setembro 2013 edição 46 apmdfesp auxilia crianças que...

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Conheça os serviços que a associação oferece aos filhos de policiais militares APMDFESP Auxilia crianças que necessitam de reabilitação “A APMDFESP é tão útil quanto maior é a incompetência e abandono do estado Com a palavra, Coronel Telhada: Com a palavra, Major Olímpio: Com a palavra, Coronel Camilo: “O Policial Militar deficiente não teria vida sem a APMDFESP” “O trabalho da APMDFESP é de fundamental importância ” Página 5 Página 7 Página 9 ESCLARECIMENTO SOBRE AÇÃO PARA RECÁLCULO DOS VENCIMENTOS CONSIDERANDO AS PERDAS HAVIDAS COM A URV EM 1994 Atenção Página 15 Página 13 APMDFESP na luta pela aprovação da PEC 300 Setembro 2013 edição 46

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Conheça os serviços que aassociação oferece aos filhos

de policiais militares

APMDFESPAuxilia crianças que

necessitam de reabilitação

“A APMDFESP é tão útil quanto maior é a incompetência e abandono do estado ”

Com a palavra, Coronel Telhada: Com a palavra, Major Olímpio: Com a palavra, Coronel Camilo:

“O Policial Militar deficiente não teria vida sem

a APMDFESP”

“O trabalho da APMDFESP é de fundamental importância ”

Página 5

Página 7 Página 9

ESCLARECIMENTO SOBRE AÇÃO

PARA RECÁLCULO

DOS VENCIMENTOS

CONSIDERANDO AS PERDAS

HAVIDAS COM A URV

EM 1994

Atenção

Página 15 Página 13

APMDFESP na luta

pela aprovação

da PEC 300

Setembro 2013 edição 46

PA

LA

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A D

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SID

EN

TE

Diretoria ExecutivaElcio Inocente PresidenteAntônio Figueiredo Sobrinho Vice-PresidenteWladimir Garcia de Menezes Secretário GeralRenato Saletti Santos Secretário AdjuntoEly Ribeiro da Silva Diretor FinanceiroEdson Rodrigues dos Santos Diretor Financeiro AdjuntoRoberto Batista Carneiro Diretor SocialRomildo Pytel Diretor JurídicoAlexandre Miragaia de Araújo Diretor de PatrimônioAirton Belmiro da Silva Diretor de Clínicas e ReabilitaçãoElisa Guskuma Henna Diretora de Esporte, Cultura, Lazere Relações PúblicasMario Zan Castro Correa Diretor do Interior, Regionais eRepresentaçõesConselho DeliberativoPresidenteTércio Bispo MolicaSecretárioJosé Ricardo Barssúglio de OliveiraMembrosNewton Ferreira da SilvaLuiz Antônio GonzalezAntonio Carlos dos SantosSuplentesOlinto Pimenta da SilvaJulio Cesar da SilvaConselho FiscalPresidenteAparecido Gonçalves de OliveiraSecretárioJosué Rosendo da SilvaMembrosAntônio Messias dos SantosWalmir NascimentoJoaquim Soares de Oliveira JuniorSuplentesJair Carlos dos Santos Sá TelesJosé Marcolino de OliveiraLuiz Carlos dos SantosEditor Responsável – Cleo FranciscoJornalista Mtb 027081Impressão e Diagramação : SOS Comunicação Jose Hamilto Orlando Fone-2742 3170 Tiragem: 25 mil exemplares “As matérias publicadas neste Informativo podem ser reproduzidas total ou parcialmente, desde que citada à fonte”.

Representação em Campinas Claudemir Roque GomesRua Amilar Alves, 153 Ponte PretaFone (19) 3233-1448 /3232-8210Representação em Mogi das Cruzes Claudinei Guimarães SimõesRua Coronel Cardoso de Siqueira, 672 – Centro – Fone (11) 4726-5805 4726 2465Representação em Santos Silvio Roberto PupoRua Joaquim Távora, 274 – Vila Matias Fone (13) 3223-6766 / 3223-6583Representação na Zona Leste Edson de Sousa PimentaRua José Miguel Ackel, 115 Penha -Próx. CPA M 4 São Paulo – (11) 2227-1148

Expediente

Representantes

Representação na Zona Sul Ricieri Guimarães de CarvalhoRua dr. Rubens Gomes Bueno, 193 – Santo Amaro – São Paulo– (11) 2337-2270Representação na Zona OesteRogério Praxedes MarcolinoAv. Corifeu de Azevedo Marques, 4082 – CPAM-5 – São Paulo –(11) 3714-4763

APMDFESP - Sede CentralRua Adolfo Samuel, 14 – Jardim Santa Inês – CEP 02418-100Tel. (11) 2262-9500 ou 0800-7278090www.apmdfesp.com.br [email protected]

Élcio Inocentepresidente

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Caros associados,

Quero aproveitar esta oportunidade para dizer algumas palavras sobre as dificuldades que nossos irmãos policiais têm enfrenta-

do nesses últimos tempos. Temos de um lado uma visível dificuldade por parte do Dr. Fernando Grella que, com suas atitudes equivocadas, tem deixado muito clara a falta de conhecimento na área da segurança pública, dificultando o trabalho da polícia.

No mês de maio, a coordenadoria representativa das entidades de classe ligadas à Polícia Militar, da qual a APMDFESP faz parte, entre-gou nas mãos do secretário uma solicitação de reajuste salarial para a PM de 15% para 2013 e 11% para 2014. Não tivemos resposta até o momento.

No mês de julho foi protocolado no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, um ofício com a mesma solicitação. O resultado foi o mesmo: até agora não houve nenhum pronunciamento por parte do governador Geraldo Alckmin.

Temos acompanhado o empenho da corporação no sentido de combater a criminalidade e manter a ordem pública. Porém, sabemos que isso só tem acontecido porque o nosso pessoal tem no sangue o tirocínio e a vontade de bem servir à nossa população.

Enquanto isso, nossa legislação continua arcaica e favorecendo à criminalidade, que tem a certeza da impunidade e se enche de ousadia para continuar a trazer problemas para a nossa cidade, muitas vezes tirando vidas e destruindo famílias com seus atos insanos.

Esperamos que, em um futuro breve, esse estado de coisas esteja mudado.

Que Deus nos proteja.

APMDFESPAuxilia crianças que necessitam de reabilitação

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Saiba quais são os

atendimentos oferecidos pelo departamento

de Clínicas e Reabilitação

aos filhos de Policiais

Militares Maria Efigênia Bezerra dos Santos, esposa do

Mauro Ramos dos Santos (Capitão PM que trabalha na Academia do Barro Branco) pais Gabriela, de 13 anos.

Robson Martins Santos, Cabo PM do 15 Batalhão, em Guarulhos, com os filhos Vinicius e Rayssa e a esposa, Dalila Ramos Santos

Apenas em 2012, na sede da Associação dos

Policiais Militares Portadores de Deficiências do Estado de São Paulo (APMDFESP), foram rea-lizados 11.693 atendimentos no departamento de Clínicas e Re-abilitação. Os profissionais que atuam na fisiatria, fisioterapia, terapia aquática, fonoaudiologia, psicologia, equoterapia, psico-pedagogia e terapia ocupacional foram responsáveis pelo atendi-mento desse número de pesso-as que incluiu crianças, que são dependentes de policiais milita-res e necessitam de reabilitação. Entre outros casos, a entidade atende meninos e meninas com paralisia cerebral, doenças neu-romusculares, mielomeningocele (má formação da medula espi-nhal), e amputação de membros (traumáticas ou congênitas).

O procedimento para o atendimento a esses casos é mesmo para todos. Primeiro há

a necessidade de agendamento na recepção clínica com a assis-tente social. “Sempre atendo o paciente ou o responsável por ele e também verifico toda a do-cumentação solicitada para esse primeiro contato”, diz Claudinéia Cardoso Silva, assistente social. Nesse momento se identifica se a pessoa tem perfil para trata-mento na APMDFESP ou deve ser indicada outra entidade.

