servi a quente riscos de explosao

71
1 Riscos de Explosões Riscos de Explosões Notas das aulas da disciplina de Instalações e Serviços Industriais

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Risco de Explosão

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  • 1Riscos de ExplosesRiscos de Exploses

    Notas das aulas da disciplinade

    Instalaes e Servios Industriais

  • 2O que O que uma exploso?uma exploso?Que tipo de sinais?Que tipo de sinais?

    Forte rudo Imensa produo de luz Elevao sbita da presso, gerando efeito de sopro Projeco de objectos/estilhaos Forte produo de calor

  • 3Uma exploso !Uma exploso !

  • 4EvoluEvoluo da transformao da transformao o ffsicosico--ququmica e resultado final mica e resultado final

  • 5ExplocoExploco

  • 6Acidentes gravesAcidentes graves

    Estatsticas sobre graves acidentes industriais3 Caso da indstria qumica e petrolfera

    ) Impacto econmicoTipo N de fogos > 250 000

    Qumicos 33 7

    leos 9 6

    Tintas e vernizes 6 1

    Fertilizantes 5 1

    Produtos para a agricultura

    3 0

    Plsticos 2 0

    Outros 11 1

    Total 69

    Dados: UK 1971- 1973

  • 7Acidentes gravesAcidentes gravesCaso da indCaso da indstria qustria qumica e petrolmica e petrolferafera

    Local de origem do acidenteLocal de origem do acidenteN de fogos

    Armazenagem

    Espao aberto 21

    Espao fechado 12

    Falha/derrame

    Tubo 15

    Flange 6

    No especificado 6

    Secador por vapor 2

    Spray de pintura 1

    Torre de arrefecimento 1

    No relatado 9

    Reactores/misturadores 4

    Equipamento elctrico 6

    Total 79

    Dados: UK - 1971 -1973

  • 8Acidentes gravesAcidentes gravesCaso da indCaso da indstria qustria qumicamica

    RelaRelao das perdas em funo das perdas em funo do tipo de acidenteo do tipo de acidente

    Fogo Exploso OutrosAno N % perda

    1964

    1965

    1966

    1967

    1968

    3

    TOTAL

    4

    1,6

    1,9

    7,2

    5,9

    11,6

    7

    8

    13

    30,235

    N % perda N % perda

    6

    8

    6

    12

    12

    44

    13,4 1 0,4

    8,7 0 0

    9,9 1 0,6

    22,4 2 1,1

    13,3 0 0

    67,7 4 2,1

    American Inst. Chemical Engineers, 1969

  • 9Acidentes graves (Acidentes graves (19801980--20002000))Causa: FogoCausa: Fogo

    1982 Dezembro VenezuelaVenezuela: Fogo em central termoelctrica, 128 mortos

    1991 Setembro EUAEUA: Fogo em unidade de produo de produtos alimentares; 25 mortos; no possua sistema de deteco de incndio, nem sprinklers; muitas portas estavam fechadas

    1993 Maio TailndiaTailndia: Fogo em fbrica de brinquedos, 187 mortos e 500 feridos

    1993 Novembro ChinaChina:: Fogo em fbrica de brinquedos; 87 mortos e 57 feridos

    1997 Setembro ChinaChina: Empregado pe fogo a fbrica de sapatos; 32 mortos

    1999 Dezembro TailndiaTailndia: Fogo num tanque de uma refinaria; 7 mortos, 18 feridos, 4,000 residentes evacuados. Aps uma exploso inicial que danificou vrios veculos de combate a incndio, 40 milhes de litros de gasolina armazenados em 4 tanques envolveram-se em chamas. Mais de 36 horas para extinguir o fogo e cerca de 90000 litros de espuma

    2000 Abril ChinaChina: Fogo num matadouro de frangos; 38 mortos

    2000 Junho ChinaChina: Fogo numa pirotecnia; 36 mortos

  • 10

    Acidentes graves (Acidentes graves (20032003))Causa: ExplosoCausa: Exploso

    2003 Janeiro EUAEUA: Exploso em unidade farmacutica, 3 mortos mais de 20 feridos

    2003 Maio ndiandia: Fogo comea aps exploso de uma garrafa de gs, na cozinha de uma residncia e atinge o 2 andar de armazm de explosivos; 12 mortos e mais de 70 feridos

    2003 Julho EUAEUA: O reboque de um camio carregado de artigos pirotcnicosexplode quando os empregados descarregavam o material, 5 mortos

    2003 Julho EUAEUA: Exploso num armazm de artigos pirotcnicos, 3 mortos

    2003 Julho TurquiaTurquia: Tanque de gasolina de um camio explode durante o fase de abastecimento de combustvel num zona residencial densamente povoada, 180 feridos

