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Moradores, como Dona Diva e Seu Adelino, história e desafios do Bairro Simão da Cunha em destaque Págs. 04 a 10 A experiência de Bárbara Machado na Colômbia e um bom exemplo de união e empreendedorismo para Abaeté. Págs. 17 a 19

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Page 1: Seu Adelino, história e desafios do na Colômbia e um bom ... · A história e o trabalho de um grande destaque do Bairro Simão da Cunha ... Houve exibição de filme, palestra

Moradores, como Dona Diva e Seu Adelino, história e desafios do

Bairro Simão da Cunha em destaquePágs. 04 a 10

A experiência de Bárbara Machado na Colômbia e um bom exemplo de união e empreendedorismo para Abaeté. Págs. 17 a 19

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nossojornal / jan182

FOLHA COMUNITÁRIA DE ABAETÉ

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Diretora de Redação:Christiane Ribeiro - Mtb 4.815/MG

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No início de mais um ano, agradecemos a todos os as-sinantes que nos ajudam a manter viva essa publicação, especialmente aos novos ben-feitores: Mercabrás (Abaeté/MG), Wagner Túlio Faria Pe-reira (BH/MG), Dr. Ildeu Alves de Sousa (BH/MG), Welington Gonçalves Porto (Pequeri/MG), Comercial Pachola (Aba-eté/MG), Dr. Wilson Carlos Pe-reira (Abaeté/MG)

Tels: 37 3541-4381 9 9929 3967 (Vivo / whatsApp)

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Capa: Fotos de Christiane Ribeiro

(plantio de mudas, D. Diva e Seu

Adelino) e LALA (Bárbara Machado)

Arte: Rodrigo Ribeiro Bastos

Com um espetáculo pirotécnico e ao som de Emílio & Eduardo, mais de 5.000 pessoas saudaram a entrada de 2018, na grande Festa da Virada promovida pela Prefeitura Municipal, na Praça Dr. Canuto. Em meio a abraços e votos de um Feliz Ano Novo, com direito a uma chuvinha mansa durante cerca de meia hora, o público dançou e cantou suces-

sos como “Você Virou Saudade”, “Bate Coração”, “Maluco de Paixão” e “Cumé Que Cê Tá”.

Outros destaques na cidade foram o Réveillon ATOA, promovido pela segun-da vez no Lions Clube, e a 10ª edição do Réveillon Texxas, que reuniu mais de mil pessoas no Rotary Clube, ao som de Eri-ck Pimenta, Mateus & Santiago e DJs.

Vale citar também as confraterni-zações em casas, bares, restaurantes, fazendas, famílias... quase sempre com a esperança renovada de que dias me-lhores virão, que 2018 será um ano de muita harmonia, prosperidade, amor, infinitas possibilidades e realizações. Esses são também os votos do Nosso Jornal a todos os assinantes e leitores.

Que energia, espaço e consciência nós podemos ser para criar um

ANO NOVO REALMENTE FELIZ?

ONDE TEM GENTE TEM JEITO

Com gente apaixonada pelo meio ambiente e pela possibilida-de de ajudar a construir uma cida-de com melhor qualidade de vida para todos, cresce o projeto de for-mação de uma rede de parcerias para promover o reflorestamento da zona rural e urbana de Abaeté e estimular a conscientização am-biental.

Exemplo disso são duas ações desenvolvidas em dezembro, nu-ma parceria entre o Projeto Pé de Sonho, o Sindicato dos Produtores Rurais, a Apae e a Secretaria Muni-cipal de Ação e Assistência Social, com apoio do Nosso Jornal e de pessoas apaixonadas pela causa, como o delegado aposentado Ge-raldo Cardoso.

Dia 20 de dezembro, 30 mudas de moringa, jacarandá mimoso, cedro, manga, mangaba, oiti e abacate, doadas pelo produtor Jo-

sé Manoel Ferreira, o Zezinho Pro-feta, foram plantadas no Parque de Exposição, em um clima de muita conscientização e alegria, pelo gru-po intergeracional do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do Bairro São Pedro.

Dia 28, três alunos da Apae, Pa-trick, Carol e Gabriel, e suas mães, Cícera e Kênea, plantaram ali mais seis mudas - duas delas no lugar de árvores que foram suprimidas ou derrubadas pelo vento. Dia 06 de janeiro, o plantio será feito na calçada da Apae, cujo cimento foi quebrado em alguns pontos para abrir espaço para as árvores.

E, na volta às aulas, visando es-timular a conscientização ambien-tal, será promovido um concurso de redação com o tema “Meu Pé de Sonho é Verde”, em parceria com o Sicoob Credioeste e outros patroci-nadores. Como pode melhorar?

“As pessoas estão preocupados com a natureza. A procura está muito grande, graças a Deus”, comemora Zezinho Profeta, certo de que, mais que recursos financeiros, o fundamental é ter boa vontade e amor no coração para desenvolver projetos em prol da natureza e da própria humanidade… no melhor espírito de Natal.

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Alegria, Solidariedade e Espírito de Natal nas ruas e escolas de Abaeté

Dia 25 de dezembro, cerca de 10 carreatas com distribuição de brinquedos, balas e outras guloseimas percorreram as ru-as de menor poder aquisitivo de Abaeté, fazendo a alegria da garotada. “Só quem partici-pa pode descrever a emoção e a satisfação que é entregar um simples presente nas mãos daqueles que pouco têm. Eram olhos brilhando de alegria ao ganhar um saquinho de balas, um pequeno presente ou mes-mo ter a oportunidade de abra-çar ou tirar uma foto ao lado do Papai Noel”, declara Carlos Olavo da Cunha, um dos organi-zadores da primeira ação social promovida pelo Lions Clube de Abaeté, os ATOA e a Cavalgada “Carimba que é Top” .

Armando Greco Neto, Neti-nho, do Natal Solidário Caval-gada sem Rumo, que distribuiu 800 brinquedos, balas, pipocas, pirulitos, chiclete e bombons pe-la cidade, reconhece que, “re-

almente, nenhuma criança fica mais feliz do que nós”.

A mesma satisfação é sen-

tida pelos integrantes da Mo-cidade Espírita Sementes de Luz. “Além de mais de 1500

presentes por toda a cidade, distribuímos o espírito de Natal, de Fraternidade e de Amor ao

nosso próximo. Levamos o nos-so abraço cheio de alegria por todos os lugares que passamos. Os corações jovens da nossa cidade menina estão cheios de gratidão!”, declara Carol Arruda.

Antes mesmo do Natal, vá-rias campanhas movimentaram Abaeté em dezembro. Como a tradicional “Papai Noel dos Cor-reios”, que, com a participação dos padrinhos da comunidade, distribuiu mais de 600 presentes nas escolas e casas da periferia.

Vale destacar, ainda o Natal das crianças nas escolas, nos Centros Municipais de Educação Infantil e a grande confraterniza-ção natalina promovida todos os anos na Apae pela empresária Patrícia Toledo que, além de um almoço, presenteia todos os alu-nos com presentes escolhidos por eles mesmos. O que mais é possível? Como seria cultivar es-se espírito fraterno e acolhedor do Natal no dia a dia de Abaeté em 2018?

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nossojornal / jan184

Com uma média de 1.200 alunos a cada ano, o Ginásio Estadual de Abae-té foi construído em uma área de mais de 12 mil metros quadrados, doada em 1965 por Dr. Edgardo da Cunha Pereira, seu pri-meiro diretor. A construção, autorizada pelo então go-vernador de Minas, Maga-lhães Pinto, foi realizada de dezembro de 1965 a outu-bro de 1966.

Até ser transferido para a sede própria, o Ginásio Estadual “Dr. Edgardo da Cunha Pereira” funcionou no prédio do Grupo Esco-lar Senador Sousa Viana, mantendo apenas o turno noturno.

O ensino de 2º grau foi instituído em fevereiro de 1984, no governo Tancre-do Neves. Em 1996, através

da Secretaria de Estado da Educação, a escola ganhou os seis primeiros computa-dores para uso de secre-taria, biblioteca e sala dos professores. No ano se-guinte, passou a ter a sua central de informática.

Os projetos “Acertando o Passo” e “A Caminho da Cidadania” foram implan-tados em 1998. Dez anos depois, em 2008, a escola passou a oferecer a Edu-cação de Jovens e Adultos - Ensino Médio, o Aprofun-damento de Estudos e cur-sos de Formação Inicial pa-ra o Trabalho. Em 2009, foi implementado o Projeto de Aceleração de Aprendiza-gem - PAV - Acelerar para Vencer - Ensino Fundamen-tal dos anos finais.

Hoje a escola funciona em três turnos, oferecendo

Ensino Fundamental de 6ª ao 9ª ano, Ensino Médio de 1ª a 3ª ano e EJA Ensino Médio (1º, 2º e 3º períodos).

Um dos destaques de 2017 foi a Semana Educa-ção para a Vida, realizada de 20 a 24 de novembro, com o objetivo de discutir e trabalhar matérias que não constam obrigatoriamen-te no currículo, como meio ambiente, sexualidade, pluralidade cultural, saú-de, ética e trabalho e con-sumo. Além de atividades na própria escola, em for-ma de seminários, deba-tes, palestras, exposições, feiras, exibição de filme, apresentações artísticas, os estudantes fizeram visitas à Vila Vicentina e à Apae, no espírito do Natal e da inte-gração com a sociedade.

E. E. Dr. Edgardo da Cunha PereiraA história e o trabalho de um grande destaque do Bairro Simão da Cunha

Apresentação do grupo “Música na Escola”, composto por alunos, pessoas da comunidade e de outras escolas do município, foi uma das programações.

Estudantes apresentaram peça enfatizando o combate ao preconceito e incentivo à solidariedade. Houve exibição de filme, palestra e debate sobre a violência contra a mulher.

Palestra sobre Educação Financeira e Feira de Troca como prática de economia, sustentabilidade e desapego

Alunos do 1º ano A e B montaram painéis e decoraram o espaço, chamando a atenção para as boas atitudes e sentimentos voltados para a paz e tolerância.

Alunos dos 2º e 3º anos confeccionaram bonecos com materiais reciclados que foram doados em visita posterior aos alunos da Apae e das creches do município. Foi feita visita também à Vila Vicentina com doação de alimentos e produtos de higiene pessoal

Uma Feira de Ciências abordou campanhas e trabalhos como doenças transmitidas pelo Aedes aegipty, tipagem sanguinea, aferição de pressão arterial, Outubro Rosa, Novembro Azul, Dezembro Vermelho, leishmaniose e zoonoses comuns na região.

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nossojornal / jan18 5

Dia 21 de dezembro, com muitas histórias para contar, Dona

Diva Lopes Maciel completou 85 anos de VIDA. Uma das primei-ras moradoras da parte central do bairro Simão da Cunha, ela recorda que a região da rua Dr. Edgardo da Cunha era puro mato, quando sua filha Mara comprou a casa onde moram, no final de 1997. “Dava até medo morar aqui, custei a acostumar. Fiquei uns três meses chorando de vontade de ir embora, princi-palmente quando a Mara saía pra trabalhar. Só tinha duas ca-sinhas, não passava um carro, ninguém, nada”, diz.

E não é que a vida de Dona Diva tenha sido fácil antes de fixar residência ali. Dentre os vários desafios enfrentados, ela conta que se mudou nada me-nos que 103 vezes. Essa vida cigana teve início quando se ca-sou, aos 14 anos de idade, e foi acompanhar o marido, Divino, nas lavouras de café e nas carvo-eiras. “Moramos quase oito anos no Paraná e só lá nós mudamos 48 vezes, trabalhando em cafe-zais. Às vezes, a gente chegava em um lugar e nem rancho tinha pra morar. A gente colocava as tralhas debaixo de um pau e dormia lá semanas, até fazer o rancho. Fui mudando e contan-do, mudando e contando... Era pior que cigano”, recorda.

