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BRASIL J O R N A L I N T E R N O M E N S A L D O S E R V I Ç O S O C I A L D O C O M É R C I O A G O S T O 2 0 0 9 - A N O 6 - N º 7 2 - D I S T R I B U I Ç Ã O N A C I O N A L - I S S N 1 9 8 3 - 7 6 2 3 entrevista Representante da Unesco no Brasil, Timothy Ireland, fala sobre EJA e SESC LER SESC Sala de aula de um dos oito Centros Educacionais do DR/AM inaugurados entre 2000 e 2004 Nesta edição Enciclopédia SESC: Divisor de águas Implantado em várias cidades, o Projeto SESC LER muda para melhor a vida das pessoas págs. 4 e 5 acontece No Paraná, Mesa Brasil SESC presta contas online Em setembro, mês de aniversário do SESC e do JSB, o Jornal SESC Brasil traz novidades para você.

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SESC BRASIL n AGOSTO 2009 1

brASIL

J O R N A L I N T E R N O M E N S A L D O S E R V I Ç O S O C I A L D O C O M É R C I O

A G O S T O 2 0 0 9 - A N O 6 - N º 7 2 - D I S T R I B U I Ç Ã O N A C I O N A L - I S S N 1 9 8 3 - 7 6 2 3

entrevistaRepresentante da Unesco no Brasil, Timothy Ireland, fala sobre EJA e SESC LER

SeSc

Sala de aula de um dos oito Centros Educacionais do DR/AM inaugurados entre 2000 e 2004 Nesta edição Enciclo

pédia SESC:

Divisor de águasImplantado em várias cidades, o Projeto SeSc Ler muda para melhor a vida das pessoaspágs. 4 e 5

aconteceNo Paraná, Mesa Brasil SESCpresta contas online

Em setembro, mês de aniversário do SESC

e do JSB, o Jornal SESC Brasil traz novidades para você.

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SESC BRASIL n AGOSTO 20092

PONTO De VISTA

eXPeDIeNTe

Antonio Oliveira Santos

Presidente do

Conselho Nacional

Maron Emile Abi-Abib

Diretor-Geral

Coordenação editorialSESC-DN/Assessoria de Divulgação e Promoção(Christiane Caetano, Marcella Marins, Denise Oliveira)Consultoria Editorial: Elysio Pires Jornal SESC Brasil é editado e produzido pela AG RioFotos - Banco de Imagem SESC NacionalJornalista responsável - Arlete Gadelha (MTb 13.875/RJ)Colaboraram para esta edição: Francisco Reis da Silva Leite (AC), Janayna Ávila e Danielle Cândido (AL),

Viviani C. de Freitas (AM), Juliana Coutinho (AP), Ivson Vivas (BA), Eugênia Cabral (CE), Marcus Alencar (DF), RS Comunicação (ES), Sandra Stefan (GO), Viviane Franco (MA), Miriam Braga (MG), Sueli Batista (MT), Virgínia Carromeu (MS), Lourdinha Bezerra (PA), Alex Marcio (PB), Ana C. Coelho (PI), Daniella Monteiro (PE), Karen Bortolini (PR), Keila Alves (RO), Catiúcia Ruas (RS), Roberta Sandreschi e Débora Murta Braga (SC), Aparecida Onias (SE) e Renato Pietro (TO). Impressão: Gráfica MinisterTiragem: 18 mil exemplares

AcONTece

Esta publicação segue as novas regras de ortografia da Língua Portuguesa

PrIMeIrO PASSO

n Teatro do Oprimido (DN)

O Departamento Nacional e o Ministério da Cultura

patrocinaram a 1ª Conferência Internacional de Teatro

do Oprimido, realizada pelo Centro do Teatro do Opri-

mido (CTO), no bairro da Lapa (RJ), de 20 a 26 de julho.

O evento teve a participação de pessoas de 25 países

e 16 estados brasileiros, que desenvolveram a pro-

gramação gratuita nos espaços Caixa Cultural (Teatro

Nelson Rodrigues e Teatro Arena, no Centro da cidade)

e CTO – no boêmio bairro da Lapa. A iniciativa foi um

tributo a Augusto Boal, teatrólogo falecido em maio de

2009. O homenageado via a cultura como um fator de

transformação dos indivíduos e da sociedade. Nome-

ado Embaixador Mundial do Teatro pela Unesco, em

março deste ano, Boal foi o criador do CTO, em cujos

laboratórios e seminários são elaborados e produzidos

projetos socioculturais, espetáculos teatrais e produtos

artísticos, tendo como base a Estética do Oprimido.

n Festival de Inverno mais quente em 2009 (rJ)

