seu bairro

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2 4 18 de janeiro de 2014 Jornal Popular - O verdadeiro jornal do povo No Seu Bairro J P Quer que o JP visite seu bairro? Envie a sua denuncia pelo e-mail: [email protected] ou pelo telefone: 4647-5000 Móveis e carros abandonados em terreno Moradores do bairro reclamam do acúmulo de lixo em terreno que pertence à Prefeitura e está abandonado Heloisa Ikeda De Itaquá Um terreno abando- nado na Rua Nilópolis, bairro Jardim São Ro- berto em Itaquaquece- tuba, vem sendo usado como depósito de lixo e entulho de todo tipo. Até mesmo carcaças de carros velhos são dei- xadas no local. Segundo a moradora Suelene da Silva Araújo, que denunciou a situação, o terreno pertence a prefeitura e está aberto há cerca de 3 anos. Com a sujeira acumulada outros problemas aca- bam surgindo como, por exemplo, a pro- liferação de insetos e ratos, a infiltração de água nas casas vi- zinhas, a transmissão de doenças, além do perigo para as crianças que transitam no lugar. O gesseiro Melquia- des Dias do Nascimento sente-se muito preju- dicado pelo lixo e pelo esgoto entupido que há nas ruas. “As pes- soas jogam lixo aqui e ninguém vem tirar. Daí acaba juntando rato e mosquito”, relata. Jardim São Roberto FOTOS: DIVULGAÇÃO Pessoas também jogam lixo domiciliar no local, o que atrai ratos e insetos Ele ainda completa dizendo que o local é muito perigoso, pois além de conter todo tipo de material cortante ainda pode colaborar para a pro- liferação da dengue. Nascimento também afirma que ouviu dizer que fariam uma área de lazer para crianças no local, porém “tudo ficou só no boato”. A manicure Suelene da Silva Araújo que mora há 8 anos no bairro contou que o terreno é da prefeitura e que teria sido comprado para que não fizessem um muro de arrimo na lateral para impedir que a água da chuva chegue até sua casa, causando prejuízo. “Não tem aterro nesse local, todo o lixo que é deixado aqui infiltra no solo e contamina tudo” disse Suelene que completou: “Da última vez que vieram limpar aqui uma retro escavadeira perdeu o controle e bateu no mura da minha casa e abriu uma rachadura enorme”. Em outubro do ano passado foi a última vez que reali- zaram uma limpeza na área, segundo Suelene: “Mas não constroem nenhum muro nem nada para impedir as pessoas de continua- rem a jogar lixo, então volta a sujar tudo de novo depois”. Leidzane de Olivei- ra Santos, operadora de telemarketing que também mora ao lado do terreno também reclama da umidade e das rachaduras que surgem nas paredes devido aos alagamen- tos por ser uma casa abaixo do nível da rua. Ela também afirma que muitas crianças vão brincar no local e aca- bam se cortando: “As crianças entram dentro desses carros velhos e enferrujados que estão abandonados aqui para brincar e acabam se machucando”. E os prejuízos cau- sados pela quantidade de entulho jogada no terreno não acabam ai. “Existe um condomínio bem ao lado sendo cons- truído. Que valor que vai ter uma casa aqui com esse lixo perto? Quem, é que vai querer comprar?”, questiona Suelene. Ela admite que a culpa não é apenas da administração, mas também da população que continua jogando lixo em locais indevidos da cidade. Soluções Na época de campa- nhas eleitorais, segundo Suelene, muitos candi- datos vieram visitar o bairro e verificaram o problema do terreno. A moradora sugeriu como solução a utili- zação da área para a construção de algum centro educacional para oferecer cursos para crianças e adolescen- tes: “É preciso usar a área para construir alguma coisa útil; se fizerem uma praça ou área de lazer vai continuar abandonado juntando usuários de drogas como já acon- tece hoje”. “Se alguém viesse tentar invadir o terreno, tenho cer- teza que viriam para impedir. Então porque não pode vir alguém aqui para arrumar e usar o local de forma proveitosa?” reivindica Suelene. Além do lixo os moradores também reclamam do entu- pimento da bocas de lobo que existem bem em frente ao terreno citado. Suelene ainda alegou que já tentou entrar em contato com a prefeitura da cidade para cobrar uma solu- ção: “Me transferiram para vigilância sanitária e mais um monte de outros setores e a única resposta que tive foi que está em projeto. E ficaram de retornar depois”. Outro lado A assessoria de im- prensa da prefeitura de Itaquaquecetuba infor- mou que a Secretaria de Serviços Urbanos estará encaminhando uma equipe para visto- riar o local e tomar as devidas providências. Segundo a Secretaria, o caso será solucionado até a próxima segunda- feira dia 20 de janeiro. Local onde a água da chuva fica acumulada causando infiltrações na Parede da casa de Suelene Leidzane: crianças brincam nos carros e acabam se cortando Melquiades: o lixo atrai muitos animais e mosquitos para cá Suelene: deveriam usar a área para construir útil para o bairro

