seria capaz de beber água do...

32
Seria capaz de beber água do esgoto? Uma brochura sobre a água para os jovens Ambiente

Upload: dangtu

Post on 09-Nov-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Seria capaz de beber água do esgoto?

Uma brochura sobre a água para os jovens

Ambiente

ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd cov1ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd cov1 4/12/12 10:434/12/12 10:43

Encontram-se disponíveis numerosas outras informações sobre a União Europeia

na rede Internet, via servidor Europa (http://europa.eu)

Uma fi cha catalográfi ca fi gura no fi m desta publicação

Luxemburgo: Serviço das Publicações da União Europeia, 2012

ISBN 978-92-79-26330-9

doi:10.2779/17493

© União Europeia, 2012

Reprodução autorizada mediante indicação da fonte

Printed in Belgium

IMPRESSO EM PAPEL RECICLADO QUE OBTEVE O RÓTULO ECOLÓGICO EUROPEU PARA PAPEL GRÁFICO (WWW.ECOLABEL.EU)

Europe Direct é um serviço que respondeàs suas perguntas sobre a União Europeia.

Linha telefónica gratuita (*) :

00 800 6 7 8 9 10 11(*) Alguns operadores de telefonia móvel não permitem o acesso aos números iniciados por 00 800

ou cobram estas chamadas

ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd cov2ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd cov2 4/12/12 10:434/12/12 10:43

Seria capaz de beber água do esgoto?

Uma brochura sobre a água para os jovens

ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 1ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 1 4/12/12 10:434/12/12 10:43

Sumário

Água: um recurso limitado 4

Água potável 6Água da torneira: essencial para a saúde 6

Um tesouro escondido 6

Terra fi rme ou esponja? 6

Qual é a qualidade da água no local onde vive? 8

Como é produzida a água da sua torneira? 8

Que quantidade de água gastamos? 10

Respeite a água: o que PODE fazer 12

Águas residuais 14Para onde vai a água suja? 14

Nem toda a porcaria é poluição 14

Químicos nas águas residuais 14

O tratamento da água na Europa 14

O que se passa numa estação de tratamento? 16

O processo de limpeza ao pormenor 16

Fechar o ciclo: reciclar a água 18

Próxima paragem: os rios e o mar 18

E quanto ao tratamento de águas residuais no local onde vive? 18

ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 2ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 2 4/12/12 10:434/12/12 10:43

Vamos à praia! 20As águas balneares estão a fi car mais limpas 20

O que é analisado? 23

Pesquise a sua zona balnear favorita 23

Praias com bandeira azul 23

Lixo marinho 24

O que tem feito a União Europeia 26Proteger as reservas de água doce 26

Melhorar o tratamento de águas residuais 26

Manter as águas balneares limpas 26

Limpar os mares e os oceanos 27

Referências 28

Outras leituras 28

Fotografi as 28

Ilustrações 28

ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 3ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 3 4/12/12 10:434/12/12 10:43

Seria capaz de beber água do esgoto? | Uma brochura sobre a água para os jovens4

Água: um recurso limitado

Imagine esta situação: está a preparar-se para ir a uma festa mas,

quando liga o chuveiro, a água sai castanha. Lavar o cabelo está

fora de questão! Vai à máquina de lavar roupa buscar as calças de

ganga para por a secar mas parecem mais sujas do que estavam.

E agora, o que há de vestir? O seu amigo telefona-lhe dizendo que

a festa foi cancelada. Ficou doente depois de ontem ter nadado

na praia. Que desilusão. Aborrecido, vai até à cozinha para fazer

um café. A torneira pinga algumas vezes e depois, nada. Que mais

poderia acontecer?

Dependemos da água para quase tudo o que fazemos. Partimos

do princípio de que podemos beber, lavar-nos e nadar em água

limpa e segura sempre que quisermos e que a água suja das

nossas sanitas, banheiras e pias será escoada para algum sítio

onde não tenhamos de a ver, cheirar ou nadar nela.

Contudo, este usufruto instantâneo de água limpa e de saneamento

não sai barato. A água das nossas torneiras tem de ser obtida em

quantidade sufi ciente, fi ltrada, tratada e bombeada para as nossas

casas. Tem de ser analisada para garantir que é potável. A água

suja tem de ser escoada através de uma rede de esgotos e tratada.

Tem de ser despojada de bactérias prejudiciais à saúde e poluentes

de origem humana antes de ser devolvida aos rios e ao mar.

Mais do que nunca, temos de cuidar da nossa água. Afi nal de

contas, apesar de vivermos num planeta praticamente coberto de

água, a água doce de que necessitamos diariamente perfaz apenas

2,5 % de toda a água na Terra. A maior parte dela é inutilizável,

pois encontra-se sob a forma de calotas polares, glaciares, neve e

vapor de água na atmosfera. Na verdade, apenas 1 % da água é

doce e está disponível, sendo que a maior parte dela se encontra

armazenada no solo e em camadas de rocha subterrâneas.

Só uma pequena fração fl ui à superfície em lagos, rios e ribeiros.

Talvez seja fácil obter água doce e limpa para quem viva na

encosta de uma montanha solitária, perto de um ribeiro não

contaminado por outras pessoas, animais ou fontes de poluição.

Mas não para a maioria de nós. Vivemos em cidades e vilas onde

todos querem tomar duche diariamente, manter as casas e os

carros limpos e regar as plantas e os jardins. Quando temos

tempo livre, gostamos de ir aos lagos e às praias para relaxar e

nadar, não para bracejar entre lixo e dejetos humanos.

Caixa: O estudo da águaO estudo do movimento, da distribuição e da qualidade da água denomina-se «hidrologia» (do grego «hudor», água). Um saber

antigo utilizado há pelo menos 6 000 anos, que permitiu às grandes civilizações da história desviar as águas para irrigação e

evitar inundações, garantindo o sustento e a proteção das suas populações.

Albufeira do lago Cap-de-Long (França).

ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 4ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 4 4/12/12 10:434/12/12 10:43

Seria capaz de beber água do esgoto? | Uma brochura sobre a água para os jovens 5

Caixa: Ainda bebemos a água que os dinossauros beberam?A água evapora-se dos oceanos, forma nuvens, precipita-se em forma de chuva (ou neve) e regressa ao oceano através dos rios.

Os locais onde permanece inalterada durante mais tempo são nas profundezas dos oceanos e da terra, aprisionada durante mais

de 10 000 anos. Contudo, a água também é destruída quimicamente na fotossíntese (as plantas convertem dióxido de carbono e

água em açúcares e oxigénio) e recuperada novamente na respiração (basicamente, o processo inverso da fotossíntese para gerar

energia e CO2). É possível calcular a quantidade de água que resta do tempo dos dinossauros a partir da quantidade total de água

que existe no planeta e a quantidade de água absorvida anualmente na fotossíntese. Com base nestas informações, podemos

afi rmar que levaria perto de 100 milhões de anos a destruir quimicamente a maior parte da água. Os dinossauros viveram há

65 milhões de anos. Assim, alguma da água que bebemos é a mesma água, embora mais de metade dela já seja outra.