    2003 Agosto PaquistoPaquisto: Fogo iniciado numa casa, por um curto-circuito elctrico, espalha-se rapidamente pela vila e atinge um paiol de dinamite de apoio s obras de construo de uma estrada; da exploso do paiol resultou 49 mortos e 132 feridos

  • 11

    Acidentes graves na indstria (2003) Causa: Exploso

    2004 Julho 30 BBlgicalgica: Pipeline de gs natural explode a cerca de 28 km a sudoeste de Bruxelas; o pipeline com um metro de dimetro transporta gs natural, numerosas casas e veculos nas imediaes so destrudos pelo efeito da exploso, 15 mortos, incluindo 5 bombeiros e mais de 120 feridos

  • 12

    Acidentes gravesAcidentes gravesPlataformas petrolPlataformas petrolferas (feras (19951995--20012001))

    Causa: Fogo/ExplosoCausa: Fogo/Exploso1995 Novembro BrasilBrasil: Fogo no pipeline da Petrobrs, 1 morto e 5 feridos

    1996 Janeiro Golfo do SuezGolfo do Suez: Exploso na plataforma da Morgan Oil, 3 mortos e 2 feridos

    1998 Julho rctico:rctico: Exploso na Glomar rctico IV, 2 mortos.

    2001 Janeiro BrasilBrasil: Fogo no offshore da Petrobrs, na plataforma de produo de gs natural, 2 mortos

    2001 Maro BrasilBrasil: 3 exploses numa das maiores plataformas petrolferas da Petrobrs, 10 mortos, cerca de 165 operrios evacuados para a plataforma vizinha

  • 13

    Acidentes gravesAcidentes gravesIndIndstria qustria qumica (mica (1994 1994 20032003))

    Causa: ExplosoCausa: Exploso

    2001 Setembro 21, FranFranaa: Exploso da unidade qumica AZF em Toulouse, 31 mortos e 2442 feridos

    2003 Maro 27, FranFranaa : Exploso na fbrica de dinamite da Nitrochimie em Billy-Berclau.

    1984 Dezembro 3, ndiandia: Exploso na unidade petroqumica da UnionCarbide Bophal

    1994 Dezembro, Iowa, EUAEUA: Exploso numa unidade de fabrico de adubos, com origem no neutralizador, onde o cido ntrico e a amnia (gs) eram misturados ao nitrato de amnio. Impurezas no nitrato de amnio (matria orgnico e cloretos) e a altas temperaturas tero estado na origem da exploso, 4 mortos e vrios feridos

  • 14

    Exploso com origem Exploso com origem numanuma reacreaco quo qumicamica

    AGENTES FUNDAMENTAIS Combustvel (ME) Oxidante

    Condies gerais que podem influenciar a reaco qumica:3 Temperatura do meio3 Presso do meio3 Volume do confinamento3 Energia de activao do ME - E3 Taxa de decomposio trmica do ME - k3 Estrutura molecular e ligaes atmicas3 Densidade do ME3 Relao Oxidante/Material Energtico (Concentrao)

  • 15

    Exploso de vapor por Exploso de vapor por expanso de lexpanso de lquido saturadoquido saturado

    A rotura violenta de uma recipiente sobre presso, contendo lquido e vapor saturados a uma presso bastante superior presso atmosfrica, faz com que a evaporao sbita de grande massa de lquido produza uma nuvem de vapor de grande extenso.

  • 16

    Exploso de vapor por Exploso de vapor por expanso de hidrocarboneto saturadoexpanso de hidrocarboneto saturado

    Cenrios possveis:3 Vapor inflamvel3 Fonte de ignio presente(Combusto na forma de uma bola de fogo ascendente

    3 Atraso ignio(Diluio(Exploso de uma nuvem de vapor

    3 Atraso ainda maior(Nuvem diluda abaixo do LII(Combusto apenas do combustvel lquido residual

  • 17

    CorrelaCorrelaes da bola de fogo es da bola de fogo gerada pela exploso de gerada pela exploso de

    hidrocarbonetoshidrocarbonetos

    Dmax = 5,25 m0,314

    1/2 = 1,07 m0,181qr(max) = 828 m

    0,771 / R2

    zP = 12,73 VVa1/3

    m [kg] massa de combustvel no reservatrio

    Dmax [m] dimetro mximo da bola de fogo

    1/2 [s] semi-largura do impulso de radiao trmicaqr (max) [kW/m

    2] radiao trmica recebida distncia R [m] da bola de fogo

    zP [m] altura de elevao da bola de fogo

    VVa [m3] volume do vapor combustvel presso e temperatura atmosfricas

  • 18

    Caso de exploso de umaCaso de exploso de umasuspenso de poeirassuspenso de poeiras