Um dos seus 13 filhos, Van-derlan, nasceu no caminho, entre uma fazenda e outra. “Ganhei o menino embaixo de um poleiro de galinha”, histo-ria. “Meu marido andava na frente levando a carroça com a mudança e eu ia atrás, a pé. Comecei a sentir muita dor e falei que não dava conta de ca-minhar mais. Ele me levou para um ranchão todo aberto que encontrou no meio do cerrado, só com uma cobertura de bica de coqueiro, raspou o lixo com a enxada, fez um girau de vara, colocou o colchão em cima e foi chamar a parteira. Quando D. Maria chegou, o menino nas-ceu, no meio daquela galinhada que ficava lá. Ficamos ali mais quatro dias. O pior foi depois,

quando chegamos no rancho da fazenda, que era pura lama de enxurrada. Tive hemorragia, passei a noite toda perdendo sangue e quase morri. Tiveram que chamar uma mulher pra me benzer”, narra, com uma voz sempre alegre e vibrante.

A mesma voz que revela momentos felizes da infância, quando acompanhava o irmão sanfoneiro todo sábado, nas festas nas roças, dançava e can-tava até ficar rouca. E momentos mais difíceis, como a doença da sua mãe, que a obrigou a assumir as responsabilidades de cozinhar para a família, aos 10 anos de idade. “Eu era tão pequena que punha um caixo-te perto do fogão pra mexer as panelas. Quando eu cresci mais, andava seis quilômetros toda manhã com a gamela na ca-beça pra cozinhar pros compa-nheiros que ficavam na lavoura. Meu irmão enchia os cargueiros com a colheita e eu levava pra casa sozinha. Quando eu ca-sei, não estranhava serviço ne-nhum, sabia fazer de tudo”, re-corda a caçula de 11 irmãos, que

era apaixonada pelo primeiro namorado, José, mas acabou terminando o namoro por im-plicância da mãe e se casando com um jovem de quem não gostava. “Acabei acostumando com ele. Logo mudamos pra longe e eu passei mais de se-te anos sem ver minha família. Quando voltei do Paraná, já era mãe de cinco filhos”, menciona.

Uma história interessante foi como aprendeu a ler e a es-crever. “O meu avô, que eu não conheci, era professor. E o meu pai guardava uma caixa de ma-deira trancada com os livros e cadernos que tinham sido dele. Quando eu completei 11 anos, pedi a chave para olhar esses livros. Naquela época, a gen-te escrevia enfiando a pena no tinteiro. Comprei um vidrinho de tinta e, nas horas de folga, eu pegava esse material, deitava de bruços na cama e ficava es-tudando. Dois meses depois, eu sabia tudo. Dos 11 irmãos, fui a única que aprendeu a ler e a es-crever”, destaca, orgulhosa.

Com essa habilidade, quan-do morava no Paraná, era pro-

curada pelas companheiras para escrever cartas para os parentes que tinham ficado no Norte e Nordeste do Brasil, en-quanto elas tentavam a vida com os maridos no Sul. “Quan-do chegava a resposta, também era eu que lia pra elas”, ressal-ta. Dona Diva também escrevia cartas para a mãe, que sabia ler em letra de forma. Inteligente, chegou a aprender um pouco de japonês, com uma criança de família nipônica que sempre “fugia” da casa dos pais para passar o dia com ela. “Era doida comigo”, salienta, sorrindo.

Muito falante, ela se emo-ciona ao recordar um dos fatos mais tristes e assustadores que vivenciou, aos 15 anos, em terras paranaenses: a doença e mor-te do primogênito Hilton. “Meu primeiro menino sofreu doen-ça de macaco (Mal de Simioto). Quando ele morreu, era a mes-ma coisa de você ver um maca-quinho. É a doença mais triste, mais esquisita que eu já vi. Ele foi deformando, ficando peludo e cada vez mais magro. Tinha bigodinho, cabelo, barba, os de-

dos compridos e nada que ali-mentava ficava no estômago. Vi-via com ele no médico, nenhum deu conta de curar. Ele morreu com um ano e oito meses”, re-corda Dona Diva, que também perdeu o quarto filho, Antônio, com seis meses de idade.

Já o marido faleceu em 1968, quando a família morava na zona rural de Abaeté, em Ta-bocas, após viver em diversas regiões mineiras, como Betim, Papagaios, Buritis, Morada No-va. “Fiquei viúva com 11 filhos pequenos. A Mara, que ficou no lugar do mais velho, só tinha 13 anos, e a caçula, Ana Cláudia, nasceu um mês e seis dias de-pois que meu marido morreu. Foi uma fase difícil demais. A sorte é que todo mundo das Ta-bocas levava ajuda. Os vizinhos matavam capado e levavam pe-daços pra mim, faziam farinha e me davam. E umas pessoas faziam promessa pra Santo An-tônio de levar dinheiro pra me ajudar a cuidar dos meninos, do tanto que a vida estava difícil pra mim”, conta.

(Continua na pág. 06)

A história de vida inspiradora de

UMA VERDADEIRA DIVA!

Sempre sorrindo, Dona Diva passa boa parte do dia rezando, em seu quarto, transformado em um pequeno santuário, impregnado com a energia da fé, da alegria, do amor e da gratidão pelos 85 anos de Vida, com todos os desafios, dores e prazeres que tem experimentado.

Texto e Foto: Christiane Ribeiro

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nossojornal / jan186

Quando a caçula completou 28 dias de vida e os filhos

José Onofre e Reinaldo foram proibidos de trabalhar com o tio na carvoeira, onde ganhavam alguns trocados para ajudar no sustento da família, Dona Diva arrumou um “emprego de peão” na fazenda do padrinho de Ana Cláudia. “Trabalhei 17 anos ali, batendo pasto, enchendo forno na carvoeira, picando lenha de machado, cozinhando, lavando roupa. Depois, meu patrão ven-deu a fazenda, mudou para o Paraná, e me deu uma casinha que tinha lá na beira do asfalto. Morei nessa casinha uns três anos. Nessa época, a Mara e a Neusa já trabalhavam em casas de família, em Abaeté, o Reinal-do estava no Paraná com meu patrão e o Zé em São Paulo. Mo-rava na casa com sete crianças pequenas, e elas ficavam com medo demais quando eu saía pra trabalhar nas fazendas. As pessoas chegavam lá pedindo comida, outras ficavam rondan-do a casa. Ninguém tinha sosse-go. Era uma casinha sem segu-rança nenhuma, tipo um rancho de tijolo, sem reboco, sem ener-gia”, lembra.

Com uma memória espeta-cular, inclusive para datas, Do-na Diva conta que deixou esse casebre na estrada dia 17 de agosto de 1979 e veio para a cidade com os filhos Vanderlan, Reginaldo, Húngria, Brígida, Ro-mualdo, Nivaldo e Ana Cláudia.

Mara, a única dos 11 filhos que não se casou para cuidar da mãe, alugou uma casinha para a família. “Quando vim pra Abaeté, trabalhei em seis casas como doméstica. Trabalhei seis anos com Dona Tininha, mãe do Sizínio, dois anos com a Anita Cordeiro, trabalhei com a Zélia do Valter, com a Silvana irmã do Nelson... Amanhecia o dia, saía com a sacola e chegava de tarde. Arrumava casa, la-vava, passava, fazia comida... Trabalhei até 60 anos. Até ho-je, quando o povo me vê, fala: ‘Não acredito que é dona Diva que tá viva, o tanto que essa mulher trabalhou... Na roça, o meu patrão me emprestava pa-ra os outros fazendeiros quando tinha um algodão pra apanhar, um pasto pra bater... Acostumei. Não sentia nada, dor de cabeça,

nada”, ressalta.Hoje, Dona Diva é encarrega-

da pela filha de ajudar na arru-mação da cozinha. “As vasilhas sou eu que lavo, deixo tudo bri-lhando... E, de vez em quando, ainda costuro. Não aguento ficar muito quieta não”, completa ela, lembrando que, além dos filhos, cuidou de um cunhado que não tinha pais, dos 5 aos 19 anos de idade. E, atuando como partei-ra, já ajudou muitas mães a dar à luz suas crianças. “Sei de cor uma oração de cinco páginas de livro para ficar com as mu-lheres pra ganhar menino”, diz.

Assim é Dona Diva, cujo no-me, derivado do latim “divus”, significa deusa, uma mulher muito bonita, uma estrela, uma musa. Com direito a uma boa dose de vaidade. Após a entre-vista, a bela senhora de olhos esverdeados tinha horário mar-cado com a manicure. Conta que faz questão de manter as unhas sempre grandes e pinta-das. “A alma da mulher são as unhas”, define.

Muito satisfeita de morar em uma bela casa no Bairro Simão da Cunha, ela conta que “ho-je isso aqui é uma beleza, está tudo perto, as vizinhas todas me conhecem, algumas trazem crianças pra eu benzer. Benzo erisipela, cobreiro, vento vira-

do, quebrante, espinhela caída, benzo crianças, gente grande, benzo em casa, benzo de lon-ge”, conta, com satisfação, mos-trando o seu quarto, que mais parece um santuário, cheio de altares e imagens, impregnado com a energia da fé, da alegria e da gratidão pela Vida, com tu-do o que ela é.

MARA, UMA MULHER MARAVILHA!!!

Mulher de fibra, como a mãe, Mara das Dores da Con-ceição Alves nunca chegou a se casar, mas considera os irmãos mais novos como filhos. “Sem-pre brinco que não tive infância, não tive adolescência, nada. Era só ajudar a criar irmão. Foi as-sim desde os sete anos de ida-de”, diz Mara, que sempre teve como objetivo de vida estudar, trabalhar, ser independente. E batalhou muito para concretizar essas metas.

Quando perdeu o pai, aos 13 anos, e a mãe saía de ma-drugada para trabalhar, Mara teve que abandonar a escola, no terceiro ano, para se dedicar integralmente a cuidar da casa e das crianças. “Como minha mãe aprendeu a ler e a escrever sem ir à escola, falava que todo mundo podia aprender sozinho.

Na época, a gente morava mui-to perto do grupo das Tabocas. A professora me deu dois cader-nos e eu escrevia algarismo ro-mano todo dia, escondido, antes da minha mãe chegar. Quando preenchi o caderno, mandei pa-ra Dona Maria corrigir. Acho que não errei nada. Ela ficou com tanta pena de mim que me falou para levar as crianças que ia me deixar assistir algumas aulas. Eu ia com aquela penca de menino pra escola, uns cinco pequenini-nhos. Assim que eu começava a concentrar na aula, um chorava no pátio, eu tinha que sair doi-da, correndo... foi aquela vida”, recorda.

Nem por isso Mara desistiu de estudar. Quando se mudou para Abaeté para trabalhar co-mo doméstica na casa de Do-na Luzia, ela conseguiu fazer o terceiro e o quarto ano à noite, na Escola Reunida. Depois, com a ajuda do professor Antônio, passou na prova de admissão do Estadual. “Quando eu fui pra roça e contei pra minha mãe que tinha tirado o primeiro lu-gar no quarto ano e passado na prova do Estadual, ela não deu a mínima. Falou: ‘ah, nunca vi gente pobre estudar’. Fiquei tão decepcionada! Mas Deus aju-dou. Eu não tinha dinheiro nem pra comprar um sapato, tudo o

que ganhava eu mandava pra minha mãe, pra ajudar a criar os meninos. A Lelei é que me deu o uniforme diário, o uniforme de educação física e um sapa-to que eu usei nos quatro anos que estudei no Estadual. Ele era de verniz, tinha só a capa, ficava brilhando por cima, mas todo fu-rado por baixo”, historia.

