sessÃo extraordinÁria nÚmero trÊs.----------- · (ppd/psd), antónio manuel da silva esteves...

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----SESSÃO EXTRAORDINÁRIA NÚMERO TRÊS.----------- ----ATA NÚMERO NOVE.----------------------------- ---Aos vinte dias do mês de outubro de dois mil e catorze, nesta cidade de Estarreja, Edifício dos Paços do Concelho e Salão Nobre da Câmara Munici- pal, pelas vinte horas e quarenta minutos, reuniu a Assembleia Municipal de Estarreja em sessão ex- traordinária, sob a Presidência do senhor Carlos Augusto Oliveira Valente, Presidente da Assem- bleia Municipal e com a presença dos Membros eleitos: José Gonçalo Rebocho Silva Costa - PS; Diamantino Alberto Garrido Correia – PS; António Amador da Silva Esteves – CDU (PCP-PEV; Patricia Raquel Rodrigues Couto - PS; Carlos Albérico Amo- rim Alves - PPD/PSD-CDS-PP; José Augusto da Luz Matos - PPD/PSD-CDS-PP; Ricardo Jorge Fernandes – PS; Alexandra Adelaide Pires Mortágua – PPD/PSD- CDS-PP; Luís Miguel da Silva Mendonça – PS; Carla Sónia de Sá Cabique Martins – CDU (PCP-PEV); Hél- der Fernando de Matos Rodrigues PPD/PSD-CDS-PP; Lúcia Maria de Almeida Araújo – PS; Joana Raquel Figueiredo Líbano - PPD/PSD-CDS-PP; Joel António Marques Pereira – PS; Rui Jorge de Oliveira Pinho e Silva – PS; Américo Rodrigues Soares – CDU(PCP- PEV); Tiago Miguel Valente Varum - PPD/PSD-CDS-PP

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Page 1: SESSÃO EXTRAORDINÁRIA NÚMERO TRÊS.----------- · (PPD/PSD), António Manuel da Silva Esteves (PPD/PSD) e Miguel Ângelo Fragoso dos Santos (PPD/PSD), tendo sido substituídos

----SESSÃO EXTRAORDINÁRIA NÚMERO TRÊS.-----------

----ATA NÚMERO NOVE.---------------------------- -

---Aos vinte dias do mês de outubro de dois mil e

catorze, nesta cidade de Estarreja, Edifício dos

Paços do Concelho e Salão Nobre da Câmara Munici-

pal, pelas vinte horas e quarenta minutos, reuniu

a Assembleia Municipal de Estarreja em sessão ex-

traordinária, sob a Presidência do senhor Carlos

Augusto Oliveira Valente, Presidente da Assem-

bleia Municipal e com a presença dos Membros

eleitos: José Gonçalo Rebocho Silva Costa - PS;

Diamantino Alberto Garrido Correia – PS; António

Amador da Silva Esteves – CDU (PCP-PEV; Patricia

Raquel Rodrigues Couto - PS; Carlos Albérico Amo-

rim Alves - PPD/PSD-CDS-PP; José Augusto da Luz

Matos - PPD/PSD-CDS-PP; Ricardo Jorge Fernandes –

PS; Alexandra Adelaide Pires Mortágua – PPD/PSD-

CDS-PP; Luís Miguel da Silva Mendonça – PS; Carla

Sónia de Sá Cabique Martins – CDU (PCP-PEV); Hél-

der Fernando de Matos Rodrigues PPD/PSD-CDS-PP;

Lúcia Maria de Almeida Araújo – PS; Joana Raquel

Figueiredo Líbano - PPD/PSD-CDS-PP; Joel António

Marques Pereira – PS; Rui Jorge de Oliveira Pinho

e Silva – PS; Américo Rodrigues Soares – CDU(PCP-

PEV); Tiago Miguel Valente Varum - PPD/PSD-CDS-PP

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e os Presidentes das Juntas de Freguesia de:

Avanca, Beduído e Veiros, Canelas e Fermelã, Par-

dilhó e Salreu, com a seguinte ordem do dia:-----

----Ponto Único: Discussão e votação do “Plano

Estratégico do Centro Hospitalar do Baixo Vouga –

Projeto de Criação de Cuidados Paliativos – Pólo

de Estarreja”.-----------------------------------

----Estiveram presentes, o Senhor Presidente da

Câmara e os seguintes Vereadores: João Carlos

Teixeira Alegria, Rosa Maria Lopes Bandeira Simão

Correia, Fernando Manuel Mendonça Albergaria Ma-

tos, Catarina Ascensão Nascimento Rodrigues e Ma-

dalena Maria Trindade Coelho Balça.--------------

----Declarada aberta a sessão e após cumprimentos

aos presentes o Presidente da Mesa, leu os pedi-

dos de justificação de faltas, apresentados pelos

seguintes Membros: Arminda Paula Brandão

(PPD/PSD), António Manuel da Silva Esteves

(PPD/PSD) e Miguel Ângelo Fragoso dos Santos

(PPD/PSD), tendo sido substituídos por: Maria Ar-

minda Guimarães Correia Leite (PPD/PSD), Carlos

Vitor Marques Figueira (PPD/PSD) e Manuel Armando

dos Santos Marques (PPD/PSD), respetivamente, e

que se encontram presentes na sala, após verifi-

cação da respectiva legitimidade.----------------

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----Face às ausências justificadas, dos Secretá-

rios da Mesa, foi unanimemente deliberado, que a

Mesa fosse constituída pelo seu Presidente, Car-

los Augusto Oliveira Valente e como Secretária,

Alexandra Adelaide Pires Mortágua.---------------

----De seguida, passou-se de imediato à discussão

do assunto constante da ordem de trabalhos que

foi distribuída a todos os membros, em conformi-

dade com o nº2 do Artº 53º da Lei nº75/2013, de

12 de Setembro.----------------------------------

----Ponto Único: Discussão e votação do “Plano

Estratégico do Centro Hospitalar do Baixo Vouga –

Projeto de Criação de Cuidados Paliativos – Pólo

de Estarreja”.-----------------------------------

----AMÉRICO RODRIGUES SOARES (PCP):- Intervenção

escrita “Estamos perante a maior ofensiva de sem-

pre ao HVS. Com este Projecto Estratégico para o

CHBV, mais não se pretende que não seja destruir

e arrasar completa e irreversivelmente o HVS como

Hospital e torná-lo num pavilhão onde sejam meti-

das camas, sanitas e uns armários. Este projecto,

a ser executado, tornará definitivo a morte do

Hospital! Não somos contra uma unidade de Cuida-

dos Paliativos em Estarreja, somos contra este

Projecto que aponta no sentido do aniquilamento e

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encerramento do HVS como hospital de Estarreja e

em Estarreja, que acaba definitivamente com o

Serviço de Proximidade à população. Isto é mais

um atentado ao Serviço Nacional de Saúde, o que

aliás é prática corrente deste governo. Esta his-

tória dos 900 K€ para os Cuidados Paliativos,

mais não é uma nova versão do Hospital Novo de

Estarreja, história tão bem conhecida da nossa

população. A táctica é sempre a mesma e surge

sempre que se pretende dar mais um golpe no nosso

hospital. Avança-se com a cenoura, garante-se que

desta vez é diferente, que ninguém pretende enga-

nar as pessoas, que isto vai ser mesmo assim. To-

dos estamos fartos destas promessas e todos sabe-

mos, que o Sr. Presidente do CHBV não tem palavra

e que um Ministro da Saúde a sério já o tinha me-

tido na rua há muito tempo. Metido na rua por ser

manifestamente incompetente e mentiroso. Meus ca-

ros, isto é atirar areia aos olhos das pessoas,

na realidade, duvido que os 900 K€ algum dia che-

garão a vir. Mas se parte desse dinheiro vier, é

como a Cirurgia do Ambulatório que já morreu.

Morreram todas as valências do hospital, a cirur-

gia do ambulatório, a Consulta Aberta entre as

08:00 e as 24:00 que passou para o Centro de Saú-

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de, a transferência de equipamento para Águeda e

a transferência dos funcionários para Aveiro.