É por isto que é tão importante respeitar a água. Com uma

população mundial em crescimento, mais pessoas a viver em

cidades, a alteração dos padrões meteorológicos devido às

alterações climáticas, fontes de água doce limitadas e os custos

do tratamento da água antes e depois de a usarmos, a questão da

qualidade da água está na ordem do dia. Enquanto os cientistas

investigam formas de manter as torneiras abastecidas e os

mares limpos perante estes desafi os, todos nós podemos dar um

contributo para cuidar da água.

Continue a ler para conhecer a viagem da água à medida que

a usamos no nosso quotidiano, desde o modo como chega às

nossas torneiras até à sua passagem pelos esgotos e estações

de tratamento em direção aos rios e ao mar, onde podemos

voltar a desfrutar dela.

Cisterna subterrânea de água doce.

ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 5ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 5 4/12/12 10:434/12/12 10:43

Seria capaz de beber água do esgoto? | Uma brochura sobre a água para os jovens6

Água potável

Água da torneira: essencial para a saúdeImagine ter de caminhar durante horas para chegar a um poço

ou fazer fi la junto a um fontanário para obter a água de que

você e a sua família necessitam para beber, cozinhar e lavar.

Talvez contribuísse para a sua forma física, mas não fi caria

com muito mais tempo ou energia para fazer qualquer outra

coisa. Ou ter de ferver toda a água antes poder utilizá-la com

segurança. Esta é a realidade de cerca de mil milhões de pessoas

em todo o mundo que não têm acesso a água potável tratada

ou a saneamento. Segundo a Organização Mundial de Saúde,

a utilização de água suja para tomar banho, lavar, beber ou

preparar alimentos é responsável por 10 % das doenças a nível

global. As crianças são particularmente vulneráveis: estima-se

que as doenças diarreicas causadas pela água sejam a causa de

1,8 milhões de mortes anuais.

Em comparação, temos muita sorte na Europa. A introdução do

saneamento (a remoção segura de dejetos humanos e de água

usada e o abastecimento doméstico de água limpa) teve um

papel preponderante na melhoria da saúde pública, erradicando

doenças causadas pela água, como a cólera, a febre tifoide ou a

disenteria, e aumentando a esperança de vida.

Um tesouro escondido Para três quartos dos europeus, a água da torneira provém

de águas subterrâneas, água armazenada debaixo de terra no

próprio solo ou na rocha, incluindo grandes reservatórios de água

conhecidos como aquíferos. A maior parte da água à superfície

também tem origem em águas subterrâneas, que brotam de

nascentes e de zonas húmidas para abastecer os rios com mais

de 50 % da sua água durante todo o ano.

Mas este tesouro escondido está em perigo. Em muitos

países, a água é consumida a um ritmo tal que não permite

o reabastecimento das reservas, desequilibrando a taxa de

disponibilidade natural. Para além de acarretar problemas para

o futuro, esta situação já está a ter repercussões no presente:

metade das zonas húmidas da Europa, que atuam como barreiras

de proteção contra inundações e purifi cam a água, está em

perigo devido à exploração excessiva das águas subterrâneas.

Enquanto isso, uma procura acrescida de água causada pelo

rápido desenvolvimento do turismo em algumas regiões tem

levado à desertifi cação e à infi ltração de água salgada: água

do mar que fl ui para zonas costeiras de água doce. Cerca de

metade da população da Europa vive em países «carentes de

água» e a escassez deste bem afeta 33 bacias hidrográfi cas da

União Europeia (1).

Terra fi rme ou esponja?O esgotamento das reservas de água é apenas uma parte

do problema. A outra é a ameaça à qualidade das águas

subterrâneas originada por fontes de poluição humana, como a

agricultura, a indústria e esgotos ou fossas séticas mal vedados.

Mais conscientes deste problema do que nunca, estamos a

proteger melhor a qualidade das águas subterrâneas do que

no passado, mas todos poderíamos fazer mais para travar a

poluição antes que ela aconteça. O solo debaixo dos nossos pés

parece bastante fi rme ao caminharmos sobre ele mas, tal como

Poluentes comuns da água Organismos patogénicos: bactérias, vírus e outros germes causadores de doenças que se encontram em esgotos não tratados

ou em dejetos de animais de criação

Produtos químicos: orgânicos — detergentes, gorduras, banhas, solventes, herbicidas, produtos petrolíferos, químicos utilizados

em produtos de higiene pessoal e cosméticos; e inorgânicos — descargas e subprodutos industriais, fertilizantes com nitratos e

fosfatos, metais pesados e silte

Itens de grandes dimensões: lixo e detritos visíveis na água

ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 6ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 6 4/12/12 10:434/12/12 10:43

Torre de água: a água

limpa é armazenada

num tanque fechado.

Arejamento: o ar é adicionado

e forçado através da água,

libertando gases e removendo

odores e sabores

desagradáveis.Desinfeção: adiciona-se

cloro para eliminar os

germes que restam.

Segunda filtragem: a água é escoada através de camadas de areia, gravilha e mesmo

carvão, sendo removidas partículas minúsculas, como algas, bactérias e alguns químicos

A água potável flui

através dos canos até às

casas ou às empresas.

Sedimentação: as lamas, as

bactérias e outras partículas

aderem aos compostos e

afundam-se, enquanto a água

prossegue para a filtragem.

Coagulação: adicio-

nam-se compostos

especiais para eliminar

sujidade e outras

partículas.

Primeira filtragem:

os filtros removem

peixe, folhas e lixo.

Estação de

bombagem

Lago ou albufeira1

2

3

4

5

6

8

9

10

7

A

ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 7ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 7 4/12/12 10:434/12/12 10:43

Seria capaz de beber água do esgoto? | Uma brochura sobre a água para os jovens8

uma esponja, absorve tudo o que lhe despejamos em cima, desde

os metais pesados de pilhas gastas a todo o tipo de substâncias

prejudiciais encontradas em plásticos, fertilizantes e produtos de

limpeza, fazendo com que a poluição se infi ltre nas reservas de

água das quais dependemos. Dado que a água se move muito

lentamente através da superfície da Terra, pode levar décadas

até que a contaminação passe para os aquíferos subterrâneos.

Qual é a qualidade da água no local onde vive?A Agência Europeia do Ambiente publica mapas interativos sobre

a qualidade da água em cada país da União Europeia. Os mapas

apresentam os resultados da análise de águas subterrâneas, rios,

lagos e águas costeiras, com detalhes para cada país e estação

de análise relativamente aos níveis de contaminantes comuns,

como nitritos, nitratos e amónio.

Consulte: http://www.eea.europa.eu/themes/water/interactive

Como é produzida a água da sua torneira?Normalmente, a água da torneira não tem sabor, cor ou cheiro.

