sessao workshop t2 dez09

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Page 1: Sessao Workshop T2 Dez09

Guia da Sessão: O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares:

metodologias de operacionalização ( Workshop )

A sessão pensada como workshop tem como objectivos centrais examinar a

operacionalização do modelo de auto-avaliação no que se refere à utilização da

linguagem em contexto de avaliação e de planificação de acções para a melhoria.

Estes aspectos concretizam-se, em particular, na elaboração do relatório final de auto-

avaliação. Esse relatório deve ser escrito de uma forma clara, e para isso considerou-

se importante ter em atenção alguns princípios orientadores para que essa tarefa seja

mais conseguida. Isto significa que o relatório de auto-avaliação deve ser:

• um documento que apresenta de forma perceptível e avaliativa os resultados

da análise realizada.

• um documento que perspectiva de forma objectiva e específica as acções para

a melhoria.

A reflexão aqui desenvolvida baseia-se numa análise dos relatórios finais de auto-

avaliação que foram realizados durante a fase de aplicação experimental do modelo.

Esses relatórios revelaram algumas fragilidades nas dimensões acima referidas, pelo

que se considerou que seria útil uma sessão dedicada em particular a aspectos de

linguagem. Neste sentido, as actividades aqui desenvolvidas são de carácter

eminentemente prático e procuram alertar para situações que deverão ser tidas em

linha de conta na realização dos relatórios finais de auto-avaliação da biblioteca

escolar.

(1) Distinguir descrição de avaliação

Não nos podemos esquecer que estamos perante um processo de avaliação e, por

isso, espera-se que a análise realizada a partir das evidências recolhidas se projecte

em apreciações (avaliações) sobre a realidade analisada. Nas orientações para

aplicação do modelo de auto-avaliação referem-se alguns aspectos relativos à

necessária diferenciação que devemos efectuar entre um enunciado descritivo e um

enunciado avaliativo. A necessidade de distinguir estas duas situações revelou-se no

facto de muitos relatórios se cingirem à apresentação de dados e factos e não de uma

apreciação sobre esses elementos. Para se poder perspectivar com clareza quais são

os pontos fortes e os pontos fracos da realidade analisada é imprescindível lançar um

olhar avaliativo sobre os resultados que possuímos e resultantes da recolha de

evidências. Vejamos o que está mencionado no texto das orientações para a aplicação

do modelo.

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Page 2: Sessao Workshop T2 Dez09

“Os elementos recolhidos (evidências) são sujeitos a uma análise e apreciação, que terá

a ver com a própria natureza dos dados. Os dados estatísticos, por exemplo, serão

objecto de uma análise que vai permitir quantificar certos aspectos relativos quer ao

funcionamento da BE quer à forma como o trabalho é percepcionado e apreciado pelos

utilizadores da biblioteca.

A análise dos dados obtidos deve conduzir à elaboração de avaliações sobre a BE e os

seus serviços em termos de: eficácia, valor, utilidade, impacto, etc.

Neste aspecto, é importante distinguir entre elaborar uma descrição e uma avaliação. A

avaliação implica uma apreciação baseada na análise de informação relevante e

evidências. Frequentemente inclui a explicação das consequências ou implicações de

uma determinada acção ou processo.” (p. 68 do Modelo de auto-avaliação, disponível

em http://www.rbe.min-edu.pt/np4/?newsId=31&fileName=mod_auto_avaliacao.pdf ).

O que é descrição? – Dizer o que acontece, sem apreciações sobre os resultados nem

referência ao valor da acção ou processo em causa.

O que é avaliação? – Fazer uma apreciação baseada na análise de informação

relevante e evidências. Frequentemente inclui a explicação das consequências de

uma determinada acção ou processo.

A um bom enunciado avaliativo podemos fazer a pergunta “e depois?” – um bom

enunciado avaliativo explica as consequências ou implicações (que podem ser

negativas ou positivas).

EXEMPLO:

Enunciado descritivo: “Existe protecção de dados e procedimentos de copyright nas

operações através da TIC.”

(Comentário: este enunciado não julga a utilização e a utilidade dos procedimentos,

apenas constata um facto.)