Agora acenam-nos com um nado-morto para nos ca-

larmos, os Cuidados Paliativos. Não é isso que

pretendemos! Querem fazer obras no hospital e

instalar em Estarreja uma unidade de Cuidados Pa-

liativos, pois muito bem, façam-no, mas que isso

não seja moeda de troca para encerrar o nosso

hospital. Em nosso entender, a unidade de Cuida-

dos Paliativos beneficiaria e muito, com o HVS a

funcionar em pleno e isto quer dizer, com as va-

lências que lhe foram retiradas e que fazem falta

a este hospital. Pretendemos também afirmar, que

se o governo é uma pessoa de bem, está ainda em

dívida com Estarreja, deve-nos o novo hospital

que deveria estar em funcionamento em 2014! Quem

é que esqueceu o novo hospital? O Plano Estraté-

gico para o CHBV refere uma “lógica de funciona-

mento tripolar para o CHBV”. Isto é uma hipocri-

sia dizer-se, pois que em abono da verdade, o que

se verifica já é “uma lógica de funcionamento bi-

polar”, dado que na cabeça dos Presidentes do

CHBV e da ARS (Administração Regional de Saúde),

Estarreja desapareceu do mapa, pelo menos o seu

hospital. Na Orientação Estratégica do plano que

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o Sr. Presidente trouxe à discussão nesta Assem-

bleia, diz-se que o objectivo é “eliminar redun-

dâncias, garantindo acesso aos cuidados de saúde

mais equitativos, de melhor qualidade e ao menor

preço”. Estamos em condições de afirmar que a

equidade aqui não existe, Estarreja foi liminar-

mente omitida! Diz-se ainda “investindo no con-

forto e segurança do doente, etc …..”. Pergunta-

se, onde estão conforto, onde está o Serviço de

Proximidade? No capítulo dos Valores e Princí-

pios, afirma-se: Responsabilidade e transparên-

cia. -» E nós afirmamos: Não se vislumbra qual-

quer transparência neste processo. e) Colocação

do doente no centro de todos os processos de de-

cisão. -» Desculpem-me a linguagem aberta, “é

preciso ter lata”! g) Promoção do mérito, do ri-

gor da avaliação sistemática. -» E então, o que

se passou com a cirurgia do ambulatório? Não se

lhe reconheceu qualquer mérito? h) Actividade

orientada para os resultados. -» Perguntamos: Não

temos tido bons resultados? j) Satisfação dos

profissionais e colaboradores Os Profissionais de

saúde e seus colaboradores não estavam satisfei-

tos no HVS? k) Satisfação e confiança de todos os

seus utentes/doentes -» Pois meus senhores a po-

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pulação confia e quer o seu hospital. Para fina-

lizar a minha curta intervenção, pretendo ainda

dizer, que não sendo eu um especialista de

“layouts”, das plantas distribuídas do “antes e

depois”, dá para verificar, que o que se pretende

fazer é tornar irreversível a transformação do

hospital num pavilhão que nada tem a ver com um

hospital. Caso seja aprovado, consuma-se a morte

do Hospital Visconde de Salreu, que é uma das in-

fra-estruturas que mais falta faz a Estarreja,

que tem vindo ao longo dos tempos a prestar as-

sistência na doença aos habitantes do concelho e

concelhos limites, em especial a quem não tem di-

nheiro para recorrer a privados e que tem funcio-

nado como uma peça de fixação de habitantes em

Estarreja. Quem aprovar a morte do hospital, de-

verá estar consciente da responsabilidade de tal

acto. Vai ter que justificar perante a sua cons-

ciência e perante a sociedade o que acaba de fa-

zer. Eu não terei esse problema!”----------------

----JOSÉ GONÇALO DE REBOCHO E COSTA (PS):- inter-

venção escrita “A atitude deste governo de coli-

gação PSD/CDS é clara: Desmantelar, Inutilizar e

privatizar o SNS. Em Estarreja, nós não devemos

fugir às preocupações dos nossos conterrâneos,

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nem esconder-nos dos problemas que afetam os nos-

sos munícipes em prol de uma boa relação intra-

partidária. Comecemos pelo início: Setembro 2006

(Governo PS): Anúncio da intenção do encerramento

da urgência – Posição da Câmara: Município elabo-

rou Documento Contestação / Manifesto justifica-

tivo da Manutenção dos Serviços de Urgência. -

Setembro 2006. PS Estarreja assume posição CONTRA

o fecho das urgências - Setembro de 2006: Comis-

são de Utentes do Hospital de Estarreja organiza

ações de protesto - Outubro a Dezembro 2006: Or-

ganiza-se manifestações e velórios de protesto. O

Presidente da Câmara participa.- 23 de Julho de

2007: assinado um Protocolo entre a Câmara e o

Ministério da Saúde do então Governo PS, com o

objetivo de minorar o encerramento do serviço de

urgências. Correia de Campos, então ministro, es-

teve em Estarreja. Protocolo previa requalifica-

ção do Hospital Visconde de Salreu com vista à

qualificação da atividade na cirurgia de ambula-

tório, internamento de medicina e cirurgia, cui-

dados continuados e serviços de apoio aos centros

de saúde de Estarreja e Murtosa, no âmbito da pa-

tologia clínica e medicina física e reabilitação.

Previa ainda o aumento de consultas de especiali-

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dade, nomeadamente de obstetrícia/ginecologia,

pneumologia, pediatria, fisiatria e outras espe-

cialidades que o hospital, dentro do seu perfil,

entendesse no futuro serem importantes para o seu

desempenho. Na base destas propostas esteve um

documento de trabalho elaborado pelo PS Estarreja

e discutido na Assembleia Municipal. - Fevereiro

de 2008: Presidente da Câmara defende construção

de hospital Ria Norte para servir Ovar/Murtosa e

Estarreja - Setembro de 2008, o PS, numa inicia-

tiva liderada pela então deputada à Assembleia da

República Marisa Macedo, propõe a construção de

um hospital novo em detrimento das obras de am-

pliação do atual. - 14 de Fevereiro 2009: o Se-

cretário de Estado Adjunto e da Saúde, Francisco

Ramos, veio ao Hospital do Visconde de Salreu

anunciar a construção de raiz do novo hospital,

coincidindo com a tomada de posse do novo Presi-

dente do Conselho de Administração, Pedro Almei-

da, ficando aí decidido avançar para a elaboração

do plano funcional. - 2009/2010: Presidente da

Câmara resolve alterar localização do Hospital,

propondo a construção no terreno do antigo mata-

douro municipal. Plano funcional volta à ‘estaca

zero’. - 22 Março de 2011: Secretário de Estado

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Óscar Gaspar garante que o novo Hospital de Es-

tarreja fica pronto em 2014. Governante homologou

deliberação da Administração Regional de Saúde do

Centro. Obra do novo hospital deveria arrancar

até Março de 2012. Explicou, nessa data, o presi-

dente da ARS, Dr. João Pedro Pimentel, que no no-

vo hospital “valorizaremos a cirurgia de ambula-

tório, os cuidados continuados, consulta externa

e a fisiatria. Estas são as quatro grandes linhas

mestras que presidiram ao programa funcional”. A

infra-estrutura teria uma ocupação entre 50 a 60

camas. (ESTA É A POSIÇÃO QUE DEFENDO, ENQUANTO

CLÍNICO, PARA A MINHA TERRA; UM HOSPITAL DE

PROXIMIDADE, QUE RESOLVA OS PROBLEMAS BÁSICOS DE

SAÚDE DAS POUPULAÇÕES, DA MURTOSA A ALBERGARIA A

VELHA, NÃO SÓ POR ESTARREJA, acrescentando-lhe a

valência de Hospital de Dia, e que julgo ser a

que nós enquanto autarcas devemos defender. -

Eleições Legislativas de 2011: O governo cai na

sequência das eleições. A Coligação PSD/CDS passa

a governar o país (a mesma que governa Estarre-

ja). O novo governo ‘deixa cair’ o projeto já em

curso do novo Hospital de Estarreja. - 15 de De-

zembro de 2011: PS apresenta moção na Assembleia

Municipal. Sobre presente e futuro do Hospital

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Visconde de Salreu levantou uma série de ques-

tões: - Solicitou à Câmara Municipal de Estarreja

toda a documentação e troca de correspondência

com o Ministério da Saúde e com a Administração

Regional de Saúde desde o inicio de funções do

actual Governo; - Condenou toda e qualquer atitu-

de que levará à redução das valências hoje exis-

tentes no HVS; - Exigiu por parte do Ministério

da Saúde e da Administração Regional de Saúde o

cabal esclarecimento acerca da situação presente

do HVS; - Exigiu de imediato por parte do Governo

o reassumir do compromisso da construção do novo

Hospital, bem como o cumprimento do prazo da mes-

ma; - Exigir a manutenção do Hospital de Estarre-

ja e condenar qualquer tentativa de encerramento.

