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Page 1: SEXTO ESTUDO “APRENDENDO A AMAR” - pibijui.weebly.com · “Os dons do Espírito Santo sem o fruto do Espírito Santo para nada adiantam”. Mesmo cristãos imaturos têm dons

SEXTO ESTUDO “APRENDENDO A AMAR” (de Christian A. Schwarz, p. 86-88)

O teste de Gálatas 5: “O fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, delicadeza, bondade, fidelidade, humildade e domínio próprio” – 5:22.

“Os dons do Espírito Santo sem o fruto do Espírito Santo para nada adiantam”. Mesmo cristãos imaturos têm dons e podem usá-los. O maior e mais claro exemplo está na Bíblia sobre a Igreja de Corinto, a qual tinha todos os dons – I Coríntios 1:7. No entanto, ainda era muito imatura em diversas áreas de ensino e de conduta. O apóstolo Paulo diz em I Coríntios 3.1: “Na verdade irmãos, eu não pude falar com vocês como costumo fazer com as pessoas que têm o Espírito de Deus. Tive de falar com vocês como se vocês fossem pessoas do mundo, como se fossem crianças na fé cristã”. No capítulo 5.1 a declaração do apóstolo é ainda mais forte: “Há entre vocês uma imoralidade tão grande, que nem mesmo os pagãos seriam capazes de praticar”.

Então, esta verdade precisa ficar bem clara: os dons espirituais não são, necessariamente, um sinal de maturidade espiritual. É possível ter dons notáveis em certas áreas, mas ser imaturo no entendimento espiritual, nas atitudes, nos relacionamentos, na conduta cristã. Darrell W. Robinson, em seu livro Igreja: Celeiro de Dons, diz na p.51-52: “Em algumas ocasiões, mesmo os não crentes são capazes de profetizar, expulsar demônios e fazer milagres. Jesus disse: Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus, mas somente aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas? Então lhes direi claramente: nunca conheci vocês. Afastem-se de mim, vocês que só fazem o mal” – Mateus 7:21-23.

A maturidade espiritual vem por meio da caminhada com Cristo sob a direção do Espírito: “Aquele que diz que está em Cristo, também deve viver como ele viveu” – I João 2:6. Então o Espírito Santo produz o “fruto do Espírito” na vida desse crente: aquele que não apenas diz que está em Cristo, mas que cumpre o dever de viver como ele viveu. A explicação do apóstolo Paulo em Gálatas 5.16-26 é impressionante:

“O que eu quero dizer é isto: deixem que o Espírito de Deus dirija a vida de vocês e não obedeçam aos desejos da natureza humana. Porque o que a natureza humana deseja é contra o que o Espírito quer, e o que o Espírito quer é contra o que a natureza humana deseja (...). As coisas que a natureza humana produz são bem conhecidas. Ela produz imoralidade, impureza, ações indecentes, adoração de ídolos, feitiçarias, inimizades, brigas, ciumeiras, acessos de raiva, ambição egoísta, desunião, paixão partidária, invejas, bebedeiras, farras e outras coisas parecidas com essas. Repito o que já disse: os que fazem essas coisas não herdarão o Reino de Deus. Mas o Espírito produz amor, alegria, paz, paciência, delicadeza, bondade, fidelidade, humildade e domínio próprio. E contra essas coisas não há lei. Os que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a sua própria natureza humana, junto com todas as suas paixões e desejos. Que o Espírito que nos deu a vida, controle também a nossa vida...”.

Esse é o teste de Gálatas. O apóstolo Paulo já havia deixado claro na I Carta aos Coríntios que os dons do Espírito, sem o fruto do Espírito, para nada adiantam. I

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Coríntios 13.1-3 diz que eles poderiam ter o dom de línguas, profecia, conhecimento, fé, pobreza voluntária, prontidão para o sofrimento e todos os outros dons, mas tudo seria nada sem amor. Esse é o maior depoimento bíblico sobre a inutilidade de tudo, se o motivo de tudo não é o amor.

O problema maior da Igreja de Corinto não estava na área dos dons espirituais, mas no fruto do Espírito. É a mesma constatação em toda igreja, em todo tempo e em todo lugar. Por isso é importante fazer a distinção entre “dons do Espírito” e “fruto do Espírito”. Para os dons espirituais vale a regra bíblica que cada crente tem alguns dos diferentes dons referidos no Novo Testamento. Deve alegrar-se com os dons que tem e deixar-se completar pelas pessoas que têm outros dons. Deus distribuiu os dons como ele quis e de maneira diversificada. Por isso, ninguém sabe fazer tudo, porque ninguém tem todos os dons.

Mas com o fruto do Espírito é diferente. Pelo fato de que todos os crentes devem crescer na semelhança com Cristo, todos os crentes têm o dever de desenvolver o fruto do Espírito na sua vida. Semelhança com Cristo no caráter, na linguagem e no comportamento é a marca da maturidade espiritual. Uma pessoa pode ter dons notáveis, sem ter qualquer semelhança com Cristo. Mas que poder tremendo existe para o ministério, para o serviço cristão numa vida que demonstra o fruto do Espírito!

O grande propósito de Deus para todo crente é que desenvolva semelhança com Cristo. O Espírito Santo está sempre trabalhando dentro de nós, para que nos tornemos tudo o que podemos ser em Cristo. Nesta vida estamos desenvolvendo o caráter que teremos por toda a eternidade. Os dons não podem nos tornar como Cristo. A marca dessa identificação foi bem definida por Cristo mesmo: “Se tiverem amor uns pelos outros, todos saberão que vocês são meus seguidores” – João 13:35.

Paulo escreveu I Coríntios 13, e desdobrou essa abordagem em Gálatas 5: o amor é o fruto do Espírito Santo que dá sentido aos dons espirituais.

Esta é a versão mais conhecida de Gálatas 5.22: “O fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, delicadeza, bondade, fidelidade, humildade e domínio próprio”.

O que chama atenção aí é que “fruto” está no singular, mas seguem nove nomes que exigiriam o plural: “Os frutos são...”. Isso pode causar confusão, bem como o fato de que o amor está posto no mesmo nível das outras partes. Mas não é verdade que o amor contém em si mesmo todos esses outros aspectos?

Toda essa confusão se desfaz quando constatamos que o grego não conhecia pontuação, e onde o tradutor pôs sinal de pontuação foi sua interpretação pessoal. Uma boa tradução é substituir a vírgula por dois pontos. “O fruto do Espírito é amor: (a saber) alegria, paz...”. O fruto é definido como amor, e os outros aspectos são o resultado do único fruto, que é a virtude suprema do amor. Nós não temos nove diferentes frutos, sendo um deles o amor. Temos um fruto, o amor, que o texto descreve com oito maneiras diferentes de agir e reagir. Oito expressões nobres do amor, cujo referencial supremo é Jesus que diz literalmente assim: “O meu mandamento é este: Amem uns aos outros. Assim como eu os amei, amem também uns aos outros. Se tiverem amor uns pelos outros, todos saberão que vocês são meus seguidores” - João 13:35.

Resumido e adaptado pelo Pastor Oswaldo Mancebo Reis