Enunciado avaliativo – “Existem processos claros e actualizados de protecção de

dados e os procedimentos de copyright asseguram que todos os utilizadores cumprem

os requisitos legais.”

(Comentário: este enunciado avalia os processos – são “claros e actuais” – e explica

as consequências dos procedimentos assumidos.)

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Page 3: Sessao Workshop T2 Dez09

ACTIVIDADE – distinguir descrição de avaliação (a desenvolver em fórum)

1- Dos seguintes enunciados, indicar os que são descritivos e os que são avaliativos.

2- Melhorar os enunciados mais descritivos, transformando-os claramente em

enunciados avaliativos (criação de hipóteses possíveis).

Enunciados:

1- Foi recolhida informação dos departamentos sobre a colecção da BE.

2- A BE promove sistematicamente mecanismos de avaliação cujos resultados são utilizados na planificação do trabalho.

3- Iniciativa de um projecto (parceria com a Câmara Municipal) de âmbito nacional.

4- Aproximação estimulante às famílias e seu envolvimento no projecto da BE, com o projecto “Leituras em família”.

5- Horário da BE cobre todo o tempo de abertura da escola.

6- A actualização do material informático não corresponde às necessidades dos utilizadores (professores, alunos).

7- A BE disponibiliza guiões de pesquisa baseados no modelo Big6.

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(2) Distinguir enunciados gerais de específicos

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Fórum 1

Page 4: Sessao Workshop T2 Dez09

Outro problema que emergiu da análise dos relatórios já referidos situa-se na forma

como são perspectivadas as acções para a melhoria. Vejamos o exemplo de

enunciados retirados dos relatórios referentes ao domínio B:

Uma leitura atenta dos enunciados que apontam as acções para a melhoria leva-nos a

concluir que estamos perante enunciados que remetem para objectivos ou propósitos

muito gerais. De facto, dificilmente a partir deste conjunto de intenções se

perspectivam quais são os aspectos concretos que se pretendem implementar

enquanto acções específicas para a melhoria. Os enunciados descritos situam-se

numa fase prévia ou num patamar anterior ao que se consideram verdadeiras

propostas de acções para a melhoria. Quase todos os verbos iniciais se situam no

plano mais geral das intenções, necessitando portanto de uma especificação que

revele claramente o quê se pretende fazer e, em alguns casos, o como se vai fazer.

Analisemos dois destes enunciados, questionando-os e apontando hipóteses de

melhoria:

1. “Sensibilizar a escola para a importância da leitura como suporte às

aprendizagens e à progressão nas aprendizagens.”

- O termo “sensibilizar” é muito geral; uma acção para a melhoria deverá

especificar, neste caso, o como, ou seja, que aspectos concretos de actuação

se integram nesse termo: exemplos - “sensibilizar a escola para a importância

da leitura …. através de acções de formação a organizar com o Centro local. “;

“sensibilizar a escola para a promoção da leitura… organizando um debate

com um investigador na área”, etc.

- Outra questão que seria importante ponderar perante um enunciado deste

género, e face ao ponto de partida (em função dos resultados obtidos na

avaliação), é se de facto nos devemos centrar na “escola” como um todo ou se

não se deverá antes apontar interlocutores privilegiados e estabelecer

Domínio B Acções para a melhoria

Leitura e literacia

1.Sensibilizar a escola para a importância da leitura como suporte às aprendizagens e à progressão nas aprendizagens.

2.Delinear um projecto que identifique prioridades e estabeleça objectivos e metas a atingir.

3.Reforçar o trabalho articulado.

4.Reforçar a produção de instrumentos de apoio a ser usados por professores e alunos.

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Page 5: Sessao Workshop T2 Dez09

prioridades – convém sublinhar que as acções para a melhoria devem ser

realistas e perspectivar objectivos alcançáveis num prazo determinado, por

isso de pouco serve apontar propósitos tão abrangentes que muito

provavelmente estarão fora do nosso alcance a curto prazo.

2. “Delinear um projecto que identifique prioridades e estabeleça objectivos e

metas a atingir.”