Assim, com muita garra, tra-balhando como doméstica e de-pois no armazém de ração do Pedro Marques, ela se formou na oitava série e fez o segundo grau (Contabilidade) na CNEC. “Fiz também um curso de Con-tabilidade geral por correspon-dência, que me deu uma base muito boa. Tanto assim que a Triama estava procurando todo mundo que tinha feito Contabi-lidade, e a única que deu conta de entender o trabalho fui eu. Trabalhei lá seis anos”, conta Mara, que trabalhou também na Brahma por 16 anos e no Posto São Sebastião da Aldeia por seis anos.

Quando se aposentou, fez o financiamento para comprar a casa, onde mora com a mãe, no bairro Simão da Cunha. “Hoje, eu falo com ela: ‘se eu não tives-se estudado, a senhora não te-ria a vida que tem hoje’. Foi com meu estudo, graças a Deus, que eu adquiri as coisas”.

DONA DIVA E MARA DAS DORES: duas mulheres de fibra. E muito amor!

Continuação da matéria iniciada na pág. 05

Mara e Dona Diva: exemplos de coragem, amor, dedicação e da força das mulheres que sabem o que querem.

Texto e Foto: Christiane Ribeiro

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nossojornal / jan18 7

Feliz e Próspero Ano Novo!São os votos do

"Que 2018 seja uma porta aberta para novos sonhos, renovações de fé e

muita Paz para o nosso mundo."

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RUA DONA NICOTA

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RUA HERCULANO DE SOUZA

RUA GABRIEL ROSA BOTELHO

RUA TENENTE EZEQUIEL

RUA EDGARDO DA CUNHA

RUA ENGª. PALMÉRIO

RUA JUCA LAGE

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CÂMARAMUNICIPAL

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Tem início na margem direita do Córrego Olhos D'água, sobre a sua ponte noprolongamento da Rua Jader Moura e segue pela mesma até encontrar a Rua BrigadeiroEduardo Gomes , daí vira-se a esquerda e segue por um pequeno trecho da mesmaaté encontrar a Av. Maria Amália Portes, daí vira-se a direita e segue pela mesma atéencontrar a Praça Edgardo Abreu contornando a mesma pela direita até encontrar a ruaFrei Orlando, daí vira-se a direita e segue pela mesma até encontrar a Rua Frei Teófilo,daí vira-se a direita e segue pela mesma até encontrar a Rua 13 de Maio, daí vira-sea direita e segue pela mesma até encontrar a margem direita do Córrego Olhos D'Água,daí segue a mesmo até encontrar o ponto onde teve início esta linha perimétrica.

PONTO DE INICIO DA LINHA PERIMÉTRICA

História e desafios do Bairro Simão da Cunha

em destaque

Até a década de 40, toda a área compreendida hoje entre o Córrego Olhos D’água e o cruzamento das ruas 13 de maio, Frei Teófilo, Frei Orlando, Avenida

Maria Amália Portes e Jader Moura pertencia à Fazenda Ma-ritaca, no lugar Invernada, de propriedade de Dr. Edgardo e Dona Alda Vianna da Cunha Pereira.

Em entrevista publicada na edição de setembro 2000 do Nosso Jornal, o filho do casal, Dr. Aloysio da Cunha Pereira, contou que, até então, era considerada cidade somente a área que ia até a atual Avenida Simão da Cunha (que se cha-mava Delfim Moreira).

O primeiro loteamento de parte da fazenda foi feito nos anos 40, a pedido de Dona Alda. Naquela época, foram aber-tas as três primeiras ruas: Barão do Indaiá (que não faz mais parte do bairro), Frei Teófilo e Oscar Viana. Os lotes foram ven-didos rapidamente e, na década de 60, a família doou todo um quarteirão, uma área de mais de 12 mil m2, para a cons-trução do Ginásio Estadual de Abaeté.

Com a morte de Dona Alda, em 1977, uma nova faixa de terra foi loteada pelos herdeiros. Quem se lembra bem desse fato é o filho de Dr. Aloysio e neto de Dona Alda, Aloysio Ma-theus da Cunha Pereira. “Vovó deixou uma fazenda de 30 al-queires para dividir entre os 10 filhos. Eles resolveram loteá-la e chamaram o Zé Bão para fazer a divisão topográfica. Deu um total de 690 lotes. Meu pai, o tio Edgardo e o tio Zé Cândido, que moravam em Abaeté, coordenaram o sorteio, através de uma cumbuca, tirando os 69 lotes para cada filho. Não houve nenhuma confusão, todos aceitaram ser representados pelos três irmãos que moravam em Abaeté. A partir daí, os filhos fo-ram vendendo os lotes. Meu pai vendeu todos. Outros, como o Osvaldo Melo, filho da tia Aldinha, ainda não vendeu nenhum. A maioria, senão todos os lotes vagos que ainda restam no bairro, são da família”, historia Matheus.

Ele lembra que, naquela época, quem fazia o loteamento não precisava se preocupar com a sua urbanização. Ao con-trário do que prevê a legislação atual, as obras de infraestru-tura, saneamento básico, rede de esgoto, rede pluvial, água e luz ficavam a cargo da administração municipal.

De Esplanada a Simão da CunhaInicialmente, o bairro foi chamado de Esplanada, devido à

nivelação feita em uma área pouco abaixo de onde se encon-tra hoje a Rua Oscar Viana, para a instalação de uma estação ferroviária. Isso aconteceu por volta de 1914. Com a mudança de governo, a estrada de ferro teve sua localização alterada, e o local passou a ser conhecido como esplanada.

Em 1983, a Câmara Municipal de Abaeté decidiu homena-gear o filho de Dona Alda, Simão da Cunha, pelo seu destaque no meio político, como deputado estadual e federal, alterando o nome do bairro.

Localizado entre o Córrego Olhos D’água e o cruzamento das ruas 13 de maio, Frei Teófilo, Frei Orlando, Avenida Maria Amália Portes e Jader Moura, o Bairro Simão da Cunha surgiu do loteamento da Fazenda Maritaca, de Dona Alda Vianna, na foto (de 1971) entre a filha Ana Maria (Tatá), o filho Aloysio e o amigo da família, Ronan Soares.

Foto cedida por Matheus da Cunha Pereira

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nossojornal / jan188

Rua Dr. Antônio Amador, 516 - Centro - Abaeté - MG

Um dos primeiros mo-radores do chamado “Beco das Galinhas”,

o Sr. Adelino Vital de Souza as-segura que “dentro do Abaeté, não tem lugar melhor para mo-rar do que aqui não”. “Tanto que pobre não dá conta de comprar um lote aqui mais”, completa ele, que, há cerca de 45 anos, comprou o terreno para construir sua casa, no prolongamento da Rua Jader Moura, por um conto de réis. “Quando eu comprei, tinha só seis casinhas aqui pra baixo. Agora, estamos quase no centro, perto de tudo”, compara.

Conversar com ele é ouvir um pouco da história de Aba-eté. A começar pela sua idade. “Tenho 86 anos, mas no papel estou com 93. Naquela época, os pais só batizavam, não saí-am da roça pra registrar a gente na cidade. Eu fui registrado pra votar. Os fazendeiros mais anti-gos punham a idade que que-riam. Nossos pais, analfabetos, coitados, eram comandados por eles. Quando eu fui registrado pra casar, estava com 17 anos, mas me puseram oito anos mais velho, porque só votava com 25 anos”, historia Seu Adelino, que, na época, morava na Serra do Tigre, região comandada poli-ticamente pelo PDS dos Álvares da Silva.

Depois, ele conta que traba-lhou 20 anos para o Dr. Aloysio da Cunha Pereira, na fazenda de Dona Alda Vianna, que mais tar-de deu origem ao Bairro Simão da Cunha. “A cerca do pasto era no canto do muro do Estadual, a única construção que tinha por esses lados. Tudo o mais era ca-pineira, vacas. O retiro era perto de onde hoje é uma loja de ba-terias, onde tem um predinho de dois andares. Ali tinha uma mina d’água bonita demais, que caía no córrego. Depois que Dona Alda morreu, os filhos lo-tearam a fazenda. Acompanhei esse bairro. Quando eu comprei aqui, era a mesma coisa de ro-

ça”, enfatiza.Animado contador de cau-

sos, Sr. Adelino pergunta: “Sabe por que chama Beco das Ga-linhas? Antigamente, só tinha passagem pra carro de boi e ca-valo. Lá embaixo, era um corgui-nho, não tinha a ponte, a gente passava dentro d’água. O povo vinha a pé da Lagoa de Santa Maria, onde eu morava, carre-gando galinhas amarradas em um pau, de cabeça pra baixo. Uma vez, escapuliu um casal no meio da capoeira e o moço que carregava não deu conta de pegar. Quando dava a madru-gada, o galo cantava. A galinha chocou, vieram os pintinhos, mas ninguém nunca pegava, porque era um mato danado. Então, o córrego chama Córrego das Galinhas por causa desse casal que escapuliu e foi morar lá. Isso deve ter uns 90 ou 100 anos. Meu pai contava, então é verdade. Os antigos não men-tiam”, acredita.

Ele continua: “Eu lembro da cidade sem um palmo de cal-çamento. Os postes eram no meio da rua, com uma luzinha vermelhinha, ruinzinha, que não clareava nada. Perto da igreja de Nossa Senhora do Rosário, era uma lagoa onde os mais

antigos pescavam traíra. Sabe onde nascia a mina? Na porta do armazém do Expedito Marques. A gente vinha da fazen-da com carro de boi e dava água para os animais era lá. Depois foi baixando, baixando. A água do Corguinho do Buracão vinha desse lugar”, relata Seu Adelino.

Voltando ao bairro Simão da Cunha, ele recorda também a época da construção da rodo-viária, nas terras do Dr. Aloysio. “O povo criticava demais, falava que estavam construindo a ro-doviária no subúrbio da cidade. Nessa época, até lobo vinha aqui, a gente tinha que criar as galinhas fechadas, senão os lobos comiam. E até na época do Dr. Carlos, era uma escuri-dão danada aqui. Ele que deu a luz aos moradores e abriu a rua da Itambé, que era fecha-da. E quem deu essas casas pro pessoal foi o Dr. Aloysio e o Hé-lio Faria. Era um beco, sobravam umas beiradas. Eles iam pedir ao Hélio Faria se podiam fazer uma casinha, ele deixava. Com o Dr. Aloysio, era a mesma coi-sa. Depois, passado um tempo, o povo ia na Prefeitura e pegava

a escritura. Eu sei da história to-da aqui”, assegura.

A trajetória de vida de Seu Adelino, “bisneto de uma índia pega no laço”, também se mis-tura com a história do Congado e da Folia de Reis em Abaeté. “Acompanho o congado e a fo-lia desde o tempo do meu pai (Júlio Vital de Sousa). Não tinha congado na cidade, o povo dan-çava era na roça. Meu pai era um capitão velho, eu era peque-no, ele me carregava no colo”, recorda Seu Adelino que, há 40 anos, ajudou o irmão, Geraldo Julião, a fundar o terno Congo Penacho, do qual é o sanfoneiro oficial.

Como todos os anos, à meia noite do dia 24 de dezembro, ele saiu, pelas casas dos devo-tos, com a tradicional Folia de Reis Geraldo Julião e Irmanda-de, cantando a história do nas-cimento de Cristo, quando os três reis magos foram visitar o

Menino Jesus na manjedoura. “Andamos três dias, cerca de 60 casas por dia. A Folia, pra andar direitinho com Santos Reis, não pode ter bebidas, nem na mesa, na hora da comida. Andamos pela religião, não é farra não. No tempo do meu pai, ninguém comia carne antes da meia-noi-te”, diz.

No dia 27 de dezembro, Seu Adelino recebeu todos os foli-ões, familiares e amigos para um jantar na sua casa. Antes da comida, rezaram o terço, canta-ram e tocaram, agradecendo e abençoando o alimento. “Folia e congado é pra quem gosta. A gente tem um milagre de Deus, que não sente canseira não. Eu bato sanfona três, quatro dias e, no dia seguinte, eu to bão. Tô com 86 anos, tô bem de saúde, não tem tristeza comigo não”, finaliza o sanfoneiro, que toca também no coral da igreja e no Terço dos Homens.

