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Sumário Número de notícias: 26 | Número de veículos: 19 VALOR ECONÔMICO - SP - BRASIL RECEITA FEDERAL DO BRASIL Brasil estará na frente da fila de insumo, indica Pequim 3 O POPULAR - GO - ECONOMIA RECEITA FEDERAL DO BRASIL Taxas devem diminuir quase 20% com troca de indexador 5 AGORA - SP - GRANA SEGURIDADE SOCIAL Maioria dos pedidos na fila depende do INSS para a análise 7 AGORA - SP - GRANA SEGURIDADE SOCIAL Procon multa banco C6 por empréstimo do INSS 8 O DIA - RJ - ECONOMIA SEGURIDADE SOCIAL Militares inativos e pensionistas: prova de vida segue suspensa 9 PORTAL TERRA - NOTÍCIAS SEGURIDADE SOCIAL Coronavírus levou quase 40 mil a pedir auxílio-doença 10 CORREIO BRAZILIENSE - DF - BRASIL SERVIDOR PÚBLICO Abuso de poder por vacinas 11 ESTADO DE MINAS - MG - COVID-19 SERVIDOR PÚBLICO Imunização a "conta-gotas" 12 FOLHA DE S. PAULO - SP - MERCADO SERVIDOR PÚBLICO Servidor vai receber R$ 500 milhões em progressões em 2021 14 CORREIO BRAZILIENSE - DF - OPINIÃO SERVIDOR PÚBLICO A vergonha dos fura-filas - ROBERTO FONSECA 16 JORNAL DA CIDADE - SE - POLÍTICA/OPINIÃO CONGRESSO EM FOCO Centrão já aceita debater pedido de impeachment 17 JORNAL DA CIDADE - SE - POLÍTICA/OPINIÃO CONGRESSO EM FOCO Congresso recebe 62 pedidos de impeachment 18 JORNAL DA CIDADE - SE - POLÍTICA CONGRESSO EM FOCO Jurista vê crime de responsabilidade 19 JORNAL DA CIDADE - SE - POLÍTICA/OPINIÃO CONGRESSO EM FOCO Bancada do DEM está dividida 20 CORREIO BRAZILIENSE - DF - POLÍTICA REFORMA TRIBUTÁRIA Esquenta a disputa no Congresso - NAS ENTRELINHAS 21 Sexta-Feira, 22 de Janeiro de 2021 1

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SumárioNúmero de notícias: 26 | Número de veículos: 19 VALOR ECONÔMICO - SP - BRASILRECEITA FEDERAL DO BRASIL

Brasil estará na frente da fila de insumo, indica Pequim 3 O POPULAR - GO - ECONOMIARECEITA FEDERAL DO BRASIL

Taxas devem diminuir quase 20% com troca de indexador 5 AGORA - SP - GRANASEGURIDADE SOCIAL

Maioria dos pedidos na fila depende do INSS para a análise 7 AGORA - SP - GRANASEGURIDADE SOCIAL

Procon multa banco C6 por empréstimo do INSS 8 O DIA - RJ - ECONOMIASEGURIDADE SOCIAL

Militares inativos e pensionistas: prova de vida segue suspensa 9 PORTAL TERRA - NOTÍCIASSEGURIDADE SOCIAL

Coronavírus levou quase 40 mil a pedir auxílio-doença 10 CORREIO BRAZILIENSE - DF - BRASILSERVIDOR PÚBLICO

Abuso de poder por vacinas 11 ESTADO DE MINAS - MG - COVID-19SERVIDOR PÚBLICO

Imunização a "conta-gotas" 12 FOLHA DE S. PAULO - SP - MERCADOSERVIDOR PÚBLICO

Servidor vai receber R$ 500 milhões em progressões em 2021 14 CORREIO BRAZILIENSE - DF - OPINIÃOSERVIDOR PÚBLICO

A vergonha dos fura-filas - ROBERTO FONSECA 16 JORNAL DA CIDADE - SE - POLÍTICA/OPINIÃOCONGRESSO EM FOCO

Centrão já aceita debater pedido de impeachment 17 JORNAL DA CIDADE - SE - POLÍTICA/OPINIÃOCONGRESSO EM FOCO

Congresso recebe 62 pedidos de impeachment 18 JORNAL DA CIDADE - SE - POLÍTICACONGRESSO EM FOCO

Jurista vê crime de responsabilidade 19 JORNAL DA CIDADE - SE - POLÍTICA/OPINIÃOCONGRESSO EM FOCO

Bancada do DEM está dividida 20 CORREIO BRAZILIENSE - DF - POLÍTICAREFORMA TRIBUTÁRIA

Esquenta a disputa no Congresso - NAS ENTRELINHAS 21

Sexta-Feira, 22 de Janeiro de 2021

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O ESTADO DE S. PAULO - SP - POLÍTICAREFORMA TRIBUTÁRIA

"Teto de gastos não pode ficar intocado", afirma Pacheco 22 O ESTADO DE S. PAULO - SP - ECONOMIA E NEGÓCIOSREFORMA TRIBUTÁRIA

Tributária deve sair este ano, diz Bolsonaro 25 O GLOBO - RJ - ECONOMIAREFORMA TRIBUTÁRIA

Arminio: "País arrumado" não tiraria ajuda de uma vez 26 VALOR ECONÔMICO - SP - BRASILREFORMA TRIBUTÁRIA

Em live, Bolsonaro proíbe resposta de Araújo sobre Biden 27 A TARDE - BA - OPINIÃOREFORMA TRIBUTÁRIA

Saída da Ford do Brasil: carga tributária ou guerra fiscal além das fronteiras? (2) 28 ALÔ BRASÍLIA - DF - CIDADESREFORMA TRIBUTÁRIA

Especialistas discutem tributação 29 JORNAL DA CIDADE - SE - POLÍTICAREFORMA TRIBUTÁRIA

Pandemia atrasou reforma tributária 30 JORNAL DE BRASÍLIA - DF - ECONOMIATRIBUTOS - CONTRIBUIÇÕES E IMPOSTOS

Governo pode ser obrigado a recorrer a novos auxílios 31 VALOR ECONÔMICO - SP - PRIMEIRA PÁGINATRIBUTOS - CONTRIBUIÇÕES E IMPOSTOS

Fisco já pode pedir falência de empresa em dificuldade 33 VALOR ECONÔMICO - SP - BRASILECONOMIA

Atividade subiu 1,1% em novembro, diz FGV 34 VALOR ECONÔMICO - SP - OPINIÃOECONOMIA

A reforma administrativa, para além das despesas (2) 35

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Brasil estará na frente da fila de insumo,indica Pequim

VALOR ECONÔMICO / SP - BRASIL - pág.: A03. Sex, 22 de Janeiro de 2021RECEITA FEDERAL DO BRASIL

Daniel Rittner e Fabio Murakawa De Brasília

O governo Jair Bolsonaro ouviu de autoridadeschinesas em Pequim que "parceiros estratégicos",como o Brasil, passarão na frente de outros países nalista de envio de insumos para a produção de vacinascontra a covid-19. Ontem, a Embaixada da China emBrasília divulgou nota em que se compromete a fazer"máximos esforços" para conseguir viabilizar essasexportações para o Brasil.

A sinal ização sobre os insumos foi dada aoembaixador do Brasil na China, Paulo Estivallet, peloministro de Negócios Estrangeiros do país, Wang Yi.Estivallet teve a oportunidade de conversar com Wangapós contato com o chefe do Departamento deAmérica Latina e Caribe do ministério, Zhao Bentang,normalmente o interlocutor máximo da chancelariachinesa com a comunidade diplomática latino-americana em Pequim.

Os chineses relataram, segundo um auxiliar dopresidente, que o atraso no envio dos imunizantes éuma questão técnica, e não política, apesar dodesgaste provocado por ataques do presidente JairBolsonaro e do chanceler Ernesto Araújo. Diante dosape los para ace lerar o fo rnec imento , e lesresponderam que há uma fila de países a serematendidos, mas que "parceiros estratégicos como oBrasil" estarão na frente da fila, disse esse auxiliar.

Apesar da suposta garantia de boa vontade da China,conforme os relatos, há uma preocupação no governobrasileiro com o "timing" para equacionar o impasse. Oque entrou no radar dos negociadores em Brasília é aproximidade do Ano Novo chinês, no dia 12 defevereiro, quando o país praticamente para por umasemana - é o maior feriado nacional.

O temor é menos com eventuais paralisações nafabricação dos imunizantes por causa do feriado doque uma demora adicional para fazer contatos oficiais,obter licenças com a burocracia chinesa, providenciarsoluções logísticas.

Nesses dias costuma haver uma desmobilização geralem empresas e no próprio governo em Pequim.Qualquer pendência fica mais difícil de resolver.

Os auxiliares presidenciais atribuem à pesada

burocracia chinesa, além da falta de produção emescala suficiente para atender todos os países, ademora no envio dos insumos.

"Também foi indicado que a exportação de insumospara vacinas a partir da China está condicionada àaprovação do Grupo de Prevenção e ControleConjunto do Conselho de Estado, com procedimentoaparentemente novo e pouco claro para as diversasagências com as quais a embaixada conversou", dizum telegrama diplomático escrito por Estivallet,conforme reprodução de uma fonte ouvida pelo Valor.

A embaixada em Pequim conversou ainda comrepresentantes do Ministério do Comércio, daComissão Nacional de Saúde (equivalente ao nossoMinistério da Saúde) e da GAAC (correspondente àReceita Federal).

A sinalização dos chineses ocorre no momento emque o país está carente de insumos para a fabricaçãon o p a í s d a C o r o n a v a c e d a v a c i n aAstraZeneca/Oxford. O Instituto Butantan e aFundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) possuem,respectivamente, convênios de transferência detecnologia para fazer os imunizantes em solobrasileiro.

No comunicado divulgado ontem, a embaixada daChina em Brasília afirma que "a parte chinesa temsempre apo iado e con t inuará apo iando ofortalecimento de cooperação na área de vacinas entreas empresas e instituições dos dois países".

"Em relação à exportação ao Brasil de insumos devacinas, a Embaixada da China no Brasil tem mantidocontatos com a parte brasileira e fará máximosesforços para conseguir avanços sob a premissa degarantir a saúde e segurança", informou a nota.

Ontem, em live nas redes sociais, Bolsonaro negouhaver problemas no relacionamento com a China. Aolado de Araújo, ele também desmentiu estar sofrendopressões dos asiáticos para substituir o auxiliar. Eafirmou que os chineses precisam do Brasil paracomer.

"Quem demite ministro sou eu. Ninguém procurou nemousaria procurar", disse. "O Brasil precisa da China,mas a China também precisa da gente. [...] A relação

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VALOR ECONÔMICO / SP - BRASIL - pág.: A03. Sex, 22 de Janeiro de 2021RECEITA FEDERAL DO BRASIL

de um país com o outro tem interesse, não tem amor."

Site:

https://www.valor.com.br/virador/?valor_pro=1#/edition/1

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Taxas devem diminuir quase 20% com trocade indexador

O POPULAR / GO - ECONOMIA - pág.: 10. Sex, 22 de Janeiro de 2021RECEITA FEDERAL DO BRASIL

Karla Jaime

A Assembleia Legislativa deve apreciar na próximasemana projeto de lei enviado pelo governadorRonaldo Caiado (DEM) na quarta-feira (20), quepropõe, em caráter excepcional e com vigência noexercício de 2021, a adoção do Índice de Preços aoConsumidor Amplo (IPCA) em substituição ao ÍndiceGeral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), naatualização monetária das taxas e multas de serviçoestadual e do Judiciário.

A mudança do IGP-DI, da Fundação Getúlio Vargas(FGV), previsto em 23,08%, para o IPCA, de 4,52%,conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística (IBGE), vai representardiferença de quase 20% a menos no valor das taxaspagas pelo cidadão. Dentre elas, taxas para emissãoda primeira e segunda vias da Carteira de Identidade,autorização para confecção de placas veiculares,expedição e renovação de CNH, Licenciamento Anualde Veículos e transferência de propriedade deveículos.

Em relação às taxas judiciárias, são cobradas em casode escritura pública, procuração, testamento, dentreoutras. Outros serviços bastante solicitados e queexigem a cobrança de taxas são as vistoriasrealizadas pelo Corpo de Bombeiro Mil itar.

