[sermão] efeitos e resultados espirituais da justificação pela fé

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Sermão baseado no livro “Romanos: Comentário Bíblico Homilético” (CPB, 2011, p. 83-89) Hugo Dias Hoffmann Santos, M.Sc. |07 de julho de 2013 Página 1 SERMÃO: EFEITOS DA JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ Texto: Romanos 5 Tema: Justificação pela fé Objetivo: Compreender que pelos seus frutos os conhecereis(Mt 7:16). Se verdadeiramente tivermos sido salvos pela Sua vida(Rm 5:10), então nossa vida manifestará a vida de Cristo. Proposição: A justificação pela fé possui efeitos naturais que serão manifestados. INTRODUÇÃO Contexto: A palavra “justificação” ocorre somente 4 vezes (ARA) em toda Bíblia e todas elas estão na epístola de Paulo aos Romanos, embora seu conceito esteja disseminado em toda Palavra de Deus. No original em grego esta palavra é (lit. absolvição). A Bíblia ensina a única maneira de um ser humano alcançar o favor divino: Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei.(Rm 3:28). Fé é ter segurança de receber algo como certo. Neste caso, de sermos purificados de todos os nossos pecados e de lavarmos nossas vestes com o sangue do Cordeiro (Apocalipse 22:14). Até o capítulo 4 de Romanos, Paulo explicou sobre o pecado e a necessidade da justificação pela fé. Do capítulo 5 até o 8 desta epístola, ele se concentra em tratar sobre a segurança da salvação. Esta segurança se baseia em três fatores: 1. Amor de Deus 2. Obra de Cristo 3. Ministério do Espírito Santo

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Baseado no livro: “Romanos: Comentário Bíblico Homilético” (CPB, 2011, p. 83-89) do Dr Mário Veloso.

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Page 1: [Sermão] Efeitos e resultados espirituais da justificação pela fé

Sermão baseado no livro “Romanos: Comentário Bíblico Homilético” (CPB, 2011, p. 83-89)

Hugo Dias Hoffmann Santos, M.Sc. |07 de julho de 2013 Página 1

SERMÃO: EFEITOS DA JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ

Texto: Romanos 5

Tema: Justificação pela fé

Objetivo: Compreender que “pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7:16). Se

verdadeiramente tivermos sido “salvos pela Sua vida” (Rm 5:10), então nossa

vida manifestará a vida de Cristo.

Proposição: A justificação pela fé possui efeitos naturais que serão manifestados.

INTRODUÇÃO

Contexto: A palavra “justificação” ocorre somente 4 vezes (ARA) em toda Bíblia e todas

elas estão na epístola de Paulo aos Romanos, embora seu conceito esteja

disseminado em toda Palavra de Deus. No original em grego esta palavra é

(lit. absolvição).

A Bíblia ensina a única maneira de um ser humano alcançar o favor divino:

“Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé,

independentemente das obras da lei.” (Rm 3:28).

Fé é ter segurança de receber algo como certo. Neste caso, de sermos

purificados de todos os nossos pecados e de lavarmos nossas vestes com o

sangue do Cordeiro (Apocalipse 22:14).

Até o capítulo 4 de Romanos, Paulo explicou sobre o pecado e a necessidade

da justificação pela fé. Do capítulo 5 até o 8 desta epístola, ele se concentra em

tratar sobre a segurança da salvação. Esta segurança se baseia em três

fatores:

1. Amor de Deus

2. Obra de Cristo

3. Ministério do Espírito Santo

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Sermão baseado no livro “Romanos: Comentário Bíblico Homilético” (CPB, 2011, p. 83-89)

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ARGUMENTAÇÃO

I. RESULTADOS ESPIRITUAIS DA JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ

A) O pecador injusto já não é injusto nem pecador. Diante de Deus, é justo e sem pecado.

1. Tornar-se justo diante de Deus por nossos esforços é impossível, por isso não há um

sequer. Mas quando pela fé a justiça de Cristo é transferida para nossa vida, então sim,

somos justos diante de Deus por causa da perfeita obra de Jesus na cruz. A graça nos

alcança, o amor nos transforma e a justiça de Cristo nos faz justos diante de Deus.

“[...] Assim também, por um só ato de justiça, veio a graça

sobre todos os homens para a justificação que dá vida.”

(Rm 5:18).

2. É sincero da nossa parte não sairmos por ai dizendo que somos “justos”, até porque

um justo não faria isso. Mas quando aceito que o sangue de Cristo é suficiente para

mudar minha natureza, não posso continuar sendo ímpio e pecador, não posso

continuar sendo quem eu fui, pois então o sacrifício de Jesus não teria sido suficiente.

“[...] Agora, porém, ao se cumprirem os tempos [referência a

Daniel 9:24-27], se manifestou uma vez por todas, para

aniquilar, pelo sacrifício de Si mesmo, o pecado.” (Hebreus

9:26).

B) Sua vida já não será a vida de um pecador injusto e condenado, mas a vida de um justo.