Pelo oitavo ano consecutivo o DR/RJ, subiu a serra

com o Festival de Inverno que aconteceu de 16 de julho

a 2 de agosto. Em 2009, as atividades se concentraram

nas cidades de Petrópolis e Teresópolis para evitar

grandes deslocamentos e oferecer mais conforto ao

público. Teatro, música, dança, literatura, cinema e artes

plásticas esquentaram o clima nas unidades: Espaço

Higino, SESC Teresópolis e SESC Quitandinha. O Qui-

tandinha apresentou peças como: Bibi Canta e Conta

Piaf, com Bibi Ferreira; Ensina-me a Viver, com Glória

Menezes; Dona Flor e Seus Dois Maridos, com Marcelo

Faria, Duda Ribeiro e Fernanda Paes Leme. Também se

destacaram no Festival os shows de Vanessa da Mata

e Alcione, apresentações de Ana Botafogo e Deborah

Colker, exposições sobre Ziraldo e Oscar Niemeyer, e a

literatura de Ruy Castro e Viviane Mosé.

Augusto Boal – o homenageado

Em seu discurso, na instalação do

1º Conselho Nacional do SESC em

1947, João Daut d’Oliveira reconhecia

os problemas sociais como “proble-

mas de massa e como problemas de

estrutura” e definia a ação do servi-

ço social como “instrumento de, não

apenas, alívio de situações individu-

ais desfavoráveis, mas também de

transformação e progresso social”.

Decorridos 57 anos, em 2004, o

Conselho Nacional aprova o texto das

“Diretrizes Gerais” que, seguindo o pensamento de nosso fundador,

reconhece “como necessário, o apoio àqueles menos favorecidos

dentro do processo competitivo pelo autodesenvolvimento e que

esse apoio, além de oferecer, objetivamente, melhores condições

materiais através da oferta de serviços, deve, sobretudo através

da ação educativa e transformadora, contribuir para que cada um

possa fazer mais, e obter mais, para si e para sua família”.

As histórias de vida de Eduardo Rodrigues, Marcolina da Cunha,

João de Deus, Wilson da Costa (páginas 4 e 5) e de milhares de

alunos e alunas que passaram pelo SESC LER, nos últimos dez anos,

são testemunhos de que os ideais de João Daut continuam orien-

tando as nossas ações.

A entrevista do representante da Unesco Timothy Ireland

(página 8) destaca a dignidade com que o SESC LER trata os alunos

e a “sua visão de alfabetização como parte de um processo maior”.

O reconhecimento pela Unesco da qualidade dos programas

de alfabetização e educação básica do SESC LER reforçam a nossa

convicção de que para a imensa maioria dos jovens e adultos que

passam pelos Centros Educacionais esse é apenas o primeiro passo

na construção de um futuro promissor.

Maron Emile Abi-Abib

Diretor-Geral do Departamento Nacional

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SESC BRASIL n AGOSTO 2009 3

cUrTASn Multiplicadores (Se)

Em agosto o Regional em Sergipe

realiza mais uma edição do Encontro

de Agentes Comerciários (Enacom). O

evento, que acontece no Centro de Ativi-

dades Antonio Oliveira Santos, na cidade

de Nossa Senhora do Socorro, tem como

objetivo transformar os participantes em

agentes multiplicadores de informações

sobre as atividades, serviços e projetos

do SESC no estado. A expectativa é reunir

aproximadamente 200 comerciários.

n Orquestra de chorinho (MA)O Projeto Musicar prepara uma

Orquestra de Chorinho formada por

crianças e adolescentes de 11 a 16

anos, na Associação de Moradores

do Maiobão, comunidade carente da

grande São Luís.

n Maratona em Foz do Iguaçu (Pr)

Estão abertas as inscrições para

a Maratona Internacional de Foz do

Iguaçu. A antiga Maratona das Águas,

promovida pelo DR/PR, mudou de

nome em 2009, após unir-se à Asso-

ciação Internacional de Maratonas e

Corridas a Longa Distância (AIMS). A

prova acontece no dia 27 de setembro e

espera atrair cerca de 800 participantes.

n Mais e mais sorrisos (rS)

O DR/RS espalha sorrisos com o Pro-

grama Sorrindo para o Futuro. Depois de

atender mais de 192 mil crianças e rece-

ber o Prêmio Top Cidadania, em 2008, o

maior programa privado de promoção

da saúde escolar no estado espera aten-

der 210 mil crianças este ano. Para isso,

desenvolveu novas cartilhas educativas

que serão distribuídas junto a kits de es-

covação às 282 prefeituras participantes

no estado.

