serviço público federal ministÉrio do desenvolvimento...

13
Serviço Público Federal MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA-INMETRO Portaria n.º 115, de 14 de março de 2014. CONSULTA PÚBLICA OBJETO: Regulamento Técnico da Qualidade para Tubos de Aço-Carbono Com ou Sem Solda Longitudinal, Pretos ou Galvanizados, Para Condução de Fluidos Não-Corrosivos Sob Pressão, Vapor, Água, Gás e Ar Comprimido, e Aplicações Mecânicas. ORIGEM: Inmetro / MDIC. O PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA- INMETRO, EM EXERCÍCIO, no uso de suas atribuições, conferidas no § 3º do artigo 4º da Lei n.º 5.966, de 11 de dezembro de 1973, nos incisos I e IV do artigo 3º da Lei n.º 9.933, de 20 de dezembro de 1999, e no inciso V do artigo 18 da Estrutura Regimental da Autarquia, aprovada pelo Decreto n° 6.275, de 28 de novembro de 2007, resolve: Art. 1º Disponibilizar, no sítio www.inmetro.gov.br, as proposta de texto da Portaria Definitiva e a do Regulamento Técnico da Qualidade Tubos de Aço-Carbono Com ou Sem Solda Longitudinal, Pretos ou Galvanizados, Para Condução de Fluidos Não-Corrosivos Sob Pressão, Vapor, Água, Gás e Ar Comprimido, e Aplicações Mecânicas. Art. 2º Declarar aberto, a partir da data da publicação desta Portaria no Diário Oficial da União, o prazo de 60 (sessenta) dias para que sejam apresentadas sugestões e críticas relativas aos textos propostos. Art 3º Informar que as críticas e sugestões deverão ser encaminhadas no formato da planilha modelo, contida na página http://www.inmetro.gov.br/legislacao/, preferencialmente em meio eletrônico, e para os seguintes endereços: - Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – Inmetro Diretoria de Avaliação da Conformidade - Dconf Divisão de Regulamentação Técnica e Programas de Avaliação da Conformidade – Dipac Rua da Estrela n.º 67 - 2º andar – Rio Comprido CEP 20.251-900 – Rio de Janeiro – RJ, ou - E-mail: [email protected] § 1º As críticas e sugestões que não forem encaminhadas de acordo com o modelo citado no caput não serão consideradas como válidas para efeito da consulta pública e serão devolvidas ao demandante para que este as adéqüe à planilha. § 2º O demandante que tiver dificuldade em obter a planilha no endereço eletrônico citado acima, poderá solicitá-la no endereço físico ou no e-mail elencados no caput.

Upload: dotu

Post on 03-Dec-2018

219 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Serviço Público Federal

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA-INMETRO

Portaria n.º 115, de 14 de março de 2014.

CONSULTA PÚBLICA

OBJETO: Regulamento Técnico da Qualidade para Tubos de Aço-Carbono Com ou Sem Solda

Longitudinal, Pretos ou Galvanizados, Para Condução de Fluidos Não-Corrosivos Sob Pressão, Vapor,

Água, Gás e Ar Comprimido, e Aplicações Mecânicas.

ORIGEM: Inmetro / MDIC.

O PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E

TECNOLOGIA- INMETRO, EM EXERCÍCIO, no uso de suas atribuições, conferidas no § 3º do

artigo 4º da Lei n.º 5.966, de 11 de dezembro de 1973, nos incisos I e IV do artigo 3º da Lei n.º 9.933,

de 20 de dezembro de 1999, e no inciso V do artigo 18 da Estrutura Regimental da Autarquia,

aprovada pelo Decreto n° 6.275, de 28 de novembro de 2007, resolve:

Art. 1º Disponibilizar, no sítio www.inmetro.gov.br, as proposta de texto da Portaria Definitiva

e a do Regulamento Técnico da Qualidade Tubos de Aço-Carbono Com ou Sem Solda Longitudinal,

Pretos ou Galvanizados, Para Condução de Fluidos Não-Corrosivos Sob Pressão, Vapor, Água, Gás e

Ar Comprimido, e Aplicações Mecânicas.

