setor elÉtrico brasileiro “sempre vÍtima” · “sempre vÍtima ” o setor elétrico ......

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Boletim da Fenatema SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO “SEMPRE VÍTIMA” O setor Elétrico Nacional é ví- tima do seu próprio potencial. Entra governo, sai governo e impactos profundos são causa- dos no setor. Vale lembrar o poder de ar- recadação das concessões pú- blicas no setor. São bilhões em resultados, líquidos e certos, e os governos participam diretamen- te destes resultados mês a mês, através de encargos. Bons governos, maus gover- nos, não importa, todos querem inventar a roda quando se trata de Energia Elétrica, pois dá visi- bilidade. Quem não tem quer ter, quem tem e produz quer mais e todos precisamos desse bem público e insumo básico para a vida moder- na. Daí vem a catástrofe!!! Todos querem criar fatos no- vos no setor para formatar polí- ticas públicas, para politicagem meramente eleitoreira, para ga- rantir recursos para campanhas, etc... Toda nova política gera con- sequências diretas na vida do trabalhador. Vejamos alguns exemplos: - Lembram quando Collor cha- mou todos de Marajás? Pois é... Vimos depois quem eram os ma- rajás que afundaram o país. Que- riam vender as empresas públi- cas então criaram um marketing negativo para ganhar a opinião pública. - O FHC veio cheio de teorias, se aproveitou do cenário criado pelo Collor e vendeu tudo, ou melhor, doou, pois, todos viram e veem os números de quanto valiam as empresas, os resulta- dos que aferem e o valor vil que foram entregues, e ainda, tarifas altíssimas lesando desta forma a Pátria. Vide “Privataria Tucana”. - Vem o Lula cria programas sensacionais de Luz para Todos, valoriza os trabalhadores do se- tor, mas permitiu aumentos no ganho do empresariado e pouco fez para corrigir a tarifa absurda causada pela política implanta- da na gestão tucana. - Agora vem a Dilma que todos achavam que conhe- cia o setor e ?!?! MP 577 MP 579 Revogou a Lei 7369/85 – Periculosidade do eletricitário. Com estas medidas Dilma se mostra tão ruim como todos quanto ao entendimento do setor. O conjunto de Medidas sobre o setor acarretarão ou em falta de investimentos no setor, ou em prejuízo aos cofres públicos... Pois, temos a convicção que a conta não fecha e como o se- tor elétrico tem revisões cíclicas na tarifa podemos ter aumentos estratosféricos nos próximos ci- clos que ocorrerão após as elei- ções “coincidentemente”. Sacanagem!!! Enquanto isso... As empresas demitem profis- sionais gabaritados, terceirizam para reduzir custos com mão de obra menos qualificada. O go- verno permite que as empresas vendam ativos públicos para re- munerar seus acionistas, etc... O setor está em caos!!! Dilma está conseguindo su- perar a incompetência de gover- nos passados na ges- tão do setor elétrico brasileiro. Vejam alguns absurdos: Está escrito na MP 577 e mantido na Lei 12.767 de 27/12/2012 (atentem para a data): “Art.2 - §1º - Não recairá sobre o poder concedente qualquer espécie de responsa- bilidade em relação a tributos, encargos, ônus, obrigações ou compromissos com terceiros ou empre- gados referentes ao período anterior a ex- tinção da concessão” (grifo nosso). Fica claro a intenção do go- verno em colocar a faca na gar- ganta das empresas para reno- var as concessões nos termos impostos. Por isso cria esta fer- ramenta legal de pressão mas de uma forma inconstitucional exi- me o governo, detentos da con- cessão e do controle da mesma, de suas responsabilidades no caso de retomada das empresas pelo poder concedente. Para piorar nesta mesma MP convertida em Lei define no Arti- go 4º Parágrafo único que: “O disposto neste artigo ob- servará o previsto no §1º do Art. 2º, não recaindo sobre órgão ou entidade responsável pela prestação temporária do serviço público qualquer espécie de res- ponsabilidade em relação aos direitos e obrigações referentes ao período anterior à declaração da extinção da concessão.” Ok!!! Sabemos que apesar E Nessa história como ficam os trabalhadores??? do Partido do Governo ser o PT – Partido dos Trabalhadores, o Governo deve atuar imparcial- mente para todos. Agora o que é essa anoma- lia??? Caso extinta uma conces- são então quem paga a dívida do trabalhador??? Haja vista que a maior parte do capital é controlado por empresas estran- geiras, de fora do Brasil. Empresas que não possuem nada no Brasil além do direito de explorar as concessões. Quem pagará os trabalhado- res no colapso que virá???? Afirmamos que virá um co- lapso por falta de investimentos sérios no setor. Não estamos falando de falta de recursos mas sim, da mal alocação dos mesmos. Nossos Governantes estão fazendo políticas eleitoreiras e populistas e deixando de fazer políticas perenes, de ESTADO! Federação Nacional dos Trabalhadores em Energia, Água e Meio Ambiente - www.fenatema.org.br