O sociólogo e filósofo francês Edgar

Morin proferiu uma palestra, dia 6 de

julho, no teatro da Escola SESC de Ensino

Médio, onde apresentou para professores,

alunos e convidados como: o Presidente

do Conselho Nacional do SESC, Antonio

Oliveira Santos, a Secretária do Ministério

da Educação, Maria do Pilar, entre outros, a

sua teoria do Pensamento Complexo, por

meio da qual propõe a interligação dos

conhecimentos, valoriza o complexo e com-

bate o reducionismo.

Ele defendeu a necessidade dessa in-

terligação entre os diversos saberes por

meio do engajamento do profissional de

educação: “O ensino deve incluir temas

globais e para isso é preciso a interdisci-

plinaridade. Um professor de história, por

exemplo, pode ampliar sua visão ao se

conectar com geografia, sociologia, eco-

nomia e outras disciplinas.”

Esta foi a segunda vez que Morin minis-

tra palestra na Escola, que conheceu antes

da inauguração no Rio de Janeiro, no final

de 2007. Entusiasta do trabalho realizado,

disse que a experiência da instituição pode

ser um passo importante para a reforma

educacional.

n No rastro das boas ações (Pr)

n Morin dá palestra na escola SeSc de ensino Médio (DN)

Morin: “A experiência do SESC pode ser um passo importante para a reforma educacional no Brasil”

n Juntos para não esquecer (Sc)

Seguindo a máxima que diz: “Exercitar

a memória desde cedo é o melhor remé-

dio para mantê-la em forma”, o DR/SC criou

a Oficina da Memória, com o objetivo de

ajudar os participantes a manter a mente

sempre ativa e evitar aqueles inconve-

nientes esquecimentos que atrapalham

qualquer um no dia a dia. A oficina surgiu a

partir de um estudo feito pela área técnica

do Regional em parceria com pesquisado-

res e especialistas da Universidade Federal

de Santa Catarina (UFSC). Sob a supervi-

são da psicóloga Luciane Lemos da Silva,

os encontros acontecem na unidade SESC

Estreito até outubro e são abertos ao pú-

blico adulto, independente da idade.

n SeSc Praia tem novo centro de convenções (PI)O Complexo de Turismo e Lazer do SESC Praia, na praia do Barro Preto, em Luís

Correia, Piauí, inaugurou no dia 24 de julho um moderno centro de convenções com

capacidade para abrigar eventos nacionais e internacionais. O novo espaço tem um au-

ditório para 300 pessoas e salas de conferência com até 70 lugares, cada.

A partir de agosto o Mesa Brasil SESC ficará mais transparente no Paraná. O Re-gional criou um sistema de rastreamento das doações, que permite o monitoramen-to das entregas de alimentos às instituições beneficiadas. A responsável pelo projeto no estado, Dayane Bordignon, explica que “cada doador recebe um login e uma senha para ter acesso ao relatório de rastreabilida-de específico de sua doação, disponível no

site do Programa Mesa Brasil. É uma pres-tação de contas online e em tempo real”. O sistema foi desenvolvido em parceria com o DN, tomando como referência a exper-tise de empresas de logística. A demanda partiu da própria Direção do Regional, para aumentar a confiabilidade e segurança do programa que recebeu em 2009, até junho, 745 mil quilos de alimentos de 166 empre-sas doadoras no estado.

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SESC BRASIL n AGOSTO 20094

MATÉrIA De cAPA

Há dez anos, o SESC LER rece-

bia seus primeiros alunos,

entre eles Marcolina Rosa

da Cunha, atualmente

com 69 anos e estudante

do Centro Educacional Presidente Médici

(RO). Da primeira aula, saiu chorando feito

criança, achando que nunca conseguiria

aprender a ler e escrever. Por morar longe,

Marcolina faltava muito, mas não desistiu.

Feliz com a transformação que aconte-

ceu na sua vida, comenta: “Antes só me

relacionava com os meus filhos e os ani-

mais domésticos, era ‘chucra’, não sabia

conversar com as pessoas. Hoje tenho

três famílias: meus filhos, o Grupo Jovem

Guarda (de idosos) e a Família SESC LER,

onde aprendi sobre meus direitos e deve-

res na sociedade em que vivo, a respeitar

as pessoas e exigir que me respeitem.”

semestre de 2008, a taxa de analfabetismo

prossegue em trajetória de queda no Brasil.

Em 2007, havia 14,1 milhões de analfabetos

com 15 anos ou mais de idade, o que dava

uma taxa de 10% da população. Em 2006,

essa taxa era de 10,4% e, em 1992, chega-

va a 17,2%. O SESC LER tem auxiliado nesse

processo quantitativa e qualitativamente.

