setembro 2012

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FALTA SAÚDE Pesquisa aponta magistério doente SAÚDE Novos problemas com a junta médica ESCOLAS Coordenação pedagógica: as condições de trabalho JOVENS E ADULTOS Educação em perigo: o desmonte da EJA JURÍDICO Acidentes de trânsito e o DPVAT Representantes de EMEIs analisam encontro com Secretaria de Educação 8Encerrado ciclo de reuniões; momento é de aguardar retornos PROJETO NOTA 10 Saúde e Prevenção na escola grava CD 15 DE OUTUBRO DIA DO PROFESSOR O QUE COMEMORAR? ANO 3, NÚMERO 26 - CANOAS, SETEMBRO/OUTUBRO DE 2012

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Page 1: Setembro 2012

falta saúde

Pesquisa apontamagistério doente

saúde

Novos problemas com a junta médica

escolas

coordenação pedagógica: as condições de trabalho

joveNs e adultos

educação em perigo: o desmonte da eja

jurídico

acidentes de trânsito e o dPvat

Representantes de EMEIs analisam encontro com Secretaria de Educação8Encerrado ciclo de reuniões; momento é de aguardar retornos

Projeto Nota 10

saúde e Prevenção na escola grava cd

15 DE OUTUBRODIA DO PROFESSOR

O QUE COMEMORAR?

ANO 3, NÚMERO 26 - CANOAS, SETEMBRO/OUTUBRO DE 2012

Page 2: Setembro 2012

editorialdia do Professor

Neste dia 15 de outubro, a socie-dade tem, mais uma vez, oportuni-dade ímpar para pensar no país que queremos no futuro. Já é unanimi-dade de que só teremos cidadãos melhores se dermos educação de qualidade a todos. Mas, como aquele que não se preocupa com o proble-ma dos outros, o brasileiro tem por cultura minimizar e não dar a impor-tância devida aos graves problemas do ensino. Engana-se, pois este é problema de todos. Enquanto não ti-vermos uma educação de qualidade, não teremos nem cidadãos nem país melhores. E este futuro passa pelas escolas e pelos professores.

Enquanto os governos, que não são estimulados pela sociedade do contrário, continuarem a pagar salá-rios péssimos aos professores, sem dar o mínimo de estrutura física e pedagógica para estes exercerem suas funções sagradas na socieda-de, seguiremos patinando enquanto

nação. Neste dia 15 de outubro, Dia do Professor, nossa homenagem a todos que, apesar de todas as forças contrárias, exerce seu papel tão fun-damental com o mesmo amor, dedi-cação e profissionalismo de sempre. Parabéns!

Reafirmamos, ainda, nosso pa-pel de continuar lutando, com todas as forças, para que as condições de trabalho dos professores canoenses melhorem, com estrutura, valoriza-ção e salário dignos! Reproduzimos, a seguir, pequeno texto do educador Paulo Freire sobre a profissão de professor.

A Diretoria.

“VERDADES DA PROFISSãO DE PROFESSOR

Ninguém nega o valor da edu-cação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que de-sejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que

seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sen-do desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fra-casso da educação, grande parte re-siste e continua apaixonada pelo seu trabalho. A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstra-mos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem de-sanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “gali-nhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.

Paulo Freire”

falta saúde

Pesquisa apontamagistério doente

saúde

Novos problemas com a junta médica

escolas

coordenação pedagógica: as condições de trabalho

joveNs e adultos

educação em perigo: o desmonte do eja

jurídico

acidentes de trânsito e o dPvat

Representantes de EMEIs analisam encontro com Secretaria de Educação8Encerrado ciclo de reuniões; momento é de aguardar retornos

Projeto Nota 10

saúde e Prevenção na escola grava cd

15 DE OUTUBRODIA DO PROFESSOR

O QUE COMEMORAR?

ANO 3, NÚMERO 26 - CANOAS, SETEMBRO/OUTUBRO DE 2012

Envie notícias de sua escola

Envie para o e-mail [email protected] uma foto da atividade realizada em sua escola, que retrate de maneira ampla e fiel o que aconteceu. A foto deve estar com boa resolução e nitidez. Precisamos, ainda, que você envie um pequeno texto conten-do as principais informações.

Queremos sua opinião

As páginas de A Voz do Professor são veículo para a opinião dos professores canoenses. Use-as! Para participar, envie texto com cerca de 2.000 caracteres com espaços, em média. Os assuntos são de escolha do autor, assim como a responsa-bilidade pelo teor do texto. Fique atento para o prazo de fechamento da próxi-ma edição: 31 de outubro!

Carteira de sócioNo dia 13 de setembro foi entregue, na

Reunião de Representantes das EMEIS, a carteira da sócia Lidiane Dias Mesquita. Aqueles que ainda não enviaram a foto e os dados para confeccionarmos a nova identificação do sindicato favor providen-ciar. Os que já o fizeram, a mesma está a disposição na sede do Sinprocan.

Page 3: Setembro 2012

Diante dos problemas encontrados nas escolas, Sinprocan publica pontos que devem receber cuidado especial

Condições de trabalho do coordenador pedagógico

Em ciclo de visitas realizado no primeiro semestre às escolas da rede municipal de ensino, a direto-ria do Sinprocan encontrou as mais variadas condições de trabalho para todos os professores. De forma ge-ral, elas estão longe do ideal. Abai-xo relacionamos alguns pontos que devem ser observados pela comuni-dade escolar e pela Administração Municipal em relação às condições de trabalho que devem ser dadas aos coordenadores pedagógicos. É um checklist para ajudar os coorde-nadores, direção e administradores a buscar as melhores condições e elevar a qualidade do ensino nas escolas.

1.GESTãO DE MATERIAIS E SUPRIMEnTOS

O coordenador tem:oComputador. Com quantas pes-

soas ele compartilha.oAcesso à internet.oLivros de formação e obras lite-

rárias à disposição.oExemplares dos livros didáticos

e paradidáticos adotados na escola.oOutros livros didáticos e para-

didáticos.oMateriais de consumo (canetas

e cartolinas, entre outros) e apare-lhos audiovisuais (filmadora, DVD e televisor)

2.GESTãO DO ESPAçO• O coordenador tem sala própria?• Onde se localiza?• Como é mobiliada?• Onde guarda seu material?• O espaço é compartilhado com

quantas pessoas?• Tem liberdade para interferir os

espaços comunicativos como mu-rais, paredes, jornal interno e blog .

• Pode sugerir alterações na con-figuração da sala de aula, em bene-fício da aprendizagem.

3.GESTãO DE TEMPOO coordenador tem horários

reservados para:oA formação própria.oParticipação de cursos externos

de capacitação.

oCircular pelos espaços da esco-la.oVisitar as classes e fazer obser-

vação de sala de aula.oPlanejar ações institucionais.oPlanejar reuniões pedagógicas.oReunir-se coletiva e individual-

mente com os docentes.oAtender pais com dúvidas sobre

a aprendizagem.oEsses horários são respeitados.

4.GESTãO DA APREnDIzAGEMO coordenador tem condições

de acompanhar:oO planejamento dos professores.oO desenvolvimento de algumas

atividades as classes.oOs resultados de avaliações in-

ternas e externas.oOs Parâmetros Curriculares Na-

cionais e propostas curriculares lo-cais.

Tem acesso:oAo projeto político-pedagógico.oAo regime interno.oÀs fichas de matrícula.

oTem apoio do Atendimento Educacional Especializado (AEE) para ajudar os professores na flexi-bilização das aulas?

5.GESTãO DE EQUIPE • O coordenador tem assegurado

o horário para realizar as reuniões pedagógicas?

• Está legitimado pela equipe como o parceiro mais experiente?

6.GESTãO FInAnCEIRA E ADMInISTRATIVA• O coordenador pode opinar so-

bre a compra dos materiais peda-gógicos?

• Tem apoio para organizar e re-alizar eventos e passeios relaciona-dos com o PPP?

7.GESTãO DA COMUnIDADE• O coordenador participa das

reuniões de pais, do planejamento à realização?

• Pode sugerir e participar da or-ganização de eventos que envolvam as famílias?