Art. 2º Declarar aberto, a partir da data da publicação desta Portaria no Diário Oficial da União,

o prazo de 60 (sessenta) dias para que sejam apresentadas sugestões e críticas relativas aos textos

propostos.

Art 3º Informar que as críticas e sugestões deverão ser encaminhadas no formato da planilha

modelo, contida na página http://www.inmetro.gov.br/legislacao/, preferencialmente em meio

eletrônico, e para os seguintes endereços:

- Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – Inmetro

Diretoria de Avaliação da Conformidade - Dconf

Divisão de Regulamentação Técnica e Programas de Avaliação da Conformidade – Dipac

Rua da Estrela n.º 67 - 2º andar – Rio Comprido

CEP 20.251-900 – Rio de Janeiro – RJ, ou

- E-mail: [email protected]

§ 1º As críticas e sugestões que não forem encaminhadas de acordo com o modelo citado no

caput não serão consideradas como válidas para efeito da consulta pública e serão devolvidas ao

demandante para que este as adéqüe à planilha.

§ 2º O demandante que tiver dificuldade em obter a planilha no endereço eletrônico citado

acima, poderá solicitá-la no endereço físico ou no e-mail elencados no caput.

Fl.2 da Portaria n° /Presi, de / /2014

Art. 4º Estabelecer que, findo o prazo fixado no artigo 2º, o Inmetro se articulará com as

entidades que tenham manifestado interesse na matéria, para a indicação de representantes que

participarão das discussões posteriores, visando à consolidação do texto final.

Art. 5º Publicar esta Portaria de Consulta Pública no Diário Oficial da União, quando iniciará a

sua vigência.

OSCAR ACSELRAD

Serviço Público Federal

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA-INMETRO

PROPOSTA DE TEXTO DE PORTARIA DEFINITIVA

O PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E

TECNOLOGIA- INMETRO, no uso de suas atribuições, conferidas no § 3º do artigo 4º da Lei n.º

5.966, de 11 de dezembro de 1973, nos incisos I e IV do artigo 3º da Lei n.º 9.933, de 20 de dezembro

de 1999, e no inciso V do artigo 18 da Estrutura Regimental da Autarquia, aprovada pelo Decreto n°

6.275, de 28 de novembro de 2007;

Considerando a alínea f do subitem 4.2 do Termo de Referência do Sistema Brasileiro de

Avaliação da Conformidade, aprovado pela Resolução Conmetro n.º 04, de 02 de dezembro de 2002,

que atribui ao Inmetro a competência para estabelecer as diretrizes e critérios para a atividade de

avaliação da conformidade;

Considerando a necessidade de zelar pela segurança dos consumidores visando à prevenção de

acidentes;

Considerando a importância de os tubos de aço-carbono, comercializados no país, apresentarem

requisitos mínimos de segurança, resolve baixar as seguintes disposições:

Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico da Qualidade para Tubos de Aço-Carbono Com ou Sem

Solda Longitudinal, Pretos ou Galvanizados, Para Condução de Fluidos Não-Corrosivos Sob Pressão,

Vapor, Água, Gás e Ar Comprimido, e Aplicações Mecânicas, disponibilizado no sítio

www.inmetro.gov.br ou no endereço abaixo:

Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – Inmetro

Divisão de Regulamentação Técnica e Programas de Avaliação da Conformidade – Dipac

Rua da Estrela n.º 67 - 2º andar – Rio Comprido

CEP 20.251-900 – Rio de Janeiro – RJ

Art. 2º Cientificar que a Consulta Pública que originou o Regulamento ora aprovado foi

divulgada pela Portaria Inmetro n.º xxx, de xx de xxxxxx de xxxx, publicada no Diário Oficial da

União de xx de xxx de xxxxxxxx, seção xx, página xx.

Art. 3º Cientificar que a obrigatoriedade de observância dos quesitos elencados no Regulamento

Técnico da Qualidade, ora aprovado, será estabelecida através de Portaria específica de aprovação dos

Requisitos de Avaliação da Conformidade.

Art. 4º Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União.