    Causas iniciadoras da explosoEnergia Volume Durao Temperatura Presso Local

    Caractersticas do confinamentoEscala Geometria Estado da superfcie Obstculos Aberturas

    Propriedades das poeirasPoder Calorifco Granulometria Volteis Humidade Densidade

    Propriedades da mistura explosivaConcentrao (poeira/gs/oxidante)

    Presso e Temperatura de iniciao Turbulncia Inertes

    Existe risco quando as poeiras tm dimetro 400 m e esto suspensasno ar com concentraes entre os limites inferior e superior de explosividade

  • 19

    Dados sobre Dados sobre Explosividade de poeirasExplosividade de poeiras

    Material d50 [m] Concentrao Explosiva

    Mnima [g/cm3]

    Pmax[bar]

    (dP/dt)max V1/3

    [bar m/s]

    Alumnio 29 30 12,4 415

    Carvo Bituminoso 24 60 9,2 129

    Cortia 7 - 10,3 202

    Polimetilmetacrilato 21 30 9,4 269

    Polipropileno 25 30 8,4 101

    Policloreto de Vinil 107 200 7,6 46

    Acar 30 200 8,5 138

    Zinco 10 250 6,7 125

  • 20

    Origem das explosesOrigem das exploses

    Qumicas3 Fase slida3 Fase lquida3 Fase gasosa

    Fsicas3 Pneumticas 0 Gases sob presso3 Hidralicas 0 Liqudos sob presso3 Mecnicas 0 Ruptura/desintegrao de uma estrutura

    Nucleares De acordo com o critrio definido podem ocorrer

    sequencialmente diferentes tipos de exploses. ExplosoExploso -- termo abrangente de todos os fenmenos

    de reaco violenta

  • 21

    Tipos de fenTipos de fenmeno meno que podem decorrer de que podem decorrer de

    uma reacuma reaco quo qumica rmica rpida?pida?

    Deflagrao consagra uma reaco qumica cuja frente de reaco se propaga com uma celeridade inferior celeridade do som nesse material.

    Detonao caracteriza-se por uma reaco qumica cuja frente de reaco se propaga com uma celeridade superior do som no material.

    Transio deflagrao-detonao possvel quando ocorre um aumento da turbulncia e da presso na frente de reaco, a ponto de provocar uma acelerao da sua celeridade relativamente da frente snica.

  • 22

    DiferenDiferenas entre as entre detonadetonao e deflagrao e deflagrao?o?

    Detonao Deflagrao

    D / c 5 - 10 0,00001 - 0,03

    p / po 13 - 55 0,98 - 0,976

    T / To 8 - 21 4 - 16

    / o 1,4 - 2,6 0,06 - 0,25

  • 23

    Onda de presso aOnda de presso arearea

    Uma certa quantidade de energia libertada instntaneamente, num ponto da atmosfera, resultando da a formao duma onda de presso.

    Essa onda designada geralmente por onda de sopro (blast wave) Zona de sobrepresso e zona de depresso

  • 24

    EvoluEvoluo da o da presso com a distnciapresso com a distncia

    Os efeitos de uma onda de choque na sua propagao no espao esto directamente relacionados com a energia libertada atravs de uma lei de expoente (1/n)

    Distncia de segurana: para explosivos (DL n139/2002)3D = K x P(1/n)

    3 D Distncia de segurana3 K - Factor experimental que tem em conta o tipo de explosivo e

    as condies do local onde se produz a exploso e as do local a proteger

    3 P - Quantidade de explosivo3 n - Parmetro emprico que varia entre 2 e 6, reflectindo a

    natureza dos efeitos produzidos

  • 25

    Efeitos de uma onda de choqueEfeitos de uma onda de choque

    Efeito de sobrepresso num indivduo adultoP [bar] Efeito

    0,07 Faz cair uma pessoa

    0,2 Ainda suportvel sem perigo

    0,3 Possvel rotura do tmpano

    0,5 Limite do suportvel, mas com proteco auricular

    1-2 Leses nos ouvidos e pulmes

    5 Limite da sobrevivncia

  • 26

    Efeitos de uma onda de choqueEfeitos de uma onda de choque

    Efeito da sobrepresso em estruturasSobrePresso

    [bar]Dano

    0,02 Alguns vidros partidos

    1,4 50% de vidros partidos

    2,7 90% de vidros partidos25% de telhas deslocadas

    4,1 100% de vidros partidos

    6,9 Estrutura da janela danificada

    10 Danos srios na estrutura de casas Fissuras nas paredes exteriores

  • 27

    Efeitos de uma onda de choqueEfeitos de uma onda de choque

    Efeito da sobrepresso em estruturas

    SobrePresso[bar]