Extensão da casaEduardo Rodrigues da Silva nasceu

em 1944. Era analfabeto, recém-separado

da família e levava a vida sem nenhuma

perspectiva. No SESC LER viu uma oportu-

nidade de mudança. Começou a estudar

no Centro Educacional em Vilhena (RO),

em 2001, na classe de alfabetização. Em

2006, concluiu o 1º Ciclo do Ensino Funda-

mental. Foi lá que ele se tornou um poeta e

radialista, sempre que pode divulga todos

os projetos e eventos promovidos pelo

SESC e aconselha aos seus ouvintes a es-

tudarem, exatamente como ele fez: “Ainda

não encontrei uma escola que me ensine

com tanto carinho e atenção como o SESC

LER, minha segunda família.”

Planejado para ir além da simples pres-

tação de serviços na área da Educação de

Jovens e Adultos, o projeto tem como meta

levar o desenvolvimento para regiões ca-

rentes do país, utilizando todo o potencial

da instituição em suas áreas de atuação:

educação, saúde, cultura e lazer.

Um dos seus princípios é o estabele-

cimento de parcerias com os governos

municipais. São eles que doam o terreno e se

comprometem a desenvolver as localidades

nas quais os Centros se inserem, por meio da

pavimentação de ruas, saneamento básico,

iluminação pública e, muitas vezes, até a ins-

talação de habitações populares. Em Tijucas,

na Grande Florianópolis, o Centro Educacio-

nal foi implantado numa região de lixão.

Ana Maria Teixeira Lima de Olivei-

ra, Orientadora Pedagógica, e Edson

Quaresma de Almeida, Encarregado Ad-

ministrativo, ambos há 10 anos no Centro

Educacional de Senador Guiomard, in-

formam que são, em parte, as atividades

desenvolvidas e programas implementa-

dos que contribuem para a permanência

da clientela e sua continuidade nos estu-

dos. Eles citam como exemplos: o programa

Ver para Aprender, que oferece atendi-

mento oftalmológico, desde a consulta à

aquisição de óculos e, quando necessário,

procedimento cirúrgico; eventos culturais,

SESC LER Xapuri (AC), um dos oito Centros Educacionais inaugurados em 1999

Projeto vai além dos bancos escolaresCentros Educacionais SESC LER influem positivamente na vida das pessoas.

Experiências como a de Marcolina se

repetem em cada um dos 65 Centros Edu-

cacionais, localizados em 18 estados do país.

Os primeiros foram inaugurados em 1999,

três no estado do Acre, nas cidades de Se-

nador Guiomard, Plácido de Castro e Xapuri,

e cinco em Rondônia: Ariquemes, Ji-Paraná,

Nova Mamoré, Vilhena e Presidente Médici.

Criado para atender à região ama-

zônica na área de Educação de Jovens e

Adultos (EJA), rapidamente se estendeu

ao Nordeste e chegou ao Sul do Brasil,

pelo estado de Santa Catarina. Primeiro no

município de Caçador (2002), depois Ca-

noinhas (2007) e, por último, Tijucas (2009).

De acordo com os dados da última Pes-

quisa Nacional por Amostra de Domicílios

(Pnad) do IBGE, divulgados no segundo Eduardo (esq.) já acabou seus estudos, mas conti-nua frequentando as atividades do SESC LER

Marcolina considera o SESC LER como uma de suas famílias

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SESC BRASIL n AGOSTO 2009 5

como feiras de livros e shows com artistas

regionais; cursos profissionalizantes para

a melhoria da renda, como o de eletricis-

ta e instalador hidráulico; atendimento

odontológico, por meio do OdontoSESC,

também aberto à comunidade local.

As variadas atividades oferecidas tornam

possível realizações como a publicação dos

livros Mais que palavras (2006 e 2007), uma

seleção de textos em prosa e em verso pro-

duzidos pelos alunos do SESC LER Gurupi

(TO); ou a quarta edição,

em 2008, do Recital de

Poesias SESC LER Po-

xoréu (MT), por meio

do qual os estudan-

tes sobem ao palco e

recitam poesias de

escritores da cidade.

Com objetivo de

levar uma progra-

mação sistemática

de cinema para as

cidades contempladas pelo pro-

jeto, o Departamento Nacional assinou um

convênio com o Ministério da Cultura (MinC)

visando à implementação do circuito de

exibição digital de filmes nacionais. Com o

convênio, o MinC fornece equipamentos

de projeção para os Centros Educacionais

e, em contrapartida, o SESC adquire paco-

tes de filmes da Programadora Brasil. Ao

todo, 30 Centros Educacionais serão bene-

ficiados, sendo que 15 já receberam seus

equipamentos.