1. “Há os que professam servir a Deus, ao mesmo tempo que confiam em seus próprios

esforços para obedecer à Sua lei, formar um caráter reto e alcançar a salvação. Seu

coração não é movido por uma intuição profunda do amor de Cristo, mas procuram

cumprir os deveres da vida cristã como uma exigência de Deus a fim e alcançarem o

Céu. Semelhante religião nada vale. [...] Os que se sentem constrangidos pelo amor de

Deus [...] renunciam a tudo, manifestando um interesse proporcional ao valor do objeto

que buscam. Uma profissão de Cristo sem este profundo amor, é mero palavreado,

formalidade vã, pesada e desagradável tarefa.” (Caminho a Cristo, p. 44.2)

II. EFEITOS DA JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ

A) Paz com Deus:

“Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por

meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5:1)

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Sermão baseado no livro “Romanos: Comentário Bíblico Homilético” (CPB, 2011, p. 83-89)

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1. Os que recebem a justificação pela fé em Cristo ficam livres da inimizade resultante

do pecado. Já não há separação entre eles e Deus; retornam à boa vontade de Deus e

estão em paz com Ele. A paz do perdão. A paz da consciência, tornada possível

somente pelo sacrifício de Cristo, sem o qual a justificação do pecador seria impossível.

“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou

como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se

atemorize.” (João 14:27)

B) Entrada na graça:

“[...] Por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; por

intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé,

a esta graça na qual estamos firmes.” (Romanos 5:1-2)

1. A boa vontade de Deus e a graça se referem à mesma coisa. O pecador continua

desfrutando a presença de Cristo na vida, enquanto permanece na graça. Graça na qual

já se encontra pela fé.

C) Gloriar-se:

“[...] E gloriamo-nos na esperança da glória de Deus. E não

somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias

tribulações, sabendo que a tribulação produz

perseverança; e a perseverança, experiência; e a

experiência, esperança.” (Romanos 5:2-4)

1. Com o termo “gloriar-se”, Paulo se refere à alegria sentida pela pessoa justificada,

pelo fato de Deus lhe haver atribuído a justiça de Cristo. Também se refere à grande

segurança que essa pessoa sente em Cristo. A justiça de Cristo nos dá segurança de

sermos coparticipantes da glória de Yahweh.

D) Esperança:

“Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é

derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos

foi outorgado.” (Romanos 5:5)

1. A esperança consiste na confiança que a pessoa justificada tem de participar com

Deus em Sua glória. É uma participação presente e futura. No presente, é a glória do

caráter divino, cuja realidade e virtude a pessoa espera que Deus integre ao próprio

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caráter dela, como adiantamento da prometida glória futura.

E) Desfrutar o amor divino:

“Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a

Seu tempo pelos ímpios. Dificilmente, alguém morreria por

um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a

morrer. Mas Deus prova o Seu próprio amor para conosco

pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda

pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados

pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.” (Romanos

5:6-9)

1. Antes que o pecador fosse justificado, começou a desfrutar o amor divino. Essa

experiência continua depois da justificação:

Primeiramente, como amor redentor (quando nós ainda éramos fracos);

Depois, como amor salvador (logo, muito mais agora).

F) Salvação e vida eterna:

“Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu

sangue, seremos por ele salvos da ira.” (Romanos 5:9)

1. Somos salvos de ser castigados no juízo de Deus. Isto é o que significa a salvação:

Graças à morte de Cristo, os pecadores que, pela fé em Seu sacrifício, tiverem sido

justificados por Deus, serão salvos da condenação que o juízo divino imporá a todos os

pecadores.

G) Reconciliação:

“Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados

com Deus mediante a morte do Seu Filho, muito mais,

estando já reconciliados, seremos salvos pela Sua vida; e

não apenas isto, mas também nos gloriamos em Deus por

nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem

recebemos, agora, a reconciliação.” (Romanos 5:10-11)

1. No verso 10, Paulo apresenta a reconciliação como sinônimo de justificação pela fé.

Fomos perdoados, graças ao amor de Deus. Justificados por Seu amor redentor. Salvos

por Seu amor salvador. Transportados ao reino de Seu amado Filho pela reconciliação

que agora desfrutamos, porque Ele ressuscitou para nos dar vida. Vida eterna, cuja

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qualidade de plena satisfação começa aqui e agora.

CONCLUSÃO

A justificação pela fé afeta a vida presente e a vida futura. Introduz o pecador no reino da graça

e o torna cidadão celestial, que atua no mundo para glória de Deus e para o progresso do

evangelho de Cristo.

“As preciosas gemas da verdade, há muito perdidas de vista, devem agora

ser restituídas aos filhos de Deus. Os temas da justificação pela fé e da

justiça de Cristo devem ser apresentados [...], a fim de que [...] aprendam o

caminho da salvação. Santos e eternos princípios ligados ao plano da

salvação foram há muito perdidos de vista, mas devem retomar seu lugar

adequado no plano da salvação, aparecendo em sua luz celestial e

penetrando a escuridão moral que envolve o mundo.”

(Ellen G. White. Conselhos sobre a Escola Sabatina, p. 12)