Coligação PSD-CDS/PP vota contra a moção. - 24 de

Fevereiro de 2012: o Hospital Visconde de Salreu

passa a integrar definitivamente o Centro Hospi-

tal do Baixo Vouga, EPE. Início de funções do no-

vo Conselho de Administração deste novo organis-

mo.- 17 de Abril 2013: a candidatura do PS Estar-

reja solicitou uma reunião com o Conselho de Ad-

ministração do centro Hospitalar do Baixo Vouga.

Objetivo: ouvir da administração as intenções re-

lativas ao HVS. Administração responde dizendo

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que o Plano estratégico está ser ultimado e que

depois reunirá com parceiros. A reunião foi recu-

sada. - 24 de Abril: a Cirurgia de Ambulatório de

Estarreja atingiu o grau de excelência e surge em

primeiro lugar na Avaliação Sinas@Hospital, -

sistema criado pela Entidade Reguladora da Saúde

(ERS) - que visa avaliar, de forma objetiva e

consistente, a qualidade dos cuidados de saúde em

Portugal. - 10 de Maio, apresentado o Plano es-

tratégico em privado aos parceiros da CIRA. - 10

de Maio, Rádio Terranova: Ribau Esteves 'gosta'

do Plano Estratégico. Presidente da Câmara de

Ílhavo e da CIRA, 'vincou' o facto de, atualmen-

te, existir um Centro Hospitalar com três polos,

"alterações impostas pela Lei", que motivam rea-

ções negativas a nível local. "Já não há nenhum

Hospital, nem em Aveiro, Águeda ou Estarreja. Is-

so acabou. Agora existe um Centro Hospitalar, es-

sa é a lógica. Os Presidentes de Câmara sentem

que há perdas, mas, é preciso levar em linha de

conta a racionalização financeira". - NOTA: José

Eduardo Matos, Presidente da CME e representante

da CIRA para a saúde, conhecedor do Plano, não

teve uma qualquer referência/interferência sobre

a intenção de transferir a cirurgia de ambulató-

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rio do HVS para Águeda. - 21 de Maio: Conselho

executivo da CIRA reúne em Estarreja e analisa

Plano estratégico do CHBV. Saúda iniciativa. Nada

diz de concreto sobre fecho da cirurgia de ambu-

latório em Estarreja. -22 de Maio: Dr. Paulo Fer-

reira (Director Clínico) – em carta remetida ao

Dr. José Manuel Tereso (ARS Centro) a informar da

reorganização; refere que o CA reuniu com autar-

cas de Estarreja e Águeda, sublinha que os autar-

cas de Águeda, “mostram dificuldade em perceber

os benefícios deste plano, alegando sucessivas

perdas sempre que há restruturações no seu Hospi-

tal”, de Estarreja, nada refere….Águeda pressio-

nou, e o que é certo é que até aumentou o volume

de Cirurgia de Ambulatório em detrimento de Es-

tarreja. - 5 de Junho. Candidatura do PS Estarre-

ja pede ao Conselho de Administração do CHBV nova

reunião/visita ao HVS. Não obtém, de novo, res-

posta. - Setembro 2013. Candidatura do PSD/CDS-PP

às autárquicas, em plena campanha, entrega na Câ-

mara um alegado Plano Estratégico para o Hospi-

tal. Ainda hoje aguardamos qualquer resposta ou

avanço desse Plano…. - Eleição autárquicas. Vence

Coligação PSD-CDS/PP. - Outubro 2013. Cirurgia de

ambulatório do HVS, que foi considerada a melhor

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do país, é transferida para Águeda 3 dias por se-

mana e fica em Estarreja 2 dias. Jan 14. Cirurgia

de Ambulatório fica apenas um dia por semana em

Estarreja. - Março 2014. Consulta Aberta que fun-

cionava no Hospital entre as 8 e as 24h, todos os

dias, muda para o Centro de Saúde. Porém só fun-

ciona como consulta aberta depois do horário de

fecho do Centro de Saúde. - Funcionários do HVS

pressionados para se transferirem para Aveiro. O

que vai sucedendo. - Setembro 2014 – Secretário

de Estado da Saúde visita o Hospital e anuncia

900 mil euros para uma Unidade de Cuidados Palia-

tivos para servir toda a região do Centro Hospi-

talar do Baixo Vouga. Ou seja, os serviços hospi-

talares em Estarreja passam a estar reduzidos, na

prática, a essa valência. - Outubro de 2014 – PS

Estarreja insurge-se novamente contra essa mudan-

ça, defende a manutenção do Hospital Visconde de

Salreu e recorda a anulação do projeto do Novo

Hospital da autoria do anterior governo, por este

governo PSD-CDS/PP, votando contra a aprovação

transferência da deliberação de uma posição para

a Assembleia Municipal. Como é que este Executivo

precisa da AM para CHUMBAR esta medida que visa

amputar e reduzir drástica e irreversivelmente um

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Hospital a uma unidade de cuidados médicos, sem

urgência, sem cirurgias, indefinida, porque não

será Hospital nem Centro de Saúde, (será talvez

uma Unidade) com a porta aberta para a retirada

posterior das consultas externas consoante a von-

tade da direcção clínica (volátil) do Centro Hos-

pitalar de Aveiro? Exmo Presidente, o senhor é o

líder eleito pelos nossos Municípes, não pelo seu

partido que agora promove este ataque ao nosso

Hospital, não acha que enfraquece quaisquer toma-

da de posição hoje nesta Assembleia, saber-se que

o Presidente foi incapaz de repudiar e vetar este

Plano Estratégico em Reunião de Câmara? Não en-

trando em ataques puros, mas antes de forma cons-

trutiva, não seria mais sensato, o Nº 1 do nosso

Concelho chumbar de imediato esta proposta, e ser

o primeiro proponente de uma moção à AM na defesa

do nosso Hospital? Teríamos muito mais força se

defendesse junto dos que o elegeram uma solução

unida para o Hospital Visconde Salreu, dando a

cara, mesmo perante os que são do seu partido,

quaisquer que fosse as consequências que daí ad-

vêm…. Hoje esta AM, com deputados conscientes, e

sobretudo, Estarrejenses, vai decidir….espero que

pela aprovação, de mais uma moção de defesa do

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nosso Hospital. É pena que este executivo não se

tenha decidido, e tenha pedido a outros por deci-

dir por eles. A Neutralidade, é às vezes, inimiga

da defesa do que é justo, e é JUSTO ESTARREJA ter

um Hospital.”------------------------------------

----HÉLDER DE MATOS RODRIGUES (CDS-PP):- Inter-

venção escrita “Não posso deixar de iniciar a mi-

nha intervenção elogiando o trabalho profícuo e a

procura de consensos que permitiram produzir o

documento que hoje vamos votar. De facto, temos

diferenças e grandes. Eu não acredito no nosso

modelo de SNS, ao contrário da maioria dos mem-

bros desta assembleia. Todos os estudos interna-

cionais que consultei até hoje, a maioria produ-

zidos pela OMS ou OCDE, mostram que o nosso SNS

é, quanto muito, razoável e comete o que eu con-

sidero ser uma das maiores atrocidades que um SNS

pode cometer: assimetria na qualidade e no aces-

so. É, aliás, isso o que nos traz aqui hoje. Eu

acredito em modelos de SNS descentralizados e que

permitem liberdade no acesso e na oferta de cui-

dados à população. Se Portugal tivesse um modelo

de SNS bismarckiano, como têm a França, a Alema-

nha, o Luxemburgo, a Holanda, a Bélgica ou a Áus-

tria não estaríamos aqui hoje com esta discussão.

