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I ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS PARA CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE SILVA JARDIM- RJ PRODUTO 9.2 VERSÃO PRELIMINAR

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I

ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS PARA

CONSECUÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO

BÁSICO DE SILVA JARDIM- RJ

PRODUTO 9.2

VERSÃO PRELIMINAR

ii

PLANO DE GESTÃO INTEGRADA

DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO MUNICÍPIO DE

SILVA JARDIM – RJ

PRODUTO 9.2

VERSÃO PRELIMINAR

SETEMBRO/2.013

iii

CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDEDOR

GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Sérgio Cabral Filho Governador Luís Fernando Pezão Vice-Governador SECRETARIA DE ESTADO DO AMBIENTE (SEA) Carlos Minc Secretário Luiz Firmino Martins Pereira Subsecretário Executivo INSTITUTO ESTADUAL DO AMBIENTE (INEA) Marilene Ramos Presidente Denise Marçal Rambaldi Vice-Presidente DIRETORIA DE GESTÃO DAS ÁGUAS E DO TERRITÓRIO (DIGAT) Rosa Maria Formiga Johnsson Diretora DIRETORIA DE INFORMAÇÃO E MONITORAMENTO AMBIENTAL (DIMAM) Carlos Alberto Fonteles de Souza Diretor DIRETORIA DE BIODIVERSIDADE E ÁREAS PROTEGIDAS (DIBAP) André Ilha Diretor DIRETORIA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL (DILAM) Ana Cristina Henney Diretora DIRETORIA DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL (DIRAM) Luiz Manoel de Figueiredo Jordão Diretor

iv

DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS (DIAFI) José Marcos Soares Reis Diretor SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL LAGOS - SÃO JOÃO (SUPLAJ) Túlio Vagner dos Santos Vicente Superintendente

GERENCIADOR DO CONTRATO

Rosa Maria Formiga Johnsson Diretora de Gestão das Águas e do Território / INEA Victor Zveibil Superintendente de Políticas de Saneamento / SEA Lorena Costa Procópio Engenheira Sanitarista Cláudia Nakamura Engenheira Ambiental

v

EXECUTOR DOS TRABALHOS DE CONSULTORIA

SERENCO SERVIÇOS DE ENGENHARIA CONSULTIVA Ltda CNPJ: 75.091.074/0001-80 - CREA (PR): 5571

Av. Sete de Setembro, n.º 3.566, Centro CEP 80.250-210 - Curitiba (PR)

Tel.: (41) 3233-9519 Website: www.serenco.com.br ● E-mail: [email protected]

Nicolau Leopoldo Obladen

Engenheiro Civil e Sanitarista

Jefferson Renato Teixeira Ribeiro

Engenheiro Civil

Paulo Roberto Wielewski

Engenheiro Civil

Djesser Zechner Sergio

Engenheiro Sanitarista e Ambiental

Caroline Surian Ribeiro

Engenheira Civil

Bruno Passos de Abreu

Tecnólogo em Construção Civil

Marcos Moisés Weigert

Engenheiro Civil

Gustavo José Sartori Passos

Engenheiro Civil

Tássio Barbosa da Silva

Engenheiro Civil

Kelly Ronsani de Barros

Engenheira de Alimentos

Luiz Guilherme Grein Vieira

Engenheiro Ambiental

Mariana Schaedler

Engenheira Ambiental

Nilva Alves Ribeiro

Economista

Tiago José Alexandre

Advogado

Mauro Brustolin Iplinski

Publicitário

Dante Mohamed Correa

Publicitário

Bruno Lissa Tiepolo

Publicitário

Cláudio Luiz Geromel Barreto

Engenheiro Químico

Quésia Oliveira

Geógrafa

vi

EQUIPE TÉCNICA DE ACOMPANHAMENTO LOCAL DOS TRABALHOS

PREFEITURA MUNICIPAL DE SILVA JARDIM Praça Amaral Peixoto, n.º 46 - Centro - CEP: 28.820-000 - Silva Jardim (RJ)

Tel.: (22) 2668-1118 Gestão 2.013 / 2.016

Anderson Alexandre

Prefeito Municipal

Paulo Fernandes Acerd Espindola

Secretário de Meio Ambiente

Leandro Weber

Advogado

Djair Ferreira R. Jr

Procurador

Sidnei de Melo

Defesa Civil

Elaine da Silva Lima

Secretaria de Planejamento

Murilo Diniz Moreira

Subsecretário da Fazenda

Carlos Henrique Vieira Mendonça

Assessor da Secretaria de Obras

Denis Marcelo David Pessanha

Secretaria de Ordem Pública

Gestão 2.009 / 2.012

Marcello Cabreira Xavier

Prefeito Municipal

Paulo Eduardo Santiago

Secretaria de Governo / Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento

Econômico

Ezequiel Moraes dos Santos

Secretaria de Meio Ambiente

Isabelle Braga Ribeiro Cruz

Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Econômico

Roberta da Silva Fernandes

Secretaria Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia

Fernando Soares de Oliveira

Secretaria de Obras e Serviços Públicos

vii

APRESENTAÇÃO

Em janeiro de 2.007, o Governo Federal aprovou um diploma legal o qual

instituiu em nosso País, a Universalização do Saneamento Básico, Lei Nº 11.445,

2.007, compromisso de todos os brasileiros em vencer importantes desafios. Esses

desafios requerem dos governos federal, estaduais e municipais, dos prestadores de

serviços públicos e privados, da indústria de materiais, dos agentes financeiros e da

população em geral, através de canais de participação, um grande esforço

concentrado na gestão, no planejamento, na prestação de serviços, na fiscalização,

no controle social e na regulação dos serviços de saneamento ofertados a todos. Os

desafios propostos devem consolidar as agendas nacional, estaduais e municipais

de investimentos direcionados pelo Programa de Aceleração do Crescimento – PAC,

cujo foco principal é a promoção da saúde e a qualidade de vida da população

brasileira.

Entende-se como saneamento básico o conjunto de serviços, infraestruturas e

instalações operacionais de:

a) Abastecimento de água potável;

b) Esgotamento sanitário;

c) Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de

atividades, infraestruturas, e instalações operacionais de coleta,

transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico

e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias

públicas, e,

d) Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.

O pacto pelo Saneamento Básico, firmado em 2008, foi o passo inicial do

processo participativo de elaboração do PLANSAB, Plano Nacional de Saneamento

Básico, coordenado pelo Ministério das Cidades e Secretaria Nacional de

Saneamento. Na sequência, é editado o Decreto Nº 7.217, de 21 de junho de 2.010,

o qual regulamenta a Lei Nº 11.445/2.007, elaborando-se o PLANSAB, pela

cooperação entre Universidades Brasileiras, lideradas pela UFMG, entrando em

viii

Consulta Pública no ano de 2.011, editando sua Versão Preliminar também em

2.011.

Paralelamente, o então Presidente da República, aprovou a Lei Nº 12.305, de

02 de agosto de 210 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos e a

regulamenta pelo Decreto Nº 7.404, de 23 de dezembro de 2.010. Tendo por base

esses novos marcos legais, integrados à Política Nacional de Saneamento Básico,

ficam os municípios responsáveis por alcançar a universalização dos serviços de

limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, devendo ser prestados com eficiência

para evitar danos à saúde pública e proteger o meio ambiente, considerando a

capacidade de pagamento dos usuários e a adoção de soluções progressivas,

articuladas, planejadas, reguladas e fiscalizadas, com a participação e o controle

social.

A mesma lei e seu decreto regulamentador impõem novas obrigações e

formas de cooperação entre o poder público-concedente e o setor privado, definindo

a responsabilidade compartilhada, a qual abrange fabricantes, importadores,

distribuidores, comerciantes e consumidores, fazendo com que também o poder

público municipal seja responsável, mas não o único.

Complementa os marcos legais anteriormente referidos a Lei dos Consórcios

Públicos, Nº 11.107/2.005, seu Decreto Regulamentador Nº 6.017/2.007, a Lei

Nacional de Meio Ambiente, Nº 6.938/1.981, a Lei da Política Nacional de Educação

Ambiental Nº9.795/ 1.999 e a Lei da Política Nacional de Recursos Hídricos Nº

9.433/ 1.997.Relativamente aos resíduos sólidos urbanos assume a Coordenação, o

Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano,

sendo editado o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, em sua Versão Preliminar

para Consulta Pública, em setembro de 2.011. A Figura 1, representa a integração

dos marcos legais anteriormente referidos.

ix

Figura 1 - Integração Nacional da Legislação Saneamento Básico/Resíduos Sólidos Urbanos

Fonte: SERENCO, 2.012.

x

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO .................................................................................................................................. vii

LISTA DE FIGURAS .............................................................................................................................. xii

LISTA DE QUADROS ........................................................................................................................... xiii

LISTA DE TABELAS ............................................................................................................................. xiii

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ................................................................................................ xiv

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 1

2. OBJETIVOS ................................................................................................................................ 4

2.1 Objetivo Geral .............................................................................................................................4

2.2 Objetivos Específicos ..................................................................................................................5

3. METODOLOGIA PARTICIPATIVA ........................................................................................... 10

4. CARACTERIZAÇÃO DO MUNÍCIPIO ....................................................................................... 11

5. DIAGNÓSTICO ......................................................................................................................... 11

5.1 Situação dos Resíduos Sólidos................................................................................................ 11

5.2 Caracterização Operacional Municipal .................................................................................... 11

5.3 Dados gerais e Caracterização ................................................................................................ 14

5.4 Acondicionamento .................................................................................................................... 18

5.5 Coleta e Transporte .................................................................................................................. 29

5.6 Tratamento e Disposição final .................................................................................................. 34

5.7 Diagnóstico da situação dos catadores ................................................................................... 47

5.8 Coleta Seletiva para a Reciclagem .......................................................................................... 50

5.9 Coleta Seletiva para a Compostagem/ Vermicompostagem/ Bioenergia ................................ 50

5.10 Educação Ambiental ................................................................................................................ 50

5.11 Sustentabilidade do Sistema .................................................................................................... 51

5.12 Carências e Deficiências (ameaças) ........................................................................................ 56

5.13 Iniciativas Relevantes ............................................................................................................... 57

5.14 Sistema de Informações ........................................................................................................... 57

5.15 Mapa Georreferenciado de Localização das Estruturas Existentes ........................................ 59

6. ESTUDO POPULACIONAL ...................................................................................................... 60

7. PROGNÓSTICO (CENÁRIOS FUTUROS)............................................................................... 60

7.1 Introdução – Contexto Regional ............................................................................................... 60

7.2 Conceituação ........................................................................................................................... 62

7.3 Metodologia Adotada ............................................................................................................... 63

7.4 Técnicas de Construção de Cenários ...................................................................................... 64

xi

7.5 Roteiro de Auxílio na Definição dos Cenários.......................................................................... 65

7.6 Sistematização das Informações – CDP .................................................................................. 65

7.7 Construção dos Cenários ......................................................................................................... 67

7.8 Definição dos Cenários ............................................................................................................ 72

7.9 Programas, Metas e Ações .................................................................................................... 100

7.10 Estudo Econômico-Financeiro para o Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos

Sólidos 119

8. Análise Institucional................................................................................................................. 132

8.1 Situação Atual ........................................................................................................................ 132

8.2 Modelos Institucionais para Prestação dos Serviços de Saneamento Básico ...................... 134

8.3 Análise Institucional Regional ................................................................................................ 137

9. ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA .................................................................................. 139

10. RECOMENDAÇÕES INSTITUCIONAIS ................................................................................. 143

10.1 Racionalização e sistematização dos serviços prestados ..................................................... 144

10.2 Avaliações sistemáticas da efetividade, eficiência e eficácia dos serviços prestados .......... 144

10.3 Instrumentos e mecanismos de divulgação, controle social na gestão dos serviços de

saneamento básico ............................................................................................................................. 145

10.4 Sustentabilidade dos Sistemas .............................................................................................. 146

10.5 Integração Institucional .......................................................................................................... 146

11. ACOMPANHAMENTO DO PLANO ........................................................................................ 146

11.1 Instrumentos de Avaliação e Monitoramento ......................................................................... 146

11.2 Ações de Emergências e Contingências ............................................................................... 148

11.3 Banco de Dados Georreferenciados ...................................................................................... 151

11.4 Divulgação do Plano .............................................................................................................. 151

11.5 Considerações Finais ............................................................................................................. 151

12. HIERARQUIZAÇÃO ................................................................................................................ 157

13. RESULTADOS DA AVALIAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO

BÁSICO DO MUNICÍPIO DE SILVA JARDIM ..................................................................................... 157

14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................ 158

15. ANEXOS ................................................................................................................................. 161

15.1 Indicadores – Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos ............................................................ 161

15.2 Anotação de Responsabilidade Técnica – ART ..................................................................... 166

15.3 Minutas da Legislação Proposta ............................................................................................. 167

xii

LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Integração Nacional da Legislação Saneamento Básico/Resíduos Sólidos Urbanos ........... ix Figura 2 - Lei Nº 12.305/2010 e Decreto Nº 7.404/2.010 ........................................................................4 Figura 3 - Estrutura de apoio estadual e regional para a elaboração do PGIRS de Silva Jardim. ..........7 Figura 4 - Estrutura de apoio municipal para a elaboração do PMGIRS de Silva Jardim .......................8 Figura 5 - Estruturação do Trabalho. .......................................................................................................9 Figura 6 - Fluxograma do Sistema de Limpeza Pública e Manejo de Resíduos Sólidos. .................... 12 Figura 7 - Gráfico da Média mensal de geração de resíduos em Silva Jardim .................................... 15 Figura 8 - Fotos Resíduos Sólidos Domiciliares/Comerciais, Silva Jardim (Sede) .............................. 18 Figura 9 - Fotos Resíduos Sólidos Domiciliares/Comerciais, Silva Jardim (Aldeia Velha)................... 19 Figura 10 - Fotos Resíduos Sólidos Domiciliares/Comerciais, Silva Jardim (Correntezas) ................ 19 Figura 11 - Fotos Resíduos Sólidos Domiciliares/Comerciais, Silva Jardim (Gaviões) ........................ 19 Figura 12 - Varrição Manual, Silva Jardim (Sede) ................................................................................ 21 Figura 13 - Varrição Manual, Silva Jardim (Aldeia Velha) .................................................................... 21 Figura 14 - Acondicionamento de RCC ................................................................................................ 23 Figura 15 - Áreas de Triagem e Transbordo segundo CONAMA 307/2002 ......................................... 25 Figura 16 - Anexo Fotográfico – Pneus. .............................................................................................. 28 Figura 17 - Veículos para coleta de RSU ............................................................................................. 30 Figura 18 - Frequência de coleta .......................................................................................................... 31 Figura 19 - Frequência da varrição ...................................................................................................... 32 Figura 20 - Frequência coleta de galhos e entulhos ............................................................................. 33 Figura 21 - Fluxograma do Aterro Sanitário DOIS ARCOS .................................................................. 35 Figura 22 - Detalhes do Projeto básico do aterro ................................................................................. 36 Figura 23 - Projeto básico do aterro e áreas de expansão ................................................................... 36 Figura 24 - Área de influência direta ..................................................................................................... 37 Figura 25 - Imagem aérea do local do Aterro ....................................................................................... 37 Figura 26 - Anexo Fotográfico – Aterro Sanitário Dois Arcos ............................................................... 38 Figura 27 - Anexo fotográfico – ETE – São Pedro da Aldeia. ............................................................... 39 Figura 28 - Arranjos Regionais para Disposição Final de Resíduos Sólidos Urbanos - Cenário Tendencial 2013. ................................................................................................................................... 40 Figura 29 - Arranjos Regionais para Disposição Final de Resíduos Sólidos Urbanos, Cenário Tendencial – Revisão agosto 2.013 ...................................................................................................... 42 Figura 30 - Anexo Fotográfico Disposição de Resíduos de Serviços de Saúde. ................................. 44 Figura 31 - Anexo Fotográfico Disposição de Resíduos de RCC. ........................................................ 45 Figura 32 - Fotos Lixão do Goiabal Ativo .............................................................................................. 46 Figura 33 - Fotos Lixão do Goiabal Desativado .................................................................................... 46 Figura 34 - Anexo Fotográfico Antigo Lixão Cidade Nova .................................................................... 47 Figura 35 - Fotos Casa do Catador Sr. Antônio .................................................................................... 48 Figura 36 - Fotos da Reciclagem Fernanda .......................................................................................... 49 Figura 37 - Esquema Geral da Metodologia para a Elaboração dos Cenários .................................... 63 Figura 38 - Fluxograma do Sistema de Limpeza Pública e Manejo de Resíduos Sólidos ................... 86 Figura 39 - Alternativas propostas para a coleta seletiva de materiais recicláveis .............................. 89 Figura 40 - Proposta de gestão de resíduos domiciliares/comerciais .................................................. 90 Figura 41 - Fluxograma para o Sistema de Coleta Seletiva de Resíduos Orgânicos para a Compostagem/Vermicompostagem – Alternativas Propostas .............................................................. 91 Figura 42 - Modelo de ECOPONTO...................................................................................................... 92 Figura 43 - Proposta de planta de ECOPONTO ................................................................................... 92 Figura 44 - Modelo de veículo de coleta de resíduos ........................................................................... 97 Figura 45 - Modelo para logística reversa ............................................................................................. 99 Figura 46 - Custos operacionais Manejo de RSU ............................................................................... 126 Figura 47 - Custos Operacionais X Receitas ...................................................................................... 130 Figura 48 - Modelo Institucional do Saneamento Básico de Silva Jardim .......................................... 134 Figura 49 - Modelo Institucional para a Gestão do PMSB .................................................................. 135 Figura 50 – Politica Municipal de Saneamento Básico ....................................................................... 137

xiii

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Definição de responsabilidades .......................................................................................... 94 Quadro 2 - Estrutura Financeira .......................................................................................................... 140 Quadro 3 - Alternativas para evitar paralização do Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos ................................................................................................................................................. 150

LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Composição gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos/2008 – Brasil. ............................. 16 Tabela 2 - Receitas estimadas em 2011 ............................................................................................... 54 Tabela 3 - Receitas estimadas para resíduos em 2011 ....................................................................... 54 Tabela 4 - Despesas com serviços de manejo de resíduos sólidos e limpeza urbana ........................ 55 Tabela 5 - Balanço de Receitas e Despesas ........................................................................................ 55 Tabela 6 - Custo por habitante anual .................................................................................................... 56 Tabela 7 - Condicionantes, Deficiências e Potencialidades ................................................................. 66 Tabela 8 - Ameaças e Oportunidades do atual modelo de gestão ....................................................... 68 Tabela 9 - Modelo Numérico para Ponderação das Ameaças ............................................................. 69 Tabela 10 - Gestão Integrada ............................................................................................................... 71 Tabela 11 - Produção/Redução de Resíduos ....................................................................................... 71 Tabela 12 - Disposição Final ................................................................................................................. 72 Tabela 13 - Educação Ambiental .......................................................................................................... 72 Tabela 14 - Resumo da pontuação por grupo ...................................................................................... 72 Tabela 15 - Alternativas ........................................................................................................................ 73 Tabela 16 - Integração das alternativas ................................................................................................ 73 Tabela 17 - Projeção da geração de resíduos ...................................................................................... 75 Tabela 18 - Composição dos resíduos de Silva Jardim ........................................................................ 76 Tabela 19 - Projeção da geração de resíduos (Cenário Previsível) ..................................................... 77 Tabela 20 - Metas do PLANARES para Região Sudeste ..................................................................... 79 Tabela 21 - Projeção da geração de resíduos (Cenário Normativo) .................................................... 80 Tabela 22 - Investimentos Programa Produção/ Redução de Resíduos ............................................ 119 Tabela 23 - Investimentos Programa Disposição Final....................................................................... 119 Tabela 24 - Investimentos Programa Gestão Integrada de Resíduos ................................................ 120 Tabela 25 - Investimentos Programa Educação Ambiental ................................................................ 121 Tabela 26 - Resumo dos Investimentos .............................................................................................. 121 Tabela 27 - Resumo dos Investimentos por Programa....................................................................... 121 Tabela 28 - Despesas por fonte de recursos para o Programa Produção / Redução de Resíduos .. 122 Tabela 29 - Despesas por fonte de recursos para o Programa Disposição Final .............................. 122 Tabela 30 - Despesas por fonte de recursos para o Programa Gestão Integrada ............................. 122 Tabela 31 - Despesas por fonte de recursos para o Programa Educação Ambiental ........................ 122 Tabela 32 - Resumo de Investimentos por Fonte de Recursos .......................................................... 123 Tabela 33 - Média do IPCA ................................................................................................................. 123 Tabela 34 - Custos operacionais de Limpeza Urbana ........................................................................ 124 Tabela 35 - Custos Operacionais de Manejo de RSU ........................................................................ 125 Tabela 36 - Receitas Manejo de RSU ................................................................................................. 129 Tabela 37 - Investimentos previstos pela CAJ .................................................................................... 140 Tabela 38 - Repasse de recursos financeiros do Governo do Estado através do ICMS Verde (2012) ............................................................................................................................................................. 141 Tabela 39 - Recursos necessários por serviço ................................................................................... 142 Tabela 40 - Capacidade de investimento em 20 anos ........................................................................ 143 Tabela 41 - Comparativo entre capacidade de investimento e recursos necessários ....................... 143

xiv

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ABCON - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CONCESSIONÁRIAS PRIVADAS DE

SERVIÇOS PÚBLICOS DE ÁGUA E ESGOTO

AEMERJ - ASSOCIAÇÃO ESTADUAL DE MUNICÍPIOS DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

AGENERSA – AGÊNCIA REGULADORA DE ENERGIA E SANEAMENTO BÁSICO DO

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

ANAMMA - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE ÓRGÃOS MUNICIPAIS DE MEIO AMBIENTE

ANP – AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS

ATT – ÁREA DE TRANSBORDO E TRIAGEM

CAJ - CONCESSIONÁRIA ÁGUAS DE JUTURNAÍBA

CBHLSJ - COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA LAGOS SÃO JOÃO

CEDAE - COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E ESGOTOS

CEPERJ - FUNDAÇÃO CENTRO ESTADUAL DE ESTATÍSTICAS, PESQUISAS

CESB – COMPANHIAS ESTADUAIS DE SANEAMENTO BÁSICO

CETESB – COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL

CILSJ - CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL PARA GESTÃO AMBIENTAL DAS BACIAS DA

REGIÃO DOS LAGOS, DO RIO SÃO JOÃO E ZONAS COSTEIRAS

CTDR - CENTROS DE TRATAMENTO E DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS

DAE – DEPARTAMENTO DE ÁGUA E ESGOTO

EMATER – INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL

ERJ - ESTADO DO RIO DE JANEIRO

ETA – ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA

ETE – ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO

FUNASA – FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE

GLP – GÁS LIQUEFEITO DO PETRÓLEO

IBAM - INSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL

INEA - INSTITUTO ESTADUAL DO AMBIENTE

IPCA – ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO

LNSB - LEI NACIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO

PAC – PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO

PCMS - PROJETO DE COMUNICAÇÃO E MOBILIZAÇÃO SOCIAL

xv

PEV – PONTO DE ENTREGA VOLUNTÁRIA

PGIRS - PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PGRIND – PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS

PGRS – PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PLANARES – PLANO NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PLANSAB - PLANO NACIONAL DE SANEAMENTO BÁSICO

PMSJ – PREFEITURA MUNICIPAL DE SILVA JARDIM

PMSB - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

PNRS – POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

POA - PLANOS OPERATIVOS ANUAIS

PPA - PLANO PLURIANUAL

PPP – PARCERIAS PÚBLICO PRIVADA

RAS – RELATÓRIO AMBIENTAL SIMPLIFICADO

RCC – RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

RSS – RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

RSU – RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

SAAE - SERVIÇOS AUTÔNOMOS DE ÁGUA E ESGOTO

SAMAE - SERVIÇOS AUTÔNOMOS MUNICIPAIS DE ÁGUA E ESGOTOS

SEA - SECRETARIA DE ESTADO DO AMBIENTE

SINMETRO - SISTEMA NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE

INDUSTRIAL

SISNAMA - SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

SMSB – SECRETARIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

SNVS -SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA

STF - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

SUASA - SISTEMA UNIFICADO DE ATENÇÃO À SANIDADE AGROPECUÁRIA

UFMG – UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

UGPLAN - UNIDADE DE GERENCIAMENTO DO PLANO

UNICEF – FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA

1

1. INTRODUÇÃO

Embora os municípios fluminenses vivenciem atualmente, cenários mais favoráveis

em relação ao aperfeiçoamento das suas estruturas administrativas para a gestão dos

serviços locais, estes ainda apresentam fragilidades significativas do ponto de vista

orçamentário, financeiro e de capacitação técnica.

Tais fragilidades, em muitos casos, resultam da falta de planejamento em

nível municipal, o que traz como consequência a implantação de ações de forma

fragmentada e desarticulada, geralmente pouco duradouras e eficientes. Esse

cenário se aplica ao saneamento básico – visto que são muito poucos os municípios

que contam com estrutura ou órgão da administração direta ou indireta voltado para

esse tema, o que representa, muitas vezes, desperdício de recursos e o não

atendimento das demandas da sociedade, além de corroborar para a manutenção

e/ou elevação dos índices relacionados ao grande passivo socioambiental nesse

campo.

O Governo do Estado do Rio de Janeiro, através da Secretaria de Estado do

Ambiente - SEA, com apoio de associações do terceiro setor, como a Associação

Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (ANAMMA), a Associação

Estadual de Municípios do Estado do Rio de Janeiro (AEMERJ) e os Comitês de

Bacia Hidrográfica, vem coordenando vários programas estruturantes que buscam

introduzir mudanças reais nesse quadro setorial no Estado.

Neste aspecto é importante citar o Programa Pacto pelo Saneamento,

lançado em dezembro de 2008, e instituído como Programa Estadual por meio do

Decreto 42.930, de 18 de Abril de 2011, e que integra os subprogramas: (i) Rio +

Limpo, com uma série de ações que visam ampliar o acesso e a qualidade dos

serviços de esgotamento sanitário; e (ii) Lixão Zero que visa erradicar os lixões do

estado e implantar soluções econômica e ambientalmente sustentáveis para a

gestão dos resíduos sólidos até 2.014 e remediá-los até 2.016.

É muito importante frisar que essa etapa de planejamento do setor de

saneamento nos municípios fluminenses está em plena compatibilidade e franca

afinidade com os Planos de Recursos Hídricos das bacias hidrográficas do Estado

2

do Rio de Janeiro, garantindo as diretrizes de intersetorialidade oriundas do Plano

Nacional de Saneamento Básico - PLANSAB.

Em consonância com a Lei Estadual nº 5234/2008 que prioriza investimentos

em saneamento para recuperação da qualidade ambiental da bacia, o Comitê Lagos

São João aprovou a aplicação de recursos financeiros da cobrança pelo uso da

água na bacia, na elaboração de Planos Municipais de Saneamento. De forma geral,

os municípios beneficiados pelos recursos do Comitê Lagos São João, Cabo Frio,

Arraial do Cabo, Araruama, Saquarema, Silva Jardim, São Pedro da Aldeia,

Armação dos Búzios e Iguaba Grande são servidos por sistemas integrados de

abastecimento de água e esgotamento sanitário, operados pelas concessionárias

Prolagos e Águas de Juturnaíba. Para atender de forma satisfatória a população

residente nos referidos municípios, tanto a infraestrutura de abastecimento de água,

quanto à infraestrutura de coleta e tratamento de esgoto precisam ser ampliadas.

Os serviços de saneamento prestados à população, como manejo de

resíduos sólidos, drenagem urbana, o abastecimento de água potável e a coleta e

tratamento adequado dos esgotos sanitários são de fundamental importância à vida

e ao desenvolvimento humano. Quanto maiores os índices de atendimento desses

serviços básicos à população, menores são os investimentos com saúde,

notadamente, os relacionados com as doenças de veiculação hídrica.

Um aspecto a ser destacado é que a capacidade dos governos estaduais e

municipais em custear os serviços de saneamento é bastante limitada, sendo,

portanto necessária a adoção de modelos de gestão em que os serviços possam ser

sustentados financeiramente por taxas ou por tarifas.

A estruturação tarifária reveste-se de grande importância, uma vez que deve

contemplar no seu equacionamento, tanto os parâmetros ambientais, mas também,

os parâmetros sociais e de saúde pública. Neste sentido, é fundamental conhecer a

capacidade de pagamento dos usuários dos serviços, fato que ressalta a

importância da elaboração e implementação dos Planos Municipais de Saneamento

Básico, com efetiva participação e controle social.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) instituída pela Lei Nº

12.305/2010, e regulamentada pelo Decreto Nº 7.404/2010, após vinte e um anos de

3

discussões no Congresso Nacional marca o início de uma grande articulação com os

entes Federados – União, Estados e Municípios, o setor produtivo e a sociedade

civil, na busca de soluções originadas pelos resíduos sólidos comprometendo a

saúde pública e o meio ambiente das populações brasileiras distribuídas em nosso

território nacional.

4

2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Atender ao disposto na Lei Nº 12.305/2010 e Decreto Nº 7.404/2010,

integrando o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS)

ao Plano Municipal de Saneamento Básico, Lei Nº 11.445/2007 e Decreto Nº

7.217/2010, em elaboração para a Prefeitura Municipal de Silva Jardim.

Figura 2 - Lei Nº 12.305/2010 e Decreto Nº 7.404/2.010

Fonte: SERENCO, 2.012.

5

Os Planos de Saneamento Básico têm como objetivo principal dotar os

municípios de instrumentos e mecanismos que permitam a implantação de ações

articuladas, duradouras e eficientes, que possam garantir a universalização do

acesso aos serviços de saneamento básico com qualidade, equidade e

continuidade, através de metas definidas em um processo participativo. E desta

forma, atender às exigências estabelecidas na Lei Nacional de Saneamento Básico

(LNSB) e na Política Nacional de Resíduos Sólidos, visando beneficiar a população

residente nas áreas urbanas e rurais dos respectivos municípios e contribuindo para

a melhoria da qualidade socioambiental das populações residentes e flutuantes do

Município.

2.2 Objetivos Específicos

Como objetivos específicos, destacam-se:

Formular diagnóstico da situação local, com base em sistemas de indicadores

sanitários, epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos;

Definir os objetivos e metas para a universalização do acesso aos serviços de

Limpeza Pública e Manejo de Resíduos Sólidos, com qualidade, integralidade,

segurança, sustentabilidade (ambiental, social e econômica), regularidade e

continuidade;

Definir critérios para a priorização dos investimentos, em especial para o

atendimento à população de baixa renda;

Fixar metas físicas e financeiras, baseadas no perfil do déficit de serviços de

limpeza pública e manejo de resíduos sólidos e nas características locais;

Definir os programas, projetos, ações e investimentos e sua previsão de inserção

no Plano Plurianual (PPA) e no orçamento municipal;

Definir os instrumentos e canais da participação e controle social, os mecanismos

de monitoramento e avaliação do Plano e as ações para emergências e

contingências;

6

Estabelecer estratégias e ações para promover a saúde ambiental, salubridade

ambiental, a qualidade de vida e a educação ambiental nos aspectos

relacionados aos serviços de limpeza pública e manejo de resíduos sólidos;

Estabelecer diretrizes para a busca de alternativas tecnológicas apropriadas, com

métodos, técnicas e processos simples e de baixo custo, que considerem as

peculiaridades locais e regionais;

Fixar as diretrizes para a elaboração dos estudos e a consolidação e

compatibilização dos planos setoriais específicos, relativos aos componentes da

Limpeza Pública e Manejo de Resíduos Sólidos;

Estabelecer diretrizes e ações em parceria com os setores de gerenciamento dos

recursos hídricos, meio ambiente e habitação, para preservação e recuperação

do ambiente, em particular do ambiente urbano, dos recursos hídricos e do uso e

ocupação do solo.

Garantir o efetivo controle social, com a inserção de mecanismos de

participação popular e de instrumentos institucionalizados para atuação nas áreas

de regulação e fiscalização da prestação de serviços.

As Figuras a seguir representam estruturas de apoio municipal, estadual,

regional e de trabalho, programadas para a elaboração do PMGIRS de Silva Jardim,

Estado do Rio de Janeiro.

7

Figura 3 - Estrutura de apoio estadual e regional para a elaboração do PGIRS de Silva Jardim.

Fonte: SERENCO, 2.012.

8

Figura 4 - Estrutura de apoio municipal para a elaboração do PMGIRS de Silva Jardim

Fonte: SERENCO, 2.012.

9

Figura 5 - Estruturação do Trabalho.

Fonte: SERENCO, 2.012.

10

3. METODOLOGIA PARTICIPATIVA

A empresa SERENCO, Serviços de Engenharia Consultiva de acordo com o

CONTRATO Nº 48/2012/INEA para a elaboração dos Estudos e Projetos para

Consecução do Plano Municipal de Saneamento Básico do Município de Silva

Jardim, obedece a metodologia participativa apoiada nos seguintes elementos:

- Termo de Referência para elaboração dos Trabalhos, parte

integrante do Edital de Tomada de Preços TP Nº 11/2011, do INEA;

- Contrato Nº 48/2012 firmado entre o INEA e a SERENCO, em

24/07/2012;

- Plano de Trabalho e Projeto de Comunicação e Mobilização Social;

- Produtos a serem entregues mediante o acompanhamento técnico

e participação social das populações locais;

- Reuniões com técnicos do INEA, Agência de Bacia do Rio São João

e Consórcio Prolagos;

- Entrevistas e consultas diretas com os responsáveis da área de

resíduos sólidos, complementando-as com visitas em campo;

- Consultas bibliográficas em trabalhos técnicos e científicos,

estudos, relatórios e projetos já elaborados sobre o tema limpeza

urbana e manejo de resíduos sólidos;

- Consultas na internet e outros meios de informações, e,

- Questionário sobre o sistema.

11

4. CARACTERIZAÇÃO DO MUNÍCIPIO

A Caracterização do Município de Silva Jardim foi detalhado no Produto 9.1.

5. DIAGNÓSTICO

5.1 Situação dos Resíduos Sólidos

A Gestão dos resíduos sólidos deve obedecer ao disposto na Lei

N°12.305/2010 e seu Decreto Regulamentador N° 7.404/2010 e ao disposto na

versão pós Audiências e Consulta Pública para Conselhos Nacionais, editada pelo

Ministério do Meio Ambiente em fevereiro de 2012, do Plano Nacional de Resíduos

Sólidos. O entendimento se estende à Lei N° 11.445/2007 e ao seu Decreto

Regulamentador N° 7.217/2010.

O caderno conceitual, Produto 5.1, apresenta de maneira didática e

detalhada, alguns conceitos e elementos básicos para auxílio e apoio do texto a

seguir apresentado.

5.2 Caracterização Operacional Municipal

A gestão da Limpeza Pública e Manejo de Resíduos Sólidos de Silva Jardim

obedece ao modelo apresentado na figura a seguir:

12

Figura 6 - Fluxograma do Sistema de Limpeza Pública e Manejo de Resíduos Sólidos.

Fonte: SERENCO, 2.012.

- Poder Concedente dos Serviços de Saneamento Básico –

Prefeitura Municipal de Silva Jardim.

- Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos, conjunto de

Atividades, infraestrutura e instalações operacionais de coleta,

transporte, transbordo, tratamento e destino final do resíduo

doméstico/comercial e do resíduo originário da varrição e limpeza

de logradouros e vias públicas.

- Secretaria Municipal de Meio Ambiente executa a Política Municipal

de Meio Ambiente, gerencia o contrato com e empresa Alto Verão.

- Secretaria Municipal da Fazenda supre com recursos financeiros,

os diferentes programas, projetos e serviços terceirizados ou

executados diretamente; responsável pela arrecadação de tributos,

entre eles a Taxa de Limpeza Pública.