Seu Adelino: histórias de vida, HISTÓRIAS DE ABAETÉ

Texto e Fotos: Christiane Ribeiro

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Simão da Cunha, um bairro com grandes DESAFIOS E PROBLEMAS ESTRUTURAIS

Com boas construções e em franco processo de crescimento e verticalização, o Bairro Simão da Cunha enfrenta, como um dos principais desafios, a pre-cariedade de sua rede pluvial. Que o digam os moradores das imediações das ruas Brigadei-ro Eduardo Gomes, Dr. Antônio Amador, Tenente Ezequiel e 13 de maio, que, no período chu-voso, recebem a enxurrada de boa parte da cidade, provocan-do estragos na via pública, nas residências, móveis, veículos e equipamentos domésticos.

A solução, debatida há vá-rios anos, seria a construção de uma galeria pluvial - uma obra considerada cara e complexa, que vem sendo prometida e procrastinada por diversas ad-ministrações.

Segundo o secretário munici-pal de Desenvolvimento Econô-mico e engenheiro Ângelo De-feo Neto, morador da Rua Oscar Viana, “para executar essa obra, é preciso um projeto de dimen-sionamento da rede pluvial. Ca-so contrário, corremos o risco de fazer uma obra cara, que não suporte a enxurrada. Essa me-dida de bacia hidrográfica não é algo simples, nem barato. A Prefeitura pretende contratar uma empresa especializada em 2018 para elaborar esse projeto, embora não disponha de recur-sos próprios e não exista verba governamental para o projeto executivo. Espero que encon-tremos uma solução para esse problema e recursos para exe-cutar a obra, junto a emendas de parlamentares.”

Apesar desse grande desa-fio, ele acredita que a tendên-cia do bairro e da região é só de melhorias. “A UBS Heliana Valadares, por exemplo, está em fase final de construção e esperamos conseguir recursos para a pavimentação da Rua Dona Nicota antes da sua inau-guração. Já está pronto o proje-

to, que prevê a canalização da água pluvial que desce da Av. Dr. Guido em direção ao córre-go, e a pavimentação dos dois quarteirões. O prefeito Armando Greco Filho tem buscado inces-santemente recursos para essa obra, orçada em torno de R$ 300 mil”, informa o engenheiro.

Segundo Ângelo, nos próxi-mos dias, deve começar o reca-

peamento da rua Oscar Viana. “Houve um atraso nessa obra, porque a empresa que venceu a licitação pediu rescisão do con-trato e a Prefeitura teve que fazer todo o processo novamente. Já temos uma nova ganhadora e metade do valor da obra já está depositada na conta da Prefeitu-ra. Estamos aguardando a Cai-xa autorizar o serviço”.

Outro problema apontado pelos moradores é “o mato nos canteiros centrais e lotes vagos, com a consequente proliferação de baratas, ratos, escorpiões, cobras, além do acúmulo de sa-colas vazias e garafas pet, o que aumenta o risco da dengue na cidade”.

Segundo a fiscal Aline Alves, os proprietários dos lotes estão

sendo notificados pela Prefeitu-ra, com a cobrança de uma taxa de serviço de limpeza e multa, conforme o Código de Posturas do município. “Contamos com o apoio da população para nos ajudar a identificar os proprietá-rios desses lotes, sabendo que muitos não moram na cidade, o que dificulta nosso trabalho”, diz.

O grave problema enfrentado pelos moradores das imediações das ruas Brigadeiro Eduardo Gomes, Dr. Antônio Amador, Tenente Ezequiel e 13 de maio no período chuvoso tem sido constantemente denunciado por eles na rede social, cobrando uma solução do Poder Público.

O transtorno, que foi amenizado em novembro de 2017, com patrolamento e cascalhamento da rua Brigadeiro Eduardo Gomes, só deve ser resolvido com a construção de uma galeria pluvial, obra considerada muito cara e complexa pelas administrações municipais.

Outro problema apontado pelos moradores é a falta de limpeza e manutenção dos lotes vagos. Já a Rua Dona Nicota, onde a UBS Heliana Valadares está em fase final de construção, deve ser asfaltada este ano, com a canalização da água pluvial.

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nossojornal / jan1810

Um dos maiores, senão o maior problema do Bairro Si-mão da Cunha, há vários anos, é certamente a Lagoa Sanitária, projetada pela antiga Comag (atual Copasa), no ano de 1972, e construída pelo então prefeito Dr. Canuto, num projeto revolu-cionário para a época.

Reclamações quanto ao mau cheiro sempre foram cons-tantes e “soluções” diversas, até pitorescas, foram implantadas, ao longo dos anos, tentando minimizar esse incômodo. Uma delas foi a introdução de gansos e patos, encarregados de revol-ver a parte sólida do esgoto, que ficava no fundo da lagoa.

Outra medida, adotada no final dos anos 70, foi colocar um funcionário dentro de uma ca-noa com uma pá para retirar a nata de óleo e esgoto que ficava sobre a água, dificultando a pe-netração dos raios solares.

Depois, vieram os aguapés, surgidos não se sabe ao certo de onde, que tomaram conta de toda a lagoa por vários anos.

Hoje, após receber um ater-ro para facilitar o trabalho de controle de insetos pelo setor de saúde, a lagoa está comple-tamente assoreada e seca, ser-vindo apenas como passagem do esgoto da área central da ci-dade, que cai no Córrego Olhos d’Água e deságua no Marme-lada. Com isso, o mau cheiro diminuiu. Mas o meio ambiente fica cada vez mais comprometi-do. Até quando?

O contrato firmado em ju-nho de 2016 entre a Adminis-tração Municipal e a Copasa,

prevê que, até o final de 2018, já estará em vigor o tratamen-to preliminar do esgoto, com a construção das redes coletoras, dos interceptores e da estação elevatória. Já a estação comple-ta de tratamento (ETE) deve estar concluída até 2020.

A dúvida geral é: esse com-promisso será cumprido? Mais de um ano depois da renovação da concessão, nem mesmo fo-ram implantadas as redes cole-toras para atender às cerca de

2.500 residências que utilizam fossas negras na zona urbana - definidas como prioridade ab-soluta na época.

Embora a Copasa não tenha sequer apresentado o prome-tido cronograma de obras, o secretário e engenheiro Ângelo Defeo Neto acredita que o pro-jeto para construção da ETE está bastante adiantado. “Em no-vembro, participei de uma reu-nião com o chefe do distrito de Divinópolis da Copasa, Dr. João

Martins, e fomos até a área on-de pretendem implantar a ETE, que será compacta, moderna, num modelo que funciona bem no estado de São Paulo, em áreas reduzidas, sem mau chei-ro. Abaeté deve ser a primeira cidade de Minas Gerais nesse modelo. Segundo ele, o levan-tamento das quatro bacias ele-vatórias e dos interceptores que vão receber o esgoto das redes coletoras e jogar para dentro da ETE está pronto”, adianta.

Após a construção da ETE, a Prefeitura planeja implementar um parque na área mais úmi-da da lagoa. “Em outras partes mais sólidas, que somam mais de 20 mil metros quadrados, a Prefeitura poderá construir pré-dios públicos, como escolas, creches, Creas, Cras. São várias possibilidades. O fato é que, quando a lagoa sair dali, vai melhorar muito o desconforto para os moradores, a cidade e o meio ambiente”, acredita.

Quando será resolvido o problema da lagoa sanitária, com a construção da ETE?

A lagoa em três fases: quando ainda funcionava parcialmente o sistema de tratamento de esgoto, depois coberta por aguapés..e hoje, completamente seca e assoreada, coberta por capim e barro, onde alguns deixam o gado pastando. O que virá na sequência?

Residentes há 17 anos na Avenida Dr. Guido (antiga Sete de Setembro), perto da lagoa e da UBS em construção, Regina Augusta Braga e seu filho Wa-lace também figuram entre os primeiros moradores da parte baixa do bairro Simão da Cunha e têm histórias para contar

“Quando viemos morar aqui, era tudo rua de terra. Não tinha energia, rede de esgoto, nem água. Estavam começando a construir a pracinha da avenida Dr. Guido e tinha só três casas de lá pra cá. A Rua Dona Nicota,

Memórias dos primeiros moradores do bairro.Regina: a Rua Dona Nicota, onde estão construindo o PSF, virava uma lagoa onde o pessoal nadava na época das chuvas.

onde estão construindo o PSF, ficava alagada na época das chuvas. Eu lembro que as pes-soas ficavam nadando e pulan-do de ponta ali, naquela água vermelha. Tinha muita mina que brotava nessa época”, recorda Regina, satisfeita com o grande crescimento do bairro.

Para ela, o único problema é a lagoa. “Antes, tinha um mau cheiro insuportável. Hoje, não, porque o esgoto está caindo direto no córrego, infelizmen-te. A gente fica triste pelo meio ambiente. Eu lembro que, quan-

do vim pra cá, via os peixes na água limpinha, cristalina do córrrego. Hoje em dia, só se vê cocô boiando...”, lamenta.

As mesmas lembranças são compartilhadas por Walace (Ja-pão), que recorda também do campo de futebol, onde brin-cava com Rogério Coelho, seu primeiro amigo no bairro, e os meninos do Beco das Galinhas. “Era e é uma turma muito unida”, ressalta, animado com as pers-pectivas de melhorias no bairro, onde também gosta muito de morar.

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nossojornal / jan18 11

Sejam bem-vindos os pe-queninos cidadãos recém--chegados à Cidade-Me-nina: Anthony Gabriel (dia 30/11, filho de Evilliny Isabela e Otávio Luiz), Lara (dia 04/12, filha de Tainara Lo-rena e Lucas), Bernardo

(dia 05/12, filho de Daniela Maria e Ramon), Lavínia Helena (dia 05/12, filha de Marcela Carla e Antônio Júnior), Matheus Eduardo (dia 05/12, filho de Isabel e Eduardo Roberto), Luiza (dia 07/12, filha de Jéssica e Filipe), Miguel (dia 08/12, filho de Liliane Geralda e Lauri), Rayssa Aparecida (dia 11/12, filha de Valéria e Rui Sérgio), Théo Henrique (dia 11/12, filho de Iolanda Aparecida e Paulo Henrique), Natiele Aparecida (dia 17/12, Amanda Aparecida e Carlos Antônio), Victor Emanoel (dia 17/12, filho de Roberta e Tiago Fabrício), Bryan (dia 18/12, filho de Elaine Aparecida e Anderson), Daniel Antônio (dia 18/12, filho de Ronilda), Luiza Victória (dia 18/12, filha de Rejiane Juvercina e Luiz Henrique), Gabriel Antônio (dia 20/12, filho de Elizabete Aparecida e Stênio Eugênio), Thimberly Mariany (dia 20/12, filha de Carolina), Gabriel (dia 21/12, filho de Renata e Fábio), Helena Vitória (dia 26/12, filha de Adrielle), Ágatha Gabrielly (dia 27/12, filha de Aline Taís e Pedro Henrique), Maria Júlia (dia 29/12, filha de Gláucia Daniele e Flávio Aparecido).

Parabéns aos novos casais: Bruno Augusto da Costa Leão e Raíssa Tassiana Lamounier Ma-chado (dia 01/12), Edvar Antônio Eloi Filho e Lilian

Monique Pereira da Silva (dia 01/12), Mateus de Oliveira Santos e Taís Lorena Pereira da Silva (dia 02/12), Carlos Roberto Ferreira Leite e Ana Karoline Xavier (dia 08/12), Fabrício Antônio de Sousa Delgado e Elizete Roberta de Freitas (dia 08/12), Márcio Antô-nio Pereira e Iolanda Aparecida da Silva (dia 08/12), Antônio Carlos Ferreira e Natália Freitas Campos (dia 15/12), Otacílio Afonso De Oliveira Júnior e Giselle Corrêa Silva (dia 15/12), Alexandre Geraldo de Sousa e Adriane Luzia da Silva (dia 29/12), Geraldo Magela da Silva e Derci Maria Gomes Ferreira (dia 29/12), Geraldo Magela da Silva e Silvana Mendes da Silva (dia 29/12), Haroldo Dias e Maria Helena Assis (dia 29/12), Jorge Antunes de Oliveira Pires e Amanda Alves da Silva (dia 29/12).