A voz do professor - setembro-outubro/2012 - 3

C O O R D E N A Ç Ã O P E D A G Ó G I C A

O CPERS/Sindicato divulgou, no dia 14 de setembro, os resultados de uma ampla pesquisa sobre a saúde dos tra-balhadores em educação. Os índices são alarmantes. Exa-tos 49,87% da categoria pode estar evidenciando algum tipo de transtorno psíquico e 72,5% diz se sentir nervoso, tenso ou preocupado.

Os dados para a mais ampla pesquisa já realizada sobre a saúde dos trabalhadores estaduais da educação foram coletados em 2011, quando foram ouvidas 3.166 pessoas, entre professores e funcionários de escola. A pesquisa con-tou com o apoio do Laboratório de Psicodinâmica do Tra-balho da UFRGS. Embora Canoas não tenha pesquisa como esta, os dados devem ser, no mínimo, similares, já que as condições atuais no Município estão piores que no Estado.

Os resultados obtidos são alarmantes. 51,1% dos entre-vistados alegaram sentir sensações desagradáveis no estô-mago; 49,3% dormem mal; 49% tem dores de cabeça fre-quentes; 47,3% se cansa com facilidade; 30,1% demonstra desinteresse pelas coisas; e 4,5% tem tido ideias de acabar com a própria vida. Segundo análise do Cpers, tais resul-tados são consequências da excessiva jornada de trabalho, redução do quadro funcional, precarização das condições de trabalho, baixos salários, violências nas escolas, assédio moral, falta de autonomia, falta de reconhecimento profis-sional e excesso de contratos temporários.

72,5% sofre com a tensão No dia 12 de maio de 2011, a diretoria do

Sinprocan encaminhou o ofício nº 114/2011 ao Prefeito Municipal, que continha, entre outros assuntos, temas relacionados a ques-tões ligadas à junta médica, que trata de encaminhamentos próprios dos servidores municipais de Canoas. Um dos itens tratava das “trocas de atestados” e “laudos médi-cos”, para que passassem a serem analisa-dos por profissionais que tenham a mesma formação/especialização do profissional que emitiu o atestato e respectivo laudo médico. Outro assunto abordado era referente ao tra-tamento de alguns profissionais da junta ao funcionalismo. Foi relatado, para ilustrar, um caso que foi parar na Polícia por uma profes-sora ter sido desrespeitada, ameaçada e hu-milhada por representantes da junta médica.

Em agosto de 2011 foi enviado ofício ao Cremers relatando o ocorrido e pedindo so-luções. O órgão respondeu ao Sindicato que a denúncia havia sido encaminhada para ser investigada e tomadas as devidas providên-cias. A Prefeitura não retornou o ofício envia-do pelo Sindicato.

Portanto, o que tratamos infelizmente não é novidade. Os professores e demais funcio-nários públicos reclamam, há anos, do trata-mento recebido da Junta Médica. Desta vez, reproduzimos relato de uma professora sobre

mais um caso de desrespeito sofrido na junta médica. Não reproduziremos seu nome e o da profissional envolvida.

“Gostaria de relatar a vocês mais um caso de abuso, ocorrido ontem, por parte de *****, da Junta Médica: além de termos que ir na junta médica trocar um atestado fornecido por um médico, ainda temos que aguentar isso: meu marido foi trocar meu atestado e não queriam dar o dia inteiro, pois “ninguém consulta o dia inteiro”. Agora, me expliquem: como sair do bairro Guajuviras ao meio-dia, chegar na Sta. Casa às 12:30 para uma consulta com gineco (sem banho) e estar de volta para trabalhar à tarde (sem almoço) e sem carro?

Onde está a humanidade desse povo? Eles não adoecem não? Como já diria Charlie Chaplin: ‘não sois máquina. Homem é que sois.’

Estou profundamente INDIGNADA com este tratamento que está sendo dispensado a nós, professores, por parte da atual admi-nistração.

Se possível, gostaria que isso fosse torna-do público, pois não podemos ficar a mercê de uma Junta que só fica sentada, com cara de poucos amigos, decidindo quem pode ou não ficar doente.”

Problemas com a junta médica

Page 4: Setembro 2012

D I A D O P R O F E S S O R E 4 - setembro-outubro/2012 - A voz do professor

A VOz DOPROFESSOR

O que é ser professor?

“É ter a curiosidade e a in-quietude na busca do saber. Enriquecer com sua presen-ça, ser ensinante e apren-dente na escola da vida.”

“Ser professor é não deixar nunca de ser criança. É con-versar, brincar junto, sentir-se orgulhoso dos pequenos progressos de cada aluno.”

“Significa ter AMOR pelo educar e pelo tempo compartilhado

com seus alunos; é ter nesse AMOR a força que nos impulsiona

aos desafios diários.”

Rosangela saRaiva DutRa

eMei Pé De Moleque

MaRisa MenDonça MusskoPf eMei tia MaRia lúcia

liDiane Mesquita

eMei Pé De Moleque

Outubro abriga a data-base, o Dia dos Professores e o aniversário do Sindicato dos Professores Municipais de Canoas, o Sinprocan

Mês dos professores, o que comemorar?

Em 15 de outubro de 1827, o Imperador Dom Pedro I de-cretava, no Rio de Janeiro, que “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas esco-las de primeiras letras”. Além deste fato, 15 de outubro também marca o falecimen-to de Santa Teresa D’Ávila, considerada a “Padroeira dos Professores”. Estes fatos te-riam levado o Brasil a adotar o 15 de outubro como o Dia dos Professores, mesmo com muitos outros países come-morando a data no dia 5 do mesmo mês.

Outubro tem outras datas importantes para os professo-res de Canoas. No dia 23, o Sinprocan completará 19 anos de atividades e o dia 1º está fixado desde 2002 como data--base para revisão anual geral dos vencimentos dos servido-res canoenses. Esta data-base nunca foi respeitada, por go-verno nenhum.

Outubro deveria ser o mês de comemorações dos profes-sores municipais. Mas não há

muitos motivos para festa. O salário pago em Canoas é o segundo mais baixo da Região Metropolitana, o Plano de Car-reira tem falhas que não são revistas, e nas escolas faltam estrutura e respeito aos pro-fissionais.

Mas, como sempre, a fibra dos professores é maior do que as adversidades, e neste mês especial que é dedicado aos professores, o Sinprocan quer parabenizar todos os co-legas do Magistério pela garra, resistência, profissionalismo e amor com que cumprem suas funções. O Sindicato pediu, via e-mail, que os associados escrevessem o que significa, para eles, ser professor. Agra-decemos aos que enviaram e publicamos nestas duas pági-nas.

Pelos relatos, nota-se que o amor pela profissão sagra-da de ensinar continua sendo maior que todas as adversida-des. Apesar de tudo, um pro-fessor ama o que faz.

Parabéns!

Os associados do Sinprocan foram convidados, por e-mail, a escrever o que significa para eles ser professor.

O SINPROCAN é uma entidade fundada com o propósito de juntos com a categoria estimular o avan-ço de nossas propostas junto ao poder municipal de Canoas. Desde então temos trabalhando com este objetivo.

O SINDICATO DOS PROFESSO-RES MUNICIPAIS DE CANOAS foi fundado 1993 para ser um fórum de debates da nossa categoria. A ideia surgiu em reunião pedagógi-ca na E.M.E.F. Prof. Thiago Wurth. Um grupo de professores sentiu que os problemas ocorridos eram sempre comuns aos de outras Es-colas. Então,este grupo resolveu levar essa idéia à diante, partiu para reuniões com outros profes-sores e sindicatos. Em 10.05.1993 foi realizada a primeira reunião da qual foi formada uma comissão para a concretização do sindicato. Começou a trabalhar na elabora-ção do estatuto.

No dia 23/10/1993 foi realizada

a Assembléia de Fundação, no Sin-dicato dos Comerciários, onde foi aprovado o Estatuto, sendo esta-belecido o percentual de desconto de 1% do salário básico como con-tribuição de cada associado, bem como formada uma diretoria provi-sória por um período de 8 meses, a fim de dirigir a entidade até junho de 1994; ficando assim composta: Presidente: Jari Rosa de Oliveira, Vice-presidente: José de Jesus D´avila,1ª secretária: Márcia Ama-ral Farias, 2ª secretária: Rosa Alice Tergolina, 1ª tesoureira: Cármen Lúcia Oliveira, 2º tesoureiro: José Henrique Rosenstengel.

