. INTRODUÇÃO

O Projeto de Intervenção Pedagógica na escola “SEXUALIDADE: educando

para a vida” fez parte, durante os anos de 2008 e 2009, do Programa de

Desenvolvimento Educacional - PDE, promovido pela Secretaria de Educação do

Estado do Paraná, do qual tivemos a oportunidade de participar. As atividades

desenvolvidas, bem como os resultados obtidos durante o período em que o projeto de

intervenção se realizou, subsidiaram a organização deste artigo, que foi elaborado

consoante à análise de pressupostos teóricos que sustentam a necessidade de se

discutir a sexualidade nas escolas.

Optamos implementar este projeto em uma 7ª série do ensino fundamental, do

turno vespertino, devido a constantes reclamações dos educadores quanto à

indisciplina e à falta de interesse dos educandos desta série, e que após diversas

reflexões com aqueles, levantou-se a hipótese de que esses problemas poderiam ser

causados pela inquietação e brincadeiras relacionadas à sexualidade e, por serem

inconvenientes, causavam constrangimentos, ofensas, culminando, muitas vezes, em

brigas e discussões. Outro fato que se observou foi o índice elevado de gravidez nessa

faixa etária. Pela nossa experiência no magistério e, principalmente, por atuarmos junto

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a adolescentes há muito tempo, sabemos que essas situações interferem no processo

de ensino-aprendizagem e aumentam evasão escolar.

Cotidianamente nos perguntamos qual o melhor caminho que devemos

percorrer para que os alunos tenham uma aprendizagem significativa, principalmente

em relação à educação sexual, que atenda os seus anseios, as suas inseguranças e

as suas expectativas. Ela se apresenta como um dos assuntos mais inquietantes e,

quase sempre, omitidos no cotidiano do educador. Cabe-nos, então, investigar como

abordar temas que remetam à sexualidade de maneira satisfatória e efetiva, visto que

nos livros didáticos, a abordagem dá ênfase à reprodução humana, mas não discutem

os assuntos polêmicos, como a homossexualidade, a pedofilia, e outros. Enfim, qual o

papel da escola perante a sexualidade? Como criar um espaço de discussão e

aprendizado, utilizando estratégia metodológica adequada, para que o educando da 7ª

série do ensino fundamental sinta a necessidade do conhecimento científico escolar,

do autoconhecimento, da valorização do corpo e da vida e das responsabilidades

quanto à sexualidade e o sexo?

É essencial criar espaços de discussão no contexto escolar sobre os mais

diversos temas que remetem à sexualidade, de modo que permitam ao educando,

questionar, sanar suas dúvidas, refletir e desenvolver sua capacidade de criticidade

para que possa assumir seu corpo e sua sexualidade como algo natural, incentivando

atitudes positivas, livres de medo ou culpa, preconceitos, vergonha, bloqueios ou

tabus. Dessa maneira, cabe ao professor ser um catalisador nas discussões, um

facilitador da conversa, prestando informações científicas, polemizando os temas

apresentados e garantindo o respeito à diversidade de opiniões e valores, sem ditar

normas ou condutas. Ele deve ficar atento às experiências dos alunos e às suas

histórias de vida. A diversidade de visões traz maior riqueza às discussões e o seu

confronto favorece o exercício da autonomia e da responsabilidade do educando. Deve

incluir nas discussões as dimensões biológicas, éticas, psicológicas, culturais, saúde

reprodutiva, gravidez na adolescência, DST, relações de gênero, aborto, paternidade

responsável, e outros.

Diante disso, o educador deve ajudar o educando a compreender como a

história da sexualidade foi construída ao longo do tempo, até chegarmos aos dias

atuais; o porquê dos tabus e dos preconceitos. Deve fornecer informações importantes

e permitir reflexões relacionadas à sexualidade, encarando-a como uma questão ligada

diretamente ao contexto social, influenciando e sendo influenciado por ela.

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2. SEXUALIDADE NO CONTEXTO ESCOLAR E A TEORIA DA APRENDIZAGEM

SIGNIFICATIVA

As Diretrizes Curriculares Estaduais de Ciências (DCE 2008) consideram que,

no processo de ensino e aprendizagem, a construção de conceitos pelo estudante não

diferencia, em nenhum aspecto, do desenvolvimento de conceitos do seu cotidiano. O

aprendizado e o desenvolvimento estão interligados e começam até mesmo antes do

nascimento, depois com os seus próximos e depois a escola, e continua ao longo da

vida dos sujeitos.