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Penso aliás, que se os presentes tiverem familia-

res nestes países acho que nenhum desses familia-

res achará que o nosso SNS é melhor do que o que

têm no país de acolhimento. Seria importante re-

flectirmos sobre isto. Mas adiante, existem coi-

sas que nos unem: o facto de todos os estarrejen-

ses, independentemente do seu rendimento mensal,

terem o direito ao acesso a cuidados de saúde de

proximidade e de qualidade. E, é isso, que nos

últimos 20 anos tem sido retirado lentamente aos

estarrejenses e por governos de quase todas as

forças políticas aqui representadas. Hoje estamos

a discutir a sobrevivência do HVS. Um hospital

sem bloco cirúrgico não é um hospital. Ou seja,

querem-nos tirar lentamente o hospital. Alertei

em tempos para o perigo da fusão num centro hos-

pitalar englobando o hospital Infante D. Pedro.

Tudo o que temia aconteceu. Centralizou-se quase

tudo em Aveiro, destruindo o Hospital Visconde de

Salreu e o Hospital e o Hospital de Águeda. Me-

lhorou-se o acesso? Melhorou-se a qualidade do

serviço? Melhoraram-se as contas do Hospital In-

fante D. Pedro? Três nãos. Estamos hoje mais lon-

ge dos serviços de saúde, que têm pior qualidade

e o Centro Hospitalar do Baixo Vouga continua fa-

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lido. Continuo a achar que teríamos ganho muito

com um Centro Hospitalar constituído por três po-

los em Estarreja, Ovar e Murtosa. Este seria mui-

to mais equilibrado e permitiria algum grau de

diferenciação e qualidade ao contrário de uma so-

lução isolada para Estarreja. Perdeu-se a oportu-

nidade. É imperativo conseguirmos evitar a des-

truição do bloco cirúrgico no HVS. Se este fechar

é o ponto de partida para o encerramento do hos-

pital. Mas o nosso trabalho não pode terminar por

aqui. É imperativo mostramos a nossa preocupa-

ção com a reforma hospitalar. Com ela iremos per-

der as consultas de Dermatologia e Urologia no

Hospital Infante D. Pedro e estamos em risco de

perder um número grande de outras: Gastroentero-

logia, Endocrinologia, Pneumologia, Otorrinola-

ringologia, Oftalmologia entre outras. É impor-

tante mobilizarmos a população e produzirmos do-

cumentos. Lanço aqui um desafio aos membros da As-

sembleia: atendendo à facilidade em estabelecer-

mos consensos sobre este documento, seria inte-

ressante elaborarmos um Plano Municipal de Saúde,

ou seja, aquilo que achamos ser o mínimo em ter-

mos de serviços de saúde que o concelho de Estar-

reja deveria ter e o que não abdicamos que Aveiro

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tenha para responder aos cuidados saúde mais di-

ferenciados que os estarrejenses necessitam. Fica

o repto. A bem da saúde e do futuro de Estarre-

ja”.---------------------------------------------

----PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA DE AVANCA:-

Intervenção escrita –“Saúdo o Senhor Presidente

da Mesa da Assembleia e seus secretários. O Se-

nhor Presidente da Câmara Municipal e Senhores

Vereadores. Membros da Assembleia, meus caros

Presidentes de Junta, Público presente e comuni-

cação social. Sendo verdade que o “Hospital Vis-

conde de Salreu” é hoje parte do Centro Hospita-

lar do Baixo Vouga e que desde há cerca de seis

ou sete anos, tem vindo a ser objectivamente de-

sarticulado e ou mesmo desmantelado e que este e

anteriores Órgãos Autárquicas (leia-se Assemblei-

as) tendo disso dado conta, a isso sempre se opu-

seram, apetece-me perguntar: O que estamos afinal

nós aqui a fazer? Pois ao que me parece, até hoje

nada ou muito pouco do que aqui foi democratica-

mente decido, foi tido em consideração. O Minis-

tério da Saúde, nomeadamente a Entidade responsá-

vel pelo trabalho que tem vindo a ser “desenvol-

vido” no “Hospital Visconde de Salreu” têm mani-

festado um total alheamento e mesmo falta de res-

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peito por este Órgão Democrático e nomeadamente

pela Comunidade Estarrejense. O “Hospital Viscon-

de de Salreu” tendo em conta o que já foi e o que

é hoje, já não deve ser chamado de Hospital! Está

irreconhecível e há bastante tempo não existe e

não funciona como Hospital! O que ali temos é

efectivamente o edifício! Lamento e entristece-me

que tenha chegado a esta situação e não quero

pensar, que outros valores que não os interesses

da Comunidade, tenham falado mais alto, para que

tenha chegado à actual situação! A actual situa-

ção do “Hospital” preocupa-me como cidadão e na-

turalmente como responsável pelo Executivo da

Junta de Freguesia de Avanca. Mas, como diz o

POVO, “um mal nunca vem só”. A esta situação,

acresce o facto de a Extensão de Saúde de Avanca

– Posto Médico, que conta com cerca de oito mil

utentes, ter tido ao serviço cinco médicos , núme-

ro aliás absolutamente necessário, contando desde

há algum tempo, com quatro e a partir de hoje,

dia vinte de Outubro, com apenas três médicos

(Dr.ª Glória entrou de baixa). Ora como facilmen-

te se poderá constatar, se até aqui estávamos

mal, passaremos a estar muito pior! Porque iremos

ter então pessoas a esperar, não sei quantos me-

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ses por uma consulta e a ver pessoas a irem para

o Posto Médico á meia-noite e aguardar até às no-

ve horas, para serem consultadas. Será isto huma-

no e justo, digno de um Pais dito Europeu? Fará

Avanca parte da Beira Litoral? Mas, para que nem

tudo seja mau, terei aqui de referir que há dias,

tive uma momentânea e agradável surpresa! É que

na Freguesia de Válega, do concelho de Ovar, o

Posto Médico ali existente foi recentemente

transformado em Unidade de Saúde Familiar, tendo

aumentado as vagas para utentes e o médico Rafael

Gonçalves, responsável e a prestar serviço naque-

la Unidade Familiar, telefonou-me no dia trinta

de Setembro do corrente ano, para me informar que

tinham efectivamente novecentas vagas e que as

iria estender à Comunidade de Avanca. Conhecedor

das dificuldades relatadas, tal como referi, fi-

quei momentaneamente contente, pois poderíamos

assim, nós Avancanenses, ver atenuado o número de

pessoas que não têm médico de família. Mas… Al-

guns minutos depois, disse para comigo, bolas, o

“Hospital de Salreu” está em notória agonia, o

nosso posto médico a definhar de dia para dia,

com a falta Médicos, Válega vem desta forma alar-

gar as suas vagas até Avanca, que futuro o nosso

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e o que será de nós? Penso que com este simples

mas factual exemplo, que aqui deixo, devemos to-

dos ter a consciência de que o que necessitamos

em Estarreja é efectivamente de um HOSPITAL efi-

ciente, que trate efectivamente da saúde da Comu-

nidade e tenha em consideração o risco sempre

presente, que é a existência das empresas quími-

cas aqui instaladas e que quem de direito não nos

ignore, não nos abandone e não nos coloque no es-

quecimento!”-------------------------------------

----RUI JORGE DE OLIVEIRA PINHO E SILVA (PS):-

Intervenção escrita “Não posso deixar de começar

esta intervenção por fazer um reparo à forma como

todos nós recebemos o Plano Estratégico do Centro

Hospitalar do Baixo Vouga – Projeto de Criação de

Cuidados Paliativos – Pólo de Estarreja, na forma

ilegível que a maioria dos quadros se apresenta-

vam, fiz esse reparo por e-mail à D.ª Lucinda,

mas até hoje não obtive resposta. Tive conheci-

mento que na Comissão permanente foi entregue uma

nova versão mas que padecia do mesmo problema, ou

seja é um documento em estado paliativo. Gostaria

de poder ter acesso a um documento minimamente

legível e estou certo que o executivo já o exigiu

a quem de direito. Aguardarei, pacientemente.