Dois exemplos mostram a economia que a mudançade indexador significará para o contribuinte. Narenovação de CNH, com atualização de 23,08% peloIGP-DI, o custo passaria de R$ 153,70 para R$189,17; já pelo IPCA, de 4,52%, o valor fica em R$160,65, uma diferença de R$ 28,52. A mesmacomparação no caso da 2ª via de identidade, hoje emR$ 33,32, resultaria em R$ 41,01 e R$ 34,83,conforme os respectivos índices, uma diferença de R$6,18.

A justificativa do governo para apresentar o projeto é oagravamento da crise devido à pandemia do novocoranavírus. Segundo a proposta enviada pelaSecretaria de Estado da Economia ao governador, oobjetivo é amenizar o impacto decorrente daatualização de valores de taxas e multas.

"Essa é exatamente a postura de um governo que temque ter responsabilidade e, ao mesmo tempo,

compromisso com a condição econômica e social dapopulação", diz Caiado.

Rápida tramitação

Líder do governo na Assembleia, o deputado BrunoPeixoto (MDB) explica que é necessária rapidez natramitação do projeto porque as atualizações ocorremem 1º de fevereiro, "por isso tem de ser votado já napróxima semana". Na segunda (25), o projeto deve serapreciado pela Comissão Mista.

Como se trata apenas de mudança de indexador parajuros e correção monetária, que não integramdispensa de receita, não é preciso ter previsãoorçamentária, esclarece o deputado. "É obrigado a terum índice, mas quando substituo por um maisbenéfico, não há renúncia de receita."

Na avaliação do líder do governo, como "o Estado nãoé instituição financeira que sobrevive de juros" e osindexadores, em especial o IGP-DI, subiram demaneira muito significativa em 2020, é importantemudar para evitar valor exorbitante na correçãomonetária e nas multas".

O governo federal também deveria adotar essamedida", observa o emedebista.

NEGOCIOS

Governo vai baixar tom contra Huawei

no 5G O governo Jair Bolsonaro-vai adotar um tommais amigável em relação à participação da chinesaHuawei na tecnologia 5G. A intenção é agilizar aimportação da China de insumos para vacinas contra aCovid-19.

Os imunizantes serão produzidos no Brasil peloInstituto Butantan, em parceria com a farmacêuticachinesa Sino-vac, e pela Fiocruz (Fundação OswaldoCruz), em acordo com a Universidade de Oxford e olaboratório AstraZeneca.

Nos dois casos, os insumos sairão da China, comquem o governo Bolsonaro mantém uma relaçãoconflituosa. A entrega dos produtos está atrasa -da etem afetado o cronogra-ma de produção das vacinasno país.

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O POPULAR / GO - ECONOMIA - pág.: 10. Sex, 22 de Janeiro de 2021RECEITA FEDERAL DO BRASIL

A China é hoje o maior parceiro comercial do Brasil.Porém, o país asiático é atacado pela ala ideológicado governo alinhamento com o ex-presidente dos EUADonald Trump. Joe Biden assumiu nesta quarta (20) aCasa Branca.

A Huawei se tomou um dos alvos na gestãoBolsonaro. Agigante chinesa tem pleiteado serfornecedora de equipamentos para as futuras redes detecnologia 5G no Brasil.

Assessores no Palácio do Planalto afirmam que, porenquanto, o governo vai baixar o tom dos ataques,embora haja desconforto no embate travado via redessociais entre o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP)e o embaixador Yang Wanming.

Durante essa trégua, a Anatel (Agência Nacional deTelecomunicações) deverá decidir as regras do leilãodo 5G. O certame será o maior da história pelo volumede licenças e está previsto para o fi m de junho.

Ao mesmo tempo, o minis tro das Comunicações,Fábio Faria, concluirá uma visita a todos osfornecedores globais de equipamentos. Definição dasregras e viagem do ministro devem ocorrer em duassemanas.

Embora somente as operadoras participem do leilão,elas terão de contratar a compra de equipamentospara montar as redes 5G. A Huawei é hoje a líder emcontratos com os países que lançaram o novo serviço.

A viagem oficial do ministro deverá passar pelaFinlândia (sede da Nokia), Suécia (E-riesson). Coréiado Sul (Samsung) e China (Huawei e ZTE). Fariadeverá conversar com todos os presidentes globaisdessas empresas antes de decidir se haverá motivospara algum tipode restrição à Huawei.

O ministro também quer saber, ainda segundoassessores, se haverá condições de fornecimento deequipamentos pelos concorrentes caso a Huawei saiado jogo.

Até o momento, não há qualquer evidência de que osequipamentos da gigante chinesa firam as regras desegurança cibernética definidas pela legislaçãobrasileira.

As operadoras já disseram ao ministro que a Huaweiestá há mais de duas décadas no país. Hoje, aparticipação da chinesa nas redes é de 45% emumadasteles.

Executivos disseram ainda que a Huawei forneceequipamentos para a Receita Federal, Caixa

Econômica Federal e Banco do Brasil. Eles destacamque nunca houve um úni -co caso de roubo de dadosou ataque cibernético. Embora pareça que as telesdefendam a Huawei, no fundo as operadoras queremproteger o legado das redes já instaladas. (FP)

Site: https://www.opopular.com.br/digital/22-janeiro-

2021/1o-caderno

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Maioria dos pedidos na fila depende do INSSpara a análise

AGORA / SP - GRANA - pág.: A07. Sex, 22 de Janeiro de 2021SEGURIDADE SOCIAL

Desde setembro de 2020, o número de pedidos debenefícios à espera de análise do INSS é maior doque os que dependem de o segurado entregardocumentos complementares. Em novembro, dos1.920.221 requerimentos em análise, 1.250.897aguardavam o INSS. Os dados são do BoletimEstatístico da Previdência Social mais recente.

Segundo os advogados Adriane Bramante e RômuloSaraiva, os processos parados ainda não foramanalisados e podem entrar na fila do cumprimento deexigências.

Mais de 1,2 milhão de pedidos aguardavam umaresposta há mais de 45 dias em novembro, prazoestipulado pela legislação.

Segundo o relatório, o tempo médio de concessão deum benefício previdenciário foi de 66 dias.

Quem está na fila há mais de 45 dias pode reclamarda demora à ouvidoria do INSS, que tem 30 dias paradar uma resposta ao segurado. Outra opção é recorrerà Justiça, por meio de advogado, e pedir um mandadode segurança para a implantação imediata dobenefício.

No TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região),responsável por processos de São Paulo e MatoGrosso do Sul, foram distribuídos 10.380 processosprevidenciários em 2020.

Embora a maioria dos pedidos dependa do INSS paraserem concedidos ou indeferidos, 669.324 estãoesperando o segurado enviar algum documentocomplementar e milhares ainda podem parar nessanova fila após a análise inicial.

O trabalhador à espera do benefício deve ficar atentoe se preparar parar ter documentos comprobatórios àmão caso seja chamado para cumprir exigência.

O cumprimento de exigências é informado aosegurado por meio de carta, email e pelo Meu INSS(aplicativo ou site meu.inss.gov. br). Se perder o prazoda entrega dos documentos solicitados, o trabalhadorterá o pedido extinto.

Site: https://www.pressreader.com/brazil/agora

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Procon multa banco C6 por empréstimo doINSS

AGORA / SP - GRANA - pág.: A07. Sex, 22 de Janeiro de 2021SEGURIDADE SOCIAL

O Procon-sp multou o banco C6 em R$ 7,1 milhõespor prática abusiva e outras infrações ao Código deDefesa do Consumidor.

A penalidade vem depois de o Procon ter notificado obanco, em outubro, para pedir explicações sobre asuposta liberação de empréstimos consignados nãosolicitados. Segundo o órgão afirmou na época, foramregistradas 149 reclamações sobre o C6 só emsetembro.

A instituição foi punida por dificultar ou impedir ocancelamento de contratos e a devolução dos valores.O procedimento é previsto pela legislação e pode serfeito pela internet ou telefone dentro do prazo dearrependimento, de sete dias.

Procurado, o banco disse não ter sido notificado sobrea multa.

Clientes do C6 relataram ao Agora terem sido vítimasde golpe envolvendo consignados do INSS, no qual éfeito o empréstimo em seu nome sem autorização. Avantagem pretendida pelo estelionatário é recebercomissões e remunerações.

Em outubro, o C6 disse ao Procon que as queixas aoórgão seriam de clientes do Banco Fricsa, adquiridopela instituição para atuar no ramo de consignados.

Depois da notificação, a Senacon (Secretaria Nacionaldo Consumidor) determinou a paralisação dasoperações de consignado do C6, mas a decisão valeuaté 31 de dezembro de 2020.

Ainda segundo o Procon, o C6 também não teriaprestado todas as explicações solicitadas, por nãoesclarecer se a devolução da cobrança indevida seriafeita com o dobro do valor.

"A empresa aproveitou-se da idade e do fato de osconsumidores serem titulares de aposentadoria epensão, usou os dados das pessoas sem o devidoconsentimento e transferiu aos consumidores o ônusde comprovar que os contratos não eram válidos", dizo órgão, por meio de nota.

O C6 disse que desde outubro estabeleceu linha diretade contato com o Procon-sp e que representantes dobanco chegaram a se reunir com o órgão.

A penalidade será aplicada por meio de processoadministrativo e a empresa tem direito à defesa.(Folha)

Site: https://www.pressreader.com/brazil/agora

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Militares inativos e pensionistas: prova devida segue suspensa

O DIA / RJ - ECONOMIA - pág.: 09. Sex, 22 de Janeiro de 2021SEGURIDADE SOCIAL

Foi publicada no Diário Oficial da União de quarta-feirauma portaria do Ministério da Defesa que prorroga asuspensão, até 30 de junho, da prova de vida anual demilitares inativos, pensionistas de militares, militaresanistiados políticos e dependentes habilitados. Aportaria também assegura que está proibido obloqueio dos cré - ditos relativos a proventos deinatividade e pensões, por falta de realização da com -provação de vida, que volta - rá a acontecer a partir dodia 1º de julho.

Por conta da pandemia, a medida também foi adota -da em março passado, sendo prorrogada desde então.Em nota, a pasta informou que "a determinação visaestabelecer medidas de proteção no âmbito doMinistério da Defesa e dos Comandos das ForçasSingulares para enfrentamento da emergência desaúde pública de importância internacional decorrentedo coronavírus (covid-19)".

INSS Aposentados e pensionistas do Instituto Nacionaldo Seguro Social (INSS), que não fizeram a prova devida entre março de 2020 e fevereiro deste anotambém não terão seus benefícios bloqueados. APortaria 1.266, publicada no Diário Oficial da União(DOU), na quarta-feira, prorroga a interrupção dobloqueio de pagamentos de benefícios até o fim demarço.

Essa prorrogação vale para os beneficiários residentesno Brasil e no exterior. De acordo com a portaria, arotina e obrigações contratuais estabelecidas entre oINSS e a rede bancária que paga os benefíciospermanecem e a comprovação da prova de vidadeverá ser realizada normalmente pelos bancos.

Em situações normais, a prova de vida é feita pelosegurado anualmente para comprovar que ele estávivo e garantir que o benefício continue sendo pago.

Site: https://flip.odia.com.br/edicao/impressa/8486/22-01-

2021.html

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Coronavírus levou quase 40 mil a pedirauxílio-doença

PORTAL TERRA - NOTÍCIAS. Sex, 22 de Janeiro de 2021SEGURIDADE SOCIAL

Eduardo Rodrigues

Quase 40 mil trabalhadores formais precisaram seausentar por mais de 15 dias do serviço por causa dosefeitos mais graves da covid-19 em 2020. De acordocom a Secretaria de Previdência e Trabalho doMinistério da Economia, 39.532 pessoas receberam oauxílio-doença entre abril e dezembro do ano passado.

Os meses de julho e agosto registraram o maiorvolume de trabalhadores que precisaram receber obenef íc io do INSS após contraírem o novocoronavírus, com 8.415 e 7.131 respectivamente. Nomês passado, foram 3.064 entradas no auxílio-doençapor causa da covid-19.

Os cerca de 40 mil trabalhadores que receberam oauxílio no ano passado são apenas uma fraçãodaqueles afetados pela doença, que causou 194.949óbitos e infectou mais de 7,6 milhões de pessoas noBrasil em 2020. Isso porque a conta mostra apenas osfuncionários afastados do serviço por mais de 15 dias.Mas, por se tratar de um vírus de rápida propagação, arecomendação é o afastamento de todos ostrabalhadores, mesmo daqueles com um quadro levede sintomas, por pelo menos 14 dias.