Acompanhamento Individualizado

“Nosso foco é o trabalho com as alterações motoras e sensoriais que resultam em dificuldades com coordenação, força e sensibilidade, por exem-plo. Realizamos estimulação das aquisições motoras para que a criança adquira o controle cervi-cal e do tronco, a postura em pé e a marcha. Realizamos também o treinamento das atividades de vida diária como, por exem-

plo, a alimentação e higiene, visando maior independência e ganho funcional. Dificuldades com o aprendizado e desordens emocionais e comportamentais também são tratados nos seto-res de psicologia e pedagogia”, explica a médica fisiatra Daniella Gavilanes Branco, que atende na instituição.

Outro dado importante é que o acompanhamento na associação é individualizado. “Tem crianças cujos pais com-plementam o tratamento com exercícios prescritos pelo tera-peuta em domicílio. A evolução do quadro delas depende muito disso. Não adianta fazermos um alongamento aqui uma vez por semana e não ter continuidade em casa. A integração da famí-lia é essencial. Cada paciente é único e suas necessidades também”, comenta Simone Paula Graciano, fisioterapeuta e supervisora da fisioterapia.

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“A Gabi nasceu com seis meses, pesava 1 kg e tinha 30 cm. Ela teve uma parada respiratória logo que veio ao mundo e por isso ficou com uma lesão cerebral que comprometeu a parte

inferior do corpo dela. Interessante é que meu sogro reuniu todos os quatro filhos que são policiais e pediu para que fossem sócios da APMDFESP para ajudar os PMs que sofressem acidente. Só o meu marido aceitou e isso foi muito antes da Gabi nascer e, mesmo nessa época, a gente não sabia que a instituição atendia os filhos dos policiais militares. No princípio fomos para a AACD. Lá ela fazia hidro-terapia, fisioterapia e equoterapia com a cavalaria da PM.

Porem, ela foi desligada porque chegou um ponto que não tinha mais o que desenvolver. Mas já sabíamos dos serviços da APMDFESP e ela começou a frequentar a fisioterapia e hidroterapia. Ela foi desligada dessa última e agora frequenta o grupo de terapia só com adolescentesefaz equoterapia. Frequenta-mos a associação há uns dois anos e tem sido muito bom. Um exemplo disso é que agora ela está usando o andador. A Gabi está no sétimo ano, é uma aluna exemplar, estudiosa, que gosta de fazer pesquisas e muito aplicada”.

Maria Efigênia Bezerra dos Santos, esposa do Mauro Ramos dos Santos (Capitão PM que trabalha na Academia do Barro Branco) pais

Gabriela, de 13 anos.

“A gestação do Vinicius foi normal. Só soube que ele tinha mielomeningocele após o parto. Segundo os médicos é uma má formação na coluna por falta

de ácido fólico. Uma espécie de bolsa com o líquido que deveria percorrer a espinha dele se formou e ficou exposta. Isso afetou a parte inferior do corpo dele. Quando ele nasceu, foi uma correria. Já no primeiro dia de vida teve de ser transferido para outro hospital e fazer essa correção. Precisou ficar cinco horas anestesiado.

Até os médicos se surpreenderam pois a maioria não volta depois de tanto tempo anestesiado. Depois o Vinicius ficou um mês de bruços. Foi um período bem difícil. Ele frequentou algumas associações para fazer fisioterapia e quando tinha oito meses, já queriam que ele se sentasse. Era difícil. A partir dos 3 anos, ele começou na APMDFESP onde ele fez fisioterapia até há pouco tempo. Aos 8 anos, ele também começou a frequentar a psicopedagoga por um ano e meio, mas já foi liberado. Classifico esse período dele na associação como maravilhoso. As meninas que o atendem são muito atenciosas, sempre viam o horário que era bom para nós. Somos ajudados até hoje com doação de fraldas.

Por um bom tempo ele usou sonda para urinar e a APMDFESP também fornecia o material comple-to, além e cadeira de banho, colchão especial, andador. Essa cadeira de rodas que ele está usando é a terceira doada pela instituição. E sempre éramos convidados para as festas do Dia das Crianças, Natal. A APMDFESP foi muito importante porque ajudou na parte psicológica e física do Vinícius e financeira tam-bém porque não temos condições de comprar tudo o que ele necessita. Só paramos de frequentar porque temos apenas um carro e é difícil me deslocar com ele de Guarulhos, onde moramos. Mas tenho intenção de voltar e logo para fazer fisioterapia. O Vinicius está com 10 anos, frequenta a quarta série e é um meni-no muito inteligente”.

Dalila Ramos Santos, esposa de Robson Martins Santos, Cabo PM do 15º Batalhão, em Guarulhos. Eles são os pais do Vinicius e da Rayssa.

“A Gabi agora está usando andador”

Histórias

“A APMDFESP ajudou na parte psicológica e física do Vinicius”

Gabi, a mãe e a fisioterapeuta Silvia Rodrigues

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APMDFESPAPMDFESP

“A associação faz um trabalho

fantástico e diferenciado das demais entidades represen-tativas da Polícia Militar pela sua própria origem, que é a dificuldade e desatenção do Estado com o policial militar que se torna deficiente físico em serviço ou fora dele.São mais de 20 anos de atuação nos quais ampliou seus serviços para regionais, no interior e dá atenção a quase cinco mil policiais militares deficientes. Acompanho esse trabalho, e não só nesse momento, como parlamentar e associado.

São vários os casos de PMs lesionados que chega-ram ao meu conhecimento e passaram pela atenção da associação. Já estive com o Elcio e diretores em Brasília, na Assembleia Legislativa de São Paulo e em debates quando querem achincalhar a Polícia Militar. E o Elcio compareceu uniformizado com seus diretores e desmon-taram moralmente aqueles que queriam fazer um oba-oba contra os policiais militares. É uma entidade da qual tenho orgulho de acompanhar o trabalho. E só posso dizer graças a Deus a entidade se fortalece e supre as lacunas do estado.

São vários os casos de policiais militares atendidos pela instituição, através da sede e regionais, tanto para acompanhamento fisioterapêutico quanto de ordem jurídi-ca e outras questões. Nunca tive nenhuma reclamação, e olha, já ouvi toda sorte de desatenção com a família poli-cial de alguns setores de outras associações. Sinal inequí-voco de qualidade. A regra para o policial militar é ser mal atendido pelos órgãos públicos, pela própria instituição militar e alguns setores de entidades representativas.

Em um estado como São Paulo, nós temos um local e ambiente onde morrem mais policiais no mundo em de-corrência da profissão. Também possivelmente devemos ter o maior número de policiais deficientes. A entidade se diferencia de qualquer uma das mais de 20 associações-representativas. Posso falar porque sou sócio de oito delas. Já tivemos situações de socorro a policiais militares que nem eram associadose houve a sensibilidade do Elcio e da diretoria que atenderam primeiro a emergência e de-pois se preocuparam com a associação da pessoa. Tudo o que defendem é a dignidade para o deficiente físico.

A história de vida de cada um deles demonstra isso.

Com a palavra, Major Olimpio:

“A APMDFESP é tão útil quanto maior é a incompetência e abandono do estado em relação ao tratamento dos seus policiais militares”

O próprio Elcio foi lesionado em 1979, numa ocorrência em que tinha reféns com marginais num

bar. Ele salvou as pessoas, mas se tornou deficiente físico e passou

a ter a companhia de uma cadei-ra de rodas para toda a vida. Mas

não se abateu e hoje tem a mesma energia na luta por quem precisa.

Recentemente, no julgamento dos policiais do Carandiru, comparece-

ram o Elcio e vários diretores. E embora o resultado tenha sido adverso aos policiais, o que ficou mais do que claro– e

virou motivo de citação por parte do juiz, promotores e imprensa -foi a presença dos policias cadeirantes, que sensibilizou a todos no ambiente.