JOÃO ALZIRO HERZ DA JORNADA

ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/ 2014

REGULAMENTO TÉCNICO DA QUALIDADE PARA

TUBOS DE AÇO-CARBONO COM OU SEM SOLDA LONGITUDINAL,

PRETOS OU GALVANIZADOS, PARA CONDUÇÃO DE FLUIDOS NÃO-

CORROSIVOS SOB PRESSÃO, VAPOR, ÁGUA, GÁS E AR COMPRIMIDO, E

APLICAÇÕES MECÂNICAS.

1

1 OBJETIVO

Estabelecer os requisitos que devem ser atendidos para tubos de aço-carbono com ou sem solda

longitudinal, pretos ou galvanizados, para condução de fluidos não-corrosivos sob pressão, vapor,

água, gás e ar comprimido, e para aplicações mecânicas, com foco na segurança e com vistas à

prevenção de acidentes, de diâmetro nominal até 650 mm (26”).

Nota: Para simplicidade de texto, os tubos de aço-carbono com ou sem solda longitudinal, pretos ou

galvanizados, para condução de fluidos não-corrosivos sob pressão, vapor, água, gás e ar comprimido,

e aplicações mecânicas, são referenciados nestes Requisitos como “Tubos de Aço-Carbono”.

1.1 ESCOPO DE APLICAÇÃO

1.1.1 Estes requisitos se aplicam a todos os tubos de aço-carbono com ou sem solda longitudinal,

pretos ou galvanizados, para condução de fluidos não-corrosivos sob pressão, vapor, água, gás

e ar comprimido, e aplicações mecânicas, fabricados conforme descrito a seguir:

a) Com ou sem solda longitudinal;

b) Pretos ou Galvanizados;

c) Com diâmetro nominal até 650 mm (26”);

d) Somente admitem a condução de fluidos em temperaturas abaixo de 200 ºC ou a pressões

abaixo de 14.709.975 N/m2 (ou 150 kgf/cm

2).

1.1.2 Excluem-se destes requisitos todos os demais tubos de aço-carbono.

2 SIGLAS

ABNT

DN

Associação Brasileira de Normas Técnicas

Diâmetro Nominal

Inmetro Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia

NBR Norma Brasileira

RAC Requisitos de Avaliação da Conformidade

RTQ Regulamento Técnico da Qualidade

3 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

ABNT NBR 5590:2012 Tubos de Aço-Carbono com ou sem solda longitudinal, pretos ou

galvanizados – Especificação

ABNT NBR 5578:1984 Produtos tubulares de aço – Terminologia

ABNT NBR 5579:1994 Defeitos de superfície, internos, de forma e dimensões, em produtos

tubulares de aço

ABNT NBR 5996:1984 Zinco primário – Especificação

ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/ 2014

2

ABNT NBR 61542010 Tubos de aço de seção circular – Ensaio de achatamento – Método

de ensaio

ABNT NBR 6943:2000 Conexões de ferro fundido maleável, com rosca ABNT NBR NM-

ISO 7-1, para tubulações.

ABNT NBR 7397:2007 Produto de aço ou ferro fundido revestido de zinco por imersão a

quente – Determinação da massa do revestimento por unidade de

área - Método de ensaio

ABNT NBR 7399:2009 Produto de aço ou ferro fundido revestido de zinco por imersão a

quente – Verificação da espessura do revestimento por processo

não-destrutivo - Método de ensaio

ABNT NBR 7400:2009 Produto de aço ou ferro fundido – Revestimento de zinco por

imersão a quente – Verificação da uniformidade do revestimento -

Método de ensaio

4 DEFINIÇÕES

Para fins deste RTQ são adotadas as definições contidas nos documentos citados no Item 3.

5 REQUISITOS TÉCNICOS

5.1 Requisitos de Fabricação

5.1.1 Designação

Os tubos de aço-carbono devem ser designados, minimamente, pelo seu diâmetro externo ou nominal,

espessura ou schedule, processo de fabricação, grau do aço e acabamento superficial.

5.1.2 Graus de aço e composição química

Os tubos objetos deste RTQ devem ser classificados como tubos grau A ou grau B, e devem possuir

composição química conforme a Tabelas 1.1 e 1.2 a seguir.

Tabela 1.1 - Composição química

Tipo de tubo Grau

C

%

máx.(1)

Mn

%

máx.

P

%

máx.

S

%

máx.