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Agora abordando as questões que aqui nos trazem,

gostaria de deixar ao Senhor Presidente da Câmara

duas ou três questões, às quais gostaria de obter

uma resposta tão breve como as perguntas, mas

acima de tudo gostaria ter uma atitude real de

comprometimento. Há um ano atrás o Partido Socia-

lista já vinha alertando para a realidade do Hos-

pital Visconde de Salreu, há muito tempo, e lem-

bro-me que na altura o candidato Diamantino Sabi-

na, apresentou um plano estratégico para o hospi-

tal, que é feito desse plano estratégico, a pes-

soa que o recebeu, o que lhe fez? Levou-o em con-

sideração? Presumo que não, pois o resultado está

a vista de todos e não é de todo bom, pelo menos

para o concelho de Estarreja não é, porque para

alguns concelhos aqui bem perto será bom com cer-

teza. 1.Durante este ano que passou, não pude

deixar de anotar algumas (poucas) intervenções de

sociais-democratas e democratas cristãos estarre-

jenses que apontavam sempre que a solução do Hos-

pital Visconde de Salreu, passaria apenas por um

sentido, a demissão do conselho de administração,

mas espante-se até ao momento e um ano e quase um

mês depois, este conselho de administração conti-

nua “ao serviço” e questiono-me será que ninguém

Page 24: SESSÃO EXTRAORDINÁRIA NÚMERO TRÊS.----------- · (PPD/PSD), António Manuel da Silva Esteves (PPD/PSD) e Miguel Ângelo Fragoso dos Santos (PPD/PSD), tendo sido substituídos

lhes deu conhecimento que na noite de 26 para 27

de Setembro de 2013, sexta-feira, o então candi-

dato à câmara Diamantino Sabina os demitiu via

facebook? Ou será que não era verdade e o actual

presidente ainda não se retratou publicamente?

Sobre o Hospital Visconde de Salreu, o Partido

Socialista de Estarreja, pode falar livremente

porque neste assunto como na questão das águas,

sempre fomos contra as decisões do então governo,

e mesmo assistindo ao encerramento das urgências

no período das 24h às 8h, por uma questão de fal-

ta de utentes, ao mesmo tempo lutou e conseguiu,

muito pelo trabalho da nossa deputada na Assem-

bleia da República, a Dra. Marisa Macedo, aprovar

um novo hospital para Estarreja, numa altura em

que o executivo desta mesma coligação defendia

também um novo hospital, mas… em Ovar. Semanas

depois e após a tomada de posse de um Governo de

coligação PSD/CDS, nessa altura, como hoje, Es-

tarreja não conta com o apoio do Governo. Por fim

e já que em 2011 a coligação nunca se manifestou

disponível para consensos, hoje após um bom tra-

balho dos grupos aqui representados na elaboração

desta moção e na prevista aprovação da mesma,

deixo aqui a minha terceira e última questão: 2.

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O que é que o Senhor Presidente da Câmara está

disposto a fazer na defesa desta moção. Como a

vai fazer chegar ao Senhor Ministro da Saúde ou

mesmo ao Senhor Primeiro Ministro? E por favor

não nos diga aqui que a vai remeter por oficio ou

por fax, pois isso é o que seria de esperar de

qualquer administrativo. Pergunto ainda porque é

que a Coligação PSD/CDS-PP de Estarreja ou “Que-

rer mais” se é assim que querem e preferem ser

intitulados não consegue influenciar politicamen-

te os governantes Nacionais no sentido de se con-

cretizarem as Moções que saem desta Assembleia?

Porque é que com uma maioria parlamentar, um Go-

verno e um Presidente das mesmas cores partidá-

rias que gerem o Município de Estarreja, nada se

consegue? Se agora é assim como será no futuro?

Mas diga-nos que está preocupado, sim, muito pre-

ocupado e que está disposto a ir às últimas con-

sequências, a abancar à porta do Ministério da

Saúde ou em S. Bento, seja onde for, estou certo

que contará com o apoio dos que aqui estão pre-

sentes. Mas diga aqui que vai. Não diga mais uma

vez que está preocupado, pois preocupados estamos

nós vai para mais de um ano”.--------------------

----JOSÉ DA LUZ MATOS (PPD/PSD): Tomando a pala-

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vra, referiu o seguinte: 1.ª nota, na semana pas-

sada, em Comissão Permanente, foi discutido este

assunto e sentimos que na realidade, havia possi-

bilidade de um consenso, além disso queria agra-

decer aos meus colegas da Permanente o empenho

que tiveram na elaboração de uma Moção que será

hoje aqui apresentada, e acho que devia deixar

aqui uma nota pública para com os meus colegas,

Hélder, Diamantino e o Américo, que lá estiveram

e se empenharam, e que foram incansáveis, para

que tivéssemos hoje aqui uma Moção. 2.ª nota, es-

tamos aqui a discutir este plano estratégico que

nos foi apresentando juntamente com o plano de

remodelação do Hospital e que é um plano da res-

ponsabilidade do Conselho de Administração do

Centro Hospitalar, foi ele que o propôs com o

apoio do Governo e o primeiro ponto que gostava

de destacar é que temos finalmente dinheiro para

fazer alguma coisa no hospital, é algo que gosta-

va aqui de salientar, pois há muito tempo que o

hospital não vê obras. 3.ª nota, sobre os cuida-

dos paliativos já o disse noutra assembleia, que

Portugal está na cauda da Europa no que diz res-

peito a cuidados paliativos. A Região de Aveiro

não tem respostas e esse nível, este mês saiu uma

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notícia na imprensa que dava conta disso e, desse

ponto de vista, Estarreja tem aqui uma primeira

resposta na rede hospitalar. Só que nós não pode-

mos deixar que o hospital seja só isso, porque

isto é pouco, obviamente que estamos a falar de

um projeto que trás obras para o hospital e, mais

uma vez, também dinheiro, estamos a falar de 900

mil euros, gostava de frisar que é um valor muito

significativo que o hospital já não via há muito

tempo. Só que o hospital não se pode resumir ape-

nas aos paliativos, deve ser mais do que isso e

este plano que nos é apresentado tem aqui um as-

pecto que eu acho que não é de boa-fé, que é o

arrasar do bloco operatório, que elimina qualquer

hipótese de voltarmos a ter cirurgia de ambulató-

rio em Estarreja. Ora, nós que tivemos uma reu-

nião com o Presidente do Centro Hospitalar, que

sempre nos disse que não queria desistir da ci-

rurgia de ambulatório de Estarreja, que nos disse

para não estarmos preocupados, pois se houvesse

alguma alteração que nos avisava, somos agora

confrontados com o contrário de tudo isso. O Sr.

Presidente do Conselho de Administração fez real-

mente tudo ao contrário, não só faltou à verdade,

como acabou por tirar a cirurgia do ambulatório

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de Estarreja e foi inaugurá-la em Águeda e não

satisfeito com que tinha conseguido quer dar ago-

ra o golpe final, ao arrasar o bloco operatório

do hospital. Resolve apenas deixar as pequenas

cirurgias em Estarreja como se isso fosse alguma

coisa, qualquer médico especialista num consultó-

rio em Aveiro faz pequenas cirurgias, acho, por

isso, que há aqui má-fé neste plano. Julgo que

nesta AM há consenso no sentido de não podermos

aceitar uma coisa destas, obviamente que é impor-

tante termos obras no hospital e é um investimen-

to considerável, mas não nos podemos vender pelos

900 mil euros, temos que marcar posição: que se

faça os cuidados paliativos, mas que se mantenha

bloco operatório. Estão também previstas consul-

tas externas, mas importa saber que consultas ex-

ternas é que vamos ter? Lembrava aqui que não nos

serve de nada termos muitas especialidades, quan-

do funcionam mal. Hoje o hospital tem uma capaci-

dade muito menor em consulta externa do que há

uns anos atrás, quando tínhamos vários especia-

listas que davam consulta todos os dias. Vejamos

dois exemplos: hoje temos um ortopedista que vem

cá uma vez por semana, e que faz o que pode, mas

não dá vazão à lista de espera, temos um cirurgi-

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ão que também faz o que pode, mas que não conse-

gue dar resposta à procura, portanto, estamos

muito pior que há anos atrás. Podemos ver que o

plano de remodelação do hospital tem aqui uns ga-

binetes muito giros, mas isto não é só fazer bo-

necos, nós temos que saber que consultas é que

vamos ter e que especialidades, o que nos inte-

ressa é ter aqui algo que funcione, não é só ter

aqui um médico de 15 em 15 dias e uma lista de

espera que nunca mais acaba. Não nos podemos ca-

lar em relação a isto. Em relação há cirurgia de

ambulatório, o Dr. José Afonso sempre fez de tudo

para acabar com isto em Estarreja e parece que

conseguiu, mas não nos podemos calar, se ele le-

var a cabo este plano para arrasar com o bloco

operatório e se deixarmos que isso aconteça, en-

tão nem nos próximos 20 anos podemos voltar a pe-

dir cirurgia para Estarreja. Como já disse, fico

contente que tenha havido entre nós um trabalho

conjunto pondo de parte as divergências partidá-

rias, acho que lucramos todos com isso. A AM não

pode ficar calada perante o que está a acontecer.