- O enunciado revela que não se percebe o que são acções para a melhoria,

pois quando apontamos essas acções elas pressupõem que já se identificaram

prioridades e já se estabeleceram objectivos, resultando então daí as acções

para a melhoria.

A ocorrência de enunciados do tipo apresentado é frequente, indiciando que de facto

não foi ainda efectuada uma análise ponderada dos dados e resultados obtidos no

processo de avaliação. Essa análise é essencial, pois dela deverá resultar não um

mero elencar de intenções de carácter geral, que dificilmente se concretizarão, mas

deverá perspectivar-se com cuidado aquilo que de facto é prioritário, estabelecer

metas credíveis, identificar etapas de intervenção exequíveis e seguras, para que os

sucessos obtidos se consolidem sem hipóteses de recuos ou inflexões indesejadas.

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Page 6: Sessao Workshop T2 Dez09

ACTIVIDADE – distinguir enunciados gerais de específicos (a desenvolver em

fórum)

1- Analisar os enunciados 3 e 4, apontando as suas fragilidades e propondo eventuais

alterações que os transformem em enunciados específicos e que concretizem

hipóteses reais de acções para a melhoria.

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Fórum 2

Page 7: Sessao Workshop T2 Dez09

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Metodologia de Trabalho para ambos os Fóruns

• Esta actividade de formação (para ambos os fóruns) terá a forma de trabalho de

grupo;

• A tarefa a desenvolver será a mesma, mas apresentada apenas uma vez (no

respectivo fórum) pelo Porta-voz do Grupo (consultar listagem);

• Cada grupo deve eleger o seu Porta-voz, que terá como função acrescida, a

colocação de um post, no respectivo fórum, sobre o trabalho efectuado pelo grupo

(identificando os elementos do grupo);

• No assunto do Post do Fórum 1 escreva apenas: Grupo X –

descrição/avaliação

• No assunto do Post do Fórum 2 escreva apenas: Grupo X – Acções

melhoria: enunciados gerais e específicos.

Coloque até ao final da sessão, os seus trabalhos nos fóruns criados para o efeito

para que todos os colegas dos restantes grupos possam vê-los, e vice-versa.

Sugestão: na realização destas tarefas poderem recorrer a ferramentas diversas,

nomeadamente:

- Chat de uso geral

- Chat do Grupo 1 - o chat criado para o efeito na plataforma para cada grupo;

- Contactos por e-mail (consultar no perfil dos participantes),

- (http://docs.google.com/ )

- …

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Page 8: Sessao Workshop T2 Dez09

Lista - GRUPOS:

GRUPO 1

1 Ana Margarida Madeira dos Santos Cruz

2 Ana Paula Rodrigues

3 Anabela da Conceição Costa

4 Armanda Guedes

5 Catarina Maria Roxo Iglesias GRUPO 2

6 Cátia Rodrigues Sousa

7 Cristina Traqueia

8 Dércia Costa Gouveia

9 Helena Maria Pereira Simões Reis GRUPO 3

10 Isabel Silva

11 Isabel Maria Oliveira

12 João Mendonça

13 João Silvano GRUPO 4

14 João Carlos Coelho Aparício

15 José Carlos Santos

16 Margarida Monteiro

17 Maria Claudina Fernandes Pires GRUPO 5

18 Maria da Graça Oliveira

19 Maria de Lurdes Araújo Dias

20 Maria de Lurdes Loureiro

21 Maria Helena Araújo SousaGRUPO 6

22 Maria Isabel Correia Coelho Vitória

23 Maria Isabel Sousa

24 Maria João Cavaleiro

25 Matilde Maria Carvalho da Costa do Vale Antunes GRUPO 7

26 Rosário Lima

27 Rosinda Maria da Silva Bento Lucas Pimentel

28 Rui Jorge Gonçalves Marques

29 Sandra Frère Carvalho Sá CastroGRUPO 8

30 Sandrina Fernandes

31 Sílvia Alves Vieira

32 Sofia fontes

33 Susana Ferreira

34 Zulmira Maria Vicente Costa Aires

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