Noticiamos a partida dos seguintes conterrâneos de volta à Pátria Espiritual: Terezinha Maria de Jesus (dia 02/12), Adilson Batista de Melo (filho do João Fer-nandes e irmão do cantor

Arilson Melo, dia 05/12), Maria Alves de Oliveira (dia 06/12), Maria da Glória de Campos Oliveira (mãe do Paulo do táxi, dia 06/12), Amador Raul Barcelos (dia 07/12), Eunice Bernardes Valadares (mãe do Tiquete e do Marcinho Valadares, dia 08/12), Zulmira Alves de Andrade (dia 13/12), Vicente Teodoro da Silva (dia 16/12), Evandro José Fagundes (dia 19/12), João Alves de Sousa (João da Binha, dia 24/12), Maria Pereira dos Reis (dia 24/12), Nicolau Ferreira da Silva (dia 26/12), Agmar Alves Pereira (pai do Éder, dia 27/12), Maria de Fátima de Jesus (dia 29/12), José Antônio Gonçalves (funcionário da Pax Santana, dia 30/12).

Bairro Simão da Cunha EM FATOS E FOTOS

O bairro, que até pouco tempo só ia até a Rua Jader Moura, cresceu com algu-mas modificações feitas re-centemente pela Prefeitura Municipal.

Hoje, de acordo com o mapa e o memorial descri-tivo, ele engloba também a Rodoviária e a Câmara Municipal, que antigamente eram parte do bairro Ama-zonas.

Em 2017, te-ve início também a construção da pista de skate e o processo de revi-talização da Praça José Pinto Cardo-so, no bairro Simão da Cunha - mais uma reivindicação antiga da popu-lação de Abaeté, mais uma opção de lazer e esporte na cidade.

Em dezembro, o Beco das Galinhas, considerado o pedacinho pobre do Bairro Simão da Cunha, é passagem obrigatória das carreatas de Natal Solidário promovidas por diversos grupos e clubes de serviço em Abaeté.

Uma das obras mais importantes realizadas em 2017 no bairro Simão da Cunha foi o reca-peamento do prolongamento da Rua Jader Moura, popularmente conhecido como Beco das Galinhas, esperado há cerca de 30 anos pelos moradores locais.

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nossojornal / jan1812

O SICOOB CREDIOESTEparticipa desta promoção.

2017 foi um ano muito atípico, mas de muito aprendizado. A gran-de maioria de nossos associados foi afetada pela atual economia pratica-da no Brasil. Os associados particu-larmente da classe rural, com a eco-nomia básica de produtos primários, foram os mais prejudicados.

O Sicoob procurou buscar os re-cursos necessários para suavizar esse momento econômico, que é uma realidade não só do Brasil, mas também de outros países. Promoveu renegociações, alongando prazos, adequando pagamentos e vencimen-tos, para viabilizar todos os compro-missos financeiros dos associados.

Este procedimento resultou em

QUE 2018 SEJA UM ANO VITORIOSO PARA TODOS!

altos provisionamentos, afetando os resultados do balanço. Mesmo as-sim, num período difícil e de tanta instabilidade econômica, celebramos o fechamento do balanço final com resultados bastante positivos e um crescimento de ativos dentro das metas pré-estabelecidas.

Aproveito o ensejo para agrade-cer a colaboração e participação de todos associados, que, de alguma forma, contribuíram para nossos re-sultados. Que 2018 seja próspero, com muita paz, amor, esperança.

Aloísio Lucas PereiraPresidente do Conselho de Administração

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nossojornal / jan18 13

O Aniversário Premiado Sicoob Credioeste é uma maneira simples de agradecer a confiança e apoio que tem recebido de seus associados, reconhecendo o seu papel fundamental para ter se tornado uma das maiores e respeitadas instituições financeiras cooperativas de Minas Gerais.

Toda segunda quinta-feira do mês é realizado sorteio de brindes especiais entre os associados

aniversariantes, na Rádio Liderança.

O Sicoob Credioeste faz questão de estar presente em todos os momentos especiais de seus associados e celebrar com eles seu aniversário.

Confira quem foram os associados sortudos do mês de dezembro:

Aniversário Premiado do Sicoob Credioeste continua a todo vapor

Cesário Alves FerreiraPA Biquinhas - Cooler

Getúlio Vargas - PA Paineiras - Bolsa Térmica

Marly Ferreira Gonçalves PA Cedro do Abaeté - Kit Churrasco

Valdemar Francisco de OliveiraPA Paineiras - Mochila

Bruna Rafaela Pereira de Matos Silva PA Quartel Geral - Mala de Viagem

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nossojornal / jan1814

Período: 01/11/2017 a 30/11/2017

COOPERATIVA DE CRÉDITO DO OESTE MINEIRO E REGIÃO METROPOLITANA DE BH LTDA.

BALANCETE PATRIMONIALR$ 1

Luiz Carlos Morato de Oliveira Diretor Administrativo

Daniela Fonseca Cordeiro Contadora- CRCMG: 089.952

ATIVO CIRCULANTE DISPONIBILIDADES Caixa Depósitos BancáriosRELAÇÕES INTERFINANCEIRAS Centralização FinanceiraCorrespondente PaísOPERAÇÕES DE CRÉDITOEmpréstimos e Títulos DescontadosFinanciamentosFinanc. Rurais e Agroindustriais(-) Provisões p/ Operações de CréditoOUTROS CRÉDITOSOUTROS VALORES E BENSBens não de Uso PróprioDespesas AntecipadasPERMANENTEINVESTIMENTOSIMOBILIZADO DE USOINTANGÍVELTOTAL DO ATIVO

PASSIVO CIRCULANTEDEPÓSITOSDepósitos à VistaDepósitos Sob AvisoDepósitos a PrazoRECUR. DE ACEITES CAMBIAIS, LETRAS IMOBILIÁRIAS E SIMILARESObrigações por emissão de Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) RELAÇÕES INTERFINANCEIRASRELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIASOUTRAS OBRIGAÇÕESCob. e Arrec. de Trib. e AssemelhadosSociais e EstatutáriasFiscais e PrevidenciáriasDiversasPATRIMÔNIO LÍQUIDOCapital socialReservas de LucroSobras ou Perdas AcumuladasCONTAS DE RESULTADOReceitasDespesasTOTAL DO PASSIVO

ASSOCIAÇÃO ABRAÇO AMIGO HABACUQUE SOLIDARIA.

EDITAL DE CONVOCAÇÃO AGE

Local: Rua Antônio Alves da Silva nº 241 - Bairro São Pedro - Abaeté/MG - CEP: 35.630-000Dia: 02/02/2018.Hora: 20:00Pauta:(1º) Renúncia da diretoria eleita na Assembleia de 09/09/2015.(2º) Eleição dos novos membros da diretoria e conselho fiscal – Gestão 2018/2021. Chapas poderão se inscrever do dia 17/01 a 31/01.(3º) Mudança do endereço da Associação para a Rua Tinta de Agosto nº 550, Bairro Funcionários, em Contagem MG.

ABANDONO DE EMPREGO

Convidamos o SR. JOSÉ LÁZARO DE BASTOS FILHO, portador da CTPS nº. 24413, série 0155-MG, a comparecer em nosso escritório, a fim de retomar ao emprego ou justificar as faltas desde 20/11/2017, dentro do prazo de 24 horas a partir desta publicação, sob pena de ficar rescindido, automaticamente, o contrato de trabalho, nos termos do art. 482 da CLT.

Martinho Campos, 02/01/2018

ArcelorMittal BioFlorestas Ltda.Av. Cel. Pedro Lino, 1715, São GeraldoMartinho Campos - MG

125.594.9152.517.2782.517.176

10152.081.56552.066.763

14.80164.881.00642.916.790

3.892.79422.831.828

(4.760.406)1.914.1514.200.9174.075.133

125.7847.745.7534.973.7242.769.339

2.690133.340.668

104.093.37977.147.19422.916.710

106.05654.124.428

2.070.659

2.070.65919.087.832

438.1255.349.569

165.520340.560357.817

4.485.67229.697.06616.802.98611.988.826

905.254 (449.777)

11.754.317 (12.204.094)133.340.668

Mudanças no Comando da 141ª Cia de Polícia Militar

A Capitã Marianna Atatília é no-vamente a comandante da 141ª Cia de Polícia Militar, que abrange 11 municípios da região de Abaeté. Ela assume o cargo no lugar do Major Luciano, que foi promovido em de-zembro de 2017 e transferido para o 41º Batalhão de Polícia Miliar, em Belo Horizonte. “Quero agradecer a todos por tudo que fizeram e estão fazendo pela segurança pública do

nosso querido município de Abaeté. Cheguei aqui em agosto de 2015 e, de lá para cá, foram muitos momen-tos marcantes, sobretudo de vitórias e conquistas, graças aos excelentes trabalhos de todos”, declarou o Ma-jor, no grupo do Conselho Municipal de Segurança Pública (Consep).

A Capitã Marianna assumiu o comando do policiamento da região pela primeira vez em abril de 2012,

com apenas 26 anos de idade. Fi-cou até janeiro de 2015, quando se afastou de licença maternidade, as-sumindo depois o policiamento de Martinho Campos.

Ela retorna ao comando da 141ª Cia PM, mais uma vez, com o firme propósito de tratar, na raiz, o proble-ma das drogas, responsável pela maioria dos crimes cometidos, não só na região, mas em todo o país.

CORPO CARBONIZADO É LOCALIZADO EM COMUNIDADE RURAL

De acordo com a Polícia Militar, um corpo carbo-nizado foi encontrado na noite de 31 de dezembro, no Morro da Coruja, em Abaeté. A perícia foi aciona-da para confirmar se o corpo era de KATIANE ROSA DE JESUS ARAÚJO, esposa de Sargento Edivaldo José Pinto, lotado em Martinho Campos.

A esposa do militar estava desaparecida desde a noite de sábado, quando o seu veículo, Toyota Hilux, placas NEY-6700, foi encontrado em chamas na es-trada que liga Abaeté a Cedro do Abaeté. Infelizmen-te, o irmão da vítima, que também é militar, esteve no local e reconheceu o corpo.

TRABALHO INCANSÁVEL NO COMBATE AO TRÁFICO DE DROGAS

Diversas prisões e apreensões de menores foram feitas pela Polícia Militar no mês de dezembro pelo crime de tráfico de dro-gas. Foram apreendidas drogas diversas, rádios transmissores, dinheiro, celulares, réplica de arma. Veja a cobertura completa no site www.nossojornal.abaete.com.br

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nossojornal / jan18 15

A ESTRELINHANúbiaNatália Braga de Sousa

A estrelinha amarelinhaBrilha no céu Como rainha.

Trabalha a noite, Embelezando o céu.Estrelinha, estrelinhaEstá com papai do céu.

A PIPAVictor Gabriel de Sousa

Eu sou a pipaVocê é a linha,No clipe do amorVira uma historinha.

Pipa colorida, da corDe aquarelas.Vermelha, amarela e preta.Até minha mãeAchou ela linda.

A pipa e a linhaUma depende da outraPara voar pelo céu.

MEU GATINHOMateus Henrique da Silva

Era fofinho, De pelo branquinhoMuito bonitinho.

Meu gatinho eraAmigo do meu cachorrinho,Brincava com meu carrinho,Bem devagarzinho.