13

- Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (através do

Departamento de Serviços Públicos) gerencia os diversos contratos

de prestadores de serviços relacionados à gestão da limpeza

pública e o manejo de resíduos sólidos do Município, conforme

segue:

FGC PAVIMENTAÇÃO CONSTRUÇÃO CIVIL

SERVIÇOS TÉCNICOS, com sede em Silva Jardim.

Realiza a coleta e transporte dos resíduos sólidos

domiciliares e comerciais.

KIOTO AMBIENTAL, com sede em Silva Jardim. Realiza

a coleta e transporte dos resíduos de serviço de saúde.

FGC PAVIMENTAÇÃO CONSTRUÇÃO CIVIL

SERVIÇOS TÉCNICOS, sede em Saquarema. Realiza os

serviços de capina, roçagem e varrição de logradouros

públicos, além da coleta e transporte dos resíduos

gerados nesses serviços.

DOIS ARCOS Transporte e Tratamento de Resíduos

Sólidos Ltda, empresa responsável pela construção e

operação do Aterro Sanitário de Dois Arcos, Município de

São Pedro da Aldeia, pela operação da unidade de

inertização (autoclavagem) de Resíduos de Serviços de

Saúde (infectantes e perfuro-cortantes) e pela

remediação do antigo lixão localizado na Estrada do Pau

Ferro, s/ número, Fazenda do Pau Ferro.

AGÊNCIA ALTO VERÃO DE VIAGENS E TURISMO,

empresa responsável pela manutenção de parques e

jardins.

14

5.3 Dados gerais e Caracterização

As Normas Brasileiras da ABNT, N° 10.004 a 10.007, e todos os documentos

complementares, determinam os procedimentos para a Caracterização dos

Resíduos Sólidos gerados nas comunidades, de acordo com as diferentes tipologias

existentes. O município de Silva Jardim não conta com estudo e caracterização dos

resíduos gerados em seu território.

5.3.1 Legislação Básica

O Município conta com a legislação Municipal a seguir relacionada:

Lei Orgânica Municipal de Silva Jardim de 05 de abril de 1990

Lei n° 50 de 20 de outubro de 2006 - Dispõe sobre o Plano Diretor.

Lei Complementar nº 25 de 15 de janeiro de 2002 – Altera dispositivos da Lei

Complementar nº 13, de 25/07/97, aprova o desmembramento da Secretaria de

Agricultura e Meio Ambiente, Cria a Secretaria de Meio Ambiente do Município de

Silva Jardim e dá outras providências.

Lei nº 1.291 de 09 de janeiro de 2004 – Dispõe sobre a criação do Conselho

Municipal de Desenvolvimento Ambiental e dá outras providências.

Lei nº 1.292 de 09 de janeiro de 2004 – Dispõe sobra a criação do Fundo

Municipal de Meio Ambiente e dá outras providências.

Lei nº 1.324 de 02 de maio de 2005 – Altera a redação do art. 4, incisos VII e VIII, da

Lei nº 1.291 de de 09 de janeiro de 2004, que dispõe sobre a criação do Conselho

Municipal de Desenvolvimento Ambiental do Município de Silva Jardim – CODEMA.

Lei Complementar nº 43 de 09 de fevereiro de 2006 – Cria na estrutura da

Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA), a divisão de parques e jardins,

cria cargos na SEMEC/DCT e dá outras providências.

Lei Complementar nº 64 de 29 de maio de 2009 – Cria a Inspetoria da Guarda

Ambiental, vinculada à Guarda Municipal.

15

5.3.2 Quantificação

Dados levantados junto à administração do Aterro Sanitário DOIS ARCOS,

situado no Município de São Pedro da Aldeia, estrada do Pau Ferro, foram aterradas

as seguintes quantidades de resíduos domiciliares/comerciais provenientes das

áreas urbanas do Município de Silva Jardim, coletados pela empresa FGC,

responsável pelos serviços:

2010 2011 2012

MÉDIA (T/MÊS) 316,8 339,9 372,9

Taxa de crescimento

7,3% 9,7%

Figura 7 - Gráfico da Média mensal de geração de resíduos em Silva Jardim

Fonte: Aterro Sanitário Dois Arcos, 2.012.

Pelo Anuário Estatístico do Estado do Rio de Janeiro, 2011, CEPERJ, a

estimativa diária apresentada, é de 13,88 toneladas.

Pelo fato de não existirem outras referências, será adotado o valor diário 12,4

toneladas.

Para os outros tipos de resíduos não existem registros sobre a quantificação

dos mesmos:

- varrição, poda, capina e roçagem;

- da construção civil, entulhos e volumosos;

280,0

290,0

300,0

310,0

320,0

330,0

340,0

350,0

360,0

370,0

380,0

2010 2011 2012

ton

ela

das

/mê

s

Geração mensal de resíduos - Silva Jardim

16

- agrossilvopastoris – orgânicos e inorgânicos;

- especiais (lâmpadas, pilhas e baterias, pneus, eletroeletrônicos e

óleo vegetal usado), e,

- de mineração.

5.3.3 Composição Física/Gravimétrica dos resíduos sólidos

De acordo com consultas realizadas à Prefeitura Municipal de Silva Jardim,

não há registros de estudos relacionados à composição física/gravimétrica dos

resíduos gerados no Município.

No presente Plano, serão adotadas as estimativas apresentadas pela Versão

Preliminar para Consulta Pública do Plano Nacional de Resíduos Sólidos,

elaboradas pelo Ministério do Meio Ambiente, em setembro de 2011.

Tabela 1 - Composição gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos/2008 – Brasil.

Resíduos Participação (%) Matéria Orgânica 51,4

Outros (Rejeitos) 16,7

Recicláveis (31,9%) Alumínio 0,6

Aço 2,3

Papel, Papelão e Embalagem Longa Vida 13,1

Plástico Filme 8,9

Plástico rígido 4,6

Vidro 2,4

TOTAL 100,0 Fonte: IBGE, 2.010.

5.3.4 Peso Específico Aparente

Como Silva Jardim não conta com estudos da composição física e

gravimétrica dos resíduos gerados na cidade, o peso específico aparente – relação

peso/volume também não está referenciado. Portanto, para o presente Plano, será

adotado o peso específico aparente corrente em diversos estudos e projetos

equivalente a 250kg/m3. Ver Caderno Conceitual Produto 5.1.

17

5.3.5 Geração per capita

Com uma população de 21.349 habitantes (Censo 2010, IBGE), o Município

de Silva Jardim enviou em 2011, 4.079,4 toneladas de resíduos

domiciliares/comerciais ao aterro sanitário de DOIS ARCOS, situado no próprio

município, na estrada do Pau Ferro. Considerando-se uma cobertura de 100% das

áreas urbanas, o per capita médio naquele ano foi de:

Portanto, o valor per capita daquele ano foi de:

Como a população considerada rural, 5.228 habitantes (Censo 2010, IBGE),

dispersa no território municipal não é atendida pelos serviços, e considerando-se o

atendimento de 100% da população considerada urbana, de 16.121 habitantes

(Censo 2010, IBGE), obtém-se um per capita médio, naquele ano, de:

O Anuário Estatístico do Estado do Rio de Janeiro, de 2011, CEPERJ,

publicou como estimativa diária de produção de 21.360 habitantes e uma produção

diária de resíduos de 13,88 toneladas, um per capita de 0,65kg/hab.dia,

considerando os parâmetros da SEA/INEA, ICMS Verde, para cidades com

população de até 30 mil habitantes.

Para este Plano, o valor adotado será de 0,700 kg/hab.dia, pela população

informada pelo IBGE em 2010.

Para os resíduos de construção civil, será adotado o valor médio de 60% da

massa de resíduos sólidos urbanos (50 a 70%) - Versão Preliminar para Consulta

Pública – Plano Nacional de Resíduos Sólidos – Ministério do Meio Ambiente, 2011),

tendo em vista a não existência de estudos e levantamentos detalhados para a

Região.

4.079.350

365𝑥21349= 0,523

𝑘𝑔

ℎ𝑎𝑏𝑥𝑑𝑖𝑎

4.079.350

365𝑥16121= 0,693 ≅ 0,700

𝑘𝑔

ℎ𝑎𝑏𝑥𝑑𝑖𝑎

18

Para os outros tipos de resíduos também não existem registros oficiais:

agrossilvopastoris e de mineração.

Destaca-se que para os resíduos industriais, a responsabilidade é do gerador,

porém no município de Silva Jardim não foram localizadas indústrias com geração

representativa de resíduos.

5.4 Acondicionamento

O modelo de acondicionamento mais utilizado atualmente no país é em sacos

plásticos, com a coleta realizada porta-a-porta de acordo com dias e horários pré-

estabelecidos. Entretanto, alguns municípios estão implantando a coleta

conteinerizada como uma alternativa mais eficaz para o recolhimento dos resíduos.

5.4.1 Resíduos Domiciliares/Comerciais

O Município de Silva Jardim é dividido em quatro distritos Silva Jardim (Sede),

Gaviões, Correntezas e Aldeia Velha. Os resíduos domiciliares/comerciais gerados

no município de Silva Jardim e seus distritos são acondicionados pela população

geralmente em sacos plásticos, e dispostos em bombonas (tambores) e contêineres

principalmente na região central. A coleta de resíduos domiciliares/comerciais é

realizada em grande parte do município pelo sistema tradicional conhecido como

porta-a-porta.

Acondicionamento de resíduos em contêineres

Acondicionamento de resíduos em bombonas

Figura 8 - Fotos Resíduos Sólidos Domiciliares/Comerciais, Silva Jardim (Sede)

Fonte: SERENCO, 2.012.

19

Figura 9 - Fotos Resíduos Sólidos Domiciliares/Comerciais, Silva Jardim (Aldeia Velha)

Fonte: SERENCO, 2.012.

Figura 10 - Fotos Resíduos Sólidos Domiciliares/Comerciais, Silva Jardim (Correntezas)

Fonte: SERENCO, 2.012.

Figura 11 - Fotos Resíduos Sólidos Domiciliares/Comerciais, Silva Jardim (Gaviões)

Fonte: SERENCO, 2.012.

20

5.4.1.1 Resíduos Orgânicos

Não há um programa de coleta segregada de resíduos orgânicos no

município de Silva Jardim. Os materiais orgânicos que compõem os resíduos

domiciliares/comerciais (mais de 50% do total) são destinados diretamente ao Aterro

Sanitário de Dois Arcos. Os resíduos orgânicos provenientes dos serviços de

limpeza pública (poda, capina, varrição) são destinados para área de bota-fora

“Fazenda Brasil”.

5.4.1.2 Resíduos Recicláveis

Como não há uma coleta seletiva de resíduos recicláveis em Silva Jardim, os

resíduos são acondicionados da mesma forma, sem que haja uma separação entre

orgânicos, recicláveis e rejeitos. Portanto, os recicláveis são acondicionados em

sacos plásticos e colocados em bombonas (tambores) ou contêineres para posterior

coleta.

5.4.1.3 Rejeitos

Os materiais considerados como rejeitos (fraldas descartáveis, papel

higiênico, absorventes higiênicos, trapos, guardanapos engordurados, cotonetes,

entre outros) são acondicionados da mesma forma, em sacos plásticos, e dispostos

em bombonas (tambores) para posterior transporte ao Aterro Sanitário.

5.4.2 Resíduos Públicos

Vários tipos de resíduos diferenciados pela origem de geração, e manuseio,

são definidos como resíduos públicos. Detalham-se na sequência.

5.4.2.1 Varrição

O serviço de varrição é realizado pela empresa FGC, de acordo com a

demanda feita pelo Departamento de Serviços Públicos (Secretaria Municipal de

Obras e Serviços Públicos). Portanto, não há um roteiro definido para a realização

do serviço. Os resíduos gerados na varrição são colocados em sacos plásticos, para

posterior coleta pela própria empresa FGC.

21

Figura 12 - Varrição Manual, Silva Jardim (Sede)

Fonte: SERENCO, 2.012.

Figura 13 - Varrição Manual, Silva Jardim (Aldeia Velha) Fonte: SERENCO, 2.012.

5.4.2.2 Capina e Roçada

Assim como a varrição, a capina e roçada são realizados pela empresa FGC.

Os resíduos coletados são ensacados em sacos plásticos, para posterior coleta pela

própria empresa.

5.4.2.3 Poda

O serviço de poda, realizado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, é

feito de acordo com as demandas que surgem a partir de solicitações dos

habitantes. Os resíduos gerados na atividade são coletados pelo Departamento de

22

Serviços Públicos, para posterior destinação final, porém não há um levantamento

sobre a quantidade gerada.

5.4.2.4 Portos, aeroportos e terminais rodoviários

Silva Jardim está construindo um novo terminal rodoviário em seu município.

A coleta dos resíduos gerados no antigo terminal, realizada junto com a coleta

convencional de RSU, pela FGC. E não possuía PGRS – Plano de Gerenciamento

de Resíduos Sólidos. O município de Silva Jardim não possui infraestrutura de

portos e aeroportos.

5.4.2.5 Outros Serviços

Outros serviços relacionados à limpeza pública também são executados em

Silva Jardim, como a limpeza de rios, canais praias e lagoas. A limpeza de rios e

canais é realizada esporadicamente pelo INEA – Instituto Estadual do Ambiente,

através do programa LIMPARIO. Os serviços de limpeza de bocas de lobo, e pintura

de meio fio são executados pela Secretaria de Obras e Limpeza Pública.

5.4.3 Resíduos de Serviços de Saúde - RSS

Os resíduos de serviços de saúde de Silva Jardim são manejados pelos

geradores públicos e privados, obedecendo ao disposto nas Resoluções ANVISA Nº

306/2004 e CONAMA Nº 358/2005, sob a supervisão da Vigilância Sanitária

Municipal.

Cada gerador deverá ter seu Plano de Gerenciamento de Resíduos de

Serviços de Saúde (PGRSS) aprovado pela Vigilância Sanitária Municipal,

responsável pela fiscalização dos Planos.

5.4.4 Resíduos de Construção Civil - RCC

As Resoluções Nº 307/2002, 348/2004, 431/2011 e 448/2012 do CONAMA

criaram instrumentos para a gestão dos Resíduos da Construção Civil e de

Demolições, definindo responsabilidades e deveres dos geradores desses resíduos.

O Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos da Construção Civil se constitui

23

em elemento de gestão e controle desses materiais, regulamentando as atividades

de geração, transporte e destinação dos mesmos. Também determina para os

geradores a adoção, sempre que possível, de medidas que minimizem a geração e a

sua reutilização ou reciclagem, ou ainda que os mesmos sejam reservados de forma

segregada para posterior utilização. Assim, os resíduos provenientes de

construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os

resultantes de preparação e da escavação de terrenos, tijolos, blocos cerâmicos,

concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e

compensados, aglomerados, forros, argamassa, gesso, telha, pavimento asfáltico,

vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica, entre outros, são comumente chamados

de entulho, caliça ou metralha, encontram-se descartados em vários pontos do

território municipal denominados “bota-fora”.

A Resolução CONAMA 448/2011, que altera a 307/2002, define que os

municípios são obrigados a elaborar o Plano Municipal de Gestão de Resíduos da

Construção Civil, para disciplinar a gestão desses resíduos. Silva Jardim, assim

como boa parte dos municípios brasileiros, ainda não possui seu Plano, o que

dificulta na definição de metas para o correto gerenciamento desses materiais.

Atualmente, os RCC são acondicionados em frente às casas, em esquinas ou

terrenos baldios, juntamente com resíduos volumosos e de poda. Posteriormente,

são coletados pela própria Prefeitura Municipal, por meio de solicitações dos

moradores.

Figura 14 - Acondicionamento de RCC Fonte: SERENCO, 2.012.

24

A definição de áreas de triagem e transbordo dos RCC, bem como o

estabelecimento de áreas especificas para o armazenamento temporário dos

materiais segregados e sua posterior utilização, servirão para definir o correto

manuseio dos RCC.

As áreas selecionadas servirão para nivelar terrenos e também como

depósitos temporários. Também deverá ser disciplinado o descarte de resíduos

volumoso, como sofás, geladeiras, fogões, armários, cadeiras, poltronas, entre

outros.

A Resolução CONAMA 307/2002 e as NBR’s 15.112, 15.113, 15.114, 15.115

e 15.116 encontram-se representadas na figura a seguir, a qual representa a

composição das Áreas de Triagem e Transbordo de Resíduos de Construção Civil e

Volumosos.

25

Figura 15 - Áreas de Triagem e Transbordo segundo CONAMA 307/2002

Fonte: SERENCO, 2.012.

5.4.5 Resíduos Industriais

A gestão dos resíduos industriais obedece a elaboração de Plano de Gestão

de Resíduos Industriais, de acordo com o estabelecido na Resolução CONAMA Nº

313/2002 – Inventário de Resíduos. Os resíduos gerados pela atividade industrial

são de responsabilidade do próprio gerador, estando a seu cargo a responsabilidade

de elaborar o Plano de Gerenciamento de Resíduos Industriais (PGRIND), o

inventário dos resíduos gerados, seu armazenamento temporário, a coleta, o

Prefeitura

Municipal de

Silva Jardim

(Situação atual)

(Telefone)

(Coleta e

Transporte

Gratuito/Pago)

26

transporte e a disposição final adequada e ambientalmente correta. Não existe

registro de atividade industrial significativa no Município de Silva Jardim e

consequentemente a geração de resíduos sólidos classificados como perigosos,

Classe-I.

5.4.6 Resíduos Especiais

De acordo com a Lei n ° 12.305 de 02 agosto de 2010, que Institui a Política

Nacional de Resíduos Sólidos, art. 33, são obrigados a estruturar e implementar

sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo

consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de

manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e

comerciantes de:

I – agrotóxicos (seus resíduos e embalagens);

II - pilhas e baterias;

III - pneus;

IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;

V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;

VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

O Decreto n° 7.404 de 23 de dezembro de 2010, que regulamenta a Lei da

Política Nacional de Resíduos Sólidos, em seu Capítulo III, da Logística Reversa,

Seção II, determina os instrumentos e a forma de implantação da Logística Reversa,

Art. 15:

I - acordos setoriais;

II - regulamentos expedidos pelo Poder Público, ou,

III - termos de compromisso.

Destacam-se ainda, as seguintes observações:

27

- Pilhas e Baterias

Além da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que estabelece a logística

reversa, e a Política Estadual de Resíduos Sólidos, para pilhas e baterias, a

Resolução CONAMA n° 401, de 4 de novembro de 2008, dispõe sobre os limites

máximos de chumbo, cádmio e mercúrio e os critérios e padrões para o

gerenciamento ambientalmente adequado das pilhas e baterias portáteis, das

baterias chumbo-ácido, automotivas e industriais e das pilhas e baterias dos

sistemas eletroquímicos níquel-cádmio e óxido de mercúrio, relacionadas nos

capítulos 85.06 e 85.07 da Nomenclatura Comum do Mercosul-NCM,

comercializadas no território nacional.

- Óleo Lubrificante

Além da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que estabelece a logística

reversa, para óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens, o CONAMA n° 362,

de 23 de junho de 2005, estabelece diretrizes para o seu gerenciamento. Os

geradores de óleos lubrificantes de Silva Jardim, são responsáveis pelo seu

recolhimento e destinação final.

- Lâmpadas

Em Silva Jardim não há um programa para coleta de lâmpadas, que são

acondicionadas e destinadas juntamente com os outros resíduos

domiciliares/comerciais.

- Pneus

Dentro dos resíduos sólidos considerados especiais, destacam-se os pneus

inservíveis. O descarte no meio ambiente causa danos, em especial à saúde pública,

uma vez que poderá se constituir em criadouro de mosquitos tipo aedis aegypti,

transmissor do vírus da dengue, quando contaminado. Atingindo o final de sua vida

útil, o pneu deverá ser gerenciado de forma adequada, devendo-se buscar o

caminho do tratamento e/ou destinação final mais adequada.

28

O fluxo inicial seria a instituição de pontos de entrega (descarte) dos pneus

encaminhando-os a um Centro de Gestão para agrupamento desses materiais fora

de uso, e seu encaminhamento para devolução aos fabricantes, de acordo com as

exigências da Logística Reversa, contidas na Lei Federal nº 12.305/2010. Outra

possibilidade é a recauchutagem ou reciclagem.

Os Pneus inservíveis de Silva Jardim são coletados e armazenados

temporariamente em antigos fornos de olaria na sede da Secretaria de Transportes.

Figura 16 - Anexo Fotográfico – Pneus. Fonte: SERENCO, 2.012.

- Óleo de cozinha usado.

Apesar de constituir um problema ambiental grave quando destinado na rede

coletora de esgoto ou de águas pluviais, diretamente no solo, em rios, córregos ou

lagoas.

Em visita técnica realizada na Secretaria de Meio Ambiente de Silva Jardim

foi observado no mural da secretaria um programa de recolhimento de óleo de

cozinha usado em escolas municipais, Programa Chamado – Projeto Oliver.

- Eletroeletrônicos

Segundo relatório publicado pela ONU em 2010, o mundo já produz 40

milhões de toneladas por ano de resíduos eletrônicos. O grande problema

relacionado à disposição incorreta de resíduos eletrônicos está na elevada presença

de metais pesados em sua composição. Os metais pesados estão presentes

naturalmente no ambiente e são necessários em quantidades mínimas para a

29

manutenção da vida, mas em grandes concentrações podem causar efeitos

adversos. Atualmente com os avanços tecnológicos os equipamentos

eletroeletrônicos não são apenas descartados no fim de sua “vida útil”, mas também

porque se tornam obsoletos diante das novas tecnologias, aumentando a frequência

e o volume de resíduos eletrônicos descartados. Assim como outros resíduos

especiais, não há um programa definido para coleta desses materiais em Silva

Jardim.

- Embalagens de Agrotóxicos

O Programa é comandado em todo o Estado pela EMATER, obedecendo os

procedimentos estabelecidos para coleta, transporte, armazenamento temporário,

tratamento e disposição final.

- Resíduos de mineração

Não há registros de geração de resíduos de mineração no município.

- Resíduos Volumosos

Os resíduos volumosos gerados no município são acondicionados em

terrenos baldios, esquinas e demais localidades para posterior coleta realizada pela

Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos, juntamente com Resíduos de

Construção Civil e poda de pequenos geradores.

5.5 Coleta e Transporte

Coletar os resíduos sólidos domiciliares/comerciais “significa recolher o lixo

acondicionado por quem o produz para encaminhá-lo, mediante transporte

adequado, a uma possível estação de transferência, a um eventual tratamento e à

disposição final” (IBAM, 2001).

A responsabilidade pela execução do serviço é das Prefeituras Municipais,

podendo contratar outras empresas para operação através de contratos de

concessão ou terceirização. A coleta municipal deve estar limitada aos domicílios e

estabelecimentos comerciais que geram até 100 litros de resíduos por dia,

30

normalmente convencionado a nível nacional, necessitando de regulamentação

municipal. Os chamados grandes geradores devem contratar serviços de coleta e

transporte independente da coleta convencional. Os Sistemas de Gestão Integrada

de Resíduos Sólidos devem promover a segregação de resíduos na fonte geradora,

implantando modelos de coleta e transporte diferenciados para maior

aproveitamento dos materiais com potencial de reaproveitamento, reciclagem,

reutilização, compostagem, e outras finalidades. Os principais aspectos que

influenciam na coleta de resíduos são: tipo de caminhão coletor, guarnição (equipe

de operação), frequência e horário de coleta.

5.5.1 Resíduos Domiciliares

A coleta e transporte de resíduos domiciliares são realizados pela empresa

FGC PAVIMENTAÇÃO E CONSTRUÇÃO CIVIL SERVIÇOS TÉCNICOS, através de

contrato iniciado em 09 de junho de 2010. A empresa possui 3 caminhões

compactadores operando, com capacidade de 15 m³/cada.

Figura 17 - Veículos para coleta de RSU Fonte: SERENCO, 2.012.

31

Figura 18 - Frequência de coleta

Fonte: FGC, 2.013.

A frequência da coleta nos distritos é: Aldeia Velha a coleta é realizada

Terças e Sextas, em Correntezas as Quartas e em Gaviões quinzenalmente as

Quartas. A empresa FGC possui 3 motoristas e 12 ajudantes (coletores), além de 1

encarregado e 1 na administração.

5.5.2 Resíduos Públicos

A limpeza pública e o manejo de resíduos sólidos urbanos agrega os serviços

chamados serviços públicos, os quais incluem: Varrição de vias e logradouros

púbicos, Capina, Roçagem e Poda de árvores, praças e jardins complementados em

alguns municípios com a limpeza de boca-de-lobo e pintura de meios-fios. Ainda

nesse grupo incluem-se limpeza de Terminais Rodoviários, Mercados e feiras livres,

32

portos e aeroportos, resíduos de serviços de saúde, resíduos da construção civil,

Resíduos Industriais. Sendo que estes três últimos estão a cargo dos geradores.

5.5.2.1 Varrição

Os serviços de varrição são realizados pela empresa FGC, responsável

também pelo transporte dos resíduos gerados. A coleta é realizada por veículos da

própria empresa. A frequência da varrição encontra-se na figura a seguir:

Figura 19 - Frequência da varrição

Fonte: FGC, 2.013.

5.5.2.2 Capina, Roçagem e Poda

Os serviços de capina e roçagem são realizados pela empresa FGC. A coleta

é realizada por veículos da própria empresa. A frequência de coleta de galhos e

entulhos realizada pela empresa FGC, encontra-se na figura a seguir:

33

Figura 20 - Frequência coleta de galhos e entulhos

Fonte: FGC, 2.013.

Já a poda é realizada pela Secretaria de Meio Ambiente. A coleta desses

resíduos é feita com caminhão próprio do município, sem um roteiro definido, sendo

feita de acordo com a demanda.

5.5.2.3 Terminal Rodoviário

Os resíduos do atual Terminal Rodoviário de Silva Jardim são coletados pela

empresa FGC, juntamente com os resíduos domiciliares. Um novo terminal

encontra-se em fase de implantação.

5.5.3 Resíduos de Serviços de Saúde - RSS

A coleta e transporte dos Resíduos de Serviços de Saúde dos

estabelecimentos públicos são feitas pela empresa KIOTO AMBIENTAL, com um

veículo FIORINO adaptado para realizar o serviço. Os resíduos são transportados

para o município São Pedro da Aldeia, para o Aterro de Dois Arcos para receber

tratamento e disposição final adequados.

34

5.5.4 Resíduos de Construção Civil - RCC

Os Resíduos da Construção civil de pequenas obras e reformas são

coletados com caminhão próprio da Secretaria de Obras e Serviços Públicos,

transportados para destinação final na “Fazenda Brasil”. Não há uma estimativa de

quantidade de RCC coletado, e o serviço é realizado conforme solicitação dos

moradores. Não há cobrança pelo serviço.

5.5.5 Resíduos Industriais

Não existe registro de atividade industrial significativa no Município de Silva

Jardim e consequentemente a geração de resíduos sólidos classificados como

perigosos, Classe-I.

5.5.6 Resíduos Especiais

Conforme relatado anteriormente, os resíduos especiais obedecem, cada um deles,

roteiros específicos entre a geração e a destinação final.

5.6 Tratamento e Disposição final

O método tradicional para a disposição final do lixo em municípios onde a

falta de recursos financeiros ou que não possuem ainda uma política ambiental bem

definida, tem sido o vazadouro ou o lixão a céu aberto. Sua localização, na maioria

dos casos se dá em locais inadequados, degradando o local e seu entorno.

5.6.1 Resíduos Domésticos/Comerciais

A NBR 8.419 define aterro sanitário como a técnica de disposição de resíduos

sólidos urbanos no solo, sem causar danos à saúde pública e à sua segurança,

minimizando os impactos ambientais, método este que utiliza princípios de

engenharia para confinar os resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los ao

menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de

cada jornada de trabalho, ou a intervalos menores se for necessário.

Destaca ainda a mesma norma, que resíduos sólidos urbanos são os

resíduos gerados em um aglomerado urbano, excetuados os resíduos industriais

perigosos, hospitalares sépticos, de portos e aeroportos.

35

A Figura 21, apresenta o fluxograma operacional do Aterro Sanitário em

operação. Silva Jardim não possui em seu território área especifica com tecnologia

adequada para a destinação final de resíduos sólidos urbanos

domésticos/comerciais. A destinação ocorre no Município de São Pedro da Aldeia o

qual contém um aterro sanitário privado, para resíduos Classe II-A, não-inertes, da

empresa DOIS ARCOS – Transporte e Tratamento de Resíduos Sólidos Ltda, com

sede no Rio de Janeiro/RJ. A mesma área, possui uma unidade de inertização de

resíduos de serviços de saúde (patogênicos e perfurocortantes) através de

autoclavagem, a qual iniciou suas atividades em Novembro de 2.007.

Figura 21 - Fluxograma do Aterro Sanitário DOIS ARCOS

Fonte: SERENCO, 2.012.

Os elementos componentes do Projeto Original encontram-se detalhados no

Produto 5. A Figura 22 e Figura 23, apresentam o detalhamento do projeto básico do

aterro e a área de expansão Figura 24e a Figura 25 apresentam a área de influência

direta, e imagem aérea do local do Aterro.

36

Figura 22 - Detalhes do Projeto básico do aterro

Fonte: EIA RIMA, ECP, 2.005.

Figura 23 - Projeto básico do aterro e áreas de expansão

37

Fonte: EIA RIMA, ECP, 2.005.

Figura 24 - Área de influência direta

Fonte: EIA RIMA, ECP, 2.005.

Figura 25 - Imagem aérea do local do Aterro

Fonte: Google Earth

O antigo lixão de São Pedro da Aldeia localizado em frente ao atual aterro

sanitário DOIS ARCOS, teve sua área remediada através de Projeto de

38

Reflorestamento, elaborado pela –ECP – Environ Consultoria e Projetos Ltda, tendo

sido definidas as Medida Compensatória pelo Ministério Público, conforme segue.

O funcionamento é de 2ª a 2ª, 24:00 horas por dia. Encontra-se em fase de

projeto a ampliação da atual capacidade de aterramento. O aterro recebe em

condições médias anuais, 350 toneladas/dia. Em épocas de Veraneio, 580/600

toneladas/dia e em dias especiais (Ano Novo e Carnaval), 700 a 800 toneladas por

dia.

A atual área licenciada é de 382.069,26 m2, sendo utilizada a área de

170.363,45 m2. Existe área de expansão prevista, de 203.956,98 m2, já adquirida

pela empresa. O projeto de ampliação do atual aterro sanitário encontra-se em

elaboração. A figura a seguir apresenta fotos da operação do aterro.

Aterro Sanitário Dois Arcos – Chegada de Caminhão Coletor

Acessos Internos

Frente de trabalho Lagoa de Chorume

Figura 26 - Anexo Fotográfico – Aterro Sanitário Dois Arcos

Fonte: SERENCO, 2.012.

39

O líquido percolado (chorume) é reunido em tanque impermeabilizado por

geomembrana, e transportado por caminhão pipa de 11m3, à ETE São Pedro da

Aldeia, Prolagos. Como compensação, o lodo gerado na ETE São Pedro da Aldeia é

transportado pela Prolagos e depositado no aterro sanitário DOIS ARCOS. Parceria

que já vem ocorrendo com sucesso em vários municípios brasileiros. A Figura 27,

apresenta a ETE - São Pedro da Aldeia.

ETE – São Pedro da Aldeia - PRÓ-LAGOS ETE – São Pedro da Aldeia - PRÓ-LAGOS

Figura 27 - Anexo fotográfico – ETE – São Pedro da Aldeia.

Fonte: SERENCO, 2.012.

A Licença de Operação – L0 nº FE 013200 e o Documento de Averbação,

emitidos pelo INEA, apresenta-se no Anexo. Encontra-se em processo de renovação

junto ao INEA, a licença de operação do aterro sanitário, sob número E-

07/505.181/2012.

Quando da visita realizada ao Aterro Sanitário DOIS ARCOS, foi realizada

avaliação, obedecendo aos critérios da CETESB. Os resultados foram detalhados no

Produto 5, sendo que o IQR (Índice de Qualidade do Aterro Sanitário) determinado,

foi de 9,38, correspondendo a condições adequadas.

O valor médio atualmente cobrado aos usuários do Aterro Sanitário é de

R$ 55,00/tonelada. A variação de preços existente, refere-se a datas de

reajustamento dos contratos.

Até início de 2010, Silva Jardim depositava seus resíduos em um Lixão.

Diante desta realidade, Silva Jardim formalizou um Consórcio para Disposição Final

com outros municípios, sendo esta uma iniciativa do Estado através da Política

Estadual para Resíduos Sólidos, para resolver este problema criou o Programa

40

Pacto pelo Saneamento, que tem como sub programa o Lixão Zero de erradicação

dos lixões, remediação e construção de aterros sanitários consorciados. Para tanto

financiou os Projetos de Engenharia para implantação de Centros de Tratamento e

Destinação de Resíduos (CTDR). Dentre esses centros previstos para todo o

Estado, Saquarema possui um Projeto de Implantação do CTDR.

Os resíduos a serem tratados no Complexo de Tratamento e Disposição Final

de Resíduos Sólidos do Município de Saquarema Consorciado – CTDR, serão

oriundos dos municípios de Saquarema, Araruama e Silva Jardim, segundo

Consórcio Intermunicipal formalizado em 2010 entre esses municípios para o

tratamento e a disposição final de resíduos sólidos conforme pode ser observado na

figura a seguir:

Figura 28 - Arranjos Regionais para Disposição Final de Resíduos Sólidos Urbanos - Cenário

Tendencial 2013. Fonte: SEA, 2.013.

Apesar do Consórcio já estar formalizado e o projeto de engenharia aprovado,

a novidade não foi bem recebida pelos moradores de Saquarema, que temem a

41

possibilidade do surgimento de um novo lixão na cidade pelo fato do município

receber também resíduos das outras localidades integrantes do consórcio.

Percebendo que parte da reação negativa em relação à obra era fruto da falta

de informações, o Fórum da Agenda 21 Local de Saquarema assumiu o

compromisso de promover a comunicação entre os envolvidos na criação do aterro

sanitário e a população.O Fórum realizou um seminário a fim de divulgar como

funciona e o que é um aterro sanitário. Até a presente data, o CTDR Saquarema não

foi implantado.

Recentemente o Governo do Estado do Rio de Janeiro estabeleceu no seu

estudo de Regionalização a possibilidade de que o Aterro Sanitário DOIS ARCOS,

também receba os resíduos dos Municípios de Araruama e Saquarema (Silva Jardim

já encaminha seus resíduos para DOIS ARCOS). Outra possibilidade é a instalação

de Estação de Transbordo em Araruama, transportando por carretas, os resíduos

dos 03 municípios ao Aterro DOIS ARCOS, conforme Figura 29 - , a seguir.

42

Figura 29 - Arranjos Regionais para Disposição Final de Resíduos Sólidos Urbanos, Cenário

Tendencial – Revisão agosto 2.013 Fonte: SEA, 2.013.

Antigo lixão

O antigo lixão de São Pedro da Aldeia localizado em frente ao atual aterro sanitário

DOIS ARCOS, teve sua área remediada através de Projeto de Reflorestamento,

elaborado pela – ECP – Environ Consultoria e Projetos Ltda, tendo sido definidas as

Medida Compensatória pelo Ministério Público, conforme segue.

Curto Prazo

- Revegetação da área, e,

- Amenização do impacto na paisagem.

Médio Prazo

- Processo de sucessão ecológica;

- Reestruturação das propriedades físicas e químicas do solo, e,

- Reaproveitamento da fauna.

Longo Prazo

43

- Auto sustentação do processo de recuperação;

- Inter-relacionamento dinâmico entre solo-planta-animal, e,

- Uso futuro de área.