Já alguma vez pensou em tudo o que isso implica? Pode parecer

simples, mas exige muito trabalho para ser tão boa. Nos bastidores,

existe um complexo sistema de recolha, armazenamento,

tratamento e distribuição da água (ver ilustração A).

As empresas que fornecem a água são responsáveis por garantir a

segurança da água potável. Também disponibilizam informações

atualizadas sobre a qualidade da água. Estas informações

encontram-se habitualmente nas faturas da água e nos sítios

web das companhias das águas. Também cobram dinheiro para

cobrir as despesas da entrega de um produto de excelência.

Desperdiçar água também custa dinheiro. Será capaz de gastar

água mais moderadamente? Que mudanças introduziria no seu

consumo de água?

A torre de água armazena água potável.

ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 8ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 8 4/12/12 10:434/12/12 10:43

Seria capaz de beber água do esgoto? | Uma brochura sobre a água para os jovens 9

Água engarrafada ou água da torneira Os europeus estão a comprar cada vez mais água engarrafada, apesar

dos controlos rigorosos que asseguram que grande parte da água de

torneira é boa para beber. Em contrapartida, a água engarrafada não

está sujeita a regulamentações e a análises tão rigorosas como a

água de torneira e também não há provas de que seja mais saudável.

Algumas águas minerais naturais contêm níveis de minerais mais altos

do que o recomendado para determinados grupos de pessoas, como, por

exemplo, bebés e crianças de tenra idade. Também existe preocupação

no que diz respeito aos perigos dos químicos utilizados no plástico das

garrafas.

A água engarrafada também tem um impacto signifi cativo no ambiente.

São necessárias grandes quantidades de recursos e de energia para

produzir e eliminar as embalagens, das quais 80 % são recipientes

descartáveis e não recarregáveis (2). As garrafas de plástico que não

chegam aos centros de reciclagem transformam-se em lixo plástico

que pode demorar gerações a degradar-se. Por fi m, existe o impacto do

transporte para levar a água engarrafada da origem para as lojas e das

lojas para casa, o que implica ruído, congestionamentos, CO2 e outros

gases de escape.

Não obstante, em 2009, o europeu médio comprou 105 litros de água

engarrafada. Por seu lado, os europeus do sul compram muito mais: os

italianos bebem cerca de 200 litros por pessoa anualmente, enquanto na

Finlândia se regista o menor consumo: 16 litros por pessoa anualmente.

Você e a sua família bebem água engarrafada? Experimente testar a

diferença com os amigos organizando uma prova cega. Consegue notar

a diferença?

Porque não beber água da torneira em vez de água engarrafada? A água

da torneira é mais controlada e regulamentada do que qualquer outra

água potável e é entregue diretamente em sua casa.

Como alternativa à compra de garrafas de água em plástico enquanto

viaja, leve consigo uma garrafa de água em metal que pode ser lavada

e enchida com água da torneira vezes sem conta.

a

ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 9ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 9 4/12/12 10:434/12/12 10:43

Seria capaz de beber água do esgoto? | Uma brochura sobre a água para os jovens10

Que quantidade de água gastamos?Os europeus consomem, em média, entre 100 a 320 litros de

água por dia para utilização doméstica, dependendo do país (3) (o

consumo doméstico de água representa perto de 15 % do gasto

total de água na Europa, menos de metade do volume utilizado

na agricultura, o qual perfaz cerca de um terço).

Em média, apenas se utiliza 3 % de água da torneira para beber.

A maior parte dela é gasta no autoclismo, em lavagens e na rega

de jardins. Quanta água gastamos?

Um duche: 35 a 75 litros

Um banho: 80 litros

Puxar o autoclismo (uma vez): 8 litros

Máquina de lavar roupa: 65 litros

Máquina de lavar loiça: 25 litros

Lavar o carro com mangueira: 400 a 480 litros

Lavar o carro com balde (4 baldes): 32 litros

Como tendência geral (5), estamos a gastar menos água nas

nossas casas do que há alguns anos, graças a uma combinação

de tarifação da água na maioria dos países (o que nos obriga

a pagar aquilo que gastamos), maior sensibilização do público

e mais eletrodomésticos energeticamente efi cientes, como

máquinas de lavar roupa e loiça. Por exemplo, o consumo é maior

do que a média europeia em países onde a água é gratuita ou

onde a rede de distribuição de água sofre perdas signifi cativas

(devido a fugas).

Os regulamentos que regem os sistemas de canalização

domésticos estão concebidos para salvaguardar a saúde pública

e promover uma utilização mais sensata e efi ciente da água. Mais

concretamente, é necessário evitar que a água para consumo

humano entre em contacto com água do esgoto ou outros

contaminantes (ver ilustração B).

País Consumo Média de perda

por fuga

litros / cap.

/ dia

%

Polónia 102 15

Portugal 107 40

Lituânia 116 25

Eslováquia 128 32

Malta 130 15

Bulgária 139 54

Hungria 152 18

República Checa 152 20

Bélgica (Bruxelas e

Flandres)

153 6

Bélgica (Valónia) 153 23

Alemanha 155 9

Países Baixos 184 5

Dinamarca 191 7

Roménia 194 32

França 196 23

Áustria 214 11

Luxemburgo 221 30

Finlândia 231 17

Grécia 239 35

Inglaterra e País de Gales 241 23

Escócia 241 32

Itália 267 29

Espanha 283 9

Suécia 302 18

Chipre 310 18

Irlanda 317 27

Total/média 202 21

Fonte: ENDWARE e EUREAU, «Overview on Water and Wastewater in Europe 2008» (4)

ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 10ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 10 4/12/12 10:434/12/12 10:43

Seria capaz de beber água do esgoto? | Uma brochura sobre a água para os jovens 11

Água potável

Águas residuais

B

ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 11ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 11 4/12/12 10:434/12/12 10:43

Seria capaz de beber água do esgoto? | Uma brochura sobre a água para os jovens12

Respeite a água: o que PODE fazer Sugestões para utilização da água

� Troque um banho por um duche. Encher uma banheira média

gasta muito mais água do que tomar um duche rápido.

� O seu duche demora mais tempo de que a sua canção

favorita? Duches rápidos poupam água.

� Deixar a torneira aberta é um desperdício de água;

feche a torneira enquanto escova os dentes. O mesmo

se aplica ao barbear, rapazes!

� O seu autoclismo é mais inteligente do que parece?

O mecanismo de descarga rápida de um sistema de

descarga duplo gasta menos 70 % de água do que

uma descarga normal.

� A sanita não é um «caixote de lixo molhado»: os

medicamentos devem ser devolvidos à farmácia

e os pensos higiénicos, as toalhitas e os cotonetes

deitam-se no caixote do lixo!

� Nunca despeje produtos químicos de uso doméstico que

já não precisa na pia ou no solo. Leve-os para o centro

de recolha de resíduos local.

� A água está demasiado quente? É normal ter de

adicionar água fria? Reduza a temperatura e poupe

também energia.

� Compre champô amigo do ambiente

(biodegradável) e utilize produtos domésticos

«verdes» sempre que possível.