    Dano

    20,7 Estruturas metlicas deformadas

    48 Casas demolidas

    60 Paredes de beto fissuradas

    68,9 Maioria das habitaes demolidas

  • 28

    Efeitos da explosoEfeitos da exploso

    Projeco de estilhaosOs estragos causados pela projeco de estilhaos so em geral

    menos significativos que os efeitos da onda de presso, a qual em princpio provoca estragos bastante mais elevados

    necessrio no entanto ter em conta este efeito e calcular a distncia mxima de projeco

    A experincia mostra que raramente so encontrados estilhaos a uma distncia superior a

    50 m (-1/3) m [kg]

    o que corresponde a uma sobrepresso de 0,02 bar

  • 29

    Violncia da explosoViolncia da exploso

    A rotura e o colapso do confinamento onde ocorre uma exploso depende da presso mxima Pmax e da taxa mxima de subida de presso (dp/dt)max.

    Estas duas grandezas so funes da mistura explosiva contida no volume em causa e das suas caractersticas geomtricas.

    A subida de presso para o caso de materiais energticos est relacionada com a propagao sustentada de uma reaco exotrmica no espao disponvel.

    A propagao da reaco est directamente associada taxa de reaco, exprimindo esta a quantidade de ME consumido por unidade de tempo e volume

  • 30

    Poder calorPoder calorfico fico combustcombustveis lveis lquidosquidos

    [kg/m3]

    %C %H2 %(O2+N2) %S PCI[kJ/kg]

    Fuel oil 950 86,4 11,3 1,1 0,6 41031

    Benzeno 875 91,7 7,8 - 0,5 40403

    Gasleo 870 86,6 12,9 0,2 0,3 41843

  • 31

    Energia de activaEnergia de activao o -- EE

    E a energia necessria para fazer o sistema os reagentes a um estado activo complexo que pode levar os reagentes a passar a produtos

  • 32

    Taxa de reacTaxa de reaco de um MEo de um ME

    k = Z exp (-E/RT) - expresso de ArrhniusZ constante pr-exponencial que exprime a frequncia de colises induzidas pela condies trmicas do volume em anlise, as concentraes dos componentes e a temperaturaZ [1012; 1020] 10000 K < E/R < 20000 K

    ln k-E/R

    1/T

  • 33

    Velocidade de Velocidade de propagapropagao de chamao de chama

    medida perpendicularmente superfcie da chama

    3VF ( k)1/2) - coeficiente de difusibilidade trmica da mistura) K condutividade trmica da mistura

    VF aumenta quando:- temperatura aumenta- capacidade calorfica dos inertes

    diminui- Estequiometria se apromixa de 1.

    VF

    Riqueza1

  • 34

    Velocidade de Velocidade de propagapropagao de chama o de chama

    para diversos combustpara diversos combustveisveis

  • 35

    VVFF de diversos de diversos combustiveiscombustiveis

    =0,8 =0,9 =1,0 =1,1 =1,2 VFmax p/ VFmax

    Etano 36,0 40,6 44,5 47,3 47,3 47,6 1,14

    Propano - 42,3 45,6 46,2 42,4 46,4 1,06

    Metano 30,0 38,3 43,4 44,7 39,8 44,8 1,08

    Isopentano 33,0 37,6 39,8 38,4 33,4 39,9 1,01

    Acetileno 107 130 144 151 154 155 1,25

    Etileno 50,0 60,0 68,0 73,0 72,0 73,5 1,13

    Propileno - 48,4 51,2 49,9 46,4 51,2 1,00

  • 36

    Presso mPresso mxima xima atingida numa exploso de gatingida numa exploso de gss

    p V = n RT = m (R/M) T

    pmax/po = (Mo/Mb) (Tb/To)

    pmax presso mxima atingidapo presso inicialMo massa molecular mdia dos reagentesMb massa molecual rmdia dos produtosTo temperatura inicialTb temperatura final dos produtos

  • 37

    Presso mPresso mxima xima atingida numa exploso de gatingida numa exploso de gss

    Gs P max [bar]

    Butano 8,0

    Etano 7,8

    Etileno 8,0

    Etilbenzeno 6,6

    Hidrognio 6,9

    Metano 7,05

    Pentano 7,65

    Propano 7,9

  • 38

    Limites de inflamabilidadeLimites de inflamabilidade

    Temperaturas baixas baixas taxas de reaco

    Existe uma gama restrita de condies que do origem a taxas de reaco suficientemente elevadas para permitir combusto auto-sustentada.

    Limites de inflamabilidade corresponde s percentagens volumtricas de combustvel na mistura gasosa entre as quais possvel ter uma combusto auto-sustentada.