O Ministério da Economia ainda não tem os dadosatualizados de todos os pedidos de auxílio-doença em2020 (faltam os números de dezembro), mas épossível verificar também uma redução nos pedidosrelacionados a acidentes de trabalho, em decorrênciado aumento do home office, na comparação com osmesmos meses de 2019.

Têm direito ao benefício os trabalhadores com carteiraassinada que estejam incapacitados de realizar oserviço habitual por mais de 15 dias consecutivos. Ovalor mensal do auxílio-doença é de 91% do chamadosalár io de benefíc io - que ser ia o valor daaposentadoria do trabalhador, calculado pela médiados melhores salários com os quais ele já contribuiupara o INSS.

Como o auxílio-doença começa a ser pago pelo INSSa partir do 16.º dia de afastamento, caberia àsempresas bancarem o salário integral dos funcionáriosnas primeiras duas semanas de afastamento porcovid-19. No entanto, a lei que criou o auxílioemergencial em abr i l autor izou as f i rmas a

descontarem esses valores da contribuição mensal aoINSS, aliviando um pouco esse custo ao setorprodutivo.

Com o fim do decreto de calamidade em 31 dedezembro, porém, as empresas voltam a ter de arcarcom o custo integral dos trabalhadores afastados porcovid-19 nos primeiros 15 dias.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo .

Site:

https://www.terra.com.br/noticias/coronavirus/coronavir

us-levou-quase-40-mil-a-pedir-auxilio-

doenca,e6d463ac3d11e7a1f13ce8312a586b77vq4i6cf4.ht

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Abuso de poder por vacinas

CORREIO BRAZILIENSE / DF - BRASIL - pág.: A05. Sex, 22 de Janeiro de 2021SERVIDOR PÚBLICO

Fabio Grecchi

O ditado "farinha pouca meu pirão primeiro" estásendo praticado em pelo menos sete estados, nestecomeço de campanha de vacinação contra a covid-19.As escassas doses da CoronaVac que distribuídas, eque deveriam imunizar pessoas que fazem parte dogrupo prioritário, estão sendo aplicadas em gente quenão tem pruridos em furar a fila e que não pertence aoperfil que teria de ser atendido primeiramente. Osministérios públicos estaduais e federal estãoapurando oito episódios de oportunismo, sobretudo,porque estão registrados pelos próprios furadores defila nas redes sociais.

O primeiro caso a vir à tona foi em Manaus,exatamente onde existe uma crise de leitos e deoxigênio na rede pública de saúde, que causou, diasatrás, várias mortes por asfixia e obrigou a prefeiturado município e o governo do estado a repassarempacientes de covid-19 para outras unidades daFederação. Recém-formados em medicina, DavidDallas, filho do deputado estadual Wanderley Dallas(Solidariedade), e as gêmeas Gabrielle e Isabelle KirkLins, filhas de um empresário local, fizeram questão depublicar que estavam recebendo a CoronaVac. Dasirmãs, uma foi nomeada pela prefeitura na véspera,enquanto os outros dois foram contratados no dia davacinação. Por conta disso, a prefeitura suspendeu acampanha de imunização a pretexto de uma"reformulação" - forçada pelo Tribunal de Contas doEstado, que havia alertado para episódios de gentefurando fila. Um claro abuso de poder.

Na Paraíba, o Ministério Público Federal (MPF)investiga se o prefeito de Pombal, o médico obstetraAbmael de Sousa Lacerda (MDB), o Dr. Verissinho,furou a fila, pois foi a primeira pessoa a tomar a vacinana cidade e não faz parte dos grupos prioritários. Eletem 66 anos e registrou a imunização em vídeo.

Em Juazeiro do Norte (CE), o vice-prefeito GiovanniSampaio também foi agraciado com uma dose daCoronaVac. Ele também é médico obstetra e oMinistério Público do Ceará diz que instaurou notíciade fato para apurar "suposta violação das regras devacinação por um agente público municipal".

O mesmo se repetiu em Jupi (PE). A secretária deSaúde, Maria Nadir Ferro, e um fotógrafo da prefeitura,conhecido como Guilherme JG, tomaram a vacina eentraram na frente do grupo prioritário. Os dois foramafastados dos seus cargos, pois o município recebeu

apenas 136 doses da CoronaVac. Em Alagoas, o MPconvocou o youtuber Carlinhos Maia para prestardepoimento. Ele disse que recusou uma oferta parafurar fila na vacinação.

No vizinho Sergipe, na cidade de Itabi, o prefeitoJúnior de Amintas (DEM), 46 anos, também se sentiuautorizado a furar a fila a pretexto de "incentivar apopulação a se vacinar". Na Bahia, Reginaldo Prado(PSD), prefeito de Candiba, também se imunizou egarantiu para ele uma das 100 doses repassadas àcidade.

Em Natal, o Ministério Público do Rio Grande do Norteapura denúncias de que funcionários comissionadosda prefeitura, que não fazem parte do grupo prioritário,foram imunizados. A denúncia partiu do Sindicato dosServidores Públicos do Município de Natal e apontapara servidores da Secretaria Municipal de AssistênciaSocial.

E, no Pará, o diretor administrativo do HospitalMunicipal de Castanhal, Laureno Lemos, 38, foidemitido após ser acusado de furar a fi la daCoronaVac. Ele cedeu a primazia da imunização paraNivalda Pestana, 58, que trabalha há quase 20 anosna lavanderia do hospital e está na linha de frente dacovid-19, mas garantiu a segunda dose a ser aplicada.

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Imunização a "conta-gotas"

ESTADO DE MINAS / MG - COVID-19 - pág.: 03. Sex, 22 de Janeiro de 2021SERVIDOR PÚBLICO

Roger Dias

Depois de superar a ansiedade pela aprovação daCoronaVac, fruto de parceria do laboratório chinêsSinovac com o Instituto Butantan, o Brasil viverá novador de cabeça agora pela falta de doses suficientespara consolidar a imunização contra o coronavírus doprimeiro grupo prioritário determinado em dezembropelo Plano Nacional de Imunização. Em todo oterritório nacional, há até o momento apenas 10,8milhões de vacinas para serem aplicadas nessaprimeira etapa em profissionais de saúde, idososacima de 75 anos, pessoas com mais de 60 anos emcasas de repousos, asilos ou abrigos e populaçãoindígena em aldeias.

Do lote, 4.8 milhões ainda precisam de aprovação daAgência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Emoutra frente, haverá ainda a chegada de 2 milhões dedoses da vacina AstraZeneca/Oxford - principal apostado governo Bolsonaro para iniciar a imunização nopaís -. que devem desembarcar no aeroporto deGuarulhos hoje à noite, vindo da índia. Com o reforçode imunizantes, o governo federal espera agilizar oprocesso e evitar um caos que foi gerado justamentepela falta de planejamento do Ministério da Saúde.

Mesmo com a garantia de que o Brasil teria 300milhões de doses em 2021, o governo esbarratambém na falta de insumos produzidos na China paraconcluir mais uma compra de lotes da CoronaVac. Anegociação de nova remessa de 5,4 mil litros desubstâncias renderia pelo menos mais de 5,5 milhõesde doses dos Imunizantes vindos da Ásia.

O epidemiologista e professor da U ni versidade deSão Paulo (USP) Paulo Lotufo, vê novas dificuldadesque vão surgir aos poucos, como o aumento dospreços dos imunizantes em virtude da alta procura:"Estamos em situação péssima. Se tivéssemosantecipado (a compra), te-ríamos uma quantidademaior de vacinas utilizadas. Quem tem condição depagar isso é o governo federal. Quando a Sinovacestava sendo testada, o valor era mais barato, assimcomo a AstraZeneca e as demais. No momento queaquilo se torna testado, todos vão querer".

De acordo com o Ministério da Saúde, o paísprecisaria de pelo menos 14,8 milhões de vacinas paraconcluir a vacinação do primeiro grupo prioritário. Coma necessidade da segunda dose contra a COVID-19, ogoverno precisaria garantir, no mínimo, o dobro. Apasta não trabalha com prazo para terminara primeira

etapa. O plano total vai durar 16 meses, dependendonecessariamente da oferta de vacinas no mercado ede profissionais de saúde disponíveis para a aplicaçãodas doses. O Brasil prevê in vestimento de RS 1,6bilhão para a compra de mais 60 milhões deimunizantes por meio do convênio Covax Facility, daOrganização Mundial de Saúde, mas a previsão dechegada é somente no segundo semestre.

Na visão de Lotufo, o atraso na compra das vacinas sedeve à postura do governo, que se envolveu emdisputa política em meio à situação de emergência dapandemia: "O governo negou a pandemia, foi contra avacinação e não preparou nada, não fez compras eatacou quem estava fazendo. Atacou o InstitutoButantan e depois falou que quem a tomasse virariajacaré. Então, o que está tendo até agora é tudo o quefoi feito pelo estado de São Paulo. Toda a culpa é dogoverno federal".

A professora e microbiologista Giliane Trindade, doInstituto de Ciências Biológicas da UniversidadeFederal de Minas Gerais (UFMG), entende que faltouparticipação mais efetiva dos especialistas em saúdeno planejamento da vacinação contra a CO-VID-19 noBrasil: "Temos um imbróglio político e não finalizamoso aporte da quantidade de vacinas ideal. De maneirageral, faltou planejamento eficiente. Quando o governocritica a vacina pela origem do país, isso é inaceitável.Imagina se o Brasil, que tem tradição em produção edistribuição de vacinas, fosse desprezado? Oprocesso já começa mal. porque não foi pautado pelaciência ou pela discussão com os infectologistas esanitaristas, aqueles que poderiam assessorar".

CRONOGRAMA

A falta de informações mais concretas levou o ministrodo Supremo Tribunal Federal (STF), RicardoLewandowski, a pedir na segunda-feira que oMinistério da Saúde apresente cronograma para avacinação. O STF já havia exigido no mês passadoque o governo divulgasse o Plano Nacional deImunização diante do aumento de casos e mortes nopaís. Segundo o MS. a segunda e terceira etapas davacinação atingiriam em torno de 34,5 milhões depessoas, incluindo idosos de 60 a 74 anos e pessoascom morbidades.

A necessidade de aplicar a segunda dose é umadificuldade a mais, já que existe prazo em torno detrês semanas após a aplicação da primeira, o queexigem mais doses de forma imediata. "Tem de haver

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ESTADO DE MINAS / MG - COVID-19 - pág.: 03. Sex, 22 de Janeiro de 2021SERVIDOR PÚBLICO

cuidado com as vacinas de vírus inativado ou aquelasque são construções vias tecnológicas, pois elassempre demandam reforço, pois é preciso estimularainda mais o sistema imune. A pessoa corre o risco denão ter sido imunizado corretamente", afirma GilianeTrindade.

MP APURA FURA-FILA

O Ministério Público Federal vai investigar se a fila davacinação foi furada em 11 estados e no DistritoFederal por políticos, empresários e servidorespúblicos. Em Manaus, a vacinação de profissionaisda saúde foi suspensa. Segundo o MP, a decisão foimotivada pela falta de transparência na vacinação eapós denúncias de que doses da vacina estavamsendo desviadas para pessoas fora do grupoprioritário. A suspensão da campanha foi definidapelas secretarias de Saúde de Manaus e doAmazonas, após reunião na quarta-feira com MP eDefensoria Pública. A vacinação de duas médicasgerou revolta na população, que as acusa de furar fila.As irmãs Isabelle Kirk Maddy Lins e Cabrielle KirkMaddy Lins foram vacinadas na terça-feira emManaus. A vacinação das médicas gerou críticas nasredes sociais por elas serem ricas e pelo fato de oprefeito não dar prioridade a profissionais de saúdeque trabalham nos hospitais colapsados com a crise eregistro de mortes de pacientes por falta de oxigênio,em Manaus.

Site:

https://digital.em.com.br/estadodeminas/22/01/2021/p1

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Servidor vai receber R$ 500 milhões emprogressões em 2021

FOLHA DE S. PAULO / SP - MERCADO - pág.: A15. Sex, 22 de Janeiro de 2021SERVIDOR PÚBLICO

Thiago Resende e Bernardo Caram - brasília

Enquanto busca recursos para bancar programassociais e o enfrentamento à pandemia, o governofederal já reservou uma conta adicional de R$ 500milhões em 2021 para o pagamento de progressõesde carreira de servidores públicos.