� N

j

d

ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 12ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 12 4/12/12 10:434/12/12 10:43

Seria capaz de beber água do esgoto? | Uma brochura sobre a água para os jovens 13

� Aproveite a carga ao máximo! Encha completamente a

máquina de lavar roupa e loiça e lave tudo de uma só

vez (a não em duas).

� As suas roupas importam-se de ser usadas outra vez? Tanto as

camisolas como as calças podem usar-se facilmente duas vezes e

também duram mais se foram lavadas menos vezes.

� Opte pelos ciclos económicos nas máquinas de lavar roupa e loiça e

reduza ao mínimo a quantidade de detergente utilizada.

� Gosta tanto da água como da toalha? Utilize a sua toalha mais vezes já

que está limpo quando se seca ao sair do duche!

� Tire partido de um dia de chuva: recolha água da chuva em baldes ou num

depósito de água pluvial para regar as plantas e lavar o carro. Também pode

utilizar águas residuais domésticas para o efeito.

� Opte pelo biológico. Os alimentos biológicos benefi ciam a

qualidade da água já que não são tratados com herbicidas

ou pesticidas.

� Cultivar plantas pode deixar o planeta à fome: recicle os

resíduos vegetais para nutrir as suas plantas com composto

caseiro. Jamais voltará a precisar de fertilizantes químicos.

� Torne-se um defensor da água. Envolva-se em atividades de limpeza das praias locais e ajude a ensinar outras pessoas a

proteger a água.

Saiba mais e conheça o Water Maniac Walter em pessoa aderindo à Generation Awake (http://www.generationawake.eu/) ou

visitando a nossa página do Facebook aqui: http://www.facebook.com/GenerationAwake.

As suas escolhas fazem toda a diferença.

Seria capaz de beber água do esgoto? | Uma brochura sobre a água para os jovens 13

letamente a

de uma só

s outra vez? Tanto as

facilmente duas vezes e

nos vezes.

s de lavar roupa e loiça e

nte utilizada.

ze a sua toalha mais vezes já

duche!

gua da chuva em baldes ou num

ntas e lavar o carro. Também pode

efeito.

s benefi ciam a

com herbicidas

me: recicle os

as com composto

zantes químicos.

ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 13ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 13 4/12/12 10:434/12/12 10:43

Seria capaz de beber água do esgoto? | Uma brochura sobre a água para os jovens14

Águas residuais

Para onde vai a água suja?Toda aquela água suja que se escoa pelas sanitas, pias e ralos,

que por vezes não é assim tão suja, tem de ir para algum lado,

certo? Não vai diretamente para o curso de água, rio ou praia

mais próximo, ou pelo menos assim esperamos!

Bem-vindo ao mundo das águas residuais, um reino fascinante

mas pouco conhecido que começa nos drenos e nos esgotos e

continua naquele lugar vagamente malcheiroso nos arredores

da cidade: a estação de tratamento. Esta misteriosa colmeia

fervilhante funciona ininterruptamente, utilizando uma série

de processos inteligentes para eliminar o indesejável. Uma vez

depurada, a água pode ser devolvida ao ambiente sem o risco de

espalhar doenças ou matar animais e plantas.

Nem toda a porcaria é poluiçãoOs rios e o mar estão preparados para eliminar uma quantidade

limitada de resíduos orgânicos (matéria fecal e restos de comida)

já que são biodegradáveis e podem ser processados por bactérias

e micro-organismos. O problema começa quando existem mais

resíduos orgânicos do que aqueles que podem ser processados

sem que isso afete a saúde pública. É isto que acontece na

sociedade moderna: muitos de nós vivem em zonas de grande

densidade populacional com acesso limitado a reservas de água

doce. É por esta razão que é necessário tratar a água.

Químicos nas águas residuaisO tratamento dos resíduos orgânicos é bastante simples. Basta

conseguir as bactérias boas para os degradar. Contudo, a maior parte

das águas residuais contém contaminantes comuns à sociedade

moderna, despejados nos esgotos pelas indústrias e pelos lares.

É frequente aparecerem vestígios de fármacos, como antibióticos ou

ibuprofeno, em amostras de água para consumo humano, o que faz

aumentar a preocupação sobre o seu impacto a longo prazo na saúde

humana e animal, para não falar na ameaça das «superbactérias»

que desenvolveram resistência aos antibióticos.

De igual modo, os metais pesados não são biodegradáveis e

acumulam-se nos sedimentos fl uviais, nas plantas, nos insetos

e nos peixes. Podem tornar-se tóxicos para os animais e para

os humanos. O ideal seria evitar que os poluentes industriais

chegassem aos esgotos e, nas nossas casas, fazer um uso

responsável dos medicamentos e dos produtos domésticos e

de jardinagem para limitar a quantidade de químicos que são

escoados e despejados para os ralos e para o solo. O tratamento

alternativo e de último recurso para eliminar estas substâncias das

águas residuais é mais dispendioso e nem sempre bem sucedido.

O tratamento da água na EuropaSempre que é técnica e economicamente possível, os lares

europeus estão ligados a um sistema de saneamento e a uma

estação de tratamento de águas residuais (ver ilustração C). Descarga de esgotos.

ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 14ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 14 4/12/12 10:434/12/12 10:43

Seria capaz de beber água do esgoto? | Uma brochura sobre a água para os jovens 15

Água limpa

Águas residuais

C

ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 15ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 15 4/12/12 10:434/12/12 10:43

Seria capaz de beber água do esgoto? | Uma brochura sobre a água para os jovens16

Em áreas onde não exista saneamento municipal ou tratamento

de esgotos, as águas residuais são recolhidas numa fossa sética

antes de serem canalizadas para uma estação de tratamento ou

fl uem para um sistema individual que processa os resíduos no local

antes de descarregar a água tratada para os rios ou para as águas

subterrâneas através do solo. As lamas residuais são recolhidas

por empresas especializadas para uma eliminação segura.

O que se passa numa estação de tratamento?A estação de tratamento de águas residuais é o departamento

de transformação de água sujas. Ocorrem vários processos

de depuração que separam os resíduos sólidos dos líquidos e

removem os contaminantes prejudiciais para que aquilo que resta

esteja sufi cientemente purifi cado para ser despejado na natureza.

Isto resulta em dois produtos: resíduos líquidos (efl uente tratado)

e resíduos sólidos (lamas tratadas), que podem ser devolvidos

ao ambiente de forma segura. Na Europa, o efl uente tratado é

despejado essencialmente para os rios ou para o mar. As lamas

tratadas podem ser eliminadas (normalmente por incineração)

ou reutilizadas, por exemplo, como fertilizante para a agricultura.

O processo de limpeza ao pormenorPré-tratamento: no primeiro passo preliminar de duas

etapas, tudo o que chega através dos esgotos (ver ilustração

D, instalação 1) é bombeado e triado (2) para remover detritos

sólidos, como ramos de árvores, plástico, trapos, pedras e

pedaços de vidro, que poderiam danifi car ou obstruir as bombas e

os escumadores da estação. Os itens triados são depositados em

aterros ou incinerados. Na segunda etapa (3), permite-se que a

granalha e a areia fi quem depositadas em canais antes de serem

lavadas e reutilizadas, por exemplo, na construção de estradas.