S/E

(Vide item

5.1.4.1.1 deste

RTQ)

A 0,25 0,95

0,05 0,045

B 0,30 1,20

1) Para cada redução de 0,01 % abaixo do carbono máximo especificado, um aumento de 0,06 %

de manganês acima do máximo especificado é permitido até um máximo de 1,35 %.

ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/ 2014

3

Tabela 1.1 - Composição química – Outros elementos

Tipo do

tubo Grau

Cu

%

máx

Ni

%

máx

Cr

%

máx

Mo

%

máx

V

%

máx

S/E A/B 0,40 0,40 0,40 0,15 0,08

Nota: A soma destes cinco elementos não deve exceder 1,00 %.

5.1.3 Dimensões, massa e tolerâncias

5.1.3.1 Massa linear

5.1.3.1.1 As massas nominais dos tubos de pontas lisas e biselados devem ser as indicadas na Tabela

A.4 da ABNT NBR 5590:2012 e as massas nominais dos tubos rosqueados com luva devem ser as

indicadas na Tabela A.5 da mesma norma.

5.1.3.1.2 Deve ser averiguada as diferenças entre as massas nominais e a massa real correspondente. A

diferença entre as duas não deve exceder 10 % e deverão constar no memorial descritivo do produto.

Nota: Estas variações se aplicam individualmente a cada tubo de diâmetro nominal superior a DN 100

mm. Nos tubos de diâmetro nominal igual ou inferior a DN 100 mm, a variação se aplica à massa de

amarrados, com comprimentos conhecidos.

5.1.3.2 Dimensões e tolerâncias

As dimensões nominais dos tubos de pontas lisas e biselados deverão estar conforme a Tabela A.4 da

ABNT NBR 5590:2012 e as dimensões nominais dos tubos rosqueados com luva conforme a Tabela

A.5 da mesma norma.

5.1.3.2.1 Diâmetro

5.1.3.2.1.1 Para tubos de diâmetro nominal 40 e menores, o diâmetro externo em qualquer ponto

deve corresponder ao valor de diâmetro externo especificado na Tabela A.4 da ABNT NBR 5590:2012

0,40 mm.

5.1.3.2.1.2 Para tubos com diâmetro nominal 50 e maiores, o diâmetro externo em qualquer ponto

deve corresponder ao valor de diâmetro externo especificado na Tabela A.4 da ABNT NBR 5590:2012

1,0 % desse valor.

Nota: Pontualmente, o tubo pode possuir diâmetro fora das especificações aqui estabelecidas,

conforme definido no item 5.1.7.5 deste RTQ.

5.1.3.2.2 Espessura

A espessura de parede mínima não deve estar, em qualquer ponto do tubo, mais que 12,5 % abaixo da

espessura nominal.

5.1.3.2.3 Comprimento

ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/ 2014

4

5.1.3.2.3.1 Para disponibilização no comércio atacadista e varejista, os tubos devem ser

comercializados com 6 m ou com 12 m.

5.1.3.2.3.2 Para comercialização direta ao cliente-usuário dos tubos, desde que este assim o especifique

formalmente, outros comprimentos podem ser estabelecidos.

5.1.3.2.3.3 A variação nos comprimentos (tolerância) dos tubos não deve ultrapassar ± 50 mm.

5.1.4 Processos de fabricação

5.1.4.1 Os processos de fabricação dos tubos objetos deste RTQ devem ser os seguintes:

a) tipo E - soldados por resistência elétrica (ERW - Electrical resistance welding);

b) tipo S - sem solda longitudinal.

5.1.4.2 Os tubos tipo E podem ser fornecidos não expandidos ou com as extremidades expandidas a

frio. Quando essas extremidades forem expandidas a frio, a expansão não deve exceder 1,5 % do

diâmetro externo especificado do tubo.

5.1.5 Tratamento térmico

Os tubos de aço grau B tipo E devem ter o cordão de solda tratado termicamente a uma temperatura

mínima de 540 ºC ou processado de outra forma que assegure a não existência de martensita não

revenida.

5.1.6 Requisitos de galvanização dos tubos

Nota: Os ensaios de tração, dobramento e achatamento devem ser feitos no tubo antes da galvanização.