O educando vive inserido num contexto sociocultural, cujo conhecimento é

ampliado a todo o momento mediante as situações em que se contrastam as diferentes

concepções ou que permitem aumentar as interações cognitivas entre o conhecimento

que o aluno já possui e os momentos vivenciados por ele. Tem o direcionamento de

diferentes interlocutores com inúmeras experiências: pais, colegas, professores e

integrantes de seu entorno social.

No entanto, o aprendizado que o estudante traz consigo não é sistematizado,

como no contexto escolar. Neste, se tem por objetivo a assimilação do conhecimento

científico e a produção de mudanças no desenvolvimento do estudante.

Sabe-se, no entanto que:

A educação em Ciências deve proporcionar aos estudantes a oportunidade de desenvolver capacidades que neles despertem a inquietação diante do desconhecido, buscando explicações lógicas e razoáveis, levando os estudantes a desenvolverem posturas críticas, realizar julgamentos e tomar decisões fundamentadas em critérios objetivos, baseados em conhecimentos compartilhados por uma comunidade escolarizada. (BIZZO, 1998, p.144)

Aos professores cabe inserir atividades que favoreçam a espontaneidade do

aluno, permitindo a ele a construção de noções necessárias para a compreensão da

ciência. Dependendo da direção que o professor dá ao processo de ensino e

aprendizagem, o tema sexualidade pode se tornar relevante e merecedor de atenção

dos alunos ou insignificante e pouco atraente.

Desenvolvimento e aprendizagem são processos distintos, mas que caminham

juntos, onde ”tudo aquilo que o sujeito aprende é elaborado por ele, se incorpora.”

(VIGOTSKY, 2001, p.525)

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O educando somente pode aprender quando cria significações fundadas em sua

vida, que o auxiliem a compreender-se, “pois é preciso considerar que o estudante tem

capacidade de solucionar problemas, desempenhar tarefas, elaborar mapas mentais

de representação e construir conceitos com a ajuda de outras pessoas” (DCE 2008,

p.22). Quando a educação é imposta torna-se insignificante para o educando.

Segundo Ausubel, “quando o conteúdo escolar a ser aprendido não consegue

ligar-se a algo já conhecido, ocorre [...] a aprendizagem mecânica. [...] Assim, a pessoa

decora fórmulas, leis, mas esquece após a avaliação” (apud PELIZZARI et al., 2002, p.

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A aprendizagem significativa ocorre à medida que o novo conteúdo é

incorporado às estruturas de conhecimento de um aluno e adquire significado para ele

a partir da relação com o todo, com o contexto intelectual e cultural que o acompanha.

Tais conceitos seriam chamados de conceitos subsunçores, passando a ficar cada vez

mais elaborados e mais capazes de ancorar novas informações.

De acordo com Moreira (1999, p.53-54), Ausubel recomenda como estratégia

para manipular a estrutura cognitiva, o uso de organizadores prévios. Tais

organizadores prévios, nesse trabalho, seriam materiais preparatórios introduzidos,

que teriam a função de servir como elo entre o que o aprendiz já conhecia e o que ele

deve conhecer, apresentados antes do próprio material a ser aprendido. Buscando-se

garantir que a aprendizagem seja significativa para o aluno e que manifeste uma

disposição de relacionar o novo material, de maneira substancial a sua estrutura

cognitiva.

Segundo Oliveira (1997, p.10-11), cada indivíduo é um observador diferente que

observa mundos distintos. Portanto, é pensando assim que um educador deve levar o

conhecimento a uma sala de aula, ou seja, considerando que cada aluno é um sujeito

construído por um grupo social, que lida com diferentes tipos de conhecimentos,

interpretando-os a partir de suas ideias, seus valores e crenças, os quais por sua vez,

provêm das influências socioculturais que fazem parte de suas vivências.

Nesse sentido, devemos nos preocupar com o interesse e os aspectos dos

nossos alunos, para que tenha em sua personalidade uma formação integral, na qual a

sexualidade está presente e tem papel importante.