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Boletim da Fenatema

SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO

“SEMPRE VÍTIMA”O setor Elétrico Nacional é ví-

tima do seu próprio potencial.Entra governo, sai governo e

impactos profundos são causa-dos no setor.

Vale lembrar o poder de ar-recadação das concessões pú-blicas no setor. São bilhões em resultados, líquidos e certos, e os governos participam diretamen-te destes resultados mês a mês, através de encargos.

Bons governos, maus gover-nos, não importa, todos querem inventar a roda quando se trata de Energia Elétrica, pois dá visi-bilidade.

Quem não tem quer ter, quem tem e produz quer mais e todos precisamos desse bem público e insumo básico para a vida moder-na. Daí vem a catástrofe!!!

Todos querem criar fatos no-vos no setor para formatar polí-ticas públicas, para politicagem meramente eleitoreira, para ga-rantir recursos para campanhas, etc...

Toda nova política gera con-sequências diretas na vida do trabalhador. Vejamos alguns exemplos:

- Lembram quando Collor cha-mou todos de Marajás? Pois é... Vimos depois quem eram os ma-rajás que afundaram o país. Que-riam vender as empresas públi-cas então criaram um marketing negativo para ganhar a opinião pública.

- O FHC veio cheio de teorias, se aproveitou do cenário criado pelo Collor e vendeu tudo, ou

melhor, doou, pois, todos viram e veem os números de quanto valiam as empresas, os resulta-dos que aferem e o valor vil que foram entregues, e ainda, tarifas altíssimas lesando desta forma a Pátria. Vide “Privataria Tucana”.

- Vem o Lula cria programas sensacionais de Luz para Todos, valoriza os trabalhadores do se-tor, mas permitiu aumentos no ganho do empresariado e pouco fez para corrigir a tarifa absurda causada pela política implanta-da na gestão tucana.

- Agora vem a Dilma que todos achavam que conhe-cia o setor e ?!?!

• MP 577• MP 579• Revogou a Lei 7369/85 –

Periculosidade do eletricitário.Com estas medidas Dilma

se mostra tão ruim como todos quanto ao entendimento do setor.

O conjunto de Medidas sobre o setor acarretarão ou em falta de investimentos no setor, ou em prejuízo aos cofres públicos...

Pois, temos a convicção que a conta não fecha e como o se-tor elétrico tem revisões cíclicas na tarifa podemos ter aumentos estratosféricos nos próximos ci-clos que ocorrerão após as elei-ções “coincidentemente”.

Sacanagem!!!Enquanto isso...As empresas demitem profi s-

sionais gabaritados, terceirizam para reduzir custos com mão de obra menos qualifi cada. O go-verno permite que as empresas vendam ativos públicos para re-munerar seus acionistas, etc...

O setor está em caos!!!Dilma está conseguindo su-

perar a incompetência de gover-

nos passados na ges-tão do setor elétrico brasileiro.

Vejam alguns absurdos:

Está escrito na MP 577 e mantido na Lei 12.767 de 27/12/2012 (atentem para a data):

“Art.2 - §1º - Não recairá sobre o poder concedente qualquer espécie de responsa-bilidade em relação a tributos, encargos, ônus, obrigações ou compromissos com terceiros ou empre-gados referentes ao período anterior a ex-tinção da concessão” (grifo nosso).

Fica claro a intenção do go-verno em colocar a faca na gar-ganta das empresas para reno-var as concessões nos termos impostos. Por isso cria esta fer-ramenta legal de pressão mas de uma forma inconstitucional exi-me o governo, detentos da con-cessão e do controle da mesma, de suas responsabilidades no caso de retomada das empresas pelo poder concedente.