A maior parte tem caráter automático e é concedidasem nenhuma avaliação de desempenho ou mérito.

Neste ano, serão aproximadamente 170 mi lbeneficiados. Isso significa que um a cada quatroservidores do Executivo federal receberá algum tipo depromoção ou progressão de carreira.

O número mostra apenas uma fatia do custo total aoscofres públicos, já que as progressões também sãocomuns nos Poderes Judiciário e Legislativo, bemcomo nos estados e nos municípios.

O custo, portanto, é mais elevado se foremconsiderados o avanço na carreira para os demaisPoderes e entes da Federação.

O Ministério da Economia tenta impedir essesaumentos salariais quase que auto máticos para novosservidores. Porém, a proposta que trata do assuntonão deu sinal de avanço no Congresso.

A PEC (proposta de emenda à Constituição) dareforma administrativa foi enviada pelo governo àCâmara em setembro do ano passado, mas seguesem previsão de análise.

O texto proíbe progressões automáticas de carreira,como as gratificações por tempo de serviço. A normavalerá apenas para novos servidores, preservandotodos aqueles que estiverem na ativa no momento daaprovação da medida.

Além disso, na segunda fase da reforma, o governopretende regulamentar a avaliação de desempenho. Oobjetivo é estabelecer regras e critérios de análise demérito para que os senadores sejam promovidos.

Desde o início da gestão Jair Bolsonaro, o ministroPaulo Guedes (Economia) adotou uma política deenxugamento da máquina pública.

Mesmo sem aprovação de reforma, o governoderrubou as taxas de reposição de servidores que seaposentam. Ou seja, são convocados menosservidores do que aqueles que entram em inatividade.

Em 2020, para cada 100 pessoas que deixaram aativa no serviço público federal, o governo contratouapenas 26. O índice é o menor dos últimos anos.

Com o enxugamento, o quadro de servidores federaisretraiu para o menor patamar em anos. Pela primeiravez desde 2012, o número de profissionais ativos ficouabaixo de 600 mil -está agora em 599,8 mil.

Em uma vitória de Guedes, o governo tambémconseguiu congelar o salário de servidores da União,estados e municípios até o fim deste ano. A medida foiincluída no pacote de ajuda aos estados durante apandemia.

Diante da crise causada pela pandemia da Covid-19,que reduziu a renda de milhões de trabalhadores dainiciativa privada e deixou cerca de 5 milhõesdesempregados entre abril e outubro, Guedes propôsao Congresso que os salários dos servidorespúblicos federais, estaduais e municipais fossemcongelados, assim como as progressões e promoçõesnas carreiras.

Por pressão política, o Congresso deixou a brechapara que a ascensão nas carreiras ainda fossepermitida. O lobby do funcionalismo é um dos maisfortes entre deputados e senadores.

Apesar dos salários congelados, as progressõesau tomá t i cas con t i nuam a se r conced idasnormalmente. O Ministério da Economia argumentaque os benefícios estão previstos em leis específicas enão podem ser eliminados.

O presidente do Fonacate (Fórum NacionalPermanente das Carreiras Típicas de Estado), RudineiMarques, afirma que nem todo servidor progride nacarreira automaticamente. Segundo ele, a categoriaestá aberta a discutir aprimoramentos nos sistemas deavaliação.

"O grosso do serviço público tem progressões portempo de serviço, mas tem progressão por mérito, osservidores são submetidos a avaliações. Não somos

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FOLHA DE S. PAULO / SP - MERCADO - pág.: A15. Sex, 22 de Janeiro de 2021SERVIDOR PÚBLICO

contra o aprimoramento dessas regras, queremosdiscuti-las", disse.

A alta de despesas como as de progressões pressionao teto de gastos, que já apresenta r isco derompimento. A regra limita o crescimento dasdespesas do governo à variação da inflação.

O gasto com pessoal para 2021 deve ficar próximo deR$ 320 bilhões, segundo dados do projeto deOrçamento. A proposta ainda não foi aprovada peloCongresso.

Apesar de proporcionalmente baixo, o aumento dadespesa por causa das progressões e promoções deservidores acaba tendo impacto nos cofres públicos.

Para ter uma ideia, a equipe de Guedes busca umaforma de cortar ou revisar despesas ainda neste anoem uma faixa entre R$ 15 bilhões e R$ 20 bilhões.

A medida é necessária para que o governo nãodescumpra o teto de gastos -principal âncora fiscal dopaís, na avaliação de Guedes.

Desde o ano passado, a equipe econômica econgressistas buscam uma fonte de recursos paraampliar o Bolsa Família, criando um novo programasocial Divergências entre o governo e o Congressotravaram as discussões.

O time de Guedes defende a fusão de programasexistentes para criar o novo benefício. A ideia já foialvo de veto de Boslonaro.

Após críticas, também foi engavetada a ideia definanciar o programa após uma limitação dospagamentos de precatórios -dívidas do governoreconhecidas na Justiça.

Enquanto isso, a falta de articulação política dogoverno impediu o avanço de medidas paraeconomizar recursos e abrir espaço no Orçamento,como a reforma administrativa e a PEC Emergência 1,que prevê o acionamento de gatilhos de ajuste fiscalem momentos de aperto financeiro.

Progressão e promoção de carreira no serviço público

Progressão Servidor passa de uma faixa salarial paraoutra, sem mudar de classe

Promoção Servidor ascende no nível hierárquico]

170 mil servidores serão beneficiados com progressãoem 2021

Site:

https://acervo.folha.com.br/digital/leitor.do?numero=494

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A vergonha dos fura-filas - ROBERTOFONSECA

CORREIO BRAZILIENSE / DF - OPINIÃO - pág.: A08. Sex, 22 de Janeiro de 2021SERVIDOR PÚBLICO

ROBERTO FONSECA

Em 10 meses, a pandemia do novo coronovírus temnos deixado várias lições. Ao mesmo tempo queaflorou uma série de sentimentos nobres em grandeparcela da população, como a solidariedade, ocuidado com o próximo e a compaixão, trouxe à tona olado mais sombrio do ser humano. Falo do egoísmo,da propagação de mentiras e da falta de preocupaçãocom o bem comum da sociedade. E, agora, com oinício da vacinação, temos visto o retrato do Brasil doprivilégio e da impunidade: o desrespeito à fila.

Denúnc ias de que po l í t icos, apadr inhados,empresários e servidores públicos da áreaadministrativa furam a fila da vacina brotam a todoinstante nas redes sociais. Está disseminado pelopaís. Ocorre simultaneamente em várias cidades. OMin is tér io Públ ico promete invest igar , masindependentemente de punições - serão raras, quandoexistirem - é a prova da falência moral de uma parcelada sociedade. É uma elite que faz tudo para manterseus privilégios.

O escárnio torna-se ainda maior quando aliado a tudoisso tem-se a escassez de doses. É sabido que aquantidade existente, hoje, não é suficiente paravacinar todos os grupos prioritários. Ou seja, o desviode finalidade fará falta. Corre-se o risco de não ter onúmero suficiente para a segunda dose, o que anulariaos efeitos da vacinação. Diante disso, gostaria desaber como se sentem os fura-filas cientes de queestão tomando o lugar de profissionais da saúde queatuam na linha de frente no combate à covid-19, deindígenas, de deficientes e de pessoas idosas? Pelovisto, não se importam. Afinal, fazem questão depostar a imunização nas redes sociais.

O desrespeito aos grupos prioritários da vacinação émais um capítulo das cenas de falta de civilidade quepresenciamos no dia a dia das cidades brasileiras.Furar a fila do banco, da lotérica, do trânsito (em quemuitas vezes a manobra coloca outras pessoas emrisco), do supermercado é praxe. E fico pensando oque tem que se fazer para mudar o quadro. Que talaulas de ética em todos os anos do ensino infantil,médio e fundamental? Os maus exemplos precisamser expostos e condenados. Nunca imitados oucopiados. Compartilhe essa ideia, pelo nosso bemcomum.

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Centrão já aceita debater pedido deimpeachment

JORNAL DA CIDADE / SE - POLÍTICA/OPINIÃO - pág.: 04. Sex, 22 de Janeiro de 2021CONGRESSO EM FOCO

Um deputado filiado a um partido do Centrão disse aoCongresso em Foco que a palavra impeachmentganhou força nos últimos dias nos grupos de troca demensagem de parlamentares.

"Antes era uma abstração.

Agora entrou no plano concreto das cogitações. Estouem grupos de colegas de todos os espectrosideológicos. Comenta- se impeachment agora semconstrangimento", conta.

Segundo esse parlamentar, que pediu para não ter aidentidade revelada, até mesmo deputados doCentrão, bloco informal de partidos que apoia opresidente Jair Bolsonaro, passaram a levantar essahipótese na última semana. A inação do governofederal na crise em Manaus que resultou em mortesde pacientes de covid-19 por falta de oxigênio e oatraso na importação de insumos da China insumospara a produção das vacinas são, segundo ele, osprincipais combustíveis da insatisfação dos deputados.

"Não há, ainda, aquela vibração que havia noimpeachment da Dilma. Mas isso pode mudardependendo da pressão da opinião pública", observa.

O deputado diz que também percebe agitação maiorem suas redes sociais, com cobrança de seguidores."Quando eu comentava a lgo do governo arepercussão era X. Agora é dez vezes maior. Equestionam se vou ficar nas críticas apenas noTwitter", relata.

Uma série de manifestações está prevista para estefim de semana pedindo o impeachment do presidente.

Partidos de esquerda e movimentos que foram às ruaspedir o afastamento da ex- -presidente DilmaRousseff, como o MBL e o Vem pra Rua estão entreos principais organizadores dos atos. Desde o iníciodo mandato de Bolsonaro, foram apresentados 62pedidos de impeachment contra ele. Os requerimentosestão na gaveta do presidente da Câmara, RodrigoMaia (DEM-RJ).

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Congresso recebe 62 pedidos deimpeachment

JORNAL DA CIDADE / SE - POLÍTICA/OPINIÃO - pág.: 04. Sex, 22 de Janeiro de 2021CONGRESSO EM FOCO

Brasília (Congresso em Foco) - Em pouco mais dedois anos de governo do presidente da Jair Bolsonaro,foram protocolados 62 pedidos de impeachment contraele na Câmara dos Deputados. Uma média de dois pormês. Levantamento da Secretaria-Geral da Mesamostra que, do total, cinco foram arquivados. Quatropor serem considerados apócrifos e um porque acertificação digital utilizada no protocolo do pedido nãoera do autor.

Os 56 restantes constam como "em análise" (leia alista completa abaixo). Porém, o termo é apenasprotocolar. A decisão de dar andamento aos pedidosdepende do presidente da Câmara, posto hojeocupado por Rodrigo Maia (DEM-RJ), que deixa ocomando da Casa daqui duas semanas.

O 62º pedido foi entregue a Rodrigo Maia na quarta- -feira (20) e ainda não está na lista oficial compiladapela Secretaria Geral da Mesa. O documento éassinado por 1.450 ex-alunos da Faculdade de Direitoda Universidade de São Paulo (USP).

"É preciso exigir do atual Presidente da Câmara dosDeputados - e dos principais concorrentes à suasucessão - um compromisso público para recompor anormalidade no exercício do cargo máximo dessepaís. E é o que pretendemos aqui: sendo guardião dadecisão que inicia o processo de impedimento,exigimos que ultrapasse a sua inexplicável inércia; doscandidatos, que se empossados, rejeitem a omissão,cumpram seu dever e deem à nação o direito derespirar democraticamente: instaurem o processo deimpedimento!", diz o texto.

Na segunda-feira (11), Maia chegou a dizer que ademora do início da vacinação contra a covid-19 noBrasil pode levar à abertura de um processo deimpeachment contra Bolsonaro. A declaração foi feitaem entrevista ao portal Metrópoles. "Talvez ele[Bolsonaro] sofra um processo de impeachment muitoduro se não se organizar rapidamente.

Porque o processo de impeachment, você sabe, é oresultado da pressão da sociedade", afirmou Maia aoportal.

Mas, na entrevista Maia avisou que não abriráprocesso de impeachment em suas últimas semanascomo presidente da Casa. Disse que esse papel

caberá ao novo dirigente da Câmara e que a abertura,no meio do recesso parlamentar e da disputa pelocomando do Congresso, só traria "desorganização".

A pressão para que Maia decida dar prosseguimentoaos pedidos de impeachment tem crescido desde ocolapso do sistema de saúde em Manaus.