Terminava dizendo o seguinte: HVS com cuidados

paliativos muito bem, mas sem ambulatório não é

nada, agora temos que agarrar esta oportunidade,

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embora não a qualquer custo. Sem investimento o

HVS não tem futuro, quem entra no hospital, hoje

em dia, e dá lá dentro uma volta vê o estado em

que ele está. Na verdade, há uma enorme necessi-

dade do hospital ter obras. Gostava ainda de fri-

sar um aspeto final que já foi referido aqui pelo

Sr. Presidente da junta de Avanca, que é a frus-

tração das nossas queixas não terem eco nas enti-

dades competentes, também sinto isso, mas nós não

podemos ficar calados e fingir que não estamos a

ver o que se passa, eu também partilho desse sen-

timento de que as entidades que mandam, olham pa-

ra o lado e fazem de conta que não sabem de nada,

mas nós não podemos desistir, se não dissermos

nada, se ficarmos calados, somos cúmplices e nós

não podemos ficar em silêncio. Nota final para

dizer que estamos hoje aqui a discutir o presente

e o futuro do nosso hospital, eu acho que o pas-

sado já não interessa nada, se não para corrigir-

mos erros, o que se fez no passado já não se pode

alterar e não nos leva a lado nenhum, se aprende-

mos alguma coisa é importante, mas já passou, não

podemos voltar atrás, deste ponto de vista temos

que ter pensamento no futuro. Gostava também de

sublinhar que ainda bem que este assunto veio à

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AM, este assunto era demasiado importante para

ficar apenas no âmbito de discussão da CME e em

boa hora foi remetido a esta assembleia. Sendo

assim, temos o dever de tomar posição e de chum-

bar este plano.----------------------------------

----PATRÍCIA RAQUEL RODRIGUES COUTO (PS): -Inter-

venção escrita “Antes de minha intervenção queria

deixar uma pequena nota: Apreciei bastante a von-

tade que surgiu agora à coligação para o consen-

so! Pena vir tarde!! Agora que não há quase nada

a fazer… é curioso também ver as mesmas pessoas

em 2011 com uma opinião e agora com outra. Na

passada reunião o deputado Hélder Rodrigues muito

ofendido, apelidou o grupo parlamentar do Partido

Socialista de ignorante, e principalmente a mim,

uma vez que fui eu que fiz a intervenção sobre a

moção apresentada sobre a saúde onde me referi a

cuidados continuados em vez de paliativos. Con-

cordo, usei o termo incorreto. No entanto todos

perceberam muito bem o que quis dizer e quando

referi que esta unidade será um “depósito” de

pessoas que aguardam a sua hora, não quis ferir

as suscetibilidades de ninguém, mas infelizmente

não deixa de ser isso mesmo. Apenas usei um termo

um pouco forte… o qual já foi retirado da inter-

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venção. O sr. na sua intervenção referiu esta

unidade como sendo um local onde “ as pessoas fi-

cariam até que surgisse uma cura e então aí pas-

savam para os cuidados curativos”, palavras suas.

Mas, meu caro Hélder como gosto de estar informa-

da, e bem informada e não gosto que façam de mim

ignorante entre outras coisas, fui pesquisar a

definição de cuidados paliativos. Na página do

portal da saúde há uma introdução a este tema e

diz o seguinte: “os cuidados paliativos constitu-

em uma resposta organizada do Serviço Nacional de

Saúde à necessidade de tratar, cuidar e apoiar

ativamente doentes na fase final da vida.” E o

que são afinal cuidados paliativos? “São cuidados

prestados a doentes em situação de intenso sofri-

mento decorrente de doença incurável em fase

avançada e rapidamente progressiva. O objetivo

consiste em promover, tanto quanto possível e até

ao fim, o bem-estar e a qualidade de vida destes

doentes. Os cuidados paliativos têm como compo-

nentes essenciais o alívio dos sintomas, o apoio

psicológico, espiritual e emocional do doente, o

apoio à família e o apoio durante o luto, o que

implica o envolvimento de uma equipa interdisci-

plinar de estruturas diferenciadas.” Como é que

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são prestados os cuidados paliativos? Os cuidados

paliativos proporcionam aos doentes que vão mor-

rer a possibilidade de receberem cuidados num am-

biente apropriado, que promova a proteção da dig-

nidade do doente incurável na fase final da vida.

Espero que tenha ficado esclarecido definitiva-

mente do que falamos quando referem cuidados pa-

liativos. Na própria memória justificativa e des-

critiva do projeto de criação desta unidade, que

por acaso refere que serão cuidados paliativos

com e (dá-nos ainda uma esperança que isto não

passe afinal de paleio) refere na segunda página

que esta unidade se destina a doentes em situação

clínica decorrente de doença severa e/ou avança-

da, incurável e progressiva. Na minha ignorância

continuo a dizer que em vez de exultarmos agora a

vinda de uma unidade destas para servir a popula-

ção como gostam de fazer crer, seria muito melhor

- e foi esse o sentido da minha intervenção - que

tivessem lutado para termos os cuidados básicos

em Estarreja como as consultas, exames, cirurgia

de ambulatório, serviços de enfermagem, etc, pois

esses é que fazem verdadeiramente falta à popula-

ção”.--------------------------------------------

----HELDER DE MATOS RODRIGUES (CDS-PP):- Inter-

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venção escrita “A referência à ignorância foi,

por pedido meu, retirada da acta da última Assem-

bleia Municipal a partir do momento em que a pró-

pria bancada do partido socialista retirou a

afirmação infeliz produzida. Uma vez que a mantém

eu sou obrigado a manter a expressão. Mas as suas

palavras são a minha própria defesa. Como disse:

uma unidade de cuidados paliativos é um serviço

multidisciplinar. Ou seja, não é um sítio para

fazer pensos. O que eu gostaria de saber depois

deste tipo de expressões utilizadas para classi-

ficar uma unidade de cuidados paliativos é o que

é que o PS Estarreja pensa sobre os lares”.------

----DIAMANTINO SABINA (PRESIDENTE DA CME):- Usan-

do da palavra, informou todas as diligências que

efectuou no Ministério da Saúde e na ARS Centro,

referindo como tem sido difícil lidar com este

assunto. Deu conta que já explicou na Comissão

Permanente que é contra esta situação, mas não é

contra a este investimento para a Unidade de Cui-

dados Paliativos para Estarreja, um investimento

de 900 mil euros que foi já anunciado pelo Sr.

Secretário de Estado, em Setembro. Foi convocado

para numa reunião no HVS – Hospital Visconde de

Salreu, onde esteve um representante da Santa Ca-

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sa da Misericórdia de Estarreja, pela 1.ª vez,

onde foi apresentado uma versão nova. Essa versão

comprometia o bloco operatório. Referiu ainda,

que não concorda só com os cuidados paliativos

sem bloco operatório, essa deve ser a nossa posi-

ção. O José Matos disse, e muito bem, o Hospital

é velho e precisa de obras, os 900 mil euros são

muito bem-vindos, temos que os aceitar de braços

abertos para a Unidade de Cuidados Paliativos.