Sem a APMDFESP a vida do policial militar seria uma tragédia como é a do policial civil deficiente físico. Sentimos o desespero e desamparo dos policiais civis por não terem uma APMDFESP. Estimulo a criação de uma entidade semelhante para eles.

O governo, Infelizmente, não olha com atenção para o PM com deficiência! Fica mais por conta de datas comemorativas que atitudes concretas no dia a dia. Se tivesse um tratamento digno talvez não fosse nem neces-sária a existência da associação. A APMDFESP é tão útil quanto maior é a incompetência e abandono do estado em relação ao tratamento dos seus policiais militares.

Segundo a ONU, a atividade policial é a segunda mais perigosa. Portanto, é preciso ter salários dignos, carreira que possa compensar as agruras da profissão, atenção de fato no momento de doença, meios de propor-cionar reabilitação quando ele é ferido e lesionado. Isso é fundamental. E infelizmente não temos essa estrutura.

Por fim, gostaria de dar parabéns a todos que parti-cipam da entidade como associado, atitude que se traduz em maiores benefícios e contribui para quem precisa. O que cada um paga como contribuição mensal auxilia a amenizar a dor e desespero de companheiros policiais militares que muitas vezes são lesionados e não tem a devida atenção do estado.

Sergio Olímpio Gomes

Nasceu na cidade paulista de Presidente Venceslau. Veio para São Paulo com quinze anos para ingressar na Academia de Polícia Militar do Barro Branco, onde se formou em 1982. Como oficial, serviu por 29 anos em diversas unidades da Polícia Militar. Foi presidente da As-sociação Paulista dos Oficiais da Policia Militar do Estado de São Paulo. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, jornalista, professor de Educação Física, especialista em Defesa Pessoal, instrutor de tiro e autor de livros sobre se-gurança. Está em seu segundo mandato como deputado estadual (PDT) e é pré-candidato ao governo estadual.

APMDFESP

Depoimento6

“A APMDFESP

tem sido importante. Foram 18 anos sem ajuda de

ninguém”, comentaLuciana,mãe das crianças.

Camila Rodrigues dos Santos (assis-tente social), Claudinei Guima-rães ( represen-tante de Mogi das Cruzes), Brysley e os pais.

Bryan ao lado do pai ,CaboMiranda. que tem se dividido todos esses anos entre o trabalho como policial militar, os bicos e os cuidados com os filhos.

Cabo Miranda: “A APMDFESP está ajudando bem a gente, mais que os parentes até”Por ter dois filhos sofrendo com

uma doença degenerativa, progres-siva e rara, Denílson de Miranda Rodrigues, o Cabo Miranda, do 41ºBPM/I de Jacareí, viu sua histó-ria chegar à APMDFESP. Ele é ca-sado com Luciana Aparecida Fidal-go Rodrigues, que contou em uma rede social, as dificuldades pelas quais o casal passava para cuidar de Bryan, de 21 anos e Brysley, de 15. Ambos são portadores de um tipo raro de leucodistrofia e o único caso registrado no mundo de irmãos com a doença. “Soube que existem mais de 30 tipos de leucodistrofia. Minha filha há 11 anos perdeu a fala e é dependente total da gente. Aos olhos dos mé-dicos, meus filhos já não deveriam estar vivos há muito tempo. Ele não poderia ter passado dos 14 anos e ela, dos oito”, comentou Luciana.

A doença começou a se mani-festar em Bryan quando ele tinha dois anos e os pais perceberam que ele tinha muita dificuldade para andar, o que só foi aumentando com o tempo. O mesmo aconteceu com Brysley que, aos três anos e dois meses, teve uma crise convul-siva. Três dias depois do ocorrido,

ela parou de andar e só engatinha-va. Em um mês, perdeu todos os movimentos. A menina precisa de mais acompanha-mento que o ra-paz. Há três anos, após uma peregri-nação aos médi-

cos, a doença foi diagnosticada e os pais informados que, na garota, era mais agressiva. “Os dois têm crises convulsivas e precisam de acompanhamento 24 horas por dia. Meu filho chegou a ter mais de 300 num dia. Os médicos consideram cada espasmo dele como uma crise. Mas o caso de minha filha é

mais preocupante. Ela pode entrar em coma e isso já aconteceu duas vezes. Na primeira, ela perdeu a fala. Ela ainda tem distúrbio do sono, dorme no máximo três horas por dia”. Na pequena casa de cinco cômodos, que fica em Cachoei-ra Paulista, Bryan dorme na sala, em um colchão no chão. Luciana e o marido dormem num colchão de solteiro no quarto enquanto a filha dorme na cama do casal. Os dois são totalmente dependentes. Mas Bryan ainda fala, escuta e consegue se arrastar pelo chão, pois tem controle ainda da parte esquerda do corpo. Com o desejo de cons-truir uma casa adaptada para os filhos, Luciana contou sua história numa rede social e ela chegou aos ouvidos de Claudinei Guimarães, da APMDFESP de Mogi das Cruzes. “Ele nos ajudou com fraldas, cesta básica, duas cadeiras de rodas e nos fazem visitas. Só a Brysley usa 13 pacotes de fraldas por mês e tem de ser de uma determinada marca para evitar infecção urinária. Esse apoio é muito importante. Meus filhos o adoram”, comenta Luciana. “A APMDFESP tem sido importante. Foram 18 anos sem ajuda de ninguém. Nossa família é a família de policiais que tem nos ajudado a também a arrecadar dinheiro para nosso objetivo”.

Denilson concorda com a es-posa. “Eu já tinha ouvido falar da associação. Mas eu mal tinha tem-po de almoçar. Há pouco tempo somos sócios e está ajudando bem a gente, muito mais que os paren-tes até, como minha esposa falou”, disse o cabo que se dividiu todos esses anos entre o trabalho na Polí-cia Militar, os bicos e os cuidados com seus filhos.

APMDFESP

7Com a palavra, Coronel Telhada:

“O Policial Militar deficiente não

teria vida sem a APMDFESP”

Paulo Adriano Lopes Lucinda Telhada

Divulgação - Sgt Rodolfo Artur

“Acompanho desde a fundação o trabalho da APMDFESP. Sou sócio há muitos anos e sei do valor do trabalho da associa-ção. Em todas as unidades policiais que passei, sempre fiz questão que o pessoal da instituição fosse ao quartel e conversasse com a tropa. É uma entidade cujo objetivo é exclusivamente ajudar o Policial Militar com defici-ência. É uma obrigação de todos os policiais militares pertencerem a APMDFESP para auxiliar quem tem ne-cessidades. Deus queira que a gente só ajude as pessoas e nunca seja ajudado. Mas nós nunca temos certeza absoluta de nada na vida, não sabemos o que vai nos acontecer daqui a uma hora

Conheço vários policiais militares atendidos pela instituição e todos são unânimes em afirmar que sem-pre foram muito bem atendidos. Não comentam ape-nas da educação dos profissionais e de toda a equipe, mas também dos equipamentos. No Brasil, acho que a APMDFESP é uma das entidades da Policia Militar melhor preparada para atender o paciente. E isso com relação aos equipamentos, acompanhamentos, assistên-cia psicológica, etc. A instituição é, com certeza, diferen-ciada em todos os níveis.

A importância da APMDFESP tem relação com a confiabilidade que ela conquistou. Ninguém quer passar por uma situação terrível e ser portador de uma defi-ciência. Mas quando a gente vê o trabalho das pesso-as que atuam na instituição, fica mais consolado em saber que existe essa entidade dirigida por gente muito competente. Ficamos mais confiantes no ser humano. Temos outras entidades com colônia de férias, que só se preocupam com a parte do cotidiano e atendimento jurí-dico. Mas a APMDFESP acaba dando uma atenção que nenhuma outra entidade tem. E se diferencia por essa forma de atender feita de maneira majestosa.