5.6.2 Resíduos perigosos, especiais e industriais

Não existe registro de produção de resíduos perigosos, Classe I, sendo

gerados em Saquarema. Dentre os resíduos especiais gerados no município de

Silva Jardim:

Os óleos lubrificantes e resíduos contaminados provenientes de Oficinas

Mecânicas, Borracharias, Auto-Peças e Postos de Combustíveis, são destinados e

tratados pelos próprios geradores. O óleo de cozinha é coletado nas escolas

municipais, mas não tivemos acesso a informação de qual o tratamento e destinação

destes. As pilhas, baterias, lâmpadas fluorescentes e resíduos eletrônicos não são

coletados separadamente e não recebem tratamento diferenciado, conforme prevê a

PNRS.

5.6.3 Resíduos de Serviços de Saúde - RSS

Os resíduos gerados pelos serviços de saúde pública e/ou privados são

gerenciados na origem pelos próprios geradores, entregando-se para a coleta e

transporte à empresa KIOTO AMBIENTAL sendo os mesmos transportados até a

empresa DOIS ARCOS, em São Pedro da Aldeia, onde são inertizados através de

autoclavagem a vapor. Após a inertização, os resíduos não descaracterizados por

trituração, são lançados no aterro sanitário. O custo médio para inertização é de R$

3,00 por quilograma. A Figura 30, apresenta anexo fotográfico Disposição de

Resíduos de Serviços de Saúde.

44

Fosso de descarga RSS – Fosso de descarga

RSS – Autoclavagem RSS – Contêineres para transporte Interno Figura 30 - Anexo Fotográfico Disposição de Resíduos de Serviços de Saúde.

Fonte: SERENCO, 2.012.

5.6.4 Resíduos de Construção Civil - RCC

Os Resíduos da Construção Civil em Silva Jardim são coletados pelo

Departamento de Serviços Públicos e dispostos temporariamente no Pátio da sede

da Secretaria de Transportes, para posterior utilização para aterramento, em áreas

não licenciadas. Ver figura a seguir.

45

Figura 31 - Anexo Fotográfico Disposição de Resíduos de RCC. Fonte: SERENCO, 2.012.

5.6.5 Passivos ambientais existentes

Silva Jardim conta com duas áreas consideradas como passivos ambientais

provenientes de lançamento de resíduos sólidos à céu aberto, lixões. Uma delas, no

Goiabal, este lixão foi desativado em março de 2010, quando Silva Jardim começou

a destinar seus resíduos para o Aterro Sanitário de DOIS ARCOS.

Este local não tinha nenhuma infraestrutura, sem mecanismos de

impermeabilização, drenagem de chorume e águas pluviais, captação dos gases

gerados da decomposição, o Lixão do Goiabal é um local de contaminação e riscos

ambientais significativos. Segundo relatos o Lixão recebeu resíduos durante 10

anos. Na época havia catadores no local.

46

Figura 32 - Fotos Lixão do Goiabal Ativo Fonte: SMMA, 2.009.

Figura 33 - Fotos Lixão do Goiabal Desativado

Fonte: SERENCO, 2.012.

Em visita técnica realizada ao local, foi percebido que hoje em dia a área não

recebe mais resíduos e há criação de animais. Porém nunca foi feito ou implantado

projeto de recuperação e remediação ambiental no local. Logo após o encerramento

do Lixão a Secretaria do Meio Ambiente em conjunto com a Secretaria de Obras e

Serviços Públicos fez a raspagem de algumas partes do terreno, no intuito de

acumular os resíduos em apenas alguns pontos, também fez algumas drenagens

superficiais para facilitar o escoamento das águas das chuvas no terreno.

47

A iniciativa de desativar o lixão foi determinante para que o município pulasse

da 4ª para a 1ª colocação no ranking do ICMS Verde, sendo a cidade que mais

arrecada o imposto no Estado do Rio. Em 2010, o repasse foi de R$2,9 milhões e

em 2011, saltou para a cifra de R$5,2 milhões.

Embora haja críticas sobre o custo do envio dos resíduos do município para

São Pedro da Aldeia, Município onde está localizado o Aterro Dois Arcos, os ganhos

ambientais, sociais e de saúde são incalculáveis e o aumento no repasse do ICMS

Ecológico estão justificando a iniciativa. Está previsto pela PMSJ, que a remediação

do lixão deverá ocorrer em 2013.

A outra área de passivo em Silva Jardim é antigo Lixão na Cidade Nova. Este

lixão também funcionou por vários anos, até meados de 2000, devido ao

crescimento do município, o lixão foi transferido para o Goiabal. Na época, o lixão já

representava uma ameaça para a comunidade que começava a se formar no bairro.

Figura 34 - Anexo Fotográfico Antigo Lixão Cidade Nova Fonte: SERENCO, 2.012.

5.7 Diagnóstico da situação dos catadores

A pesquisa de campo em Silva Jardim foi desenvolvida em etapas.

Primeiramente foram levantadas informações bibliográficas e realizadas entrevistas

com funcionários públicos. Em seguida, foram realizadas entrevistas com um

catador local e um dono de depósito/aparista. Com as informações obtidas é

48

possível afirmar que existem catadores de material reciclável na cidade, autônomos.

Estes catadores enfrentam praticamente os mesmos problemas dos que trabalham

nos lixões em outros municípios, pois coletam em pontos de lixo, nas sacolas e

bombonas depositadas em frente às residências/comércios, vivendo em condições

insalubres.

Não foi entrevistado nenhum catador nas ruas de Silva Jardim. Segundo a

Secretaria Municipal de Meio Ambiente, existem poucos catadores no município.

Chegamos a visitar duas vezes a casa de um deles, Sr. Antônio, mas não

encontramos ninguém.

Figura 35 - Fotos Casa do Catador Sr. Antônio Fonte: SERENCO, 2.012.

5.7.1 Associações/Cooperativas

O Município de Silva Jardim não conta com Associações/Cooperativas

organizadas, legalizadas e/ou licenciadas.

5.7.2 Mercado de compra e venda de materiais recicláveis

Um aspecto extremamente importante na coleta seletiva de resíduos sólidos

para a reciclagem é a comercialização dos materiais.

49

5.7.3 Depósitos, aparistas e sucateiros

Apresenta-se no Produto 5, o questionário referente à entrevista realizada

durante a visita de campo no Município de Silva Jardim - RJ.

Figura 36 - Fotos da Reciclagem Fernanda

Fonte: SERENCO, 2.012.

5.7.4 Indústrias de reciclagem e beneficiamento de materiais recicláveis

As informações obtidas foram através da Associação dos Recicladores do

Estado do Rio de Janeiro (ARERJ) sendo uma entidade que representa e defende

os interesses de todas as empresas de reciclagem do Estado. Os dados

cadastrados encontram-se detalhados no PRODUTO 5.1.

50

5.8 Coleta Seletiva para a Reciclagem

A Coleta Seletiva é uma das alternativas para a solução de parte dos

problemas gerados pelos Resíduos Sólidos Urbanos, possibilitando melhor

reaproveitamento dos materiais recicláveis e da matéria orgânica. Os demais

materiais, não reaproveitáveis, chamados de rejeitos, encontram destinação

adequada nos aterros sanitários ou em outra forma devidamente licenciada pelo

órgão ambiental. Silva Jardim não conta ainda, com um Programa de Coleta Seletiva

para a Reciclagem.

5.9 Coleta Seletiva para a Compostagem/ Vermicompostagem/

Bioenergia

O município de Silva Jardim não conta com um Programa definido para a

Coleta Seletiva de Resíduos Orgânicos para a Compostagem/ Vermicompostagem/

Bioenergia.

5.10 Educação Ambiental

O município de Silva Jardim desenvolve o projeto SOS Águas. Que é um

projeto idealizado pela coordenação de Educação Ambiental - SEMMA, baseado no

interesse dos gestores públicos municipais em limpar os cursos d´água do

município.

Tem como Objetivo Geral: Desenvolver a participação coletiva nas ações de

cuidados com as águas silvajardinenses e, como Objetivos Específicos: Retirar os

resíduos sólidos inorgânicos do leito dos cursos d'água de Silva Jardim; Promover a

Educação Ambiental; Promover hábitos salubres junto à comunidade; e, resgatar o

pertencimento local dos moradores.

Traz como metodologia de trabalho as seguintes etapas: mobilização/

diagnóstico socioambiental; tabulação de dados; oficinas de sensibilização com a

comunidade; mutirão de limpeza das águas; e, monitoramento.

51

Atualmente o projeto encontra-se na etapa de diagnóstico no Córrego D'Ouro,

localizado entre os bairro Biquinha, Nossa Senhora de Lapa e Jardim D'Ouro. No

levantamento inicial foi detectado que 85% do esgoto das residências têm como

destino o córrego, 23% das residências são abastecidas com água de poço e os

outros 77% por água encanada. No entanto, embora tenha água encanada, isso não

significa ter de fato a água em suas torneiras, pois 76% dos entrevistados afirmaram

que a água falta sempre e em diferentes horários. Em reunião (SEMMA e SEMOSP),

foi decidido que para que o projeto tenha um resultado satisfatório tanto para os

moradores quanto para a SEMMA, com parte da verba do ICMS verde, faremos a

captação do esgoto que é jogado diretamente no curso d'água.

Outra iniciativa na área de Educação Ambiental é a criação da Agenda 21

Local de Silva Jardim. Um dos principais empreendimentos da história da Petrobras,

o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) deverá entrar em operação

em 2013. Situado em Itaboraí, vai transformar o perfil socioeconômico de sua região

de influência. Ciente da necessidade de estabelecer um relacionamento positivo

com as comunidades sob influência direta de suas operações, a Petrobras, em

parceria com o Ministério do Meio Ambiente, a Secretaria de Ambiente do Estado do

Rio de Janeiro e organizações da sociedade civil, desenvolveu uma metodologia

para implementar a Agenda 21 Local nos municípios localizados no entorno do

Comperj.

O município de Silva Jardim possui a Agenda 21 Local que atualmente não

prevê programas na área de Resíduos Sólidos para o município.

5.11 Sustentabilidade do Sistema

A Lei Nº 11.445/2007 que institui a Política Nacional de Saneamento Básico, em seu

Capítulo VI – Dos Aspectos Econômicos e Sociais, Art.29 define:

- os serviços públicos de saneamento básico terão a sustentabilidade econômico-financeira assegurada, sempre que possível, mediante remuneração pela cobrança dos serviços:

52

II – de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos: taxas ou tarifas e outros preços públicos, em conformidade com o regime de prestação de serviços ou de suas atividades; Art. 35. As taxas ou tarifas decorrentes da prestação de serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos urbanos devem levar em conta a adequada destinação dos resíduos coletados, podendo considerar o nível de renda da população da área atendida, as características dos lotes urbanos, o peso e volume médio coletado por habitante ou por domicilio.

Também a mesma Lei, no seu Art. 2º - VII, estabelece a eficiência e sustentabilidade

econômica, como um dos princípios fundamentais.

As empresas que prestam os serviços à PMSJ são:

- FGC;

- KIOTO AMBIENTAL, e,

- ALTO VERÃO.

5.11.1 Receitas

Pelo Código Tributário Municipal, Capitulo XIV, observa-se que a Taxa de

Resíduos Sólidos Domiciliares. Art. 188. A taxa de resíduos sólidos domiciliares –

TRSD tem como fato gerador a utilização efetiva ou potencial do serviço divisível de

coleta e transporte de resíduos sólidos domiciliares, de fruição obrigatória, prestados

em regime público, nos limites territoriais do Município.

Art. 189. O sujeito passivo da taxa de resíduos sólidos domiciliares - TRSD é

o munícipe usuário do serviço previsto no artigo 188. Parágrafo único. Para os fins

previstos nesta Seção, serão considerados munícipes usuários do serviço indicado

no artigo 188 as pessoas físicas ou jurídicas inscritas no cadastro imobiliário fiscal

do Município.

Art. 190. A base de cálculo da taxa de resíduos sólidos domiciliares - TRSD é

equivalente ao custo do serviço a que se refere o art. 188 desta Lei.

Art. 191. Cada unidade geradora de resíduos sólidos domiciliares - UGR

receberá uma classificação específica, conforme a natureza do domicílio e o volume

de geração potencial de resíduos sólidos, de acordo com as tabelas e faixas

53

constantes do Anexo XV desta Lei. Parágrafo único. Para cada faixa de UGR

prevista no caput deste artigo corresponderá os valores-base da TRSD de acordo

com o Anexo XIV.

Fonte: Código Tributário de Silva Jardim.

O valor arrecadado com a Taxa de Resíduos Sólidos Domésticos, vinculada

ao IPTU no exercício de 2011, foi de R$ 189.553,82.

Foi possível levantar parâmetros de cálculo do ICMS Verde, pagos pelo INEA,

em relação aos resíduos sólidos ao município, conforme documento anexo. Outra

fonte de receita municipal são os Royalties provenientes da exploração de petróleo e

gás. Para 2011, os valores pagos ao Município foram de R$ 30.208.667,29.

54

Logo, a receita estimada para 2011, utilizando-se as três fontes de recursos

representam.

Tabela 2 - Receitas estimadas em 2011

Total arrecadado (2011)

Taxa de Resíduos Sólidos Domésticos R$ 189.553,82

ICMS Verde R$ 579.534,00

Royalties R$ 30.208.667,29

Total R$ 30.977.755,11

Fonte: PMSJ,2.012.

Logo, a receita estimada para resíduos de 201.

Tabela 3 - Receitas estimadas para resíduos em 2011

Total arrecadado para Resíduos Sólidos (2011)

Taxa de Resíduos Sólidos Domésticos R$ 189.553,82

ICMS Verde R$ 579.534,00

Total R$ 769.087,82

Fonte: PMSJ,2.012.

5.11.2 Despesas

As despesas estimadas com valores de 2011 e 2012 uma vez que os dados

oficiais não foram integralmente liberados à equipe técnica da SERENCO

apresentam-se na Tabela a seguir:

55

Tabela 4 - Despesas com serviços de manejo de resíduos sólidos e limpeza urbana

Despesas com serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos

Serviço Empresa Valores (R$/ano)

Coleta e transporte de resíduos sólidos urbanos

domiciliares/comerciais

FGC

(2012)

R$ 851.500,00

Coleta e transporte de resíduos de serviço de

saúde - RSS

KIOTO

AMBIENTAL

(2012)

R$ 203.548,80

Aterramento de resíduos sólidos urbanos no

Aterro Sanitário Dois Arcos ---- 11,6

toneladas/dia x 365 dias x R$ 55,65/tonelada

DOIS ARCOS R$ 235.622,10

Manutenção de Parques e Jardins ALTO VERÃO

(2012)

R$ 252.419,52

Varrição Capina, Roçagem e Poda FGC R$ 851.500,00

Total R$ 2.394.590,42

Fonte: PMSJ, 2.012.

Comparando-se as receitas e as despesas, obtém-se aproximadamente.

Tabela 5 - Balanço de Receitas e Despesas

Receitas e despesas (2011)

Total de Receitas (TRSD/ICMS) R$ 769.087,82

Despesas R$ 2.394.590,42

Déficit anual (-) R$ 1.625.502,60

Fonte: SERENCO, 2.012.

Segundo SNIS, 2010, o custo médio anual brasileiro de manejo de resíduos

sólidos é de R$ 73,48/habitante. Para a Região Sudeste é de R$ 73,04/habitante.

Deve-se levar em consideração que os custos médios apresentados no SNIS

referem-se somente aos municípios que responderam ao questionário, o que

representa 37,2% dos municípios brasileiros e 47,6% dos municípios da Região

Sudeste. Além disso, muitos desses locais não apresentam custo com aterramento

56

de resíduos, destinando os mesmos em lixões ou aterros controlados, o que diminui

significativamente o custo per capita. Para Silva Jardim, o valor estimado é de:

Considerando-se apenas as despesas com a coleta, transporte e destinação

final dos resíduos sólidos domiciliares/comerciais.

Tabela 6 - Custo por habitante anual

Despesa total R$ 1.087.122,10

População urbana (IBGE 2010) 21.349 habitantes

Custo por habitante R$ 50,92/hab.ano

Fonte: SERENCO, 2.012.

Levando em consideração apenas o custo de coleta de resíduos sólidos temos

um custo anual de R$50,92/habitante, abaixo do valor médio Nacional e da Região

Sudeste.

5.12 Carências e Deficiências (ameaças)

Pelo levantamento de dados para formulação do presente diagnóstico foram

detectadas inicialmente as seguintes deficiência/carências – ameaças:

- Crescimento significativo da população em épocas de veraneio e

sazonal (Ano Novo e Carnaval);

- Falta de um Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção

Civil e Demolições, com definição de ECOPONTOS e/ou ATT’s;

- Falta de um Programa bem estruturado de Coleta Seletiva de

Resíduos Urbanos para a Reciclagem;

- Falta de um cadastro efetivo de catadores, carrinheiros, depósitos,

aparistas, sucateiros e indústrias recicladoras;

- Falta de definição da forma de entrega (condicionamento) dos

resíduos sólidos ao sistema de coleta;

- Falta de integração entre os diversos agentes dos órgãos

municipais envolvidos com os resíduos sólidos;

57

- Falta de estudo/plano/projeto para a coleta seletiva de materiais

orgânicos para implantação do programa de compostagem,

vermicompostagem e eventualmente bioenergia e/ou briquetagem;

- Falta de definição dos acordos setoriais locais, regionais e

estaduais para disciplinamento da logística reversa;

- Falta de envio de dados ao SNIS, impossibilitando o acesso a

recursos do Ministério das Cidades;

- Falta de projeto de recuperação e de monitoramento dos antigos

lixões;

- Falta de regulação dos serviços prestados, terceirizados,

concessionados, subconsessionados, e,

- Falta de um programa bem estruturado de educação ambiental

voltada ao correto manejo dos resíduos sólidos pela população

residente e sazonal.

5.13 Iniciativas Relevantes

Registram-se como iniciativas relevantes as seguintes ações:

- Instalação do Conselho Municipal do Ambiente de Silva Jardim;

- Elaboração da Agenda 21 Local de Silva Jardim;

- Integrar o Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos

da Região dos Lagos, com os municípios de Saquarema e

Araruama;

- Envio dos resíduos ao Aterro Sanitário de DOIS ARCOS.

5.14 Sistema de Informações

O Governo Federal mantém o Sistema Nacional de Informações sobre

Saneamento – SNIS, onde estão cadastradas as informações referentes ao

diagnóstico do manejo de resíduos sólidos urbanos dos municípios que participam

do sistema. Silva Jardim não participa do SNIS, conforme busca efetivada nos

últimos dados disponibilizados, 2010. As informações quando enviadas,

58

transformam-se em indicadores, os quais permitem a realização de estudos

comparativos com outros municípios avaliando-se os indicadores próprios em busca

da melhor gestão integradas dos resíduos sólidos municipais.

Os dados devem ser atualizados anualmente, sendo esta atividade, de

responsabilidade do município. O Fornecimento dos dados ao SNIS é obrigatório

para acesso a recursos do Ministério das Cidades (Sistemática iniciada em 2009,

com emissão do respectivo Atestado de Regularidade).

59

5.15 Mapa Georreferenciado de Localização das Estruturas

Existentes

60

6. ESTUDO POPULACIONAL

O Estudo Populacional elaborado para Silva Jardim encontra-se no Produto

9.1.

7. PROGNÓSTICO (CENÁRIOS FUTUROS)

7.1 Introdução – Contexto Regional

A assinatura dos contratos firmados entre o Governo do Estado do Rio de

Janeiro, os Municípios de Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, Cabo Frio, Iguaba

Grande e São Pedro da Aldeia com a empresa Prolagos, em 1998, e dos Municípios

de Araruama, Saquarema e Silva Jardim, com a Concessionária Águas de

Juturnaiba – CAJ, constituiu-se em marco referencial da despoluição da Lagoa de

Araruama em continuidade aos trabalhos até então desenvolvidos. A Região em

questão, tem sua economia dependendo substancialmente do turismo, revelando a

necessidade de investimentos contínuos na preservação de lagoas e praias dos

entornos urbanos, em busca de sua preservação ambiental. Ambos, Prolagos, e CAJ

implementaram o abastecimento de água e passaram a adotar como tecnologia para

o esgotamento sanitário, o sistema de tomada em tempo seco, conhecida por

sistema unitário. A utilização do sistema municipal de drenagem pluvial como rede

coletora de esgotos sanitários, a construção de cordões interceptores, estações

elevatórias e estações de tratamento, ao longo do tempo, reduziram drasticamente a

poluição de lagoas e praias, retomando-se gradativamente o ciclo econômico de

desenvolvimento turístico da Região dos Lagos. A presença do Comitê de Bacias

Hidrográficas das Lagoas de Araruama, Saquarema e dos Rios São João, Una e

Ostras, criado pela Lei Estadual Nº3.239/1999, trouxe novo reforço à Região, na

preservação dos recursos hídricos. Na sequência, criou-se o Consórcio

Intermunicipal para Gestão Ambiental das Bacias Hidrográficas da Região dos

Lagos, Rio São João e Zonas Costeiras, consolidando-se ainda mais o reforço

institucional na Região.

61

Ampliam-se os serviços de saneamento básico, tais como limpeza urbana e

manejo de resíduos sólidos, drenagem e manejo de águas pluviais. Implanta-se pela

iniciativa privada, o Aterro Sanitário DOIS ARCOS, em São Pedro da Aldeia,

passando a receber os resíduos sólidos urbanos de Arraial do Cabo, Cabo Frio,

Armação dos Búzios, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande e recentemente Silva

Jardim e Casimiro de Abreu ou ainda, Araruama e Saquarema no futuro.

Ampliam-se as áreas inundáveis pelas águas pluviais em todos os municípios,

tendo em vista o aumento da impermeabilização e o crescimento das áreas urbanas

dentro das bacias hidrográficas.

A lei da Política Nacional de Saneamento Básico de 2007, e a que institui a

Política Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010, determinam para todo o País,

programas e metas a serem cumpridas por todos os municípios brasileiros, dentro

de cenários futuros para um horizonte de 20 (vinte) anos. Novas regras são

detalhadas e indicadores e metas são definidas em busca da universalização do

saneamento básico para toda a população brasileira.

Os tempos são outros, as regras são novas e a gestão do saneamento básico

praticado até o momento carece de uma ampla reflexão em busca de novo modelo

institucional, preparando o caminho por onde os municípios deverão trilhar nos

próximos 20 (vinte) anos. A consolidação de uma nova gestão integrada deverá

ocorrer nos próximos anos mediante um forte apoio técnico e uma sólida base

financeira, supervisionados por equipes bem preparadas para os novos cenários que

se estabelecem.

Os prognósticos para o sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos

sólidos, foram apresentados no PRODUTO 8, de acordo com o Termo de Referência

do INEA. Neste PRODUTO 9.2 – Versão Preliminar do Plano de Gestão Integrada

de Resíduos Sólidos, descreve-se o resumo dos Prognósticos, bem como a análise

do atual modelo institucional, as suas características jurídicas e a Proposta inicial de

Criação de um Consórcio Público para a Gestão do Saneamento Básico na Região

dos Lagos/RJ.

62

7.2 Conceituação

A construção de cenários futuros é uma ferramenta importante para o

planejamento e a tomada de decisões futuras apropriadas, ou seja, o

estabelecimento de prognósticos. É importante ressaltar que a construção de

cenários permite a integração das ações que atendam às questões financeiras,

ecológicas, sociais e tecnológicas, estabelecendo a percepção da evolução do

presente para o futuro.

A geração dos cenários para o setor de resíduos permite antever um futuro

incerto e como este futuro pode ser influenciado pelas decisões propostas no

presente. Por isso, os cenários não são previsões, mas sim imagens alternativas do

futuro que foram subsidiadas por um diagnóstico, conhecimento técnico, e

demandas da comunidade expressas no processo construtivo do planejamento.

A técnica de planejamento baseada na construção de cenários é pouco

conhecida no Brasil. Dos diversos planos municipais de Gerenciamento de Resíduos

Sólidos consultados, poucos deles abordam, mesmo que superficialmente, o tema.

Entretanto, o documento intitulado “Metodologia e Técnicas de Construção de

Cenários Globais e Regionais” elaborado por Sérgio C. Buarque, em 2003, para o

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, órgão vinculado ao Ministério de

Planejamento, Orçamento e Gestão, fornece uma base teórica e fundamentos

metodológicos práticos muito importantes, sendo utilizados como referência na

construção de cenários futuros.

De acordo com a metodologia de Buarque (2003), estes cenários foram

interpretados da seguinte maneira:

Um cenário previsível, com os diversos atores setoriais agindo

isoladamente e sem a implantação e/ou interferência do PMGIRS, e,

Um cenário normativo, com o PMGIRS agindo como instrumento

indutor de ações planejadas e integradas entre si.

63

7.3 Metodologia Adotada

A técnica de cenários baseia-se na prospecção e na projeção de ocorrências

imprevisíveis e, tem como princípios básicos a intuição e o livre pensamento.

Portanto, não é recomendável estabelecer uma metodologia rígida, com tabelas,

gráficos e fórmulas que limitem a intuição e a divagação por mais absurda que possa

parecer. Não existe uma única forma de delinear cenários devido às peculiaridades

de cada atividade ou região.

Entretanto, é necessário que se estabeleça um roteiro (não obrigatório) que

evite a dispersão de ideias e conduza ao objetivo pretendido. A figura a seguir

apresenta, de forma sucinta, a metodologia adotada.

Figura 37 - Esquema Geral da Metodologia para a Elaboração dos Cenários

Fonte: SERENCO, 2.013.

Neste contexto poderíamos resumir os seguintes cenários: (i) Desejado – O

Município alcançará, no futuro (indefinido e utópico), o melhor índice de

desenvolvimento humano (IDH) do país; (ii) Previsível – crescimento urbano mais

controlado do que hoje, e (iii) Normativo – crescimento urbano ordenado.

Propõe-se o seguinte roteiro, num processo de aproximações sucessivas:

64

a) elaboração do primeiro esboço do cenário desejado (ideias, desejos, e

utopias);

b) listagem exaustiva e aleatória das ameaças, oportunidades e incertezas;

c) análise da consistência, aglutinando semelhantes, identificando as mais

críticas;

d) formulação de esboço do cenário previsível (tendência) resultado das

ameaças e incertezas;

e) aponte de prioridades e objetivos que conduziram ao cenário normativo

(possível e planejado);

f) seleção de objetivos e ações prioritárias, e,

g) reinício do processo quantas vezes forem necessárias.

7.4 Técnicas de Construção de Cenários

No PRODUTO 8 – Prognóstico para o PGIRS, as técnicas de construção de

Cenários, foram detalhadamente apresentadas. Destaca-se que a crescente

geração de resíduos urbanos, consequência do aumento populacional, da

concentração urbana, da rápida industrialização e do crescimento de consumo,

contribuem para o modelo de desenvolvimento e do padrão de consumo e estilo de

vida contemporâneo disseminado pelo capital. É de fundamental importância o

planejamento da gestão de resíduos sólidos, apoiando-se no contexto de dados

históricos necessários para a compreensão do seu processo de geração. Para isso,

o diagnóstico dos sistemas de gestão apoiado em uma base histórica de dados

acerca da geração e composição dos resíduos gerados pela população é de

fundamental importância.

Após o esboço do cenário desejado tem início a etapa mais importante, que

consiste na identificação das ameaças e incertezas que poderão dificultar ou até

impedir o alcance deste futuro desejado.

65

7.5 Roteiro de Auxílio na Definição dos Cenários

Isto posto, conforme já mencionado, o momento mais importante na definição

de cenários é a identificação das ameaças críticas de maior relevância e de maior

incerteza. Para tanto, é apresentado a seguir o roteiro a ser utilizado na definição

dos cenários.

a) Lista Aleatória e Exaustiva de Ameaças

b) Análise de Consistência e Aglutinação

c) Identificação de Oportunidades

d) Ponderação das Ameaças Críticas – Modelo Matemático Adotado

7.6 Sistematização das Informações – CDP

A Sistemática CDP aplicada normalmente na elaboração do Plano Municipal

de Saneamento Básico e por consequência no PGIRS apresenta basicamente um

método de ordenação criteriosa e operacional dos problemas e fatos, resultantes de

pesquisas e levantamentos, proporcionando apresentação compreensível e

compatível com a situação atual da cidade, ou seja, do Diagnóstico.

A classificação dos elementos segundo Condicionantes/Deficiências/

Potencialidades, (CDP) atribui aos mesmos uma função dentro do processo de

desenvolvimento da cidade. Isto significa que as tendências desse desenvolvimento

podem ser percebidas com maior facilidade. De acordo com esta classificação é

possível estruturar a situação do Município com referência a gestão de resíduos

sólidos da seguinte maneira:

Condicionantes: Elementos existentes no ambiente urbano, planos e

decisões existentes, com consequências futuras no saneamento básico ou no

desenvolvimento do Município, e que pelas suas características e implicações

devem ser levados em conta no planejamento de tomadas de decisões. Exemplos:

rios, morros, vales, o patrimônio histórico e cultural, sistema viário, legislação, etc.

Deficiências: São elementos ou situações de caráter negativo que significam

estrangulamentos na qualidade de vida das pessoas e dificultam o desenvolvimento

do Município.

66

Potencialidades: São aspectos positivos existentes no Município que devem

ser explorados e/ou otimizados, resultando em melhoria da qualidade de vida da

população.

As deficiências e as potencialidades podem ter as seguintes características:

técnicas, naturais, culturais, legais, financeiras, sociais, administrativas e

econômicas. A utilização da sistemática CDP possibilita classificar todos os aspectos

levantados nas leituras técnicas e comunitárias (diagnóstico dos resíduos sólidos)

nestas três categorias, visando a montagem dos cenários, identificando as ações

prioritárias e as tomadas de decisões. A tabela a seguir, apresenta a aplicação do

método.

Tabela 7 - Condicionantes, Deficiências e Potencialidades

C D P Fator

Falta de projeto de recuperação e de monitoramento dos antigos lixões;

Disposição final de resíduos orgânicos (poda e manutenção de praças) em

área degradada por mineração

Existência de local para armazenamento temporário de pneus

Falta de um Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e

Demolições, com definição de ECOPONTOS e/ou ATT’s

Falta de um Programa bem estruturado de Coleta Seletiva de Resíduos

Urbanos para a Reciclagem

Falta de um cadastro efetivo de catadores, carrinheiros, depósitos, aparistas,

sucateiros e indústrias recicladoras

Falta de definição da forma de entrega (acondicionamento) dos resíduos

sólidos ao sistema de coleta

Necessidade de implantação da taxa de lixo e efetiva cobrança desvinculada

do IPTU

Lei n° 50 de 20 de outubro de 2006 - Dispõe sobre o Plano Diretor.

Lei nº 1.291 de 09 de janeiro de 2004 – Dispõe sobre a criação do Conselho

Municipal de Desenvolvimento Ambiental e dá outras providências.

Lei Complementar nº 64 de 29 de maio de 2009 – Cria a Inspetoria da

Guarda Ambiental, vinculada à Guarda Municipal.

67

Falta de integração entre os diversos agentes dos órgãos municipais

envolvidos com os resíduos sólidos

Falta de estudo/plano/projeto para a coleta seletiva de materiais orgânicos

para implantação do programa de compostagem, vermicompostagem e

eventualmente bioenergia e/ou briquetagem

Falta de definição dos acordos setoriais locais, regionais e estaduais para

disciplinamento da logística reversa

Falta de regulação dos serviços prestados, terceirizados, concessionados,

subconsessionados

Falta de um programa bem estruturado de educação ambiental voltada ao

correto manejo dos resíduos sólidos pela população residente e sazonal

Instalação do Fórum da Agenda 21 Local de Silva Jardim

Instalação do Conselho Municipal do Ambiente de Silva Jardim;

Envio dos resíduos ao Aterro Sanitário de DOIS ARCOS.

Falta de estudos de composição física/gravimétrica dos resíduos gerados no

município

Existência de programa para coleta de óleo de cozinha – Projeto Oliver

Existência de consórcio para resíduos sólidos firmado entre Silva Jardim,

Saquarema e Araruama

Existência de depósitos para recebimento e comercialização de materiais

recicláveis

7.7 Construção dos Cenários

A aplicação do CDP no item anterior abre o caminho para aplicação da

metodologia proposta para construção dos Cenários Futuros para Silva Jardim.

A sequência do trabalho obedece a metodologia descrita e proposta para a

construção dos cenários futuros, de acordo com os parâmetros a seguir

identificados:

I - Ameaças e oportunidades do atual modelo de gestão;

Primeiro são elencadas todas as ameaças e oportunidades do atual

modelo de gestão de resíduos no município.

II - A identificação das ameaças críticas através de matriz numérica;

68

A segunda etapa consiste em identificar as prioridades, através do produto

das Relevâncias e Incertezas de cada Ameaça, anteriormente elencadas. Sendo os

índices de relevância e incerteza os seguintes:

III - A convergência das ameaças críticas.

IV - A hierarquização dos principais temas.

Na última etapa é realizada a hierarquização por ordem decrescente, do

grupo que mais pontuou, para o que menos pontuou.

Tabela 8 - Ameaças e Oportunidades do atual modelo de gestão

item Ameaças Oportunidades

I Falta de projeto de recuperação e de

monitoramento dos antigos lixões

- Projeto do CTDR Saquarema elaborado

- Existência de pagamento de ICMS Verde

pela recuperação de lixões.