O caos na rede de saúde do Amazonas aumentou aspressões direcionadas a Bolsonaro e ao ministro daSaúde, Eduardo Pazuello.

Enquanto o estado acionava outros países em buscade oxigênio, o presidente e o ministro faziam uma livena qual defenderam principalmente o que chamam de"tratamento precoce" e que envolve o uso dem e d i c a m e n t o s s e m e f i c á c i a c o m p r o v a d ac i e n t i f i c a m e n t e c o n t r a a c o v i d - 1 9 .

A forma como o governo federal tem encarado apandemia do novo coronavírus colaborou para oaumento do número de pedidos de impeachment deBolsonaro. Dos 61 protoco lados, 54 foramapresentados em 2020, um ano marcado pela crisesanitária.

Em 2019, foram apresentados cinco pedidos deimpeachment.

Só em 2021 já foram registrados mais dois. Na noitedesta sexta-feira (15), part idos da esquerdaanunciaram que devem apresentar mais um pedido deimpeachment contra Bolsonaro

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Jurista vê crime de responsabilidade

JORNAL DA CIDADE / SE - POLÍTICA - pág.: 05. Sex, 22 de Janeiro de 2021CONGRESSO EM FOCO

O advogado e professor de Direito, Ronaldo Lemos,defendeu em suas redes sociais que o aplicativo dogoverno federal, TrateCov, que indica "tratamentoprecoce" para a covid-19, pode configurar crime deresponsabilidade. De acordo com o jurista, uma provaobjetiva e "incontestável" é que no código deprogramação do aplicativo, a palavra cloroquinaaparece 86 vezes e ivermectina 113. Nenhum dosmedicamentos tem comprovação de eficácia contracovid-19.

Conforme o Congresso em Foco mostrou anteontem(20), o aplicativo receita uma série de medicamentospara pacientes com sintomas que podem ser de umasimples ressaca até usuários com sintomas graves decovid-19. Ronaldo Lemos aponta que o código deprogramação é a "materialização de uma tomada dedecisão objetiva". E que segue uma "linguagem lógica,não tem espaço para ambiguidades. A decisão decolocar cloroquina e ivermectina é uma decisão depolítica pública consciente e muito clara." Aindasegundo o advogado, o aplicativo é hospedado nosEstados Unidos e "não tem política de proteção dedados adequada. Viola frontalmente a Lei Geral deProteção de Dados (LGPD) que determinada quedados de saúde são dados sensíveis e tem de sertratados com proteção elevada".

Já para o jurista Antônio Rodrigo Machado, para quehaja crime de responsabilidade é importante que tenhao ato do agente público. Ele lembra que é precisoentender se o aplicativo passou pela decisão direta dopresidente. "Se sim, aí temos um ato de ofício dopresidente da República em ofensa à probidade eofende garantias e direitos individuais", diz.

"Se de maneira irresponsável ele age contrariamenteao direito das pessoas, ao direito de não secontaminar, de não manter sua integridade física, seele se utiliza de dinheiro público para promoção deuma política que não tem respaldo científico, isso simp o d e s e r c a r a c t e r i z a d o c o m o c r i m e d er e s p o n s a b i l i d a d e " , p o n d e r a .

O advogado lembra, porém, que dizer que opresidente tem responsabilidade sobre o aplicativo é"algo muito distante".

Na opinião de Antonio Rodrigo, os ministrosenvolvidos na elaboração da ferramenta podem serresponsab i l i zados pe la po l í t i cas púb l i casdesenvo l v i das po r suas pas tas .

Nesta quinta-feira (21), o Ministério da Saúde tirou doar o aplicativo. Ontem o formulário já estava fora deoperação, mas ainda podia ser acessado em umapágina própria do Ministério da Saúde, por meio deaba anônima do navegador.

Agora já não é mais possível.

O sistema foi lançado na semana passada em Manause era destinado à orientação de profissionais dasaúde. Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que aplataforma foi lançada como um "projeto- -piloto e nãoestava funcionando oficialmente, apenas como umsimulador. No entanto, o sistema foi invadido e ativadoindevidamente - o que provocou a retirada do ar, queserá momentânea".

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Bancada do DEM está dividida

JORNAL DA CIDADE / SE - POLÍTICA/OPINIÃO - pág.: 04. Sex, 22 de Janeiro de 2021CONGRESSO EM FOCO

A bancada do DEM, com 29 deputados, está divididana disputa pela sucessão de Rodrigo Maia (DEM-RJ)na presidência da Casa. Embora Maia seja o principalarticulador da campanha de Baleia Rossi (MDB-SP),parte dos deputados do partido do presidente da Casaestá com Arthur Lira (PP-AL), apoiado pelo presidenteJair Bolsonaro.

Aliados do líder do PP afirmam que até 20 deputadosdo DEM podem votar nele. A votação é secreta, o quefacilita "traições". Defensores de Baleia Rossi no DEM,no entanto, afirmam que as dissidências na bancadadevem chegar a seis, incluindo os ministros OnyxLorenzoni (Cidadania) e Tereza Cristina (Agricultura),que voltarão à Câmara apenas para votar.

O Congresso em Foco apurou que o presidentenacional do DEM, ACM Neto, entrou em campo paratentar reverter os votos pró-Arthur Lira. O ex- -prefeitode Salvador estava até então mais focado na disputado Senado, onde o DEM concorre com RodrigoPacheco (MG).

Um dos votos que ACM Neto dá como perdido é o doseu conterrâneo Elmar Nascimento (DEM-BA), que éligado ao governo federal e tem indicação naCompanhia de Desenvolvimento dos Vales do SãoFrancisco (Codevasf).

O governo, que quer Lira na presidência da Câmara,começou a exonerar pessoas indicadas por deputadosque vão votar no emedebista. O Congresso em Focoouviu deputados do DEM que apoiam Lira. Elesreclamaram do processo de escolha que levou Maia adefinir Baleia Rossi como candidato a presidente.

Há queixas de que a bancada do partido não foiconsultada sobre a disputa na Câmara e que nomesdo DEM que queriam concorrer, como ElmarNascimento e Luis Miranda (DF), foram ignorados pelopresidente da Câmara.

Outro motivo alegado é a entrada de partidos deesquerda (PT, PSB, PDT, PCdoB e Rede) no bloco deBaleia.

"Historicamente o Democratas sempre combateupoliticamente a esquerda. Arthur dialogou com osdeputados, apoia nossas bandeiras", disse umdeputado do partido sob reserva.

Os deputados Elmar Nascimento e Luis Mirandaapoiam publicamente Lira e têm viajado com ele em

atos de campanha.

Nas viagens para conseguir votos, o líder do PPchegou a se reunir com dois governadores do DEM, ode Goiás, Ronaldo Caiado, e o de Tocantins, MauroCarlesse

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Esquenta a disputa no Congresso - NASENTRELINHAS

CORREIO BRAZILIENSE / DF - POLÍTICA - pág.: A02. Sex, 22 de Janeiro de 2021REFORMA TRIBUTÁRIA

POR LUIZ CARLOS AZEDO

O PSL deixou, ontem, o bloco de apoio ao deputadoBaleia Rossi (MDB-SP), candidato a presidente daCâmara, apoiado por Rodrigo Maia (DEM-RJ), atualocupante do cargo, para adensar a candidatura dolíder do Centrão, Arthur Lira (AL), o candidato dopresidente Jair Bolsonaro. A mudança se deu porquequatro parlamentares trocaram de lado, formando umanova maioria na bancada, com 19 dos 36 deputados.

Foi a mais bem-sucedida manobra de Lira parafortalecer sua candidatura estimulando as dissidênciasinternas nos partidos que apoiam Baleia, que, atéagora, vinha sendo pautada por declarações públicas.O presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE),que apoia Rossi, mantém uma queda de braço com opresidente Jair Bolsonaro, que deixou a legenda logoapós tomar posse. O grupo dissidente do PSL chegoua apresentar uma lista com 32 assinaturas pedindo asaída do bloco de Baleia, mas dela constavam asassinaturas de 17 deputados bolsonaristas suspensospelo partido em razão de divergências com Bivar e quenão poderiam ser contabilizados.

Com isso, a candidatura de Lira passa a contar com oapoio de 10 bancadas, que somam, atualmente, 232deputados: PSL, PL, PP, PSD, Republicanos, PTB,PROS, PSC, Avante e Patriota. Permanecem no blocode Baleia as bancadas de 11 partidos: PT, MDB,PSDB, PSB, DEM, PDT, Cidadania, PCdoB, PV, Redee Solidariedade, que também trocou de lado, deixandoo Centrão. Com isso, essas bancadas totalizam 236parlamentares. O problema é que essa contabilidadeformal não reflete os acordos de bastidores, que sãoindividuais.

O deputado Fábio Ramalho (MDB-MG), candidatoavulso, que conta com apoio no baixo clero daCâmara, tem se queixado das pressões do Palácio doPlanalto para que seus aliados declarem voto a favorde Lira. A polarização complica muito a situação,também, para a candidata do PSol, Luiza Erundina(SP). Marcelo Freixo (RJ) e mais quatro dos 11integrantes da bancada defenderam o apoio à "frenteampla" liderada por Baleia Rossi.

A candidatura de Lira sempre manteve vantagem emrelação a Baleia, mas o agravamento da crise sanitáriae a queda da popularidade do presidente Bolsonaro

contr ibuíram para embaralhar a disputa. Emcontrapartida, a campanha do impeachment iniciadapela oposição está sendo explorada por Lira, paraobter mais apoio do Palácio do Planalto, o que setraduz em mais verbas e cargos e retaliações, no casodaqueles que tinham boas relações com o governo,mas são aliados de Baleia.

Senado

A disputa no Senado também está ficando acirrada,porque a radicalização política está colocando emxeque a aliança da bancada do PT com o candidatoapoiado pelo governo, Rodrigo Pacheco (DEM-RJ).Suas declarações em apoio a Bolsonaro e contra oimpeachment colocaram uma saia justa em lídereshistóricos do PT, como Jaques Wagner (BA),Humberto Costa (PE), Paulo Paim (RS) e Paulo Rocha(PA), que estão sendo bombardeados nas redessociais pelos militantes petistas por causa das aliançascom os bolsonaristas.

Além disso, velhos cardeais da Casa estão operandopara fortalecer a candidata do MDB, Simone Tebet(MS). José Serra pressiona os senadores do PSDBque apoiam Pacheco, liderados por Izalci Lucas (DF),enquanto o tucano Tasso Jereissati (CE) tenta atrair oPDT, a partir de suas relações com Cid Gomes (CE).No MDB, o senador Renan Calheiros (MDB-AL)desembarcou em Brasília para evitar a "cristianização"de Tebet por senadores emedebistas. O gesto éemblemático, porque Tebet não apoiou a candidaturade Renan contra Alcolumbre. Além disso, os caciquesda legenda esperavam apoio do Palácio do Planalto àcandidatura do líder do governo no Senado, FernandoBezerra (PE), o que não ocorreu.

Tanto na Câmara quanto no Senado, o Palácio doPlanalto aposta alto e joga pesado, não apenas paragarantir a governabil idade do presidente JairBolsonaro, mas, também, para avançar na sua agendade reeleição. O ministro da Economia, Paulo Guedes,diz que a vitória dos aliados do governo permitirá queenvie para o Congresso sua proposta de reformatributária, cujo eixo é a criação de um imposto sobreoperações f inanceiras. Essa proposta ser iaacompanhada do projeto de Renda Cidadã, quesubstituiria o Bolsa Família e, em tese, garantiria apoiopopular para a reeleição de Bolsonaro.

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"Teto de gastos não pode ficar intocado",afirma Pacheco

O ESTADO DE S. PAULO / SP - POLÍTICA - pág.: A05. Sex, 22 de Janeiro de 2021REFORMA TRIBUTÁRIA

Daniel Weterman / BRASÍLIA

Candidato à presidência do Senado, Rodrigo Pacheco(DEMMG) afirmou que o teto de gastos não pode ficar"intocado".

Em entrevista ao Estadão/ Broadcast, ele defendeuuma discussão sobre a retomada do auxí l ioemergencial ou um aumento do Bolsa Família a partirde fevereiro.

Pacheco é apoiado pelo presidente do Senado, DaviAlcolumbre (DEM-AP), e pelo presidente JairBolsonaro. Fechou uma aliança com nove partidos,entre os quais o PT, que reúnem 41 senadores, semcontar dissidências.