Tratamento primário: sedimentação: um tanque de

sedimentação (4) permite a separação entre matéria sólida e

líquida. As lamas pousam, enquanto as banhas e as gorduras

sobem à superfície. As lamas são removidas para tratamento,

ao passo que as gorduras e as banhas são coadas. O líquido que

resta é encaminhado para um tratamento secundário.

Tratamento secundário: biológico: nesta etapa (5), os micro-

organismos da água (bactérias e protozoários) removem a

matéria orgânica dos dejetos humanos, restos de comida, sabões

e detergentes. As minúsculas criaturas consomem as partículas

residuais, depurando a água.

Tratamento terciário: esta etapa fi nal do tratamento melhora

substancialmente a qualidade do efl uente. É possível aplicar

métodos diferentes, consoante os contaminantes que é necessário

remover (por exemplo, azoto ou fósforo enquanto nutrientes). Isto

também pode implicar desinfeção química ou física, através de

lagoas (6) ou microfi ltração.

Canal de águas pluviais: durante as tempestades, parte dos

esgotos pode ser desviada para canais de águas pluviais ou tanques

separados (7), onde fi cam a aguardar tratamento até a estação poder

lidar com o volume adicional. Durante tempestades violentas, estes

canais podem transbordar, despejando esgotos não tratados ou

apenas mecanicamente tratados diretamente nos cursos de água.

Descarga: a água depurada é descarregada através de um canal

de drenagem (8) para uma massa de água (rio, lago ou mar).

Tratamento de lamas: as lamas têm de ser tratadas para

remover matéria orgânica e micro-organismos causadores de

doenças. Um dos métodos para o fazer é o digestor anaeróbio

(10), um sistema fechado em que as lamas são misturadas para

libertar biogás (metano e oxigénio) (12), que é depois queimado

(como o gás natural) para aquecer o digestor à temperatura certa

para continuar com o seu processo de decomposição. Por vezes,

as lamas são espessadas (13) antes da digestão e posteriormente Tanques de digestão anaeróbia, estação de tratamento de águas residuais «Emschermündung» (Alemanha).

ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 16ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 16 4/12/12 10:434/12/12 10:43

Seria capaz de beber água do esgoto? | Uma brochura sobre a água para os jovens 17

desidratadas (11), para reduzir ao máximo o conteúdo fl uído e,

consequentemente, os custos de eliminação ou reutilização.

No início do tratamento, é possível adicionar químicos (14) para fazer

com que o fósforo se precipite ou deposite no fundo como lama.

No fi nal do processo, as lamas tratadas podem ser reutilizadas

como fertilizante ou composto para plantas, já que contêm

nutrientes essenciais (azoto e fósforo) e carbono orgânico que

melhora a estrutura do solo.

Em algumas zonas, as lamas são contaminadas por metais

pesados ou outros poluentes devido à infi ltração de resíduos

industriais na rede de esgotos. Por este motivo, muitos

países preferem incinerar as lamas para reduzir o risco de

espalhar poluentes nas terras de cultivo e nos jardins.

O problema da chuva Existem muitos sistemas de esgotos antigos que não conseguem

lidar com níveis de precipitação acima da média. Sobrecarregados

pela grande quantidade de água, os drenos inundam e

transbordam, vazando esgotos não tratados para as ruas e casas.

O problema tornou-se premente em muitas zonas. Por um lado,

é provável que as alterações climáticas produzam fenómenos

meteorológicos cada vez mais imprevisíveis. Por outro lado, as

vilas e as cidades modernas têm uma percentagem elevada

de superfícies «seladas»: pavimentos, estradas e edifícios que

impedem a infi ltração da água da chuva na relva e no solo,

sobrecarregando os drenos e os esgotos.

Reutilizar a água da chuva e as águas residuais domésticas «Águas residuais domésticas» é o termo que designa a água utilizada em pias, banheiras, chuveiros e máquinas de lavar roupa

e que não está contaminada pelos esgotos (águas negras). As casas podem ser equipadas com sistemas de tratamento que

permitem reutilizar estas águas residuais domésticas nos autoclismos. A água da chuva pode ser recolhida para regar jardins.

Há muito tempo que a água da chuva é recolhida e utilizada desta forma e, em alguns países, as casas costumam estar equipadas

com tanques para recolha de águas pluviais.

Estação de tratamento de águas residuais.

ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 17ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 17 4/12/12 10:434/12/12 10:43

Seria capaz de beber água do esgoto? | Uma brochura sobre a água para os jovens18

Os sistemas mais recentes estão preparados para lidar com

a água de chuvas torrenciais. Esta é desviada para drenos

especialmente concebidos ou para cursos de água que possam

escoar e lidar com volumes de água pluvial desta natureza.

A ilustração D mostra uma estação de tratamento comum.

Fechar o ciclo: reciclar a águaEm regiões áridas com baixa precipitação ou de grande densidade

populacional, faz todo o sentido reciclar águas residuais logo após

o tratamento em vez de as descarregar nos rios ou no mar. Em

muitos dos casos, a água reciclada só é utilizada, por exemplo,

para irrigar parques ou em autoclismos.

Para a eventualidade de uma escassez de água e de alterações

climáticas futuras, é necessário aprofundar a investigação no

âmbito da reciclagem da água em ciclo fechado tendo em vista, por

exemplo, melhorar a sua análise e depuração. Os sistemas atuais

não conseguem remover efi cazmente determinados resíduos de

germes, químicos e fármacos, algo que é essencial para que a

água possa ser reutilizada para efeitos de consumo humano.

Próxima paragem: os rios e o marDurante os últimos 20 anos, a Europa tem feito grandes

progressos no tratamento de águas residuais, mas ainda há

muito a melhorar. Em primeiro lugar, temos de nos esforçar mais

para evitar que os produtos prejudiciais contaminem as nossas

águas residuais, além de desenvolver métodos de tratamento

mais avançados e manter os custos tão baixos quanto possível.

Após fl uírem através dos rios e dos cursos de água, as águas residuais

acabarão por chegar ao mar, onde quaisquer contaminantes que não

tenham sido removidos durante o processo de tratamento se juntam

à poluição já existente no ambiente marinho. Entre estes, incluem-se

pesticidas e fertilizantes arrastados dos campos, bem como produtos

de derrames e resíduos industriais, especialmente plásticos. Como

muitas destas substâncias demoram anos a degradar-se (uma

garrafa de plástico, por exemplo, demora várias centenas de anos),

representam uma verdadeira ameaça para a saúde dos nossos

oceanos a longo prazo e, em última instância, para a origem de toda

a nossa água. Apesar de extrairmos a nossa água de reservas de

água doce, ela acaba por regressar ao oceano para perpetuar o ciclo

de água que sustenta a vida. A maior parte da água da Terra (97,2 %)

encontra-se nos oceanos e, embora seja possível dessalinizar a água

do mar, é um processo dispendioso tanto a nível monetário como

energético.