II

Disposição final de resíduos orgânicos

(poda e manutenção de praças) em

área degradada por mineração

- Existência de uma central de

aproveitamento de resíduos orgânicos no

município de Araruama

III

Falta de um Plano de Gerenciamento

de Resíduos da Construção Civil e

Demolições, com definição de

ECOPONTOS e/ou ATT’s

- Existência da Resolução CONAMA

307/2002

IV

Falta de um Programa bem estruturado

de Coleta Seletiva de Resíduos

Urbanos para a Reciclagem

- Existência do Programa Coleta Seletiva

Solidária, do INEA, que auxilia na

implantação dos programas municipais

V

Falta de definição da forma de entrega

(acondicionamento) dos resíduos

sólidos ao sistema de coleta

- Existência de diversos modelos já

implantados em municípios brasileiros

VI

Necessidade de implantação da taxa

de lixo e efetiva cobrança desvinculada

do IPTU

- Lei nº 12.305/2010 – Política Nacional de

Resíduos Sólidos

- Meta PLANARES: desvinculação da

cobrança da taxa de lixo do IPTU

VII

Falta de integração entre os diversos

agentes dos órgãos municipais

envolvidos com os resíduos sólidos

- Proposição de novo modelo institucional

do PMSB

PRIORIDADE = RELEVÂNCIA X INCERTEZA Alta = 05 Média = 03 Baixa = 01

69

VIII

Falta de estudo/plano/projeto para a

coleta seletiva de materiais orgânicos

para implantação do programa de

compostagem, vermicompostagem e

eventualmente bioenergia e/ou

briquetagem

- Existência de uma central de

aproveitamento de resíduos orgânicos no

município de Araruama

IX

Falta de definição dos acordos

setoriais locais, regionais e estaduais

para disciplinamento da logística

reversa

- Acordos Setoriais estão sendo firmados a

nível federal, com intermediação do

Ministério do Meio Ambiente

X

Falta de regulação dos serviços

prestados, terceirizados,

concessionados, subconsessionados

- Existência da AGENERSA, que está em

processo de reformulação para poder

regular os serviços de limpeza urbana e

manejo de resíduos sólidos

XI

Falta de um programa bem estruturado

de educação ambiental voltada ao

correto manejo dos resíduos sólidos

pela população residente e sazonal

- Programa Coleta Seletiva Solidária do

INEA

XII

Falta de estudos de composição

física/gravimétrica dos resíduos

gerados no município

- Existência de metodologia da ABNT

10004, para quarteamento de resíduos

XIII

Falta de organização de catadores em

associação ou cooperativa e de um

cadastro efetivo de catadores,

carrinheiros, depósitos, aparistas,

sucateiros e indústrias recicladoras

- CONAMA Nº 237/97 – Dispõe sobre

licenciamento ambiental

Tabela 9 - Modelo Numérico para Ponderação das Ameaças

item Ameaças Relevância

(1) Incerteza

(2) Prioridades

(3)

I Falta de projeto de recuperação e de monitoramento dos antigos lixões

5 5 25

II Disposição final de resíduos orgânicos (poda e manutenção de praças) em área degradada por mineração

5 3 15

III

Falta de um Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e Demolições, com definição de ECOPONTOS e/ou ATT’s

5 3 15

70

item Ameaças Relevância

(1) Incerteza

(2) Prioridades

(3)

IV Falta de um Programa bem estruturado de Coleta Seletiva de Resíduos Urbanos para a Reciclagem

5 5 25

V Falta de definição da forma de entrega (acondicionamento) dos resíduos sólidos ao sistema de coleta

5 3 15

VI Necessidade de implantação da taxa de lixo e efetiva cobrança desvinculada do IPTU

5 5 25

VII Falta de integração entre os diversos agentes dos órgãos municipais envolvidos com os resíduos sólidos

3 1 03

VIII

Falta de estudo/plano/projeto para a coleta seletiva de materiais orgânicos para implantação do programa de compostagem, vermicompostagem e eventualmente bioenergia e/ou briquetagem

5 3 15

IX

Falta de definição dos acordos setoriais locais, regionais e estaduais para disciplinamento da logística reversa

3 3 09

X Falta de regulação dos serviços prestados, terceirizados, concessionados, subconsessionados

5 5 25

XI

Falta de um programa bem estruturado de educação ambiental voltada ao correto manejo dos resíduos sólidos pela população residente e sazonal

5 5 25

XII Falta de estudos de composição física/gravimétrica dos resíduos gerados no município

5 3 15

XIII

Falta de organização de catadores em associação ou cooperativa e de um cadastro efetivo de catadores, carrinheiros, depósitos, aparistas, sucateiros e indústrias recicladoras

5 3 15

Convergências das Ameaças Críticas

Após a definição dos valores de prioridades, as ameaças foram agrupadas

em quatro itens: Gestão Integrada, Produção/Redução de Resíduos, Disposição

Final, e Educação Ambiental;

71

A seguir estão apresentadas ameaças agrupadas, e ordenadas de acordo

com as que receberam maior pontuação, consideradas de maior prioridade para

busca de ações:

Tabela 10 - Gestão Integrada

Item Ameaça Prioridades

VI Necessidade de implantação da taxa de lixo e efetiva cobrança desvinculada do IPTU

25

X Falta de regulação dos serviços prestados, terceirizados, concessionados, subconsessionados

25

XIII Falta de organização de catadores em associação ou cooperativa e de um cadastro efetivo de catadores, carrinheiros, depósitos, aparistas, sucateiros e indústrias recicladoras

15

V Falta de definição da forma de entrega (acondicionamento) dos resíduos sólidos ao sistema de coleta

15

III Falta de um Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e Demolições, com definição de ECOPONTOS e/ou ATT’s

15

IX Falta de definição dos acordos setoriais locais, regionais e estaduais para disciplinamento da logística reversa

09

VII Falta de integração entre os diversos agentes dos órgãos municipais envolvidos com os resíduos sólidos

03

107

Tabela 11 - Produção/Redução de Resíduos

Item Ameaças Prioridades

IV Falta de um Programa bem estruturado de Coleta Seletiva de Resíduos

25

XII Inexistência de estudos de caracterização física/gravimétrica dos resíduos do município

15

VIII

Falta de estudo/plano/projeto para a coleta seletiva de materiais orgânicos para implantação do programa de compostagem, vermicompostagem e eventualmente bioenergia e/ou briquetagem

15

55

72

Tabela 12 - Disposição Final

Item Ameaças Prioridades

I Falta de projeto de recuperação e de monitoramento dos

antigos lixões 25

II Disposição final de resíduos orgânicos (poda e manutenção de

praças) em área degradada por mineração 15

40

Tabela 13 - Educação Ambiental

Item Ameaças Prioridades

XI

Falta de um programa bem estruturado de educação

ambiental voltada ao correto manejo dos resíduos sólidos pela

população residente e sazonal

25

25

Resumidamente as pontuações atingidas em cada grupo.

Tabela 14 - Resumo da pontuação por grupo

Programa Pontuação

Gestão Integrada 107

Produção/Redução de Resíduos 55

Disposição Final 40

Educação Ambiental 25

7.8 Definição dos Cenários

Pela hierarquização das ameaças, é possível observar que a gestão integrada

apresenta o maior número de pontos, seguida da disposição final, produção de

resíduos e educação ambiental. O modelo aplicado poderia conduzir a situações

diferenciadas, como por exemplo, disposição final ou produção de resíduos com a

maior pontuação e não a gestão integrada. Combinando-se entre si as

73

convergências pontuadas nos quatro setores selecionados é possível estabelecer as

seguintes estruturas básicas alternativas para a hierarquização dos cenários futuros.

Tabela 15 - Alternativas Fonte: SERENCO, 2.013.

Pela integração das alternativas desenhadas anteriormente obtém-se a figura a

seguir:

Tabela 16 - Integração das alternativas

Fonte: SERENCO,2.013.

Por esta imagem, é possível verificar que a pontuação da Gestão Integrada

acrescida de Educação Ambiental alcançou 132 pontos e a pontuação de Produção

de Resíduos e a consequente Disposição Final alcançou 95 pontos. Esses números

74

sugerem a montagem dos cenários a partir da Gestão Integrada (107), Produção de

Resíduos (55), Disposição Final (40) e Educação Ambiental (25).

Para melhor entendimento metodológico e para o detalhamento dos cenários

(prognósticos) pesquisados optou-se pela seguinte sequência:

- Produção de Resíduos;

- Disposição Final;

- Gestão Integrada, e,

- Educação Ambiental.

7.8.1 Produção/Redução de Resíduos Sólidos

Para determinação da projeção de geração dos resíduos domésticos, foram

adotados os dados considerados no Diagnóstico.

Na tabela a seguir, tem-se o cenário previsível, que representa se nada for

feito ao longo dos próximos 20 anos e o cenário normativo com o alcance das metas

estabelecidas para a Região Sudeste no Plano Nacional de Resíduos Sólidos.

75

Tabela 17 - Projeção da geração de resíduos

Fonte: SERENCO,2.013.

7.8.1.1 Cenário Desejado

O Cenário desejado é aquele que utopicamente se define como “desperdício

zero” ou ainda “produção zero de resíduos”. Cenário este que não pode ser atingido,

pois sempre existirão resíduos a serem descartados, como os resíduos dos serviços

de saúde, da poda, da construção civil.

Admite-se que a redução deverá ocorrer caso sejam adotadas medidas

articuladas de ação, porém o esforço normativo, operacional, financeiro e de

planejamento exercido sobre todos os aspectos que ligam o gerador à disposição

final poderão não ser suficientes, restando no final, resíduos sólidos, diferentemente

do que se deseja – produção zero. Pela Lei Nº 12.305/2010 e Decreto Nº

Orgânico

(51,4%)

Reciclável

(31,9%)

Rejeito

(16,7%)% t/ano % t/ano

2.013 16.502 0,701 4.224 2.171 1.347 705

2.014 16.692 0,709 4.323 2.222 1.379 722 25% 1.034 22% 1.733 3.489

2.015 16.883 0,718 4.423 2.273 1.411 739 30% 988 25% 1.705 3.431

2.016 17.074 0,726 4.524 2.325 1.443 756 32% 981 28% 1.674 3.411

2.017 17.264 0,734 4.626 2.378 1.476 773 33% 989 30% 1.665 3.426

2.018 17.455 0,742 4.730 2.431 1.509 790 35% 981 33% 1.629 3.400

2.019 17.645 0,751 4.835 2.485 1.542 807 37% 972 35% 1.615 3.394

2.020 17.836 0,759 4.941 2.539 1.576 825 38% 977 37% 1.600 3.402

2.021 18.027 0,767 5.048 2.595 1.610 843 40% 966 40% 1.557 3.366

2.022 18.217 0,775 5.156 2.650 1.645 861 41% 970 43% 1.511 3.342

2.023 18.408 0,784 5.265 2.706 1.680 879 42% 974 45% 1.488 3.342

2.024 18.598 0,792 5.375 2.763 1.715 898 42% 995 46% 1.492 3.384

2.025 18.789 0,800 5.487 2.820 1.750 916 43% 998 47% 1.495 3.409

2.026 18.980 0,808 5.600 2.878 1.786 935 44% 1.000 49% 1.468 3.404

2.027 19.170 0,817 5.714 2.937 1.823 954 45% 1.002 50% 1.468 3.425

2.028 19.361 0,825 5.829 2.996 1.859 973 46% 1.004 51% 1.468 3.445

2.029 19.551 0,833 5.945 3.056 1.896 993 47% 1.005 53% 1.436 3.434

2.030 19.742 0,841 6.062 3.116 1.934 1.012 49% 986 54% 1.433 3.432

2.031 19.933 0,850 6.181 3.177 1.972 1.032 50% 986 55% 1.430 3.448

2.032 20.123 0,858 6.300 3.238 2.010 1.052 52% 965 57% 1.392 3.409

2.033 20.314 0,866 6.421 3.300 2.048 1.072 55% 922 60% 1.320 3.314

Projeção

de

resíduos

(t/ano)

ANO

População

Residente

(habitantes)

Geração de

resíduos per

capita

(kg/hab.dia)

Cenário Previsível

Composição (t/ano)

Cenário Normativo

Redução de

resíduos

recicláveis

dispostos em

aterro

Redução de

resíduos

orgânicos

dispostos em

aterro

Projeção

de

resíduos

(t/ano)

76

7.404/2010, a logística reversa, a reciclagem energética e a coleta seletiva com

inclusão social dos catadores deverão estar presentes na definição desse cenário.

Da mesma forma, admite-se que sempre existirão áreas disponíveis que

poderão ser licenciadas para receber os resíduos para serem dispostos utilizando-se

de tecnologias ambientalmente satisfatórias. Também se admite que os recursos

financeiros necessários sempre sejam disponibilizados.

7.8.1.2 Cenário Previsível

Comparando-se com os valores obtidos pelo PLANARES, a respeito da

caracterização de resíduos, foi possível estabelecer os dados da tabela a seguir:

Tabela 18 - Composição dos resíduos de Silva Jardim

Município Produção de resíduos

(t/dia)

Orgânicos Recicláveis Rejeitos

(%) (t/dia) (%) (t/dia) (%) (t/dia)

Silva Jardim 11,57 51,4% 5,94 31,9% 3,69 16,7% 1,92

Fonte: SERENCO,2.013.

Através da previsão populacional adotada e com a quantificação de resíduos

dispostos diariamente no Aterro Sanitário de DOIS ARCOS, provenientes da coleta

domiciliar e comercial de Silva Jardim é possível construir o cenário previsível para o

ano de 2033.

77

Tabela 19 - Projeção da geração de resíduos (Cenário Previsível)

Fonte: SERENCO, 2.013.

Logo, pelo cenário previsível para 2033, considerando a população urbana

residente de Silva Jardim terá um crescimento de 16.502 habitantes para 20.314,

acarretando acréscimos na produção anual de resíduos de 4.224,00 toneladas para

6.421,00 toneladas. O crescimento na geração de resíduos deve-se também à

projeção do aumento da geração per capita no município, estimado com um

incremento de 25% até 2033, chegando a 0,866 kg/hab.dia.

Orgânico

(51,4%)

Reciclável

(31,9%)

Rejeito

(16,7%)

2.013 16.502 0,701 4.224 2.171 1.347 705

2.014 16.692 0,709 4.323 2.222 1.379 722

2.015 16.883 0,718 4.423 2.273 1.411 739

2.016 17.074 0,726 4.524 2.325 1.443 756

2.017 17.264 0,734 4.626 2.378 1.476 773

2.018 17.455 0,742 4.730 2.431 1.509 790

2.019 17.645 0,751 4.835 2.485 1.542 807

2.020 17.836 0,759 4.941 2.539 1.576 825

2.021 18.027 0,767 5.048 2.595 1.610 843

2.022 18.217 0,775 5.156 2.650 1.645 861

2.023 18.408 0,784 5.265 2.706 1.680 879

2.024 18.598 0,792 5.375 2.763 1.715 898

2.025 18.789 0,800 5.487 2.820 1.750 916

2.026 18.980 0,808 5.600 2.878 1.786 935

2.027 19.170 0,817 5.714 2.937 1.823 954

2.028 19.361 0,825 5.829 2.996 1.859 973

2.029 19.551 0,833 5.945 3.056 1.896 993

2.030 19.742 0,841 6.062 3.116 1.934 1.012

2.031 19.933 0,850 6.181 3.177 1.972 1.032

2.032 20.123 0,858 6.300 3.238 2.010 1.052

2.033 20.314 0,866 6.421 3.300 2.048 1.072

Projeção

de

resíduos

(t/ano)

ANO

População

Residente

(habitantes)

Geração de

resíduos per

capita

(kg/hab.dia)

Cenário Previsível

Composição (t/ano)

78

O crescimento na geração de resíduos orgânicos será de 2.171,00 para

3.320,00 t/ano; recicláveis de 1.347,00 para 2.048,00 t/ano; e rejeitos de 705,00 para

1.072,00 t/ano.

Essas quantidades poderão sofrer pequenos acréscimos ou decréscimos, em

função da variação do poder aquisitivo da população sempre que o PIB (IPCA)

cresça ou diminua influenciando o poder de compra da população ou ainda

diminuindo em função de programas bem definidos de minimização da geração de

resíduos.

7.8.1.3 Cenário Normativo

Na montagem do cenário normativo buscou-se apoio no planejamento para o

desenvolvimento de estratégias de gestão interferindo-se diretamente sobre os

parâmetros que determinam a produção de resíduos. Destacam-se os seguintes:

Educação ambiental da população geradora tendo em vista a mudança

de atitudes, de hábitos e de costumes;

Incentivo à reutilização de materiais, dando nova utilidade aos

materiais que são considerados inúteis;

Separação dos materiais potencialmente recicláveis (secos e

orgânicos) enviando-os/entregando-os para a coleta seletiva formal

e/ou informal;

Adoção de um conjunto articulado de ações normativas, operacionais,

financeiras e de planejamento com base em critérios sanitários,

ambientais e econômicos para coletar, transferir, transportar, tratar e

dispor os resíduos sólidos gerados;

Aumento de investimento na infraestrutura de Coleta Seletiva de

Materiais Recicláveis, e,

Implantação de programa de Coleta Seletiva de Materiais Orgânicos

para a Compostagem, Vermicompostagem, Digestão

Anaeróbia/Bionenergia e Briquetagem.

79

A Versão Preliminar do Plano Nacional de Resíduos Sólidos – PLANARES

definiu metas de redução de resíduos dispostos em aterros sanitários até 2031, de

acordo com as características de cada região do país.

Tabela 20 - Metas do PLANARES para Região Sudeste

Metas Plano de Metas (Região Sudeste)

2015 2019 2023 2027 2031

Redução dos resíduos recicláveis secos dispostos em aterro, com base na caracterização nacional em 2013

30% 37% 42% 45% 50%

Redução dos resíduos úmidos dispostos em aterro, com base na caracterização nacional em 2013

25% 35% 45% 50% 55%

Fonte: PLANARES, 2.012.

De acordo com as metas estabelecidas, na região Sudeste os municípios

deverão reduzir em 50% a quantidade de resíduos recicláveis secos dispostos em

aterro, e em 55% a quantidade de resíduos úmidos (orgânicos) até 2031. Como este

Plano tem horizonte de 20 anos, portanto até 2033, as metas foram extrapoladas

para 55% e 60%, respectivamente, iniciando em 2014.

Na tabela a seguir, é possível observar a redução da quantidade de resíduos

com as metas previstas no PLANARES.

80

Tabela 21 - Projeção da geração de resíduos (Cenário Normativo)

Fonte: SERENCO, 2.013.

A tabela anterior apresenta a projeção da população, mantendo a estimativa

de acréscimo da geração per capita de resíduos, e com o alcance das metas do

PLANARES, chega a uma estimativa de quantidade de resíduos a ser destinada em

aterro sanitário de 3.314,00 toneladas no ano de 2033, número este a baixo da

quantidade estimada gerada em 2013 (4.224 toneladas).

Essa quantia prevista pelo cenário normativo pode também ser comparada à

projeção da quantidade de resíduos produzida em 2033, sem atingir as metas do

PLANARES, que alcança 6.421,00 toneladas, o que representa um aproveitamento

de 48,26% dos resíduos produzidos no município.

% t/ano % t/ano

2.013 16.502 0,701

2.014 16.692 0,709 25% 1.034 22% 1.733 3.489

2.015 16.883 0,718 30% 988 25% 1.705 3.431

2.016 17.074 0,726 32% 981 28% 1.674 3.411

2.017 17.264 0,734 33% 989 30% 1.665 3.426

2.018 17.455 0,742 35% 981 33% 1.629 3.400

2.019 17.645 0,751 37% 972 35% 1.615 3.394

2.020 17.836 0,759 38% 977 37% 1.600 3.402

2.021 18.027 0,767 40% 966 40% 1.557 3.366

2.022 18.217 0,775 41% 970 43% 1.511 3.342

2.023 18.408 0,784 42% 974 45% 1.488 3.342

2.024 18.598 0,792 42% 995 46% 1.492 3.384

2.025 18.789 0,800 43% 998 47% 1.495 3.409

2.026 18.980 0,808 44% 1.000 49% 1.468 3.404

2.027 19.170 0,817 45% 1.002 50% 1.468 3.425

2.028 19.361 0,825 46% 1.004 51% 1.468 3.445

2.029 19.551 0,833 47% 1.005 53% 1.436 3.434

2.030 19.742 0,841 49% 986 54% 1.433 3.432

2.031 19.933 0,850 50% 986 55% 1.430 3.448

2.032 20.123 0,858 52% 965 57% 1.392 3.409

2.033 20.314 0,866 55% 922 60% 1.320 3.314

ANO

População

Residente

(habitantes)

Geração de

resíduos per

capita

(kg/hab.dia)

Cenário Normativo

Redução de

resíduos

recicláveis

dispostos em

aterro

Redução de

resíduos

orgânicos

dispostos em

aterro

Projeção

de

resíduos

(t/ano)

81

Figura 1 - Gráfico da projeção de geração de resíduos

Fonte: SERENCO, 2.013.

Ainda pelo Plano Nacional de Resíduos Sólidos, do Ministério do Meio

Ambiente, de agosto de 2012, Capitulo 5, definem-se as metas que se espera

alcançar no horizonte temporal de 2031. Resumidamente para a Região Sudeste:

Meta 1 – Eliminação Total dos Lixões até 2014 (%)

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 --- --- --- --- %

Meta 2 – Áreas de lixões reabilitadas (queima pontual, captação de gases para

geração de energia mediante viabilidade técnica e econômica, coleta de chorume,

drenagem pluvial, compactação da massa e cobertura vegetal). (%)

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 10 20 50 75 100 %

Meta 3 – Redução dos Resíduos Recicláveis Secos dispostos em Aterros, com base

na caracterização Nacional 2013(%)

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 30 37 42 45 50 %

82

Meta 4 – Redução dos Resíduos Úmidos dispostos em Aterros, com base na

caracterização Nacional de 2013 (%)

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 25 35 45 50 55 %

Meta 5 – Recuperação de gases de aterro sanitário.

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 50 100 150 200 250 MW/h

Meta 6 – Inclusão e fortalecimento da organização de catadores.

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 109.564 152.607 172.172 195.650 234.780 Nº

Com relação as metas do PLANARES de Qualificação da Gestão dos Resíduos

Sólidos, elencamos apenas as relacionadas ao município.

Meta 2 – Planos Municipais e Intermunicipais elaborados até 2014.

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 100 100 100 100 %

Meta 4 – Municípios com cobrança por serviços de RSU, sem vinculação ao IPTU

(%).

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 44 60 72 81 95 %

Metas para Resíduos de Serviços de Saúde

Meta 1 - Tratamento implementado (RDC ANVISA 306/2004 e CONAMA 358/2005).

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 100 100 100 100 %

Meta 2 - Disposição Final ambientalmente adequada de RSS

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 100 100 100 100 %

83

Meta 3 – Lançamento de efluentes provenientes de serviços de saúde, de acordo

com os padrões CONAMA 357/2005 – 370/2006 – 397/2008 – 410/2009 – 430/2011

e Resolução CONAMA 358/2005.

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 100 100 100 100 %

Meta 4 - Inserção de informações sobre quantidade média mensal de RSS gerado

por grupo e quantidade de RSS tratada no Cadastro Técnico Federal (CTF).

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 100 100 100 100 %

Resíduos de Portos, Aeroportos e Passagens de Fronteiras.

Meta 1 - Adequação do Tratamento de resíduos gerados, conforme normas vigentes.

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 100 100 100 100 %

Meta 2 - Coleta seletiva implementada nos pontos de entrada de resíduos e

aplicação de logística reversa, conforme legislação vigente.

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 100 100 100 100 %

Meta 3 - Inserção das informações de quantitativo de resíduos (dados do PGRS) no

Cadastro Técnico Federal do IBAMA.

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 100 100 100 100 %

Resíduos Industriais

Meta 1 – Disposição Final ambientalmente adequada de rejeitos industriais

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 100 100 100 100 %

84

Meta 2 – Redução da geração de rejeitos da indústria, com base no Inventário

Nacional de Resíduos Industriais de 2014

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 10 20 40 60 70 %

Resíduos Agrossilvopastoris

Meta 1 - Inventário de resíduos agrossilvopastoris

2015 2019 2023 2027 2031

Meta Favorável 100 100 100 100 100 %

Resíduos Sólidos da Mineração

Meta 1 - Levantamento de dados dos resíduos gerados pela atividade mineral (%)

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 80 90 100 --- --- %

Meta 2 – Destinação Ambientalmente Adequada de resíduos da mineração (% peso)

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 80 85 90 95 100 %

Meta 3 - Implantação de Planos de Gerenciamento de Resíduos de Mineração –

PGRMs (%)

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 90 95 100 --- --- %

Resíduos da Construção Civil (RCC)

Meta 1 - Eliminação de 100% de áreas de disposição irregular até 2014. (Bota

Foras)

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 --- --- --- --- %

Meta 2 – Destinação de RCC para Aterros Classe A licenciados em 100% dos

municípios, até 2014.

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 --- --- --- --- %

85

Meta 3 - Implantação de PEV’s, Áreas de Triagem e Transbordo em 100% dos

municípios, até 2014.

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 --- --- --- --- %

Meta 4 - Reutilização e Reciclagem de RCC em 100% dos municípios,

encaminhando os RCC para instalações de recuperação.

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 50 70 85 100 --- %

Meta 5 - Elaboração de Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção,

pelos grandes geradores, e implantação de sistema declaratório dos geradores,

transportadores e áreas de destinação, até 2014.

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 --- --- --- --- %

Meta 6 - Elaboração de diagnóstico quantitativo e qualitativo da geração, coleta e

destinação dos RCC, até 2014.

2015 2019 2023 2027 2031

Região Sudeste 100 --- --- --- --- %

7.8.1.4 Disposição Final

Os cenários apresentados anteriormente se refletem diretamente sobre o

cenário relativo a disposição dos resíduos.

Atualmente existem várias tecnologias para o tratamento e disposição final de

resíduos. Desde os tradicionais Aterros Sanitários, Incineração de resíduos,

sistemas como a pirólise, queima na ausência de O2, usinas compactas de

separação mecânica (rejeitos + recicláveis + orgânicos) com ou sem aproveitamento

energético, entre muitos outros processos, já se encontram disponibilizados no

mercado internacional e chegando ao Brasil.

86

Não se pode descartar em nível de disposição final os efeitos positivos a

serem implementados por um Sistema de Coleta Seletiva de Resíduos Recicláveis

bem estruturado, desviados para as indústrias recicladoras que geram novos

produtos. Também os efeitos positivos causados pela Coleta Seletiva de Resíduos

Orgânicos desviados para a Compostagem/ Vermicompostagem, Digestão

Anaeróbia associada a produção de Bioenergia e a Briquetagem, precisam ser

levados em consideração.

Em consonância com as Metas do PLANARES supracitadas faz parte da

Política Estadual de Resíduos Sólidos do Governo do Estado do Rio de Janeiro, a

erradicação dos Lixões até 2.014, conforme já citado.

7.8.2 Gestão Integrada

A gestão da Limpeza Pública e Manejo de Resíduos Sólidos de Silva Jardim

obedece ao modelo apresentado na figura a seguir:

Figura 38 - Fluxograma do Sistema de Limpeza Pública e Manejo de Resíduos Sólidos

Fonte: SERENCO, 2.012.

87

As ameaças elencadas anteriormente refletem as principais preocupações a

serem atendidas pelo ente concedente dos serviços de limpeza urbana e manejo

dos resíduos sólidos – o Município de Silva Jardim.

Este cenário atrai e envolve todos os atores públicos e/ou privados

responsáveis pela gestão dos serviços de limpeza urbana, pelo manejo de resíduos

sólidos e também, de forma direta, envolvendo todos os geradores, sejam eles

domiciliares, comerciais, prestadores de serviços, industriais, públicos e privados.

7.8.3 Educação Ambiental

Conforme definido pela Política Nacional de Educação Ambiental (Lei Nº

9.795, de 27 de abril de 1999), “educação ambiental” são “os processos por meio

dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,

habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio

ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua

sustentabilidade”.

Acredita-se que os efeitos da educação ambiental somente apresentarão

resultados positivos quando a gestão adequada dos resíduos sólidos associada a

um forte programa de educação ambiental for materializada através de programas,

projetos e ações que apresentem resultados satisfatórios e positivos. O Plano

Nacional de Resíduos Sólidos diagnosticou uma variabilidade de formas de atuação

de ações de educação ambiental, conforme as tipologias a seguir:

Tipo 1 - Informações orientadoras e objetivas para a participação da

população ou de determinada comunidade em programas ou ações ligadas

ao tema resíduos sólidos. Normalmente está ligada a objetivos ou metas

específicas dentro do projeto ou ação em que aparece.

Tipo 2 - Sensibilização/mobilização das comunidades diretamente

envolvidas. Aqui os conteúdos a serem trabalhados envolvem um

aprofundamento das causas e consequências do excesso de geração e na

88

dificuldade de cuidado, tratamento e destinação adequados dos resíduos

sólidos produzidos em um município.

Tipo 3 – Informação, sensibilização ou mobilização para o tema resíduos

sólidos desenvolvidos em ambiente escolar. Neste caso o conteúdo

desenvolvido tem claro objetivo pedagógico e normalmente o tema Resíduos

Sólidos é trabalhado para chamar a atenção e sensibilizar a comunidade

escolar para as questões ambientais de uma forma mais ampla.

Tipo 4 – Campanhas e Ações Pontuais de Mobilização - Neste caso os

conteúdos, instrumentos e metodologias devem ser adequados à cada caso

específico. A complexidade do tema e a necessidade premente de mudança

de hábitos e atitudes necessários à implantação dos novos princípios e

diretrizes presentes na PNRS impossibilitam que estas ações alcancem todos

os objetivos e metas propostos em um trabalho educativo. Podem, entretanto,

fazer parte de programas mais abrangentes de educação ambiental, podendo

ainda envolver um público mais amplo.

7.8.4 Recomendações

Várias considerações, sugestões e alternativas surgem ao final dos Cenários

anteriormente construídos. As principais delas estão apresentadas a seguir:

1. Institucionalização da Coleta Seletiva de Materiais Recicláveis

Implantação de infraestrutura necessária;

Definição do acondicionamento dos materiais recicláveis;

Logística de coleta porta a porta, em PEV’s e/ou ECOPONTOS;

Implantação de Associação ou Cooperativa de catadores;

Capacitação dos catadores membros das associações;

Regularizar o levantamento dos depósitos, aparistas e sucaterios;

Comercialização dos materiais recicláveis;

89

Figura 39 - Alternativas propostas para a coleta seletiva de materiais recicláveis

2. Reformulação e complementação do sistema de Acondicionamento, Coleta,

Transporte e Destinação Final de Resíduos Domiciliares/Comerciais

Definição do acondicionamento dos resíduos sólidos domiciliares/comerciais;

Definir detalhadamente e fiscalizar os grandes geradores.

90

Figura 40 - Proposta de gestão de resíduos domiciliares/comerciais

Fonte: SERENCO, 2.012.

3. Institucionalização da Coleta Seletiva de Resíduos Orgânicos

Implantação de infraestrutura necessária para o programa de coleta seletiva

de materiais orgânicos;

Definição do acondicionamento dos resíduos orgânicos com prioridade aos

Grandes Geradores;

Definição do modelo de veículo coletor;

Logística de coleta, em bombonas (tambores) com tampa, de ponto a ponto,

PEV’s e/ou ECOPONTOS;

Definição da disposição final em conjunto ou não, com os resíduos da poda,

capina e roçagem, tendo em vista a compostagem, vermicompostagem,

digestão anaeróbia para bioenergia e/ou briquetagem, e,

Definição da comercialização dos produtos gerados.

91

Figura 41 - Fluxograma para o Sistema de Coleta Seletiva de Resíduos Orgânicos para a Compostagem/Vermicompostagem – Alternativas Propostas

Fonte: SERENCO, 2.012.

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4. Implantação de ECOPONTOS

Figura 42 - Modelo de ECOPONTO

Fonte: SERENCO, 2.012.

Figura 43 - Proposta de planta de ECOPONTO

Fonte: SERENCO, 2.012.

93

A norma ABNT NBR 15.112/2.004 estabelece as diretrizes para projeto,

implantação e operação de Áreas de transbordo e triagem para resíduos da

construção civil e resíduos volumosos. A norma também define as seguintes

condições para implantação de ATTs:

Isolamento;

Identificação;

Equipamentos de segurança;

Sistemas de proteção ambiental, e,

Condições específicas para pontos de entrega de pequenos volumes.

Além disso, especifica condições gerais para o projeto e de operação que

deverão ser levados em conta quando da implantação destas áreas.

5. Monitoramento dos antigos lixões

Projetos de remediação dos passivos ambientais encontrados no

município, implementação e monitoramento completo da área (solo, ar,

lençol freático e águas superficiais).

6. Responsabilidades pelo gerenciamento de resíduos de grandes geradores

Os geradores de resíduos incluídos no art. 20 da Lei 12.305/2.010 são

responsáveis pelo gerenciamento dos seus resíduos, devendo ser definidas a

implementação e operacionalização.

Quanto ao poder público, cabe a fiscalização e orientação aos grandes

geradores para cumprirem a legislação vigente.

O Quadro 1 - Definição de responsabilidades, define as responsabilidades de

implementação, operacionalização e fiscalização para os resíduos enquadrados no

art. 20:

94

Quadro 1 - Definição de responsabilidades

Fonte: SERENCO, 2.013.

7. Transporte de resíduos de grandes geradores

De acordo com a Lei 12.305/2.010, os geradores de resíduos das atividades

listadas no art. 20, deverão elaborar seu Plano de Gerenciamento de Resíduos

Sólidos. Também deverão contratar, independente da coleta de resíduos

domiciliares, empresa para realizar a coleta e transporte desses resíduos para

destiná-los adequadamente.

Para o serviço de transporte de resíduos, as empresas deverão possuir

licenciamento e autorização ambiental junto ao INEA (ou órgão ambiental municipal),

que define os critérios baseados na legislação, normas e resoluções existentes. Para

os resíduos classe I, por exemplo, deverá ser atendida a seguinte legislação:

NBR 13.221 – Transporte Terrestre de Resíduos;

NBR 7500 – Transporte de Cargas Perigosa Simbologia;

NBR 7501 – Transporte de Cargas Perigosas – Terminologia;

NBR 7502 – Transporte de Carga Perigosa – Classificação;

NBR 7503 – Ficha de Emergência para Transporte de Cargas Perigosas;

Geradores Implementação/

Operacionalização Órgão Fiscalizador

Resíduos Industriais Instalações industriais Secretaria do Meio Ambiente

Resíduo de Serviço de Saúde

Prestadores de serviço de saúde Secretaria de Meio Ambiente/

Vigilância Sanitária

Resíduo de Mineração Atividade de pesquisa, extração ou

beneficiamento de minérios Secretaria de Meio Ambiente

Estabelecimentos Comerciais e de Prestação de serviços

Supermercados, Shopping Centers, Centros Comerciais e etc

Secretaria de Meio Ambiente

Empresas de Construção Civil

Atividades de construção beneficiamento de materiais para

construção

Secretaria de Meio Ambiente/Secretaria Municipal

de Obras

Empresas de Transporte

Portos, Aeroportos, Terminais Alfandegários, Rodoviárias, Ferroviárias, Passagens de

Fronteira

Secretaria de Meio Ambiente

Atividades Agrossilvopastoris

Atividades Rurais, e beneficiamento de produtos

agrossilvopastoris

Secretaria de Meio Ambiente/Secretaria Municipal

de Agricultura

95

NBR 7504 – Envelope para Transporte de Cargas Perigosas, Dimensões e

Utilizações;

NBR 9735 - Conjunto de equipamentos para emergências no transporte

terrestre de produtos perigosos;

Decreto Federal 96.044/1.988 – Dispõe sobre transporte rodoviário de

produtos perigosos;

Resolução CONAMA N° 001/1.986 - Dispõe sobre transporte de produtos

perigosos em território nacional, e,

Resolução 420/2.004 da ANTT. – Declaração de Destinação do Resíduo.

Para contratar empresa prestadora de serviços de transporte para resíduos Classe I,

é necessário verificar se:

A empresa é habilitada para realizar o transporte de resíduo perigoso de

acordo com a Resolução 420 da ANTT;

A empresa possui Licença Ambiental emitida pelo INEA;

Os veículos estão identificados conforme determina a legislação;

Os veículos possuem a documentação necessária para o transporte de

produto perigoso, bem como plano de emergência, no caso de acidentes;

Os condutores possuem a documentação necessária exigíveis por lei

para esse tipo de transporte;

Solicitar o plano de emergência;

Encaminhar junto ao resíduo transportado o Manifesto de

Transporte/Notas fiscais, solicitando devolução de uma das vias

carimbada tanto pelo transportador quanto pelo receptor final do resíduo;

Para contratar empresa prestadora de serviços de transporte para resíduos classe II

- A e Classe II - B, é necessário verificar se:

A empresa possui licença ambiental para transporte;

A empresa solicita ao INEA a autorização de transporte quando

necessário;

96

É encaminhado junto ao resíduo transportado o Manifesto de

Transporte/Notas Fiscais, solicitando devolução de uma das vias

carimbada tanto pelo transportador quanto pelo receptor final do resíduo.

Antes de contratar empresas prestadoras de serviços pertinentes a atividade

de tratamento e disposição final de resíduos se faz necessário verificar:

Se a empresa possui Licença de Instalação e de Operação

Se a licença permite que a empresa receba o tipo de resíduos que está

sendo destinado para tratamento

Se o Aterro está licenciado para receber os resíduos gerados durante o

processo de tratamento.

Se a empresa emite o certificado de Tratamento dos Resíduos.

Se a empresa encaminha os relatórios de recebimento de resíduos ao

INEA.

Se a empresa está em dia com suas obrigações fiscais e trabalhistas,

solicitando, Certidão de Regularidade com o INSS – CND, Certidão de

Regularidade com o FGTS, Certidão de Regularidade com as Fazendas

Municipal, Estadual e Federal.

Em caso de resíduos encaminhados para empresas que geram insumos

provenientes do processo de tratamento, como por exemplo: cinzas do

processo de incineração, solicitar documentação ambiental do

empreendimento de destinação final dos rejeitos.