  • 39

    VariaVariao dos limites de o dos limites de inflamabilidadeinflamabilidade

    Limite inferior de inflamabilidade (LII) diminui Limite superior de inflamabilidade (LSI) aumenta

    QUANDO:

    3 Capacidade calorfica dos inertes diminui3 Concentrao de oxignio aumenta3 Temperatura dos reagentes aumenta3 Presso aumenta acima de 1 bar

    Obs: As variaes so muito mais acentuadas no LSI do que no LII

  • 40

    Limites de inflamabilidadeLimites de inflamabilidadede alguns combustde alguns combustveisveis

    Determinados presso atmosfrica e temperatura ambiente num tubovertical de 50 mm de dimetro co propagao de baixo para cima

    Combustvel LII (% Volumtrica) LSI (% Volumtrica)Metano 5,3 15Etano 3,0 12,5Propano 2,2 9,5Etileno 3,1 32Propileno 2,4 10,3Acetileno 2,5 80Benzeno 1,4 7,1Alcool metlico 7,3 36Etanol 4,3 19

  • 41

    Influncia da capacidade Influncia da capacidade calorcalorfica dos inertes no LIfica dos inertes no LI

    nertes

  • 42

    Influncia da Influncia da concentraconcentrao de Oo de O22 no LIno LI

  • 43

    Limites de Limites de inflamabilidade em Ar e Oinflamabilidade em Ar e O22

    LII LII LSI LSIAr O2 Ar O2

    CO 12 16 75 94Amonaco 15 15 28 79Hidrognio 4 4 74 94Acetileno 2,5 2,5 80 93Etileno 2,7 2,9 36 80Metano 5 5 14 61Propano 2,2 2,2 10 55Etano 3 3 12,5 66Butano 1,8 1,8 8,4 49Hexano 1,2 1,2 7,5 52

  • 44

    Influncia da temperatura no LIInfluncia da temperatura no LI

  • 45

    Influncia da presso no LIInfluncia da presso no LI

  • 46

    DomDomnio de temperaturas de nio de temperaturas de inflamabilidadeinflamabilidade

    Combustveis lquidos LI [ ] - (C)lcool Etlico 12 a 39

    lcool Metlico 10 a 37

    Acetona -18 a 7

    cido actico 40 a 58

    Benzina -12 a 14

    Hexano -27 a 7

    Tolueno 4 a 37

    Xileno 22 a 60

    Gasolinas (auto) -34/-40 a -12/-7

  • 47

    Limites de inflamabilidade de Limites de inflamabilidade de misturas de gases e/ou vaporesmisturas de gases e/ou vapores

    Lei de Le Chatelier

    3 LI = 100 x 1 / [ (ni / LIi)]

    3 ni - % volumtrica do combustvel i

    3 LIi Limite de inflamabilidade do combustvel i

  • 48

    Tipos de igniTipos de ignioo

    Provocada3 Origem num fornecimento localizado de energia mistura

    explosiva) Descarga elctrica (Fasca)) Chama) Superfce quente

    Espontnea3 Origem no aquecimento progressivo da mistura explosiva

    causado pelas reaces qumicas que ela vai sofrendo. 3 Quando o calor libertado nas reaces qumicas exotrmicas

    que ocorrem na mistura explosiva superior ao calor libertado para o exterior.

  • 49

    IgniIgnio to trmicarmica

    qg calor geradoql calor perdido

    Cv V (dT/dt) = qg-ql

  • 50

    Energia mEnergia mnima de igninima de ignioo

    Em aumenta quando: p d

    Em Em

    Riqueza1dextino d

  • 51

    Energia mEnergia mnima de igninima de ignioovsvs

    distncia e dimetro dos eldistncia e dimetro dos elctrodosctrodos

  • 52

    Atraso de igniAtraso de ignio o -- ttigig

    ig aumenta quando:3 Temperatura da mistura diminui3 Presso da mistura diminui3 A diluio da mistura diminui

  • 53

    EEm (ignim (ignio)o) em Ar e O2em Ar e O2

    Em [J] Em [J]Ar O2

    Hidrognio 17 1,2

    Etano 250 2

    Etileno 70 1

    Acetileno 17 0,2

    Butano 250 9

    Hexano 288 6

  • 54

    Largura da cLargura da clula de detonalula de detonaoo

    Corresponde dimenso transversal das clulas geradas pela estrutura transversal da onda de detonao

    [1; 30] cm Quanto menor a largura da clula de detonao mais favorvel a

    propagao da detonao.