Para piorar nesta mesma MP convertida em Lei defi ne no Arti-go 4º Parágrafo único que:

“O disposto neste artigo ob-servará o previsto no §1º do Art. 2º, não recaindo sobre órgão ou entidade responsável pela prestação temporária do serviço público qualquer espécie de res-ponsabilidade em relação aos direitos e obrigações referentes ao período anterior à declaração da extinção da concessão.”

Ok!!! Sabemos que apesar

E Nessa história como ficam os

trabalhadores???

do Partido do Governo ser o PT – Partido dos Trabalhadores, o Governo deve atuar imparcial-mente para todos.

Agora o que é essa anoma-lia??? Caso extinta uma conces-são então quem paga a dívida do trabalhador??? Haja vista que a maior parte do capital é controlado por empresas estran-geiras, de fora do Brasil.

Empresas que não possuem nada no Brasil além do direito de explorar as concessões.

Quem pagará os trabalhado-res no colapso que virá????

Afirmamos que virá um co-lapso por falta de investimentos sérios no setor. Não estamos falando de falta de recursos mas sim, da mal alocação dos mesmos.

Nossos Governantes estão fazendo políticas eleitoreiras e populistas e deixando de fazer políticas perenes, de ESTADO!

Federação Nacional dos Trabalhadores em Energia,Água e Meio Ambiente - www.fenatema.org.br

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Boletim da Fenatema

Estivemos na ANEEL e ouvimos do seu coordenador, na época Nelson Hubner, que a venda dos ativos como prédios, terrenos, equipamentos é legítima.Ora Companheiros!!! Assinaram uma concessão pública de geração ou transmissão, ou distribuição de energia, e não de uma imobiliária!Estão canibalizando o setor e os Governos fi ngem não ver em nome de políticas infrutíferas e meramente eleitoreiras.

PIOR DOS MUNDOSCom a implementação das novas sistemáticas, que acreditamos que não se sustente, as tarifas de fato reduziram 16% para o povo e 32% para os patrões...Aí os patrões do setor elétrico perderam, pois, vendem energia não é mesmo?Pois bem, em 8 de dezembro de 2012 a Presidenta assina a Lei 12.740/12 que sob argumento de estar atendendo os seguranças patrimoniais de todo País prejudica os eletricitários de todo o País.Dilma revoga a Lei 7369/85, específi ca dos eletricitários, no seu Art.3º da Lei 12.740/12. Pataguada ou calculado???Adivinhem quem ganhou com esta Lei 12.740/12???Isso mesmo, as empresas do Setor Elétrico com desoneração de suas folhas, pois a nova Lei muda a forma de pagamento e os critérios anteriores para recebimento do adicional.Dilma não pode fazer caridade com dinheiro alheio...Resumindo nesse jogo de interesses a vítima está sendo o setor elétrico brasileiro e os trabalhadores que o mantém.

PPPPARCERIA PÚBLICO PRIVADANo fundo querem mobilidade para “negociar”. Os

Governos agora dão um nome bonito para privatização piorada.

Apresentam para a população como saída contra a burocracia e a falta de investimento as tais PPP’s, mas na verdade estão entregando as concessões públicas ao capital privado como antes.

Mudam os nomes, as formas mas as maldades são as mesmas.

Nós da FENATEMA esperamos que o Governo Federal e os Governos Estaduais se sensibilizem, pois essas “guerras” eleitorais não farão bem algum para a Nação.

Esperamos e pedimos que os legisladores de bem, os detentores de cargos executivos e o judiciário atentem para os absurdos e ilegalidades impostas ao setor elétrico brasileiro.

Se a coisa continuar nesse ritmo negativo vamos apagar o Brasil!!!Não porque gostamos mas forçados pela conjuntura...Estamos juntos com os trabalhadores na luta por um Brasil sustentável, crescente e

bom para todos!!!

juntos na luta e até a vitória sempre!

PIOR DOS MUNDOS IINessa política eleitoreira agora em São Paulo, Minas Gerais e Paraná a porca torceu o rabo e a cobra fumou.Os Governos Estaduais não cederam a pressão do Governo Federal não renovando antecipadamente as concessões como pretendia Dilma e mais uma vez os trabalhadores das empresas destes Estados são colocados como meros coadjuvantes e sofrem em dobro com as pressões locais e Federais.

STIECP

São Paulo, 15 de maio de 2013.P/ Diretoria

Eduardo Annunciato,“Chicão”Presidente