Ao encaminhar o resíduo para Tratamento/Destinação Final deve ser

preenchida a planilha de Controle de Movimentação de Resíduos, com isso os

controles das atividades propostas no PGRS ficam efetivamente monitorados.

97

8. Mecanismos para criação de fontes de negócio, emprego e renda

A Prefeitura Municipal deverá criar incentivos fiscais para atrair indústrias de

reciclagem e beneficiamento de materiais, para o município, criando assim fontes de

negócio, emprego e renda mediante a valorização de resíduos sólidos.

Ainda deverão ser incluídos nos incentivos as Associações e Cooperativas de

catadores de materiais recicláveis que estejam organizadas para serem beneficiadas

gerando fontes de negócio, emprego e renda.

9. Sugestões ao programa de Educação Ambiental

O Programa de Educação Ambiental proposto nesse Plano, se apoia nos

programas já desenvolvidos pelo Estado do Rio de Janeiro, como o Programa Coleta

Seletiva Solidária, detalhados no produto 5.1.

Sugere-se que no programa a ser implantado, além da divulgação através de

folders, cartazes e cartilhas, seja feita a divulgação do mesmo utilizando os veículos

da coleta de resíduos, assim como já é realizado em outros municípios do país.

Figura 44 - Modelo de veículo de coleta de resíduos

Fonte: SERENCO, 2.013.

10. Periodicidade de revisão do Plano

O Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos deverá ser revisado a cada

quatro anos, observando prioritariamente o período de vigência do plano plurianual

municipal.

98

11. Resíduos de Serviços Públicos de Saneamento

Os resíduos de serviços públicos de saneamento gerados no município são

de responsabilidade da concessionária Prolagos, que deve buscar alternativas para

seu tratamento e disposição final.

Os lodos gerados tanto nas ETEs quanto na ETA operados pela Prolagos,

são destinados para o aterro sanitário Dois Arcos.

12. Diretrizes para Logística Reversa

A logística reversa é definida pela Lei 12.305/2.010 como instrumento de

desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações,

procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos

sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros

ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.

O Governo Federal instalou, no dia 17 de fevereiro de 2.011, o Comitê

Orientador para Implementação de Sistemas de Logística Reversa. O Comitê é

formado pelos ministérios do Meio Ambiente, da Saúde, da Fazenda, da Agricultura,

Pecuária e Abastecimento e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e

tem por finalidade definir as regras para devolução dos resíduos (aquilo que tem

valor econômico e pode ser reciclado ou reutilizado) à indústria, para

reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos.

O Grupo Técnico de Assessoramento (GTA), que funciona como instância de

assessoramento para instrução das matérias a serem submetidas à deliberação do

Comitê Orientador, criou cinco Grupos Técnicos Temáticos que discutem, desde o

dia 5 de maio, a Logística Reversa para cinco cadeias.

As cinco cadeias identificadas, inicialmente como prioritárias, são: descarte de

medicamentos; embalagens em geral; embalagens de óleos lubrificantes e seus

resíduos; lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista, e

eletroeletrônicos.

Esses Grupos tem por finalidade elaborar propostas de modelagem da

Logística Reversa e subsídios para o edital de chamamento para o Acordo Setorial.

99

Os sistemas de devolução dos resíduos aos geradores serão implementados

principalmente por meio de acordos setoriais com a indústria. A lei prevê a Logística

Reversa para as cadeias produtivas de agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos

lubrificantes, lâmpadas e produtos eletroeletrônicos.

Portanto, o município deverá acatar as regras definidas a nível federal para

poder implementar as ações de logística reversa localmente.

Figura 45 - Modelo para logística reversa

Fonte: PIRES, 2.007.

100

7.9 Programas, Metas e Ações

Apresentam-se a seguir, os programas, planos, projetos, metas e ações tendo em

vista os cenários anteriormente construídos e sugeridos, suas alternativas

concebidas, a serem compatibilizadas com os demais setores do PMSB, com seus

programas e metas imediatas, curto, médio e longo prazos em busca da

universalização do sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos

Urbanos de Silva Jardim, admitindo-se soluções graduais e progressivas.

As carências atuais (ameaças) diagnosticadas, apoiam o estabelecimento das metas

indicadas, tendo em vista a tomada de decisões que os executores tais como o

poder executivo local, os prestadores de serviços e o ente regulador tenham em

mãos os indicativos necessários para o atendimento dos objetivos, metas e ações

propostas neste Plano.

Resumidamente, destacam-se os seguintes pontos referenciados ao sistema de

limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos de Silva Jardim.

I – Programa Produção de Resíduos.

II – Programa Disposição Final.

III – Programa Gestão Integrada.

IV – Programa Educação Ambiental.

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te10

ano

s.Es

taár

ea

pre

cisa

ser

rem

ed

iad

ae

mo

nit

ora

da

par

am

inim

izar

os

imp

acto

sam

bie

nta

ise

xist

en

tes.

Co

mre

laçã

oa

dis

po

siçã

ofi

nal

do

sre

síd

uo

ssó

lid

os

o

mu

nic

ípio

po

ssu

idu

asal

tern

ativ

asco

mp

oss

ibil

idad

ed

eim

pla

nta

ção

:1º

Imp

lan

taçã

od

oC

en

tro

de

Trat

ame

nto

de

Re

síd

uo

s–

CTR

, em

Saq

uar

em

a, r

ece

be

nd

o o

s re

síd

uo

s d

e S

aqu

are

ma,

Ara

ruam

a e

Sil

va J

ard

im, a

trav

és

do

co

nsó

rcio

fo

rmal

izad

o.

2ºIm

pla

nta

ção

de

Esta

ção

de

Tran

sbo

rdo

em

Ara

ruam

a,p

ara

tran

sfe

rên

cia

do

sre

síd

uo

ssó

lid

os

de

Saq

uar

em

a,Si

lva

Jard

ime

Ara

ruam

a p

ara

o A

terr

o S

anit

ário

Do

is A

rco

s, e

m S

ão P

ed

ro d

a A

lde

ia.

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l d

e S

ilva

Jard

im

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l d

e S

ilva

Jard

im

Pre

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ura

Mu

nic

ipa

l d

e S

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Jard

im

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. C

ole

ta d

e a

mo

stra

s d

os

po

ços

de

mo

nit

ora

me

nto

a s

ere

m im

pla

nta

do

s

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

a 15

AN

OS

LON

GO

PR

AZO

- 1

6 A

20

AN

OS

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S

Elab

ora

ção

do

pro

jeto

107

108

109

PR

OG

RA

MA

3

OB

JETI

VO

3.3

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

* V

incu

lad

a à

taxa

de

co

bra

nça

do

s se

rviç

os.

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. S

atis

façã

o c

om

os

serv

iço

s p

rest

ado

s;

2. S

atis

façã

o c

om

os

pre

ços

pag

os

pe

los

serv

iço

s;

MU

NIC

ÍPIO

DE

SILV

A J

AR

DIM

- P

LAN

O M

UN

ICIP

AL

DE

GES

TÃO

INTE

GR

AD

A D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

LID

OS

LIM

PEZ

A U

RB

AN

A E

MA

NEJ

O D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

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OS

Ge

stão

Inte

grad

a

Re

gula

ção

do

s se

rviç

os

pre

stad

os

FUNDAMENTAÇÃO

De

aco

rdo

co

m o

pre

vist

o n

a Le

i nº

11.4

45/2

007

e s

eu

De

cre

to R

egu

lam

en

tad

or

nº7

.217

/201

0, A

rt. 2

7. S

ão

ob

jeti

vos

da

regu

laçã

o: I

- e

stab

ele

cer

pad

rõe

s e

no

rmas

par

a a

ade

qu

ada

pre

staç

ão d

os

serv

iço

s e

par

a a

sati

sfaç

ão d

os

usu

ário

s; II

- g

aran

tir

o c

um

pri

me

nto

das

co

nd

içõ

es

e m

eta

s e

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cid

as; I

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pre

ven

ir e

re

pri

mir

o a

bu

so d

o p

od

er

eco

mic

o, r

ess

alva

da

a co

mp

etê

nci

a d

os

órg

ãos

inte

gran

tes

do

sis

tem

a n

acio

nal

de

de

fesa

da

con

corr

ên

cia;

e IV

- d

efi

nir

tar

ifas

e o

utr

os

pre

ços

bli

cos

qu

e a

sse

gure

m t

anto

o e

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ilíb

rio

eco

mic

o-

fin

ance

iro

do

s co

ntr

ato

s, q

uan

to a

mo

dic

idad

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arif

ária

e d

e o

utr

os

pre

ços

bli

cos,

me

dia

nte

me

can

ism

os

qu

e

ind

uza

m a

efi

ciê

nci

a e

efi

cáci

a d

os

serv

iço

s e

qu

e p

erm

itam

a a

pro

pri

ação

so

cial

do

s ga

nh

os

de

pro

du

tivi

dad

e.

Re

cen

tem

en

te a

AG

ENER

SA -

Agê

nci

a R

egu

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ora

de

En

erg

ia e

San

eam

en

to B

ásic

o d

o E

stad

o d

o R

io d

e J

ane

iro

,

com

eço

u a

se

est

rutu

rar

par

a re

aliz

ar a

re

gula

ção

da

cole

ta e

dis

po

siçã

o f

inal

de

re

síd

uo

s só

lid

os

pre

stad

os

pe

las

em

pre

sas

ou

torg

adas

, co

nce

ssio

nár

ias

e p

erm

issi

on

ária

s e

po

r se

rviç

os

autô

no

mo

s d

os

mu

nic

ípio

s.

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

-Pr

efe

itu

ra M

un

icip

al

de

Sil

va

Jard

im*

Esta

be

ler

con

trat

o d

e r

egu

laçã

o

com

a A

GEN

ERSA

--

-

PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S

3.3.

1Es

tab

ele

r co

ntr

ato

de

re

gula

ção

co

m a

AG

ENER

SA-

--

110

PR

OG

RA

MA

3

OB

JETI

VO

3.4

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. P

orc

en

tage

m d

e u

suár

ios

sati

sfe

ito

s co

m a

co

leta

se

par

ada

em

re

síd

uo

s se

cos

e ú

mid

os,

e,

2. P

orc

en

tage

m d

e r

ed

uçã

o d

e r

esí

du

os

seco

s e

úm

ido

s d

ire

cio

nad

os

ao D

OIS

AR

CO

S o

u C

TDR

Saq

uar

em

a.

MU

NIC

ÍPIO

DE

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A J

AR

DIM

- P

LAN

O M

UN

ICIP

AL

DE

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TÃO

INTE

GR

AD

A D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

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OS

LIM

PEZ

A U

RB

AN

A E

MA

NEJ

O D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

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OS

Ge

stão

Inte

grad

a

Pad

ron

izaç

ão d

o A

con

dic

ion

ame

nto

de

Re

síd

uo

s D

om

icil

iare

s/C

om

erc

iais

par

a a

Co

leta

FUNDAMENTAÇÃO

Co

leta

ro

sre

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uo

ssó

lid

os

sign

ific

are

colh

er

oli

xoac

on

dic

ion

ado

po

rq

ue

mo

pro

du

zp

ara

en

cam

inh

á-lo

,

me

dia

nte

tran

spo

rte

ade

qu

ado

,e

ven

tual

trat

ame

nto

dis

po

siçã

ofi

nal

.Em

Cab

oFr

io,

aco

leta

éfe

ita

po

rta-

a-

po

rta,

com

oac

on

dic

ion

ame

nto

do

sre

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uo

se

msa

cos

plá

stic

os

(sac

ola

sd

esu

pe

rme

rcad

oo

usa

cos

de

lixo

).Em

algu

mas

regi

õe

so

sre

síd

uo

ssã

oam

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toad

os,

de

no

min

and

o-s

ed

e“puxada”,n

os

mo

lde

sd

ate

rmin

olo

gia

uti

liza

da

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“ban

deiras”.

Au

tili

zaçã

od

eb

om

bo

nas

plá

stic

as(t

amb

ore

s)ta

mb

ém

oco

rre

,co

nce

ntr

and

o-s

eo

sre

síd

uo

s

pro

ven

ien

tes

de

vie

las,

ruas

sem

saíd

ao

ud

ed

ifíc

ilac

ess

oco

ma

uti

liza

ção

de

veíc

ulo

sco

mp

acta

do

res

con

ven

cio

nai

s.Es

tab

ele

cer

mu

dan

ças

no

sh

ábit

os

da

po

pu

laçã

oe

stim

ula

nd

osu

aco

lab

ora

ção

par

ae

ntr

ega

ro

s

resí

du

os

de

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ame

nte

sep

arad

os

em

reje

ito

s,ac

on

dic

ion

ado

se

msa

cos

(sac

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s)p

lást

ico

sp

reto

s,re

cicl

áve

ise

m

saco

s(s

aco

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plá

stic

os

azu

is,

eo

rgân

ico

se

mb

om

bo

nas

(tam

bo

res)

plá

stic

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de

po

sita

nd

o-o

se

mlo

cais

pré

-

de

term

inad

os.

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

Re

du

ção

de

32%

de

re

síd

uo

s

reci

cláv

eis

e 2

8% d

os

resí

du

os

org

ânic

os

dis

po

sto

s n

o A

terr

o

San

itár

io d

e D

ois

Arc

os

ou

CTD

R

Saq

uar

em

a Im

pla

nta

ção

de

1

Eco

po

nto

Re

du

ção

de

40%

de

re

síd

uo

s

reci

cláv

eis

e o

rgân

ico

s

dis

po

sto

s n

o a

terr

o s

anit

ário

Re

du

ção

de

44%

de

re

síd

uo

s

reci

cláv

eis

e 4

9% d

os

resí

du

os

org

ânic

os

dis

po

sto

s n

o a

terr

o

san

itár

io

Re

du

ção

de

55%

de

re

síd

uo

s re

cicl

áve

is

e 6

0% d

e r

esí

du

os

org

ânic

os

dis

po

sto

s

no

ate

rro

san

itár

io

PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l d

e S

ilva

Jard

im

INEA

Imp

lan

tar

e o

rgan

izar

as

"pu

xad

as/b

and

eir

as"

3.4.

210

0.00

0,00

--

-

3.4.

1D

efi

nir

fo

rmas

de

aco

nd

icio

nam

en

to d

e r

esí

du

os

con

ven

cio

nai

s e

re

cicl

áve

is30

.000

,00

--

-

111

PR

OG

RA

MA

3

OB

JETI

VO

3.5

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. N

úm

ero

de

cat

ado

res

incl

uíd

os

no

Pro

gram

a e

m r

ela

ção

ao

s ca

tad

ore

s ca

das

trad

os

ou

est

imad

os;

2. U

tili

zar

ind

icad

ore

s I0

31, I

032,

I033

, I03

4, I0

35, I

038,

I039

, I04

0 e

I053

(SN

IS),

e,

3. N

úm

ero

de

cat

ado

res

e q

uan

tita

tivo

s d

e m

ate

riai

s re

cicl

áve

is c

ole

tad

os

po

r G

rup

os/

Ass

oci

açõ

es/

Co

op

era

tiva

s

MU

NIC

ÍPIO

DE

SILV

A J

AR

DIM

- P

LAN

O M

UN

ICIP

AL

DE

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TÃO

INTE

GR

AD

A D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

LID

OS

LIM

PEZ

A U

RB

AN

A E

MA

NEJ

O D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

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OS

Ge

stão

Inte

grad

a

Incl

usã

o S

oci

al e

Pro

du

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do

s C

atad

ore

s e

Ap

oio

às

Ass

oci

açõ

es/

Co

op

era

tiva

s

FUNDAMENTAÇÃO

De

aco

rdo

com

op

revi

sto

na

Lei

12.3

05/2

010

ese

uD

ecr

eto

Re

gula

me

nta

do

rn

º7.4

04/2

010,

osi

ste

ma

de

cole

tase

leti

vad

e

resí

du

os

sóli

do

sp

rio

riza

ráa

par

tici

paç

ãod

eco

op

era

tiva

so

ud

eo

utr

asfo

rmas

de

asso

ciaç

ãod

eca

tad

ore

sd

em

ate

riai

sre

uti

lizá

veis

ere

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áve

isco

nst

itu

ídas

po

rp

ess

oas

físi

cas

de

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xare

nd

a.A

ind

ao

PLA

NA

RES

tem

com

om

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ain

clu

são

efo

rtal

eci

me

nto

da

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aniz

ação

de

cata

do

res.

Silv

aJa

rdim

po

ssu

ica

tad

ore

s,re

aliz

aro

cad

astr

ame

nto

do

sca

tad

ore

sd

om

un

icíp

ioe

asse

sso

rar

na

con

stit

uiç

ão d

e u

ma

asso

ciaç

ão é

tar

efa

do

mu

nic

ípio

.

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

A 1

5 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

16

A 2

0 A

NO

S

Cri

ar u

ma

Ass

oci

ação

/Co

op

era

tiva

de

Cat

ado

res

Re

du

ção

de

40%

de

re

síd

uo

s

reci

cláv

eis

dis

po

sto

s n

o a

terr

o

san

itár

io

Re

du

ção

de

44%

de

re

síd

uo

s re

cicl

áve

is

dis

po

sto

s n

o a

terr

o s

anit

ário

Re

du

ção

de

5%

de

re

síd

uo

s re

cicl

áve

is

dis

po

sto

s n

o a

terr

o s

anit

ário

PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)

3.5.

1

Imp

lan

tar

o p

rogr

ama

cole

ta s

ele

tiva

so

lid

ária

3.

5.2

Re

aliz

ar c

amp

anh

a d

e c

adas

tram

en

to d

e t

od

os

os

cata

do

res

de

mat

eri

ais

reci

cláv

eis

da

cid

ade

de

Silv

a Ja

rdim

10.0

00,0

0-

-

20.0

00,0

0-

--

PO

SSÍV

EIS

FON

TES

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l d

e S

ilva

Jard

im (

x)

INEA

-

112

(x)

Pre

feit

ura

jun

tam

en

to c

om

CR

S/SE

A e

stão

re

aliz

and

o e

ste

cad

astr

ame

nto

.

45.0

00,0

0-

--

Imp

lan

tar

un

idad

e d

e t

riag

em

Atu

aliz

ar p

eri

od

icam

en

te o

cad

astr

o d

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atad

ore

s

de

mat

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ais

reci

cláv

eis

, de

sito

s, a

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ista

s,

suca

teir

os

e in

sdú

stri

as r

eci

clad

ora

s

3.5.

4C

riar

ass

oci

ação

de

cat

ado

res

Imp

lan

tar

pro

gram

a d

e a

po

io à

s o

rgan

izaç

õe

s d

e

cata

do

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sis

tem

átic

o e

pe

rman

en

te, i

ncl

uin

do

asse

sso

ria

técn

ica

par

a o

rie

nta

ção

do

man

use

io d

e

risc

o d

e p

rod

uto

s co

leta

do

s p

elo

s ca

tad

ore

s e

par

a

auxí

lio

no

tra

bal

ho

ad

min

istr

ativ

o e

ge

ren

cial

das

Ass

oci

açõ

es

e C

oo

pe

rati

vas

3.5.

7

3.5.

6

3.5.

3

3.5.

5

An

alis

ar o

s re

gist

ros

de

CA

NIC

O p

ara

ide

nti

fica

r

os

cata

do

res

de

mat

eri

ais

reci

cláv

eis

cad

astr

ado

s

200.

000,

00-

-

Cri

ar a

mp

lo p

rogr

ama

de

cap

acit

ação

e d

e

alfa

be

tiza

ção

co

m m

eto

do

logi

a ap

rop

riad

a p

ara

est

e s

egm

en

to

3.5.

848

.000

,00

100.

000,

0010

0.00

0,00

20.0

00,0

050

.000

,00

50.0

00,0

0

12.0

00,0

0

100.

000,

00

--

-

2.50

0,00

--

-

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l d

e S

ilva

Jard

im

Fun

asa

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l d

e S

ilva

Jard

im

-

50.0

00,0

0

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l d

e S

ilva

Jard

im

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l d

e S

ilva

Jard

im

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l d

e S

ilva

Jard

im

113

114

PR

OG

RA

MA

3

OB

JETI

VO

3.7

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

* C

ust

o d

a i

mp

lan

taçã

o s

erá

def

inid

o q

ua

nd

o d

a r

efo

rmu

laçã

o d

a S

MM

A

Pre

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ura

Mu

nic

ipa

l d

e S

ilva

Jard

im

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l d

e S

ilva

Jard

im

3.7.

2Im

pla

nta

r a

refo

rmu

laçã

o p

rop

ost

a

Re

form

ula

r a

SMM

A

Equ

ipe

da

SMM

A

Aco

mp

anh

ar e

Fis

cali

zar

os

serv

iço

s p

rest

ado

s

Equ

ipe

da

SMM

A A

com

pan

har

e

Fisc

aliz

ar o

s se

rviç

os

pre

stad

os

Equ

ipe

da

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A A

com

pan

har

e

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aliz

ar o

s se

rviç

os

pre

stad

os

PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

-

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l d

e S

ilva

Jard

im3.

7.1

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. R

efo

rmu

lar

a Se

cre

tari

a M

un

icip

al d

e M

eio

Am

bie

nte

- S

MM

A

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 4

A 8

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

09

A 1

3 A

NO

SLO

NG

O P

RA

ZO -

14

A 2

0 A

NO

S

MU

NIC

ÍPIO

DE

SILV

A J

AR

DIM

- P

LAN

O M

UN

ICIP

AL

DE

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TÃO

INTE

GR

AD

A D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

LID

OS

LIM

PEZ

A U

RB

AN

A E

MA

NEJ

O D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

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OS

Ge

stão

Inte

grad

a

De

fin

ição

de

mo

de

lo in

stit

uci

on

al

FUNDAMENTAÇÃO

AP

oli

tíca

Nac

ion

ald

eSa

ne

ame

nto

Bás

ico

,n

oP

LAN

SAB

,d

efi

ne

an

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ssid

ade

de

ela

bo

raçã

od

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lan

oM

un

icip

al

de

San

eam

en

toB

ásic

o,

aca

rgo

do

sM

un

icip

ios,

titu

lare

sd

os

serv

iço

sd

esa

ne

ame

nto

bás

ico

,po

de

nd

od

ele

gar

a

org

aniz

ação

,a

regu

laçã

o,

afi

scal

izaç

ãoe

ap

rest

ação

de

sse

sse

rviç

os,

no

sTe

rmo

sd

oar

t.21

1d

aC

on

stit

uiç

ão

Fed

era

le

da

Lei

11.1

07/2

005.

No

caso

de

Silv

aJa

rdim

,afi

scal

izaç

ãod

os

serv

iço

sd

eli

mp

eza

urb

ana

em

ane

jo

de

resí

du

os

sóli

do

se

stão

aca

rgo

da

Secr

eta

ria

Mu

nic

ipal

de

Ob

ras

eSe

rviç

os

bli

cos,

Secr

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ria

Mu

nic

ipal

de

Me

ioA

mb

ien

tee

Secr

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da

Faze

nd

ae

are

gula

ção

aca

rgo

da

AG

ENER

SA.

Are

form

ula

ção

da

Secr

eta

ria

Mu

nic

ipal

de

Me

ioA

mb

ien

te,

trar

áao

Mu

nic

ípio

ap

oss

ibil

idad

ed

em

elh

or

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aniz

are

fisc

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aro

sse

viço

sd

e

san

eam

en

to b

ásic

o d

o M

un

icíp

io e

esp

eci

fica

me

nte

o s

ert

or

de

Re

síd

uo

s Só

lid

os.

Enca

min

har

à C

âmar

a M

un

icip

al m

inu

ta d

e L

ei

par

a re

form

ula

ção

da

SMM

A8.

000,

00-

-

3.7.

3

**

**

Tre

inam

en

to e

Cap

acit

ação

da

eq

uip

e t

écn

ica

da

SMM

A20

.000

,00

35.0

00,0

035

.000

,00

35.0

00,0

0

115

PR

OG

RA

MA

3

OB

JETI

VO

3.8

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

(x)

Po

ssib

ilid

ade

de

fo

nte

de

re

curs

o F

ECA

M.

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l d

e S

ilva

Jard

im

Cri

ar le

gisl

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esp

ecí

fica

par

a ge

ren

ciam

en

to

de

RC

C

Elab

ora

r P

lan

o d

e G

ere

nci

ame

nto

de

Re

síd

uo

s

da

Co

nst

ruçã

o C

ivil

---

3.8.

58.

000,

00-

--

3.8.

4C

riar

ince

nti

vos

par

a in

icia

tiva

pri

vad

a im

pla

nta

r

cen

tral

de

pro

cess

ame

nto

de

RC

C-

--

3.8.

3Im

pla

nta

r EC

OP

ON

TOS

e Á

reas

de

Tri

age

m e

Tran

sbo

rdo

(A

TT)

-39

8.00

0,00

-

Elab

ora

ção

do

Pla

no

de

Ge

ren

ciam

en

to d

e R

CC

Re

uti

liza

ção

e R

eci

clag

em

do

s

RC

C 5

0%

Re

uti

liaz

ação

e R

eci

clag

em

do

s

RC

C 1

00%

PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)

3.8.

2

Cad

astr

ar e

lice

nci

ar á

reas

bli

cas

e/o

u

pri

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as p

ara

rece

bim

en

to e

dis

po

siçã

o d

os

resí

du

os

(ate

rro

cla

sse

A)

e e

lim

inaç

ão d

os

"bo

ta-f

ora

"

--

-

3.8.

145

.000

,00

--

-

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 5

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

a 15

AN

OS

LON

GO

PR

AZO

- 1

6 A

20

AN

OS

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. N

úm

ero

de

áre

as p

úb

lica

s e

/ou

pri

vad

as p

ara

rece

bim

en

to d

e R

CC

;

2. In

dic

ado

r I0

26 (

SNIS

).

MU

NIC

ÍPIO

DE

SILV

A J

AR

DIM

- P

LAN

O M

UN

ICIP

AL

DE

GES

TÃO

INTE

GR

AD

A D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

LID

OS

LIM

PEZ

A U

RB

AN

A E

MA

NEJ

O D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

LID

OS

Ge

stão

Inte

grad

a

De

stin

ação

ad

eq

uad

a d

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CC

FUNDAMENTAÇÃO

OM

un

icíp

iod

eSi

lva

Jard

imn

ãop

oss

ui

Pla

no

de

Ge

ren

ciam

en

tod

eR

esí

du

os

da

Co

nst

ruçã

oC

ivil

.Fa

lta

de

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ire

lice

nci

aras

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asp

úb

lica

se

/ou

pri

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asp

ara

rece

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en

toe

dis

po

siçã

od

ess

es

resí

du

os

ten

do

em

vist

aa

eli

min

ação

do

s"b

ota

fora

"cl

and

est

ino

se

não

lice

nci

ado

s,e

ola

nça

me

nto

ind

evi

do

.A

Co

nsu

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bli

cad

oP

LAN

AR

ES,

reco

me

nd

aa

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do

sB

ota

Fora

,a

imp

lan

taçã

od

eA

terr

os

Cla

sse

A,

ECO

PO

NTO

S,Á

reas

de

Tria

gem

e

Tran

sbo

rdo

(ATT

),at

é20

14.

Are

uti

liza

ção

ere

cicl

age

md

e10

0%d

eR

CD

,e

min

stal

açõ

es

de

recu

pe

raçã

o,

até

2023

.

Tam

mre

com

en

da

até

2014

,a

ela

bo

raçã

od

os

Pla

no

sd

eG

ere

nci

ame

nto

pe

los

gran

de

sge

rad

ore

s,si

ste

ma

de

clar

ató

rio

do

sge

rad

ore

s,tr

ansp

ort

ado

res

eár

eas

de

de

stin

ação

até

2014

,a

cara

cte

riza

ção

do

sR

CC

ere

jeit

os

ea

ela

bo

raçã

o d

e d

iagn

óst

ico

qu

anti

tati

vo e

qu

alit

ativ

o d

a ge

raçã

o, c

ole

ta e

de

stin

ação

até

201

4. P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l d

e S

ilva

Jard

im

Pre

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ura

Mu

nic

ipa

l d

e S

ilva

Jard

im

INEA

(x)

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l d

e S

ilva

Jard

im

116

117

PR

OG

RA

MA

3

OB

JETI

VO

3.10

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l d

e S

ilva

Jard

im3.

10.1

Cri

ar le

gisl

ação

esp

ecí

fica

par

a o

man

ejo

de

resí

du

os

sóli

do

s u

rban

os

no

mu

nic

ípio

, co

m a

de

fin

ição

de

gra

nd

es

gera

do

res

8.00

0,00

--

-

Cri

ar L

egi

slaç

ão p

ara

man

ejo

de

re

síd

uo

s só

lid

os,

co

m

de

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ição

de

gra

nd

es

--

-

PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

DIG

OD

ESC

RIÇ

ÃO

PR

AZO

S/IN

VES

TIM

ENTO

S (R

$)P

OSS

ÍVEI

S FO

NTE

S

MET

AS

IMED

IATA

- A

TÉ 3

AN

OS

CU

RTO

PR

AZO

- 5

A 9

AN

OS

MÉD

IO P

RA

ZO -

10

a 15

AN

OS

LON

GO

PR

AZO

- 1

6 A

20

AN

OS

MU

NIC

ÍPIO

DE

SILV

A J

AR

DIM

- P

LAN

O M

UN

ICIP

AL

DE

GES

TÃO

INTE

GR

AD

A D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

LID

OS

LIM

PEZ

A U

RB

AN

A E

MA

NEJ

O D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

LID

OS

Ge

stão

Inte

grad

a

De

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ição

de

pro

ced

ime

nto

s e

spe

cífi

cos

par

a o

s gr

and

es

gera

do

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FUNDAMENTAÇÃO

Os

gran

de

sge

rad

ore

sd

ere

síd

uo

s,aq

ue

les

qu

ep

rod

uze

mm

ais

de

100

litr

os

po

rd

ia,

de

vem

pag

arp

elo

sse

rviç

os

pre

stad

os

atra

vés

de

taxa

se

spe

ciai

se

pro

po

rcio

nai

sao

sre

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uo

sge

rad

os,

be

mco

mo

pe

lad

isp

osi

ção

no

ate

rro

san

itár

io.

De

fin

ira

ne

cess

idad

ed

ee

lab

ora

ção

eap

rova

ção

do

sP

lan

os

de

Ge

ren

ciam

en

tod

eR

esí

du

os

(PG

RS)

do

s

gran

de

s ge

rad

ore

s p

ara

ob

ten

ção

de

lice

nci

ame

nto

am

bie

nta

l.

MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. C

adas

tram

en

to d

os

gran

de

s ge

rad

ore

s e

aco

mp

anh

ame

nto

do

s se

rviç

os

pre

stad

os

pe

lo M

un

icíp

io.

118

PR

OG

RA

MA

4

OB

JETI

VO

4.1

IMED

IATO

CU

RTO

MÉD

IOLO

NG

O

150.

000,

00Pr

efe

itu

ra M

un

icip

al

de

Sil

va J

ard

im4.

1.3

Form

ação

de

Ed

uca

do

res

Am

bie

nta

is75

.000

,00

150.

000,

0015

0.00

0,00

1.16

5.65

5,40

4.1.

1El

abo

rar

o P

rogr

ama

37.5

00,0

0-

--

4.1.

2

Imp

lan

tar

o P

rogr

ama

(co

mu

nic

ação

par

a

ed

uca

ção

am

bie

nta

l, o

fici

nas

, fó

run

s,

wo

rksh

op

s, e

tc.)

874.

241,

551.

748.

483,

101.

748.

483,

10

DES

CR

IÇÃ

OP

RA

ZOS/

INV

ESTI

MEN

TOS

(R$)

PO

SSÍV

EIS

FON

TES

Elab

ora

ção

, de

bat

e e

imp

lan

taçã

o d

o P

rogr

ama

Mo

nit

ora

me

nto

do

Pro

gram

a M

on

ito

ram

en

to d

o P

rogr

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Mo

nit

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nto

do

Pro

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a

PR

OG

RA

MA

S, P

RO

JETO

S E

ÕES

Pre

feit

ura

Mu

nic

ipa

l d

e S

ilva

Ja

rdim

Pre

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ura

Mu

nic

ipa

l d

e S

ilva

Ja

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MÉT

OD

O D

E

MO

NIT

OR

AM

ENTO

(IN

DIC

AD

OR

)

1. A

nál

ise

do

s re

sult

ado

s o

bti

do

s n

a re

du

ção

gra

dat

iva

de

mat

eri

ais

reci

cláv

eis

e o

rgân

ico

s e

nvi

ado

s à

dis

po

siçã

o f

inal

.

MU

NIC

ÍPIO

DE

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A J

AR

DIM

- P

LAN

O M

UN

ICIP

AL

DE

GES

TÃO

INTE

GR

AD

A D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

LID

OS

LIM

PEZ

A U

RB

AN

A E

MA

NEJ

O D

E R

ESÍD

UO

S SÓ

LID

OS

Edu

caçã

o A

mb

ien

tal

Elab

ora

r e

Imp

lem

en

tar

de

Pro

gram

a d

e E

du

caçã

o A

mb

ien

tal

FUNDAMENTAÇÃO

De

verá

ser

ela

bo

rad

ou

mP

rogr

ama

amp

loe

esp

ecí

fico

de

Edu

caçã

oA

mb

ien

tal

atra

vés

de

con

scie

nti

zaçã

od

ap

op

ula

ção

urb

ana

e

flu

tuan

ted

oM

un

icíp

io.

Segu

nd

oo

PEA

MSS

(200

7)–

Pro

gram

aN

acio

nal

de

Edu

caçã

oA

mb

ien

tal

eM

ob

iliz

ação

Soci

ale

m

San

eam

en

toas

trê

sp

rin

cip

ais

fun

çõe

sd

am

ob

iliz

ação

soci

ale

ed

uca

ção

amb

ien

talp

ara

osa

ne

ame

nto

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DIG

O

119

7.10 Estudo Econômico-Financeiro para o Sistema de

Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos

7.10.1 Investimentos

A partir dos programas, projetos e ações propostos, foi possível estabelecer

um cronograma físico-financeiro para os investimentos na área de Limpeza Urbana e

Manejo de Resíduos Sólidos, divididas em imediato, curto, médio e longo prazos.