5.1.6.1 Processo de galvanização

5.1.6.1.1 Os tubos galvanizados devem ter uma camada de zinco nas superfícies interna e externa,

realizada pelo processo de imersão a quente.

5.1.6.2 Tipo de zinco para revestimento

No revestimento do tubo deve ser utilizado zinco com a qualidade especificada na ABNT NBR 5996,

para o tipo comum, fino ou extrafino.

5.1.6.3 Massa do revestimento de zinco

Os tubos de aço-carbono devem possuir uma camada de revestimento de zinco cuja massa média não

seja inferior a 550 g/m², e cuja massa mínima seja de 490 g/m², verificada conforme prescrição contida

na norma ABNT NBR 5590:2012.

5.1.6.4 Uniformidade do revestimento

5.1.6.4.1 Os tubos de aço-carbono devem possuir uma camada de revestimento protetor de zinco

aderente e uniforme, de forma a resistir à imersões em solução especificada na norma ABNT NBR

7400, sem o aparecimento de cobre aderente e brilhante em seu metal-base.

5.1.6.4.2 A verificação da uniformidade do revestimento deve ser realizada conforme ABNT NBR 7400,

com quatro imersões de 1 minuto cada.

ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/ 2014

5

5.1.6.5 Espessura do revestimento

Os tubos de aço-carbono devem possuir uma camada de revestimento protetor de zinco uniforme, de

forma a manter a espessura do revestimento protetor de zinco especificado pelo fabricante. A espessura

encontrada por ensaio realizado conforme ABNT NBR 7399 não pode variar mais que 15% da

espessura declarada pelo fabricante.

5.1.7 Defeitos superficiais e acabamento

5.1.7.1 O fabricante deve realizar as inspeções visuais necessárias, para assegurar que as imperfeições

tenham sido adequadamente avaliadas com respeito à sua profundidade.

5.1.7.2 A remoção das imperfeições superficiais deve ser feita por lixamento, tendo-se o cuidado para

que a zona de reparo mantenha o raio de curvatura na superfície do tubo. Esta remoção não pode

exceder os limites de profundidade e/ou comprometer a espessura mínima de parede referida em

5.1.7.3 deste RTQ.

5.1.7.3 Os tubos de aço-carbono com imperfeições superficiais de profundidade superior a 12,5% da

espessura nominal de parede, ou que possam comprometer a espessura mínima de parede, devem ser

consideradas defeitosos. Os tubos nessas condições devem ser rejeitados ou reaproveitados sob certas

condições: param serem reaproveitados, devem ser cortadas e eliminadas as zonas dos tubos que

contenham tais defeitos e o tubo remanescente deve atender aos requisitos relativos ao comprimento.

5.1.7.3.1 Não são permitidos reparos por solda.

5.1.7.4 Os tubos reparados devem ser rejeitados, se a espessura em qualquer ponto da superfície

reparada exceder os limites de profundidade e/ou comprometam a espessura mínima de parede

referida em 5.1.7.3 deste RTQ.

5.1.7.5 O diâmetro externo no ponto de reparo pode estar fora do mínimo admissível sempre que se

atender ao requisito de espessura mínima.

5.1.7.6 A medição da espessura deve ser feita com um instrumento mecânico ou por meio de método

não destrutivo, com calibração e resolução adequadas.

5.1.7.7 O desvio máximo de retilinidade deve ser de 0,25 % do comprimento do tubo.

5.1.7.8 Os tubos não devem apresentar marca ou amassamento maior que 10 % do diâmetro externo do

tubo ou 6,0 mm, o que for menor, medido como a distância mínima entre o ponto mais baixo da marca

ou amassamento e o prolongamento do contorno original do tubo.

5.1.7.9 As marcas produzidas a frio, maiores que 3,0 mm, devem estar livres de arestas agudas. As

arestas devem ser eliminadas por lixamento, desde que a espessura resultante seja superior à mínima

especificada. O comprimento das marcas em qualquer direção não deve ser maior que metade do

diâmetro externo do tubo.