Nosso Sindicato tem como ob-jetivo a mobilização de sua cate-goria no enfrentamento com a ad-ministração municipal, na defesa de seus direitos e conquistas, bem como na reivindicação de novos avanços que valorizem e estimu-lem os professores no seu fazer profissional.

SInPROCAn 19 AnOS

Page 5: Setembro 2012

A voz do professor - setembro-outubro/2012 - 5

A N I V E R S Á R I O D O S I N P R O C A N

“Ser professor... é estar aten-to às pequenas coisas... um olhar sem brilho, um sorriso sem graça, num carinho que

nunca chega. É fazer com amor e dedicação aquilo que mais amamos e a cada dia superar

os obstáculos para transformar as dificuldades em alegrias!”

“Ser professor é viver a expe-riência de estar no céu e nos

ares. Confrontar-se com o des-caso que nos agride e a huma-

nidade que nos conforta.”

“Ser professor é professar o saber!”

Ser Professor é ser mediador entre o aluno e o aprendizado! Ser dotado de muito conhecimento e saber que o

conhecimento é intransferível e, por-tanto, cada ser humano constrói o seu próprio conhecimento. Ciente disso, o professor é um especialista para ex-plicar cada informação, cada estudo

para que essa construção do conheci-mento seja feita em bases firmes.

Ser professor significa acreditar profundamente no ser humano. E que a base de

uma sociedade justa e solidária se dá através (senão unicamente)

da educação.

“Ensinar aprendendo, vibrar com cada resultado obtido e saber que os frutos do teu

trabalho serão colhidos pela sociedade no futuro.”

“Ser professor é ter a responsabilidade de ser

o esteio de todas as profissões do mundo”

“Ser professor é ser dedicado. É dar aula três turnos para

conseguir sobreviver. É levar trabalho pra casa e, muitas vezes, não ser valorizado.”

Ser professor é doar-se com carinho, sabedoria e

reflexão diariamente sobre a prática da docência!

clauDia Della Pace Matos

eMei PRofessoRa MaRilene Da silva MachaDo

ana cRistina MaRques PeDRoso PinheiRo

eMei PintanDo o sete

Daiane Dos santos Mello

eMef João Paulo i

MaRia angelicaliMa foRsteR

eMei vó coRina

siMone caRvalho

eMef nancy f. PanseRa

eliane BRaga schMeling

eMei BeM-Me-queR

luciane De Melo gonçalves tRoJahn

eMef sete De seteMBRo

iaRa ouRique

secRetaRia De oBRas

“Ser professor é estar com-prometido com a sociedade de amanhã. Não é só ensi-

nar, mas também aprender e criar, junto com o aluno.”

Ser professor... é estar de bem com a vida, é adiar a consulta médica... cancelar

o dentista e, ainda por cima, ser taxado de folgado!

Ser professora é aprender todo dia, é estar aberta a reflexões,

mudanças e ressignificações. Ser professora é se aventurar pelos

caminhos do conhecimento.lisanDRa Regina gonçalves silva

eMei PRofª caRMeM feRReiRa

fátiMa t. g. lunaRDi

eMei Pingo De gente

aDRiana silva Da costa

eMei caRMeM feRReiRa

Ser professor é vocação; um exercício diário e, principal-

mente, reconhecer que somos humanos, e que temos licença

para acertar e errar...

A evolução da comunicação mu-dou o mundo. Nada mais é como antes. Pergunto: Você está pre-parado? SE ESTIVER, ESSE É O

VERDADEIRO PROFESSOR!

Ser professora de educação infantil é ser in-quieta por natureza, ser ousada, curiosa e va-lente. Ser presunçosa e realizar tamanha fa-çanha de reunir a sua volta engenheiros(as), arquitetos(as), médicos(as), enfermeiras(os),

químicas(os), dentistas,... (em potencial e com interesses diversos). E não é?

caRla Rosane lanneR

eMei vó saRa

luiz feRnanDo giacoMelli conte

eMef gonçalves DiasPRofessoRa gláucia

EMEI Recanto Do filhote.

MaRia Da conceição RaMos vieiRa teixeiRa

eMef DR. nelson PaiM teRRa

Page 6: Setembro 2012

R E U N I Ã O C O M6 - setembro-outubro/2012 - A voz do professor

Representantes das Escolas de Ensino Infantil participaram de reunião com a Secretária Marta Rufatto e sua equipe

EMEIs realizam reuniãocom a Secretaria de Educação

Os representantes das esco-las de ensino infantil (EMEIs) reuniram-se, no dia 26, com a Secretária de Educação e ou-tros representantes da pasta, dando continuidade às reuniões agendadas pelo Sinprocan entre escolas e Secretaria. Cabe res-saltar o grande número de re-presentantes presentes.

A reunião foi dividida em três grupos, compreendida das 8h ás 15 horas onde todos os re-presentantes tiveram seu tempo para expor suas dúvidas, críticas e sugestões. A equipe da SME anotou tudo, debateu assuntos e ficou de dar retorno sobre as de-mandas. Ficaremos no aguardo.

A seguir, a base da pauta que

foi trazida pelos representantes e que a complementaram du-rante a reunião.

REIVInDICAçõES- Valor da passagem de acor-

do com a necessidade de loco-moção de cada profissional (nos municípios de Esteio e Porto Alegre, a prefeitura fornece a quantidade de passagens ne-cessárias para deslocamento);

- Difícil acesso (nos municí-pios de Gravataí e Osório, con-forme a distância entre a escola e a prefeitura, os professores recebem esse direito);

- Formação continuada;- Professores substitutos (em

Gravataí as escolas infantis já

possuem);- Apoio pedagógico e recursos

humanos para escolas que pos-suem inclusão;

- Oportunidade a todos que possuem interesse na pós-gra-duação (sem limites de bolsas como ocorreu no mestrado);

- Auxílio-creche (grande parte dos profissionais das EMEIs tem filhos e não recebem garantia de uma vaga na escola de Ed. Infantil); Esteio possui este au-xílio;

- Rever o plano de carreira no quesito assiduidade e participa-ção em eventos para garantir pontos para avaliação.

- Recesso escolar no mês de julho (nos municípios de Ca-

choeirinha e Gravataí as educa-doras param uma semana);

- Garantia de reuniões peda-gógicas mensais (garantia de um espaço para o diálogo e re-flexão da nossa prática docen-te);

- Insalubridade e regência (professores não recebem in-salubridade como as agentes de apoio, embora executem as mesmas tarefas);

- Pagamento do piso nacional;- Garantia de “licença-hora”

para quem estuda a noite e tra-balha até às 19h (no município de Esteio, os professores que estudam têm direito há 8 horas semestrais);

- Eleições para direção.

A opinião dos representantes A VOz DO

PROFESSOR

Os representantes que participaram foram convidados a escrever suas opiniões sobre a reunião realizada

“Acredito que a reunião de representantes das EMEIs com a Secretária da Educação Marta Rufatto, no dia 26/09/2012, foi de muito valor e significância para a categoria dos Professores de Educação Infantil. Houve a escuta atenta às reivindicações de todas as representantes, que entre os problemas encontrados no interior de Escolas Infantis, relataram de forma comum, a falta de apoio humano especializado para com a inclusão, a falta de educadores no quadro para a realização de fato do planejamento assegurado

por lei, a necessidade de reuniões pedagógicas mensais e, ainda, a diferenciação que os Profes-sores da Educação Infantil carregam em compa-ração aos Professores do Ensino Fundamental, uma vez que o plano de carreira é único. Mesmo que nosso diálogo tenha sido interrompido de-vido ao tempo programado de reunião, ficamos com a promessa de um novo encontro junta-mente com o sentimento de que queremos mais respostas diante das pautas de reivindicações comuns entre todas as EMEIs de Canoas, que

foram entregues nas mãos da nossa Secretária de Educação. Em tempo: este encontro foi mui-to proveitoso sim, pela oportunidade da troca de ideias, atendo-se às propostas do Município quanto a Educação Infantil de qualidade.“

liDiane Mesquita

eMei Pé De Moleque

Page 7: Setembro 2012

A voz do professor - setembro-outubro/2012 - 7

R E P R E S E N T A N T E S

O que achou da reunião?