A seguir estão apresentados detalhadamente os custos projetados por

programas:

Tabela 22 - Investimentos Programa Produção/ Redução de Resíduos

Tabela 23 - Investimentos Programa Disposição Final

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

1.1.1 36.000,00R$ - - -

1.1.2 162.000,00R$ - -R$ -R$

soma 198.000,00R$ -R$ -R$ -R$

total

1.2.1 36.000,00R$ - - -

1.2.2 116.402,00R$

soma 36.000,00R$ 116.402,00R$ -R$ -R$

total

1.3.1 22.500,00R$ 22.500,00R$ 22.500,00R$ 22.500,00R$

soma 22.500,00R$ 22.500,00R$ 22.500,00R$ 22.500,00R$

total

soma 256.500,00R$ 138.902,00R$ 22.500,00R$ 22.500,00R$

total

1.1 Implantar Sistema de

Coleta Seletiva de Materiais

Recicláveis198.000,00R$

152.402,00R$

CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO

PROGRAMA OBJETIVO CÓD.PRAZOS

TOTAL DE INVESTIMENTOS

NECESSÁRIOS 440.402,00R$

1.2 Implantar sistema de

coleta seletiva de materiais

orgânicos

1.3 Realizar a caracterização

dos resíduos sólidos urbanos

gerados no município 90.000,00R$

1. P

rod

uçã

o/

Red

uçã

o d

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esíd

uo

s

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

2.1.1 36.000,00R$ - - -

2.1.2 -R$ 250.000,00R$ - -

soma 36.000,00R$ 250.000,00R$ -R$ -R$

total

2.2.1 60.000,00R$ - - -

2.2.2 - 500.000,00R$ - -

2.2.3 10.500,00R$ 21.000,00R$ 21.000,00R$ 17.500,00R$

soma 70.500,00R$ 521.000,00R$ 21.000,00R$ 17.500,00R$

total

soma 106.500,00R$ 771.000,00R$ 21.000,00R$ 17.500,00R$

total

286.000,00R$

2. D

isp

osi

ção

Fin

al

2.1 Recuperação ambiental da

área de disposição de

resíduos públicos (poda,

capina e roçada)

PROGRAMA OBJETIVO CÓD.PRAZOS

630.000,00R$

TOTAL DE INVESTIMENTOS

NECESSÁRIOS 916.000,00R$

2.2 Projeto e remediação do

antigo lixão

120

Tabela 24 - Investimentos Programa Gestão Integrada de Resíduos

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

3.1.1 30.000,00R$ - - -

3.1.2 -R$ - - -

3.1.3 - -R$ -R$ -R$

soma 30.000,00R$ -R$ -R$ -R$

total

3.2.1 50.000,00R$ -R$ -R$ -R$

3.2.2 -R$ -R$ -R$ -R$

3.2.3 197.600,00R$ 331.200,00R$ 331.200,00R$ 276.000,00R$

soma 247.600,00R$ 331.200,00R$ 331.200,00R$ 276.000,00R$

total

3.3.1-R$ - - -

soma -R$ -R$ -R$ -R$

total

3.4.1 30.000,00R$ - - -

3.4.2 100.000,00R$ - - -

soma 130.000,00R$ -R$ -R$ -R$

total

3.5.1 10.000,00R$ - - -

3.5.2 20.000,00R$ - - -

3.5.3 200.000,00R$

3.5.4 45.000,00R$

3.5.5 12.000,00R$

3.5.6 2.500,00R$

3.5.7 20.000,00R$ 50.000,00R$ 50.000,00R$ 50.000,00R$

3.5.8 48.000,00R$ 100.000,00R$ 100.000,00R$ 100.000,00R$

soma 357.500,00R$ 150.000,00R$ 150.000,00R$ 150.000,00R$

total

3.6.1 10.000,00R$ - - -

3.6.2 82.800,00R$ 138.000,00R$ 138.000,00R$ 138.000,00R$

soma 92.800,00R$ 138.000,00R$ 138.000,00R$ 138.000,00R$

total

3.7.1 8.000,00R$ - - -

3.7.2 - - - -

3.7.3 20.000,00R$ 35.000,00R$ 35.000,00R$ 35.000,00R$

soma 28.000,00R$ 35.000,00R$ 35.000,00R$ 35.000,00R$

total

3.8.1 45.000,00R$ - - -

3.8.2 -R$ - - -

3.8.3 -R$ 398.000,00R$

3.8.4 -R$ -R$

3.8.5 8.000,00R$ -R$ -R$ -R$

soma 53.000,00R$ 398.000,00R$ -R$ -R$

total

3.9.1 165.600,00R$ 331.200,00R$ 331.200,00R$ 276.000,00R$

soma 165.600,00R$ 331.200,00R$ 331.200,00R$ 276.000,00R$

total

3.10.1 8.000,00R$ - - -

soma 8.000,00R$ -R$ -R$ -R$

total

soma 1.112.500,00R$ 1.383.400,00R$ 985.400,00R$ 875.000,00R$

total

1.104.000,00R$

3.10 Definição de

procedimentos específicos

para os grandes geradores 8.000,00R$

3.2 Gerenciamento dos

serviços de Limpeza Urbana

3.1 Sustentabilidade do

sistema de acordo com a Lei

nº 11.445/2007

30.000,00R$

3. G

est

ão In

tegr

ada

TOTAL DE INVESTIMENTOS

NECESSÁRIOS 4.356.300,00R$

1.186.000,00R$

-R$

130.000,00R$

807.500,00R$

3.8 Destinação adequada de

RCC

451.000,00R$

3.9 Fiscalizar os geradores de

Resíduos de Serviço de Saúde -

RSS

3.3 Regulação dos serviços

prestados

3.4 Padronização do

Acondicionamento de

Resíduos

Domiciliares/Comerciais para

a Coleta

506.800,00R$

3.5 Inclusão Social e Produtiva

dos Catadores e Apoio às

Associações/Cooperativas

133.000,00R$

3.6 Estabelecimento de uma

Cadeia de Responsabilidade

Ambiental a partir da

definição e implantação de

Planos Setoriais (acordos)

para a Logística Reversa

3.7 Definição de modelo

institucional

PROGRAMA OBJETIVO CÓD.PRAZOS

121

Tabela 25 - Investimentos Programa Educação Ambiental

Tabela 26 - Resumo dos Investimentos

Os investimentos para Limpeza Urbana e Manejo de RSU estão diluídos nos

20 anos do Plano, considerando-se os prazos imediato, curto, médio e longo. Na

tabela a seguir, pode-se observar que os investimentos estão concentrados no

Programa de Gestão Integrada. O valor médio anual obtido pela divisão do custo

total em 20 anos.

Tabela 27 - Resumo dos Investimentos por Programa

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

4.1.1 37.500,00R$ - - -

4.1.2 874.241,55R$ 1.748.483,10R$ 1.748.483,10R$ 1.165.655,40R$

4.1.3 75.000,00R$ 150.000,00R$ 150.000,00R$ 150.000,00R$

soma 986.741,55R$ 1.898.483,10R$ 1.898.483,10R$ 1.315.655,40R$

total

soma 986.741,55R$ 1.898.483,10R$ 1.898.483,10R$ 1.315.655,40R$

total

PROGRAMA OBJETIVO CÓD.PRAZOS

4.1 Elaborar e Implementar de

Programa de Educação

Ambiental

6.099.363,15R$

TOTAL DE INVESTIMENTOS

NECESSÁRIOS 6.099.363,15R$

4. E

du

caçã

o

Am

bie

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l

IMEDIATO CURTO MÉDIO LONGO

1. Produção/Redução de

Resíduos256.500,00R$ 138.902,00R$ 22.500,00R$ 22.500,00R$

2. Disposição final 106.500,00R$ 771.000,00R$ 21.000,00R$ 17.500,00R$

3. Gestão Integrada 1.112.500,00R$ 1.383.400,00R$ 985.400,00R$ 875.000,00R$

4. Educação Ambiental 986.741,55R$ 1.898.483,10R$ 1.898.483,10R$ 1.315.655,40R$

Soma 2.462.241,55R$ 4.191.785,10R$ 2.927.383,10R$ 2.230.655,40R$

TOTAL

QUADRO-RESUMO DO CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO

PROGRAMAPRAZOS

11.812.065,15R$

1. Produção/Redução de

Resíduos440.402,00R$ 22.020,10R$

2. Destinação Final 916.000,00R$ 45.800,00R$

3. Gestão Integrada 4.356.300,00R$ 217.815,00R$

4. Educação Ambiental 6.099.363,15R$ 304.968,16R$

TOTAL 11.812.065,15R$ 590.603,26R$

INVESTIMENTOS POR PROGRAMA

PROGRAMATOTAL DE

INVESTIMENTOSVALOR MÉDIO ANUAL

122

Foi possível também, estimar valores de investimentos por fontes de

recursos, sendo elas Prefeitura Municipal, INEA, Funasa e Ministério das Cidades.

As tabelas a seguir demonstram, por programas, quais as possíveis fontes de

recursos:

Tabela 28 - Despesas por fonte de recursos para o Programa Produção / Redução de Resíduos

Tabela 29 - Despesas por fonte de recursos para o Programa Disposição Final

Tabela 30 - Despesas por fonte de recursos para o Programa Gestão Integrada

Tabela 31 - Despesas por fonte de recursos para o Programa Educação Ambiental

Programa 1. Produção/

Redução de ResíduosValor total (20 anos) Valor médio anual

Prefeitura Municipal 440.402,00R$ 22.020,10R$

INEA - -

Funasa - -

Ministério das Cidades - -

TOTAL 440.402,00R$ 22.020,10R$

DESPESAS ESTIMADAS POR FONTE DE RECURSOS

Programa 2. Disposição Final Valor total (20 anos) Valor médio anual

Prefeitura Municipal 916.000,00R$ 45.800,00R$

INEA - -

Funasa - -

Ministério das Cidades -R$ -R$

TOTAL 916.000,00R$ 45.800,00R$

DESPESAS ESTIMADAS POR FONTE DE RECURSOS

Programa 3. Gestão Integrada Valor total (20 anos) Valor médio anual

Prefeitura Municipal 3.638.300,00R$ 181.915,00R$

INEA 518.000,00R$ 25.900,00R$

Funasa 200.000,00R$ 10.000,00R$

Ministério das Cidades - -

TOTAL 4.356.300,00R$ 217.815,00R$

DESPESAS ESTIMADAS POR FONTE DE RECURSOS

Programa 4. Educação

AmbientalValor total (20 anos) Valor médio anual

Prefeitura Municipal 6.099.363,15R$ 304.968,16R$

INEA - -

Funasa

Ministério das Cidades - -

TOTAL 6.099.363,15R$ 304.968,16R$

DESPESAS ESTIMADAS POR FONTE DE RECURSOS

123

Portanto, pode-se concluir que os investimentos necessários para os

próximos 20 anos na área de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos no

município de Silva Jardim, estarão concentrados como fonte de recursos a Prefeitura

Municipal.

Tabela 32 - Resumo de Investimentos por Fonte de Recursos

O memorial de Cálculo encontra-se detalhado no PRODUTO 8 – DIAGNÓSTICO.

7.10.2 Custos Operacionais dos Serviços de Limpeza Urbana

Com base nos custos operacionais levantados no Diagnóstico do Plano

(PRODUTO 5), foram projetados os custos operacionais da prestação de serviços de

limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. Considerou-se na projeção dos custos

a correção monetária de 6% ao ano, com base na média do IPCA dos anos de 2010,

2011 e 2012. Cabe observar que estes custos estarão sujeitos a variações

decorrentes do processo de licitação a que serão submetidos.

Tabela 33 - Média do IPCA

Fonte: IBGE, 2.013.

Os custos operacionais dos serviços de limpeza urbana foram estimados, de

acordo com os seguintes parâmetros:

- Para os serviços de varrição, capina, roçagem e poda, que atualmente é realizado

pela empresa FGC;

Despesa Total Valor total (20 anos) Valor médio anual

Prefeitura Municipal 11.094.065,15R$ 554.703,26R$

INEA 518.000,00R$ 25.900,00R$

Funasa 200.000,00R$ 10.000,00R$

Ministério das Cidades -R$ -R$

TOTAL 11.812.065,15R$ 590.603,26R$

DESPESAS ESTIMADAS POR FONTE DE RECURSOS

ANO IPCA (%)

2010 5,79

2011 6,55

2012 5,77

Média 6,04

124

- Manutenção de Parques e Jardins realizado pela empresa ALTO VERÃO, tabela a

seguir:

Tabela 34 - Custos operacionais de Limpeza Urbana

Fonte: SERENCO, 2.013.

Os custos operacionais dos serviços de manejo de resíduos sólidos foram

estimados, de acordo com os seguintes parâmetros:

- Coleta e transporte de resíduos sólidos urbanos domiciliares/comerciais,

atualmente realizado pela empresa FGC;

- Aterramento de resíduos sólidos urbanos no Aterro Sanitário Dois Arcos;

Na projeção dos custos de Manejo de Resíduos Sólidos foi aplicado a correção

monetária de 6% ao ano.

Varrição, Capina,

Roçagem e Poda

Manutenção de

Parques e Jardins

Total de Custos

Limpeza Urbana

2012 R$ 851.500,00 252.419,52R$ R$ 1.103.919,52

2013 R$ 902.590,00 267.564,69R$ R$ 1.170.154,69

2014 R$ 956.745,40 283.618,57R$ R$ 1.240.363,97

2015 R$ 1.014.150,12 300.635,69R$ R$ 1.314.785,81

2016 R$ 1.074.999,13 318.673,83R$ R$ 1.393.672,96

2017 R$ 1.139.499,08 337.794,26R$ R$ 1.477.293,34

2018 R$ 1.207.869,02 358.061,91R$ R$ 1.565.930,94

2019 R$ 1.280.341,17 379.545,63R$ R$ 1.659.886,79

2020 R$ 1.357.161,64 402.318,37R$ R$ 1.759.480,00

2021 R$ 1.438.591,33 426.457,47R$ R$ 1.865.048,80

2022 R$ 1.524.906,81 452.044,92R$ R$ 1.976.951,73

2023 R$ 1.616.401,22 479.167,61R$ R$ 2.095.568,83

2024 R$ 1.713.385,30 507.917,67R$ R$ 2.221.302,96

2025 R$ 1.816.188,41 538.392,73R$ R$ 2.354.581,14

2026 R$ 1.925.159,72 570.696,29R$ R$ 2.495.856,01

2027 R$ 2.040.669,30 604.938,07R$ R$ 2.645.607,37

2028 R$ 2.163.109,46 641.234,35R$ R$ 2.804.343,81

2029 R$ 2.292.896,03 679.708,41R$ R$ 2.972.604,44

2030 R$ 2.430.469,79 720.490,92R$ R$ 3.150.960,71

2031 R$ 2.576.297,98 763.720,37R$ R$ 3.340.018,35

2032 R$ 2.730.875,85 809.543,60R$ R$ 3.540.419,45

2033 R$ 2.894.728,41 858.116,21R$ R$ 3.752.844,62

Ano

Custos operacionais Limpeza Urbana

125

Tabela 35 - Custos Operacionais de Manejo de RSU

Fonte: SERENCO, 2.013.

Analisando a composição dos custos, é possível perceber que a coleta e o

transporte de resíduos tem um custo bem mais elevado que o aterramento de

resíduos, otimizar esta atividade poderá contribuir com a redução destes valores.

Coleta e transporte de

resíduos sólidos urbanos

domiciliares/comerciais

Aterramento de

resíduos sólidos

urbanos

Total Serviços

terceirizados

Manejo de RSU

2013 R$ 851.500,00 R$ 249.152,92 R$ 1.100.652,92

2014 R$ 902.590,00 R$ 270.281,28 R$ 1.172.871,28

2015 R$ 956.745,40 R$ 293.141,19 R$ 1.249.886,59

2016 R$ 1.014.150,12 R$ 317.851,97 R$ 1.332.002,09

2017 R$ 1.074.999,13 R$ 344.538,32 R$ 1.419.537,45

2018 R$ 1.139.499,08 R$ 373.394,36 R$ 1.512.893,44

2019 R$ 1.207.869,02 R$ 404.545,97 R$ 1.612.415,00

2020 R$ 1.280.341,17 R$ 438.217,48 R$ 1.718.558,65

2021 R$ 1.357.161,64 R$ 474.581,19 R$ 1.831.742,83

2022 R$ 1.438.591,33 R$ 513.817,24 R$ 1.952.408,57

2023 R$ 1.524.906,81 R$ 556.204,04 R$ 2.081.110,86

2024 R$ 1.616.401,22 R$ 601.923,78 R$ 2.218.325,00

2025 R$ 1.713.385,30 R$ 651.297,83 R$ 2.364.683,13

2026 R$ 1.816.188,41 R$ 704.574,37 R$ 2.520.762,79

2027 R$ 1.925.159,72 R$ 762.012,87 R$ 2.687.172,59

2028 R$ 2.040.669,30 R$ 824.011,61 R$ 2.864.680,91

2029 R$ 2.163.109,46 R$ 890.833,51 R$ 3.053.942,97

2030 R$ 2.292.896,03 R$ 962.937,88 R$ 3.255.833,90

2031 R$ 2.430.469,79 R$ 1.040.681,17 R$ 3.471.150,96

2032 R$ 2.576.297,98 R$ 1.124.436,20 R$ 3.700.734,18

2033 R$ 2.730.875,85 R$ 1.214.771,36 R$ 3.945.647,21

Ano

Custos operacionais Manejo de RSU

126

Figura 46 - Custos operacionais Manejo de RSU

Fonte: SERENCO, 2.013.

7.10.3 Receitas e Sustentabilidade

Em termos da remuneração dos serviços, o sistema pode ser dividido em

serviços de limpeza urbana (capina, roçada, poda e varrição) e em manejo de

resíduos sólidos, considerando os serviços de coleta, transporte, tratamento e

disposição final de resíduos sólidos domiciliares/comerciais.

Os serviços de limpeza urbana não podem ser cobrados dos munícipes por

serem serviços indivisíveis. Já os serviços de manejo de resíduos sólidos podem ser

cobrados através de taxa, conforme proposto no presente Plano.

De acordo com o Código Tributário Nacional:

Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas. (Redação dada pelo Ato Complementar nº 34, de 30.1.1967)

127

Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. (Redação dada pelo Ato Complementar nº 31, de 28.12.1966) Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder. Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se: I - utilizados pelo contribuinte: a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título; b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento; II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de unidade, ou de necessidades públicas; III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários.

Os outros serviços relativos à limpeza urbana como a retirada de entulhos em

geral, resíduos da construção civil, e etc. são considerados serviços esporádicos. De

acordo com a proposta apresentada neste plano, os pequenos geradores de

resíduos são aqueles que geram até 100L/dia, portanto a coleta será incluída no

sistema limpeza urbana. É preciso que a prefeitura garanta, por meios políticos, as

dotações orçamentárias que sustentem adequadamente o custeio e os

investimentos no sistema.

Pelo Código Tributário Municipal, Capitulo XIV, observa-se que a Taxa de

Resíduos Sólidos Domiciliares. Art. 188. A taxa de resíduos sólidos domiciliares –

TRSD tem como fato gerador a utilização efetiva ou potencial do serviço divisível de

coleta e transporte de resíduos sólidos domiciliares, de fruição obrigatória, prestados

em regime público, nos limites territoriais do Município. Atualmente a Taxa de

Resíduos Sólidos Domiciliares é lançada anualmente, junto ao talão do IPTU.

O valor arrecadado com a Taxa de Resíduos Sólidos Domiciliares, vinculada

ao IPTU no exercício de 2011, foi de R$ 189.553,82. Pela Meta proposta neste plano

a Taxa deverá ser desvinculada do IPTU. Sugerimos que seja cobrada junto a conta

de água ou de luz, como já ocorre em outros municípios brasileiros. Com o objetivo

de aumentar a arrecadação, devido a queda da inadimplência.

128

No Estado do Rio de Janeiro outra fonte de receita para os municípios é o

ICMS Verde, criado pela Lei 5.100/2007 e regulamentado pelo Decreto 41.844/2009,

o ICMS Verde é um esforço do Estado para incentivar ações de conservação

ambiental, contemplando os municípios que desenvolvem melhorias nesse âmbito

com uma maior parcela de repasse do ICMS, proporcionalmente ao desempenho de

cada um.

O repasse é realizado de acordo com o Índice de Conservação Ambiental.

Para o cálculo dos índices percentuais por município, o critério de conservação

ambiental é desmembrado em 3 componentes, e a cada um desses componentes é

atribuído um peso percentual para a composição final do índice: 45% para a

existência e a implantação de reservas ambientais, 30% para a qualidade ambiental

dos recursos hídricos e 25% para a coleta e disposição adequada dos resíduos

sólidos.

Silva Jardim recebeu de ICMS Verde com relação ao componente de

resíduos sólidos R$ 579.534,00 pois destina os resíduos gerados no Aterro Sanitário

de Dois Arcos. Para as receitas também foi aplicado a correção monetária de 6% ao

ano. A estimativa de receitas feitas para o município considerando o cenário atual,

apresenta-se na tabela a seguir.

129

Tabela 36 - Receitas Manejo de RSU

Fonte: SERENCO, 2.013.

Comparando-se a projeção das receitas com os custos operacionais do

manejo de RSU, na figura a seguir é possível perceber que sempre haverá um

déficit, se o cenário permanecer como está.

Taxa de Resíduos

Sólidos

Domiciliares

ICMS Verde

Total de Receitas

Diponíveis para o

Manejo de RSU

189.553,82R$ 579.534,00R$ 769.087,82R$

200.927,05R$ 614.306,04R$ 815.233,09R$

212.982,67R$ 651.164,40R$ 864.147,07R$

225.761,63R$ 690.234,27R$ 915.995,90R$

239.307,33R$ 731.648,32R$ 970.955,65R$

253.665,77R$ 775.547,22R$ 1.029.212,99R$

268.885,72R$ 822.080,06R$ 1.090.965,77R$

285.018,86R$ 871.404,86R$ 1.156.423,72R$

302.119,99R$ 923.689,15R$ 1.225.809,14R$

320.247,19R$ 979.110,50R$ 1.299.357,69R$

339.462,02R$ 1.037.857,13R$ 1.377.319,15R$

359.829,74R$ 1.100.128,56R$ 1.459.958,30R$

381.419,53R$ 1.166.136,27R$ 1.547.555,80R$

404.304,70R$ 1.236.104,45R$ 1.640.409,15R$

428.562,98R$ 1.310.270,71R$ 1.738.833,69R$

454.276,76R$ 1.388.886,96R$ 1.843.163,72R$

481.533,37R$ 1.472.220,17R$ 1.953.753,54R$

510.425,37R$ 1.560.553,38R$ 2.070.978,75R$

541.050,89R$ 1.654.186,59R$ 2.195.237,48R$

573.513,94R$ 1.753.437,78R$ 2.326.951,73R$

607.924,78R$ 1.858.644,05R$ 2.466.568,83R$

Receitas Manejo de RSU

130

Figura 47 - Custos Operacionais X Receitas

Fonte: SERENCO, 2.013.

De acordo com a Lei nº 11.445/2.007, Art. 29, a sustentabilidade econômica dos

serviços de saneamento precisa ser assegurada, sempre que possível, mediante

remuneração pela cobrança dos serviços.

§ 2º Poderão ser adotados subsídios tarifários e não tarifários para os usuários e localidades que não tenham capacidade de pagamento ou escala econômica suficiente para cobrir o custo integral dos serviços. Art. 35. As taxas ou tarifas decorrentes da prestação de serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos urbanos devem levar em conta a adequada destinação dos resíduos coletados e poderão considerar: I - o nível de renda da população da área atendida; II - as características dos lotes urbanos e as áreas que podem ser neles edificadas; III - o peso ou o volume médio coletado por habitante ou por domicílio.

Conforme apresentado no Produto 5, item Sustentabilidade do Sistema, o

custo dos serviços de manejo de resíduos (coleta, transporte e disposição final) por

habitante por ano é de R$50,92 no município de Silva Jardim, sem levar em

consideração o subsídio do ICMS Verde. Levando em consideração o ICMS Verde

recebido atualmente pelo município em relação a resíduos, o custo ficaria em

R$23,77/ hab.ano.

131

De acordo com o IBGE, 2.010, a média de moradores em domicílios

particulares ocupados em Silva Jardim é de 3,17.

Portanto, admitindo-se 3,17 habitantes por domicílio, a taxa de manejo de

resíduos a ser cobrada de cada domicílio, será de R$75,35/ano ou R$6,27/mês,

mantidas as condições contratuais vigentes com as empresas prestadoras dos

serviços.

Todavia, esse valor pode ser adequado às peculiaridades dos diferentes

bairros da cidade, levando em consideração alguns fatores, tais como os sociais

(buscando uma tarifação socialmente justa) e os operacionais. Para tanto, faz-se

necessário um estudo detalhado, que deverá ser contratado pela Prefeitura

Municipal.

Com a implantação dos programas como Coleta Seletiva de Materiais

Recicláveis, Coleta Seletiva de Resíduos Orgânicos, implantação do CTDR

Saquarema, desvincular do IPTU e recalcular a taxa de Manejo de RSU este cenário

pode ser modificado, para garantir a sustentabilidade do sistema como preconiza a

Lei nº 11.445/2007 e seu Decreto Regulamentador nº 7.217/2010.

Os custos poderão ser reduzidos pois, a quantia de materiais a serem

aterrados deverá diminuir significativamente e as receitas poderão ser aumentadas,

com uma maior arrecadação através da taxa desvinculada do IPTU e com o repasse

do ICMS Verde ao município.

O Índice Final de Conservação Ambiental (IFCA), que indica o percentual do

ICMS Verde que cabe a cada município, é composto por seis subíndices temáticos

com pesos diferenciados, sendo 20% para a Destinação de Lixo (IDL) e 5% para

Remediação de Vazadouros (IRV).

IFCA é recalculado a cada ano, dando oportunidade para o município que

investiu em conservação ambiental, de aumentar sua arrecadação. O IFCA é

calculado de acordo com os elementos descritos no PRODUTO 8.

𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑀𝑎𝑛𝑒𝑗𝑜 𝑑𝑒 𝑅𝑒𝑠í𝑑𝑢𝑜𝑠 = 𝑅$23,77

ℎ𝑎𝑏.𝑎𝑛𝑜. 𝑋 3,17 = 𝑅$75,35/ 𝑑𝑜𝑚𝑖𝑐𝑖𝑙𝑖𝑜.𝑎𝑛𝑜

132

8. Análise Institucional

Apresenta-se a seguir, um primeiro ensaio sobre os modelos institucionais

existentes e os possíveis arranjos a serem implementados na Região dos Lagos São

João, Estado do Rio de Janeiro, tendo em vista a Gestão dos Sistemas de

Saneamento Básico, referenciados na Lei Nº 11.445/2007, a qual institui a Política

Nacional de Saneamento Básico no País, e regulamentada pelo Decreto

Nº7.217/2010.

A referida Lei e seu Decreto Regulamentador detalham o interelacionamento

entre o Poder Concedente, no caso os Municípios da Região dos Lagos São João,

os Prestadores de Serviços e o Ente Regulador. As combinações e acordos

possíveis entre as três partes envolvidas formatará os arranjos institucionais a serem

apresentados e debatidos em consultas públicas e implementadas, caso aprovadas,

em audiências públicas quando da conclusão dos Planos Municipais de Saneamento

Básico dos Municípios de Armação dos Búzios, Araruama, Arraial do Cabo, Cabo

Frio, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Saquarema e Silva Jardim.

8.1 Situação Atual

No início deste documento, foram elencadas e descritas as instituições

envolvidas pelo arranjo institucional vigente na Região dos Lagos – São João.

Detalham-se a seguir, o Modelo Atual e a Modelagem Proposta, em forma de Estudo

Inicial, uma vez que a Proposta Final será obtida após os debates que irão

acontecer durante a Consulta Pública e finalmente após a Audiência Pública.

Os serviços de Saneamento Básico prestados no Município referem-se a:

Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário são operados em regime de

concessão pela Concessionária Águas de Juturnaíba, destacando-se que os

esgotos sanitários, em sua grande maioria são coletados pelo sistema de

drenagem urbana da Prefeitura Municipal de Silva Jardim, pelo chamado

“tomada em tempo seco”. Os serviços prestados são fiscalizados pelo

133

Consórcio Intermunicipal para Gestão Ambiental das Bacias da Região dos

Lagos, do Rio São João e Zonas Costeiras (Consórcio Intermunicipal Lagos

São João/CILSJ) e regulados pela Agencia Estadual Reguladora de Energia e

Saneamento – AGENERSA. O Governo do Estado do Rio de Janeiro é

solidário ao Município, como Poder Concedente.

Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos são administrados pela

Secretaria Municipal de Meio Ambiente, a qual terceiriza os serviços de

coleta, transporte e disposição final dos resíduos domésticos/comerciais/de

serviços de saúde/limpeza pública. Não sofre fiscalização do Consórcio e a

Regulação por parte da AGENERSA encontra-se em fase de estruturação.

Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas, são administradas pela

Secretaria Municipal de Obras. A Defesa Civil opera em parceria direta com a

Secretaria Municipal de Obras.

134

Figura 48 - Modelo Institucional do Saneamento Básico de Silva Jardim

Fonte: SERENCO, 2.013.

8.2 Modelos Institucionais para Prestação dos Serviços de

Saneamento Básico

Os Modelos Institucionais para Prestação dos Serviços de Saneamento

Básico foram detalhados no Produto 9.1, item 8.2.

135

8.2.1 Estrutura Organizacional Proposta

A Estrutura Organizacional Proposta foi detalhada no Produto 9.1, item 8.2.1. A

Figura 49, apresenta o Modelo Institucional para a Gestão do PMSB.

Figura 49 - Modelo Institucional para a Gestão do PMSB

Fonte: SERENCO, 2.013.

8.2.2 Modificações, Adaptações ou Complementações ao Arranjo Institucional

Proposto

Na sequência da construção do PGIRS serão inseridas as complementações

ao Arranjo Institucional Proposto, superadas a consulta e a audiência pública.

Porém, as modificações, adaptações e complementações que vierem a ser

136

propostas após a conclusão do mesmo deverão obedecer os trâmites institucionais,

legais e jurídico-administrativos, correspondentes à cada instância especifica.

Os Projetos de Lei, apresentados no Anexo do Produto 9.1, obedecem a

proposta inicial apresentada pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, buscando

estabelecer a Politica Municipal de Saneamento nos Municípios Fluminenses, bem

como criando em cada Município, o Fundo Municipal de Saneamento Básico. A

Figura 50, resume graficamente a proposta para o estabelecimento da Politica e do

Sistema Municipal de Saneamento Básico.

137

Figura 50 – Politica Municipal de Saneamento Básico Fonte: SERENCO, 2.013.

8.3 Análise Institucional Regional

8.3.1 Arranjo institucional na Região dos Lagos

O Arranjo Institucional na Região dos Lagos foi detalhado no Produto 9.1, item 8.3.1.

138

8.3.2 Fiscalização e Regulação dos Serviços de Saneamento Básico

Detalhado no Produto 9.1, item 8.3.

8.3.3 Inter-relação Poder Concedente/Prestadores de Serviços/Regulador

Elementos detalhados no Produto 9.1, item 8.3.3.

8.3.4 Análise Jurídica

Análise detalhada no Produto 9.1, item 8.3.4

8.3.5 Propostas para instalação de arranjo institucional para a Gestão do

Saneamento Básico na Região dos Lagos/RJ

As propostas foram detalhadas no Produto 9.1, item 8.3.5.

139

9. ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA

O atual arranjo institucional para a prestação dos serviços de saneamento

básico na Região dos Lagos, obedece aos modelos anteriormente detalhados.

Esses modelos demonstraram as interligações do Poder Concedente (Estado do Rio

de Janeiro e Municípios) aos Prestadores de Serviços (Concessionárias Prolagos e

CAJ), aos Consórcios existentes, ao Comitê de Bacias, às empresas terceirizadas

(LIMPATECH, SELLIX, MEGA ENGENHARIA, DOIS ARCOS, entre muitas outras) e

à Agência Reguladora (AGENERSA).

Essas interligações deverão se fortalecer ainda mais, após a conclusão, a

aprovação e a implementação do PMSB e do PGIRS, concentrando-se na busca e

geração de recursos financeiros para custear a execução dos serviços para a

universalização dos mesmos.

O modelo econômico-financeiro se apoia nos seguintes elementos:

Recursos 1 – Dotações orçamentárias municipais;

Recursos 2 – Cobrança de taxas/tarifas em busca da sustentabilidade da

prestação dos serviços programados;

Recursos 3 – Recursos para investimento em obras, equipamentos, serviços,

provenientes de fontes estaduais (FECAM), federais (Caixa, Econômica

Federal, BNDES, PAC, FUNASA, MINCIDADES, e MMA) e internacionais

(BID, BIRD e bancos de fomento), e,

Recursos 4 – Repasse estadual do ICMS Verde.

Assim, o Quadro 2, apresenta resumidamente a operacionalidade da

Estrutura Financeira de Silva Jardim:

140

Quadro 2 - Estrutura Financeira

Recursos Abastecimento de Água

Esgotamento Sanitário

Drenagem e Manejo de

Águas Pluviais Urbanas

Limpeza Urbana e Manejo de

Resíduos Sólidos

1 Não Sim (todos) Sim (maior parte)

2 CAJ Não Sim

3 FECAM (SEA, INEA) FECAM (SEA, INEA) FECAM (SEA, INEA)

4 Sim (ao Município) Não Sim

Fonte: SERENCO, 2.013.

Na Lei Orçamentária Anual aprovada em Silva Jardim em 2.012 para o

exercício de 2.013, não há uma rubrica específica para investimentos. Portanto,

como estimativa inicial, adota-se o valor de 10% da receita total, ou seja, R$

9.000.000,00 como investimentos prováveis. É possível observar que este

investimento, ou parte dele, poderá vir a se constituir em forte ingresso financeiro

anual no setor saneamento básico, se assim for a decisão dos poderes públicos

municipais constituídos.

Destaca-se ainda, que no caso de implantação da taxa de resíduos sólidos, o

tesouro municipal ficará desonerado anualmente de cerca de R$ 1 milhão, podendo

esse montante ser acrescido na rubrica municipal dos investimentos (R$ 9 milhões),

isto é, disponibilizando aproximadamente R$ 10 milhões para o setor saneamento

básico.

Para os recursos provenientes da CAJ (3ºTA), estão previstos investimentos,

conforme Tabela 37.

Tabela 37 - Investimentos previstos pela CAJ

Investimentos previstos

Esgotamento sanitário R$ 0,00¹

Abastecimento de Água R$ 270.000,00²

TOTAL R$ 270.000,00

¹ Os investimentos previstos pela CAJ serão complementares aos previstos no PMSB

²4,5% do total de investimentos previstos (R$ 6.000.000,00)

Fonte: SERENCO, 2.013.

141

Os valores repassados pelo Governo do Estado (através do ICMS Verde)

incorporados aos recursos orçamentários municipais estão apresentados na Tabela

38.

Tabela 38 - Repasse de recursos financeiros do Governo do Estado através do ICMS Verde (2012)

ICMS Verde (2012)

IRTE R$ 1.613.271,00

IRDC R$ 903.441,00

IRRV R$ 0,00

IRMA R$ 1.895.582,00

TOTAL R$ 4.412.294,00

Fonte: INEA, 2.013.

Observa-se ainda que:

O Município não investe recursos orçamentários em abastecimento de água e

esgotamento sanitário;

O Município assume todas as despesas com drenagem e manejo de águas

pluviais urbanas;

O Município assume a maior parte das despesas com Limpeza Urbana e

Manejo de Resíduos Sólidos;

Há cobrança de taxa de resíduos sólidos, porém vinculada ao IPTU, que não

cobre todas as despesas;

A CAJ arrecada as taxas/tarifas do abastecimento de água e esgotamento

sanitário para sustentabilidade dos sistemas e para remuneração dos serviços

prestados, investindo ainda, os recursos programados pelo Termo Aditivo em

vigor;

O FECAM (SEA, INEA) investe em obras, equipamentos e serviços nos

quatro sistemas, através de repasses de recursos à Prefeitura Municipal, e,

142

O Município recebe recursos, do ICMS Verde (esgotamento sanitário e

resíduos sólidos) e os incorpora ao Orçamento Municipal.

Resume-se na Tabela 39, os investimentos necessários para os próximos 20

(vinte) anos para atendimento aos programas elencados nas proposições

anteriormente detalhados.

Tabela 39 - Recursos necessários por serviço

SERVIÇOS VALOR TOTAL

Abastecimento de água¹ R$ 6.923.115,00

Esgotamento sanitário R$ 67.425.625,82

Drenagem e manejo de águas pluviais

urbanas R$ 21.405.000,00

Limpeza urbana e manejo de resíduos

sólidos R$ 11.812.065,15

TOTAL R$ 107.565.805,97

¹ 4,5% de R$ 153.847.000,00

Fonte: SERENCO, 2.013.