    Gases [cm] Eini [kJ]Acetileno 0,98 53Hidrognio 1,5 4,7Etileno 2,8 43 a 63Etano 5,4 a 6,2 130 a 170Propileno 5,4 53Propano 6,9 210 a 340Metano 28,0 93000

  • 55

    Dimetro crDimetro crtico de detonatico de detonaoo

  • 56

    Dimetro crDimetro crtico de detonatico de detonaooInfluncia do dimetro e natureza do confinamento

    na velocidade de detonao

  • 57

    PrevenPreveno de exploses de o de exploses de gases ou vaporesgases ou vapores

    Reduzir a concentrao para valores inferiores ao LII ou aument-la para valores superiores ao LSI

    Diminuir a concentrao por ventilao (ventiladores de extraco, entradas e sadas de ar afastadas)

    Manuteno da concentrao acima do LSI (recipientes fechados). 3 Nota: Mesmo depois de esvaziado os reservatrios que tenham

    contido lquidos inflamveis, pelos resduos no fundo e paredes podem emitir vapores inflamveis.

    Introduo de um gs inerte num espao confinado onde se encontra uma mistura combustvel vai provocar uma diminuio da concentrao de O2 da mistura (N2, CO2, vapor de gua)3 Na zona de descarga da mistura combustvel deve haver

    cuidados especiais, pode ser inflamvel, txica ou asfixiante

  • 58

    PrevenPreveno de exploses de o de exploses de gases ou vaporesgases ou vapores

    Proibio de execuo de trabalhos em que haja lugar a chama em espao aberto3 Soldadura, corte, fumar, aparelho de aquecimento com chama

    nua

    Vigiar as superfcies aquecidas (canalizaes, aparelhos de aquecimento) e isolar termicamente as superfcies quentes

    Evitar operaes susceptveis de originar fascas por partculas metlicas arrancadas a uma material por choque ou frico; bem como equipamentos como: ms, martelos, trituradores

    Evitar instalaes elctricas no protegidas (proteces blindadas)

  • 59

    PrevenPreveno de exploses de o de exploses de gases ou vaporesgases ou vapores

    Evitar acumulao de cargas electrostticas, que ocorrem quando existe movimento relativo de dois corpos, sendo pelo menos um deles um isolante (eg. escoamento de lquidos isolantes, escoamento de gs com poeiras em suspenso, atrito de correias de transmisso, manipulao de materiais plsticos)3 Ligao Terra3 Humidificao da atmosfera3 Aumento da condutividade de materiais isolantes

  • 60

    PrevenPreveno de exploses de o de exploses de poeiraspoeiras

    Eliminar a presena de poeiras em quantidades perigosas3 Limpeza de depsitos de poeiras antes de atingirem 1 mm de

    espessura e humidificao aquando da sua limpeza3 Acabamento superficial de aparelhos ou canalizaes

    susceptveis de favorecer a acumulao de poeiras e evitar vibraes

    3 Estanquicidade dos aparelhos que emitem poeiras3 Evitar variaes bruscas de direco e dimetro em condutas de

    transporte pneumtico

    Inertizao da atmosfera3 Introduzir poeiras inertes (eg. poeiras de rocha, cimento)

    Suprimir as fontes de inflamao

  • 61

    Causas mais comuns Causas mais comuns dos acidentesdos acidentes

    Tipo deEstmulo

    ArtigosPirotcnicos

    Propergis Explosivos

    Impacto 6% 10% 14%

    Frico 65% 48% 65%

    Fasca elctrica

    5% 2% 6%

    Calor 24% 40% 15%

    N acidentes(240)

    86 60 94

    Elaborado com base nos dados do Reino Unido: 1981-1990.Fonte:Bailey et al., 1992 The handling and processing of explosives,

    18th Int. Pyrot. Seminar, Colorado, USA.

  • 62

    DL nDL n 139/2002139/2002Regulamento de seguranRegulamento de segurana dos estabelecimentos de a dos estabelecimentos de fabrico ou de armazenagem de produtos explosivosfabrico ou de armazenagem de produtos explosivos

    Estabelece normas e procedimentos particulares de seguranaindustrial a que devem obedecer a implantao, a organizao e o funcionamento dos estabelecimentos de fabrico ou de armazenagem de produtos explosivos para utilizao civil

    Produtos explosivos: matrias e objectos da classe 1 que figuram no RPE

    Produtos explosivos e objectos da classe 1 RPE3 A) Matrias explosivas: matrias slidas ou lquidas, ou misturas,

    susceptveis, por reaco qumica , de libertar gases a umatemperatura, a uma presso e a uma velocidade tais que podem causardanos nas imediaes