E quanto ao tratamento de águas residuais no local onde vive?Os mapas interativos da Agência Europeia do Ambiente incluem

dados sobre o tratamento de águas residuais em toda a Europa.

Saiba qual é o nível de tratamento no seu país e cidade em:

http://www.eea.europa.eu/highlights/themes/water/

interactive/

Caixa: Beber urina reciclada no espaçoOs astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional podem beber urina reciclada graças a um avançado sistema de

tratamento de água instalado na nave desde 2009. Isto permite que a estação espacial de mantenha autossufi ciente durante um

maior período de tempo e reduz a carga das naves de reabastecimento.

ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 18ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 18 4/12/12 10:434/12/12 10:43

Canal de entrada

Edifício de triagem

Desarenador

Tanque de sedimentação

Tratamento biológico

Lagoas de sedimentação

Tanques de água pluvial

Canal de drenagem

Centro de operações

Tanques de digestão

de lamas

Edifício de desidratação

de lamas

Depósitos de gás

Espessador de lamas

Precipitação de fosfatos

21

3

5

4

6

12

13

14

11

10

89

7

2

1

3

5

4

6

12

13

14

11

10

8

9

7

D

Estação de tratamento de águas residuais Duisburg-Kaßlerfeld (Alemanha).

ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 19ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 19 4/12/12 10:434/12/12 10:43

Seria capaz de beber água do esgoto? | Uma brochura sobre a água para os jovens20

Vamos à praia!

Um dos nossos passatempos preferidos é tomar banho no

mar, nos rios e nos lagos. Todos os anos, milhões de Europeus

invadem as praias para tomar um banho de mar e relaxar com a

família e os amigos. Mas como podemos conciliar as imagens dos

panfl etos turísticos de praias imaculadas e famílias sorridentes

brincando no mar com aquilo que sabemos sobre poluição

marinha? A indústria, a agricultura, a pesca, o turismo e as

atividades de lazer (como a navegação de recreio), bem como as

grandes áreas populacionais costeiras, despejam resíduos para

o mar que podem colocar em sério risco o ambiente marinho

e, consequentemente, os banhistas. Tomar banho em água suja

pode causar distúrbios gástricos, infeções respiratórias e irritação

cutânea.

O lixo é mais um problema, e cada vez maior. É frequente

encontrar-se pontas de cigarro, sacos plásticos e tampas de

garrafa nas praias. Algumas pessoas também tratam a sanita

como se fosse um caixote do lixo, atirando para lá cotonetes,

beatas, pensos higiénicos, toalhitas de bebé e até fraldas. Para

além do risco de entupir os canos, estes itens também poluem o

ambiente já que podem acabar por ser arrastados para as praias.

Deitar lixo na sanita é basicamente tão mau como atirá-lo para

a rua.

É certo que as estações de tratamento de águas residuais

deveriam ser capazes de triar a maior parte do lixo e dos

poluentes (mesmo que o pudessem fazer sem entupir os fi ltros).

Ainda assim, uma parte dele fl ui diretamente para os ribeiros e

os rios quando os canais pluviais transbordam, contornando a

estação de tratamento.

Papel higiénico à parte, lembre-se desta máxima: o que pelo

corpo não passar, na sanita não vai deitar.

As águas balneares estão a fi car mais limpas Mas nem tudo são más notícias. Se gosta de um bom mergulho

no mar, anime-se: as águas balneares da Europa estão a fi car

mais limpas desde os anos 70, altura em que se introduziu o

controlo de qualidade e a análise da água. As coisas melhoraram

signifi cativamente após o ano de 1990, sobretudo graças a

um melhor tratamento das águas residuais. Anteriormente,

despejava-se sistematicamente grandes quantidades de esgotos

não tratados ou parcialmente tratados nas águas da Europa.

Atenção fumadores: a praia não é um cinzeiro gigante As pontas de cigarro são o item que mais vezes é atirado fora (todos os anos, mais de 4,5 biliões são deitadas fora em todo o

mundo) e podem demorar até 25 anos a decompor-se. Para além de serem feitos de um tipo de plástico, os fi ltros contêm um

resíduo tóxico resultante de todos os químicos encontrados nos cigarros, incluindo arsénico, chumbo, benzina e formaldeído. Estes

químicos passam para os cursos de água e para o mar, onde as aves e os mamíferos marinhos acabam por ingeri-los julgando ser

comida. Caso seja fumador, leve consigo um cinzeiro de bolso e coloque as beatas num caixote do lixo ou desfaça-se delas em casa.

As pessoas não querem pontas de cigarro nas praias!

ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 20ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 20 4/12/12 10:434/12/12 10:43

Seria capaz de beber água do esgoto? | Uma brochura sobre a água para os jovens 21

Água limpa/potável

Águas residuais

E

ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 21ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 21 4/12/12 10:434/12/12 10:43

Seria capaz de beber água do esgoto? | Uma brochura sobre a água para os jovens22

Desde 2006 que os países da União Europeia têm estado a

tomar ainda mais medidas para melhorar a qualidade das águas

balneares, com o objetivo de proteger a saúde e o ambiente. As

normas aplicam-se a todas as águas em que a prática balnear

seja permitida ou exercida por um grande número de pessoas,

incluindo lagos, rios, praias, barragens e albufeiras. Não se aplicam,

no entanto, a águas utilizadas para outros fi ns recreativos não

balneares como, por exemplo, surfe ou vela, nem a piscinas.

Atualmente, existem 21 000 zonas balneares sujeitas a análise

em toda a União Europeia, das quais dois terços são águas

costeiras e as restantes são rios e lagos. A maioria é de boa

qualidade: nove em cada dez zonas analisadas cumpriram os

padrões mínimos de qualidade nas últimas análises registadas.

Apenas 1,2 % das águas balneares costeiras e 2,8 % das águas

balneares interiores não satisfi zeram os requisitos.

Só porque não se vê, não quer dizer que não esteja lá

ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 22ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 22 4/12/12 10:434/12/12 10:43

Seria capaz de beber água do esgoto? | Uma brochura sobre a água para os jovens 23

O que é analisado?A maior parte das zonas balneares tem de ser analisada, pelo

menos, quatro vezes durante a época balnear, com início antes

da época começar. As amostras de água são analisadas quanto

à presença de duas bactérias: E. coli e enterococos intestinais.

Estas duas bactérias existem nos intestinos dos humanos e dos

animais e fazem parte de uma fl ora intestinal saudável normal.

Contudo, a sua presença na água indica que esta está poluída por

esgotos ou resíduos da agropecuária.