Na disputa, terá como principal adversária a senadoraSimone Tebet (MDB-MS), que até agora conquistou aadesão de quatro legendas (28 senadores) à suacampanha.

Diante das críticas e da pressão que Bolsonaro vemsofrendo, Pacheco disse que o impeachment não podeser banalizado e considerou que a conduta dopresidente não representa uma ameaça à democracia.

l Qual é o melhor caminho para o auxílio emergencial?

Temos um compromisso absoluto com o teto degastos e o ajuste fiscal. Não é possível gastar o quenão tem. Todavia, há um estado de necessidade emfunção da pandemia. Precisamos, enquanto Estado,encontrar uma solução para remediar o problemadessas pessoas mais vulneráveis, seja com auxílioemergencial renovado seja com incremento do BolsaFamília ou de algo assemelhado.

l Poderia ser feito com crédito extraordinário, fora doteto?

A forma de fazer, se é com crédito extra, comcumprimento do teto, rompimento do teto, isso tudoprecisamos dialogar com o Ministério da Economia.

Tem que ser rápido porque a fome não espera.Precisamos compatibilizar a observância da rigidezfiscal com a necessidade de ter esse auxílio.

l O teto corre risco com a execução do Orçamento

neste ano. A regra precisa ser rediscutida?

Seria difícil. Exigiria mudança de regra e muita boavontade e sacrifício do governo federal e do País.Essa é uma discussão que devemos fazer à luz datécnica, dos números, do regramento, mas à luztambém da sensibilidade humana e política de atenderàs pessoas.

l Então o teto de gastos não vai ficar intocado?

O teto não pode ficar intocado em um momento deextrema necessidade em que é preciso salvar vidas.Obviamente, essa rigidez pode ser relativizada, masvamos trabalhar muito para que não seja relativizada.

l O governo errou na condução da vacinação contra acovid-19?

Vejo erros e acertos do governo federal, dos estaduaise das prefeituras. Não vejo erro deliberado, comvontade de errar, especialmente em um tema quesacrifica a população. São erros decorrentes doinusitado da situação. Agora, temos que reunir oCongresso e buscar mais acertar do que errar.

l Durante a pandemia, é possível avançar com algumapauta fora do combate à covid-19?

Podemos evoluir com a reforma tributária eadministrativa, não necessariamente nos moldesconcebidos pelo governo federal.

l Reforma tributária com CPMF?

A reforma tributária não pode ser errada e sacrificarsetores inteiros e Estados. Não se pode criar mais umimposto sem modificar os atuais. É até aceitável sepensar na criação de um tributo, desde que hajadesoneração na outra ponta, um sistema que nãoimponha sacrifício ao contribuinte. Aí, eventualmente,pode ser discutido, cria CPMF e desonera a folha.

Acho que este ano a reforma sai do papel e virarealidade.

l Tem ambiente para discutir privatizações? OCongresso pode aprovar a privatização da Eletrobrasneste ano?

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O ESTADO DE S. PAULO / SP - POLÍTICA - pág.: A05. Sex, 22 de Janeiro de 2021REFORMA TRIBUTÁRIA

Tem espaço para discutir privatizações.

Eu defendo o conceito, mas não pode ser entreguismosem critério num momento de muita dificuldadeeconômica, porque, se não, vira uma gota de água nachapa quente do orçamento. Não é raciocínio fácildizer que a Eletrobras precisa ser vendida. Episódiosrecentes demonstraram que a iniciativa privada émuito boa, mas por vezes não tem o compromissosocial que o setor público tem, vide o que aconteceuno Amapá.

l Em 2018, o sr. disse que chegaria ao Senado para"dar uma chacoalhada naquilo lá". O que pretendefazer agora?

A pandemia é o mote principal.

O foco haverá de ser a preservação da saúde pública,um programa social e o crescimento econômico apartir das reformas que sejam necessárias.

l Bolsonaro declarou ter simpatia pela sua candidatura.O sr. é o candidato do governo?

Eu sou candidato dos senadores e das senadores. Amanifestação do presidente foi por mim muito bemrecebida. Não há interferência do presidenteBolsonaro. É uma sinalização positiva de quepodemos ter um ambiente de pacificação nospróximos dois anos, mas sempre resguardada aindependência do Senado.

lUm advogado criminalista disputando a presidênciado Senado é uma ameaça à Lava Jato?

Não podemos considerar um partido A ou B comoinimigo da Lava Jato. A operação cumpriu e cumprepapel importante por alcançar toda e qualquer pessoa,mas não se pode atropelar a Constituição. É questãointerna corporis da Procuradoria-Geral da República amanutenção ou não da Lava Jato. Não haverá daminha parte resistência a pautas de moralidade, éticae combate à corrupção. Essa é uma pauta do Senado,não da Lava Jato.

l Cresce a pressão pelo impeachment do presidenteBolsonaro.

Tem espaço para discutir isso?

Impeachment é algo muito grave, que abala asestruturas da República e que precisa ter fundamentode fato e jurídico.

Nós já tivemos dois episódios de impeachmentrecentemente.

Não foram passagens boas para a estrutura daRepública.

Justo ou não, é sempre um episódio ruim da vidanacional.

Não podemos banalizar o instituto do impeachment.De qualquer forma, minha percepção de nada valeneste momento porque, caso haja algum pedido, serásubmetido à Câmara.

l Vê crime de responsabilidade nos pedidos feitos atéagora?

Seria leviano da minha parte dizer.

Isso é um exame que tem que ser muito apurado,responsavelmente feito.

l O presidente participou de atos pelo fechamento doSupremo Tribunal Federal e do Congresso.

Recentemente, falou que as Forças Armadas decidemse o país vai viver em uma democracia ou em umaditadura. Isso preocupa?

Vivemos numa democracia.

Há divergências que, às vezes, evoluem para atritos. Eesses atritos, por vezes, têm algum tipo de rispidez. Ademocracia do Brasil está consolidada. Obviamente,teremos toda a observância e cautela para preservar adefesa do estado democrática de direito. Há umadistância muito longa entre manifestações e ameaçaconcreta às instituições democráticas. Não acreditoque passe pela cabeça do presidente qualqueriniciativa de ruptura democrática.

l Pretende reativar o Conselho de Ética para analisaras representações contra F láv io Bolsonaro(Republicanos-RJ) e Chico Rodrigues (DEM-RR)?

O conselho deverá ter funcionamento oportuno assimque as regras sanitárias permitirem.

l O Senado vai pautar a prisão em segunda instância,se o sr. se tornar presidente?

Aguardamos a elaboração da Câmara de algo queconcilie o anseio da sociedade com a observância doprincípio da culpabilidade.

É preciso compatibilizar o trânsito em julgado com oefeito da pena.

Na Câmara, PSL agora apoia Lira

O PSL mudou de posição e aderiu formalmente ao

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O ESTADO DE S. PAULO / SP - POLÍTICA - pág.: A05. Sex, 22 de Janeiro de 2021REFORMA TRIBUTÁRIA

bloco de apoio do candidato Arthur Lira (Progressistas-AL) à presidência da Câmara, ampliando asdivergências no partido. Com a segunda maiorbancada, composta por 52 deputados, a legenda haviaanunciado aval a Baleia Rossi (MDB-SP). Deputadosda ala dissidente, porém, se uniram para obtermaioria. O apoio do partido a Lira já consta agora dosistema da Câmara. Baleia disse que vai "trabalhar"para que essa formação não seja consolidada em 1.ºde fevereiro, dia da eleição.

Site: http://digital.estadao.com.br/o-estado-de-s-paulo

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Tributária deve sair este ano, diz Bolsonaro

O ESTADO DE S. PAULO / SP - ECONOMIA E NEGÓCIOS - pág.: B07. Sex, 22 de Janeiro de 2021REFORMA TRIBUTÁRIA

Anne Warth, Emilly Behnke, Daniel Galvão

O presidente Jair Bolsonaro disse ontem que ogoverno buscará fazer a reforma tributária "nocorrente ano" e negou que o objetivo seja aumentarimpostos.

Segundo o presidente, se a reforma provocar aumentode tributos é "melhor deixar como está".

A reforma tributária é uma das apostas do governopara a retomada da economia após a pandemia dacovid-19. Bolsonaro disse que hoje as empresas"gastam muito tempo e gastam muito dinheiro" com oscálculos de prestações de contas e, por isso, a ideiado governo é "simplificar" o sistema.

"Vamos, se Deus quiser, fazer a reforma tributária nocorrente ano. E o que eu falei com o Paulo Guedes?Eu não sou economista, mas fazer as quatrooperações a gente sabe fazer. No final das contas,não podemos ter majoração da carga tributária, senãodeixa como está", disse.

Ontem, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG),candidato apoiado pelo Planalto na disputa pelapresidência do Senado, reconheceu que hádiscussões sobre a criação de um novo imposto nosmoldes da extinta Contribuição Provisória sobreMovimentação Financeira (CPMF), mas afirmou quesomente apoiará a iniciativa se houver medidascompensatórias, como a desoneração da folhasalarial.

Conforme o Estadão revelou, o ministro da Economia,Paulo Guedes, pretende reapresentar a proposta donovo imposto se o deputado Arthur Lira (PPAL),candidato à presidência da Câmara, vencer a eleiçãode fevereiro.

Bolsonaro disse ainda que é importante ter uma boarelação com o Congresso para que projetos deinteresse do governo sejam pautados. Ele reclamou dofato de que uma medida provisória de regularizaçãofundiária ter caducado e prometeu reapresentá- laneste ano.

"Hoje em dia estamos tendo um bom relacionamentocom Câmara e com o Senado", disse Bolsonaro, semmencionar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia(DEM-RJ), seu desafeto político.

Site: http://digital.estadao.com.br/o-estado-de-s-paulo

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Arminio: "País arrumado" não tiraria ajudade uma vez

O GLOBO / RJ - ECONOMIA - pág.: 15. Sex, 22 de Janeiro de 2021REFORMA TRIBUTÁRIA

JOÃO SORIMA NETO - SÃO PAULO

Um "país mais arrumado" na área fiscal não retiraria oauxílio emergencial de forma abrupta. A avaliação é doex-presidente do Banco Central e fundador da GáveaInvestimentos, Arminio Fraga, em evento virtual daagência de classificação de risco Fitch sobreperspectivas econômicas do Brasil e de outros paísesda América Latina.

Para Arminio, a fal ta de espaço f iscal e decredibil idade do Brasil, no entanto, criam umconstrangimento para que seja reintroduzido o estadode calamidade (que permitiu ao governo aumentargastos) novamente em 2021 por causa da pandemia.

-Um país mais arrumado não retiraria o auxílioemergencial de uma vez. É como se fosse umacortisona. Deu uma dose enorme, talvez atéexagerada. Eu vejo o mundo político sensível a isso,como não podia deixar de ser. Por outro lado, vejo oseconomistas, analistas e o próprio mercado dandosinal na direção oposta -disse Arminio.

Para ele, o governo será reativo e "só agirá por medo":-Se os problemas se mostrarem mais graves, talvezaté aprove alguma coisa.

Arminio lamentou que a agenda de criação deoportunidades no país, que per- mite a mobilidadesocial, parece ter sido abandonada: - O auxílioemergencial não pode ser enxergado como umaresposta a esse desafio. Ele foi uma resposta à crise.Falta uma agenda de mobilidade social mais completa.

Ele projeta vitória da ciência contra a Covid-19 se oBrasil se organizar para a vacinação, mas observaque, na economia, o cenário é de incerteza: -Haviaexpectativas, ainda que modestas, como a aprovaçãoda PEC Emergencial, para dar um pouco de apoio eancorar o lado fiscal. Mas não aconteceu. Entramosem 2021 pensando nas eleições do Congresso. Oquadro fiscal é frágil e, a meu ver, muito prejudicialpara a confiança de investimento. Vejo um ano difícil,não consigo ter uma visão positiva-afirmou.

Para Arminio, a saída da Ford do país foi uma espéciede chamado para o governo "acordar". Sobre umareforma tributária, ele avalia que haverá um passo nadireção de um IVA federal, que agregue impostos

como PIS/Cofins. Mas vê pouco espaço para umareforma administrativa, porque falta "apoio do topo".