Na maioria das vezes, o Centro

Educacional é o único espaço social,

esportivo e de lazer na comunidade e

é mantido sempre de portas abertas. Lá

muitos comemoram

seus aniversários, 15

anos de filhas e até

casamentos.

Em vários Centros,

desde 2000, é desen-

volvido também o

Projeto Habilidades de

Estudo, direcionado às

crianças do 1º Ciclo do

Ensino Fundamental,

que ocupam os ho-

rários matutinos e

vespertinos, menos utilizados pelos

estudantes da EJA, em função do tra-

balho e afazeres domésticos.

As crianças frequentam o Habi-

lidade de Estudo no horário inverso

ao da escola, realizam as tarefas es-

colares e participam de atividades

pedagógicas, que objetivam à auto-

nomia intelectual e à ampliação do seu

universo sociocultural.

Mercado de trabalhoJoão de Deus Santos Martins, 40 anos,

e Wilson Souza da Costa, 31 anos, com-

provam que o SESC LER pode mudar para

melhor a vida das pessoas. Os dois estuda-

ram em Senador Guiomard (AC), entraram

no ano seguinte ao da inauguração, se

formaram e conseguiram conquistar me-

lhores empregos.

”Agradeço ao SESC o trabalho que tenho.

Antes fazia entregas em domicílio para uma

panificadora. Com bons professores, com-

pletei o Ensino Fundamental e fiz um curso

de eletricista no próprio Centro. Atualmente,

trabalho na área e consegui montar o meu

próprio negócio”, diz João de Deus.

Graças aos conhe-

cimentos adquiridos,

Wilson saiu de uma

fazenda e foi trabalhar

na construção civil: “Por

meio do SESC LER con-

segui arrumar o meu

primeiro emprego de

carteira assinada. Foi

lá também que tive

acesso a cursos profis-

sionalizantes como o

de eletricista, instala-

dor hidráulico e computação básica.”

Para manter em alta a eficiência a

equipe de docentes do SESC LER recebe

uma educação continuada, por meio de

cursos presenciais e a distância, além

de periódicos encontros como a quarta

edição da Semana Pedagógica do SESC

LER em Nova Mamoré (RO), onde foram

debatidos temas ligados à EJA.

A fim de dimensionar os resultados

que estão sendo obtidos, o projeto foi sub-

metido a uma avaliação que utilizou como

fontes de informações quatro diferentes

públicos: estudantes do último ciclo, egres-

sos que terminaram o curso, membros da

equipe (servidores) e representantes dos

diversos segmentos que interagem com

os Centros (veja box).

O SESC LER não para de crescer. Aos

atuais 65 Centros, vão se juntar mais três.

Um será inaugurado em outubro de 2009,

em Arapiraca (AL), e os outros dois estão

em construção, em Goiana (PE) e Samam-

baia (DF), com previsão de inauguração

para 2010. Este ano participam do projeto

cerca de 15 mil alunos.

Projeto vai além dos bancos escolares

Um dos casamentos realizado no SESC LER em Presidente Médici (RO)

Durante todo o ano de 2008, o Projeto SESC LER passou por

uma avaliação feita por técnicos da ONG Ação Educativa, es-

pecializada em análise de programas educacionais. Com base

numa amostra de oito Centros das regiões Norte, Nordeste e

Centro-Oeste, foi possível confirmar estatisticamente que o

projeto atinge seu público-alvo: 83,3% têm mais de 30 anos e

61,6% possuem renda bruta de até um salário mínimo.

Para Claudia Lemos Vóvio, coordenadora da avaliação, as

características do programa SESC LER são muito diferenciadas

dos demais programas de EJA existentes no país: “Ele é específi-

co, desde a infraestrutura, a criação dos Centros, passando pelo

modo flexível como organiza seu funcionamento, até o caráter

inovador de suas práticas educacionais que articulam interdis-

ciplinaridade no tratamento de temas e ações educativas e a

participação de todos os segmentos envolvidos e da comunida-

de.” O que mais chamou a atenção de Claudia foi o fato de um

projeto educativo causar impactos positivos de variadas ordens

nos municípios onde se encontra.

Avaliação positiva

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SESC BRASIL n AGOSTO 20096

PreMIADOLeITOr

VeNceDOr DA eNQUeTe

Dicas ONDE IR

Casa Família Franzen – Construída em

madeira, entre 1913 e 1915, há mais de duas

décadas foi tombada pelo Patrimônio His-

tórico e transformada em museu.

A construção tem uma característi-

ca singular: as paredes do primeiro piso

são apenas encaixadas, sem utilização de

nenhum prego.

Lago Negro - As águas profundas, e de

um verde-escuro carregado, refletem a cor

dos pinheiros trazidos da Floresta Negra

da Alemanha. O lago é contornado por jar-

dins de azaleias e hortênsias. Outra atração

é o passeio de pedalinho.