Nadar em água poluída comporta riscos para a saúde, especialmente

quando as pessoas engolem matéria fecal. Embora nem todas

as estirpes de E. coli sejam nocivas, algumas delas podem

provocar graves problemas de estômago. Em casos específi cos,

a contaminação por E. coli pode causar doenças potencialmente

letais. É por este motivo que é tão importante tratar as águas

residuais (ver ilustração E) e evitar nadar em zonas poluídas com

resíduos. É também por este motivo que lavamos as mãos depois

de ir à casa de banho e antes de preparar alimentos.

As águas balneares são ainda analisadas para avaliar o risco

de outras fontes de poluição que podem afetar a saúde dos

banhistas, como as algas azuis-verdes (cianobactérias), que

podem ser nocivas se engolidas e podem causar erupções

cutâneas, ou as macroalgas e/ou o fi toplâncton marinho. Também

são examinadas para encontrar sinais visíveis de poluição ou

resíduos.

Pesquise a sua zona balnear favorita A plataforma Eye on Earth (⁶) disponibiliza dados em tempo real

sobre a qualidade da água balnear através da funcionalidade

WaterWatch. O seu mapa interativo mostra a qualidade da água

das zonas balneares em 28 países europeus. Amplie para ver, e

comentar, a qualidade da água perto de si.

Os mapas interativos fornecem informações mais detalhadas

sobre cada zona balnear:

http://www.eea.europa.eu/themes/water/wise-viewer

Praias com bandeira azul A bandeira azul é uma distinção bem conhecida que é atribuída

pela ONG Fundação para a Educação Ambiental (FEE) às praias e

às marinas de qualidade. Para se qualifi carem, as praias têm de

obedecer a rigorosos padrões de qualidade da água e de limpeza.

Também têm de ter instalações sanitárias adequadas, regras

para acampar e controlar animais caninos, acesso seguro e

equipamento de resposta a emergências, bem como informação

e educação ambiental para os utilizadores.

A bandeira azul foi criada em França em 1985. O programa conta atualmente com a participação de 41 países. Em 2010, 3 450 praias foram distinguidas com a bandeira azul. Consulte http://www.bluefl ag.org/.

ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 23ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 23 4/12/12 10:434/12/12 10:43

Seria capaz de beber água do esgoto? | Uma brochura sobre a água para os jovens24

Lixo marinhoTodos os anos, milhões de toneladas de lixo acabam no oceano e aí

permanecem. O plástico, a madeira, o metal, o vidro, a borracha, o

tecido e o papel têm, na sua maioria, origem humana e constituem

o único tipo de resíduos que a natureza não consegue degradar

(ver ilustração F). São transportados pelo vento ou pelos rios e

têm origem em aterros mal geridos, coletores de águas pluviais

e lixo da rua (por exemplo, sacos de comida ou latas de bebidas).

Contudo, também pode ter origem no mar: resíduos despejados

pelos barcos e atividades humanas que têm um impacto no

ambiente marinho, como a extração mineira marítima e a pesca

(por exemplo, equipamentos de pesca abandonados).

O lixo marítimo representa um risco para a saúde: os resíduos

hospitalares ou de esgoto contaminam a água, os objetos afi ados

e cortantes podem ferir os utilizadores das praias. Tem um impacto

económico: limpar as praias e os portos é dispendioso e o lixo

pode danifi car os barcos e o equipamento de pesca. Além disso,

representa uma ameaça para a vida marinha: foram encontradas

focas, baleias e tartarugas marinhas enredadas em fi tas de balões,

anéis de plástico de «pacotes de seis latas» e redes de pesca

abandonadas, fazendo com que sufocassem ou se afogassem. Os

mamíferos, as aves e os peixes também podem confundir o lixo

plástico com comida, causando lesões internas e bloqueando o

sistema digestivo. O plástico, em especial, representa uma ameaça

porque não é biodegradável e pode fragmentar-se em pedaços

ainda mais pequenos, acabando por se transformar em «poeira

plástica» microscópica. Também existem alguns produtos (como

cremes esfoliantes) que contêm microplásticos. Estes passam

pela rede de esgotos e acabam por ser depositados no ambiente

marinho. Além disso, a componente de petróleo dos fragmentos

atrai outros químicos que fl utuam no oceano, como os poluentes

orgânicos persistentes (POP) e os PCB. Estes químicos concentram-

se nos fragmentos em níveis até um milhão de vezes mais elevados

do que os níveis do ambiente da água do mar, transformando

os fragmentos de plástico em pequenas pílulas de veneno. Os

químicos absorvidos através da ingestão do plástico podem entrar

facilmente na cadeia alimentar e acabar no seu prato.

Em alguns oceanos, as correntes circulares levaram ao aparecimento

de gigantescas ilhas fl utuantes de lixo. A mais conhecida, a «grande

mancha de lixo do Pacífi co», tem centenas de quilómetros de largura

e é formada por materiais de grande dimensão e por uma grande

concentração de pequenas partículas de plástico. Embora existam

poucos estudos sobre o impacto desta «sopa de plástico», aumenta a

preocupação sobre os potenciais efeitos tóxicos na cadeia alimentar

dos químicos utilizados na produção do plástico, que se sabe serem

nocivos para o homem, através da contaminação dos oceanos.

Um estudo recente sobre uma espécie de ave, o fulmar-glacial do

Atlântico Norte, encontrou uma quantidade signifi cativa de plástico

no estômago de praticamente todas as aves mortas recolhidas.

Ajude a reduzir o lixo marítimo reutilizando os sacos plásticos,

não atire lixo para a rua, a sanita ou os cursos de água e participe

nas ações de limpeza da praia: http://www.signuptocleanup.org.

Podemos sempre melhorar a gestão dos resíduos em terra para

evitar que contaminem os oceanos mas, de uma forma mais

abrangente, temos de tomar consciência das consequências

das nossas ações.

As redes de pesca abandonadas podem matar tartarugas.

Em termos relativos, se engolisse tanto lixo como uma ave marinha, isso equivaleria a um hambúrguer!

ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 24ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 24 4/12/12 10:444/12/12 10:44

Seria capaz de beber água do esgoto? | Uma brochura sobre a água para os jovens 25F

ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 25ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 25 4/12/12 10:444/12/12 10:44

Seria capaz de beber água do esgoto? | Uma brochura sobre a água para os jovens26

O que tem feito a União Europeia

Visto que a água corre livremente entre fronteiras, os países da União

Europeia concordaram em gerir coletivamente os recursos hídricos

através de unidades de bacias hidrográfi cas, independentemente

das fronteiras nacionais. Foram identifi cados 110 distritos de bacias

hidrográfi cas (⁷), incluindo afl uentes, estuários e águas subterrâneas.

Os países trabalham em conjunto e partilham a responsabilidade

pela bacia hidrográfi ca, acordando um plano de gestão entre si. Cada

país terá de implementar o plano no âmbito do seu próprio território.

O objetivo, estabelecido na Diretiva-Quadro da Água da União

Europeia, passa por repor a boa condição das águas de toda a União

Europeia até 2015 (com prorrogação de prazo em casos específi cos).