Conclui-se portanto, que a capacidade de investimento em saneamento

básico por parte do Município de Silva Jardim (orçamento municipal), Estado do Rio

de Janeiro (ICMS Verde), e da CAJ (investimentos previstos no 3.º TA) poderá

estimativamente atingir o seguinte montante:

143

Tabela 40 - Capacidade de investimento em 20 anos

CAPACIDADE DE INVESTIMENTO

Dotações orçamentárias (50% do total de

investimentos previstos = R$ 4.5000.000,00 x 20

anos)

R$ 90.000.000,00

Disponibilização de recursos orçamentários

próprios pelo recebimento da Taxa de Lixo = R$

1.0000.000,00 x 20 anos

R$ 20.000.000,00

Concessionária Águas de Juturnaíba R$ 270.000,00

Arrecadação de ICMS Verde x 20 anos R$ 88.000.000,00

TOTAL R$ 198.270.000,00

Fonte: SERENCO, 2.013.

Comparativamente, obtém-se a diferença entre a capacidade de investimento

analisada e o total de recursos necessários para as quatro vertentes do saneamento

básico, para os próximos vinte anos (Tabela 41).

Tabela 41 - Comparativo entre capacidade de investimento e recursos necessários

Capacidade de Investimento x Recursos necessários

Receita prevista R$ 198.270.000,00

Recursos necessários R$ 107.565.805,97

Superávit R$ 90.704.194,03

Fonte: SERENCO, 2.013.

O Superávit apurado demonstra que há recursos suficientes para que nos

próximos 20 anos as metas deste Plano sejam atingidas no município de Silva

Jardim, sem que haja necessidade de recursos externos.

10. RECOMENDAÇÕES INSTITUCIONAIS

Tendo em vista a elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico e do

Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, a serem disponibilizadas a todos

os interessados e aos Municípios, em Consulta Pública, com o objetivo de colher

144

contribuições dirigidas à construção dos mesmos e consequentemente na

Construção das Versões Finais, destacam-se as recomendações a seguir listadas.

10.1 Racionalização e sistematização dos serviços prestados

Para a racionalização e sistematização dos serviços prestados:

- abastecimento de água;

- esgotamento sanitário;

- limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, e,

- drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, recomenda-se às futuras

Secretarias Municipais de Meio Ambiente implantação de Procedimentos

(Regulamentos) Normativos para todos os serviços prestados pela iniciativa

pública e/ou privada nas quatro áreas anteriormente relacionadas, sugerindo-

se os seguintes procedimentos:

Administrativos – leitura e emissão de contas, verificação e

afeição de medidores, suspensão/religação do fornecimento de

água, execução de novas ligações de água e/ou conexão de

esgotamento sanitário, entre outros;

Técnicos – qualidade da água distribuída, qualidade dos

efluentes tratados de esgoto sanitário, entre outros;

Operacionais – de ETA’s, estações elevatórias, adutoras,

reservatórios, redes, perdas e água, de ETE’s, estações

elevatórias, tomadas em tempo seco, micro e macrodrenagem

urbana, entre outros, e,

Atendimento aos usuários pelos meios de comunicação

disponíveis ou pessoalmente.

10.2 Avaliações sistemáticas da efetividade, eficiência e

eficácia dos serviços prestados

As avaliações sistemáticas para aferição da efetividade, eficiência e eficácia

dos serviços prestados deverão ser implementadas através de indicadores. Os

145

indicadores para abastecimento de água, esgotamento sanitário e limpeza urbana e

manejo de resíduos sólidos já estão consagrados em nosso País, obedecendo ao

disposto pelo Ministério das Cidades, Secretaria Nacional de Saneamento, Sistema

Nacional de Informações em Saneamento Ambiental (Básico), SNIS. Deverão ser

instituídos em todos os Municípios da Região, sugerindo os trâmites oficiais para seu

encaminhamento. Quanto aos indicadores de drenagem e manejo de águas pluviais

urbanas, ainda não estão disponibilizados, mas em breve serão instituídos.

Essas avaliações ficam a cargo das Secretarias Municipais de Meio Ambiente

e seus dados armazenados em um banco de dados junto à UGPLAN.

10.3 Instrumentos e mecanismos de divulgação, controle

social na gestão dos serviços de saneamento básico

O Plano deverá ter ampla divulgação por todos os meios de comunicação

disponibilizados pela Prefeitura Municipal de Cabo Frio. Recomenda-se a criação de

um Portal Saneamento, com acesso via Internet, tendo em vista manter grande parte

da população notificada das ações em desenvolvimento. Cópias dos PMSB e do

PGIRS deverão ser disponibilizadas aos Centros de Ensino e Cultura do Município,

às Bibliotecas, Associações de Classe, entre outras. O processo tem por objetivo

divulgar as características, critérios e procedimentos recomendados pelo Plano, bem

como, em fases posteriores, os resultados de desempenho físico-financeiro e de

gestão para subsidiar um nova etapa de planejamento, quando das revisões do

Plano.

Quanto aos mecanismos de participação e controle social na gestão dos

serviços de saneamento básico, o PMSB e o PGIRS remetem às Conferências

Anuais de Saneamento Básico a serem realizadas anualmente, ao Conselho

Municipal de Saneamento Básico, à Secretaria Municipal de Meio Ambiente

(Ouvidoria), ao Arranjo Institucional para Gestão do Saneamento Básico, a ser

instituído, aos Prestadores de Serviços (Ouvidoria), à Agência Reguladora, ao

PROCON e em última instância à Promotoria Pública.

146

10.4 Sustentabilidade dos Sistemas

De fundamental importância, tendo em vista os desafios financeiros dos

próximos vinte anos, é a cobrança de taxas/tarifas em busca da sustentabilidade de

cada setor.

10.5 Integração Institucional

Finalmente, sugere-se uma forte ação de integração institucional, tendo em

vista a universalização dos sistemas de saneamento básico do Município de Cabo

Frio. O PMSB poderá vir a ser o grande aglutinador de ideias, as quais fomentarão a

execução dos programas, projetos e ações propostas para que as metas do Plano

sejam atingidas. O arranjo institucional proposto, em complementação ao arranjo

institucional presente, deverá ter como ponto focal, a integração de todos com o

apoio da população local.

11. ACOMPANHAMENTO DO PLANO

De suma importância, após a implantação do PMSB e seu PGIRS, deverá ser

instituído um modelo de acompanhamento dos mesmos através de instrumentos de

avaliação e monitoramento dos Programas, Planos, Projetos e Ações propostas e

detalhadas anteriormente.

11.1 Instrumentos de Avaliação e Monitoramento

O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos se integrará ao

conjunto de políticas públicas de saneamento básico de Silva Jardim, e assim, seu

conhecimento e sua efetividade na execução são de interesse público e deve haver

um controle sobre sua aplicação. Neste contexto, a avaliação e o monitoramento

assumem um papel fundamental como ferramenta de gestão e sustentabilidade do

Plano.

147

Segundo a Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), podemos entender

avaliação como:

“prática de atribuir valor a ações. No caso dos projetos, programas e

políticas do governo, significa uma atividade cujo objetivo é de

maximizar a eficácia dos programas na obtenção dos seus fins e a

eficiência na alocação de recursos para a consecução dos mesmos.”

Ainda segundo a ENAP, podemos entender mais detalhadamente:

“Avaliação: Ferramenta que contribui para integrar as atividades do

ciclo de gestão pública. Envolve tanto julgamento como atribuição de

valor e mensuração. Não é tarefa neutra, mas comprometida com

princípios e seus critérios. Requer uma cultura, uma disciplina

intelectual e uma familiaridade prática, amparadas em valores. Deve

estar presente, como componente estratégico, desde o planejamento e

formulação de uma intervenção, sua implementação (os consequentes

ajustes a serem adotados) até as decisões sobre sua manutenção,

aperfeiçoamento, mudança de rumo ou interrupção, indo até o

controle.”

Quanto ao monitoramento, a ENAP nos diz:

“Monitoramento: Também conhecido como avaliação em processo,

trata-se da utilização de um conjunto de estratégias destinadas a

realizar o acompanhamento de uma política, programa ou projeto. É

uma ferramenta utilizada para intervir no curso de um programa,

corrigindo sua concepção. É o exame contínuo dos processos,

produtos, resultados e os impactos das ações realizadas. O

monitoramento permite identificar tempestivamente as vantagens e os

pontos frágeis na execução de um programa e efetuar os ajustes

necessários à maximização dos seus resultados e impactos.”

Como instrumentos de avaliação do PGIRS do Município de Silva Jardim

serão adotados os Indicadores do Sistema Nacional de Informações Sobre

Saneamento – SNIS, os quais têm sido utilizados pela quase totalidade das

Operadoras de Serviços de Água e Esgoto e Resíduos Sólidos existentes no Brasil,

148

e o monitoramento se dará pelo acompanhamento e análise do processo de

avaliação. Ver Anexo.

No componente Resíduos Sólidos as informações são fornecidas pelas

instituições responsáveis pela prestação dos serviços, no caso de Silva Jardim, a

empresa FGC PAVIMENTAÇÃO CONSTRUÇÃO CIVIL SERVIÇOS TÉCNICOS e

KIOTO AMBIENTAL e enviadas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente,

Saneamento e Pesca, ao SNIS. O SNIS recebe as informações mediante um

aplicativo de coleta de dados. A Secretaria preenche o software e envia as

informações solicitadas. Os programas de investimentos do Ministério das Cidades,

incluindo o PAC – Programa de Aceleração do Crescimento exigem o envio regular

de dados ao SNIS, como critério de seleção, de hierarquização e de liberação de

recursos financeiros.

O ente regulador, AGENERSA, e os prestadores de serviços, deverão, de

comum acordo, estabelecer o processo de avaliação conjunta com os setores

abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de

resíduos sólidos, e drenagem e manejo de águas pluviais urbanas.

Novos indicadores poderão ser criados e aplicados aos resíduos sólidos,

conforme demanda da Prefeitura Municipal de Silva Jardim e detalhadas nas fichas

das metas e ações anteriormente detalhadas.

A implantação de software conjugando os diferentes instrumentos existentes

permitirá a construção de um site disponibilizando à população de Silva Jardim o

acesso a todas as informações disponíveis sobre a gestão integrada dos serviços

prestados.

11.2 Ações de Emergências e Contingências

As ações para emergências e contingências buscam destacar as estruturas

disponíveis e estabelecer as formas de atuação dos órgãos operadores, tanto de

caráter preventivo como corretivo, procurando elevar o grau de segurança e a

continuidade operacional das instalações afetadas com os serviços de saneamento.

149

Na operação e manutenção dos serviços de saneamento deverão ser

utilizados mecanismos locais e corporativos de gestão, no sentido de prevenir

ocorrências indesejadas através do controle e monitoramento das condições físicas

das instalações e dos equipamentos visando minimizar ocorrência de sinistros e

interrupções na prestação dos serviços.

Em caso de ocorrências atípicas, que extrapolam a capacidade de

atendimento local, os órgãos operadores deverão dispor de todas as estruturas de

apoio (mão de obra, materiais e equipamentos), de manutenção estratégica, das

áreas de gestão operacional, de controle de qualidade, de suporte como

comunicação, suprimentos e tecnologias de informação, dentre outras. A

disponibilidade de tais estruturas possibilitará que os sistemas de saneamento

básico mantenham a segurança e a continuidade operacional comprometidas ou

paralisadas.

As ações de caráter preventivo, em sua maioria, buscam conferir grau

adequado de segurança aos processos e instalações operacionais, evitando

descontinuidades nos serviços. Como em qualquer atividade, no entanto, existe a

possibilidade de ocorrência de situações imprevistas. As obras e os serviços de

engenharia em geral, e as de saneamento em particular, são planejadas

respeitando-se determinados níveis de segurança resultantes de experiências

anteriores e expressos em legislações e normas técnicas específicas.

Ao considerar as emergências e contingências, foram propostas, de forma

conjunta, ações e alternativas que o executor deverá levar em conta no momento de

tomada de decisão em eventuais ocorrências atípicas, e, ainda, foram considerados

os demais planos setoriais existentes e em implantação, que devem estar em

consonância com o PMSB e o PGIRS.

Destaca também as ações que podem ser previstas para minimizar o risco de

acidentes, e orientar a atuação dos setores responsáveis para controlar e solucionar

os impactos causados por situações críticas não esperadas,

No Quadro 3, são apresentadas algumas ações de emergências e

contingências a serem adotadas para os serviços de limpeza pública e manejo de

resíduos sólidos urbanos.

150

Quadro 3 - Alternativas para evitar paralização do Sistema de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos

EMERGÊNCIAS E CONTIGÊNCIAS

Ocorrência Origem Ações para emergência e Contingência

Quebra de equipamento

coletor de resíduos por falha

mecânica ou acidente.

Falha, defeito mecânico

ou acidente no trânsito

da cidade.

Providenciar veículo reboque.

Comunicar a ocorrência ao Departamento de

Trânsito.

Providenciar veículo equivalente para conclusão

da coleta na rota prevista e atendimento nos dias

seguintes.

Verificar os trâmites legais e operacionais da PM

de Silva Jardim.

Impedimento de acesso ao

Aterro Sanitário.

Greve de funcionários,

Ação Pública de

impedimento ao acesso

de veículos coletores.

Mobilizar os poderes constituídos para

desobstrução do acesso.

Transferir os resíduos, diretamente pelos veículos

coletores, a outros aterros sanitários licenciados

na Região.

Impedimento de utilização

dos veículos coletores da FGC

PAVIMENTAÇÃO CONSTRUÇÃO CIVIL

SERVIÇOS TÉCNICOS e KIOTO AMBIENTAL

Greve de garis e/ou

motoristas da FGC

PAVIMENTAÇÃO CONSTRUÇÃO CIVIL SERVIÇOS TÉCNICOS e

KIOTO AMBIENTAL ou

ação judicial que impeça

o funcionamento normal

do sistema.

Mobilização dos Poderes Constituídos tendo em

vista a reconstrução da ordem.

Mobilização de Empresas e veículos previamente

cadastrados, os quais deverão ser acionados para

assumirem emergencialmente a coleta nos

roteiros programados, dando prosseguimentos

aos trabalhos.

Impedimento para a

disposição final no Aterro

Sanitário.

Greve de funcionários da

empresa, Ação Pública

de impedimento ao

acesso.

Os resíduos deverão ser transportados e dispostos

em outros aterros devidamente licenciado, em

caráter emergencial, em cidades vizinhas.

Falhas no processo

operacional do Aterro ou

condições climáticas

desfavoráveis

prolongadas.

Idem, Idem,

A Empresa DOIS ARCOS responsável pelo

Aterro, deverá ter seu respectivo Plano de

Emergências e Contingências protocolado e

aprovado junto aos Órgãos Ambientais

Estadual/Municipal e à Defesa Civil.

Ação do Órgão

Fiscalizador – SMMA

Idem, Idem.

A Empresa DOIS ARCOS responsável pelo

Aterro deverá submeter-se às determinações da

AGENERSA e INEA.

Paralisação do Sistema de

Varrição, capina e roçagem.

Greve de funcionários da

empresa.

Acionar os funcionários da Secretaria Municipal

de Serviços Públicos , para efetuarem a limpeza

dos pontos mais críticos e centrais da cidade.

Paralisação da Coleta de

Resíduos de Serviços de

Saúde.

Greve de funcionários da

empresa.

Celebrar contrato emergencial com empresas

licenciadas e especializadas na coleta.

Fonte: SERENCO, 2.013.

151

11.3 Banco de Dados Georreferenciados

O Banco de Dados Georreferenciados, Produto 10, foi apresentado

resumidamente no Produto 9.1, item 11.3.

11.4 Divulgação do Plano

O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS),

deverá ter ampla divulgação por todos os meios de comunicação disponibilizados

pela Prefeitura Municipal de Silva Jardim. Quando da inserção do PGIRS no Plano

Municipal de Saneamento Básico – PMSB (abastecimento de água, esgotamento

sanitário, limpeza pública e manejo de resíduos sólidos, e drenagem e manejo de

águas pluviais urbanas) sugere-se a criação de um Portal Saneamento, com

acesso via Internet, tendo em vista manter grande parte da população notificada das

ações em desenvolvimento. Cópias do PGIRS deverão ser disponibilizadas aos

Centros de Ensino e Cultura do Município, às Bibliotecas, Associações de Classes,

entre outras.

As propostas para a divulgação do PGIRS, em conjunto com o PMSB, foram

detalhadas no Produto 9.1, item 11.4.

11.5 Considerações Finais

Um dos grandes desafios do mundo contemporâneo é a implementação de

políticas públicas que garantam o desenvolvimento urbano e o gerenciamento

sustentável dos resíduos sólidos urbanos pelas municipalidades. Diante das novas

necessidades de consumo criadas pela cultura do capitalismo moderno, um volume

crescente de resíduos sólidos precisa ser recolhido, tratado e disposto corretamente.

Os custos operacionais, a falta de cultura e de capacitação e a crescente geração de

resíduos sólidos urbanos são fatores que limitam o gerenciamento sustentável,

resultam em impactos ambientais negativos importantes e restringem a busca de

solução para este grave problema.

152

O tema resíduos sólidos ocupou por muito tempo uma posição secundária no

debate sobre saneamento básico no Brasil quando comparado às iniciativas no

campo do abastecimento de água ou recursos hídricos, por exemplo. Porém,

somente, em 2010 foi instituída no Brasil, a Política Nacional de Resíduos Sólidos,

através da Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010, regulamentada pelo Decreto Nº

7.404, de 23 de dezembro de 2010.

A Lei nº 12.305/2010 traz como principais objetivos: a proteção da saúde

pública e de qualidade ambiental; a não geração, a redução, a reutilização, a

reciclagem e o tratamento dos resíduos sólidos; a disposição final ambientalmente

adequada dos rejeitos; o estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção de

bens e serviços; o desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas como

forma de minimizar impactos ambientais; e o incentivo à indústria de reciclagem e a

gestão integrada de resíduos sólidos.

É importante ressaltar que o futuro PMSB, em elaboração, visa atender a Lei

nº 12.305/2010 que exige da municipalidade um Plano de Gestão dos Resíduos

Sólidos, considerando toda a sua complexidade. E visa também atender as

exigências da Lei 11.445, de 05 de janeiro de 2007 e para o setor resíduos sólidos

abrange os serviços públicos de manejo de resíduos sólidos urbanos, onde se

consideram nesses serviços a coleta e transbordo, o transporte, a triagem para fins

de reutilização ou reciclagem, o tratamento, inclusive por compostagem e a

disposição final.

Como na maioria das cidades brasileiras, Silva Jardim precisa buscar

soluções que sejam eficazes e que estejam dentro de uma política ambientalmente

sustentável, dentro do futuro Plano Municipal de Saneamento Básico – PMSB, para

o setor de resíduos sólidos urbanos, apresenta-se como um importante instrumento.

No ano de 2011, segundo registros da empresa DOIS ARCOS, foi manejado no

Município um total de 4.079,40 toneladas de resíduos sólidos urbanos, sendo

destinados ao aterro sanitário localizado em São Pedro da Aldeia.

Neste contexto, o Município se defronta com o desafio de modificar o manejo

de seus resíduos sólidos urbanos dentro de uma política ambientalmente

sustentável, com objetivo de reduzir custos econômicos e ambientais, prolongar a

153

vida útil do aterro sanitário, gerar empregos, diminuir o desperdício de matéria-prima

e formar uma consciência ecológica.

O tipo de serviços públicos de manejo de resíduos sólidos urbanos que o

PGIRS, recomenda para Silva Jardim é bastante amplo, mas está baseado

prioritariamente na reciclagem, tanto de resíduos secos como orgânicos, por meio de

boas práticas de manejo e coleta seletiva, de forma a diminuir a grande quantidade

de resíduos que é enviada ao aterro sanitário, que representa alto custo econômico,

social e ambiental ao município. Ele é voltado para a criação de uma cultura

diferenciada no manejo dos resíduos sólidos urbano, tanto pela população quanto

pelo próprio poder público. Para enfrentar esta problemática foram propostos

programas, metas e ações que atinjam o sistema como um todo, buscando articular

o poder público, a iniciativa privada e a sociedade civil na busca pela melhoria da

qualidade de vida a partir de soluções ambientalmente saudáveis e da valorização

do trabalhador da limpeza pública (tanto os servidores da FGC PAVIMENTAÇÃO

CONSTRUÇÃO CIVIL SERVIÇOS TÉCNICOS e KIOTO AMBIENTAL, quanto os

catadores de materiais recicláveis). Assim, o PGIRS de Silva Jardim vem contribuir

com a principal atividade econômica do município, o turismo, que está associado à

beleza de seus recursos naturais, aumentando a geração de empregos e renda, e,

necessitando de um espaço urbano limpo e agradável para o desenvolvimento desta

atividade econômica e consequente melhoria da qualidade de vida da população.

Considerando-se os dados do PLANARES, relativos a caracterização

qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos domiciliares/comerciais, foram

estimados os potenciais de valorização desses resíduos.

Estima-se que 51,4% dos resíduos sólidos, em peso, é composto pela fração

orgânica passível de ser tratada por processos tais como a compostagem,

vermicompostagem, bioenergia e briquetagem.

Pode-se apontar muitas vantagens em optar por algum dos processos

citados: (i) ganho econômico, em especial para a Cidade de Silva Jardim, que paga

pelo transporte e disposição dos resíduos em aterro sanitário DOIS ARCOS

localizado na cidade São Pedro da Aldeia (um sistema de compostagem pode

reduzir em muito a quantidade de resíduos a ser destinada ao aterro sanitário,

154

diminuindo consequentemente os custos com esse serviço); (ii) ganho

socioeconômico através da possibilidade de geração de trabalho e renda com a

produção e utilização do composto (jardins, hortas escolares, cultivo de plantas

medicinais ou ainda energia); (iii) ganho ambiental, pois, os resíduos orgânicos

colaboram para a ocorrência dos principais impactos ambientais a serem

minimizados no aterro sanitário, já que a matéria orgânica em meio anaeróbio gera

líquidos e gases ácidos, que juntamente com a água que percola pelo aterro vai

carreando os compostos tóxicos, como metais pesados, presentes nos resíduos

sólidos.

Estimou-se ainda que 31,9%, dos resíduos recolhidos e enviados ao aterro

sanitário tem potencial para serem reciclados. Ao destinar materiais recicláveis para

os aterros tem-se um desperdício de matéria prima e energia, sem considerar o

trabalho e a renda que seriam propiciados por um sistema de reciclagem.

A partir das considerações acima, é possível concluir que 83,3% dos resíduos

recolhidos em Silva Jardim têm potencial de reciclagem (orgânicos + recicláveis), ou

seja, apenas 16,7% das toneladas geradas na cidade precisariam ser aterradas.

Sabe-se que nenhuma cidade brasileira, ou mesmo americana ou europeia chegou

a este nível de aproveitamento dos resíduos, mas a partir destes dados pode-se

estabelecer metas mais ousadas que as atuais.

Recomenda-se a observância ao atendimento ao instituído nos Planos

Estadual e Municipal de Recursos Hídricos, tendo em vista a preservação ambiental.

Ainda:

A necessidade de manutenção da universalização do sistema já implantado,

mantido para o futuro através de alta eficiência e eficácia na prestação dos

serviços, hoje operacionalizados pela FGC PAVIMENTAÇÃO CONSTRUÇÃO

CIVIL SERVIÇOS TÉCNICOS;

O estabelecimento de taxas/tarifas para promoção da sustentabilidade

financeira dos serviços prestados e subsidiados integralmente com recursos

orçamentários da Prefeitura Municipal de Silva Jardim, podendo vir a se

constituir em instrumento econômico de política social para garantir o acesso

155

aos serviços, especialmente para as populações e localidades de baixa

renda;

O aprimoramento da formação e da informação das equipes técnicas

envolvidas na execução, fiscalização, regulação e controle dos serviços

prestados, através de cursos, palestras, seminários, congressos, visitas

técnicos-administrativas a sistemas referenciais, entre outras atividades de

capacitação;

As variações na composição dos resíduos sólidos entre os diferentes espaços

urbanos são pouco significativas, não se justificando com base na

composição dos resíduos, um maior investimento em coleta seletiva e/ou

compostagem em determinada região;

É necessário rever os atuais padrões de consumo, investir mais em

educação, principalmente em programas que visem a redução na geração de

resíduos, e,

É de se ressaltar que em continentes como a Europa já está formalizado o

compromisso da indústria com a destinação das embalagens produzidas. No

Brasil, existem neste sentido algumas resoluções para poucos materiais,

como pneus, pilhas e baterias, estando em fase de assinatura os acordos

setoriais entre o Ministério do Meio Ambiente e o setor produtivo de

embalagens e produtos descartáveis.

Finalmente:

Os resíduos sólidos resultantes da evolução humana são reconhecidamente,

um campo de ação extremamente difícil de ser trabalhado, pois tem uma amplitude

considerável. É difícil para os gestores e técnicos, pois envolve muitos atores,

fazendo com que a concepção e operacionalização dos diversos serviços tenham

uma interatividade, articulação e cooperação difícil de conseguir. Na realidade, a

gestão dos resíduos sólidos, em Silva Jardim, não se configura de forma muito

diferente da situação brasileira. Tem-se um avanço na quantidade da coleta de

resíduo domiciliar/comercial, na limpeza urbana, mas o problema reside em parte na

destinação final, com um agravante maior que é a impossibilidade de fazê-la nos

limites territoriais do município. O paradigma para a gestão da integração dos

156

diversos protagonistas, das etapas do sistema de resíduos sólidos e destes com os

demais componentes do sistema de saneamento básico e das dimensões técnica,

ambiental, social, institucional e políticas adequadas às condições locais, denomina-

se Gestão Integrada e Sustentável de Resíduos Sólidos Urbanos. Este modelo além

das dimensões tecnológicas adequadas, prioriza ações que visem a não geração de

resíduos na fonte, a redução na fonte pela substituição de insumos ou mudanças de

procedimentos ou tecnologias; a valorização por meio do reaproveitamento

adotando a reutilização e reciclagem; o tratamento e disposição final. Apresenta

ainda o estabelecimento de critérios para alcançar a sustentabilidade econômica,

destacando a necessidade de apropriação e análise financeira dos custos para

implantar sistemas de custeio com preços públicos, taxas e tarifas, e enfatiza “a

redução de pobreza por meio da geração de emprego e renda”.

De uma forma ainda distante da ideal, o sistema de Silva Jardim, busca o

aperfeiçoamento baseado na integração sugerida anteriormente e preconizada pelo

atual Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.

Fica clara a delimitação quanto ao tipo de serviço que cabe ao poder público,

ou seja, os serviços relacionados aos resíduos domésticos/comerciais, o originário

da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas, enquanto os resíduos

perigosos, resíduos de serviços de saúde – RSS, segundo a ANVISA, RDC

306/2004 e resolução CONAMA 358/2005 e resíduos da construção civil-RCC,

resolução CONAMA 307/2002, são de responsabilidade do gerador, conforme

legislação própria. Contudo, com a abertura e flexibilidade em normas legais e por

decisão legal do poder público existe a possibilidade da inclusão de resíduos

originários de atividades comerciais, industriais e de serviços. Por exemplo, a

Resolução 307/2002, que define que os municípios devem elaborar, implementar e

coordenar o Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção

Civil, possibilitando o manejo adequado dos mesmos.

Tal fato não deve se ater apenas ao caso de Resíduos da Construção Civil,

mas a colocar o poder público na gestão de resíduos de outras origens, que não as

indicadas pela Lei 12.305/2010, no mínimo pode ser transformada numa forma de

combater o manejo, e descarte inadequados, que causam problemas de saúde

157

pública, e/ou passivos ambientais para o município. Desta forma é recomendável

que o poder público exerça de alguma forma o controle e acompanhamento do

gerenciamento destes resíduos, podendo fazê-lo como participante do processo de

articulação entre geradores e prestadores de serviços, ou através de licenciamento.

Deve-se observar que a política de resíduos sólidos esteja integrada

diretamente com os outros componentes do saneamento básico, mas também deve

ser coerente e integrada com as políticas sociais, urbanísticas, de saúde, ambientais

e de desenvolvimento social e econômico.

Pode-se afirmar que hoje, o setor de saneamento tem bases legais para

avançar e se fortalecer. Contudo, quando se fala em resíduos sólidos, em função

das suas peculiaridades e complexidades, é preciso que as Políticas nacional,

estadual e municipal sejam implantadas, possibilitando a promoção de

modernização dos modelos existentes através da priorização da gestão institucional

dos serviços, das condições de infraestrutura necessárias, da capacitação

profissional e implementação de tecnologias atuais, apoiadas nas diretrizes

emanadas pelas Leis Nº 11.445/2007 e Lei Nº 12.305/2010, será possível avançar

lançando-se mão da Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos, buscando a

eficácia, eficiência e efetividade dos serviços prestados.

12. HIERARQUIZAÇÃO

A Determinação do Índice de Salubridade Ambiental (ISA) tendo em vista a

hierarquização para implantação dos programas, projetos e ações, foi descrito no

Produto 9.1, item 12.

13. RESULTADOS DA AVALIAÇÃO DA PRESTAÇÃO DOS

SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO DO MUNICÍPIO DE SILVA

JARDIM

Os resultados da avaliação foram detalhados no Produto 9.1, item 13.

158

14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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PEDROSA, F. A Insustentável conta da destinação final que não fecha nunca.

Revista BIO, ABES, Nº64, Julho/Setembro, 2012.

PEREIRA NETO, J. T. Manual de Compostagem-Processo de Baixo Custo.

Belo Horizonte, MG, UNICEF, 1996.

PEREIRA, L. F. M. A gestão participativa no caso do Saneamento da Região

dos Lagos. UFF, Rio de Janeiro – Revista Expressões Geográficas, 2008.

PLANARES. Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Governo Federal,

Ministério do Meio Ambiente. Versão preliminar para Consulta Pública. Brasília,

2011.

SANETAL. Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da Região do Rio

dos Sinos. São Leopoldo, RS, 2010.

SANETAL. Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de

Fortaleza – Estado do Ceará. Florianópolis, SC – Volumes I e II, 2012.

SILVA, R.T, BRITO, A.L.N Cooperação Brasil – França em Saneamento

Ambiental. Rio de Janeiro, 2002.

VARGAS, M.C. e LIMA, R.F. de Concessões Privadas de Saneamento no

Brasil: Bom Negócio para Quem? UFSCar, 2ª Encontro Nacional da ANVPPAS,

Campinas, 2004.

161

15. ANEXOS

15.1 Indicadores – Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos

INDICADOR DEFINIÇÃO DO INDICADOR EQUAÇÃO EXPRESSO EM

I001

Taxa de empregados em relação à população urbana:

Quantidade total de empregados no manejo de RSU

População urbana

(Ge015+Ge016)x1.0

00

Ge002

empregados /

1.000

habitantes

I003

Incidência das despesas com o manejo de RSU nas despesas

correntes da prefeitura:

Despesa total da prefeitura com manejo de RSU

Despesa corrente total da Prefeitura

(Ge023+Ge009) x

100

Ge010

percentual

I004

Incidência das despesas com empresas contratadas para

execução de serviços de manejo RSU nas despesas com

manejo de RSU:

Despesa da prefeitura com empresas contratadas

Despesa total da prefeitura com manejo de RSU

Ge009 x 100

(Ge023+Ge009)

percentual

I005

Auto-suficiência financeira da Prefeitura com o manejo de

RSU:

____Receita arrecadada com manejo de RSU____

Despesa total da prefeitura com manejo de RSU

Ge006 x 100

(Ge023+Ge009)

percentual

I006

Despesa per capita com manejo de RSU em relação à

população urbana:

Despesa total da prefeitura com manejo de RSU

População urbana

(Ge023+Ge009)

Ge002

R$ / habitante

I007

Incidência de empregados próprios no total de empregados

no manejo de RSU:

Quantidade de empregados próprios no manejo de RSU

Quantidade total de empregados no manejo de RSU

Ge015 x 100

(Ge015+Ge016)

percentual

I008

Incidência de empregados de empresas contratadas no total

de empregados no manejo de RSU:

Quantidade de empregados de empresas contratadas

Quantidade total de empregados no manejo de RSU

Ge016 x 100

(Ge015+Ge016)

percentual

I010

Incidência de empregados gerenciais e administrativos no

total de empregados no manejo de RSU:

Quantidade de empregados gerenciais e administrativos

Quantidade total de empregados no manejo de RSU

(Ge050+Ge051) x

100

(Ge015+Ge016)

percentual

I016

Taxa de cobertura do serviço de coleta de RDO em relação à

população urbana:

População atendida declarada

População urbana

(Co050+Co051) x

100

Ge002

percentual

Continua...

162

Continuação.

INDICADOR DEFINIÇÃO DO INDICADOR EQUAÇÃO EXPRESSO

EM

I017

Taxa de terceirização do serviço de coleta de RDO+RPU

em relação à quantidade coletada:

Quantidade total coletada por empresas contratadas

Quantidade total coletada

Co117 x 100

(Co116+Co117)

percentual

I018

Produtividade média dos empregados na coleta (coletadores

+ motoristas) na coleta (RDO + RPU) em relação à massa

coletada:

_______Quantidade total coletada_______

Quantidade total de (coletadores motoristas) x

quantidade de dias úteis por ano (313)

(Co116+Co117)x1.000

(Co029+Co030)x313

Kg/empregado

/dia

I019

Taxa de empregados (coletadores + motoristas) na coleta

(RDO + RPU) em relação à população urbana:

Quantidade total de (coletadores + motoristas)

População urbana

(Co029+Co030)x1.000

Ge002

empregados/

1.000

habitantes

I021

Massa coletada (RDO + RPU) per capita em relação à

população urbana:

Quantidade total coletada

População urbana

(Co116+Co117)×1.000

Ge002 x365

Kg/habitante

/dia

I022

Massa (RDO) coletada per capita em relação à população

atendida com serviço de coleta:

Quantidade total de RDO coletada

População atendida declarada

(Co108+Co109)x1.000

(Co050+Co051)x365

Kg / habitante

/ dia

I023

Custo unitário médio do serviço de coleta (RDO + RPU):

Despesa total da prefeitura com serviço de coleta

Quantidade total coletada

(Co132+Co011)

(Co116+Co117)

R$ / tonelada

I024

Incidência do custo do serviço de coleta (RDO + RPU) no

custo total do manejo de RSU:

Despesa total da prefeitura com serviço de coleta

Despesa total da prefeitura com manejo de RSU

(Co132+Co011) x 100

(Ge023+Ge009)

percentual

I025

Incidência de (coletadores + motoristas) na quantidade

total de empregados no manejo de RSU:

Quantidade total de (coletadores + motoristas)

Quantidade total empregados no manejo de RSU

(Co029+Co030) x 100

(Ge015+Ge016)

percentual

I026

Taxa de resíduos sólidos da construção civil (RCD) coletada

pela Prefeitura em relação à quantidade total coletada:

Quant. total de res. sólidos da const. civil coletados pela

Prefeitura

Quantidade total coletada

Cc013 x 100

(Co116+Co117)

percentual

I027

Taxa da quantidade total coletada de resíduos públicos

(RPU) em relação à quantidade total coletada de resíduos

sólidos domésticos (RDO):

Quant. total coletada de resíduos sólidos públicos

Quant. total coletada de resíduos sólidos domésticos

(Co112+Co113) x 100

(Co108+Co109)

percentual

Continua...

163

Continuação.