    3 B) Matrias pirotcnicas: 3 C) Objectos explosivos: objectos que contm uma ou vrias matrias

    explosivas e ou matrias pirotcnicas3 D) Matrias e objectos no mencionados anteriormente com vista a

    produzir uma exploso

  • 63

    Divises de riscosDivises de riscos Diviso de risco 1.1 - Risco de exploso em massa: matrias e objectos

    susceptveis de produzir uma exploso em massa (uma exploso em massa uma exploso que afecta de modo praticamente instantneo a quase totalidade da carga)

    Diviso de risco 1.2 - Risco de projeces: matrias e objectos que apresentam risco de projeces, sem risco de exploso em massa

    Diviso de risco 1.3 - Risco de fogo em massa: matrias e objectos que apresentem risco de incndio, podendo da sua combusto resultar uma forte radiao trmica, mas cujo risco de sopro ou de projeces seja ligeiro, ou ambos, sem que haja risco de exploso em massa

    Diviso de risco 1.4 - Risco de fogo moderado: matrias e objectos que apenas apresentam perigo mnimo no caso de ignio ou de iniciao. Os efeitos so essencialmente limitados ao prprio volume e normalmente no do lugar projeco de fragmentos apreciveis ou susceptveis de percorrer uma elevada distncia. Um incndio exterior no deve provocar a exploso praticamente instantnea da quase totalidade do contedo do volume

    Diviso de risco 1.5 - Matrias muito pouco sensveis, comportando um risco de exploso em massa, mas cuja sensibilidade iniciao tal que, em condies normais, ser pouco provvel a sua iniciao e a transio de deflagrao a detonao

    Diviso de risco 1.6 - Objectos muito pouco sensveis, com caractersticas detonantes, mas no comportando risco de exploso em massa. Estes objectos so muito pouco sensveis e tm uma probabilidade quase negligencivel de iniciao. 0 risco ligado aos objectos desta diviso 1.6 limitado exploso de um nico objecto

  • 64

    Distncias de seguranDistncias de seguranaa

    As distncias de segurana devem ser tais que no mnimo, sejam capazes de impedir queimpedir que::33 uma exploso verificada num edifuma exploso verificada num edifcio se possa transmitir a cio se possa transmitir a

    outros por simpatiaoutros por simpatia, ou que 33 um incndio ou uma exploso se possam propagarum incndio ou uma exploso se possam propagar em

    consequncia do calor radiante desenvolvido ou das projeces de material incandescente.

    As distncias de segurana devem ser superiores s distncias de simpatia correspondentes aos produtos explosivos existentes nos edifcios e, simultaneamente, no ser inferiores a 10 m, para garantir proteco contra a aco do calor radiante, ou a 15 m para garantir proteco contra os efeitos das projeces de material incandescente, mesmo nos casos em que o clculo permita concluir que se poderiam adoptar valores menores para distncias de simpatia.

  • 65

    Tipos de distncia de seguranTipos de distncia de seguranaa

    Consoante a natureza e a finalidade dos locais a proteger dos efeitos de um acidente num edifcio contendo produtos que oferecem risco de fogo ou de exploso, assim se devem distinguir, por ordem crescente de exigncias de segurana, os seguintes tipos de distncias de segurana:3 Distncias entre edifcios de armazenagem;3 Distncias entre edifcios de linhas de fabrico;3 Distncias entre edifcios de armazenagem e edifcios de linhas

    de fabrico;3 Distncias a vias de comunicao (caminhos, estradas, vias

    frreas, fluviais ou martimas) destinadas ao servio pblico;3 Distncias a edifcios habitados (residncias, escolas, hotis,

    hospitais, igrejas, teatros, cinemas, estabelecimentos comerciais, locais de reunio, de desporto ou de recreio, etc.)

  • 66

    PrevenPreveno de incndioso de incndios

    Nos locais onde existam produtos explosivos ou substncias inflamveis e nas reas de segurana assinaladas proibido serproibido ser--se se portador de telemportador de telemveis, fveis, fsforos, acendedores, ou outros objectos sforos, acendedores, ou outros objectos que produzam chama ou faque produzam chama ou fascasca.

    Nestes locais proibido depositar ou abandonar matproibido depositar ou abandonar matrias que rias que possam oferecer perigo de possam oferecer perigo de autoauto--inflamainflamaoo.

    Com a finalidade de evitar a acumulao de detritos ou de poeiras, todos os edifedifcios de fabrico ou armazenagem devem ser limpos cios de fabrico ou armazenagem devem ser limpos com frequncia e cuidadosamentecom frequncia e cuidadosamente, para o que devem estar apetrechados com o necessrio material de limpeza.

    Os resOs resduosduos retirados dos pavimentos devem ser colocados devem ser colocados separadamente em recipientes apropriadosseparadamente em recipientes apropriados e destinados exclusivamente para este fim.