Como gostavaDos meus amiguinhos,Sempre com muitoCarinho.

MEU JARDIMAna Luiza da Silva Pereira

Meu jardimTodo floridoEle é como um amigo.

Toda tarde águoCom regador,Eu tenho uma flor.

Branca, amarelaTão singelasPosso ver Da minha janela.

Ai aquela florÉ linda, linda!Porque quem Me deu foi a Berlinda.

Sansão estava abandonadoFiquei emocionado,Levei Sansão para casaAgora ele fica sempre ao meu lado.

Sansão machucou a pernaFicava triste, deitadoLevei ele no veterinário.

O coração É vermelhinho,Da cor do meuPeixinho.

O FUTEBOLLucas Yank Gomes Castro

Eu gosto de futebolFutebol eu vou jogarE os jogadores do outro timevou driblar.Debaixo das pernas a bola vai passar.

Depois que driblarPara o gol vou chutarO goleiro vai pularMas a bola vai passar.

E um golEu e meu amigos vamos comemorar!O tempo está passandoE as partidas acabandoAinda bem, eu e meus amigos estamos ganhando.E o juiz apita, a partida acaba,Mas uma vitória eu levo pra casa.

Coordenados pela professora Donizetti, durante o ano de 2017, os alunos do 4º ano da Escola Municipal Irmã Maria de Lourdes tra-balharam em um rico projeto de leitura e produção de textos, que culminou no lançamento de um livrinho de poesias intitulado “Raio de Sol”. Confira alguns poemas desses pequenos grandes escrito-res. A publicação completa está no site nossojornalabaete.com.br

Poemas que encantam

PÔR DO SOLJúlia Luíza Alves de Oliveira

E lindo ver oPôr do solEle vem de manhãE depois vai embora.

Vem amarelado,Avermelhado com seus raios gigantes,Iluminando toda a terra.

Gosto de ver o Pôr do sol ,De correr, brincar,Pular e cantar.

E no outro diaRecomeçar!

O CORAÇÃOVinícius Silva Machado

O coração é grandãoSem ele a gente não vive não.O coração só acumula emoção.Sempre tem razão!

Sansão voltou a brincar,Mas de repenteComeça a chorar.Sansão foi atropelado.

Não teve jeito,Agora eu não tenhoSansão do meu lado.

MEU CACHORRO SANSÃOPablo Ramos de Araújo

BICHO DE PÉGabriel Junior da Silva Caetano

Bicho de péSai do meu péAí tem chulé.

Bicho de péCorria até Sempre a pé.

É um daquelesBrinquedos maneiros,Que só brincam com eleMeninos guerreiros.

Não é comumDe se usar,Vai se machucar.

Ele escorrega, tome cuidado,Pois se não tiver cuidadoSai todo ralado.

Skate é bom pra ter e usarMas tome cuidado Pra não quebrar!

SKATESamuel Inácio Pereira dos Reis

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nossojornal / ago1716

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nossojornal / jan18 17

Bárbara Machado

Em meados dos anos 80, Medellín (segunda maior cidade da Colômbia) ganhou a infeliz al-cunha de “a cidade mais perigo-sa do mundo”. A concentração de grupos de guerrilhas, cartéis de drogas, crimes, assassina-tos, narcotráfico e Pablo Escobar lançaram essa importante cida-de colombiana em anos obscu-ros e violentos.

Para se ter ideia, entre os anos 70 e 80, Pablo Escobar era responsável por suprir 90% do mercado global de cocaína do mundo, juntamente com os seus cúmplices do Cartel de Medellín, o cartel de droga mais famoso que já existiu.

Já em 2002, Medellín teve um de seus episódios mais tristes, quando o exército colombiano invadiu a Comuna 13 (um bairro colombiano que muito se asse-melha às favelas brasileiras) pa-ra expulsar militantes da FARC, LN e UAC, que haviam tomado o bairro mais perigoso da cidade mais perigosa do mundo.

O resultado dessa operação militar foi catastrófico: o despre-paro do exército e a abordagem violenta escolhida resultaram em milhares de civis feridos. O clima de guerra que se instau-rou na Comuna 13 só terminou quando os civis, desprovidos de atendimento médico e assusta-

ONDE TEM GENTE

TEM JEITO.Compartilhando um bom exemplo de responsabilidade comunitária, empreendedorismo e transformação de “cidade mais violenta do

mundo” para a “mais inovadora do Planeta”, quando o poder público e a população civil unem forças em prol de um benefício mútuo.

dos com os tiroteios, saíram às ruas oscilando os seus farrapos brancos, clamando pelo fim da

operação militar.Entretanto, quem visita Me-

dellín hoje e se depara com seu

excelente transporte público, su-as belas obras sociais e seu po-vo extremamente simpático não

acredita que ela já foi tão peri-gosa no passado. A forma como ela se reergueu é surpreenden-te, e é impossível falar um pouco da minha viagem para a Colôm-bia, em dezembro de 2017, para participar do Latin American Lea-dership Academy (programa in-ternacional de liderança voltado para jovens latino-americanos), sem falar dessa maravilhosa ci-dade que, para nós, foi mais do que uma locação. Foi também um caso “in vivo” de estudo e, metaforicamente, mais um inte-grante do grupo. Éramos 28 es-tudantes provenientes do Brasil, Colômbia, Venezuela, Peru, Mé-xico e Bolívia, cinco facilitadores e dezenas de coaches que se surpreenderam em Medellín.

Antes de tudo, é preciso di-zer que a escolha da locação foi intencional. Medellín hoje é en-carada por todo o mundo como um exemplo de transformação, sendo recorrentemente lembra-da pela sua transição ímpar de cidade mais violenta do mundo para a “Cidade mais inovadora do Planeta” (título que ganhou em 2013).

Nos últimos 10 anos, a cidade conseguiu driblar seus mais de 30 anos de violência e continua a se destacar mundialmente pe-lo seu espírito empreendedor, otimismo e vontade de superar por completo o passado.

(Continua nas págs. 10 e 11)

Bárbara com a turma de estudos na Universidade EAFIT

Vista de Medellín e das montanhas, a partir do metrocable

Gratite na Moravia

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nossojornal / jan1818

Como um perfeito exemplo da supe-ração e força de vontade da cidade

e de seu povo, toda a sua nar-rativa pode ser sintetizada pela história de transformação de Moravia, o antigo lixão de Me-dellín e um dos nossos primeiros pontos de estudo no município.

Logo no primeiro dia, fo-mos guiados por um morador local até o morro de Moravia. Enquanto caminhávamos pela região, também ouvíamos sua história, que remonta aos anos 80, quando diversas famílias provenientes das zonas rurais da Colômbia se dirigiram para Medellín, devido à crise econô-mica, violência nas zonas rurais e deslocamentos forçados pelas ocupações das guerrilhas. Essas famílias, em sua maioria pobres, não encontraram as oportunida-des que procuravam e viram-se obrigadas a morar no lixão da cidade, em meio aos detritos.

Em 2006, o prefeito Sergio Fajardo e o Ministério do Interior

da Colômbia declararam a situ-ação no Morro de Moravia como um “desastre público”.

Por iniciativa do governo e da comunidade local, que também ansiava por melhores condições de vida, um projeto ambicioso para converter o antigo depósi-to em um espaço público teve início. Uma série de pequenos projetos urbanos, novas habi-tações, diversos processos de descontaminação do solo e um sentimento de responsabilidade comunitária por parte dos mora-dores foram os propulsores da grande mudança.

Hoje, quem sobe a escada-ria de Moravia e vislumbra seus jardins sente, no íntimo, o poder de transformação que surge quando o poder público decide unir forças com a população civil em prol de um benefício mútuo.

Ainda no dia da visita à Mo-ravia, tivemos um painel de entrevista com quatro empre-sários colombianos à frente de negócios de peso internacional: David Bojanini (CEO do grupo

Sura), José Alberto Vélez (CEO do grupo Argos), David Escobar (político e executivo) e Pedro Es-trada (presidente da Compañía de Empaques).

Em um primeiro momento, fui surpreendida com a acessibi-lidade e franqueza das respos-tas de cada participante. Logo depois, fiquei impressionada com a paixão de cada um deles por Medellín. Cada um, de sua forma, contribuiu direta ou indi-retamente para a transformação da cidade, e é possível ver que continuam comprometidos com a municipalidade.

Ficou claro que, para uma Medellín cada vez melhor ser possível, há um esforço diário entre os setores privados e pú-blicos, juntamente à sociedade civil e universidades. É essa co-municação efetiva entre esses quatro pilares que carregam a cidade para um futuro ainda mais promissor.

No outro dia, nos dirigimos para a Comuna 13, que, como já disse, carrega um passado

sombrio e manchado de san-gue. Porém, isso tudo parece muito distante quando você se depara com a atual realidade da região.

Os grafites coloridos, as es-cadas rolantes que facilitam a locomoção e conecta toda a Co-muna, a cena de hip-hop proe-minente, os jovens artistas que dão aulas de dance break nas ruas e uma vista de tirar o fôle-go de toda Medellín quase tor-nam imperceptíveis os buracos de balas nas paredes de vários casebres, herança da guerra armada entre as guerrilhas, gru-pos paramilitares e o exército colombiano. Foi incrível testemu-nhar as ruas pacíficas e o povo receptivo de um lugar onde, há poucos anos, quase ninguém conseguia entrar ou sair sem colocar a vida em risco.

Para terminar a visita à Co-muna 13, pegamos o metroca-ble, outro projeto inovador de Medellín. Semelhante ao bon-dinho do Rio de Janeiro, o me-trocable se destaca por ir mais

além: ele não foi construído apenas para fins turísticos, mas sim para o uso da própria popu-lação.

Criado para ser um trans-porte complementar ao metrô da cidade, ele conecta diferen-tes pontos e Comunas, além de funcionar em feriados. Ou seja, é um transporte público aéreo, funcional, rápido, barato e com uma vista de tirar o fôlego.

Para falar a verdade, só me dei conta das montanhas que cercam Medellín quando fiz meu tour de metrocable. De fato, a ci-dade é um vale em meio às lin-das montanhas.

Nos três dias restantes da viagem, passamos nosso tem-po entre a Universidade EAFIT, o Centro de Inovação Ruta N e o Selina Hostel, participando de palestras e conversas com coaches e empreendedores de várias partes do mundo e tam-bém estudando conceitos como Liderança, Aprendizado Sócio--emocional, Vulnerabilidade e Comunidade.

Vislumbrando o poder de transformação quando o poder público e a população civil

unem forças em prol de um benefício mútuo.

Um dos belos grafites nas ruas de Medellin e o prazer de uma caminhada pelas pacíficas ruas da Comuna 13, onde, há poucos anos, quase ninguém podia passar sem colocar a vida em risco.

por Bárbara Machado, continuação do artigo iniciado na pág. 09

"Que os dias do Ano Novo sejam uma sequência de proveitosas

realizações, repletos de paz e felicidades!"

"Que os dias do Ano Novo sejam uma sequência de proveitosas

realizações, repletos de paz e felicidades!"

Feliz Ano Novo!

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nossojornal / jan18 19

Esses dias foram intensos e ricos em aprendizado. Mais do que simples conversas, cone-xões foram estabelecidas. Foi incrível ouvir a história de pes-soas tão singulares que esta-vam empreendendo em ramos tão diferentes quanto mudança climática ou mercado de tra-balho para jovens latino-ame-ricanos ou ainda abrigos para moradores de rua. De A a Z, ouvimos, vimos e entendemos um pouco mais sobre tudo e todos.

Porém, a minha maior fonte de conhecimento foram os de-mais participantes que, assim como eu, estavam lá em busca de aprendizado. Eu nunca ima-ginaria que pessoas tão jovens, todos entre 17 e 22 anos, pode-riam ter ideias tão inovadoras e um conhecimento tão vasto e profundo da nossa América Latina.