Cascata do Caracol – A cascata fica em

Canela, a 6 quilômetros de Gramado. No local

é comum a prática de tirolesa ou o passeio

de teleférico para os menos aventureiros.

Paraíso de chocólatras – As fábricas

Prawer e a Caracol foram as duas indica-

das por Odirlei e Eunice, entre as muitas da

cidade. Durante a visita às lojas, os aprecia-

dores da iguaria conhecem a história do

cacau, acompanham parte do processo ar-

tesanal da produção e têm direito a provas

de diferentes tipos de chocolates.

Dois leitores contemplados

com viagens a Gramado

(RS), entre 2006 e 2008,

descrevem os encantos

do destino e dão dicas de

pontos turísticos da cidade, localizada no

alto da Serra Gaúcha. Gramado, segundo

eles, oferece surpresas que vão além das

hortênsias espalhadas em jardineiras nas

ruas e do estilo arquitetônico europeu de

suas casas.

O Analista de Produção do SESC Catan-

duva (SP), Odirlei Antonio Moretto e a gaúcha

Eunice Souza Barcelos da Silva, professora

de Geografia e Sociologia da Educação de

Jovens e Adultos (EJA) do SESC Palmas (TO),

tinham motivos diferentes e especiais para

vibrar com a premiação. Ele fazia planos para

conhecer o Sul do país com a

mulher. Para ela, nascida em

São Jerônimo, município que

fica a cerca de três horas de

Gramado, a viagem represen-

tava uma volta às origens.

“Fiquei emocionada quan-

do descobri que havia sido

sorteada. Na época, fazia dez

anos que eu não ia ao Sul,

onde vivi até os 46 anos. Ima-

ginem uma gaúcha, gremista,

de repente ter a oportunida-

de de voltar a respirar o cheiro

Chocolates artesanais, vinhos gaúchos e passeios na serra são atrativos do destino.

Sabores de GramadoSabores de Gramado

das rosas, do churrasco. Voltar a degustar o

saboroso vinho da Serra Gaúcha e ouvir o

sotaque dos pampas. Curtir aquele frio tão

familiar e tomar um bom chimarrão diante

de uma lareira, acompanhada pelo marido.

Só tenho a agradecer ao SESC pela realiza-

ção deste sonho”, afirma Eunice.

Odirlei destaca o atendimento, a culiná-

ria do Sul e as acomodações do hotel.

“Eu e Márcia, minha mulher, gostamos

de tudo. A caminho, tivemos a oportu-

nidade de experimentar o churrasco

gaúcho, em Porto Alegre. Na chegada ao

hotel, já em Gramado, fomos muito bem

recebidos e curtimos o luxo das acomo-

dações. Relaxamos à noite na piscina

aquecida, fizemos sauna e dormimos um

sono muito gostoso”, afirma.

A Auxiliar de Serviços Gerais da unidade SESC Arcoverde (PE), Ana Katya Alves Campelo, foi premiada com uma viagem ao Centro de Turismo e Lazer SESC Guaranhuns, região serra-na de Pernambuco. Ela teve seu cartão-resposta sorteado em meio a 762 cupons. Os 542 leitores que acertaram a pergunta da enquete responderam que Goiás passou a ter um Departa-mento Regional em 1948.

Odirlei ao lado de sua esposa e Eunice, nas fábricas de chocolate.

Fachada do Hotel SESC GramadoEunice em meio às flores Odirlei na Cascata do Caracol

Odirlei na Casa Família Franzen, visita imperdível

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SESC BRASIL n AGOSTO 2009 7

Com o apoio dos pro-

fissionais das áreas de

Comunicação Social

dos Regionais, incan-

sáveis na busca de

informações exatas, uma viagem

por todo o Brasil e pelo tempo está

sendo orquestrada a várias mãos.

Tem gente ansiosa esperando

a vez do seu Regional. É o caso da

jornalista Keila Alves, Técnico Es-

pecializado em Comunicação do

DR/RO, que apesar do fascículo

de Rondônia ser o de número 22,

procurou conhecer com bastante

antecedência a estrutura do texto

a ser publicado em cada uma das

suas páginas:

“Quero levantar todas as in-

formações solicitadas com muita

tranquilidade e precisão. Acho a

produção da Enciclopédia SESC uma

ideia maravilhosa, gosto do que faço

e tenho muito carinho por esta insti-

tuição. Estou apenas há três anos na

Assessoria de Comunicação, mas foi

na Escola SESC, em Porto Velho, que

comecei os meus estudos.”