O Policial Militar deficiente não teria vida sem a APMDFESP! A vida acabaria! Ele não teria o apoio da fisioterapia, que é muito boa. A entidade é um referencial entre as outras porque é administrada por portadores de deficiência e isso faz com que o Policial Militar que passa por esse problema tenha um apoio psicológico forte. Ele vê que é possível continuar vivendo apesar da

Comandou o 1º BP Choque ROTA de 7 de maio de 2009 a 18 de novembro de 2011. É natural de São Paulo e ingressou na APMBB em 29 de janeiro de 1979, aos 17 anos de idade. Foi declarado Aspirante a Oficial PM em 15 de dezembro de 1983. Serviu em várias unidades da PMESP entre elas o 23º BPM/I, 4º BPM/M, 3º BPChq, GATE, COPOM, 7º BPM/M, entre outros. Foi um dos ofi-ciais fundadores do GATE e comandou pelotão de ROTA como 2º e 1º Tenente de 1986 a 1992. Recebeu a Láurea de Mérito Pessoal em 1º Grau, a Cruz do Mérito Policial em Ouro por bravura, a Cruz de Sangue em bronze, Cen-tenário do Batalhão Tobias de Aguiar entre outras. Foi promovido a Capitão PM por bravura em 15 de agosto de 1988 e ferido em serviço duas vezes (1990 e 1995). Atualmente é vereador (PSDB) em São Paulo.

deficiência, ter uma vida boa. Exemplos maiores disso são os próprios dirigentes, que também são portadores de defici-ência. Sem a APMDFESP, pelo amor de Deus, nem imagino como seria a vida dessas pessoas.

Acho que o governo não dá atenção nenhuma para o Policial Militar, seja ele portador de defici-ência ou não. A PM tem um centro de reabilita-ção e é muito bom. Mas o governo mesmo não se preocupa com isso. Senão a APMDFESP teria uma verba governamental.

A entidade tem sucesso e isso só se deve às pessoas que ali trabalham. É uma conquista dos funcionários e diretores que trabalham nessa maravilhosa instituição.

A Polícia Militar não é tratada como deveria ser trata-da, não só na parte salarial, mas apoio físico, moral de trabalho. O governo nos deve muito. Nós doamos nossa vida, nos sacrificamos 24 horas por dia. No final, só quem segura a ordem é a Policia Militar.

Termino esse depoimento dizendo que quanto mais associados, mais condições de trabalho a APMDFESP terá. E queria também mandar um recado para todos os funcionários e diretoria: gostaria de parabenizá-los pelos serviços e dizer que são super importantes para a família policial militar graças ao trabalho em prol do portadores de deficiência.

APMDFESP

APMDFESP

8Agradecimentos

Qualidade de vida e auto-estima de volta

“S ou o Cabo PM Roberts e pertenço à 1ª Cia do

4ºBPM/M. Em 08 de janeiro de 2013 sofri um acidente de trânsito que resultou na amputação da minha perna esquerda. Sabia que com o uso de uma prótese poderia voltar a andar nova-mente, mas sabia também que uma prótese de qualidade poderia amenizar ainda mais as limitações que eu tinha. Graças ao Praxedes e a APMDFESP pude adquirir uma prótese que me de-volveu a qualidade de vida e a auto estima. Continuo acreditando na APMDFESP e na solidariedade da famí-lia policial militar.

Por isso, os meus agradecimentos primei-ramente a Deus por estar vivo. E depois à essa asso-ciação por abraçar a minha causa com tanto empenho e dedicação, dando todo o suporte que necessito. Fui muito bem atendido pelo Praxedes e sua equipe (Roberta e Flávia) que em nenhum momento deixaram de atender minhas expectativas. Isso realmente só aumentou ainda mais minha conside-ração pela associação e sua equipe. Es-tou muito satisfeito com o atendimento da Clínica de Prótese FUBELLE, que sempre atendeu minhas necessidades e que, em parceria com a instituição, está proporcionando uma qualidade de vida muito boa e devolvendo minha auto estima, confiança, amor-próprio, entre outras coisas tão importantes.

Tive a oportunidade de conhecer a APMDFESP na região oeste, onde fica o CPA/M-5, local no qual presenciei Poli-ciais Militares necessitarem de auxílio e serem prontamente atendidos por essa valorosa equipe.”

Cabo PM Roberts

Suporte material e afetivo

“Quatorze anos se passaram desde que decidi fazer o se-

guro de vida oferecido por um deficien-

Apoio ao associado e profissionais da instituição te chamado Praxedes, que me mostrou um pouco da associação. Hoje, tenho nele um grande amigo e parceiro. Na-quela ocasião não precisaria ficar sócio, pois nada de diferente iria acontecer com um policial militar jovem e cheio de saúde. Os anos se passaram e sofri um acidente de moto quando estava indo para casa num dia de folga. Minha vida mudou completamente. Eu estava dependente da família, de amigos e da associação de deficientes físicos onde não era associado. O acidente foi no dia 17 de março de 2012. Lá estava eu, depois de um dia cansativo no bico,

retornando para casa. Havia obras de reca-peamento na Avenida Rebouças. Os coletivos estavam sendo des-viados para a Alameda Tietê. Não havia nenhu-ma placa de desvio ou agente de

transito da CET. De repente, um ônibus articulado que estava ao meu lado na pista da esquerda, entra do nada para a direita, me arrastando, provocando minha queda, e o pior, passando em cima da minha perna esquerda. Graças ao SD PM Freitas (1ª CIA ) e ao SD PM Queiroz (velado), meu socorro foi agi-lizado. Tantos anos trabalhando no 23º Batalhão, tantas ocorrências gigantes. Amava vestir aquela farda, equipar a viatura e sair com meu parceiro e irmão Moraes para mais um dia de trabalho. Tudo isso estava acabando na minha cabeça, estava morrendo, perdia muito sangue, meus filhos eram o foco dos meus pensamentos. Mas Deus colocou sua mão ali e logo fui socorrido. Fiquei 54 dias internado, passei por cinco cirurgias e, o mais importante, perma-neci vivo. Sem uma perna, mais mil por cento mais motivado para superar as barreiras.

Recebi todo o suporte em mate-riais que um deficiente necessita e o mais importante: essa perna que utilizo

Álvaro Figueiredo (gerente geral da Fubelle), Roberts, Praxedes

( representante da APMDFESP zona oeste) Fernando Gonçalves

hoje foi 80% paga pela APMDFESP. Sou grato de todas as formas. Hoje, como associado, vejo a importância do apoio e o suporte que a associação nos oferece. Que o meu depoimento não faça você, leitor ou associado, se pre-ocupar com os problemas que a vida nos proporciona. Mas que lembre que somos todos seres humanos depen-dentes de Deus e também de pessoas como funcionários da APMDFESP, que nos mostram que somos guerreiros que superam seus limites a cada dia.

Fernando T. Gonçalves - Cabo PM 990820-0

São Paulo, 5 de julho de 2013Da: psicóloga Flávia L. A. Teixeira

Ao: Sr. Presidente Elcio Inocente

Eu, Flávia Lana Arcanjo Teixeira, psicó-loga que atende na representa-ção Zona Oeste, manifesto minha gra-tidão pela autorização e investimento feito no curso na AMA – Associação Amigos do Autista, o qual agregou maior conhecimento desta profissional para melhor atender o corpo associa-tivo.

Quero deixar claro que tenho or-gulho de participar como funcionária dessa tão renomada associação, pois quando se vê a preocupação de melhor preparo de seus profissionais investindo em conhecimento , deixa-se claro que que o quadro associativo terá sempre um atendimento especial e diferencia-do.

Assim, conte sempre com meu em-penho e dedicação.