Por último, referiu que está de acordo com a Mo-

ção, defendendo uma posição mais favorável para

Estarreja.---------------------------------------

----Terminadas as intervenções, passou-se de se-

guida à votação, tendo o “Plano Estratégico do

Centro Hospitalar do Baixo Vouga – Projeto de

Criação de Cuidados Paliativos – Pólo de Estarre-

ja” sido rejeitado, por unanimidade.-------------

----PATRÍCIA RAQUEL RODRIGUES COUTO (PS):- Entre-

gou à Mesa da AM uma declaração de voto, subscri-

ta pelos membros do PS, do seguinte teor: ”O Par-

tido Socialista de Estarreja sempre defendeu a

existência de um hospital em Estarreja que fosse

capaz de servir as necessidades da população e

que fosse adequado à nossa realidade industrial.

De há alguns anos para cá, mais concretamente

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nestes últimos anos, Estarreja assistiu ao esva-

ziamento sucessivo do seu Hospital e assistiu

também à passividade da Câmara Municipal em todo

este processo. A criação desta unidade de cuida-

dos paliativos implica que o Hospital Visconde de

Salreu desapareça e, com ele, desapareçam também

todos os serviços de saúde básicos de proximida-

de. Por muito que a Câmara Municipal queira fazer

parecer, esta unidade e o investimento de 900 mil

euros para a sua criação não é mais do que pura

demagogia. Pois esta unidade irá abranger 400.000

habitantes da região. E não será como o nosso

Presidente da Câmara gosta de sublinhar: muito

importante para a população pois esta não poderá

“usufruir “ em exclusivo deste serviço. Ninguém

em Estarreja poderá ficar satisfeito ao assistir

à troca de serviços hospitalares tão importantes,

como p.ex a cirurgia de ambulatório, por uma uni-

dade direcionada a um fim muito específico e a

doentes que serão na sua maioria de fora do muni-

cípio. Defendemos que esta unidade de cuidados

paliativos poderia ser instalada desde que fosse

integrada num Hospital que mantivesse todos os

outros serviços. Serviços que existiram e todos

os outros que tinham sido previstos para o novo

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hospital, que um dia Estarreja quase teve, não

tivesse este governo deixado cair por terra esse

projeto. Em consciência não podemos estar a favor

desta proposta. Para um melhor enquadramento,

deixamos nesta declaração de voto a cronologia de

todos os factos relacionados com este assunto e

que demonstram bem as tomadas de posição quer do

Partido Socialista quer da Câmara que nos últimos

13 anos nos tem governado. - Setembro 2006 (Go-

verno PS): Anúncio da intenção do encerramento da

urgência – Posição da Câmara: Município elaborou

Documento Contestação/Manifesto justificativo da

Manutenção dos Serviços de Urgência; - Setembro

2006 . PS Estarreja assume posição CONTRA o fecho

das urgências; - Setembro de 2006 : Comissão de

Utentes do Hospital de Estarreja organiza ações

de protesto;- Outubro a Dezembro 2006 : Organiza-

se manifestações e velórios de protesto. O Presi-

dente da Câmara participa;- 23 de Julho de 2007 :

assinado um Protocolo entre a Câmara e o Ministé-

rio da Saúde do então Governo PS, com o objetivo

de minorar o encerramento do serviço de urgên-

cias. Correia de Campos, então ministro, esteve

em Estarreja. Protocolo previa requalificação do

Hospital Visconde de Salreu com vista à qualifi-

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cação da atividade na cirurgia de ambulatório,

internamento de medicina e cirurgia, cuidados

continuados e serviços de apoio aos centros de

saúde de Estarreja e Murtosa, no âmbito da pato-

logia clínica e medicina física e reabilitação.

Previa ainda o aumento de consultas de especiali-

dade, nomeadamente de obstetrícia/ginecologia,

pneumologia, pediatria, fisiatria e outras espe-

cialidades que o hospital, dentro do seu perfil,

entendesse no futuro serem importantes para o seu

desempenho. Na base destas propostas esteve um

documento de trabalho elaborado pelo PS Estarreja

e discutido na Assembleia Municipal. - Fevereiro

de 2008 : Presidente da Câmara defende construção

de hospital Ria Norte para servir Ovar/Murtosa e

Estarreja. - Setembro de 2008 , o PS, numa inicia-

tiva liderada pela então deputada à Assembleia da

República Marisa Macedo, propõe a construção de

um hospital novo em detrimento das obras de am-

pliação do atual. - 14 de Fevereiro 2009 : o Se-

cretário de Estado Adjunto e da Saúde, Francisco

Ramos, veio ao Hospital do Visconde de Salreu

anunciar a construção de raiz do novo hospital,

coincidindo com a tomada de posse do novo Presi-

dente do Conselho de Administração, Pedro Almei-

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da, ficando aí decidido avançar para a elaboração

do plano funcional. - 2009/2010 : Presidente da

Câmara resolve alterar localização do Hospital,

propondo a construção no terreno do antigo mata-

douro municipal. Plano funcional volta à ‘estaca

zero’. - 22 Março de 2011 : Secretário de Estado

Óscar Gaspar garante que o novo Hospital de Es-

tarreja fica pronto em 2014. Governante homologou

deliberação da Administração Regional de Saúde do

Centro. Obra do novo hospital deveria arrancar

até Março de 2012. Explicou, nessa data, o presi-

dente da ARS, Dr. João Pedro Pimentel, que no no-

vo hospital “valorizaremos a cirurgia de ambula-

tório, os cuidados continuados, consulta externa

e a fisiatria. Estas são as quatro grandes linhas

mestras que presidiram ao programa funcional”. A

infra-estrutura teria uma ocupação entre 50 a 60

camas. - Eleições Legislativas de 2011 : O governo

cai na sequência das eleições. A Coligação

PSD/CDS passa a governar o país (a mesma que go-

verna Estarreja). O novo governo ‘deixa cair’ o

projeto já em curso do novo Hospital de Estarre-

ja. - 15 de Dezembro de 2011 : PS apresenta moção

na Assembleia Municipal. Sobre presente e futuro

do Hospital Visconde de Salreu levantou uma série

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de questões: - Solicitou à Câmara Municipal de

Estarreja toda a documentação e troca de corres-

pondência com o Ministério da Saúde e com a Admi-

nistração Regional de Saúde desde o inicio de

funções do actual Governo; - Condenou toda e

qualquer atitude que levará à redução das valên-

cias hoje existentes no HVS; - Exigiu por parte

do Ministério da Saúde e da Administração Regio-

nal de Saúde o cabal esclarecimento acerca da si-

tuação presente do HVS; - Exigiu de imediato por

parte do Governo o reassumir do compromisso da

construção do novo Hospital, bem como o cumpri-

mento do prazo da mesma; - Exigir a manutenção do

Hospital de Estarreja e condenar qualquer tenta-

tiva de encerramento. Coligação PSD-CDS/PP vota

contra a moção. - 24 de Fevereiro de 2012 : o Hos-

pital Visconde de Salreu passa a integrar defini-

tivamente o Centro Hospital do Baixo Vouga, EPE.

Início de funções do novo Conselho de Administra-

ção deste novo organismo.- 17 de Abril 2013 : a

candidatura do PS Estarreja solicitou uma reunião

com o Conselho de Administração do centro Hospi-

talar do Baixo Vouga. Objetivo: ouvir da adminis-

tração as intenções relativas ao HVS. Administra-

ção responde dizendo que o Plano estratégico está

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ser ultimado e que depois reunirá com parceiros.