5.1.8 Marcação, embalagem e armazenagem

5.1.8.1 Cada tubo deve ser marcado em sua superfície externa de forma visível, legível e indelével, por

pintura ou estencilhamento, no mínimo com as seguintes informações:

ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/ 2014

6

a) nome ou logomarca do fabricante (vide item 5.1.9.1.2 deste RTQ);

b) norma de especificação do produto – ABNT NBR 5590;

c) referência a este RTQ;

d) tipo de tubo (E ou S);

e) dimensões conforme uma das seguintes opções:

- diâmetro nominal do tubo (NPS) e classe; ou

- diâmetro nominal do tubo (NPS) e schedule; ou

- diâmetro nominal do tubo (NPS) e espessura de parede em mm; ou

- diâmetro externo e espessura de parede, ambos em mm;

f) grau do aço (A ou B);

g) comprimento, em metros, com duas casas decimais;

h) número da corrida do aço;

i) Selo de Identificação da Conformidade do Inmetro, de acordo com as condições estabelecidas pelo

pelo RAC vigente para o produto.

j) para tubos tipo “S”, adicionalmente, as marcações indicadas em 5.1.8.1.1 deste RTQ;

k) outras informações opcionais podem ser marcadas a critério do fabricante.

5.1.8.1.1 Os tubos tipo S devem possuir as marcações indicadas na Tabela 2.

Tabela 2 - Identificação adicional dos tubos tipo S

Ensaio hidrostático Ensaio não destrutivo END Marcar

Sim Não A pressão de ensaio

Não Sim END

Sim Sim A pressão de ensaio END

5.1.8.1.2 A marcação da logomarca ou o nome do fabricante deve ser feita a cada metro do

comprimento do tubo.

5.1.8.2 Adicionalmente, à opção do fabricante, pode ser utilizado código de barras para identificação

dos tubos.

5.1.9 Acabamento das extremidades

Os tubos especificados neste documento devem ser fornecidos com os acabamentos das extremidades,

descritos nos subitens a seguir:

5.1.9.1 Extremidades biseladas

Tubos de aço com diâmetro nominal maior que 40 mm e espessura maior ou igual a 4,8 mm, podem ter

acabamento biselado das extremidades.

5.1.9.2 Extremidades rosqueadas

5.1.9.2.1 Os tubos de aço-carbono com roscas nas extremidades devem ser rosqueados conforme a

ANSI/ASME B1.20.1.

ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/ 2014

7

5.1.9.2.2 Os tubos de aço-carbono de diâmetro nominal maior ou igual a 65 mm podem ser fornecidos

com uma luva acoplada em uma das extremidades. Todas as roscas sem luvas devem ser protegidas

contra golpes e corrosão.

5.1.9.3 Extremidades lisas

O acabamento das extremidades lisas deve ser de corte reto livre de rebarbas.

5.2 Requisitos mecânicos

5.2.1 Requisito de tração

5.2.1.1 O tubo de aço-carbono deve possuir resistência à tração - limite de escoamento e limite de

ruptura - conforme o prescrito na Tabela 3 deste RTQ.

Tabela 3 — Requisitos de resistência à tração

Grau de aço

Limite de ruptura (LR)

Mínimo

MPa (psi)

Limite de escoamento

(LE)

Mínimo

MPa (psi)

A 330 (48000) 205 (30000)

B 415 (60000) 240 (35000)

5.2.1.2 O tubo de aço-carbono deve possuir alongamento percentual à tração, conforme o prescrito na

Tabela 4 deste RTQ.