Uma maneira adequada de ampliar e/ou modificar as estruturas do aluno consiste em provocar discordância ou conflitos cognitivos que represente desequilíbrios a partir dos quais, mediante atividades, o

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aluno consiga reequilibrar-se, superando a discordância reconstruindo o conhecimento (PIAGET, 1997 apud PELIZZARI et al., 2001, p.40)

Para isso, é necessário que as atividades não sejam excessivamente simples, o

que provocaria frustração ou rejeição. Em resumo, o que é sugerido é a participação

ativa do sujeito, sua atividade autoestruturante, o que supõe a participação pessoal do

aluno na aquisição de conhecimentos, de maneira que eles não sejam uma repetição

ou cópia dos formulados pelo professor ou pelo livro-texto, mas uma reelaboração

pessoal.

Egypto (2003, p. 20) assim explica:

[...] a orientação sexual na escola pode ser concebida como uma intervenção pedagógica que favorece a reflexão sobre a sexualidade, problematizando os temas polêmicos, favorecendo ampla liberdade de expressão em ambiente acolhedor, que visa promover bem-estar sexual, vínculos mais significativos (a partir da própria relação professor-aluno) ampliando a cidadania.

Segundo esta constatação, o trabalho de intervenção na escola, a partir de

reflexões que problematizam os temas polêmicos, procurou estar atento e interessado

nas experiências vividas pelos alunos, visando promover vínculos significativos em sua

formação pessoal, rumo a uma sexualidade gratificante e responsável.

2.1 Observação da Realidade

A partir de análise realizada no contexto escolar da escola onde trabalhamos,

observou-se a necessidade da proposta de implementação e intervenção pedagógica,

com o tema Sexualidade. O trabalho foi desenvolvido durante o ano letivo de 2009,

com a participação de 28 alunos, sendo 17 alunas e 11 alunos, na faixa etária de 11 a

14 anos, do turno vespertino da 7ª série do Ensino Fundamental do Colégio Estadual

Abraham Lincoln- Ens. Fundamental e Médio, uma escola da rede de ensino público do

município de Kaloré (PR). A escola é de pequeno porte e os alunos que a frequentam

são de classe social média e baixa, provenientes de bairros urbanos e da zona rural.

Uma boa parte dos alunos dessa turma vem de lares desfeitos e sem muita

perspectiva de uma vida melhor, com autoestima baixa.

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A definição se deu por ser uma turma com dificuldade de relacionamento, devido

à falta de limites e agressões verbais, onde a sexualidade é tratada com descaso e

com vulgaridade; e se observa que alguns integrantes do grupo já têm iniciação sexual,

sem deter o conhecimento adequado das consequências que podem surgir devido à

prática sexual precoce.

3. METODOLOGIA

Primeiramente foi realizado um diálogo com os alunos com a finalidade de ouvir

os conhecimentos prévios dos mesmos sobre a sexualidade, com seguintes

questionamentos: de onde viemos? Como fomos formados? Como se dá a

fecundação? Todos os seres vivos para a perpetuação da espécie necessitam passar

pelo processo da fecundação? O diálogo foi aberto e permitiu que o aluno se

expressasse livremente com os colegas e com o professor. Os alunos se mostraram

participativos e interessados, mas não se pode confirmar a unanimidade, pois mesmo

com todo o incentivo, alguns não se propuseram a participar.

Com este primeiro contato, o professor-pesquisador solicitou aos alunos que

escrevessem no caderno e depois expusessem oralmente qual dos temas relacionados

à sexualidade eles achavam que era mais problemático e que gostariam de discutir

sobre ele. O tema mais apontado foi “gravidez na adolescência”, e por isso foi o objeto

central do estudo. Aplicou-se também um questionário de investigação, que será

analisado adiante, com o objetivo de obter maiores informações sobre a realidade de

cada aluno.

Após a análise dos conhecimentos prévios dos alunos, o professor pesquisador

elaborou o material introdutório, utilizando material didático-pedagógico respectivo a

algumas atividades da Unidade Didática (material composto por abordagem de uma

única unidade de um mesmo tema, contendo texto de fundamentação com as

respectivas atividades a serem desenvolvidas), organizado por ele durante a sua

participação no PDE 2008.

Este artigo tem o intuito de apresentar as manifestações da sexualidade

adolescente de uma maneira humanista, reflexiva e crítica, desprovida de preconceitos

e estereótipos. O objetivo é informar e permitir a reflexão sobre o tema, pela

população-alvo da pesquisa, considerando os aspectos individuais e valores pessoais.