“Quero parabenizar pela opor-tunidade de fazermos um

debate democrático, entre nós professores e a Secretária da Educação, Marta Ruffato, ex-pondo nossos objetivos e pro-postas em prol da qualidade

para a Educação Infantil. Por-tanto, é de grande importância estas iniciativas, para juntos melhorarmos a educação.”

caRla Rosane lanneR

eMei vó saRa

luciana MülleR fazio goulaRt

eMei Pé no chão

“Considerei muito boa a reunião feita diretamente com a Secretária de Educação. Dessa forma ela pode

ouvir diretamente das representantes das escolas os anseios da catego-ria. Ficamos no aguardo da próxi-

ma reunião, marcada para segunda quinzena de novembro, para receber um retorno da SME, para então con-seguirmos encontrar soluções para

os problemas apresentados.”

fátiMa t. g. lunaRDi

eMei Pingo gente

eDelMana acioly eMei BeM Me queR

“Acredito que o encontro foi válido, pois:

- Conseguimos ser ouvidas, falando diretamente com quem tem um canal

direto com o “todo poderoso”. - Foram feitas colocações que esclare-ceram algumas situações que aconte-

cem nas escolas; - Semeamos algumas sementes, que

poderão reverter em frutos; - Conseguimos “falar” e ser “ouvidas” enquanto partes de um espaço chama-

do escola; - Entendi a posição da secretária

como um pedido de tempo, para que haja uma definição para as questões

levantadas. Gostei porque foi um momento onde se estabeleceu uma fala e uma escuta (acredito que tenha sido real, sincera a postura adotada pela autoridade em questão). Vamos aguardar o 2º turno com soluções. Acredito que o saldo

seja positivo, afinal, no frigir dos ovos, todos os ganhos reverterão em benefí-cios de todos, inclusive da secretária.”

“Realmente foi um grande passo esta primeira conversa com a Sra. Secretária de Educação Marta Ru-fatto, pois percebi que as portas para o diálogo estão abertas. Po-

rém, ficamos falando, elencando fa-tos comuns entre as escolas infantis e não obtivemos respostas. Espero que nossas reivindicações sejam lidas e que tenhamos respostas e

soluções para nossos anseios.”

cRistiane santos floRes,

eMei teResinha teRgolina

kaRine queiRoz lagRanha eMei vó BaBali

Uma junção do pensamento cole-tivo torna-se possível quando um grande número de trabalhadores se unem em busca de melhorias para a sua classe. Paralelamen-te a estas reivindicações está o

SINDICATO DOS PROFESSORES, que também passa a se organizar melhor, mobilizando um grande número de profissionais da edu-cação, até os mais descrentes,

que acham que podem vir supos-tamente a serem “punidos” por

tentarmos buscar algo que possam melhorar toda uma classe.

As palavras da Secretária Marta Ruffato muito me alegraram, por que foi olho no olho. Como ela

própria diz: ‘não é nenhuma caça às bruxas’. Concordo. São discus-sões para serem transformadas

e melhoradas.

MaRisa MenDonça MusskoPf

eMei tia MaRia lúcia

“Penso que foi muito válido esse momento, pois pudemos colocar

nossas reivindicações direta-mente para a secretária Marta, reclamações essas que costu-

mam ser ditas apenas entre co-legas (o que não resolve nada).

A mesma, acompanhada de outras representantes da SME,

esteve bem aberta a nos ouvir e a dialogar. Nenhuma promessa foi feita no sentido de atender a nossos pedidos, mas creio que essa aproximação entre pro-

fessores e SME seja um passo bastante importante no sentido de buscar uma maior valori-

zação da Educação Infantil. Se essa reunião irá gerar resulta-

dos e mudanças é o que iremos aguardar para saber.”

“A reunião foi um momento muito significa-tivo para destacarmos as principais reivin-dicações da educação infantil. A Secretária escutou atentamente todas representantes

e as questões latentes de cada escola. Acre-ditamos que esse diálogo entre os profes-sores e a Secretaria Municipal de Educação é fundamental para buscarmos uma maior qualidade na educação. Parabenizamos a Secretaria pela abertura ao diálogo. Dese-jamos que esse canal de comunicação real-mente se mantenha, sendo assim possível buscarmos juntos soluções para os proble-mas que enfrentamos. Ficamos no aguardo pela próxima reunião e o retorno da Secre-

tária sobre nossas reivindicações.”

A VOz DOPROFESSOR

Os representantes que participaram foram convidados a escrever suas opiniões sobre a reunião realizada

Page 8: Setembro 2012

E D U C A Ç Ã O D E J O V E N S E A D U L T O S6 - setembro-outubro/2012 - A voz do professor

Na atual gestão municipal, a Educação de Jo-vens e Adultos (EJA) tem sido alvo de constante “desmonte”. Desmonte de um sistema educacio-nal que havia trilhado uma caminhada de cons-trução e estruturação. Quando assumiram em 2009, os representantes da gestão, na Secretaria de Educação, trataram então, de difamar e con-denar o sistema existente. Obrigaram, sem exce-ção, todos a aderirem sua metodologia. Os que discordavam dos preceitos ideológicos da pro-posta imposta eram tripudiados e depreciados, inclusive aqueles que não seguem a linha impos-ta são taxados de incompetentes. Sutilmente é implantada a segregação ideológica!

Não levaram em consideração que cada mudança que se coloca em prática no sistema educacional não pode ser algo aventureiro. Im-plementar métodos e técnicas ideologizadas ao sabor de simpatias pessoais é no mínimo inge-nuidade. Para que a mudança consiga sucesso há necessidade de um trabalho intenso, sistemático e científico. Recurso que advém tanto de uma tradição e fundamentação teórica bem como dos que participam do sistema, em especial dos pro-fessores, os quais representam o corpo humano e prático das ações.

A maneira, portanto, de como impõem seu método causa enorme estranheza por partir da-queles que outrora defendiam outros princípios tão humanitários e que agora depois de farta dis-tribuição de cargos e troca de favores entre os atuais detentores do poder, mostram a sua práti-ca autoritária, a qual chega às raias da irrespon-sabilidade ao colocar a educação do Município de Canoas em perigo.

Assistimos agora a derrocada da EJA. O novo sistema encontra-se em situação ainda pior do que antes. A escola passou a ser o lugar da “ba-nalização” do ensino; a “terra de ninguém”, es-paço da desordem, desrespeito, indisciplina e da transgressão. Mais uma vez coloca-se em ques-tão a sabedoria popular: “teoria é uma coisa a prática é outra”, e isso encontra eco na EJA desta Gestão.

A perda da dignidade em nossa profissão não é por acaso, ela advém de medidas como as to-madas pelos atuais gestores, como as abaixo relacionadas, que desdenham e colocam em se-gundo plano os serviços educacionais à popula-ção canoense:

- Carga horária extrema para os professores da EJA. O município não cumpre a orientação na-cional, tanto da Lei de Diretrizes de Base (LDB) como do próprio Ministério da Educação, que recomendam conceder aos professores pelo me-nos 1/3 da sua carga horária de trabalho para planejamento e reuniões. Contrariando, portan-to, a orientação nacional. Em Canoas, a ordem

determinada pela SME é que os professores que trabalham em sala de aula não tenham nenhu-ma janela em seus horários e desta forma não permitem que sejam cumpridas tais orientações nacionais. Assim aceleram a degradação e a pre-carização das condições de trabalho dos profes-sores comprometendo ainda mais a qualidade do ensino;