Tabela 4 - Requisito de alongamento percentual à tração

Área A

mm2

Espessura Alongamento em 50 mm, mínimo, %

Ensaio de tração

Grau A Grau B 19 mm

Corpo-de-

prova

25 mm

Corpo-de-

prova

38 mm

Corpo-de-

prova

≥ 500 ≥ 26,3 ≥ 20,0 ≥13,2 36 30

480-499 25,3-26,2 19,2-19,9 12,7-13,1 36 30

460-479 24,2-25,2 18,4-19,1 12,1-12,6 36 29

440-459 23,2-24,1 17,6-18,3 11,6-12,0 36 29

420-439 22,1-23,1 16,8-17,5 11,1-11,5 35 29

400-419 21,1-22,0 16,0-16,7 10,6-11,0 35 29

380-399 20,0-21,0 15,2-15,9 10,0-10,5 35 28

360-379 19,0-19,9 14,4-15,0 9,5-9,9 34 28

340-359 17,9-18,9 13,6-14,3 9,0-9,4 34 28

320-339 16,9-17,8 12,8-13,5 8,5-8,9 34 27

300-319 15,8-16,8 12,0-12,7 7,9-8,4 33 27

280-299 14,8-15,7 11,2-11,9 7,4-7,8 33 27

260-279 13,7-14,7 10,4-11,1 6,9-7,3 32 26

240-259 12,7-13,6 9,6-10,3 6,4-6,8 32 26

220-239 11,6-12,6 8,8-9,5 5,8-6,3 31 26

ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/ 2014

8

200-219 10,5-11,5 8,0-8,7 5,3-5,7 31 25

190-199 10,0-10,4 7,6-7,9 5,0-5,2 30 25

180-189 9,5-9,9 7,2-7,5 4,8-4,9 30 24

170-179 9,0-9,4 6,8-7,1 4,5-4,7 30 24

160-169 8,4-8,9 6,4-6,7 4,2-4,4 29 24

150-159 7,9-8,3 6,0-6,3 40,-4,1 29 24

140-149 7,4-7,8 5,6-5,9 3,7-3,9 29 23

130-139 6,9-7,3 5,2-5,5 3,5-3,6 28 23

120-129 6,3-6,8 4,8-5,1 3,2-3,4 28 23

110-119 5,8-6,2 4,4-4,7 2,9-3,1 27 22

100-109 5,3-5,7 4,0-4,3 2,7-2,8 27 22

90-99 4,8-5,2 3,6-3,9 2,4-2,6 26 21

80-89 4,2-4,7 3,2-3,5 2,1-2,3 26 21

70-79 3,7-4,1 2,8-3,1 1,9-2,0 25 21

60-69 3,2-3,6 2,4-2,7 1,6-1,8 24 20

50-59 2,7-3,1 2,0-2,3 ... 24 19

40-49 2,1-2,6 1,6-1,9 ... 23 19

30-39 1,6-2,0 ... ... 22 18

5.2.2 Requisito de dobramento

5.2.2.1 Os tubos de diâmetro nominal igual ou inferior a 50 mm devem ser capazes de curvamento a

frio em um ângulo de 90°, sobre um mandril com diâmetro igual a 12 vezes o diâmetro nominal do

tubo, sem que apareçam aberturas, fissuras, trincas ou falhas do material, visíveis a olho nu, em

qualquer parte do tubo.

5.2.2.2 O ensaio de dobramento, exceto para os tubos destinados a formar serpentinas, pode ser

substituído pelo ensaio de achatamento, previsto neste RTQ.

5.2.2.3 Os tubos destinados a formar serpentinas devem suportar um dobramento a frio com ângulo de

180° sobre um mandril de um diâmetro de oito vezes o diâmetro nominal do tubo, sem apresentar

falhas.

5.2.2.4 Os tubos da classe duplamente reforçada (classe XXS) de diâmetro nominal superior a 32 mm

não estão sujeitos ao ensaio de dobramento, mas estão sujeitos ao ensaio de achatamento.

5.2.3 Requisito de achatamento

5.2.3.1 Os tubos de aço-carbono de diâmetro nominal acima de 32 mm não devem apresentar

esfoliamento, fissuras, trincas ou falta de homogeneidade ou defeitos de material nas superfícies

interna e externa dos corpos de prova quando achatados por placas paralelas, até as distâncias definidas

na ABNT NBR 5590:2012.

Nota: As amostras para a realização do ensaio não devem conter imperfeições superficiais.

5.2.3.2 Para tubos tipo E (soldados) submetidos ao achatamento referido em 5.2.3.1, é requerido,

complementarmente, que não haja falta de fusão na solda.

ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/ 2014

9

5.2.3.3 Para tubos de aço-carbono submetidos ao achatamento referido em 5.2.3.1 cuja relação D/e

(diâmetro externo/espessura) for menor que 10, as esfoliações, fissuras ou trincas não devem ser causa

de rejeição se não ultrapassarem a espessura mínima requerida para o tubo.