A reunião foi recusada.- 24 de Abril : a Cirurgia

de Ambulatório de Estarreja atingiu o grau de ex-

celência e surge em primeiro lugar na Avaliação

Sinas@Hospital, - sistema criado pela Entidade

Reguladora da Saúde (ERS) - que visa avaliar, de

forma objetiva e consistente, a qualidade dos

cuidados de saúde em Portugal. - 10 de Maio ,

apresentado o Plano estratégico em privado aos

parceiros da CIRA.- 10 de Maio , Rádio Terranova:

Ribau Esteves 'gosta' do Plano Estratégico. Pre-

sidente da Câmara de Ílhavo e da CIRA, 'vincou' o

facto de, atualmente, existir um Centro Hospita-

lar com três polos, "alterações impostas pela

Lei", que motivam reações negativas a nível lo-

cal. "Já não há nenhum Hospital, nem em Aveiro,

Águeda ou Estarreja. Isso acabou. Agora existe um

Centro Hospitalar, essa é a lógica. Os Presiden-

tes de Câmara sentem que há perdas, mas, é preci-

so levar em linha de conta a racionalização fi-

nanceira". - 11 de Maio :José Eduardo Matos, Pre-

sidente da CME e representante da CIRA para a

saúde, conhecedor do Plano, não teve uma qualquer

referência/interferência sobre a intenção de

transferir a cirurgia de ambulatório do HVS para

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Águeda. - 21 de Maio : Conselho executivo da CIRA

reúne em Estarreja e analisa Plano estratégico do

CHBV. Saúda iniciativa. Nada diz de concreto so-

bre fecho da cirurgia de ambulatório em Estarre-

ja.- 22 de Maio : Dr. Paulo Ferreira (Director Clí-

nico) – em carta remetida ao Dr. José Manuel Te-

reso (ARS Centro) a informar da reorganização;

refere que o CA reuniu com autarcas de Estarreja

e Águeda, sublinha que os autarcas de Águeda,

“mostram dificuldade em perceber os benefícios

deste plano, alegando sucessivas perdas sempre

que há restruturações no seu Hospital”, de Estar-

reja, nada refere….Águeda pressionou, e o que é

certo é que até aumentou o volume de Cirurgia de

Ambulatório em detrimento de Estarreja.- 5 de Ju-

nho: Candidatura do PS Estarreja pede ao Conselho

de Administração do CHBV nova reunião/visita ao

HVS. Não obtém, de novo, resposta. - Setembro

2013: Candidatura do PSD/CDS-PP às autárquicas,

em plena campanha, entrega na Câmara um alegado

Plano Estratégico para o Hospital. Ainda hoje

aguardamos qualquer resposta ou avanço desse Pla-

no….- Eleição autárquicas : Vence Coligação PSD-

CDS/PP.- Outubro 2013 : Cirurgia de ambulatório do

HVS, que foi considerada a melhor do país, é

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transferida para Águeda 3 dias por semana e fica

em Estarreja 2 dias.- Janeiro 14: Cirurgia de Am-

bulatório fica apenas um dia por semana em Estar-

reja.- Março 2014 : Consulta Aberta que funcionava

no Hospital entre as 8 e as 24h, todos os dias,

muda para o Centro de Saúde. Porém só funciona

como consulta aberta depois do horário de fecho

do Centro de Saúde. - Funcionários do HVS pressi-

onados para se transferirem para Aveiro. O que

vai sucedendo. - Setembro 2014 : Secretário de

Estado da Saúde visita o Hospital e anuncia 900

mil euros para uma Unidade de Cuidados Paliativos

para servir toda a região do Centro Hospitalar do

Baixo Vouga. Ou seja, os serviços hospitalares em

Estarreja passam a estar reduzidos, na prática, a

essa valência.- Outubro de 2014 : PS Estarreja in-

surge-se novamente contra essa mudança, defende a

manutenção do Hospital Visconde de Salreu e re-

corda a anulação do projeto do Novo Hospital da

autoria do anterior governo, por este governo

PSD-CDS/PP, votando contra a aprovação transfe-

rência da deliberação de uma posição para a As-

sembleia Municipal. Pelo exposto, em concordância

com os vereadores do Partido Socialista, por Es-

tarreja e em defesa dos interesses de todos os

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estarrejenses, votamos conscientemente contra o

plano descritivo apresentado pelo Centro Hospita-

lar do Baixo Vouga”.-----------------------------

----De seguida, Diamantino Garrido Correia , em

representação dos grupos municipais, leu a moção

que a seguir se transcreve, a qual resultou da

colaboração do membros presentes na reunião da

Comissão Permanente, realizada no passado dia 15

de outubro: “Moção – POR UM HOSPITAL MELHOR, -

Analisada a proposta da criação de uma unidade de

Cuidados Paliativos no Hospital Visconde de Sal-

reu (HVS), a Assembleia Municipal de Estarreja

reunida em sessão extraordinária no dia 20 de Ou-

tubro de 2014, deliberou o seguinte: 1.Rejeitar o

plano descritivo apresentado pelo Centro Hospita-

lar do Baixo Vouga (CHBV); 2. Exigir a manutenção

do atual Bloco Cirúrgico na intervenção prevista,

considerando a possibilidade simultânea de pres-

tação de cuidados paliativos, como agora se pre-

tendem implementar no HVS;3.Exigir a concretiza-

ção de um plano estratégico para o CHBV que dê

estabilidade a profissionais e utentes, envolven-

do a população na sua discussão, designadamente

os utentes, os profissionais de saúde e os repre-

sentantes autárquicos, conforme previsto na Reso-

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lução da Assembleia da República n.º 42/2014;

4.Exigir a manutenção da Unidade de Cirurgia de

Ambulatório no HVS de forma a dar resposta a to-

das as solicitações necessárias, diminuindo as

listas de espera que existem atualmente e contri-

buindo para o prestígio do CHBV e do Serviço Na-

cional de Saúde (SNS). Consideramos que as razões

técnicas apresentadas para o encerramento da ci-

rurgia de ambulatório em Estarreja são completa-

mente infundadas e sem tradução na realidade, não

se vislumbrando uma relevante poupança económica

ou ganhos em qualidade com esta medida;5.Exigir a

abertura de um Serviço de Urgência Básico no HVS

e consequentemente, todas as valências necessá-

rias associadas de forma a salvaguardar a presta-

ção de cuidados de saúde mais rápidos em situa-

ções agudas de menor complexidade; 6.Exigir a

criação de um leque de ofertas de consultas de

especialidade no HVS, onde impere a lógica da

complementaridade de valências dentro do CHBV, de

proximidade, tendo em conta a proporção da procu-

ra, tal como já existiu neste hospital e que tão

bons serviços prestaram às populações; 7.Exigir o

retorno dos meios complementares de diagnóstico,

tais como, Ecografia, Ecocardiografia, Exames Di-

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gestivos, dando resposta às consultas do HVS e

dos cuidados primários de saúde; 8.Apoiamos o re-

forço dos meios materiais e humanos através da

contratação de médicos, enfermeiros, auxiliares

de ação médica, administrativos, técnicos de di-

agnóstico e terapêutico e técnicos superiores,

garantindo o pleno funcionamento tanto ao nível

hospitalar como da rede de cuidados primários das

unidades e extensões de saúde existente;9. Exi-

gimos que o CHBV, tendo em conta o contexto de

vulnerabilidade do concelho de Estarreja e

limítrofes face à existência de um complexo de

indústria química importante, garanta os meios

necessários para a ativação do Plano de Emergên-

cia Externo de Estarreja na sua esfera de compe-

tências, em caso de uma ocorrência no Concelho. O

projeto apresentado é absolutamente omisso em re-

lação à futura capacidade de resposta do HVS a

uma situação de eventual acidente químico; 10.

Atendendo ao disposto nos nºs anteriores, estamos

disponíveis para aceitar a criação de uma Unidade

de Cuidados Paliativos no Hospital Visconde de

Salreu, por forma a criar uma outra missão para

esta Instituição, desde que não inviabilize a ma-

nutenção das valências originais do HVS. A Assem-

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bleia Municipal de Estarreja reitera que a Unida-

de de Cuidados Paliativos deverá coabitar com as

valências supracitadas, dando também resposta aos

problemas básicos de saúde da população e pres-

tar, assim, um verdadeiro Serviço de Proximidade.

Relembramos que a legislação que enquadra a cria-

ção dos Centros Hospitalares impõe, no caso do

CHBV, uma lógica tripolar, que mais uma vez não é

respeitada na proposta que nos foi apresentada.

Delibera ainda dar conhecimento desta Moção ao

Conselho de Administração do CHBV, CIRA, ARS Cen-

tro, Ministério da Saúde”.-----------------------

----Seguidamente, foi colocada a Moção à votação,

tendo a mesma sido aprovada, por unanimidade.----

----Mais foi decidido, por unanimidade, aprovar

esta deliberação em minuta, para efeitos de exe-

cução imediata.----------------------------------

----Não havendo mais assuntos a analisar ou deci-

dir, o Presidente da Assembleia deu por encerra-

dos os trabalhos, eram vinte e duas horas.-------

----Para constar e devidos efeitos, se lavrou a

presente ata que, depois de submetida a aprovação

da Assembleia, vai ser assinada pelos membros da

Mesa.--------------------------------------------

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