- Plano de Carreira enxuto: os professores fo-ram desrespeitados com a imposição “goela abai-xo” do Plano de Careira “enxuto” do ponto de vista administrativo. Até mesmo neoliberais mais conservadores e defensores do “Estado Mínimo”, aplaudiram tal Plano. Não tiveram piedade em promover o achatamento e o rebaixamento dos salários ao longo da carreira. Estranhamente os que mais enxergaram vantagens no Novo Plano foram colegas que ocupavam cargos de confian-ça. Para desarticular o movimento, nas Assem-bleias da categoria esses colegas defenderam a criação de uma Comissão de Estudo. Órgão en-tão, que faria estudo do Plano e proporia mu-danças nos itens inadequados e prejudiciais na Carreira Profissional da categoria. Com a criação de tal Comissão de Estudo, conseguiram conter e esvaziar o movimento! Tal órgão fez estudos e encaminhou sugestões a Administração que se-quer foram consideradas ou respondidas. Desta forma, a Comissão, foi então, morta por inanição, por vontade dos membros da atual gestão;

- Doma ideológica dos professores da EJA, pa-rece ser o termo mais apropriado a ser usado nesta gestão. Tanto a ideologia como método, são rigidamente controlados. Caso o professor não siga aos preceitos ideológicos é taxado de incompetente. Nas reuniões que realiza com os professores, a Coordenação Geral da EJA da SME, condena de incompetentes os profissionais que não aderem a proposta ideológica da atual gestão. Assim como deprecia os conteúdos aca-dêmicos, os livros didáticos e até formação aca-dêmica universitária dos professores, classifican-do-os como recursos inúteis;

- Reuniões quinzenais com coordenadores de escola: há quem diga que é para garantir que as informações cheguem até o topo da hierarquia, se utilizam, portanto dos Coordenadores de Es-colas de EJA como Missi-Dominici: ou olhos e ouvidos da cúpula. Historicamente a prática de Missi-Dominici existiu em governos absolutistas e autoritários. Eram os enviados do rei, funcioná-rios encarregados de percorrer o Império e infor-mar o soberano sobre a administração dos seus domínios. Cabia também a eles impor aos condes e homens livres o juramento de fidelidade ao im-perador. Impõem assim mais um mecanismo para monitorar se os professores estão seguindo os preceitos ideológicos ditados pela atual gestão;

Educação em perigo: o desmonte da EJA

ARTIGO josé adeliNodacaNalProfessor Municipal

- Sistema de avaliação fora de contexto: o esquema de avaliações enviado pela SME para que os professores sigam é totalmente fora do contexto e fantasioso. Tudo indica que foi feito por indivíduos que estão fora das salas de aula e desconhecem a realidade atual;

- Outro fato que contribui para o desmonte da EJA é a pouca atração que a proposta peda-gógica de “Eixos Temáticos” imposta pela SME tem sobre os estudantes e professores. Trabalhar com eixos, por ser muito vaga, e muitas vezes repetitiva (todos tem que seguir o eixo) na abor-dagem dos professores, encontra pouca recepti-vidade na grande parte dos alunos. O niilismo da proposta acaba por desestimular os alunos, con-tribuindo para engrossar as fileiras dos evadidos. Uma parcela significativa dos alunos da EJA pre-tende chegar a universidade. Necessitam então também de conteúdos tradicionais e básicos para a estruturação da sua vida acadêmica;

- Desqualificação da formação acadêmica dos professores. Atual gestão da SME dá entender que a formação acadêmica do professor é ape-nas um detalhe quase insignificante. É valoriza-do quem incorpora a proposta ideológica. Desta forma não importa se é ou não professor, para ser valorizado tem que estar “engajado”. Se citar Paulo Freire, mesmo que nunca tenha lido um capítulo de seus livros, já é motivo para ser con-siderado um exemplo a ser seguido;

- Falta de professores e pessoal de apoio nas escolas: na grande parte das escolas, falta pro-fessor substituto, professor e/ou funcionário na biblioteca, laboratório de informática e na secre-taria da escola. Desta forma as atividades peda-gógicas são prejudicadas ou impossibilitadas. Por outro lado, na SME parece estar transbordando profissionais, pois se constata comitivas da SME que circulam constantemente pelas escolas so-mente para fazer a contagem de alunos em sala de aula, como se fosse atividade pedagógica;

- Anarquizar o desnível das turmas: é outra marca da chamada gestão popular. Como se não bastasse o desnível entre os alunos da mesma série, agora a ordem é misturar os alunos de sé-ries diferentes (6ª, 7ª e 8ª série) em uma mes-ma turma. Pedagogicamente isto é um crime, comprometendo o futuro desses alunos. Nesse sistema os alunos mais adiantados se desmoti-vam e perdem a vontade de estudar, enquanto os que possuem dificuldades são ridicularizados e sofrem o preconceito de colegas e acabam por desistir. Outros se associam à turma da bagunça para tumultuar o ambiente. Nesse contexto de desordem e desrespeito outra parcela de alunos se irrita e acaba por desistir, aumentando os ín-dices de evasão;

- Falta de recursos e sucateamento das esco-las: outrora defendida com tanta ênfase, a trans-parência financeira dos recursos da educação não encontra mais eco nos atuais administrado-res. Não é divulgado em que e como são gastos os recursos destinados a educação. As escolas continuam em situação de mendicância para ma-nutenção: banheiros com vazamentos, falta de papéis toalha e higiênico, salas com lâmpadas queimadas, ventiladores estragados, falta de fo-lhas para fotocópias, computadores estragados e sem acesso a internet, etc. Contribuem para au-mentar o cotidiano das deficiências das escolas. Problemas pequenos que agravam ainda mais a já combalida infraestrutura didático-pedagógica.

Governo que não valoriza a Educação quer manter o povo pobre e dependente e usá-lo como massa de manobra.

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01 - Liane Vinhola dos Santos, Lisemar Henz;02 - Cristina Centeno Rosa Paim, Cristina Machado de Jesus, Ester Siniuk Tavares Frozza, Mônica Gonçal-ves Haupenthal;03 - Cláudia T. de Lima Burtet, Daniele Ilha Bertollo, Evelise Pugliese Picolotto, Isabel Cristina Santos Soares;04 - Dirneide Isabel Goulart, Mari Lúcia Lopes Rodrigues, Sirlandia S. Gheller, Tanea Regina Lisboa Trindade;05 - Claudionir Borges da Silva, Nely Maria Cezar Holtermann, Rejane Marilise Muller;06 - Daiana Lacerda de Souza, Iara Alpi, Rejane Fat-turi Duarte, Tania Maria Castagna Nicolaus;07- Helenara Oliveira Souza, Karine Queiroz La-granha, Maria Celina Stahler da Silva, Soraya Saul Almeida, Vera Lúcia Gabriel;08 - Márcia Amaral Farias, Maria de Fátima Costa;09 - Cleir Cipriano da Silva, Janete Camilo Textor;10 - Débora Antunes da Luz, Janete Dias Machado, Leci Galvão Kannemberg;11 - Arlete Schroeder, Sirlei Catarina Bandinelli;12 - Iara Terezinha dos Santos Ourique, Leda Maria Alves de Lima, Lucas Lopes da Cruz, Míriam Mirando-la, Rosalina Moro Klagenberg;14 - Inajara Beatris Welter Kaefer, Rosane Oliveira da Silva;15 - Lys Nunes Osório, Vera Terezinha Schneider;16 - Tânia Maria da Silva Teixeira;17 - Dilce Mara D’ Oliveira Lapischies, Dulce do Couto Brunetto, Lisiani De Lima de Souza, Sirley Elias Ubatuba;18 - Marlene Miranda Weber, Mery Helena Lipski;20 - Carmen Heidi Müller, Cidia Maria da Silveira, Ina-jara Melo da Silva, Zaida Terezinha Mendonça Lyra;21 - Ana Cecília Severo, Catarina Alexandra Rörig, Liane Beatriz de Oliveira, Nádia Zymbal;22 - Analice Carniel, Cleuza dos Santos Ramos, Maria Da Graça Cardoso da Silva, Serlaine Maria Crogite Pohren, Viviane dos Santos Vieira;23 - Glauce Gornicki Alves, Irene Beatriz Dias Danz-mann, Janete Ferreira Vinhas, Maria José de Moura dos Santos;24 - Cezira Maria Hemann Blume, Márcia Cristina Marques, Margarete Maurer Capelão, Naira Rejane Santos Muniz, Priscilla Boschi Bol;25 - Inglacir Vitorina Costa de Campos, Roselena Ribeiro Cure;26 - Fabiana Manfron;27 - Mara Teresinha da Silva Oliveira, Sonia Maria Rosa da Silva;28 - Carmen Lúcia R. de Oliveira;29 - Levonir Roque Marcelino, Marcelo Rosa dos Santos, Priscila Sandim Sardá, Rosa Manis Machado, Vera Lúcia Pereira da Rosa;30 - Cerani Vieira dos Santos;31 - Carla de Souza Silveira, Lenita Mello Mazzotti, Vera Lúcia Isotton.