As páginas de cada fascículo

descrevem a história dos Regio-

nais – entremeada por dois a três

depoimentos de pessoas ligadas à

instituição –, apresentam sua linha

do tempo, uma mensagem do diri-

gente local e entrevista com uma

personalidade do estado que co-

nhece a atuação do SESC.

De acordo com Ivson Vivas Ma-

galhães, Analista de Divulgação e

Promoção Institucional do DR/BA

– fascículo número 5 –, não foi fácil

enfrentar o mundo dos arquivos à

procura dos fatos e fotos que fize-

ram a história do SESC Bahia:

“O trabalho de pesquisa foi

feito em equipe. Com o compro-

metimento de todos, foi possível

a construção de um cronograma

histórico do Regional. O sucesso

da Enciclopédia SESC se percebe

desde o primeiro encarte, sobre

o Acre, com projeto gráfico ex-

celente e qualidade do material

pesquisado. É um recurso para

gerações futuras de servidores e

interessados sobre o trabalho sin-

gular de nossa instituição.”

A próxima história a circular

será a do Departamento Regional

em Minas Gerais. Para completar

a coleção faltam 16 fascículos,

sendo 15 de Regionais e um do

Departamento Nacional, no qual

serão incluídas as histórias do

SESC Pantanal e da Escola SESC

de Ensino Médio.

enciclopédia SeSc: memória documentadaDirigentes, servidores e colaboradores falam sobre a importância para a instituição do resgate em fascículos de sua memória, por intermédio das realizações dos seus Departamentos Regionais.

“A Enciclopédia SESC foi uma excelente iniciativa do

Departamento Nacional. Por meio dela, é possível conhecer

as especificidades de cada Regional num país tão diverso.”

– Wilton Malta, Presidente do Sistema Fecomércio/SESC/

Senac – DR/AL

“Considero a edição do fascículo do DR/AP um aconteci-

mento da mais alta relevância para a instituição, pois mostrou a

trajetória construída com esforço e vontade de escrever muitas

outras páginas respingadas de alegria e beleza na história do

Amapá.” – Regina Valente, Diretora de Programas Sociais – DR/AP

“Na sociedade da informação, um dos desafios dos pro-

fissionais que trabalham com a memória é exatamente

preservar os fatos, acontecimentos e experiências vivenciados

no âmbito social, histórico e cultural. A Enciclopédia, organiza-

da pelo SESC, cumpre esse papel relevante.” – Tenório Telles,

escritor amazonense

“Em quatro páginas os fascículos da Enciclopédia SESC

mostram os anos de vida de cada Regional, em prol dos comer-

ciários e seus dependentes. ” – Mary-Nise Faria, Coordenadora

da Assessoria de Planejamento – DR/GO

“Sou um colecionador contumaz e adoro poder colecionar

a Enciclopédia SESC que, por meio de uma série de informa-

ções e entrevistas, me possibilita conhecer melhor o SESC e sua

história em cada Regional.” – Marco Aurélio Castro Rodrigues,

Técnico de Cultura do SESC Tubarão – DR/SC

“Além de uma ideia profícua e inovadora, a Enciclopédia

SESC é uma oportunidade de aprender um pouco mais sobre

o surgimento, acontecimentos marcantes e a importância das

ações da instituição em cada estado.” – Marcos Amorim da

Silva, Diretor Regional – DR/MT

Os 12 fascículos já distribuidos

Page 8: SeScbrASIL - sesc.com.br · Menezes; Dona Flor e Seus Dois Maridos, com Marcelo Faria, Duda Ribeiro e Fernanda Paes Leme. Também se ... O novo espaço tem um au-ditório para 300

SESC BRASIL n AGOSTO 20098

eNTreVISTA

Jornal SESC Brasil – Qual é a missão

da Unesco no Brasil?

Timothy Ireland – Em termos globais

a Unesco está empenhada em contribuir

ativamente para alcançar, em 2015, os Ob-

jetivos de Desenvolvimento do Milênio das

Nações Unidas, em especial os que têm por

meta a universalização do ensino primário,

a eliminação da disparidade de gênero na

educação básica, o combate ao HIV/AIDS,

malária e outras doenças e a busca da susten-

tabilidade ambiental. No campo especifico

da EJA, em consonância com as metas da EPT

(Educação para Todos), a Unesco se propõe

a cooperar na busca de meios para reduzir o

analfabetismo entre adultos em 50% e am-

pliar as oportunidades de aprendizagem dos

jovens e adultos.

JSB – Qual a importância dos progra-

mas de alfabetização de jovens e adultos

no país?