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Tendo em vista esta realidade, organizamos este trabalho com atividades

teóricas e práticas que foram ministradas na sala de aula, sendo planejadas e

desenvolvidas em capítulos da seguinte maneira:

Capítulo I - Adolescência e Puberdade

Capítulo II - Relacionamentos afetivos: namorar ou ficar?

Capítulo III – Gravidez na adolescência

Capítulo IV – Aborto

Capítulo V – Relações de gênero

Capítulo VI – Diversidade sexual

Capítulo VII – Abuso sexual

A prática pedagógica utilizada se baseia numa concepção dialética do

conhecimento centrado no processo de construção em sala de aula, onde os alunos

passam a ser atores e autores do processo de aprendizagem. Como sugestões de

atividades estão disponibilizadas: mapas conceituais; júri simulado, interpretação de

texto, escada de valores, videoclipe (música Eduardo e Mônica – Renato Russo),

debates, confecção de painéis, pesquisas em livros e na Internet e subprojeto

“Cuidando do Ninho”.

4. DADOS E DISCUSSÃO

De acordo com o questionário de investigação elaborado e aplicado, foram

obtidos os seguintes dados:

Questão 1 - O que você pensa quando se fala em sexualidade?

Porcentagem Respostas 26% Prefiro não comentar 12% Nada 12% Penso em sexo 5% Falar sobre sexo 5% Em fazer filhos 5% Em fazer amor 5% Uma coisa normal 5% Pessoas não pensam no futuro 5% É um encontro com o homem e a mulher 5% Nada, porque não tenho idade pra essas coisas 5% Em besteira, uma coisa que não devemos fazer tão

cedo

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5% Tem que fazer se os dois querem 5% Beijar, transar, acariciar, troca de carinho entre o casal,

etc. Tabela 1-Público-alvo da intervenção: alunos da sétima série B do ensino fundamental/Tema: concepção de sexualidade.

Com esses dados podemos observar que os alunos confundem o conceito de

sexualidade com o de sexo propriamente dito. É importante salientar que um não

necessariamente precisa vir acompanhado do outro. “Sexualidade humana são

sentimentos e desejos nas mais variadas formas: no olhar, no toque, no jeito de andar,

de falar, de estudar ou trabalhar, [...] está em toda a nossa vida.” (Egypto, 2005, p.11)

Conforme vamos crescendo, descobrimos também o prazer provocado pelo

contato sexual, através do estímulo que fazemos em nós mesmos ou com outras

pessoas. Essa forma de exprimir a sexualidade vai se juntar às outras maneiras de

contato que já vínhamos vivendo desde bebês, gerando a sexualidade adulta. Pode-se

entender como constituinte de sexualidade a necessidade de admiração e gosto pelo

próprio corpo, por exemplo. A sexualidade de um indivíduo pode ser fortemente

afetada pelo ambiente sócio-cultural e religioso em que este se insere. Cabe a cada

um decidir qual o momento propício para que esta sexualidade se manifeste de forma

física e seja compartilhada com outro indivíduo através do sexo, que é apenas uma

das suas formas de se chegar à satisfação desejada.

Sayão (1997, p.100) aponta uma questão fundamental

[...] a escola precisa levar em consideração: A prática saudável da sexualidade supõe a conjunção de vários fatores: o funcionamento do corpo, os valores sociais, éticos e morais do meio em que vive a pessoa, as leis culturais e a estrutura psíquica. Assim, as informações puramente orgânicas (...) dizem sempre respeito ao corpo de um sujeito teórico, objeto de estudo das ciências anônimo, portanto: que não vive, não tem história, não deseja, não fala, não sofre, nem vive a angústia de crescer. Jamais serão utilizadas pelos jovens em sua vida sexual concreta. As informações sobre sexualidade só serão educativas quando tiverem o endereço postado corretamente. E com o remetente identificado e devidamente qualificado.

Para que o aluno possa entender a sua sexualidade, é necessário conhecer o

seu corpo, compreender as transformações que nele está ocorrendo, as alterações

físicas, psíquicas e sociais, sendo que estas duas últimas recebem interpretações e

significados diferentes, dependendo da época e da cultura na qual está inserida.