OUTUBRO01 - Adriana da Silva Müller, Sibele Foiato Hein Macha-do;02 - Maria Helena Bertoletti Casari;03 - Fernanda Longoni Pfeil, Flávia Maria Soares de Moraes, Maria de Lourdes Fortuna Escariz, Roberson Alves Carvalho, Silvana Garcia da Silva;04 - Maria Helena Maia Pereira;05 - Deisi Alves Santana, Elivete da Luz Matos Cezar, Nair Disegna de Souza, Solange Maria dos Santos;06 - Luciane de Melo Gonçalves, Mara Salete Vicente Romano, Maria E. Viegas de Azevedo, Rosmai da Silva Garbino;07 - Adriana de Fraga Porto, Elenita Silveira de Azere-do, Nara Regina Cardoso, Renita Teresinha Rossato da Silva, Silvana Dias da Silva, Teresinha de J. de Oliveira Vais;08 - Carla Beatriz Alles, Juraci Terezinha Pacheco de Figueiredo, Márcia Inês Alves Farias, Sinara Cromer Santa’ana, Vera Lúcia Favero;09 - Rosana Maria Arman de Souza, Valéria Simões;10 - Daniela da Silveira Kafer, Joelma Teresinha Go-mes, Karla Danielle C. Moraes, Nilza Consuelo Borges Cambraia, Valéria Alves Santos, Viviane Dorneles da Silva;12 - Márcia Rosane Monteiro dos Santos, Regina de Carli;13 - Ana Maria Finkler Sum, Lisandra Regina Gonçal-ves da Silva, Rose Waitikoski da Silva;14 - Elisabete Farias Cattelan, Magda V. Oliveira Colla-res, Simone Pugliesi;15 - Vírginia Costa Alves;16 - Alvarez da Silva, Ana Maria Balbinot;17 - Iara Ivone Pacheco da Silva, Luciane Damasceno Machado, Maria José Pires Bello18 - Aldrin de Luca, Reginaldo Tupinambá C. Madruga;19 - Eronita Barcarolo Domingues, Eva Deusa Oliveira Pereira, Jocemara Cristina Zazyki Xavier, Tatiane Zenai-des Nunes do Canto;20 - Denecy Marcia Pereira Kegel, Iassana Brunisaki Garcia, Luciane Novakowski, Margareth Machado Oliveira;21 - Clara Marize Sarmento Oliveira, Iraci Bortolon;22 - Ana Rita Fernandes Moraes, Jaqueline Neves Lopes Serrati, Marines Brasil Maldonado, Marjane Apa-recida B. da Silva;23 - Angela Maria Cunha da Silva, Maria Rita Zanatta, Silvia Hansen;24 - Cláudia Vanessa do Nascimento dos Santos, Deisi Arengues Paim;25 - Catarina Edvige Roczniak, Eliane Freitas Silveira Escobar, Fátima Regina Teixeira Dri, Inês Carlota de Miranda Pippi;26 - Cláudia Maria Santanna Pereira, Janaina Junquei-ra Santos Calovi, Nara Georgina Martins Lopes, Rita de Cássia da Silva Martins;27 - Solange Pannebecker;28 - Janaina Gomes Soares;29 - Alvani Jonilda Brock;30 - Cátia Silvana Dos Santos, Maria da Conceição R. Vieira Teixeira, Maria Simone Silveira Fonseca, Silvia Regina Machado Rodrigues, Vera Lúcia Kuznecow.

nOVEMBRO

A voz do professor - setembro-outubro/2012 - 9

siNdicatoencontro do Grupo de aposentadosO encontro do Grupo de aposentados foi trocado para o dia 18/10/2012,

em função do feriado na data anterior. Neste dia, o Grupo terá palestra com o psicológo Márcio Quadros, às 14 horas, com o tema “Como estar preparado para se aposentar”. Os colegas que estiverem em processo de aposentadoria também estão convidados a participar.

siNdicatoreunião do conselho sindical

Reunião de representantes foi trocada a data para o dia 16/10/2012. Às 17h30min reu-nião do Ensino Fundamental e, às 19h30min com representantes do Ensino Infantil.

siNdicatoabono permanência

O Sinprocan informa que, segundo informações extra-oficiais, após denún-cia do Sindicato a Prefeitura retomou os pagamentos do abono permanência.

A paixão de ser professor

O amor do professor não pode possuir os outros e nem se deixar possuir

O Professor antes de mais nada deve dedi-car-se para aqueles com quem ele tem o com-promisso de transmitir o conhecimento, o saber. Além de respeito, o professor deve ser alguém que possua certa tranquilidade, com um teor de sensibilidade que transmita para aqueles que es-tão a sua volta.

Além de que o professor deve ser aquela pes-soa que não transmita somente conteúdos va-zios, hipócritas, mas que tenha a essência de vi-ver, de amar as belezas da vida.

Ser PROFESSOR é risco, pois lidar com pes-soas, com seres humanos sempre surgirá uma perspectiva, pois é o outro a ser descoberto em nós mesmos. O amor do Professor não pode pos-suir os outros e nem se deixar possuir.

Transmite-se o conhecimento, ensina-se o sa-ber, mas capta e aprende aquele que realmente deseja um dia almejar a sabedoria.

Neste ponto, o professor deve ser meticuloso e ter o cuidado para não cair na situação rotinei-ra, de passar anos a fio com o mesmo conteúdo, a mesma forma de dar aula,.

É o amor, a dedicação ao ensinar, que fica pro-vado a nossa competência, o nosso zelo e paixão pelas coisas belas e profundas.

PARABÉNS AOS PROFESSORES, NESTE DIA!

“ Ser feliz é deixar viver a criança que mora dentro de você”!

ARTIGOiara ouriQueProfessora Municipal de Canoas

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Acidentes de trânsito Seguro DPVAT

A assessoria jurídica do sindicato tem sido instada para prestar esclarecimentos quanto a utilização do seguro DPVAT por parte de professores e familiares, vítimas de acidente de trânsito e no interior de meios de transportes coletivo que se utilizam de veículos au-tomotores, razão pela qual redigimos o presente texto para servir de esclarecimentos.

O seguro DPVAT foi instituído pela Lei nº 6.194/1974 estabelecendo uma forma de indenização, ou com-pensação, para as vítimas de acidentes automobilís-ticos. Eram outros tempos, poucos eram os veículos e, consequentemente, os acidentes, assim como eram poucas as cobranças relativas a pagamento de inde-nização.

Com a estabilização econômica e a popularização da propriedade dos veículos, como consequência veio também o aumento dos acidentes de trânsito e, natu-ralmente, dos pedidos de indenização relativos a tal cobertura securitária.

Insta frisar que a citada Lei acrescentou ao arti-go 20, do Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, a alínea “1” com a seguinte redação:

“1) danos pessoais causados por veículos auto-motores de via terrestre, ou por sua carga a pessoas transportadas ou não.”

Portanto, o Decreto Lei referenciado encontra-se plenamente em vigor, entretanto sobreveio a Lei nº 8.441, de 13 julho de 1992 alterando dispositivos da Lei nº 6.194/74.

Tais alterações tiveram significativa expressão re-guladora quanto ao direito da companheira, passando ser equiparada à esposa, nos casos admitidos na Lei previdenciária, bem como o direito do companheiro equiparado ao do esposo, inclusive, não faltando am-paro aos beneficiários incapazes.

Ressalta-se que a convivência marital deve preen-

cher os requisitos descritos na Lei mencionada. O parágrafo 1º da Lei nº 8.441/92 aduz claramente

que a indenização será paga com base no valor da época da liquidação do sinistro, no prazo de quinze dias da entrega das documentações exigidas.