Flávia L. A. TeixeiraPsicóloga CRP: 06/103271

9

“O trabalho da APMDFESP é de fundamental importância não só para os policiais militares,

mas também para os seus familiares”

Com a palavra, Coronel Camilo :

É ferrazense, com mais de 30 anos de experiência na polícia militar do Estado de São Paulo, onde chegou ao cargo máximo da instituição: Comandante-Geral, entre abril de 2009 e abril de 2012.Graduado pela Academia de Polícia Militar do Barro Branco em 1981, pós-graduado em Segurança Pública pelo Centro de Estudos Superiores da Polícia Militar. Especializou-se e atuou nas áreas de Bombei-ros e de Tecnologia da Informação.Também tra-balhou na área de Inteligência no Estado-Maior, na Coordenadoria de Análise e Planejamento da Secretaria de Segurança Pública. Adminis-trador de empresas pelo Mackenzie, pós-graduado (MBA) em Gestão de Tecnologia da Informação pela FIAP e Gestor de Segurança Pública pela Secretaria Nacional de Segurança Pública. Comandou a região Central de São Paulo de 2007 a 2009. É vereador (PSD) em São Paulo.

Alvaro Batista Camilo

APMDFESP

do governo, ou da sociedade de uma forma geral, possa desenvolver o seu trabalho é necessário um ambiente com segurança. É o sustentáculo de qualquer democracia e a polícia é que propicia essa segurança ao cidadão. Vejam o que tem acontecido com os vandalismos nas manifestações. Ima-ginem se não houvesse as policiais militares no Brasil. O que aconteceria com o país? Esse reconhecimento do governo passa por pistolas, coletes, viaturas, infraestrutura, mas principal-mente por melhores salários para que o policial possa ter uma vida digna com sua família e, por consequência, atender melhor ainda o cidadão de São Paulo.

Gostaria de deixar registrado o meu profundo agradecimento a todos os policiais militares em geral pelo com-prometimento, pelo profissionalismo e pela dedicação no desenvolvimento do trabalho, mas em especial aos policiais portadores de deficiência que levaram ao extremo o juramento que fizeram e deram sua integridade física para defender o cidadão. A todos o meu muito obrigado! Um forte abraço a todos, contem sempre comigo e continuem fazendo a diferença para a família policial militar.

até porque é dirigida por pessoas que têm algum tipo de deficiência, e dessa forma pode ajudar mais acer-tadamente o policial. Ela entende o que se passa com o PM e sua família e consegue ver a melhor maneira de atendê-lo.

No Comando Geral também procurei ajudar sempre os policiais deficientes: doei um ônibus com rampa para a APMDFESP, mantive os imóveis na Caixa Beneficente inclusive o utilizado pela Associação, direcionei um veículo para o CRPM (Centro de Reabilitação da Polícia Mi-litar) utilizar no transporte de deficien-tes, autorizei que viaturas orgânicas transportassem policiais para fazer fisioterapia, criei Centrais de Aten-dimento ao Policial Militar em todo o Estado. Mesmo assim, estamos longe ainda da atenção que o policial militar com deficiência deveria ter em reco-nhecimento pelo grande e arriscado trabalho nas ruas.

Acredito que o governo precisa-ria olhar mais para os profissionais de segurança de uma forma geral e reconhecer o sua fundamental impor-tância para o povo. O Estado precisa entender que para que qualquer setor

“Acompanho de perto o exce-lente trabalho desenvolvido

pela APMDFESP e, como Comandan-te Geral por três anos (2009-2012), pude ver a grande importância desta associação para a família policial militar. O trabalho é espetacular, pois cobre uma lacuna que o Estado ainda não conseguiu cobrir. Lembro que a média de feridos durante o meu co-mando era de quase 500 policiais por ano, sendo cerca de 300 em serviço e aproximadamente 200 de folga. Ferimentos de tiros, acidentes de viatura, moto, veículos particulares, quedas e, infelizmente, uma boa parte deles ficava com sequelas, às vezes, permanentes. Nesses momentos nos socorríamos da APMDFESP, que sempre nos atendeu prontamente.

No comando, abri um canal direto de comunicação com a família policial militar e procurei sempre valorizá-los. Esse canal me trazia e traz informa-ções sobre a atuação da APMDFESP sempre acompanhadas de elogios. Também tive um exemplo direto dos bons serviços prestados pela APMDFESP. Fiquei sócio para con-tribuir e pensei que nunca precisaria usá-la, mas tive um problema com minha mulher, precisei de equipamen-tos, fui prontamente atendido e hoje sou muito grato a associação.

O trabalho da APMDFESP é de fundamental importância não só para os policiais militares, mas também para seus familiares. É um amparo importante na hora de fragilidade e que, por vezes, se estende pelo resto da vida do policial. A entidade se dife-rencia pela prontidão e por atender a todos, mesmo os que não são sócios. Essa é uma grande virtude da APMDFESP, demonstrando a vontade de melhorar a vida de todos.

A vida do policial militar deficiente sem a APMDFESP seria muito mais difícil. A associação conhece de perto a problemática da deficiência,

APMDFESP

10 Depoimentos

“Em 14 de março desse ano, fazia o curso de formação de Sargentos e estava de serviço na

segurança do dispositivo da tropa.Paramos estrategica-mente a viatura na alça de acesso à Rodovia Presidente Dutra e ficamos de guarda, orientando o trânsito. Em um dado momento, um caminhão que transportava madeira passou a trafegar pelo acostamento, atingiu nosso veículo, o que culminou no lançamento dos dois policiais de cima da ponte que é alça de acesso, de uma altura de aproximadamente 20 metros. De imedia-to, todos os alunos correram para nos socorrer. Meu companheiro, o Aluno Sargento Bispo, faleceu na hora. Tive fratura exposta no braço e cotovelo direito, varias fraturas na bacia e no fêmur esquerdo. Fiquei internado seis dias na UTI e graças a Deus, após um mês, estava de volta à minha casa.

Coloquei três fixadores: no fêmur da perna esquerda, na pélvis (na região da cintura) e no braço direito. Meu convênio tem me dado suporte. Quando não posso con-tar com ele, recorro à APMDFESP, que me cedeu uma cama hospitalar, cadeira de rodas, de banho, um col-chão especial conhecido como caixa de ovo e que me ajudou muito na parte circulatória e a prevenir escaras também. Por enquanto, faço a fisioterapia pelo convê-nio, mas posteriormente pretendo fazer na associação.

A minha turma se formou dia 8 de agosto e fui ho-menageado junto com o Figueiredo, vice-presidente da APMDFESP. E já estou matriculado no próximo curso que vai se iniciar no final de setembro. Estou me es-forçando. Graças a Deus, não fiquei com sequelas na coluna e nem neurológicas. Foi um milagre cair daquela altura e sobreviver. Tenho certeza que no final desse

mês tiro o aparelho do fêmur esquerdo que é o ultimo que falta. Depois disso, muda a fisioterapia. Se Deus quiser, já volto para o curso andan-do! É um milagre mesmo!

Gostaria de dizer que não vejo na APMDFESP uma associação, mas uma irmandade na qual a contribuição tem retor-no diferenciado. Mesmo que a gente não precise, outras pessoas são beneficiadas, até mesmo quem não é sócio, mas precisa de apoio. Sempre acompanhei o trabalho da entidade e, em meus 25 anos de Polícia, nunca havia precisado dos serviços dela. Mas já havia presenciado ações que ajudaram, não só inúmeros policiais militares associados, mas também policiais não sócios e até parentes de policiais em uma ação de caráter humanitário, algo extraordinário. Não foi diferen-te comigo. Quando precisei, fui prontamente atendido e acolhido pela APMDFESP. Na instituição há a preocu-pação com o bem estar das pessoas. As contribuições são convertidas em uma verdadeira ação social, não só da família policial militar com a qual ela se compromete. É bem mais que isso. É verdadeiramente uma ação de amor ao próximo. Por isso, dou parabéns ao presidente Elcio e os membros da associação e peço que Deus abençoe a todos.”