Proteger as reservas de água doceA água da torneira obedece a regulamentos da União Europeia

desde 1998. A diretiva relativa à qualidade da água destinada ao

consumo humano estabelece padrões mínimos de qualidade que

obrigam os Estados-Membros a garantir a segurança e a pureza

da água que chega às casas. Os padrões são revistos a cada

cinco anos para contemplar os conhecimentos atuais e eventuais

alterações às orientações da Organização Mundial de Saúde.

Qualquer abastecimento de água para mais de 50 pessoas tem de

ser analisado regularmente no que respeita a 48 características,

entre as quais a cor, o odor, o sabor e a presença de metais

como alumínio, cádmio, ferro e chumbo, químicos e bactérias

potencialmente perigosas. Embora grande parte da água potável

fornecida na Europa cumpra estes padrões, ainda há progressos

a fazer no que respeita à qualidade da água potável fornecida a

pequenas comunidades (até 5 000 pessoas).

Melhorar o tratamento de águas residuais Para não prejudicar a nossa saúde e o ambiente através da

exposição a águas residuais não tratadas (esgotos e água usada

de origem doméstica, bem como águas residuais industriais) a

diretiva da União Europeia relativa às águas residuais

urbanas, implementada em 1991, impõe medidas para reduzir

os poluentes descarregados para o ambiente.

As autoridades locais estão obrigadas e recolher e a tratar a água

de aldeias e vilas com 2 000 habitantes ou mais. As estações

de tratamento têm de atingir padrões mínimos. Nos casos em

que a água possa prejudicar ambientes sensíveis ou a saúde

humana, aplicam-se padrões mais rígidos. Muitos dos países da

União Europeia já implementaram a maior parte dos sistemas de

águas residuais em conformidade com as normas desta diretiva;

os Estados-Membros mais recentes têm até 2018 para o fazer.

Os países infratores podem incorrer em multas.

Manter as águas balneares limpas Todos os anos, a Comissão Europeia publica detalhes sobre a

qualidade da água balnear na Europa. Em 2011, o relatório sobre

a água balnear apresentou resultados relativos a 21 000 zonas,

baseado nas informações fornecidas pelos Estados-Membros

Sinais de zonas de proteção hídrica na Europa.

ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 26ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 26 4/12/12 10:444/12/12 10:44

Seria capaz de beber água do esgoto? | Uma brochura sobre a água para os jovens 27

ao abrigo da diretiva relativa às águas balneares da União

Europeia. Os governos nacionais também estão obrigados a

informar o público da qualidade da água antes do início da época

balnear, especialmente em zonas onde a prática balnear esteja

desaconselhada ou proibida.

Limpar os mares e os oceanosA questão do lixo marinho está a ser abordada no âmbito da

Diretiva-Quadro Estratégia Marinha de 2008 da União

Europeia. Os Estados-Membros estão obrigados a assegurar que

os seus mares alcançam um «bom estado ecológico» até 2020,

concebendo uma estratégia para monitorizar e atingir objetivos.

Águas balneares

excelente

boa

suficiente

fraca

de excelente qualidade

As normas da União Europeia ajudam a garantir águas balneares limpas.

ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 27ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 27 4/12/12 10:444/12/12 10:44

Seria capaz de beber água do esgoto? | Uma brochura sobre a água para os jovens28

Referências1 Brochura: «Water is for life: How the Water Framework Directive helps safeguard Europe’s resources» (novembro de 2010), p. 8;

http://ec.europa.eu/environment/water/pdf/WFD_brochure_en.pdf.2 Sítio web da European Federation of Bottled Waters http://www.efbw.eu/sustainability.php?classement=03.3 «Consumo doméstico e o ambiente», relatório da Agência Europeia do Ambiente de 11/2005, página 32;

http://www.eea.europa.eu/publications/eea_report_2005_11.4 Relatório fi nal «Financing of investment needed to reach compliance with the DWD and to rehabilitate water distribution networks

in the EU» Comissão Europeia, Direção-Geral do Ambiente ENV.G.1/FRA/2006/0073, setembro do 2011.5 Relatório «Financing of investment needed to reach compliance with the DWD and to rehabilitate water distribution networks in the EU».6 Sítio web Eye on Earth: www.eyeonearth.eu.7 http://ec.europa.eu/environment/water/participation/index_en.htm.

Outras leituras� Direção Geral do Ambiente da Comissão Europeia: o que tem feito a união europeia para proteger a qualidade da água:

http://ec.europa.eu/environment/water/index_en.htm.

� Direção Geral do Ambiente da Comissão Europeia: os nossos oceanos, mares e costas:

http://ec.europa.eu/environment/marine/index_en.htm.

� Folheto «Marine Litter» (2010) e folheto «Marine Litter in the Mediterranean» (fevereiro de 2012):

http://ec.europa.eu/environment/marine/publications/index_en.htm

� Folheto «Water Scarcity & Droughts» (setembro de 2010): http://ec.europa.eu/environment/water/quantity/pdf/brochure.pdf

� Agência Europeia do Ambiente: relatórios e estatísticas sobre o estado da água na Europa: http://www.eea.europa.eu/themes/water.

� WISE — The Water Information System for Europe: http://water.europa.eu/.

� Organização Mundial de Saúde: água, saúde e saneamento à escala global: http://www.who.int/topics/water/en/.

� Panfl eto sobre águas residuais urbanas (2010): http://ec.europa.eu/environment/water/water-urbanwaste/info/index_en.htm.

Fotografi asp. 4, 8, 9, 14, 27 - © Shutterstock

p. 17 - © iStockphoto

p. 5 - © iStockphoto, Thinkstock

p. 16 - © Daniel Ullrich

p. 19 - © Fotoarchiv Ruhrverband

p. 20 - © Marine Conservation Society/eyeforanimage

p. 22 - © Ferdi Rizkiyanto

p. 23 - © Christof Mainz

p. 24 - © National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), © JA van Franeker IMARES

p. 26 - © Waterbedrijf Groningen, © Dr. Eugen Lehle

Ilustraçõespela European Service Network (ESN), © União Europeia

ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 28ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd 28 4/12/12 10:444/12/12 10:44

Comissão Europeia

Seria capaz de beber água do esgoto? — Uma brochura sobre a água para os jovens

Luxemburgo: Serviço das Publicações da União Europeia

2012 – 28 p. – 21 x 21 cm

ISBN 978-92-79-26330-9

doi:10.2779/17493

Para encomendar a publicação, disponível gratuitamente no limite dos stocks

disponíveis:

Para uma única cópia: através da EU Bookshop, o acesso em linha para as publicações da União Europeia:

http:// bookshop.europa.eu

Para várias cópias: através das redes nacionais de informação Europe Direct mais próximas:

http://europa.eu/europedirect/meet_us/index_pt.htm

ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd cov3ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd cov3 4/12/12 10:444/12/12 10:44

KH

-30

-11

-36

8-P

T-C

ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd cov4ENV-12-015_BrochureWaterEquality_PT.indd cov4 4/12/12 10:444/12/12 10:44