De sorte, a alínea (a) do citado parágrafo evidencia quais os documentos necessários para o percebimento da indenização, a saber:

Certidão de Óbito; Registro de Ocorrência no Ór-gão Policial competente; Prova de Qualidade de bene-ficiário “a” no caso de morte. Em determinados casos, incorrerá a necessidade da comprovação do nexo de causa e efeito entre a morte e o acidente, podendo a este fim ser acrescentada a Certidão de Auto Necrop-sia fornecida pelo IML – Instituto Médico Legal.

Notadamente, a Lei em comento confere ao CNT – Conselho Nacional de Trânsito, dentro de sua com-petência, implantar e fiscalizar medidas garantidoras quanto a não circulação de veículos automotores de vias terrestre em via pública ou fora dela, a descober-to do Seguro Obrigatório.

Por outro lado, também compete ao Conselho Na-cional de Trânsito expedir normas para o vencimento do Seguro de forma a coincidir com o IPVA.

Observa-se que a finalidade do Seguro Obrigatório é dar proteção às vitimas de acidentes de trânsito, mediante o pagamento de indenização pecuniária, seja por morte, invalidez permanente, bem como o pagamento de Despesas e Assistência Médica e Suple-mentares (DAMS), ou seja, Reembolso de Despesas Médicas e Hospitalares.

Atenta-se que as indenizações do DPVAT são pagas independentemente de apuração de culpa, da identi-ficação do veiculo ou de outras apurações, desde que haja vitimas transportadas ou não, em todo o territó-rio nacional.

ARTIGO advoGado aNtÃo alBerto fariasAssessor jurídico do Sinprocan

Por outro lado, verifica-se que o DPVAT não cobre:• Danos Materiais: roubo, colisão ou incêndio de

veiculo;• Acidentes ocorridos fora do Território Nacional;• Danos Pessoais, resultantes de radiação e ioni-

zante ou contaminação por radioatividade de qual-quer tipo de combustível nuclear, ou de qualquer resí-duo de combustão de material nuclear.

Contudo, outro ponto importante é, mesmo que o veiculo não esteja em dia com o pagamento do Segu-ro Obrigatório (DPVAT) ou não possa ser identificado, as vitimas ou seus beneficiários têm direito à cober-tura.

A legislação determina que todo proprietário de veiculo automotor terrestre deve manter o Seguro Obrigatório DPVAT em dia. Entretanto, o inadimple-mento do proprietário não implica em prejuízo às viti-mas de acidentes de trânsito, mas ao próprio proprie-tário do veiculo, incorrerá:

Em caso de acidente deixa de ter direito à cober-tura;

• O veiculo não é considerado devidamente li-cenciado para efeito de fiscalização;

• O proprietário é obrigado a ressarcir as inde-nizações eventualmente pagas às vitimas de acidente.

Qualquer interessado no percebimento da indeni-zação do Seguro Obrigatório DPVAT tem a faculdade de escolha quanto às seguradoras, desde que estas sejam credenciadas junto a SUSEP – Superintendên-cia de Seguros Privados. Atualmente dizemos que os pedidos devem ser encaminhados à companhia líder do consórcio de seguradoras que respondem pelo se-guro obrigatório de veículos automotores.

Mister esclarecer que a Seguradora escolhida para a abertura do pedido de indenização será a mesma que efetuará o pagamento correspondente, exceto nos casos de acidentes envolvendo veículos de trans-porte coletivo.

Embora o procedimento para receber a indenização do Seguro Obrigatório DPVAT possa parecer simples e sem a necessidade de intermediários, não convém a intervenção de terceiro despreparados e inaptos à de-vida compreensão do texto de Lei. Será conveniente recorrer ao profissional do direito especializado.

Ademais, outro aspecto relevante é quanto à apre-sentação ou não do DUT, pois há de ser observados determinados critérios em casos de acidentes ocorri-dos entre a criação do Convênio DPVAT e a entrada da Lei nº 8.441/92 em vigor.

Segundo informações, a FENASEG mantém estru-turas autônomas, dotadas de pessoal especializado, instalações específicas e todos os recursos técnicos necessários à gestão do DPVAT.

A FENASEG mantém sob contrato permanente au-ditoria de campo, visando ao combate à fraude. Além disso, está obrigada a prestar informações à SUSEP

8 - setembro-outubro/2012 - A voz do professor

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A voz do professor - setembro-outubro/2012 - 11

para fins de controle e fiscalização do Seguro. Tam-bém mantém sob contrato permanente, auditoria con-tábil e financeira independente.

Mesmo que o motorista tenha infringido Leis de Trânsito fará jus à cobertura do Seguro DPVAT, tam-bém ao pedestre, bastando ser acidente com um veí-culo automotor terrestre.

Assim sendo, o seguro DPVAT foi criado pela já mencionada Lei nº 6.194/74, em alteração ao Decre-to-Lei nº 73/66 o qual instituiu o Seguro Obrigatório no País, sendo este regulado pelo Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP, Órgão vinculado ao Mi-nistério da Fazenda o qual delibera sobre a forma de pagamento dos prêmios e das indenizações do Segu-ro, todavia há de se respeitar o Princípio da Hierarquia da Lei, vez que nenhuma norma reguladora pode su-plantar o texto legal.

Aduz, cristalinamente, o artigo 12 da Lei nº 6.194/74 que o CNSP expedirá normas reguladoras de tarifas que atenda ao disposto na Lei, todavia tais normas não podem preceder à Lei, pelo Princípio da Supremacia.

Por outro lado, no artigo 11 do mesmo diploma legal, verifica-se que a Sociedade Seguradora que in-fringir disposições contidas na Lei será submetida à suspensão da autorização para operar no Seguro Obri-gatório, sem prejuízo de outras penalidades.

Cumpre à Sociedade Seguradora receber o pedido de pagamento da indenização, e, consequentemente, instaurar processo administrativo, bem como analisá--lo. A Sociedade escolhida deve ser conveniada do Seguro DPVAT, este administrado pela FENASEG. De tal forma, cabe à Seguradora o pagamento da indeni-zação, bem como à FENASEG restará o reembolso à Seguradora.

O seguro obrigatório, como é comumente conheci-do, como dito anteriormente é um seguro especial de acidentes pessoais, decorrente de uma causa súbita e involuntária, destinado às pessoas transportadas ou não, que porventura venham a ser lesionadas por veí-culos em circulação.

Na lição de Sergio Cavalieri Filho, pode se dizer que o seguro obrigatório deixou de ser caracterizado como um seguro de responsabilidade civil do proprietário, para se transformar em um seguro social em que o se-gurado é indeterminado, se tornando conhecido quan-do da ocorrência do sinistro, ou seja, quando assumir a condição de vítima de um acidente automobilístico. Segundo o autor, o proprietário do automóvel, ao con-trário do que ocorre no seguro de responsabilidade civil, não é o segurado, e sim o estipulante em favor de terceiro.

Sob esta interpretação, pode-se dizer, ainda con-forme o precitado autor, que não há um contrato de seguro propriamente dito, e sim uma obrigação legal, um seguro de responsabilidade social imposto por lei,

para cobrir os riscos da circulação dos veículos em geral.

A cobertura do seguro obrigatório abrange todos os danos pessoais sofridos, inclusive os sofridos pelo próprio segurado. O seguro prevê indenização nos ca-sos de: morte, invalidez permanente e despesas de assistência médica e suplementares.

Conforme abordagem anterior, não estão cobertos, por expressa previsão legal: danos materiais (roubo, colisão ou incêndio de veículos); acidentes ocorridos fora do território nacional; multas e fianças impostas ao condutor ou proprietário do veículo e quaisquer despesas decorrentes de ações ou processos crimi-nais; danos pessoais resultantes de radiações ionizan-tes ou contaminações por radioatividade de qualquer tipo de combustível nuclear, ou de qualquer resíduo de combustão de matéria nuclear.

Para que se operacionalize esse seguro previsto em lei, faz-se necessário uma ação conjunta das segura-doras de todo o país, organizadas em um consórcio. Todas as seguradoras conveniadas atuam em conjunto e solidariamente, administradas pela Federação Nacio-nal das Empresas de Seguros Privados e Capitalização.