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Houve a necessidade de esclarecer, através de uma conversa simples, clara e

direta com os alunos, o que se entende por sexo e por sexualidade; explorando os

conhecimentos prévios dos estudantes, vinculados com os conhecimentos novos.

Ocorreu participação ativa dos alunos, onde foram sendo levantados vários

questionamentos:

A1- Como se faz sexo?

Muitos risos dos alunos. O aluno A1 ficou constrangido perante os demais.

P. O sexo é uma das formas mais intensa de contato entre duas pessoas. Uma

maneira de ter intimidade e mostrar o amor que um sente pelo outro. As pessoas têm

relações sexuais por prazer e também para procriação.

A relação sexual acontece com a penetração do pênis na vagina. Mas deve ser

realizada com muita responsabilidade, sabendo se respeitar e respeitando o parceiro.

A2- A primeira vez que transa pode ficar grávida?

P. Sim, para que isso não aconteça tem que se usar algum tipo de métodos

contraceptivos e, assim mesmo, não é 100% seguro.

A1- Mas se nunca menstruou?

A3- Aí não, né?

P. Quando vocês estudaram sobre o Sistema Reprodutor Humano, a professora

de Ciências explicou que a mulher tem um período em seu ciclo menstrual que

antecede a menstruação, chamado de período fértil, onde ocorre a ovulação, e a

mulher pode engravidar... A maioria dos alunos concordou, dizendo que se

lembravam... Muito bem, então, o que pode acontecer é que naquele mês a menina iria

menstruar pela primeira vez e teve ovulação. Se ela tiver relação sexual sem utilizar

métodos contraceptivos, ela poderá engravidar mesmo não havendo menstruado.

A4- Têm algumas meninas da mesma idade que já tem seios, e outras, não. Por

quê?

P. Cada organismo tem o seu tempo certo. Essas mudanças não acontecem ao

mesmo tempo para todos. Alguns mais devagar outros mais rápido. Não faz diferença

para o funcionamento sexual futuro, se você se desenvolve cedo ou tarde.

Mediante as respostas, fomos discutindo a Adolescência e as transformações

que ocorrem na puberdade.

Questão 2 - Que é ficar para você?

Porcentagem Respostas

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37% Beijar, abraçar e se conhecer 16% Beijar 5% É uma coisa da vida e só para dar uns agarro mesmo 5% É beijar, abraçar, passar a Mão e transar 5% É se conhecer para namorar 5% É beijar, se abraçar e andar junto 5% Quando a mulher e o homem se gostam 5% Ficar não é o correto para se usar. 5% Namorar, conhecer e fazer sexo 5% É beijar na boca, namorar, fazer coisas com o devido

respeito Tabela 2. Público-alvo da intervenção. Participaram do estudo alunos da sétima série B do ensino fundamental/Tema: ficar. Questão 3 - Você já ficou?

Porcentagem Respostas 58% Sim 37% Não 5% Sim, mas sem ter relações Tabela 3. Público-alvo da intervenção. Participaram do estudo alunos da sétima série B do ensino fundamental/Tema: ficar.

Diante das repostas obtidas, percebe-se que ficar é compreendido das mais

diversas formas. Mas o mais importante foi a participação da maioria dos alunos e a

discussão que ocorreu frente às variadas respostas, o que permitiu ao professor

estimular a expressão das ideias, medos, anseios e dúvidas até mesmo daquele aluno

tímido. O papel do professor é o de problematizar e facilitar as discussões entre os

jovens, auxiliando-os a amadurecer suas opiniões, ao invés de impor suas ideias ao

grupo e de incentivá-los a buscar informações que enriqueçam a construção coletiva

de conhecimento.

3.1 Trabalhando Mapa Conceitual

Neste trabalho, a utilização dos mapas conceituais tem se apresentado como

uma ferramenta de ação pedagógica bastante útil à abordagem do tema gerador,

possibilitando que um conjunto de conceitos seja apresentado aos alunos, a partir do

estabelecimento de relações entre eles.

Para Moreira (2006, p.9), mapas conceituais são representações gráficas

semelhantes a diagramas que indicam relações entre conceitos ligados por palavras.

Mais especificamente, podem ser interpretados como diagramas hierárquicos que

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representam uma estrutura que vai desde conceitos mais abrangentes até os menos

inclusivos. São utilizados para auxiliar a ordenação e a sequenciação hierarquizada

dos conteúdos de ensino, de forma a oferecer estímulos adequados ao aluno.