Wagner Leite da Silva, 46 anos, Aluno Sargento da Escola Superior de Sargentos.

“Venho por meio deste, externar os meus mais

sinceros agradecimentos a toda diretoria desta conceituada enti-dade, em razão da forma carinhosa e profissional de atuação, em todos os momentos em que necessita-mos de um apoio importante. Seja pela sede central, ou pelo CPAM5, notamos claramente um empenho total, no sentido de nos atender nos mínimos detalhes. Porém, hoje quero me dirigir especificamente ao Departamento Jurídico, na pessoa

“Não Vejo na APMDFESP uma associação, mas uma irmandade”

“Fui ressarcida de todos os danos causados, inclusive os financeiros”

da doutora Renata, que resgatou meu direito judicialmente. Após ter sido vítima de estelionato e constrangida

por uma instituição financeira que se achou no direito de zerar a minha conta bancária, me deixando sem salário, cobrando taxas por emprés-timos que não fiz, além de cobranças de juros indevidos, causando-me um

prejuízo enorme. Hoje estou muito feliz, pois fui res-

sarcida de todos os danos causados, inclusive o financeiro. Não tenho dúvi-da nenhuma, que a contribuição paga

a esta nobre entidade é, inquestio-navelmente, um investimento, que nos dá um retorno maravilhoso, tanto no prazer de estar fazendo parte deste quadro associativo, quanto pela forma em que somos tratados e atendidos.

Quando tenho oportunidade, oriento aos amigos que ainda não são sócios, a se associarem, pois a APMDFESP é a única entidade que realmente auxilia e dá suporte a toda a família do associado. Fica aqui registrado, o nosso muito obri-gado, sendo que rogamos a Deus que a todos ilumine e os guarde.”

Solange Fernandes Cezario (Associada) e esposa do cabo Cezário

(presidente da Associação dos Praças da Polícia Militar do Estado de São Paulo)

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Solange entrega mimo à amiga Maria de Lourdes

APMDFESP

11

"O Gabriel nasceu com pro-blemas decorrentes da

Síndrome de Down. Com sete dias fez uma cirurgia no coração e ficou três meses e meio internado porque não conseguia comer. Precisava de outra cirurgia, uma gastrostomia, feita no estômago para inserção de alimentos diretamente, por seringa. Fomos liberados para levá-lo para casa e a cada três horas necessitá-vamos alimentá-lo dessa maneira. Qualquer material usado para a alimentação era descartável e nem tudo era coberto pelo convênio. Por um acaso acabamos conhecendo a APMDFESP em 2009.

Eu trabalhava na Seção de Ope-rações do Comando de Policiamen-to da Capital. Estava comentando com os colegas a dificuldade que tinha de localizar lugares para com-prar esses materiais. Alguém falou de um sargento que usou o apoio da associação por causa do filho que tinha necessidades especiais e pedi o caminho das pedras. Dois dias depois, conversava com o Miragaia, que foi ao quartel falar comigo. Eu

disse: ‘Nem sócio eu sou’. Ele respon-deu: ‘Fique tranquilo’. Pediu para eu enviar por e-mail os materiais que pre-cisava e fiz isso. Poucos dias após, já tinha um veículo na frente de casa com tudo o que o médico havia requisitado. Era bastante material: fraldas, gazes, seringas, materiais descartáveis e tudo o que era necessário para a alimenta-ção enteral dele.

Tivemos um apoio absurdamente grande da associação nesse período pelo tempo de recuperação do nosso filho.Sempre tivemos as portas abertas na APMDFESP e, no início, minha asso-ciação nem tinha se efetivado ainda. E fui ajudado não só com o material. Des-taco a fé e força de vontade em ajudar, o carinho e o respeito do pessoal. Grande parte da associação é de pessoas que passaram por algo similar. Cada um já sen-tiu literalmente na pele o que é precisar de ajuda em todos os aspectos. Hoje sou quase um porta-voz da APMDFESP por onde passo e procu-

Jairo Pinto da Silva 1º tenente PM e esposa Luzia Alves de Oliveira e Silva (Guaratinguetá - SP)

“Tenho um filho, José Luiz de Oliveira e Silva, que se formou Sargento, trabalhando no Centro de Formação e sempre falou muito bem desta associação. Em fevereiro deste ano me associei à entidade mesmo sendo depen-dente do meu filho. Apesar de ter plano de saúde, há procedi-mentos que não são cobertos e o paciente tem que arcar com despesas extras. Minha esposa necessitou fazer cirurgia ocular.

O plano de saúde cobriu em parte dos custos da internação e cirurgia, mas não as lentes do cristalino importado, no valor de R$1.850,00 cada, para os dois olhos. As despesas ultrapassaram nossa economia e apelamos à APMDFESP para nos socorrer com reembolso ou ressarcimento dos valores da aquisição

Depoimentos

“Hoje sou quase um porta-voz da APMDFESP por onde passo”

“ As despesas ultrapassaram nossa economia e apelamos para a APMDFESP para nos socorrer”

destas lentes. Montei um processo com todos procedimentos e comprovantes dos pagamentos das lentes. A minha intenção principal quando me associei

era de colaborar com a associação em benefício dos meus irmãos de farda, sem pensar que um dia eu mesmo fosse auxiliado. Graças a Deus e à APMDFESP, minha espo-sa fez a cirurgia de mácula e cata-rata e colocou lentes de primeira qualidade. Não tenho palavras para expressar o nosso agradecimento pelo atendimento humanitário e ge-neroso desta Associação. Gostaria que todos os colegas, companhei-ros de farda não titubeassem em se associar a APMDFESP. Pense em quantos necessitam de amparo psicológico, além de uma cadeira de rodas, muletas, óculos e tantos

outros auxílios. Deus lhes pague senho-res dirigentes e auxiliares idealistas da Associação dos Policiais Militares Por-tadores de Deficiência Física do Estado São Paulo.”

ro disseminar a importância de se ter uma entidade que possa suprir essas lacunas.

Só a família que passa por isso que sabe o que é. Des-taco a boa vontade, empatia, educação e carinho tanto do presidente, quanto da equipe e, em especial, do Miragaia, uma pessoa pela qual temos um cari-nho todo especial. Vocês fizeram a diferença!"

Capitão Arthur Alvarez

(atualmente trabalhando na Casa Militar), casado com a Major Soraya Alvarez, e pais do Gabriel de 4 anos e do Arthur, de 7.

APMDFESP

12 Depoimentos

“Estava de serviço e a viatura deu problemas. Era a única que a gente tinha e tivemos de levá-la para o grupamento, que era uma casa alugada. Lembro que estava em uma das salas do lugar e, de repente, chegou um cabo à paisana, bêbado, alterado. Escutei quando pediu a arma dele para outro policial. Os policiais costumavam guardar a arma no grupamento e ele queria a dele. Quando saí de onde estava, esse policial já estava com a arma dele e brincou comigo. Disse: “Vou te matar agora”. E disparou em seguida. Ele me atingiu estando a dois metros de distância de mim. Foi um corre-corre. Me colocaram numa ambulância e fui com ele, que tentava me reanimar, mas estava caindo de bêbado.

Fomos até Limeira, a 20 quilômetros de distância. Acordei dois dias depois. O tiro me deixou paraplégico. Acredita que uma semana antes de levar o tiro, tinha sido convidado para me associar à APMDFESP? Não me associei porque estava com grana curta mesmo, mas guardei o papel que me deram para ficar sócio no mês seguinte. Depois de três meses que levei o tiro, o pessoal da APMDFESP veio na minha residência. Me associei no final de 2001 e, a partir daí, sempre me ajudaram muito mesmo: com cadeira de rodas, de banho, almofadas, assistência jurídica. Para mim a associação é importante, ficar sem essa ajuda e muito difícil. Tudo é muito caro. O pessoal vem todo mês aqui, conversa uma meia hora. Isso faz falta também”.