5.2.4 Requisito de estanqueidade à pressão hidrostática

5.2.4.1 Os tubos de aço-carbono submetidos a pressão hidrostática definida nas Tabelas A.4 e A.5 da

ABNT NBR 5590:2012, durante 5 segundos, não devem apresentar qualquer tipo de vazamento.

5.2.4.2 Alternativamente, os defeitos dos tubos tipo S (inclusive os que levam a vazamentos) podem

ser avaliados pelos seguintes métodos não destrutivos: método eletromagnético, ultrassônico ou Eddy

Current, conforme previsto na ABNT NBR 5590:2012.

Nota: Tanto a avaliação por pressão hidrostática quanto por métodos não destrutivos são obrigatórios

para tubos tipo E.

5.2.5 Requisito de avaliação de defeitos por métodos não destrutivos

5.2.5.1 Avaliação para tubos tipo E Todo o comprimento de solda dos tubos de aço-carbono tipo E

deve se mostrar livres de defeitos ao serem avaliados por método ultrassônico, eletromagnético ou

Eddy Current, conforme definido na norma ABNT NBR 5590:2012..

5.2.5.2 Avaliação para tubos tipo S

5.2.5.2.1 Todos os tubos de aço-carbono tipo S devem se mostrar livres de defeitos ao serem avaliados

por método ultrassônico, eletromagnético ou Eddy Current, conforme definido na norma ABNT NBR

5590:2012.

6 Demonstração da Conformidade

A conformidade dos tubos de aço carbono quanto aos requisitos deste RTQ deverá ser demonstrada por

meio de análise documental, inspeção visual e/ou verificações/ensaios, conforme a tabela a seguir:.

Tabela 5 –Descrição dos ensaios e verificações para demonstração da Conformidade

Item Descrição do Ensaio/

Verificação

Demonstração da conformidade

Requisito do

RTQ Requisito de Norma

1 Designação 5.1.1 Item 4.3 da ABNT NBR

5590:2012

2 Graus do aço e composição química

5.1.2 Itens 4.2 e 5.3 da ABNT

NBR 5590:2012;

ASTM A 751

3 Massa linear 5.1.3.1 Item 4.5 da ABNT NBR

5590:2012

4 Diâmetro 5.1.3.2 Item 4.6 da ABNT NBR

5590:2012

5 Espessura 5.1.3.2 Item 4.6 da ABNT NBR

5590:2012

6 Comprimento 5.1.3.2 Item 4.6 da ABNT NBR

5590:2012

ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº XXX/ 2014

10

7 Processos de fabricação 5.1.4 Item 4.1 da ABNT NBR

5590:2012

8 Tratamento térmico 5.1.5 Item 5.2 da ABNT NBR

5590:2012

9 Requisitos de galvanização

5.1.6 Item 5.1 da ABNT NBR

5590:2012;

ABNT NBR 5996;

ABNT NBR 7399;

ABNT NBR 7400

10 Defeitos superficiais e acabamento 5.1.7 Item 4.8 da ABNT NBR

5590:2012

11 Marcação, embalagem e

armazenagem 5.1.8

Item 4.9 da ABNT NBR

5590:2012

12 Acabamento das extremidades 5.1.9

Item 4.7 da ABNT NBR

5590:2012;

ANSI/ASME B1.20.1;

API 5B;

ASTM A 865

14 Tração 5.2.1

Item 5.5 da ABNT NBR

5590:2012;

ASTM A370

15 Dobramento 5.2.2

Item 5.6 da ABNT NBR

5590:2012;

ASTM A370

16 Achatamento 5.2.3

Item 5.7 da ABNT NBR

5590:2012;

ABNT NBR 5590:2012

17 Estanqueidade à pressão hidrostática 5.2.4 ABNT NBR 5590:2012

18 Ensaio não destrutivo para tubo tipo

E 5.2.5.1

Item 5.9.1 da ABNT

NBR 5590:2012;

ASTM E 213,

ASTM E 273, ASTM E

309,

ASTM E 570.

19

Ensaio não destrutivo para tubo tipo

S

5.2.5.2

Item 5.9.2 da ABNT

NBR 5590:2012

ASTM E 213, ASTM E

309,

ASTM E 570.