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Page 1: seu bairro

24 18 de janeiro de 2014Jornal Popular - O verdadeiro jornal do povo

No Seu BairroJP Quer que o JP visite seu bairro? Envie a sua denuncia pelo e-mail: [email protected] ou pelo telefone: 4647-5000

Móveis e carros abandonados em terrenoMoradores do bairro reclamam do acúmulo de lixo em terreno que pertence à Prefeitura e está abandonado

Heloisa IkedaDe Itaquá

Um terreno abando-nado na Rua Nilópolis, bairro Jardim São Ro-berto em Itaquaquece-tuba, vem sendo usado como depósito de lixo e entulho de todo tipo. Até mesmo carcaças de carros velhos são dei-xadas no local. Segundo a moradora Suelene da Silva Araújo, que denunciou a situação, o terreno pertence a prefeitura e está aberto há cerca de 3 anos. Com a sujeira acumulada outros problemas aca-bam surgindo como, por exemplo, a pro-liferação de insetos e ratos, a infiltração de água nas casas vi-zinhas, a transmissão de doenças, além do perigo para as crianças que transitam no lugar.

O gesseiro Melquia-des Dias do Nascimento sente-se muito preju-dicado pelo lixo e pelo esgoto entupido que há nas ruas. “As pes-soas jogam lixo aqui e ninguém vem tirar. Daí acaba juntando rato e mosquito”, relata.

Jardim São Roberto

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Pessoas também jogam lixo domiciliar no local, o que atrai ratos e insetos

Ele ainda completa dizendo que o local é muito perigoso, pois além de conter todo tipo de material cortante ainda pode colaborar para a pro-liferação da dengue. Nascimento também afirma que ouviu dizer que fariam uma área de lazer para crianças no local, porém “tudo ficou só no boato”.

A manicure Suelene da Silva Araújo que mora há 8 anos no bairro contou que o terreno é da prefeitura e que teria sido comprado para que não fizessem um muro de arrimo na lateral para impedir que a água da chuva chegue até sua casa, causando prejuízo. “Não tem aterro nesse local, todo o lixo que é deixado aqui infiltra no solo e contamina tudo” disse Suelene que completou: “Da última vez que vieram limpar aqui uma retro escavadeira perdeu o controle e bateu no mura da minha casa e abriu uma rachadura enorme”. Em outubro do ano passado foi a

última vez que reali-zaram uma limpeza na área, segundo Suelene: “Mas não constroem nenhum muro nem nada para impedir as pessoas de continua-rem a jogar lixo, então volta a sujar tudo de novo depois”.

Leidzane de Olivei-ra Santos, operadora de telemarketing que também mora ao lado do terreno também reclama da umidade e das rachaduras que surgem nas paredes devido aos alagamen-tos por ser uma casa abaixo do nível da rua. Ela também afirma que muitas crianças vão brincar no local e aca-bam se cortando: “As crianças entram dentro desses carros velhos e enferrujados que estão abandonados aqui para brincar e acabam se machucando”.

E os prejuízos cau-sados pela quantidade de entulho jogada no terreno não acabam ai. “Existe um condomínio bem ao lado sendo cons-truído. Que valor que vai ter uma casa aqui com esse lixo perto?

Quem, é que vai querer comprar?”, questiona Suelene. Ela admite que a culpa não é apenas da administração, mas também da população que continua jogando lixo em locais indevidos da cidade.

SoluçõesNa época de campa-

nhas eleitorais, segundo Suelene, muitos candi-datos vieram visitar o bairro e verificaram o problema do terreno. A moradora sugeriu como solução a utili-zação da área para a

construção de algum centro educacional para oferecer cursos para crianças e adolescen-tes: “É preciso usar a área para construir alguma coisa útil; se fizerem uma praça ou área de lazer vai continuar abandonado juntando usuários de drogas como já acon-tece hoje”. “Se alguém viesse tentar invadir o terreno, tenho cer-teza que viriam para impedir. Então porque não pode vir alguém aqui para arrumar e

usar o local de forma proveitosa?” reivindica Suelene.

Além do lixo os moradores também reclamam do entu-pimento da bocas de lobo que existem bem em frente ao terreno citado. Suelene ainda alegou que já tentou entrar em contato com a prefeitura da cidade para cobrar uma solu-ção: “Me transferiram para vigilância sanitária e mais um monte de outros setores e a única resposta que tive foi que está em projeto. E ficaram de retornar depois”.

Outro ladoA assessoria de im-

prensa da prefeitura de Itaquaquecetuba infor-mou que a Secretaria de Serviços Urbanos estará encaminhando uma equipe para visto-riar o local e tomar as devidas providências. Segundo a Secretaria, o caso será solucionado até a próxima segunda-feira dia 20 de janeiro.

Local onde a água da chuva fica acumulada causando infiltrações na Parede da casa de Suelene

Leidzane: crianças brincam nos carros e acabam se cortando

Melquiades: o lixo atrai muitos animais e

mosquitos para cá

Suelene: deveriam usar a área para construir

útil para o bairro