Site: https://infoglobo.pressreader.com/o-globo

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Em live, Bolsonaro proíbe resposta deAraújo sobre Biden

VALOR ECONÔMICO / SP - BRASIL - pág.: A04. Sex, 22 de Janeiro de 2021REFORMA TRIBUTÁRIA

Fabio Murakawa De Brasília

O presidente Jair Bolsonaro proibiu ontem o chancelerErnesto Araújo de responder a uma pergunta sobre amudança de postura dos Estados Unidos sobre oaborto na Organização Mundial da Saúde (OMS). E,referindo-se a possíveis atritos com os americanos naárea ambiental, ele afirmou que também há incêndiosflorestais na Califórnia.

A pergunta a Araújo foi feita por um jornalista daJovem Pan na live semanal do presidente nas redessociais. O jornalista se referiu à revogação peloamericano Joe Biden de uma lei que corta doações aentidades que defendam a legalização do aborto.

O presidente, entretanto, antecipou-se ao auxiliar."Acho que não é o caso de entrar na política interna deoutros países. Fala alguma coisa, mas sem interferir."

Apesar da ordem para que Araújo não comentasse "apolítica interna de outros países", Bolsonaro criticouabertamente a Argentina, que em dezembro aprovouvia Congresso a legalização do aborto no país.

Araújo, que assim como Bolsonaro insinuou ter havidofraude das eleições americanas, disse então que "temtudo para ser uma boa relação com os EUA", agorapresididos por Joe Biden.

"Temos interesses na segurança, na promoção dademocracia aqui na América do Sul, econômico,trabalhar juntos no meio ambiente. Por que não?",afirmou. "Assinamos um memorando de cooperaçãoambiental em novembro, esperamos manter."

Para o chanceler, "o Brasil tem que ser visto por aquiloque nós somos, e não pelas distorções que saeminfelizmente em grande parte da mídia".

Criticado mundialmente pela alta dos incêndiosflorestais e do desmatamento na Amazônia em seugoverno, Bolsonaro, então, disse: "Fogo pega nomundo todo, inclusive na Califórnia".

Na campanha eleitoral, Biden ameaçou retaliar o Brasilcaso os índices de desmatamento na Amazônia nãomelhorassem. Bolsonaro respondeu insinuando apossibilidade de entrar em guerra com os EUA:"Quando acaba a saliva, tem que ter pólvora".

Na transmissão ontem, o presidente disse tambémque as Forças Armadas jamais aceitariam "o convitecie uma autoridade cie plantão" para "enviesar paraum caminho diferente da liberdade". Ele fez aafirmação quando se referia à situação da Venezuela,que classificou como uma ditadura.

"Um grande pilar da nossa democracia são as nossasForças Armadas", disse Bolsonaro. "As ForçasArmadas jamais aceitariam o convite de umaautoridade de plantão, no caso um presidente daRepública, de enviesar para um caminho diferente daliberdade."

A fala de Bolsonaro ocorre depois de seguidospronunciamentos dele que foram interpretados comouma ameaça ou um convite velado a que os militaresaderissem ao golpismo.

Na segunda-feira, ele disse que "quem decide se opovo vai viver em uma democracia ou ditadura são assuas Força Armadas".

Bolsonaro disse também que pretende fazer areforma tributária neste ano. "Vamos fazer a reformatributária no corrente ano. Não podemos termajoração da carga tributária. [Se for para isso,] deixacomo está", disse. "O objetivo é simplificar osimpostos. As empresas gastam muito tempo, muitodinheiro com isso."

Site:

https://www.valor.com.br/virador/?valor_pro=1#/edition/1

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Saída da Ford do Brasil: carga tributária ouguerra fiscal além das fronteiras? (2)

A TARDE / BA - OPINIÃO - pág.: A02. Sex, 22 de Janeiro de 2021REFORMA TRIBUTÁRIA

Giuliano K. Gioia e Inácio Nogueirol Especialistas fiscaisna Sovos, pioneira em Digital Tax para o ComplianceFiscal das empresas

Quando uma empresa resolve sair do Brasil, aprimeira indicação anunciada para tal motivação é acarga tributária. Claro que sabemos que o sistema écomplexo e oneroso, isso não é novidade paran inguém, mas quando t r a tamos do se to rautomobilístico devemos considerar os inúmerossubsídios que foram concedidos pelo governo a estesegmento, que se beneficia ao longo dos anos e emtodas as esferas: federal, estadual e municipal.Olhando o cenário atual, assim como a Ford, todas asfabricantes amargaram os efeitos da crise causadapela pandemia e foi unânime a condição de rever asestratégias para conseguirem superar o impacto, queretrocedeu o crescimento previsto no Brasil e devevoltar ao patamar de 2019 somente no final de 2022.Mas há luz no fim do túnel: segundo o IBGE, aprodução industrial brasileira já aponta sinais decrescimento e, em se tratando da produção deautomóveis, estamos 0,7% acima do período pré-pandemia, isso porque ainda há escassez de material,mas a demanda começa a voltar.

Se o cenário é igual para todas as fabricantes, qual foientão o motivo para a saída da Ford do Brasil? Ao quetudo indica, um conjunto de fatores culminaram paraesta decisão, que já vinha sendo tomada há algunsanos. Perda de participação de mercado frente àconcorrência, falta de investimentos em inovação,fechamento da fábrica de São Bernardo do Campo,prejuízos bilionários desde 2013 e um passivotrabalhista gigantesco. São inúmeros fatores queacarretaram o fim da operação, mas não somente acarga tributária.

Com todos esses problemas à frente, somado a umcusto Brasil altíssimo e um ambiente econômicoincerto, além de uma reforma tributária que parecenão ampliar os benefícios a essa indústria, assimcomo o fechamento da torneira pelo governo para osincentivos - afinal de contas apenas empregar não é osuficiente para receber tantas vantagens, veio adecisão: vamos fechar e partir para um país vizinho. Elá se foi a Ford incitar uma guerra fiscal não entreestados e município brasileiros, como é muito comum,mas sim em outro território. A Argentina, que sabemosestar numa situação bem mais escassa que o Brasil,

de certo ofereceu condições favoráveis para geraçãode receita e emprego.

E para a Ford, basta exportar da Argentina para oBrasil a um custo baixo apoiado pelos benefícios doMercosul. E a conta fecha.

Fecha mesmo? Por aqui, desemprego direto e indireto,cidades que economicamente dependem dessasfábricas, que foram instaladas com benefíciosconcedidos por anos, e 103 anos de uma operaçãolocal. E com todo esse cenário, ainda fica a perguntasobre os sindicados, aqueles que tinham tanta forçaem negociação. Eles também foram pegos desurpresa?

O resumo desta decisão, que segundo a montadorafaz parte de uma estratégia global, é a de que apósreceber diversos subsídios por meio de incentivosfiscais no Brasil, agora chegou a vez da Argentina.

Site:

http://digital.mflip.com.br/pub/editoraatarde/?key=ab_7B

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Especialistas discutem tributação

ALÔ BRASÍLIA / DF - CIDADES - pág.: 07. Sex, 22 de Janeiro de 2021REFORMA TRIBUTÁRIA

Formado pela Pontifícia Universidade Católica de SãoPaulo. Doutore Mestre em Direto Tributário pelaPUC/SP

A Reforma Tributária gera debates em todos ossetores econômicos pelos impactos e dúvidas que traze, em breve, será a principal pauta no CongressoNacional. Um dos pontos cruciais dos embates está nofato de que o Brasil possui um sistema tributárioconsiderado injusto, já que possui um dos maioresíndices do mundo na taxação do consumo.

De tudo o que o governo brasileiro arrecada, 50% éproveniente de impostos sobre o consumo, enquantoque países como Estados Unidos, .Japão, França,Alemanha e Espanha possuem números liem maismodestas na casa dos 20%.

"O Brasil privilegiou a tributação sobre o consumo,focando a carga tributária principalmente no processoprodutivo, comercialização e prestação de serviços,tendo cinco tributos principais que incidem sobre oconsumo, com várias características e regimes detributação", adianta André Felix Ricotta de Oliveira, umdos palestrantes da live Tributação sobre o consumo.

Evento que discutirá essas ações é promovido peloInstituto Brasileiro de Direito Tributário, comparticipação do professor André Félix Ricotta deOliveira.

Site: https://issuu.com/jornalalobrasilia

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Pandemia atrasou reforma tributária

JORNAL DA CIDADE / SE - POLÍTICA - pág.: 05. Sex, 22 de Janeiro de 2021REFORMA TRIBUTÁRIA

Aclamada no início de 2020 como a prioridade doCongresso Nacional e do país, a reforma tributáriaacabou sendo adiada em razão da pandemia do novocoronavírus e também por divergências políticas quedificultaram o debate no Senado e na Câmara.

A alteração no sistema de cobrança de impostoscomeçou a ser cogitada em janeiro de 2020. Antesmesmo do início do ano legislativo, o presidente DaviAlcolumbre defendia o diálogo entre o Palácio doPlanalto e as duas Casas do Congresso. Otimista, eleacreditava na aprovação da matéria no primeirosemestre daquele ano.

- Não adianta termos uma proposta na Câmara e outrano Senado sem ter a participação efetiva do governo.A palavra é conciliação. Uma conciliação da Câmara,do Senado e do Poder Executivo para entregarmospara a sociedade brasileira uma proposta que façacom que os empreendedores e a população possamse ver contemplados em uma reforma que vaimelhorar a vida das pessoas ¬- afirmou.

Na mensagem enviada ao Congresso para a aberturados trabalhos legislativos, o presidente Jair Bolsonarosinalizou a favor de uma reforma tributária.

"A evolução das reformas proporcionará uma grandecontribuição para o crescimento da produtividade daeconomia", escreveu. Na ocasião, o Poder Executivorecomendava prioridade para duas propostas deemenda à Constituição em tramitação na Câmara e noSenado: a PEC 45/2019 e a PEC 110/2019.

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Governo pode ser obrigado a recorrer anovos auxílios

JORNAL DE BRASÍLIA / DF - ECONOMIA - pág.: 14. Sex, 22 de Janeiro de 2021TRIBUTOS - CONTRIBUIÇÕES E IMPOSTOS

Apossibilidade de a pandemia ser pior em 2021 do queem 2020, conforme previu o presidente do Instituto doButantan, Dimas Covas, vai atrapalhar o ritmo derecuperação econômica e exigir que o governoimplemente novas políticas de auxílio à população eàs empresas, segundo economistas.

Os problemas no cronograma de vacinação tambémcomprometem a retomada econômica e afetamsobretudo o setor de serviços, mais dependente dedinâmicas que envolvem contato social do quecomércio e indústria.

A equipe econômica, no entanto, avalia que o atualcenário ainda não demanda o retorno de medidascomo o auxílio emergencial, embora veja compreocupação o aumento de casos de covid-19.

Especialistas ouvidos pela reportagem avaliam que ossetores mais afetados pela crise sanitária no anopassado, como bares, restaurantes e transportes,sejam novamente os principais prejudicados por umrecrudescimento da pandemia.

Nesse cenário, medidas mais restritivas à circulaçãoseriam adotadas, como redução do tempo de aberturado comércios, o que poderia derrubar a retomada vistanos últimos meses.

Rodolpho Tobler, pesquisador do FGV Ibre, vê compreocupação a possibilidade, por exemplo, de SãoPaulo voltar a adotar medidas mais restritivas decirculação e funcionamento de empresas, comoaventado por Covas, do Butantan.

O baque poderia ser maior do que o visto no anopassado dada a ausência do auxílio emergencial - osaque das parcelas residuais do benefício terminamnestemês - e a reação ainda lenta do mercado detrabalho.

Mercado de trabalho "Teríamos uma quantidadegrande de pessoas sem renda. O governo teria quever se tem espaço no Orçamento para fazer algumoutro tipo de auxílio", avalia Tobler.

Para ele, a volta para uma fase mais restritiva deisolamento em todo o país seria um obstáculo para arecuperação da economia e, em especial, ao mercadode trabalho - desde o início da pandemia, a retomada

da atividade esteve atrelada à flexibilização dessasmedidas.

O segmento de serviços prestados às famílias, comoalimentação fora de casa, segue 34,2% abaixo donível pré-pandemia, embora tenha crescido 98,8%desde maio. Outro setor afetado pela redução nacirculação de pessoas, os transportes ainda estão5,4% abaixo do patamar de fevereiro, apesar do ganhode 26,7% de maio a novembro.

Por outro lado, comércio e indústria foram menosimpactos pela pandemia graças ao poder de compraampliado pelo auxílio emergencial.