Nesses cinco dias, eles me inspiraram e me fizeram acre-ditar ainda mais em um futuro de mudanças. Me fizeram sen-

tir, da forma mais bela possí-vel, o que significa irmandade, comunidade... o quão bom é dançar os nossos ritmos latinos e ouvir as nossas línguas con-sanguíneas. É um sentimento uno que não tem, e nem preci-sa, de muita explicação: o sen-timento de ser latino e latina e, por isso, irmãos e irmãs.

Em primeiro lugar, eles me fizeram voltar para casa com a plena consciência de que a América Latina enfrenta muitos desafios, mas que devemos ter orgulho do nosso povo e orgu-lho do que já construímos.

Por fim e em segundo lugar, eles me inspiraram a continuar a buscar soluções, a ser um agente de mudança na socie-dade, a acreditar em transfor-mações e a aprender espa-nhol, uma língua linda que, mais do que apenas mais um idioma a ser aprendido, tam-bém se comunica diretamen-te com as minhas origens e o sentimento indescritível de ser latina.

Como seria Abaeté, se seguíssemos o exemplo de responsabilidade comunitária,

empreendedorismo e mobilização de Medellín?

Bárbara com os outros 27 estudantes provenientes do Brasil, Colômbia, Venezuela, Peru, México e Bolívia, na Comuna 13, subindo as escadas de Moravia e em uma sessão de estudo em grupo.

OBS: A Latin American Leadership Academy (LALA), uma jovem organi-zação sem fins lucrativos responsá-vel pelo programa piloto do qual a abaeteense Bárbara Machado par-ticipou durante uma semana, traba-lha em um projeto de implantar uma espécie de escola na América Latina para a formação de novas lideran-ças, com vários meses de duração.

Bárbara participa de uma cam-panha de financiamento colaborati-vo para angariar fundos e fazer es-se projeto sair do papel por inteiro. Quem tiver interesse em ajudar ou precisar de mais informações, pode ligar ou mandar um whatsapp para (31) 99691-9229.

PETRÓLEO

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nossojornal / jan1820

Dia 07 de dezembro, no Fórum Dr. Edgardo da Cunha Pereira, o Sargento Cristiano de Holanda Leite foi agraciado com a Medalha Desembargador Hélio Costa, concedida bienalmente a pesso-as que venham prestando ou tenham prestado relevantes serviços ao Poder Judiciário da Comarca.

Natural de Belém do Pará, Sargen-to Cristiano mudou-se com a família para Quartel Geral aos nove anos de idade, concluiu o curso de formação de soldados pelo 7º Batalhão de Bom Despacho em 1994, formou-se Cabo

em 1997 e Sargento em 2012. Ele traba-lha em Abaeté desde que entrou para a Polícia Militar.

A solenidade de entrega da ho-menagem foi presidida pela juiza Dra. Rachel Cristina Silva Viégas e contou com a presença de autoridades, como o promotor Dr. Allender Barreto Lima da Silva, o presidente da Câmara Mu-nicipal, Geraldo Clodoaldo da Cunha Soares e o presidente da OAB, José Lúcio Rocha e Silva, além de represen-tantes de classe, parentes e amigos do agraciado.

GUILHERME

Parabéns pela sua forma-tura em Engenharia Eletrônica no ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), com direito a uma homenagem como destaque de desempenho no curso, onde obteve média superior a 9,5.

Parabéns pela sua aprovação no processo seletivo da Embraer.

Que Deus o abençoe na sua carreira, que já começou de forma brilhante!

Estamos orgulhosos de você.

Seus avós, Amador e Cena.

Sargento Cristiano recebe Medalha Desembargador Hélio Costa

O 1º Passeio Ciclísti-co - Equipe Papa-Léguas de Abaeté, realizado dia 17/12, reuniu pouco mais de 60 ciclistas, iniciantes, entusiastas e profissio-nais, em uma grande confraternização, a fim de se estimular, não somente a prática esportiva em toda a re-gião, mas sobretudo despertar o companheirismo e amizade.

No domingo de manhã, todos se reuniram em minha casa para um café da manhã reforçado, uma oração de agradecimento e prote-ção e para receber o briefing com as devidas explicações e cuidados necessários durante o trajeto.

Todo o percurso, que contem-plou aproximadamente 43km, incluindo estradões e trilhas fe-chadas, passando por Tabocas e seguindo para o Morro da Coruja, foi idealizado e demarcado pelos amigos Thiago Nunes, André Lu-cas, Sebastião Rogaciano (Tião Pin-tor), Diego Micael, Thomé Júnior e Cleber Barbosa.

A alegria de pedalar e confraternizar na estrada

Professor Flávio Machado

Robson Valadares

Após a saída, recebemos o apoio da Polícia Militar de Abaeté, que reali-zou a escolta dos ciclistas até o início da estrada de terra.

Ao longo do trajeto - em vários pon-tos - disponibilizamos água mineral aos ciclistas e realizamos as fotografias.

Estiveram presentes as equipes Pa-pa-Léguas (Abaeté), Texas Bikers (Abae-té), Perdidos na Trilha (Paineiras), Peda-laDores (Dores do Indaiá), Kalangos da Terra (Morada Nova de Minas), Snake Bikers (Martinho Campos) e Bike and Run (Pompéu).

A realização do evento foi possível somente graças ao empenho e dedi-cação dos membros da Equipe Papa--Léguas e graças aos apoiadores Rivas Sport, Fast-Track Escola de Idiomas, Rock ‘n Burger e Ober Bike.

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nossojornal / jan18 21

No dia 08 de dezembro, os irmãos e amigos de Frei Leonardo Lucas

Pereira aplaudiram as Bodas de Ouro Sacerdotais do querido fran-ciscano abaeteense. O diminutivo Frei Léo traduz a imensa rede de simpatia e amizade tecida durante esses 50 anos de um modelo de padre e de religioso que Frei Le-onardo vem realizando, a ponto dos mais íntimos, que são bastan-te numerosos, se limitarem a dizer simplesmente o “Léo”.

De fato, quando desdobramos seu onomástico, Frei Léo Lucas Pe-reira, evocamos uma das tantas famílias que marcaram a história da nossa cidade e, particularmen-te, das atuais duas paróquias de Abaeté. Sem insistir na importân-cia dessa família em nossa história política, por vezes agitada, parece mais relevante e simpático lem-brar, entre os Lucas Pereira, tanta gente boa. Mais de uma vez, eu tenho abraçado o “Léo”, evocando a figura de Dona Feliciana Lucas Pereira, minha querida e sempre saudosa professora no grupo Fre-derico Zacarias.

Frei Leonardo suscita toda es-sa vaga imensa de admiração, de amizade, de carinho, de gratidão, na medida em que ele é um Lu-cas Pereira tocado e transfigurado por uma força e uma simpatia em querer o bem, em fazer o bem e, eu diria mesmo, por uma corri-da constante em vista de difundir bondade em toda a sua vida. Tal

característica de Frei Léo se con-centra e chama a atenção pela sua capacidade de ir e vir, colo-cando-se e colocando seu carro a estar presente e ativo, numa espé-cie de onipresença, imitando São Francisco, que já imitava o Mestre Divino.

O Papa atual exalta o pequeno verbo “sair”, enquanto exprime o romper com o egoísmo, com a pri-são dentro de um eu estreito pa-ra realizar a perfeição da pessoa, na medida em que ela se afirma como um dinamismo do amor e consegue acabar com o maior de todos os males para as pessoas, para as famílias, para as comu-nidades, criando um universo de relações e de dons de si.

Amigos de Frei Léo, nós vemos nele qualidades intelectuais, espe-cialmente em Teologia e Espirituali-dade, mas propomos realçar, antes de tudo, nos 50 anos de seu sacer-dócio, uma espécie de corre-corre para fazer o bem em toda parte, enquanto o permitem as mãos no volante e os pés no acelerador.

Quase ousaríamos dizer que Frei Léo é um filho e imitador de São Francisco, utilizando os re-cursos da modernidade, da tec-nologia e, sobretudo, da energia, visando fazer o mais possível, o melhor possível, com essa origina-lidade de, não apenas caminhar, mas se precipitar em busca de atender às necessidades espiritu-ais e naturais daqueles que a sua habilidade automobilística torna o

seu “próximo” imenso. Há muitos anos, tenho prati-

cado uma ida e vinda de Abaeté a Belo Horizonte, de Abaeté a Di-vinópolis, transportado por Frei Léo e conversando com ele sobre o que podemos fazer de melhor em benefício de nosso próximo na vida religiosa e, sobretudo, de todos aqueles que são vítimas de um mundo técnica e culturalmen-te maravilhoso, mas que utiliza a própria tecnologia e a própria cultura para a promoção de uma humanidade quase que diríamos totalmente egoísta e dominadora.

Esses diálogos prolongados e mesmo intensificados com o tem-po me levam a dar uma voz à con-vicção de toda essa imensa rede de amigos e companheiros de Frei Leonardo. De uma maneira origi-nal, ele nos ensina, a nós todos, o que é o essencial do Evangelho, o que é o mais importante para o mundo e a sociedade de hoje. Mas ele o faz recorrendo ao que há de mais humano e mesmo de mais técnico, para dar toda a efi-cácia àquilo que o mundo moder-no guarda em seu coração com a grande esperança, como a certe-za de que um dia a espiritualidade de São Francisco espalhe “justiça e paz”. E isso da maneira mais efi-ciente, unindo a humanidade no que ela tem de melhor nos seus desejos e nos seus sonhos.

Parabéns, querido irmão e amigo. Seja cada vez mais aquilo que você é.

Como bem disse o Padre Fernando ao fazer este selfie no final da belíssima cerimônia do casa-mento de vocês, “bons momentos precisam ser compartilhados”. Que esses momentos incríveis se multipliquem nessa nova etapa de suas vidas, com muito amor, alegria, cumplicidade, saúde e a graça de Deus.

Um grande abraço de seus familiares.

Jesus, Laninha e Jerônimo

Frei Carlos Josaphat

Uma celebração eucarística dia 08/12, em Abaeté, marcou a comemoração dos 72 anos de sacerdócio de Frei Carlos e das Bodas de Ouro Sacerdotais de Frei Leonardo.

Balbina Lucas PereiraQUERIDA NININHA

Agradecemos a Deus pela alegria de tê-la conosco, nos seus 93 anos de Vida. Parabéns por ser dessas pessoas raras, que conse-guem transformar tudo e todos para melhor só por estar presente.

Abraços de seus familiares

Maria José de JesusD. ZEZÉ LUCAS

Parabéns pelos 93 anos de Vida, Amor e Sabedo-ria, completados bem no dia 1º de janeiro. Que Deus a abençoe muito neste Ano Novo, com muita saúde, paz e alegria.

Um forte abraço, com amor e gratidão, de seus

filhos e familiares

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nossojornal / jan1822

Dizer obrigado, às vezes, não é suficiente para agrade-cer certos momentos. Sou vitorioso pelo simples fato de estar vivo, por ganhar uma no-va oportunidade de conquistar algo novo e de tentar ser me-lhor a cada dia. Sou muito gra-to a Deus por todas as vitórias que já conquistei na vida, pois sem as suas bênçãos nada seria possível.

Aos meus pais, Ildeu da Cunha Soares (in memorian) e Terezinha Francisca de Je-sus (in memorian), que me ensinaram tudo que sou e me proporcionaram o melhor que puderam. Hoje dedico todo o meu sucesso a eles.

A alguns de meus fami-liares, pelo amor, incentivo e pelo apoio incondicional.

À minha namorada, ami-ga e companheira Maria Rita, pelo apoio, companheirismo e por estar sempre presente nos momentos bons e ruins da mi-nha vida.

Aos meus eleitores, agra-deço de modo muito especial pelo auxílio ao longo do meu mandato e por acreditarem na minha competência ao me es-colherem para representá-los no Legislativo Municipal.