Valmir Ribeiro da Silva, 39 anos, é Soldado PM,

que servia no grupamento em Engenheiro Coelho.

“Vim para a APMDFESP porque fiz uma cirurgia no joelho esquerdo em fevereiro desse ano. Coloquei uma prótese

no joelho porque desgastou. Tenho artrose severa nos dois joelhos e o médico me encaminhou para fisio-terapia. Mas o hospital tem uma fila grande. Meu filho conversou com o Jair Sá Telles, do departamento de Relações Públicas, e ele falou que a associação poderia ajudar. No começo, meu filho me trazia porque eu vinha de andador. Mas melho-rei muito e depois nem precisou. Tenho feito fisioterapia, hidroterapia, algumas sessões de acupuntura. E só não fiz mais porque não quis. Comecei em março e sou muito agradecida a Karen, (fisioterapeuta), a Mayra (da hidroterapia) e dona Elisa (acupuntura). Ela foi um anjo que me ajudou muito mesmo. Não foi só com acupuntura, mas por ter me ouvido. Isso foi muito importan-te. Tem sido muito bom para mim e queria deixar registrado porque reclamar todo mundo sabe. Elogiar é bem mais difícil. Todas as pesso-as aqui tratam a gente muito bem. Quem não se associa, pensa que não precisa. Mas nunca se sabe. Meu filho pagou um tempão e agora eu precisei. Se esperasse para fazer a fisioterapia no hospital acho que nem teria sido atendida. A fila é grande e o SUS nem se fala. Esse tratamento complementa a cirurgia. Não tem cirurgia que dê certo sem ele.”

Conceição da Luz aparecida Affonso, 64, mãe do associado

Jorge Luiz Affonso, Soldado PM da 3ª companhia 18º BPM/M

“ Se esperasse para fazer a fisioterapia no hospital acho

que nem seria atendida”ASSISTÊNCIA

JURÍDICA E MATERIAL

Divulgação

Novidade

APMDFESP TEM NUTRICIONISTA

O quadro da APMDFESP conta agora com a nutricionista Ra-quel Marcellino para atender aos associados e seus dependentes. Segundo a especialista, pesso-as que se tornam portadoras de deficiência física e veem reduzidas sua capacidade de mobilidade, precisam de especial atenção para evitar aumento do peso.

“Um paraplégico movimenta muito os braços por causa da cadeira de rodas, mas não tem o mesmo gasto calórico de uma pes-soa que pode andar. O consumo de calorias tem de diminuir ou ela vai engordar”, explica a nutricio-

nista. Raquel também alerta que qualquer dieta deve ser indicada por um profissional que levará em conta fatores como sexo, idade, altura, tipo de deficiência e o quanto ela compromete os movimentos.

Divulgação

Aconteceu 13

APMDFESP participa da caminhada em favor da aprovação da PEC 300

Elcio Inocente (presidente da APMDFESP) e Claudinei Guimarães (representante da associação em Mogi das Cruzes) estiveram presentes e na linha de frente da passeata feita por cerca de 300 manifes-tantes a favor da aprovação da PEC 300, que propõe o piso salarial único para policiais civis, policiais militares e bombeiros militares de todo o país. O ato aconteceu em Brasília, em 20 de agosto. O grupo saiu da Catedral

A Associação Para Valorização do Policial do Estado de São Paulo (AVPESP) concedeu ao presidente da APMDFESP, Elcio Inocente, a Medalha Cidadão Po-licial. A homenagem é prestada a todos os policiais, personalidades brasileiras, estrangeiras e instituições que tenham atuado no sentido de valorizar o policial. A cerimônia aconteceu Plenário Franco Montoro da Assembleia Legislativa de São Paulo.

Várias reuniões acon-teceram em julho com a presença dos líderes de 12 entidades represen-tativas dos policiais mi-litares do estado de São Paulo,com o objetivo de debater o aumento salarial .Em 19/07, após encontro na sede da Associação dos Subte-nentes e Sargentos da Polícia Militar do Estado de São Paulo, presidida por Ângelo Criscuolo e também coordenador do grupo de instituições, foi elaborado documento pedindo audiência com o governador Geraldo Alckmin. De acordo com Elcio Inocente, presiden-te da APMDFESP, a pro-posta é de aumento de 15% sobre os salários dos Policiais Militares, contando a partir de março de 2013. "E que-remos aumento de 11% para março de 2014. É

de Brasília e rumou para o Congresso. “Queríamos que a PEC 300 entrasse na pauta de votação. Henrique Alves (presidente da Câmara) re-cebeu uma comissão de seis pessoas naquele dia, da qual fiz parte. Em setembro ele vai nos receber novamente

para ver o próximo passo a fim de definirmos a data de votação da PEC em segundo turno”, disse o presidente da associação.

foto:AFAPESP (Associação de familiares e Amigos de Policiais de São Paulo)

Créd

ito - Divulgação

APMDFESP participa de encontros para discutir aumento salarial dos policiais

Presidente da APMDFESP recebe medalha Cidadão

Policial da AVPESP

a nossa data base que o governo não cumpre. Os PMs não tiveram aumento esse ano. Em vez disso, o governo dá gratificações que podem cair a qual-quer momento quando cismarem".

fotos: ASSPM – Associação dos Sub-tenentes e Sargentos da Polícia Militar do Estado de São Paulo

Elcio Inocente

esteve presente nas

reuniões

Elcio Inocente ao lado de Cleuza Badanai e Coronel Ferrarini

É com profunda tristeza que destacamos o falecimento, dia 29 de junho, de nosso

querido amigo Márcio Tomaz dos Santos,

membro do Conselho Deliberativo da APMDFESP, aos 46 anos, vítima de insufici-ência respiratória. Ele era sócio da associa-

ção havia 13 anos.

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O Cabo PM José Ricardo Barssúglio de Oliveira, de 45 anos, foi con-decorado com a Medalha Constitu-cionalista, durante a celebração dos 81 anos da Revolução Constitucionalista de 1932, em frente

ao Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo. “Foi uma cerimônia muito bonita. Me senti muito honrado. São poucos os que rece-beram essa medalha”, comenta Barssúglio que é secretário do conselho deliberativo da APMDFESP. Ele recebeu a medalha das mãos do General de Exército Adhemar da Costa Machado Filho, Comandante Militar do Sudeste. Em 1991, Barssúglio tentou impedir um assalto no ônibus em que estava após sair da faculdade de Direito, em Guarulhos, São Paulo. Ele recebeu três tiros e ficou paraplégico.

Aconteceu

“Meu filho, Kelvin Carlos, de 16 anos, foi perdendo aos poucos a audição. Nós o levamos para o otorrino que depois de vários exames, o médico optou pelo aparelho auditivo. Busquei ajuda na APMDFESP que pagou 50% do aparelho. É um apare-lho caro e foi excelente essa ajuda porque não ia ter condições. Meu orçamento não daria para pagá-lo. Ia fugir muito do orçamento. Ainda bem que a APMDFESP me ajudou. Isso aconteceu no ano passado, um pouco depois que fiquei sócio. Achei que era interessante ser sócio, minha primeira intenção era ajudar quem precisa-va e de repente eu que precisei, né? Agradeço muito o pessoal, principalmente o

Roque, diretor de campinas.”

Major Cícero, que trabalha no

CPI-2, em Campinas.

Secretário da APMDFESP recebe medalha

Constitucionalista

“Busquei ajuda na APMDFESP que pagou 50% do aparelho auditivo”

Jornal da Band destaca participação da APMDFESP no julgamento

do caso Carandirú

Integrantes da Associação dos Policiais Militares Porta-dores de Deficiência Física estiveram presentes em 2 de agosto, último dia do julgamento dos policiais que parti-ciparam da invasão da Casa de Detenção do Carandiru. De acordo com o Jornal da Band, da TV Bandeirantes, eles foram apresentados pela advogada de defesa, Ieda Ribeiro de Souza, como a face combativa da Polícia Mili-tar e foi uma forma de mostrar o quanto esses profissio-nais arriscam suas vidas para cumprir seu dever todos os dias. O grupo de 25 policiais foi acusado da morte de 52 dos 111 presidiários mortos em 1992, recebeu a senten-ça de 624 anos de prisão em regime fechado e poderá recorrer da sentença em liberdade.