O pagamento resulta dos simples evento danoso, tendo por base a responsabilidade objetiva dos usuá-rios de veículos pelos danos pessoais que venham a causar, independentemente de apuração de culpa.

O seguro obrigatório tem uma conotação social muito elevada, em razão de fazer frente às despesas urgentes das vítimas de acidentes de trânsito. Para fa-zer jus à indenização, basta que a vítima apresente os documentos que comprovem o acidente e a condição de beneficiário.

Para que não restassem desamparadas as vítimas de acidentes cujo veículo não foi identificado, dispõe o artigo 7º da Lei 6.194/74 que a indenização por pes-soa vitimada por veículo não identificado será paga, nas mesmas condições que as indenizações em que é identificado o veículo, porém, por um consórcio de Sociedades Seguradoras. Aqui está presente mais um aspecto que deixa evidente a natureza objetiva da res-ponsabilização.

Ainda, por se tratar de um seguro de conotação social, o próprio não pagamento do prêmio por parte do proprietário do automóvel não impede o pagamen-to da indenização. Esse entendimento é pacífico e já ensejou a edição de verbete sumular pelo Superior Tribunal de Justiça:

Súmula 257 – A falta de pagamento do prêmio do seguro obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT) não é motivo para a recusa do pagamento da indenização.

Isso se dá em função da relevância social do DPVAT, não sendo razoável que uma vítima de acidente de trânsito deixe de receber a indenização pelos danos

pessoais sofridos, apenas em razão do responsável ter faltado com o pagamento do prêmio do seguro.

Duas situações suscitam uma certa controvérsia na doutrina, Acerca do cabimento ou não da indenização.

A primeira é quando a vítima procede dolosamente na causação do acidente. Exemplo comum é o suicí-dio, onde a vítima atenta dolosamente contra a sua integridade física, buscando a morte.

Para Arnaldo Rizzardo, são perfeitamente indeni-záveis os danos pessoais causados em virtude de aci-dente de trânsito, ainda que a vítima tenha se com-portado de forma a contribuir dolosamente para com o evento danoso:

Justifica-se que o direito à indenização brota inde-pendentemente da existência de culpa, abstraindo-se qualquer indagação sobre a participação voluntária da vítima. A lei, de outra parte, arredou o debate sobre a responsabilidade do condutor. O fato gerador da obri-gação é a circulação do veículo, e nada mais que isto. A circunstância de ter sido o evento deliberadamente buscado não retira o caráter de imprevisibilidade, de fortuito ou inesperado para o condutor.

A segunda situação a suscitar controvérsia acerca do cabimento ou não da indenização é a hipótese do condutor que se apropria indevidamente do veículo e ocasiona danos a si e a terceiros. O exemplo mais comum é o furto ou roubo de veículos.

A melhor saída elaborada pela doutrina foi a de que a seguradora não responde pelos danos causa-dos ao próprio motorista, porém, deve indenizar ter-ceiros, quando atingidos. Com relação ao condutor, a interpretação doutrinária se justifica em razão de ser o objeto da ação do condutor, ilícito. Assim sendo, o ato está descoberto de qualquer proteção legal.

Mesmo se tratando de indenização eminentemen-te social, deve ser destinada a quem teve comporta-mento normal, dentro dos padrões estabelecidos pela sociedade.

Já com relação aos terceiros eventualmente lesa-dos em virtude da ação daquele que ilicitamente con-duzia o veículo, inexiste razão para que a seguradora deixe de pagar a indenização. Para finalizar, destaca-se que os valores de indenização pagos a título de seguro obrigatório estão em um patamar muito aquém do ra-zoável, porém, em razão da responsabilidade objetiva que norteia esse instituto e da desburocratização no seu recebimento, acaba por cumprir o fim a que se destina, constituindo o DPVAT um mínimo fundamen-tal às vítimas de acidentes de trânsito.

Portanto, todas aquelas pessoas que forem vítimas de acidentes de veículos automotores privados, pú-blicos e de transporte coletivo tem direito a postular indenização na forma e nos limites da legislação vi-gente.

O DPVAT é direito de todos!

jurídico

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A professora Loiva Finkler, de Edu-cação Física, relata os bons resultados obtidos pelas equipes de handebol da EMEF Paulo VI nas competições CECA e JERGS, e pede divulgação. “Diante destes belos resultados, gostaria de parabenizar meus queridos alunos pelo esforço, dedicação e amor ao es-porte, em especial ao handebol”, diz a professora.

ResultadosJERGS - 1º lugar mirim e infantil fe-

minino/fase de coordenadoria. Com-petições realizadas no SESI no dia 14 de setembro;

CECA - 1º lugar mirim feminino. Jo-gos realizados no COM no dia 26 de setembro; 3º lugar infantil feminino e masculino em jogos realizados no COM nos dias 27 e 28 de setembro;

joGos escolares

Paulo vi tem bons resultados no handebol

As duas primeiras escolas que participaram da Gincana do Projeto SPE (Saúde e Pre-venção nas Escolas) estiveram na tarde 26 de setembro, no Estúdio Público, localizado na Casa das Juventudes do Bairro Guajuviras, para a gravação dos dois primeiros RAP´s criados para a competição que envolveu escolas públicas de Canoas.

Nessa tarde participaram alunos da EMEF Farroupilha e Colégio Estadual Marechal Rondon. Ao todo nove escolas fazem parte da gravação: as EMEF’s Farroupilha, Monteiro Lobato, Rio de Janeiro, Nancy Pansera, além Escola Estadual Barão do Amazonas, Colégio Es-tadual Marechal Rondon, Escola Estadual de Vasco da Gama, Es-cola Estadual Guanabara, e Es-cola Estadual Augusto Severo. As gravações prosseguem até o final de novembro.

Os RAP’s foram criados pe-los alunos mediante sorteio de diferentes temáticas, como: ho-mofobia, violência, DST, AIDS, Álcool, Drogas, entre outros.

Projeto Nota 10

Estudantes gravam CD sobre Saúde e Prevenção

RAPs foram criados pelos alunos mediante sorteio de diferentes temas, como drogas e DSTs

eMei carmem ferreira festeja a Primavera

A diretora Eliane Braga, da EMEI Bem-Me-Quer, escreve relatando que no dia 1º de setembro, das 8h30min às 12 horas, aconteceu o Sábado da Família na Escola.

Segundo Eliane, a ideia do even-to foi a de promover a integração entre família, escola e comunidade.

“Tivemos atividades variadas: cor-tes de cabelo e hidratação com mães que trabalham na área e alunos do Senac, matroginástica, circuito de brincadeiras no pátio (organizados pelas professoras)”, relatou.

O eventou teve, ainda, palestra sobre saúde bucal com Dra Ceres e treino de basquete entre pais e alunos. “Foi uma manhã bastante agradável onde pais e filhos e co-munidade curtiram um espaço de lazer e de aprendizagem”, finalizou.

eMei BeM-Me-Quer

sábado da família

Colégio Marechal Rondon

ANO 3, NÚMERO 26 - CANOAS, SETEMBRO/OUTUBRO DE 2012

Entre os dias 24 e 28 de setem-bro, na EMEI Carmem Ferreira, gru-po de educadoras organizou uma se-mana para a celebração do início da Primavera. No início das atividades

o turno da tarde organizou a “Festa Haviana”, em que as crianças recebe-ram colares de flores. Nesta tarde foi promovida uma Hora do Conto com a história: “A Primavera da Lagar-

ta”, de Ruth Rocha, contada pela “Fada da Primavera”, no saguão da escola para todas as turmas. Em seguida, foi realizado um lan-che coletivo com muitas frutas da estação, além de presentes para os alunos com as lembranças da festa que foi uma flor confecciona-da com balinhas de goma.

Durante a semana, as turmas realizaram trabalhos sobre a es-tação das flores. Para encerrar as atividades um “Piquenique da Primavera”, realizado no turno da manhã do dia 28 de setembro.

Segundo informações da pro-fessora Adriana Silva da Costa, essa semana foi pensada pela equipe de educadoras da escola visando a integração das turmas e a vivência lúdica das crianças, além de deixar a escola mais ale-gre e colorida.

EMEF Farroupilha