Ao Exmo. Sr. Prefeito Mu-nicipal Armando Greco e ao Exmo. Sr. Vice-prefeito Mar-celo Vargas, pelo apoio a esta Casa Legislativa, atendendo às nossas solicitações dentro das possibilidades.

A todos da Rádio Ativida-de, por transmitir para a po-pulação as reuniões todas as segundas-feiras, contribuindo com a transparência desta Casa.

Aos senhores vereadores, por terem acreditado na minha competência, me elegendo Presidente da Câmara Muni-cipal de Abaeté durante o ano de 2017. Agradeço pela de-monstração de respeito a mim e à população de Abaeté, pre-ocupando sempre com o bem comum e sempre contribuindo para melhorias do Executivo, com aprovação de importan-tes projetos nesta Casa.

Agradeço imensamente pela aprovação do projeto do “CAC – Centro de Atendi-mento ao Cidadão PROCON – Câmara Municipal de Aba-eté”, um projeto que era um sonho meu e se tornou reali-

dade. Nós, vereadores, rea-firmamos o compromisso que temos com a sociedade, com a transparência de nossas ações e com o diálogo perma-nente para melhores soluções na política do dia a dia.

Aos membros da Mesa Diretora desta Casa, por te-rem me apoiado, buscando o caminho correto, com trans-parência junto à imprensa e a rádio, levando o melhor a nossa comunidade. Agradeço pelo apoio, durante a execu-ção da obra de instalação da plataforma de acessibilidade a esta Casa Legislativa. Ape-sar dos obstáculos durante o processo de construção, es-pero que o próximo presidente da Câmara Municipal tenha a oportunidade de finalizar es-se projeto, para proporcionar mais acessibilidade aos ca-deirantes e pessoas que ne-cessitarem.

Agradeço em especial ao assessor jurídico, Dr. Je-an Lincoln, e aos servidores do PROCON e da Câmara Municipal, profissionais que cumprem diariamente suas atividades, são pessoas im-portantes na vida do Legisla-tivo. Obrigado pela paciência, pela partilha de conhecimen-to, pelos ensinamentos, pelos momentos vividos, pois sem cada um de vocês sei que na-da seria ou conquistaria, mas assim todos juntos fazemos a diferença.

Agradeço também por todas as pessoas que Deus colocou em meu caminho, que me ensinaram muito no decorrer desse ano de 2017. Por tantas barreiras na minha vida, embora, muitas tenham sido injustas e até mesmo muito cruéis, mas de alguma forma eu sempre senti a pre-sença de Deus ao meu lado, me auxiliando nas horas mais difíceis durante o período co-mo Presidente da Câmara Municipal de Abaeté.

A cada vitória, me sinto mais vivo, mais abençoado, mais amado e realizado. Sei que não estou sozinho, que as próximas batalhas também serão vencidas, o medo já não é mais um obstáculo. Com tu-do que vivi, Deus me deixou mais forte e agradecido!

Continuarei sempre à dis-posição de todos!

AGRADECIMENTOSGeraldo Clodoaldo da Cunha Soares

Presidente

Eleita a Mesa Diretora para 2018Na reunião ordinária do dia 18/12/2017, foi realizada a eleição da mesa diretora para o ano de 2018, sendo eleita a seguinte chapa composta pelos vereadores:

Juvercina Maria Rosa Pereira - Presidente Vandélio José Ribeiro - 1º Vice-Presidente Salmo José de Almeida - 2º Vice-Presidente Antônio Carlos Latalisa França - 1º Secretário Vicente Ferreira Lamounier Filho - 2º Secretário

RETROSPECTIVA 2017Confira parte dos serviços realizados pelo Presidente da Câmara Municipal de Abaeté no ano de 2017:

- Construção da rampa de acesso, corrimão e Início da Construção da Plataforma (Elevador)

- Criação do CAC – Centro de Atendimento ao Cidadão - PROCON

- Realização do Processo Seletivo do CAC - Centro de Atendimento ao Cidadão - PROCON, dia 17/12/2017. Parabéns à 1º colocada: Carolina de Andrade Pereira.

- Instalação do Painel Eletrônico no Plenário

- Pintura da parte externa e interna do Prédio da Câmara - Troca e Manutenção de equipamentos internos.

PROJETOS DE LEIS APROVADOS EM OUTUBRO

E NOVEMBRO DE 2017

• Projeto de Lei 021/17 - “Dispõe sobre o Plano Plurianual para o quadriênio 2018-2021 e dá outras providências”, de autoria do executivo.

• Projeto de Lei 022/17 - “Estima a receita e fixa a despesa do Município de Abaeté para o exercício financeiro de 2018 e dá outras providências”, de autoria do executivo.

• Projeto de Resolução 018/17 - “Julga as Contas da Prefeitura Municipal de Abaeté, Exercício Financeiro de 2016”, de autoria da mesa diretora.

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Administração Municipal 2017 - 2020

ABAETÉ CADA VEZ MELHOR

A Secretaria Municipal de Educação tem como principais atribuições for-mular e coordenar a política municipal de educação e supervisionar sua execução nas instituições de ensino que compõem sua área de competência, garantindo igualdade de condições para o acesso e a perma-nência de todos os alunos da zona urbana e rural no ensino regular.

Busca também ser um agente ativo do desenvol-vimento local, assegurando às crianças, jovens e adul-tos uma educação de qua-lidade para o exercício da cidadania.

As ações desenvolvidas foram:

• Aquisição do Kit Esco-lar para todos os alunos das Escolas Municipais;

• Aquisição de materiais permanentes e brinquedos para as Creches;

• Oferta da Merenda Es-colar, promovendo e garan-tindo a segurança alimentar e nutricional de nossos alu-nos;

• Realização do Moni-toramento e Avaliação do PDME (Plano Decenal Mu-nicipal de Educação), com o objetivo de diagnosticar e atualizar as informações relativas às suas metas e estratégias.

• Adesão ao Programa de Saúde na Escola em ju-nho de 2017, com objetivo de contribuir para a forma-ção integral dos estudantes por meios de ações de pro-moção, prevenção e aten-ção à saúde, com vistas ao enfrentamento das vulnera-bilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças e jovens da rede pública de ensino.

Dentre as ações nesse sentido, destacam-se: veri-

Ações da Secretaria Municipal de Educação em 2017

Formatura da E.M. Tenente Ezequiel e da E.M.Chico Cirilo

ficação da situação vacinal; combate ao mosquito Aedes Aegypti; promoção das prá-ticas corporais da atividade física e do lazer nas esco-las; promoção da cultura de paz, cidadania e direitos

humanos.• Realização do Encon-

tro do Debate dos Eixos Temáticos do Documento Referência da CONAPE e do IX Eixo – Construindo o Sistema Integrado de Edu-

cação Pública (SIEP/MG)• Com muita satisfação

e compromisso, o PNAIC (Pacto Nacional de Alfabe-tização na Idade Certa) ini-cia em 2017 sua 5ª edição com a formação docente

e traz um grande desafio, pois ampliará as ações de estudo e reflexão entre os profissionais envolvidos, contemplando a Pré-Escola, o Ensino Fundamental do 1º ao 3º e o Programa Novo

Mais Educação.• Adesão à Politica de

Inovação Educação Conec-tada.

• Adesão à Plataforma Freire, que é a porta de entrada dos professores da educação básica pública no exercício do magistério, nas instituições públicas de ensino superior. Ao mesmo tempo em que coloca em prática o Plano Nacional de Formação de Professo-res da Educação Básica, a plataforma homenageia o educador brasileiro Paulo Freire.

É na Plataforma Freire que os professores vão es-colher as licenciaturas que desejam cursar, fazer ins-crição, cadastrar e atualizar seus currículos. Construída para ser uma ferramenta de fácil acesso do professor, a Plataforma Freire também é informativa.

• Realização do Pla-nejamento do PAR (Plano de Ações Articuladas), que tem por objetivo promover uma análise compartilhada da situação educacional do município, sendo uma opor-tunidade para estimular as ações da Secretaria de Edu-cação.

• Projetos Pedagógicos: Carnaval; Páscoa; Família na Escola;Festa Junina; Meio Ambiente; 7 de Setem-bro; Projeto de Leitura; Se-mana das Crianças; Dia do Professor; Formatura; Natal.

A Secretaria Municipal de Educação agradece a confiança que a população depositou na Administra-ção Municipal neste ano de 2017. Que, juntos, em 2018, possamos transformar nos-sos planos em realidade e nossos desafios em con-quistas, fazendo um novo ano melhor para todos os abaeteenses.

Projeto de literatura: O Sabor da Leitura (CMEI Conceição Corgozinho) e Projeto Meio Ambiente E.M. João José Gomes (Paredão)

Debate dos Eixos Temáticos da CONAE e Desfile 7 de Setembro E.M. Irmã Maria de Lourdes

Abertura do PNAIC 2017/2018 e Comemoração de Natal Creche Geralda Ferreira da Silva

Com o compromisso de continuar trabalhando duro, buscando recursos e realizando obras para a construção de um Abaeté cada vez melhor e com mais qualidade de vida, a Administração Municipal 2016/2020 deseja a todos um FELIZ ANO NOVO!

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nossojornal / jan1824

A 800 metros da praça principal (10 minutos a pé),com vista panorâmica da cidade e excelente potencialde valorização. Situado na parte nobre de Abaeté,dentro do bairro Simão da Cunha com documentaçaopronta e infraestrutura completa.

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“Meu nome é Waldemar Al-ves Pimenta Neto e venho dizer o quanto fiquei feliz por ter con-cluído o meu ensino fundamen-tal. Agora vou começar uma no-va etapa na minha vida, porque nunca é tarde para aprender. Eu tenho um sonho e, com a força da determinação, vou conse-guir formar em advocacia. Bas-ta querer, e eu quero. Qualquer um de nós que está aqui pode mudar o curso da sua vida. Também quero dizer que o meu

passado já foi escrito, agora quero escrever uma nova histó-ria, dar mais valor na liberdade e, o principal, na família, ser al-guém, conquistando o respeito, a dignidade e o caráter de uma pessoa mudada, conquistando tudo com honestidade”.

Este depoimento, do orador do turno matutino da primeira turma de formandos da Edu-cação de Jovens e Adultos (EJA) Anos Iniciais do Presídio de Aba-

eté, ressalta a importância des-se projeto, desenvolvido desde março de 2016, numa parceria entre a Escola Estadual “Frederi-co Zacarias”, o presídio, as Se-cretarias Estaduais de Educação e Administração Prisional.

A formatura dos 27 alunos que concluiram o quinto ano (antiga quarta série) foi realiza-da dia 18 de dezembro, na pre-sença das professoras Luciene e Maria Aparecida, de equipes do presídio e da escola parceira.

Em 2018, os formandos de-vem continuar os estudos, nas salas construídas há três anos pelos próprios presos, como prática de um curso de Carpinta-ria e Alvenaria oferecido com re-cursos do Pronatec. Já foi autori-zada a abertura de mais quatro turmas da EJA, sendo duas dos anos iniciais e duas dos anos fi-nais do Ensino Fundamental.

Esse projeto representa uma grande esperança no processo de transformação pessoal dos

detentos, uma vez que, além das disciplinas tradicionais, tra-balha valores e o resgate da autoestima. Afinal, como desta-cou Paulo Freire, “se a educação sozinha não transforma a socie-dade, sem ela tampouco a so-ciedade muda.”

No dia da formatura, o pre-sídio abrigava 169 detentos, a maioria jovens de 20 a 25 anos, com baixa escolaridade e pre-sos por crimes relacionados às drogas. Como pode melhorar?

Educação: um passo para a liberdadeFotos Christiane Ribeiro

18 de dezembro foi um dia especial para a direção do presídio, a E. E. Frederico Zacarias e os primeiros formandos nos anos iniciais da EJA na Unidade Prisional