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Foto Arquivo Pessoal

Arquivo Pessoal

15

Associados da APMDFESPpodem contar com os advogados do Dep. Jurídico. Confira os dias, horários e áreas deatendimento que estão à disposição.Repres. Zona Leste• Área Civil• Área Criminal• Área Trabalhista• Área FamiliarAtendimento: terça-feira e quinta feira, das 9h às 12hRepresentação Zona Sul• Área Civil• Área Familiar• Área TrabalhistaAtendimento: terça e quinta-feira, das 9 às 12h.Repres. Zona Oeste• Área Civil• Área Familiar• Área Trabalhista• Área Criminal• Atendimentos: terça e quinta-feira, das 9h às 12h.Repres. Mogi das Cruzes• Área Civil• Área Familiar• Área Trabalhista• Área Criminal• AdministrativoAtendimento: terça e quinta-feira, das 9h às 12h.Representação Campinas• Área Civil• Área Familiar• Área Trabalhista• Área Criminal• AdministrativoAtendimento: terça, quarta e quinta- feira, das 9h às 12h.Representação Santos• Área Civil• Área Familiar• Área Trabalhista• Área Criminal• AdministrativoAtendimento: segunda a quintafeira, das 9h às 12h.

Como e Onde contar com o Departamento

Jurídico

Joaquim Soares de Oliveira Junior es-teve na APMDFESP para receber o che-que referente à ação coletiva que visava obter o recálculo de adicional de sexta parte, ajuizado pelo escritório Capano, Passafaro Advogados Associados, que administra o Depto. Jurídico da Entidade. “A Administração Pública entende que o valor do adicional deveria ser calculado apenas com base no Padrão e no IRETP.

Já a APMDFESP entende que o adi-cional deve ser calculado considerando a integralidade dos vencimentos de cada policial, conforme o artigo 129 da Cons-tituição Estadual”, explicou o advogado Fernando Capano. “Sou sócio desde 2003 e valeu a pena. Abri essa ação em 2006. A

Departamento Jurídico

ASSOCIADO GANHA PROCESSO

ESCLARECIMENTO SOBRE AÇÃO PARA RECÁLCULO DOS VENCIMENTOS

CONSIDERANDO AS PERDAS HAVIDAS COM A URV EM 1994

Foto: Divulgação

gente fica contente. Não botava fé que ia receber”, comentou o associado Joaquim Soares de Oliveira Junior.

Alguns companheiros têm nos questionado sobre a propositura de ações institucionais em nome de Entidades cujo objetivo é conseguir o recálculo dos vencimentos considerando as perdas havidas com a conversão do padrão monetário em 1994 da URV para o Real. Ca-bem, no entanto, alguns esclarecimentos de natureza jurídico-processual importantes.

Em nosso entendimento, apenas podem se benefi-ciar dos resultados econômicos dessa ação os policiais que já estavam na polícia por ocasião da substituição da URV pelo Real em 1994. Policiais que entraram nos quadros da PM depois dessa subs-tituição não teriam direito de pleitear tal benefício, quer seja em ação própria, quer seja em ação coletiva de qualquer associação.

Também é preciso entender que, embora o acórdão do Tribunal tenha julgado a ação de algumas Associações como procedentes, ainda cabe recurso para os Tri-bunais em Brasília (STF-STJ). Ou seja, qualquer efeito econômico para policiais-as-sociados que estavam na PM em 1994 é, por ora, benefício provisório, que pode, a depender de decisão posterior, ser integralmente revertido e cassado.

Pelos motivos acima expostos, ainda nos parece mais seguro optar pela propo-situra da ação em litisconsórcio ativo (com grupos formados por vários autores-po-liciais). O caminho processual nos termos sugeridos por nós, embora com eficácia distendida, é, em nossa opinião, mais seguro para todos e tende a garantir resulta-dos efetivos com trânsito em julgado. Ou seja, os valores recebidos são oriundos de ação em que não cabe mais recurso. Nos últimos meses, por exemplo, já ga-nhamos a mesma tese (em 1ª instância e no Tribunal) para dois grupos de associa-dos da APMDFESP. Caso seja de seu interesse, sugerimos acessar as instruções de propositura no nosso site www.apmdfesp.com.br, no link Depto. Jurídico.

Esperamos ter esclarecido as dúvidas processuais surgidas acerca de tal assunto, sendo certo que é com esta responsabilidade que pretendemos gerir os interesses legais dos associados à APMDFESP.

Capano, Passafaro Advogados Associados, que administra o departamento jurídico da APMDFESP

Atenção

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A APMDFESP é uma instituição sem fins lucrativos que tem a função de auxiliar os irmãos de farda e seus dependen-

tes, principalmente aqueles que sofreram lesões que os incapacitaram temporária ou definitiva-mente, contribuindo com atendimentos que vão da reabilitação até a recolocação no mercado de trabalho.

A APMDFESP oferece diversos benefícios para o associado e seus dependentes inclusi-ve para os pais, dentre eles atendimento com nossos profissionais (jurídico, médica fisiatra, nutricionista, psicólogos, psicopedagogo, fisiote-rapeuta, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional). Também oferecemos equoterapia, hidroterapia, curso de mergulho, além de cedermos cadeira de rodas e de banho, muletas, bengalas, robo-foot e materiais hospitalares.

A APMDFESP tem diversas parcerias que dão descontos em produtos e serviços.

A APMDFESP possui também (somente para o associado) auxilio natalidade e a partir de 1º de setembro de 2012 um auxílio funeral no valor de R$ 2.000,00, se a morte for acidental a famí-lia recebe um seguro no valor de R$ 10.000,00 (maiores informações 0800-555-235).

A APMDFESP pensando nas melhorias de condições e qualidade de vida do PM, oferece um projeto de moradia através de parceria com construtoras (projeto do governo federal “Minha Casa Minha Vida” e governo estadual “Casa paulista – Servidores Públicos”).

Além disso, os diretores da APMDFESP têm viajado por todo país para conquis-tar melhorias no salário dos policiais com o objetivo de pressionar as autoridades a aprovarem a PEC 300 (que cria o piso nacional de salários para policiais milita-res, policiais civis e bombeiros militares), a PEC 24 (que institui o Fundo Nacional de

Desenvolvimento da Segurança Pública) e outras medidas de reconhecimento para policiais da ati-va, veteranos e pensionistas. A APMDFESP tem participado e realizado protestos e manifesta-ções em prol da família policial militar também na Assembleia Legislativa, Secretaria de Segurança Pública, Ministério Público, Poder Judiciário, etc.

A APMDFESP conseguiu após muita luta que a lei 5451/86 fosse aplicada. Por conta disso, hoje nenhum policial que reforma por invalidez recebe os proventos proporcionais, independen-te se foi de serviço ou folga.

A contribuição mensal como associado é de R$ 39,91 (trinta e nove reais e noventa e um centavos). A APMDFESP tem representa-ções regionais em Campinas, Mogi das Cruzes, Santos e Zonas Leste, Oeste, Sul e Norte, onde fica a nossa sede. Para ter direito aos serviços da APMDFESP, é necessário ser associado. E quanto maior o número de associados, maiores serão os benefícios para todos.

Venha conhecer um pouco mais sobre o tra-balho desenvolvido pela APMDFESP.

Convide os amigos para fazer parte desta família. Telefones de Contato:

(11) 2262-9500 / 0800-727-8090.Atenciosamente,

Elcio InocentePresidente

Saiba o que podemos fazer por você