Para realização do trabalho, os alunos foram divididos em grupos e o professor

orientou como se constrói um mapa conceitual.

A atividade proposta desenvolveu-se em várias etapas, a saber:

a) Escolha do tema gerador a ser discutido: “Ficar” b) Listagem de várias palavras soltas referentes ao tema para os alunos

construírem um mapa; c) Construção do mapa conceitual; .

Foto 1: PDE/2008. C.A.P.

d) Leitura dos textos: O QUE É NAMORO- (SUPLICY, 1988. p.86.) O “FICAR”, O NAMORO, O AMOR – (EGYPTO, 2005. p33-34)

e) Construção de um novo mapa conceitual

Foto 2: PDE/2008. C.A.P.

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Questão 4 - Já teve algum tipo de relação sexual? Com qual idade?

Porcentagem Respostas 84% Não 16% Sim, 13 anos

Tabela 4. Público-alvo da intervenção: alunos da sétima série B do ensino fundamental/Tema: relação sexual.

Questão 5 - Em sua opinião qual é a idade adequada para se iniciar a vida

sexual?

Porcentagem Respostas 26% 19 anos 16% 20 anos 12% Não tem idade 12% 18 anos 11% Não sei 5% 17 anos 5% 16 anos 5% Depois de casada 5% 11 anos 5% Quando achar que está no momento certo

Tabela 5. Público-alvo da intervenção: alunos da sétima série B do ensino fundamental/Tema: iniciação sexual.

Outros questionamentos foram introduzidos, como: Você sabe o que é DST?

Quais os métodos anticoncepcionais que conhece? Como ocorre a gravidez? Você se

acha preparado para assumir uma paternidade ou maternidade?

Buscou-se, nesse trabalho, a interação do adolescente com o seu cotidiano,

procurando destacar atividades metodológicas como: Júri simulado, onde se

expressam valores, consequências, aplicações para a nossa vida; mostrando-lhes que

uma ação não pensada pode modificar toda a sua vida. Principalmente, nessa área

sobre a sexualidade, em que a idade prepondera no auge da produção dos hormônios

sexuais e a satisfação do corpo se torna mais importante do que se pensar em um

futuro promissor. O conhecimento é o único caminho para que os jovens não se

exponham a mitos que podem trazer consequências indesejadas para suas vidas. A

falta de compreensão de como a sexualidade e o sexo devem ser encarados traz

inúmeros riscos - orgânicos e psicológicos.

Antes de iniciar a vida sexual, os jovens deverão ser orientados e

esclarecidos, através de conversas sobre os medos, as dúvidas, as pressões familiares

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e sociais. Dialogar sobre amor, amizade, namoro, casamento, filhos e projetos de vida.

Entender e discutir os questionamentos dos estudantes é fundamental, assim como é

necessário conhecer os métodos anticoncepcionais. Não significa que estamos dando

permissão. A função do professor deve ser de esclarecer sem permitir ou reprimir, de

não ditar regras de comportamento nem de se colocar como modelo, mas de dar

oportunidades para os indivíduos se conhecerem e confiarem uns nos outros.

Para trabalhar gravidez na adolescência foi utilizada uma prática pedagógica

onde o aluno iria cuidar de um ovo durante uma semana, como se fosse um filho –

“Bebê-ovo”.

Para Lorencini Jr (1997, p.95),

A sala de aula pode ser uma espécie de laboratório de possibilidades de expressão de liberdade, permitindo que os alunos pensem e reflitam sobre si próprios. Essa atitude crítica promove a autonomia pessoal com confiança e auto-estima, qualidades fundamentais para traduzir e transformar a decisão em ação.

Desse modo, o professor deve utilizar inúmeras atividades diárias para

realizar o trabalho de educação sexual de modo dinâmico, como jogos e dinâmicas de

grupo para promover a desinibição, a integração do grupo, a expressão dos

sentimentos e o compartilhamento de vivências.

Relatos de alguns alunos quanto à experiência “Cuidando do ninho”.

1- O “bebê-ovo” foi um filho de ficção, mas se fosse de verdade, o que isso

mudaria em sua vida? Que tipo de problemas podem surgir?

Foto 3: PDE/2008. C.A.P.