    Os locais ou compartimentoslocais ou compartimentos onde se trabalhe com produtos explosivos ou substncias inflamveis devem ser isolados entre si devem ser isolados entre si por portas cortapor portas corta--fogofogo, dotadas de dispositivos de fecho automtico.

  • 67

    ProtecProteco individualo individual

    Um trabalhador nunca se deve encontrar sozinho no Um trabalhador nunca se deve encontrar sozinho no local de laboralocal de laborao com explosivoso com explosivos, a menos que exista um sistema de controlo/vigilncia, que permita o aviso em caso de acidente.

    Os trabalhadores devem usar vesturio e calado apropriados, limpos e livres de resduos de substncias explosivas sensveis.

    Os trabalhadores no devem usar:3 Peas de fibras sintticas3 Objectos pessoais metlicos3 Telemveis ou rdios3 Peas com algibeiras susceptveis de acumular poeiras

    explosivas, inflamveis ou txicas3 Calado que seja favorvel acumulao de cargas

    electrostticas ou produtor de fascas.

  • 68

    Directivas Europeias Directivas Europeias sobre acidentes gravessobre acidentes graves

    Directiva 2003/105/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de Dezembro de 20033 Altera a Directiva 96/82/CE do Conselho relativa ao controlo dos perigos

    associados a acidentes graves que envolvem substncias perigosas

    33 A Directiva 96/82/CE(4) tem por objectivo a prevenA Directiva 96/82/CE(4) tem por objectivo a preveno de acidentes o de acidentes graves que envolvem substncias perigosas e a limitagraves que envolvem substncias perigosas e a limitao das suas o das suas consequncias para o homem e o ambiente, tendo em vista consequncias para o homem e o ambiente, tendo em vista assegurar, de maneira coerente e eficaz, nassegurar, de maneira coerente e eficaz, nveis de protecveis de proteco o elevados em toda a Comunidade elevados em toda a Comunidade >> DecretoDecreto--Lei nLei n 164/2001, de 23 164/2001, de 23 de Maiode Maio

    33 A Directiva 2003/105/CE A Directiva 2003/105/CE iinclui alteraes decorrentes:) Do acidente com artigos pirotcnicos, ocorrido em Enschede, nos Pases

    Baixos, em Maio de 2000, decorrente do armazenamento e fabrico de substncias pirotcnicas e explosivas. A definio dessas substncias na Directiva 96/82/CE esclarecida e simplificada na Directiva 2003/105/CE

    ) Da exploso ocorrida numa fbrica de adubos em Toulouse, em Setembro de 2001, realou o risco de acidentes decorrente do armazenamento de nitrato de amnio e de adubos base de nitrato de amnio, em especial de resduos do processo de fabrico ou de matrias devolvidas ao fabricante. As categorias existentes de nitrato de amnio e de adubos base de nitrato de amnio referidas na Directiva 96/82/CE so revistas.

  • 69

    Decreto-Lei n 236/2003 de 30 de SetembroMinistrio da Segurana Social e do TrabalhoTranspe para a ordem jurdica nacional a Directiva n1999/92/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de Dezembro, relativa s prescries mnimas destinadas a promover a melhoria da proteco da segurana e da sade dos trabalhadores susceptveis de serem expostos a riscos derivados de atmosferas explosivas.Decreto-Lei n. 112/96 de 05 de AgostoMinistrio da EconomiaEstabelece as regras de segurana e de sade relativas aos aparelhos e sistemas de proteco destinados a ser utilizados em atmosferas potencialmente explosivas

  • 70

    Directiva 94/9/CEA Directiva 94/9/CEaplica-se aos aparelhos e sistemas de proteco (equipamentos de mina e de superfcie), elctricos e no elctricos, utilizados em atmosferas potencialmente explosivas, bem como aos dispositivos utilizados fora de atmosferas potencialmente explosivas relacionados com os aparelhos nelas instalados.

    DIRECTIVA 1999/92/CE DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHOde 16 de Dezembro de 1999relativa s prescries mnimas destinadas a promover a melhoria da proteco da segurana e da sade dostrabalhadores susceptveis de serem expostos a riscos derivados de atmosferas explosivas

  • 71

    RefernciasReferncias

    1. Explosives Engineering (Paul Cooper), 1995.2. Combustion (Irvin Glassman), 19873. http://www.llnl.gov4. http://www.sandia.gov5. http://www.pml.tno.nl6. http://www.snpe.fr7. http://www.cea.fr8. http://www.hse.uk9. http://www.ineris.fr10.http://www.yimpact.com/

    http://www2.dem.uc.pt/ap3eAssociao Portuguesa de Estudos e Engenharia de Explosivos

    Laboratrios