INDICADORES SOBRE COLETA SELETIVA E TRIAGEM

INDICADOR DEFINIÇÃO DO INDICADOR EQUAÇÃO EXPRESSO

EM

I031

Taxa de recuperação de materiais recicláveis (exceto matéria

orgânica e rejeitos) em relação à quantidade total (RDO +

RPU) coletada:

Quant. total de materiais recuperados

__(exceto mat. orgânica e rejeitos)__

Quantidade total coletada

Cs009 x 100

(Co116+Co117)

percentual

I032

Massa recuperada per capita de materiais recicláveis (exceto

matéria orgânica e rejeitos) em relação à população urbana:

Quant. total de materiais recicláveis recuperados

_______(exceto mat. orgânica e rejeitos)_______

População urbana

Cs009 x 1.000

Ge002

Kg/habitantes/

ano

I033

Taxa de material recolhido pela coleta seletiva (exceto

matéria orgânica) em relação à quantidade total coletada de

resíduos sól. domésticos:

Quantidade total de material recolhida pela coleta seletiva

____________(exceto mat. orgânica)____________

Quantidade total coletada de resíduos sólidos

domésticos (RDO)

(Cs023+Cs024) x

100

(Co108+Co109)

percentual

I034

Incidência de papel e papelão no total de material

recuperado:

____Quantidade de papel e papelão recuperados____

Quantidade total de materiais recicláveis recuperados

(exceto mat. orgânica e rejeitos)

Cs010 x 100

Cs009

percentual

I035

Incidência de plásticos no total de material recuperado:

___Quantidade de plásticos recuperados___

Quantidade total de materiais recicláveis

recuperados (exceto mat. orgânica e rejeitos)

Cs011 x 100

Cs009

percentual

I038

Incidência de metais no total de material recuperado:

________Quantidade de metais recuperados________

Quantidade total de materiais recicláveis recuperados

(exceto mat. orgânica e rejeitos)

Cs012 x 100

Cs009

percentual

I039

Incidência de vidros no total de material recuperado:

_____Quantidade de vidros recuperados_____

Quantidade total de materias recicláveis

recuperados (exceto mat. orgânica e rejeitos)

Cs013 x 100

Cs009

percentual

Continua...

164

Continuação. INDICADOR DEFINIÇÃO DO INDICADOR EQUAÇÃO EXPRESSO

EM

I040

Incidência de outros materiais (exceto papel, plástico,

metais e vidros) no total de material recuperado:

____Quantidade de outros materiais recuperados____

Quantidade total de materiais recicláveis recuperados

(exceto mat. orgânica e rejeitos)

Cs014 x 100

Cs009

percentual

I053

Taxa de material recolhido pela coleta seletiva (exceto

mat. orgânica) em relação à quantidade total coletada de

resíduos sólidos domésticos:

Quant. total de material recolhido pela coleta sel.

__________________(exceto mat.

org.)__________________

Quant. total coletada de resíduos sólidos domésticos (RDO)

(Cs023+Cs024+Cs048)x100

(Co108+Co109)

percentual

INDICADORES SOBRE COLETA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

I036

Massa de RSS coletada per capita em relação à

população urbana:

Quantidade total coletada de RSS

População urbana

(Rs028+Rs008) x610

Ge002 x 365

Kg/1.000

habitantes/dia

I037

Taxa de RSS coletada em relação à quantidade total

coletada:

Quantidade total coletada de RSS

Quantidade total coletada

(Rs028+Rs008) x 100

(Co116+Co117)

percentual

INDICADORES SOBRE SERVIÇOS DE VARRIÇÃO

INDICADOR DEFINIÇÃO DO INDICADOR EQUAÇÃO EXPRESSO

EM

I041

Taxa de terceirização dos varredores:

Quantidade de varredores de empresas contratadas

Quantidade total de varredores

Va008 x 100

(Va007+Va008)

percentual

I042

Taxa de terceirização da extensão varrida:

Extensão de sarjeta varrida por empresas contratadas

Extensão total de sarjeta varrida

Va011 x 100

(Va010+Va011)

percentual

I043

Custo unitário médio do serviço de varrição (Prefeitura +

empresas contratadas):

Despesa total da prefeitura com serviço de varrição

Extensão total de sarjeta varrida

(Va037+Va019)

(Va010+Va011)

R$ / km

I044

Produtividade média dos varredores (Prefeitura +

empresas contratadas):

_____Extensão total de sarjeta varrida_____

(quantidade total de varredores × quantidade

de dias úteis por ano (313)

(Va010+Va011)

(Va007+Va008)x313

Km/emprega

do

/dia

Continua...

165

INDICADOR DEFINIÇÃO DO INDICADOR

EQUAÇÃO EXPRESSO

EM

I045

Taxa de varredores em relação à população urbana:

Quantidade total de varredores

População urbana

(Va007+Va0

08)x1.000

Ge002

empregado /

1.000

habitantes

I046

Incidência do custo do serviço de varrição no custo total

com manejo de RSU:

Despesa total da Prefeitura com serviço de varrição

Despesa total da Prefeitura com manejo de RSU

(Va037+Va0

19)

(Ge023+Ge0

09)

percentual

I047

Incidência de varredores no total de empregados no

manejo de RSU:

_________Quantidade total de varredores_________

Quantidade total de empregados no manejo de RSU

(Va007+Va0

08) x 100

(Ge015+Ge0

16)

percentual

INDICADORES SOBRE SERVIÇOS DE CAPINA E ROÇADA

I051

Taxa de capinadores em relação à população urbana:

Quantidade total de capinadores

População urbana

(Cp005 +

Cp006) x

1.000

Ge002

empregado/

1.000

habitantes

I052

Incidência de capinadores no total empregados no

manejo de RSU:

________Quantidade total de capinadores________

Quantidade total de empregados no manejo de RSU

(Cp005+Cp00

6) x 100

(Ge015+Ge01

6)

percentual

166

15.2 Anotação de Responsabilidade Técnica – ART

167

15.3 Minutas da Legislação Proposta

15.3.1 Dispõe sobre a Política Municipal de Saneamento Básico

O PREFEITO MUNICIPAL DE XXX, Rio de Janeiro, XX no uso de suas atribuições,faz saber a todos os habitantes deste Município, que a Câmara Municipal de XXX aprovou e ele sanciona a seguinte Lei:

CAPÍTULO I DA POLÍTICA MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Seção I Das Disposições Preliminares

Art. 1º A Política Municipal de Saneamento Básico reger-se-á pelas disposições desta lei, de seus regulamentos e das normas administrativas deles decorrentes e tem por finalidade assegurar a proteção da saúde da população e a salubridade do meio ambiente urbano e rural, além de disciplinar o planejamento e a execução das ações, obras e serviços de saneamento básico do Município.

Art. 2º Para os efeitos desta lei considera-se:

I - saneamento básico: conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de:

a) abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição;

b) esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente;

c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas;

d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas;

II - universalização: ampliação progressiva do acesso de todos os domicílios ocupados ao saneamento básico;

168

III - controle social: conjunto de mecanismos e procedimentos que garantem à sociedade informações, representações técnicas e participações nos processos de formulação de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados aos serviços públicos de saneamento básico;

IV - subsídios: instrumento econômico de política social para garantir a universalização do acesso ao saneamento básico, especialmente para populações e localidades de baixa renda;

V - localidade de pequeno porte: vilas, aglomerados rurais, povoados, núcleos, lugarejos e aldeias, assim definidos pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

Art. 3º Os recursos hídricos não integram os serviços públicos de saneamento básico.

Parágrafo único. A utilização de recursos hídricos na prestação de serviços públicos de saneamento básico, inclusive para diluição de efluentes domésticos e outros resíduos líquidos, é sujeita a outorga de direito de uso, nos termos da Lei Federal no 9.433, de 8 de janeiro de 1997e da Lei Estadual no3239 de 2 de agosto de 1999, Política Estadual dos Recursos Hídricos.

Art. 4º Não constitui serviço público a ação de saneamento executada por meio de soluções individuais.

Art. 5º Compete ao Município organizar e prestar direta ou indiretamente os serviços de saneamento básico de interesse local.

§ 1º Os serviços de saneamento básico deverão integrar-se com as demais funções essenciais de competência municipal, de modo a assegurar prioridade para a segurança sanitária e o bem-estar de seus habitantes.

§ 2º A prestação de serviços públicos de saneamento básico no município poderá ser realizada por:

I – órgão ou pessoa jurídica pertencente à Administração Pública Municipal, na forma da legislação;

II – pessoa jurídica de direito público ou privado, desde que atendidos os requisitos da Constituição Federal eda Lei Federal nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007.

III - por consórcio público integrado pelos titulares dos serviços, com o possível apoio de órgão da administração do estado.

Seção II Dos Princípios

169

Art. 6º A Política Municipal de Saneamento Básico orientar-se-á pelos seguintes princípios:

I - universalização do acesso;

II - integralidade, compreendida como o conjunto de todas as atividades e componentes de cada um dos diversos serviços de saneamento básico, propiciando à população o acesso na conformidade de suas necessidades e maximizando a eficácia das ações e resultados;

III - abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos realizados de formas adequadas à saúde pública e à proteção do meio ambiente;

IV - disponibilidade, em todas as áreas urbanas, de serviços de drenagem e de manejo das águas pluviais adequados à saúde pública e à segurança da vida e do patrimônio público e privado;

V - adoção de métodos, técnicas e processos que considerem as peculiaridades locais e regionais;

VI - articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de combate à pobreza e de sua erradicação, de proteção ambiental, de promoção da saúde e outras de relevante interesse social, voltadas para a melhoria da qualidade de vida para as quais o saneamento básico seja fator determinante;

VII - eficiência e sustentabilidade econômica;

VIII - utilização de tecnologias apropriadas, considerando a capacidade de pagamento dos usuários e a adoção de soluções graduais e progressivas;

IX - transparência das ações, baseada em sistemas de informações e processos decisórios institucionalizados;

X - controle social;

XI - segurança, qualidade e regularidade;

XII - integração das infraestruturas e serviços com a gestão eficiente dos recursos hídricos.

Seção III

Dos Objetivos

Art. 7º São objetivos da Política Municipal de Saneamento Básico:

170

I - contribuir para o desenvolvimento e a redução das desigualdades locais, a geração de emprego e de renda e a inclusão social;

II - priorizar planos, programas e projetos que visem à implantação e ampliação dos serviços e ações de saneamento básico nas áreas ocupadas por populações de baixa renda;

III - proporcionar condições adequadas de salubridade sanitária às populações rurais e de pequenos núcleos urbanos isolados;

IV - assegurar que a aplicação dos recursos financeiros administrados pelo poder público dê-se segundo critérios de promoção da salubridade sanitária, de maximização da relação benefício-custo e de maior retorno social;

V - incentivar a adoção de mecanismos de planejamento, regulação e fiscalização da prestação dos serviços de saneamento básico;

VI - promover alternativas de gestão que viabilizem a auto-sustentação econômica e financeira dos serviços de saneamento básico, com ênfase na cooperação com os governos estadual e federal, bem como com entidades municipalistas;

VII - promover o desenvolvimento institucional do saneamento básico, estabelecendo meios para a unidade e articulação das ações dos diferentes agentes, bem como do desenvolvimento de sua organização, capacidade técnica, gerencial, financeira e de recursos humanos contemplados as especificidades locais;

VIII - fomentar o desenvolvimento científico e tecnológico, a adoção de tecnologias apropriadas e a difusão dos conhecimentos gerados de interesse para o saneamento básico;

IX - minimizar os impactos ambientais relacionados à implantação e desenvolvimento das ações, obras e serviços de saneamento básico e assegurar que sejam executadas de acordo com as normas relativas à proteção do meio ambiente, ao uso e ocupação o solo e à saúde da população.

Seção IV Das Diretrizes Gerais

Art. 8º A execução da política municipal de saneamento básico será de competência da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que distribuirá de forma transdisciplinar em todas as Secretarias e órgão da Administração Municipal respeitada as suas competências.

NOTA complementar para o artigo 8: Para a execução da política municipal de saneamento básico o município criará um grupo gestor GG intersecretarial de interesse do saneamento, a ser estabelecido formalmente pelo prefeito, dentro da estrutura administrativa da prefeitura e vinculado diretamente ao seu gabinete.

171

Este grupo executivo assumirá as competências para a boa execução da política municipal de saneamento, tais como: i) acompanhar a implementação das metas de curto, médio e longo prazos do PMSB pelos prestadores; ii) articular-se para a promoção da regulação dos serviços de saneamento prestados; iii) zelar, junto a Procuradoria Municipal, pela adequação e adesão dos contratos existentes com prestadoras, à legislação atual vigente para o setor;iv) promover e exigir a regularização das autorizações, manifestos, outorgas, e demais licenças necessárias aos serviços de saneamento básico; v)acompanhar a regularidade e eficiência da prestação dos serviços de saneamento pelas prestadoras; vi) gerir, em conjunto com o Conselho Municipal de Saneamento e o Fundo Municipal de Saneamento Básico - FMSB, quando este for criado, vii) atuar ativamente na regulação dos serviços de saneamento básico; viii) organizar e definir as diretrizes para a realização da Conferência Municipal de Saneamento e demais ações necessárias a implementação da política municipal de saneamento.

Art. 9º A formulação, implantação, funcionamento e aplicação dos instrumentos da Política Municipal de Saneamento Básico orientar-se-ão pelas seguintes diretrizes:

I - valorização do processo de planejamento e decisão sobre medidas preventivas ao crescimento caótico de qualquer tipo, objetivando resolver problemas de dificuldade de drenagem e disposição de esgotos, poluição e a ocupação territorial sem a devida observância das normas de saneamento básico previstas nesta lei, no Plano Municipal de Saneamento Básico e demais normas municipais;

II – adoção de critérios objetivos de elegibilidade e prioridade, levando em consideração fatores como nível de renda e cobertura, grau de urbanização, concentração populacional, disponibilidade hídrica, riscos sanitários, epidemiológicos e ambientais;

III - coordenação e integração das políticas, planos, programas e ações governamentais de saneamento, saúde, meio ambiente, recursos hídricos, desenvolvimento urbano e rural, habitação, uso e ocupação do solo;

IV - atuação integrada dos órgãos públicos municipais, estaduais e federais de saneamento básico;

V - consideração às exigências e características locais, à organização social e às demandas socioeconômicas da população;

VI - prestação dos serviços públicos de saneamento básico, orientada pela busca permanente da universalidade, qualidade e eficiência;

VII - ações, obras e serviços de saneamento básico planejados e executados de acordo com as normas relativas à proteção ao meio ambiente e à saúde pública, cabendo aos órgãos e entidades por elas responsáveis o licenciamento, a fiscalização e o controle dessas ações, obras e serviços, nos termos de sua competência legal;

172

VIII - a bacia hidrográfica é considerada preferencialmente como unidade de planejamento para fins de elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico, compatibilizando-se com o Plano Municipal de Saúde e de Meio Ambiente, com o Plano Diretor Municipal e com o Plano Diretor de Recursos Hídricos da região, caso existam;

IX - incentivo ao desenvolvimento científico na área de saneamento básico, a capacitação tecnológica da área, a formação de recursos humanos e a busca de alternativas adaptadas às condições de cada local;

X - adoção de indicadores e parâmetros sanitários e epidemiológicos e do nível de vida da população como norteadores das ações de saneamento básico;

XI - promoção de programas de educação sanitária;

XII - estímulo ao estabelecimento de adequada regulação dos serviços;

XIII - garantia de meios adequados para o atendimento da população rural dispersa, inclusive mediante a utilização de soluções compatíveis com suas características econômicas e sociais peculiares;

XIV - adoção de critérios objetivos de elegibilidade e prioridade, levando em consideração fatores como nível de renda e cobertura, grau de urbanização, concentração populacional, disponibilidade hídrica, riscos sanitários, epidemiológicos e ambientais;

CAPÍTULO II DO SISTEMA MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Seção I Da Composição

Art. 10º A Política Municipal de Saneamento Básico contará, para execução das ações dela decorrentes, com o Sistema Municipal de Saneamento Básico.

Art. 11 O Sistema Municipal de Saneamento Básico fica definido como o conjunto de agentes institucionais que no âmbito das respectivas competências, atribuições, prerrogativas e funções, integram-se, de modo articulado e cooperativo, para a formulação das políticas, definição de estratégias e execução das ações de saneamento básico.

Art. 12 O Sistema Municipal de Saneamento Básico é composto dos seguintes instrumentos:

I - Plano Municipal de Saneamento Básico;

II - Conselho Municipal de Saneamento Básico;

III – Fundo Municipal de Saneamento Básico;

173

IV – Sistema Municipal de Informações em Saneamento Básico.

V – Conferência Municipal de Saneamento Básico

Seção II Do Plano Municipal de Saneamento Básico

Art. 13 Fica instituído o Plano Municipal de Saneamento Básico, anexo único, documento destinado a articular, integrar e coordenar recursos tecnológicos, humanos, econômicos e financeiros, com vistas ao alcance de níveis crescentes de salubridade ambiental para a execução dos serviços públicos de saneamento básico, em conformidade com o estabelecido na Lei Federal nº 11.445/2007.

Art. 14 O Plano Municipal de Saneamento Básico contemplará um período de 20 (vinte) anos e contém, como principais elementos:

I - diagnóstico da situação atual e seus impactos nas condições de vida, com base em sistema de indicadores sanitários, epidemiológicos, ambientais, socioeconômicos e apontando as principais causas das deficiências detectadas;

II - objetivos e metas de curto, médio e longo prazo para a universalização, admitindo soluções graduais e progressivas, observando a compatibilidade com os demais planos setoriais;

III - programas, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos e as metas, de modo compatível com os respectivos planos plurianuais, identificando possíveis fontes de financiamento;

IV - ações para emergências e contingências;

V - mecanismos e procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência e eficácia das ações programadas.

VI – Adequação legislativa conforme legislação federal vigente.

Art. 15 O Plano Municipal de Saneamento Básico, instituído por esta lei, será avaliado anualmente e revisado a cada 4 (quatro) anos.

§ 1º O Poder Executivo Municipal deverá encaminhar as alterações decorrentes da revisão prevista no caput à Câmara dos Vereadores, devendo constar as alterações, caso necessário, a atualização e a consolidação do plano anteriormente vigente.

174

§ 2º A proposta de revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico deverá ser compatível com as diretrizes dos planos das bacias hidrográficas em que estiver inserido, bem como elaborada em articulação com a(s) prestadora (s) dos serviços.

§ 3º A delegação de prestação de serviço de saneamento básico não dispensa o cumprimento pelo prestador do respectivo Plano Municipal de Saneamento Básico em vigor à época da delegação.

§ 4º O Plano Municipal de Saneamento Básico, dos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário engloba integralmente o território do ente do município.

Art. 16 Na avaliação anual e revisão quadrianual do Plano Municipal de Saneamento Básico, de acordo com a lei federal 11.445/2.007, tomar-se-á por base o diagnóstico sobre a salubridade ambiental do município e os indicadores de implementaçãodas ações previstas no PMSB em vigor.

Art. 17 O processo de revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico dar-se-á com a participação da população.

Seção III Do Controle Social de Saneamento Básico

Art. 18 Fica criado o Conselho Municipal de Saneamento Básico, de caráter consultivo, sendo assegurada a representação de forma paritária das organizações nos termos da Lei Federal n. 11.445, de 05 de janeiro de 2007, conforme segue:

I – titulares de serviço:

II – representantes de órgãos do governo municipal relacionado ao setor de Saneamento Básico:

I – representante dos prestadores de serviços públicos:

II - representante dos usuários de saneamento básico:

III – representantes de entidades técnicas:

IV – representantes de organizações da sociedade civil:

V – representante de entidades de defesa do consumidor:

NOTA alternativa ao artigo 18: O Município poderá optar pela ampliação dos poderes do Conselho Municipal de Meio Ambiente ou outro conselho já estabelecido e vinculado ao setor de saneamento, para agilizar o processo de controle social sobre o setor de

175

saneamento, antes de criar o Conselho Municipal de Saneamento, nos moldes propostos acima.

Caso a opção do município seja ampliar o Conselho de Meio Ambiente e Saneamento, devem ser previstas vagas para as representações mencionadas acima.

§ 1º Cada segmento, entidade ou órgão indicará um membro titular e um suplente para representá-lo no Conselho Municipal de Saneamento Básico.

§ 2º O mandato do membro do Conselho será de dois anos, podendo haver recondução.

Art. 19 O Conselho Municipal de Saneamento Básico terá como atribuição auxiliar o Poder Executivo na formulação da Política Municipal de Saneamento Básico.

Art. 20 O Conselho Municipal de Saneamento Básico será presidido pelo Secretário XX e secretariado por um (a) servidor (a) municipal efetivo (a) designado(a) para tal fim.

Art. 21 O Conselho deliberará em reunião própria suas regras de funcionamento que comporão seu regimento interno, a ser homologado pelo Chefe do Poder Executivo Municipal, onde constará entre outras, a periodicidade de suas reuniões.

Art. 22 As decisões do Conselho dar-se-ão, sempre, por maioria absoluta de seus membros.

Seção IV Do Fundo Municipal de Saneamento Básico - FMSB

Art. 23 O Fundo Municipal de Saneamento Básico – FMSB, é um dos instrumentos da Política Municipal de Saneamento e deverá ser criado em lei especifica.

Nota: Veja no caderno 1 ao final deste texto, diretrizes e subsídios para minuta de projeto de lei de criação do FMSB.

Seção V Sistema Municipal de Informações em Saneamento Básico

Art. 24 Fica instituído o Sistema Municipal de Informações em Saneamento Básico, que possui como objetivos:

I - coletar e sistematizar dados relativos às condições da prestação dos serviços públicos de saneamento básico;

II - disponibilizar estatísticas, indicadores e outras informações relevantes para a caracterização da demanda e da oferta de serviços públicos de saneamento básico;

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III - permitir e facilitar o monitoramento e avaliação da eficiência e da eficácia da prestação dos serviços de saneamento básico.

§ 1º As informações do Sistema Municipal de Informações em Saneamento Básico são públicas e acessíveis a todos, devendo ser publicadas por meio da internet.

§ 2º O Sistema Municipal de Informações em Saneamento Básico deverá ser regulamentado em 180 dias, contados da publicação desta lei.

Seção VI Da Conferência Municipal de Saneamento Básico

Art. 25 A Conferência Municipal de Saneamento Básico, parte do processo de elaboração e revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico, contará com a representação dos vários segmentos sociais e será convocada pelo Chefe do Poder Executivo ou pelo Conselho Municipal de Saneamento Básico.

§ 1º Preferencialmente serão realizadas pré-conferências de saneamento básico como parte do processo e contribuição para a Conferência Municipal de Saneamento Básico.

§ 2º A Conferência Municipal de Saneamento Básico terá sua organização e normas de funcionamento definidas em regimento próprio, proposta pelo Conselho Municipal de Saneamento Básico e aprovada pelo Chefe do Poder Executivo.

CAPÍTULO III DIREITOS E DEVERES DOS USUÁRIOS

Art. 26 São direitos dos usuários dos serviços de saneamento básico prestados:

I - a gradativa universalização dos serviços de saneamento básico e sua prestação de acordo com os padrões estabelecidos pelo órgão de regulação e fiscalização;

II - o amplo acesso às informações constantes no Sistema Municipal de Informações em Saneamento Básico;

III - a cobrança de taxas, tarifas e preços públicos compatíveis com a qualidade e quantidade do serviço prestado e de acordo com a capacidade de pagamento da população;

IV - o acesso direto e facilitado ao órgão regulador e fiscalizador;

V - ao ambiente salubre;

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VI - o prévio conhecimento dos seus direitos e deveres e das penalidades a que podem estar sujeitos;

VII - a participação no processo de elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico, nos termos do artigo 19 desta lei;

VIII - ao acesso gratuito ao manual de prestação do serviço e de atendimento ao usuário.

Art. 27 São deveres dos usuários dos serviços de saneamento básico prestados:

I - o pagamento das taxas, tarifas e preços públicos cobrados pela Administração Pública ou pelo prestador de serviços;

II - o uso racional da água e a manutenção adequada das instalações hidros sanitárias da edificação;

III - a ligação de toda edificação permanente urbana às redes públicas de abastecimento de água e esgotamento sanitário disponíveis;

IV - o correto manuseio, separação, armazenamento e disposição para coleta dos resíduos sólidos, de acordo com as normas estabelecidas pelo poder público municipal;

V - primar pela retenção das águas pluviais no imóvel, visando a sua infiltração no solo ou seu reuso;

VI - colaborar com a limpeza pública, zelando pela salubridade dos bens públicos e dos imóveis sob sua responsabilidade.

VII – participar de campanhas públicas de promoção do saneamento básico.

Parágrafo Único. Nos locais não atendidos por rede coletora de esgotos, é dever do usuário a construção, implantação e manutenção de sistema individual de tratamento e disposição final de esgotos, conforme regulamentação do poder público municipal, promovendo seu reuso sempre que possível.

CAPÍTULO IV PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS

Art. 28 A prestação dos serviços de saneamento básico atenderá a requisitos mínimos de qualidade, incluindo a regularidade, a continuidade e aqueles relativos aos produtos oferecidos, ao atendimento dos usuários e às condições operacionais e de manutenção dos sistemas, de acordo com as normas regulamentares e contratuais.

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Art. 29 Toda edificação permanente urbana será conectada às redes públicas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário disponíveis e sujeita ao pagamento das tarifas e de outros preços públicos decorrentes da conexão e do uso desses serviços.

§ 1º Na ausência de redes públicas de água e esgotos, serão admitidas soluções individuais de abastecimento de água e de tratamento e disposição final dos esgotos sanitários, observadas as normas editadas pela entidade reguladora e pelos órgãos responsáveis pelas políticas ambiental, sanitária e de recursos hídricos.

§ 2º A instalação hidráulica predial ligada à rede pública de abastecimento de água não poderá ser também alimentada por outras fontes.

§ 3º Na ausência de rede separativa mas havendo sistema pluvial que já receba efluentes de esgotos sanitários, e havendo capacidade de tratamento na ETE (Estação de Tratamento de Esgoto), será admitida em nível precário e provisório a coleta em tempo seco realizada no sistema pluvial, até que sejam implantadas as redes separativas.

Art. 30 Em situação crítica de escassez ou contaminação de recursos hídricos que obrigue à adoção de racionamento, declarada pela autoridade gestora de recursos hídricos, o ente regulador poderá adotar mecanismos tarifários de contingência, com objetivo de cobrir custos adicionais decorrentes, garantindo o equilíbrio financeiro da prestação do serviço e a gestão da demanda.

Art. 31 Os prestadores de serviços de saneamento básico deverão elaborar manual de prestação de serviço e atendimento ao usuário e assegurar amplo e gratuito acesso ao mesmo.

CAPÍTULO V

ASPECTOS ECONÔMICOS E SOCIAIS

Art. 32 Os serviços públicos de saneamento básico terão a sustentabilidade econômico-financeira assegurada, mediante remuneração pela cobrança dos serviços:

I - de abastecimento de água e esgotamento sanitário: preferencialmente na forma de tarifas e outros preços públicos, que poderão ser estabelecidos para cada um dos serviços ou para ambos conjuntamente;

II - de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos: taxas ou tarifas e outros preços públicos, em conformidade com o regime de prestação do serviço ou de suas atividades;

III - de manejo de águas pluviais urbanas: na forma de tributos, inclusive taxas, em conformidade com o regime de prestação do serviço ou de suas atividades.

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Parágrafo único. Observado o disposto nos incisos I a III do caput deste artigo, a instituição das tarifas, preços públicos e taxas para os serviços de saneamento básico observarão as seguintes diretrizes:

I - prioridade para atendimento das funções essenciais relacionadas à saúde pública;

II - ampliação do acesso aos serviços dos cidadãos e em localidades de baixa renda;

III - geração dos recursos necessários para realização dos investimentos, objetivando o cumprimento das metas e objetivos do serviço;

IV - inibição do consumo supérfluo e do desperdício de recursos;

V - recuperação dos custos incorridos na prestação do serviço, em regime de eficiência;

VI - remuneração adequada do capital investido pelos prestadores dos serviços;

VII - estímulo ao uso de tecnologias modernas e eficientes, compatíveis com os níveis exigidos de qualidade, continuidade e segurança na prestação dos serviços;

VIII - incentivo à eficiência dos prestadores dos serviços.

Art. 33 Os serviços de saneamento básico poderão ser interrompidos pelo prestador nas seguintes hipóteses:

I - situações de emergência que atinjam a segurança de pessoas e bens;

II - necessidade de efetuar reparos, modificações ou melhorias de qualquer natureza nos sistemas;

III - negativa do usuário em permitir a instalação de dispositivo de leitura de água consumida, após ter sido previamente notificado a respeito;

IV - manipulação indevida de qualquer tubulação, medidor ou outra instalação do prestador, por parte do usuário; e

V - inadimplemento do usuário dos serviços de saneamento básico, do pagamento das tarifas, após ter sido formalmente notificado, e de acordo com situações de exceções previstas e prazos previamente acertados com o órgão regulador do contrato.

§ 1º As interrupções programadas serão previamente comunicadas ao regulador e aos usuários.

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§ 2º A suspensão dos serviços prevista nos incisos III e V do caput deste artigo será precedida de prévio aviso ao usuário, não inferior a 30 (trinta) dias da data prevista para a suspensão.

§ 3º A interrupção ou a restrição do fornecimento de água por inadimplência a estabelecimentos de saúde, a instituições educacionais e de internação coletiva de pessoas e a usuário residencial de baixa renda beneficiário de tarifa social deverá obedecer a prazos e critérios que preservem condições mínimas de manutenção da saúde das pessoas atingidas, de acordo com as normas do órgão de regulação.

Art. 34 Os valores investidos em bens reversíveis pelos prestadores constituirão créditos perante o Município, a serem recuperados mediante a exploração dos serviços, nos termos das normas regulamentares e contratuais e, quando for o caso, observada a legislação pertinente às sociedades por ações.

§ 1º Não gerarão crédito perante o Município os investimentos feitos sem ônus para o prestador, tais como os decorrentes de exigência legal aplicável à implantação de empreendimentos imobiliários e os provenientes de subvenções ou transferências fiscais voluntárias.

§ 2º Os investimentos realizados, os valores amortizados, a depreciação e os respectivos saldos serão anualmente auditados e certificados pela entidade reguladora.

§ 3º Os créditos decorrentes de investimentos devidamente certificados poderão constituir garantia de empréstimos aos delegatários, destinados exclusivamente a investimentos nos sistemas de saneamento objeto do respectivo contrato.

CAPÍTULO VI REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

Art. 35 O município poderá prestar diretamente ou delegar a organização, a regulação, a fiscalização e a prestação dos serviços de saneamento básico, nos termos da Constituição Federal, da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, da Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005, da Lei nº 11.079 de 30 de dezembro de 2004 e da Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007.

§ 1º As atividades de regulação e fiscalização dos serviços de saneamento básico poderão ser exercidas:

I – por autarquia com esta finalidade, pertencente à própria Administração Pública;

II - por órgão ou entidade de ente da Federação que o município tenha delegado o exercício dessas competências, obedecido ao disposto no art. 241 da Constituição Federal;

II - por consórcio público integrado pelos titulares dos serviços.

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Art. 36 São objetivos da regulação:

I - estabelecer padrões e normas para a adequada prestação dos serviços e para a satisfação dos usuários;

II - garantir o cumprimento das condições e metas estabelecidas;

III - definir tarifas que assegurem tanto o equilíbrio econômico e financeiro dos contratos como a modicidade tarifária, mediante mecanismos que induzam a eficiência e eficácia dos serviços e que permitam a apropriação social dos ganhos de produtividade.

Art. 37 A entidade reguladora editará normas relativas às dimensões técnica, econômica e social de prestação dos serviços, que abrangerão, pelo menos, os seguintes aspectos:

I - padrões e indicadores de qualidade da prestação dos serviços;

II - requisitos operacionais e de manutenção dos sistemas;

III - as metas progressivas de expansão e de qualidade dos serviços e os respectivos prazos;

IV - regime, estrutura e níveis tarifários, bem como os procedimentos e prazos de sua fixação, reajuste e revisão;

V - medição, faturamento e cobrança de serviços;

VI - monitoramento dos custos;

VII - avaliação da eficiência e eficácia dos serviços prestados;

VIII - plano de contas e mecanismos de informação, auditoria e certificação;

IX - subsídios tarifários e não tarifários;

X - padrões de atendimento ao público e mecanismos de participação e informação;

XI - medidas de contingências e de emergências, inclusive racionamento;

§ 1º As normas a que se refere o caput deste artigo fixarão prazo para os prestadores de serviços comunicarem aos usuários as providências adotadas em face de queixas ou de reclamações relativas aos serviços.

§ 2º As entidades fiscalizadoras deverão receber e se manifestar conclusivamente sobre as reclamações que, a juízo do interessado, não tenham sido suficientemente atendidas pelos prestadores dos serviços.

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Art. 38 Os prestadores dos serviços de saneamento básico deverão fornecer à entidade reguladora todos os dados e informações necessárias para o desempenho de suas atividades, na forma das normas legais, regulamentares e contratuais.

§ 1º Incluem-se entre os dados e informações a que se refere o caput deste artigo aquelas produzidas por empresas ou profissionais contratados para executar serviços ou fornecer materiais e equipamentos específicos.

§ 2º Compreendem-se nas atividades de regulação dos serviços de saneamento básico a interpretação e a fixação de critérios para a fiel execução dos contratos, dos serviços e para a correta administração de subsídios.

CAPÍTULO VII

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 39 Será instituído, em lei própria, o Fundo Municipal de Saneamento Básico, a ser administrado em conjunto pela Secretaria de XXXX e o Conselho Municipal de Saneamento Básico.

Art. 40 Os órgãos e entidades municipais da área de saneamento básico serão reorganizadas para atender o disposto nesta lei, no prazo de 30 (trinta) dias.

Art. 41Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 42Revogam-se as disposições em contrário.

XXXx, xx de xxxxxx 2013.

15.3.2 Cria o Fundo Municipal de saneamento Básico do Município

O PREFEITO MUNICIPAL DE XXX, Rio de Janeiro, no uso de suas atribuições, faz saber a todos os habitantes deste Município, que a Câmara Municipal de XXX aprovou e ele sanciona a seguinte Lei:

Art.1 Fica criado o Fundo Municipal de Saneamento Básico - FMSB, como órgão da Administração Municipal, vinculado à Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

§1º Os recursos do FMSB serão aplicados exclusivamente em saneamento básico no espaço geopolítico do Município; após consulta ao Conselho Municipal de Saneamento

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§2º A supervisão do FMSB será exercida na forma da legislação própria e, em especial, pelo recebimento sistemático de relatórios, balanços e informações que permitam o acompanhamento das atividades do FMS e da execução do orçamento anual e da programação financeira aprovados pelo Executivo Municipal.

Art. 2 Os recursos do FMSB serão provenientes de:

I - Repasses de valores do Orçamento Geral do Município;

II - Percentuais da arrecadação relativa a tarifas e taxas decorrentes da prestação dos serviços de captação, tratamento e distribuição de água, de coleta e tratamento de esgotos, resíduos sólidos e serviços de drenagem urbana;

III - Valores de financiamentos de instituições financeiras e organismos multilaterais públicos ou privados, nacionais ou estrangeiros;

IV - Valores a Fundo Perdido, recebidos de pessoas jurídicas de direito privado ou público, nacionais ou estrangeiras;

V - Doações e legados de qualquer ordem.

VI- Parcela recebida pelo município em função do ICMS Verde Lei, correspondente ao setor de saneamento básico.

Art.3 O resultado dos recolhimentos financeiros será depositado em conta bancária exclusiva e poderão ser aplicados no mercado financeiro ou de capitais de maior rentabilidade, sendo que tanto o capital como os rendimentos somente poderão ser usados para as finalidades específicas descritas nesta Lei.

Art. 4 O Orçamento e a Contabilidade do FMSB obedecerão às normas estabelecidas em Lei

bem como as instruções normativas do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro e as

estabelecidas no Orçamento Geral do Município e de acordo com o princípio da unidade e

universalidade.

Parágrafo único - Os procedimentos contábeis relativos ao FMS serão executados pela Contabilidade Geral do Município.

Art.5. A administração executiva do FMS será de exclusiva responsabilidade do Município.

Art.6. O Prefeito Municipal, por meio da Contadoria Geral do Município, enviará, mensalmente, o Balancete ao Tribunal de Contas do Estado, para fins legais.

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Art.7 Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação.

XXXx, xx de xxxxxx 2013.