“Iria acabar com a mordomia. Parar de estudar, começar a trabalhar, parar de ir à

festa e baladas, onde tem barulho e acabar com toda mordomia”. (A1)

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“Iria mudar na escola, família, diversão... amigos... sustentá-lo.” (A2)

“Tem que ter muita responsabilidade, trabalhar para sustentar a família, dar

respeito e principalmente educação.” (A3)

“Podem surgir vários problemas, porque eu não tenho idade para ser pai, ele iria

atrapalhar meus estudos.” (A4)

“Eu acho que se eu tivesse um filho, eu ia cuidar dele com muito carinho e ensinar

muita coisa para ele, mas iria prejudicar se eu tivesse um filho agora. Iria atrapalhar

meus estudos...” (A5)

“Poderia surgir que eu tenho que trabalhar e sustentar o meu filho, mas só que

vale a pena ter um a mais na família, é sempre bom poder dar carinho e amor.”(A6)

“Eu teria que parar de estudar, sair, teria que começar a trabalhar e meus pais

não aceitariam, e até poderia perder alguns amigos.” (A7)

2-Que aprendizado resultou dessa atividade?

“tem que ter um cuidado reforçado.” (A1)

“Eu aprendi que cuidar de um filho é muito difícil e para ter um filho é preciso ser

planejado.” (A2)

“Trouxe um pouco de responsabilidade e mais conhecimento.” (A3)

“Eu aprendi que é difícil cuidar de um bebê.” (A4)

“Eu aprendi que quando for ter uma relação sexual, tem que usar preservativo,

para não pegar doenças e engravidar. “(A5)

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“Que devemos pensar muito antes de transar, pode até ocorrer doenças,

camisinha não é 100%, e também de ter filhos. “(A6)

“Eu vi que tudo que nós vimos e bom sobre a sexualidade, para nós termos noção

do que fazemos antes de correr riscos...” (A7)

Essa experiência permitiu aos alunos

uma reflexão sobre a importância da qualidade e da

responsabilidade nos relacionamentos afetivos, a

fim de que os educandos reflitam sobre as

implicações de uma gravidez fora de hora e sem

planejamento. Foto 4: PDE/2008. C.A.P.

4. CONCLUSÃO

A temática da sexualidade deve ser tratada e construída ao longo da vida dos

seres humanos, levantando-se discussões, assegurando reflexões, orientando e

garantindo o diálogo sobre os temas relacionados a ela, considerando como essencial

o exercício de aperfeiçoamento da cidadania, do juízo moral, de tomada de decisões e

de juízo de valores.

Abordar estes temas não é um fato simples, é complexo, coloca-se em contato

preconceitos, tabus, religiões, culturas intimamente arraigadas no ser humano. É, pois,

trabalhoso e gera mudanças em todos os sentidos, provocando apreensões e conflitos

e requerendo tempo e disposição. É de extrema importância esclarecer que educação

sexual não significa passar informações sobre sexo, mas, abordar, de forma tranquila e

sem tabus, a sexualidade como uma situação natural e satisfatória na vida de todos os

seres humanos. É essencial promover espaços que possibilitem escutar, debater e

refletir com os pais sobre temas relacionados à sexualidade dos jovens.

Nesta intervenção, criou-se um ambiente, onde o aluno se sentiu seguro e

tornou-se participativo, dando opiniões e fazendo questionamentos. A metodologia

utilizada contribuiu para que o aluno fosse o construtor de sua aprendizagem.

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Muitos dos dados foram condizentes com a literatura sobre os processos

cognitivos e emocionais dos educandos, principalmente ao buscarmos fazer a ponte de

ligação entre os conhecimentos do cotidiano com o conhecimento formal, através da

problematização. Algumas mudanças no comportamento dos educandos começaram a

ser sentidas, de forma sutil. Precisamos oferecer informações claras e objetivas e dar

continuidade ao trabalho começado, para que nossos alunos possam realmente formar

valores e conceitos que sejam enraizados na conduta e que não sofram mudanças

negativas como o tempo nem com o ambiente em que estão inseridos, colocando-os

em situações de riscos.

Esperamos que o nosso trabalho possa contribuir para diminuir as barreiras ao

debate do tema sexualidade e minimizar as dificuldades e preconceitos relacionados,

bem como subsidiar a formação de jovens críticos/ sujeitos de sua própria sexualidade.

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