Thiago de Moraes Moreira, do Ibmec, tambémcondiciona a retomada da economia ao controle dapandemia. Sem isso, ele avalia que toda projeção derecuperação, principalmente do setor de serviços, ficacomprometida. (Diego Garcia, da Folhapress)

Pela vacinação em massa

O economista Thiago de Moraes Moreira vê compreocupação os problemas enfrentados pelo Brasilpara promover a vacinação da população.

O atraso na vacinação vai prejudicar sobretudo ossegmentos de serviços que vinham se recuperando,como alimentação.

"A economia dependeu do auxílio [emergencial] em2020. Com atrasos significativos na disponibilizaçãoda vacina, vamos mais uma vez depender dessaspolíticas de transferência [de renda], que amenizam [oimpacto da covid-19] no aspecto econômico", diz.

Fernando Pimentel, presidente da AssociaçãoBrasileira da Indústria Têxtil e Confecção (Abit),defende a vacinação em massa dos brasileiros comocaminho para a retomada econômica.

"O comércio ficou parado 90 dias, funcionando sóatividades essenciais.

Se isso vier a ocorrer novamente, os governos vão terque atuar de novo para minimizar os impactos", dissePimentel.

Ele defende que o governo considere voltar com

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medidas de flexibilização de jornada e salário,pagamento antecipado de 13º e abono salarial, alémde não aumentar a carga tributária das empresas.

"Diante da situação em que vivemos, seria o pior dosmundos: mais restrição das atividades com maisaumento de carga tributária. O principal é salvar vidase emseguida empresas e empregos. E dar o suportenecessário. Não é hora de termos um avanço dostributos."

SAIBA MAIS

» Funcionários de concessionárias e trabalhadores defábricas da Ford fizeram ontem protestos em frente alojas oficiais da marca de veículos em São Paulo. Nacapital, a manifestação foi organizada pela UniãoGeral dos Trabalhadores (UGT) e pelo Sindicato dosComerciários. O movimento faz parte de um conjuntode ações aprovadas pelas centrais sindicais contra ofechamento da Ford. Cerca de 200 funcionários deconcessionárias da Grande São Paulo e do interiorfizeram um ato em frente à Sonnervig, concessionáriaFord localizada no Ipiranga, zona sul de São Paulo.José Gonzaga, diretor da central sindical e dosindicato, diz que 35 mil funcionários de lojas da Fordestão sob risco de demissão. No dia 11 de janeiro, aempresa anunciou que não vai mais produzir carros noBrasil e fechará três fábricas.

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93fc5aed8c051ce4538e052cfe9f8692.pdf

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Fisco já pode pedir falência de empresa emdificuldade

VALOR ECONÔMICO / SP - PRIMEIRA PÁGINA - pág.: A01. Sex, 22 de Janeiro de 2021TRIBUTOS - CONTRIBUIÇÕES E IMPOSTOS

A partir de amanhã, a União ganha "superpoderes",como têm sido chamados por advogados, para cobrardívidas tributárias cie empresas em recuperaçãojudicial. A Lei n- 14.112, ou a nova Lei de Falências,entra em vigor neste fim de semana e abre apossibilidade de procuradores da Fazenda pedirem afalência cie companhias em dificuldades se atrasaremo pagamento cie parcelamentos cie impostos ou nãocumprirem acordos.

O volume de recursos em jogo é grande. AProcuradoria-Geral da Fazenda Nacional identifica umestoque de dívida de empresas em recuperação novalor de R$ 109,6 bilhões. Desse total, R$ 96 bilhõesnão foram negociados, parcelados ou suspensos pordecisão judicial.

Além da União, os Estados e municípios tambémpoderão requerer a falência, desde que ofereçamparcelamentos tributários especiais ou acordos paraas empresas. A medida valerá também para os casosde esvaziamento patrimonial - quando há venda ouocultação de bens para frustrar os credores.

Levantamento do Insti tuto das Empresas emRecuperação judicial mostra que a dívida fiscalacumulada em 2018, nas três esferas de governo(federal, estadual e municipal), era de R$ 455 bilhões.De lá para cá, foram apresentados novos pedidos derecuperação. Em 2020, foram 1.179 requerimentos.

A falência por esvaziamento patrimonial é um dospontos que mais causam apreensão aos especialistas."Esse trecho da lei é muito subjetivo. Não existe umcritério balizador. Preocupa, e muito, a forma como oFisco vai se utilizar disso", afirma a advogada AnaCarolina Monteiro.

Advogados destacam ainda um outro ponto: os juízesperderam poder com a nova lei. Atualmente, ajurisprudência permite ao magistrado liberar bensessenciais de bloqueios ou penhoras para ofuncionamento da companhia. A partir de agora, o juizsó poderá determinar a substi tuição do bembloqueado. Página El

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Atividade subiu 1,1% em novembro, dizFGV

VALOR ECONÔMICO / SP - BRASIL - pág.: A05. Sex, 22 de Janeiro de 2021ECONOMIA

A atividade econômica no Brasil subiu 1,1% emnovembro de 2020 ante outubro do ano passado,segundo leitura do leitura do Monitor do PIB, calculadopela Fundação Getulio Vargas. Três atividadeseconômicas impulsionaram a alta: indústria, serviços eFormação Bruta de Capital Fixo (FBCF). Houveaumentos respectivos de 0,7%, de 0,9% e de 1,2%.

Mesmo com aumento na margem, o indicador não dásinais concretos de retomada sustentável na economianos meses posteriores, afirmou o economista dafundação, Cláudio Considera.

No Monitor, o PIB também sobe 4,4% no trimestremóvel finalizado em novembro ante o encerrado emagosto. A economia ainda cai 0,6% ante novembro de2019, e recua 1,7% no trimestre até novembro de2020 frente a igual período cie ano anterior. ParaConsidera, o resultado na margem foi sustentado pordiscreta melhora nos indicadores pelo lado da oferta,pr incipalmente serviços. Mas esses mesmosindicadores não apresentam, até o momento,condições para continuar a subir em 2021, em cenárioincerto sobre vacinação.

Considera chamou atenção para características denovembro de 2020, quando ocorreram eleiçõesmunicipais, com maior número de pessoas a circularnas mas; e maior ritmo de abertura cie atividades deserviços, após restrições iniciadas a partir de março doano passado, quando começou pandemia no Brasil.Isso ajudou a elevar resultados dessas atividades,com impacto positivo no Monitor.

Ele comentou que, os sinais de agora, de janeirodesse ano, são de crescimento no número de casosde covid-19 em todo o país. Isso eleva cautela e reduzcirculação de pessoas, notou ele. Ou seja: na prática,a condição que favoreceu a taxa de crescimento emserviços, por exemplo, está arrefecendo.

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A reforma administrativa, para além dasdespesas (2)

VALOR ECONÔMICO / SP - OPINIÃO - pág.: A10. Sex, 22 de Janeiro de 2021ECONOMIA

PorCecilio de Souza

Foco deveria ser a organização e funcionamento daadministração pública.

A eminência de uma reforma administrativa, quedentro do contexto brasileiro se faz cada vez maisnecessária, vem aquecendo bastante o debate sobre otema. Nesta perspect iva, a maior parte dosespecialistas aponta como cerne da questão aredução das despesas, entretanto, o foco deste debatedeveria ser como promover uma melhor organização efuncionamento da administração pública como umtodo.

A emergencial necessidade de reduzir despesas compessoal parece ter sido atenuada após a divulgaçãodo relatório elaborado por uma equipe do BancoMundia l em outubro de 2019, onde fo ramapresentadas, de forma explícita, algumas distorçõesdo funcionalismo público brasileiro. O estudo apontaque, em termos comparativos, o gasto do setor públicobrasileiro com folha de pagamentos é alto para ospadrões internacionais e, a partir de uma análisecomparativa da massa salarial como percentual doPIB, observa-se que estes gastos continuam altosquando comparados com diferentes grupos de países.

O documento ainda salienta que existe uma altadispersão salarial entre os servidores, acentuando adesigualdade entre as carreiras, principalmente porqueos reajustes não são iguais entre as distintascategorias.

Vale ressaltar que o equilíbrio fiscal é de sumaimportância para que se tenha um ambientemacroeconômico propício a um crescimentosustentável, entretanto, a economia financeira - queseria muito bem-vinda - deveria ser "apenas" uma dasconsequências da reforma e não o objetivo central. Ocorte de despesas pode ser uma condição necessária,mas não o suficiente para promover os ganhossubstanciais de produtividade que o setor públicoprecisa.

Uma melhor organização do Estado está diretamenteassociada com algumas questões que vêm sendopautadas com bastante ênfase pela sociedade.Quando se conversa com um usuário constante dosserviços públicos, sobretudo serviços que são

considerados prioritários, o descontentamento égrande, assim como a dependência dos brasileiros detais serviços.

Pesquisas recentes do IBGE ev idenciam anecessidade dos brasileiros dos serviços prioritários.Na saúde, os estudos mostram que 70% da populaçãodepende exclusivamente do Sistema Único de Saúde(SUS). Na educação, as escolas públicas atendemmais de 80% do total de alunos do ensino fundamentale médio.

Outro serviço de extrema importância que tem deixadobastante a desejar e levado a questionamentos sobreo modo de operar é a segurança pública, quedemonstra cada vez menos atender às necessidadesda população frente à violência e outras questões desegurança pública, como também se mostra ineficientedado o elevado padrão de gasto público com a pasta,seja em gasto com policiamento ou Justiça, e oselevados índices de criminalidade que o paísapresenta.

Sendo assim, aparenta ser cada vez menossustentável, tanto do ponto de vista do orçamentoquanto do social, uma vez que os direcionamentos sãono sentido de confronto e guerra, colocando apopulação e os próprios agentes de segurança emrisco.

Até mesmo as pol í t icas públ icas mais bemdesenhadas possuem graves falhas de gestão aoserem postas em prática. O grande exemplo disso é oSUS, uma política tida como exemplar e que coloca oBrasil na posição cie tomador de decisão no cenáriointernacional quando o assunto é política de saúde,mas que internamente, apesar de muito importante,tem suas nítidas ineficiências testemunhadas porquem mais depende desse serviço, o que ressaltaainda mais a necessidade de reforma.

A desorganização da máquina pública impacta emcheio o problema da baixa mobilidade social, a qual oeconomista Paulo Tafner defende ser freio aocrescimento. Segundo Tafner, a baixa mobilidadeprejudica não apenas os indivíduos que nascempobres, mas trava o potencial de crescimento edesenvolvimento da sociedade como um todo.

A PEC 32/2020, que "unifica" os principais pontos da

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reforma administrativa, está em posse do CongressoNacional. A Constituição diz que uma proposta deemenda deve ser discutida e votada em cada Casa doCongresso Nacional em dois turnos e só pode seraprovada se obtiver em ambos três quintos dos votosde senadores e deputados. Depois de aprovada, umaemenda constitucional não se submete à sanção dopresidente da República. Ela é promulgada pelasMesas da Câmara e do Senado, passando a integrardefinitivamente o texto da Constituição.

Possivelmente, a PEC só deve voltar a ter foco nascasas legislativas após as eleições marcadas para opróximo dia 1 de fevereiro, que definirão ospresidentes da Câmara dos Deputados e do Senadopelos próximos dois anos. Enquanto isso, o ministro daEconomia, Paulo Guedes, defende sua importânciaatravés da ênfase na ótica das despesas, afirmandoque a PEC pode garantir, em 10 anos, uma economiaentre R$ 300 bilhões e R$ 450 bilhões aos cofrespúblicos.

O debate sobre a necessidade da reforma tem que iralém e discutir também o que deveria ser a principalrazão da reestruturação do Estado: a melhoria daqualidade dos serviços públicos, que permita uma vidamais produtiva à sua população atual e às futurasgerações. Como ressalta Edmund Burke em seufamoso trecho: "O Estado é uma associação de todaciência, de toda arte, de toda virtude e de todaperfeição [...] uma associação não apenas entre osvivos, mas também entre os mortos e os que irãonascer".

1. As ideias e opiniões expressas no artigo são deexclusiva responsabilidade do autor, não refletindo,necessariamente, as opiniões das instituições dasquais ele faz parte.

A desorganização da máquina pública impacta emcheio o problema da baixa mobilidade social

Marlon Cecilio de Souza é economista pela UERJ epós-graduando em política e sociedade pelo IESP-UERJ. Atualmente trabalha como analista de créditono Bank of New York Mellon.

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