TI – Em primeiro lugar, friso a impor-

tância de programas de alfabetização

como instrumentos para garantir o direito

à educação de milhões de jovens e adultos

brasileiros. Entendemos a alfabetização

como parte de um processo que estabele-

ce o alicerce de todos os futuros processos

de aprendizagem e educação. Ao mesmo

tempo a alfabetização também é necessá-

ria para garantir o acesso a outros direitos:

os da saúde, da informação, do trabalho

decente etc.

JSB – O Programa SESC LER é chan-

celado pela Unesco, qual é o significado

desta chancela?

TI – A chancela da Unesco representa o reco-

nhecimento pela organização da qualidade dos

programas de alfabetização e educação básica

ofertados pelo Projeto SESC LER. Tal qualidade

é constatada em várias dimensões essenciais: a

visão da educação como um processo integra-

do à comunidade, a importância de instalações

adequadas para o processo educativo com

acesso a bibliotecas e espaços para o estudo, a

necessidade de permitir acesso a outros progra-

mas (saúde, esporte, lazer), a preocupação com

a formação dos educadores e com o material

didático utilizado nos processos educativos e o

reconhecimento da importância de processos

de avaliação tanto de aprendizagem quanto de

eficácia dos programas ofertados.

JSB – Que atributos do SESC LER o

senhor destaca como os mais importantes?

TI – Aos atributos já mencionados, acres-

centaria mais dois elementos importantes.

Primeiro, a dignidade com que o programa

trata os alunos e a sua visão de alfabetiza-

ção como parte de um processo maior. O

reconhecimento de que programas de curta

duração sem continuidade não resolvem o

desafio do analfabetismo ao mesmo tempo

em que não representam uma garantia

do direito à educação. Todos os brasileiros

possuem o direito a concluir, pelo menos, a

educação fundamental.

JSB – O que o senhor espera da Con-

fintea, a ser realizada pela primeira vez na

América Latina?

TI – Existe certo consenso sobre a neces-

sidade de avançar da retórica para a ação.

Desde a V Confintea realizada em Hambur-

go em 1997, claramente houve avanços – no

Brasil podemos citar como exemplos a cria-

ção do movimento dos fóruns estaduais de

EJA (pela sociedade civil) e a inclusão da EJA

no Fundeb (pelo governo federal) – mas em

termos gerais a expectativa que se criou em

Hamburgo não foi atendida. Os avanços foram

muito tímidos frente ao tamanho do desafio.

Lembraria que numa estimativa conservadora

ainda são 774 milhões de homens e mulheres

ao redor do mundo que não sabem ler e es-

crever dos quais dois terços mulheres. A crise

financeira atual tem mostrado que o obstáculo

não são recursos financeiros – os países indus-

trializados têm investido bilhões de dólares

para não permitir que certos bancos venham

a falir – o obstáculo maior continua sendo a

falta de vontade política. Assim, se espera que

a Conferência adiada para dezembro consiga

propor estratégias que incentivem a passa-

gem da retórica para a ação.

JSB – Daqui para frente: qual o melhor

caminho para evolução da EJA?

TI – Parece-me necessário fortalecer o

entendimento da EJA como uma parte im-

portante do processo de aprendizagem ao

longo da vida. Existem muitos espaços de

aprendizagem além da escola e instituições

de ensino, sem diminuir a importância desses

espaços formais de educação. Assim, acredi-

to que seja necessário reconhecer, explorar

e desenvolver as interfaces que a EJA tem

com diversas dimensões da vida – o mundo

do trabalho, o meio ambiente, a saúde, a ci-

dadania, o desenvolvimento sustentável, a

agricultura, a cultura e a paz mundial. A EJA

como parte do processo de aprendizagem

ao longo da vida pode nos ajudar a aprofun-

dar a nossa capacidade de aprender a ser, a

fazer, a conhecer e a conviver com os outros.

Num mundo repleto de conflitos e tensões,

os valores da fraternidade e da solidarieda-

de são valores fundamentais que exigem

uma base de entendimento comum que so-

mente processos de aprendizagem coletivos

podem construir.

eJA – garantia de acesso a cidadania

O mestre e doutor Timothy Ireland, especialista em edu-cação da representação no Brasil da Unesco (Organiza-ção das Nações Unidas para

a Educação, a Ciência e a Cultura), assumirá a coordenação da sexta edição da Conferên-cia Internacional de Educação de Adultos (Confintea), que ocorre a cada 12 anos. Pro-gramada para acontecer em Belém do Pará entre os dias 19 e 22 de maio, foi transferida por causa da influenza A (H1N1) para 1 a 4 de dezembro. Esta é a primeira vez que a Confintea será realizada na América Latina. Em entrevista, o ex-diretor do Departamen-to de Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Ministério da Educação (2004 a 2007), fala sobre a Unesco, a EJA e o SESC LER.